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Aula 21 Direito Empresarial Aula 01

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DIREITO EMPRESARIAL – EXERCÍCIOS – ANALISTA JUDICIÁRIO - STJ 
PROFESSOR: ANTÔNIO NÓBREGA 
 
Profs. Antônio Nóbrega e Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
 
1 
Estimados concurseiros e futuros colegas no serviço público, iniciamos 
aqui nosso curso de Direito Empresarial, voltado à preparação dos 
candidatos ao concurso para provimento do Cargo de ANALISTA 
JUDICIÁRIO do Superior Tribunal de Justiça (STJ), área judiciária. 
Trata-se de uma excelente oportunidade para ingressar no serviço 
público em uma carreira sólida e com adequada remuneração. Para a área 
concernente ao presente curso — judiciária — serão 16 vagas, sendo uma para 
portadores de deficiência física, com formação em nível de graduação superior 
em Direito, com a remuneração, nos termos do edital, de R$ 6.611,39. 
Este Curso abarcará várias questões de Direito Empresarial das 
principais bancas organizadoras de concursos (ESAF, CESPE, FGV, FCC, etc.). 
Apresentaremos questões na forma certo/errado — estilo da prova a ser 
aplicada — assim como questões de múltipla escolha, pois ambas são formas 
fundamentais para consolidar o conhecimento 
De acordo com o edital, a matéria que poderá ser demandada é a 
seguinte: 
 
DIREITO EMPRESARIAL 
1 Fundamentos do direito empresarial. 
 1.1 Origem e evolução histórica, autonomia, fontes e características. 
 1.2 Teoria da empresa. 
 1.3 Empresário: conceito, caracterização, inscrição, capacidade; empresário 
individual; pequeno empresário. 
 1.4 Microempresa e empresa de pequeno porte (Lei Complementar nº 123/2006). 
 1.5 Prepostos do empresário. 
 1.6 Institutos complementares: nome empresarial, estabelecimento empresarial, 
escrituração. 
2 Registro de empresa. 
 2.1 Órgãos de registro de empresa. 
 2.2 Atos de registro de empresa. 
 2.3 Processo decisório do registro de empresa. 
 2.4 Inatividade da empresa. 
 2.5 Empresário irregular. 
 
3 Propriedade industrial. 
 3.1 Lei nº 9.279/1996. 
DIREITO EMPRESARIAL – EXERCÍCIOS – ANALISTA JUDICIÁRIO - STJ 
PROFESSOR: ANTÔNIO NÓBREGA 
 
Profs. Antônio Nóbrega e Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
 
2 
 3.2 O Instituto Nacional da Propriedade Industrial. 
 3.3 Propriedade industrial e direitos autorais. 
 3.4 Patentes. 
 3.5 Desenho industrial. 
 3.6 Marca: espécies. 
 3.7 Procedimento de registro. 
 3.8 Indicações geográficas. 
4 Títulos de crédito. 
 4.1 Conceito de títulos de crédito, características e princípios informadores. 
 4.2 Classificação dos títulos de crédito: letra de câmbio, nota promissória, cheque, 
duplicata, endosso e aval. 
 4.3 Títulos de crédito comercial, industrial, à exportação, rural, imobiliário, bancário. 
 4.4 Letra de arrendamento mercantil. 
5 Ação cambial. 
 5.1 Ação de regresso. 
 5.2 Inoponibilidade de exceções. 
 5.3 Responsabilidade patrimonial e fraude à execução. 
 5.4 Embargos do devedor. 
 5.5 Ação de anulação e substituição de título. 
6 Protesto de títulos e outros documentos de dívida: legislação, modalidades, 
procedimentos, efeitos, ações judiciais envolvendo o protesto. 
7 Direito societário. 
 7.1 Sociedade empresária: conceito, terminologia, ato constitutivo. 
 7.2 Sociedades simples e empresárias. 
 7.3 Personalização da sociedade empresária. 
 7.4 Classificação das sociedades empresárias. 
 7.5 Sociedade irregular. 
 7.6 Teoria da desconsideração da personalidade jurídica. 
 7.7 Desconsideração inversa. 
 7.8 Regime jurídico dos sócios. 
 7.9 Sociedade limitada. 
 7.10 Sociedade anônima. 
 7.11 Lei nº 6.404/1976. 
 7.12 Sociedade em nome coletivo. 
 7.13 Sociedade em comandita simples. 
 7.14 Sociedade em comandita por ações. 
 7.15 Operações societárias: transformação, incorporação, fusão e cisão. 
 7.16 Relações entre sociedades: coligações de sociedades, grupos societários, 
DIREITO EMPRESARIAL – EXERCÍCIOS – ANALISTA JUDICIÁRIO - STJ 
PROFESSOR: ANTÔNIO NÓBREGA 
 
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3 
consórcios, sociedade subsidiária integral, sociedade de propósito específico. 
 7.17 Dissolução, liquidação e extinção das sociedades. 
 7.18 Concentração empresarial e defesa da livre concorrência. 
8 Contratos mercantis. 
 8.1 Características. 
 8.2 Compra e venda mercantil. 
 8.3 Comissão mercantil. 
 8.4 Representação comercial. 
 8.5 Concessão mercantil. 
 8.6 Franquia (franchising). 
 8.7 Contratos bancários: depósito bancário, mútuo bancário, desconto bancário, 
abertura de crédito. 
 8.8 Contratos bancários impróprios: alienação fiduciária em garantia, arrendamento 
mercantil (leasing), 
faturização (factoring), cartão de crédito. 
 8.9 Contrato de seguro. 
 8.10 Contratos intelectuais: cessão de direito industrial, licença de uso de direito 
industrial, transferência de tecnologia, comercialização de 
logiciário (software). 
9 Direito falimentar. 
 9.1 Lei nº 11.101/2005. 
 9.2 Teoria geral do direito falimentar. 
 9.3 Processo falimentar. 
 9.4 Pessoa e bens do falido. 
 9.5 Regime jurídico dos atos e contratos do falido. 
 9.6 Regime jurídico dos credores do falido. 
 9.7 Recuperação judicial. 
 9.8 Recuperação 
 
Levando em consideração a abrangência da matéria cobrada, as aulas 
também poderão ser de alguma utilidade para aqueles que desejam iniciar 
os estudos em Direito Comercial ou recordar seus principais pontos, e 
igualmente servir como material de referência para outros exames em que 
este tema seja exigido. 
Nosso objetivo aqui não é esgotar o assunto, e sim prepará-lo de modo 
objetivo para a prova do STJ. 
Além do conhecimento e embasamento teórico que o aluno tem que 
DIREITO EMPRESARIAL – EXERCÍCIOS – ANALISTA JUDICIÁRIO - STJ 
PROFESSOR: ANTÔNIO NÓBREGA 
 
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dominar, é fundamental, na preparação para concursos, que o aluno faça e 
refaça os exercícios das matérias a ser estudadas, para que os conhecimentos 
apreendidos sejam verdadeiramente solidificados, aperfeiçoados e lapidados. 
Prova disso é que, mesmo após a realização de uma leitura atenta e 
debruçada sobre determinado material, quando vamos responder às questões 
ficamos com um “montão” de dúvidas. Parece até que não aprendemos direito, e 
aí dizemos: “mas eu estudei isto? como não sei responder à questão?”. 
Nestes casos, o aluno aprende, mas às vezes a sua visão e entendimento 
não foi pontual, não memorizou os pontos mais relevantes, correndo o risco de 
errar questões relativamente fáceis pela ausência de prática e por não ter visto o 
assunto com “outros olhos”, outro viés. 
Os EXERCÍCIOS propiciam exatamente isto aos alunos, lapidarem seus 
conhecimentos teóricos para atentarem facetas não percebidas ao longo do 
estudo teórico, além também de revisarem e rememorarem a teoria. 
Uma das grandes vantagens dos Cursos do Ponto dos Concursos é a 
abordagem específica de TODOS OS PONTOS PREVISTOS NOS EDITAIS, 
fechando as lacunas possíveis de matérias e questões a serem cobradas pelo 
examinador, mas com um aliado fundamental: EXERCÍCIOS COMENTADOS. 
Os livros (doutrina), a despeito de trazerem uma maior vastidão de 
assuntos, são pouco específicos, objetivos e direcionados para a sua prova. Ao 
contrário, como já dito, os Cursos do Ponto, de uma maneira geral, tentam levar 
ao aluno os principais tópicos a serem cobrados na prova, com base em cada 
item do edital. 
Nesta linha, da mesma forma que nos Cursos de Teoria e Exercícios 
ministrados por nós, o CURSO de DIREITO EMPRESARIAL – EXERCÍCIOS – 
STJ terá uma abordagem mais direta, com comentários precisos a respeito dos 
assuntos levantados nas questões, ministrando assuntos de forma resumida, mas 
necessária aoembasamento legal e/ou teórico a respeito dos temas. 
Predispomo-nos a sermos orientadores dos estudos de cada um de 
vocês, e não Professores que meramente passam o conhecimento técnico. 
 
Acreditamos que, com a exaustiva resolução de questões e com uma 
metodologia mais prática e didática, conseguiremos tratar dos principais 
tópicos de DIREITO EMPRESARIAL do Edital do STJ! 
DIREITO EMPRESARIAL – EXERCÍCIOS – ANALISTA JUDICIÁRIO - STJ 
PROFESSOR: ANTÔNIO NÓBREGA 
 
Profs. Antônio Nóbrega e Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
 
5 
 
Após esta breve introdução, gostaria de apresentar-me para vocês: 
Meu nome é ANTONIO CARLOS NÓBREGA, 33 anos, tenho formação 
jurídica e moro em Brasília desde 2008. 
Alguns talvez já me conheçam, pois fui professor da matéria referente à 
Legislação Básica de Seguros, quando, inclusive, tive oportunidade de apresentar 
uma aula referente à Lei das S.A., de Direito Empresarial para o ICMS/DF e de 
diversos cursos de Direito do Consumidor. 
Ingressei no serviço público em 10 de outubro de 2008, quando tomei 
posse no cargo de Analista de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da 
União, umas das chamadas Carreiras Típicas de Estado, após aprovação no 
respectivo concurso público. 
Dois anos antes, já havia obtido êxito na aprovação no concurso público para 
provimento do cargo de Especialista em Regulação de Serviços Públicos de 
Telecomunicações da Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL. 
Na carreira jurídica, durante cinco anos fiz parte dos quadros de um 
renomado escritório de advocacia que atua no mercado de seguros, sediado no 
Rio de Janeiro e com representações em todo o Brasil, quando tive a 
oportunidade de defender e orientar grandes empresas do ramo junto à esfera 
judicial e administrativa. 
Atuei, ainda, no combate à fraude contra o seguro, tendo sido responsável pela 
coordenação do Departamento Jurídico Criminal do escritório. 
Antes disso, no início da minha carreira, fiz parte da equipe de um 
escritório que desenvolve atividades dentro do mercado de capitais, oportunidade 
em que tive contato com a Comissão de Valores Mobiliários, Banco Central e 
outros atores do Sistema Financeiro Nacional, atuação para a qual era exigida a 
especialização no ramo do Direito Societário. 
Diante da necessidade de constante atualização, que me era demandada, 
participei de diversos cursos na Escola Nacional de Seguros - FUNENSEG, por onde 
publiquei um ensaio sobre o Contrato de Seguro e o Código de Defesa do 
Consumidor. Além disso, concluí duas pós-graduações, uma em Direito 
Empresarial e a outra em Direito do Consumidor. 
Na área acadêmica, tive a oportunidade de coordenar um curso de combate 
à fraude contra o seguro no Rio de Janeiro, ocasião em que lecionei matérias 
ligadas ao Direito Civil, Direito e Processo Penal e legislação específica atinente ao 
DIREITO EMPRESARIAL – EXERCÍCIOS – ANALISTA JUDICIÁRIO - STJ 
PROFESSOR: ANTÔNIO NÓBREGA 
 
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universo do seguro. 
Amigo candidato, todos sabemos das dificuldades de aprovação em um 
concurso público de âmbito nacional, como o que você está prestes a enfrentar. 
As minúcias dos temas tratados e a grande concorrência de talentos bem 
preparados para ocupação das vagas oferecidas causam, inicialmente, certa 
apreensão e ansiedade. Mas você não está sozinho nesta jornada. 
Já é hora de pensar que a aprovação é um sonho possível, e que a posse 
em cargo público será a recompensa final pela perseverança e dedicação 
daqueles que não hesitarem em transpor os obstáculos naturais deste caminho. 
Informamos a todos que este Curso de DIREITO EMPRESARIAL – 
EXERCÍCIOS – Analista Judiciário - Área Judiciária - STJ será ministrado em SETE 
AULAS e se inicia nas linhas abaixo. 
Será um curso relativamente tranquilo, pois poderemos praticar, de forma 
paulatina, à medida que forem estudando, até chegarmos à data da prova, 
programada para o dia 25 de abril de 2012. O Curso será disponibilizado o mais 
rapidamente possível, com uma aula por semana, para que possamos oportunizar 
o material muito tempo antes da realização da prova. 
A programação das aulas será a seguinte: 
 
Disciplinas Data da divulgação das 
apostilas 
Fundamentos do direito empresarial: origem e evolução histórica, 
autonomia, fontes e características; teoria da empresa; empresário: 
conceito, caracterização, inscrição, capacidade; empresário 
individual; pequeno empresário; microoempresa e empresa de 
pequeno porte; prepostos do empresário; estabelecimento; nome 
empresarial; escrituração. 
Registro de empresa: órgãos de registro de empresa; atos de 
registro de empresa; processo decisório do registro de empresa; 
inatividade da empresa; empresário irregular. 
13/03/12 
(AULA DE HOJE) 
DIREITO EMPRESARIAL – EXERCÍCIOS – ANALISTA JUDICIÁRIO - STJ 
PROFESSOR: ANTÔNIO NÓBREGA 
 
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7 
Direito societário — parte I: sociedade empresária, conceito, 
terminologia, ato constitutivo; sociedades simples e empresárias; 
personalização da sociedade empresária; classificação das 
sociedades empresárias; sociedade irregular; teoria da 
desconsideração da personalidade jurídica; desconsideração inversa; 
regime jurídico dos sócios; sociedade limitada. 
20/03/12 
Direito Societário — parte II: sociedade anônima, Lei nº 
6.404/1976; sociedade em nome coletivo; sociedade em comandita 
simples; sociedade em comandita por ações; operações societárias: 
transformação, incorporação, fusão e cisão; Relações entre 
sociedades: coligações de sociedades, grupos societários, 
consórcios, sociedade subsidiária integral, sociedade de propósito 
específico; dissolução, liquidação e extinção das sociedades; 
concentração empresarial e defesa da livre concorrência. 
27/03/12 
Títulos de crédito: conceito de títulos de crédito, características e 
princípios informadores; classificação dos títulos de crédito, letra de 
câmbio, nota promissória, cheque, duplicata, endosso e aval; títulos 
de crédito comercial, industrial, à exportação, rural, imobiliário, 
bancário; letra de arrendamento mercantil. 
Ação cambial: ação de regresso; inoponibilidade de exceções; 
responsabilidade patrimonial e fraude à execução; embargos do 
devedor; ação de anulação e substituição de título. 
Protesto de títulos e outros documentos de dívida: legislação, 
modalidades, procedimentos, efeitos, ações judiciais envolvendo o 
protesto. 
03/04/12 
Direito falimentar: Lei nº 11.101/2005; teoria geral do direito 
falimentar; processo falimentar; pessoa e bens do falido; regime 
jurídico dos atos e contratos do falido; regime jurídico dos 
credores do falido; recuperação judicial; recuperação 
extrajudicial. 
10/04/12 
Propriedade industrial: Lei nº 9.279/1996; o Instituto Nacional da 
Propriedade Industrial; propriedade industrial e direitos autorais; 
patentes; desenho industrial; marca; procedimento de registro; 
indicações geográficas. 
14/04/12 
DIREITO EMPRESARIAL – EXERCÍCIOS – ANALISTA JUDICIÁRIO - STJ 
PROFESSOR: ANTÔNIO NÓBREGA 
 
Profs. Antônio Nóbrega e Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
 
8 
Contratos mercantis: características; compra e venda mercantil; 
comissão mercantil; representação comercial; concessão 
mercantil; franquia (franchising); contratos bancários: depósito 
bancário, mútuo bancário, desconto bancário, abertura de 
crédito; contratos bancários impróprios: alienação fiduciária em 
garantia, arrendamento mercantil (leasing), faturização 
(factoring), cartão de crédito; contrato de seguro; contratos 
intelectuais: cessão de direito industrial, licença de uso de direito 
industrial, transferência de tecnologia, comercializaçãode 
logiciário (software). 
17/04/12 
 
E então candidato, vamos começar nosso caminho em direção à 
aprovação? 
AULA 1 
Responda Certo ou Errado 
 
1. (OAB-Nacional - OAB - II Exame 2007 CESPE, adaptada) 
Considerando o atual estágio do direito comercial (ou empresarial) brasileiro, 
assinale a opção correta. 
 
I – O Código Civil de 2002, assim como o Código Comercial de 1850, adotou a 
teoria da empresa. 
II – O Código Civil de 2002 revogou totalmente o Código Comercial de 1850. 
III – A Constituição da República estabelece a competência privativa da União 
para legislar sobre direito comercial (ou empresarial). 
2. (IRB – Advogado ESAF 2006, adaptada) A recepção do instituto 
empresa pelo Código Civil resultará em: 
 
I – retornar a discussão sobre ato de comércio como intermediação na 
circulação de mercadorias. 
II – realçar a idéia de atividade sobre a de ato. 
III – incorporar novos ofícios e profissões ao campo do direito mercantil. 
DIREITO EMPRESARIAL – EXERCÍCIOS – ANALISTA JUDICIÁRIO - STJ 
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9 
 
3. (SEFAZ - RJ - Fiscal de Rendas FGV 2010, adaptada) Segundo o art. 
966 do Código Civil, é considerado empresário: 
 
I – quem é sócio de sociedade empresária dotada de personalidade jurídica. 
II – quem é titular do controle de sociedade empresária dotada de 
personalidade jurídica. 
III – quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a 
produção ou a circulação de bens ou serviços. 
 
4. (CESPE/DP DF 2001, adaptada) Até os dias atuais, remanesce a 
dificuldade em se distinguir os atos comerciais dos atos civis. Em virtude dessa 
dificuldade, alguns autores chegaram até mesmo a propalar a inexistência de 
objeto próprio para o direito comercial, sustentando que tal direito não 
consistia uma disciplina autônoma. Tendo em vista essa circunstância, julgue 
os itens subsequentes. 
 
I – No Brasil, ante a dificuldade de um conceito doutrinário e científico para os 
atos de comércio, passaram a ser adotados critérios de direito positivo, de modo 
que são considerados atos de comércio aqueles que a lei designar como tais. 
II – Tanto o Código Comercial quanto o antigo Regulamento 737, de 1850, 
enumeram, exemplificativamente, os atos considerados comerciais pelo direito 
brasileiro. 
III – As atividades imobiliárias e agrícolas eram consideradas atividades civis 
regidas pelo direito civil, de acordo com o Regulamento 737, de 1850. 
5. (CESPE/DP DF 2001, Adaptada) O Direito comercial provém das práticas 
tradicionais e do direito consuetudinário utilizados pelos antigos comerciantes 
medievais. Por isso, ainda hoje, mantém-se o prestígio dos usos e costumes 
entre suas normas. Muitos dos costumes adotados, até mesmo os atinentes às 
obrigações comuns dos comerciantes, foram paulatinamente transformados em 
lei e, depois, sistematizados em um código. Acerca dos costumes comerciais e as 
obrigações comuns dos comerciantes, julgue os itens a seguir. 
 
I – Os usos e costumes comerciais são regras subsidiárias do direito 
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10 
comercial e não se devem opor a dispositivos legais imperativos ou de ordem 
pública. 
II – Os usos e costumes comerciais devem ter teor e vigência provados por 
quem os invoca em juízo, se assim determinar o juiz. 
III – Seguir ordem de contabilidade e escrituração não é obrigação comercial 
regida pelo direito comercial; no entanto, é obrigação exigível dos 
comerciantes por força do direito tributário. 
 
6. (OAB Unificada — 2007.2, adaptada) Com relação ao nome empresarial, 
julgue os seguintes itens: 
 
I – O nome empresarial não pode ser objeto de alienação. 
II – Em princípio, o nome empresarial, após ser registrado, goza de proteção 
em todo território nacional. 
III – As companhias somente podem adotar denominação social. 
 
7. (OAB/SP 2008 — Exame nº136, adaptada) De acordo com a legislação 
em vigor, são atos próprios do registro público de empresas 
 
I – A matrícula dos atos constitutivos das sociedades empresárias e a autenticação 
dos instrumentos de escrituração dos agentes auxiliares de comércio. 
II – A matrícula dos leiloeiros e o arquivamento dos atos constitutivos das 
sociedades anônimas. 
III – A autentificação das traduções feitas por tradutores públicos e a dos 
instrumentos de escrituração empresarial. 
8. (AFT 2010 – ESAF, adaptada) Sobre a disciplina dos prepostos no Livro 
do Direito de Empresa do Código Civil, julgue os itens abaixo. 
 
I – Considera-se o gerente autorizado a praticar todos os atos necessários ao 
exercício dos poderes que lhe foram outorgados, mesmo quando a lei exigir 
poderes especiais. 
II – Em regra, considera-se perfeita a entrega de papéis, bens ou valores ao 
preposto, encarregado pelo preponente, se os recebeu sem protesto. 
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11 
III – O preposto não pode, sem autorização escrita, fazer-se substituir no 
desempenho da preposição, sob pena de responder, pessoalmente, pelos atos 
do substituto e pelas obrigações por ele contraídas. 
 
9. (Juiz Substituto TJ-MS – 2008 – FGV, adaptada) Em relação às 
microempresas e empresas de pequeno porte, julgue os itens a seguir. 
 
I – Para os efeitos da Lei Complementar 123/06, consideram-se 
microempresas e empresas de pequeno porte somente as sociedades 
empresárias e o empresário definido no art. 966 do Código Civil. 
II – As sociedade de cujo capital participe outra pessoa jurídica se incluem no 
regime diferenciado das microempresas e empresas de pequeno porte. 
III – As sociedades por ações não se incluem no regime diferenciado das 
microempresas e empresas de pequeno porte. 
 
10. (Antônio Nobrega — 2012 – Ponto dos Concursos) Com relação à 
obrigatoriedade da inscrição dos empresários e sociedades empresárias nas 
Juntas Comerciais, julgue os seguintes itens. 
 
I – O registro é obrigatório, sob pena de descaracterizar a atividade 
empresarial. 
II – O registro é obrigatório e, na sua ausência, o empresário será considerado 
irregular, não podendo requerer recuperação judicial. 
III – O registro é obrigatório e, na sua ausência, o empresário será autuado e 
multado. 
11. (FGV – Fiscal de Rendas/RJ, 2010, adaptada) Com relação ao 
estabelecimento empresarial, julgue os itens abaixo: 
 
I – é o complexo de bens organizado para o exercício da empresa, por 
empresário ou por sociedade empresária. 
II – refere-se tão-somente à sede física da sociedade empresária. 
III – desponta a noção de aviamento. 
 
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12 
12. (FGV – Fiscal de Rendas/RJ, 2010, adaptada) A respeito do trespasse 
do estabelecimento empresarial, analise as afirmativas a seguir: 
 
I – O contrato de trespasse de estabelecimento empresarial produzirá efeitos 
quanto a terceiros só depois de averbado à margem da inscrição do empresário, 
ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis e de 
publicado na imprensa oficial. 
II – Com relação aos créditos de natureza civil vencidos antes da celebração do 
contrato de trespasse, o vendedor do estabelecimento continuará por eles 
solidariamente obrigado, pelo prazo de um ano contado a partir da publicação do 
contrato de trespasse na imprensa oficial. 
III – Nãose admite, mesmo por convenção expressa entre os contratantes, o 
imediato restabelecimento do vendedor do estabelecimento no mesmo ramo de 
atividades e na mesma zona geográfica. 
 
13. (Antonio Nóbrega – Ponto dos Concursos/2011) A respeito das regras 
previstas no Código Civil, julgue os itens abaixo: 
 
I – Para que uma sociedade empresarial possa alienar um de seus 
estabelecimentos sempre é necessária a autorização de todos os seus credores, 
de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir da notificação. 
II – Não há impedimento legal para que o estabelecimento seja objeto unitário de 
direitos e negócios jurídicos. 
III – De acordo com o Código Civil, havendo autorização expressa, é possível ao 
alienante do estabelecimento fazer concorrência ao adquirente, logo após a 
transferência, não sendo necessário respeitar o prazo de cinco anos. 
14. (Antonio Nóbrega – Ponto dos Concursos/2011) Considerando as 
afirmativas abaixo, relativas ao regime legal atinente aos prepostos, julgue 
os itens abaixo: 
 
I – as limitações aos poderes dos gerentes dependem de arquivamento para 
serem oponíveis a terceiros, ainda que sejam conhecidas da pessoa que 
tratou com o gerente. 
II – o preposto não pode fazer-se substituir no desempenho de sua 
preposição, ainda que haja autorização escrita, tendo em vista a 
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13 
pessoalidade de sua função. 
III – ainda que não haja autorização por escrito, os preponentes são 
responsáveis pelos atos praticados pelos prepostos dentro do 
estabelecimento e relativos à atividade da empresa. 
 
15. (Antonio Nóbrega – Ponto dos Concursos/2011) Considerando as 
afirmativas abaixo, relativas às responsabilidades dos preponentes, julgue 
os seguintes itens: 
 
I – os atos praticados pelos prepostos fora do estabelecimento somente 
obrigarão o preponente nos limites dos poderes conferidos verbalmente ou 
por escrito. 
II – os preponentes são responsáveis pelos atos dos prepostos praticados no 
estabelecimento, ainda que não sejam relativos à atividade da empresa. 
III – ainda que haja má-fé, os assentos lançados nos livros ou fichas do 
preponente, por qualquer dos prepostos encarregados de sua escrituração, 
produzem os mesmos efeitos como se o fossem por aquele. 
 
 
 
 
 
 
 
Questões de múltipla escolha 
 
16. (TRT - 3ª Região - MG – Juiz, 2012) Assinale a opção correta, após a 
análise das afirmativas abaixo: 
 
I – Segundo o Código Civil de 2002, podem exercer atividade de empresário os 
que tiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente 
impedidos, assim estão excluídos da possibilidade de ser empresário os 
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absolutamente incapazes e os relativamente incapazes. É, todavia, possível 
que, antes de dezoito anos, a pessoa possa exercer atividade de empresário, 
sem qualquer restrição, desde que seja menor com mais de quatorze anos e 
que seja emancipado pelos pais. A emancipação também pode ocorrer pelo 
casamento, ou pelo exercício de emprego público ou pela colação de grau em 
curso de ensino superior ou tratando-se de menor com dezesseis anos 
completos, por ter economia própria, pelo estabelecimento civil ou comercial, 
ou pela existência de relação de emprego. 
II – O instrumento de emancipação dos menores deve ser arquivado no 
Registro Público de Empresas Mercantis, também conhecido como Junta 
Comercial, que é o órgão competente para o registro de todos os atos 
concernentes à atividade empresária. 
III – São proibidos de efetivo exercício de atividade empresarial os 
funcionários públicos, a não ser como acionistas ou quotistas de sociedade 
empresária. Também estão proibidos de exercer o comércio os militares, a não 
ser que tenham sido reformados, os leiloeiros, corretores e despachantes 
aduaneiros e, por fim, também o falido, cuja inabilitação se dá a partir da 
decretação da falência e até a sentença que extingue suas obrigações, ocasião 
em que ele fica autorizado novamente a exercer ofício empresarial, exceto se 
condenado por crime falimentar. 
IV – Aquele que é proibido de exercer e, mesmo assim, exerce atividade 
empresarial estará desenvolvendo uma atividade irregular e sujeito a uma 
série de penalidades estabelecidas em leis próprias: sendo funcionário público 
que participe de gerência ou administração de empresa privada, pode haver a 
perda do cargo (penalidade administrativa), mas não há penalidade descrita na 
Lei de Contravenções Penais. 
 
V – A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, 
e a exercer, responderá pelas obrigações contraídas. Os atos praticados pelo 
proibido de comerciar terão plena validade em relação a terceiros. 
 
a) Somente as afirmativas I, II e V estão corretas; 
b) Somente as afirmativas II, III e V estão corretas. 
c) Somente as afirmativas I, III e V estão corretas. 
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d) Somente as afirmativas I, IV e V estão corretas. 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
17. (OAB-SC - Exame de Ordem - 1 - Primeira Fase, 2007) Assinale a 
alternativa correta: 
 
a) A denominação da sociedade limitada deve designar o seu objeto, sendo 
permitido nela figurar o nome de um ou mais sócios. 
b) A sociedade cooperativa funciona sob denominação integrada pelo 
vocábulo “cooperada”. 
c) O nome de sócio que é pessoa jurídica pode compor a firma de sociedade 
limitada. 
d) O nome empresarial pode ser alienado. 
 
18. (CESPE - OAB-SP - Exame de Ordem - 3 - Primeira Fase, 2008) No 
Brasil, o estabelecimento empresarial regulado pelo Código Civil é tratado 
como: 
 
a) pessoa jurídica. 
b) patrimônio de afetação ou separado. 
c) sociedade não-personificada. 
d) universalidade. 
19. (CESPE - 2008 - OAB-SP - Exame de Ordem - 3 - Primeira Fase, 
2008) Acerca do contrato de trespasse e negócios empresariais afins, 
assinale a opção correta. 
 
a) O trespasse equipara-se à cisão parcial para todos os efeitos legais. 
b) A cessão de todas as participações de uma sociedade, assim como ocorre 
com o trespasse, altera a titularidade nominal sobre o respectivo 
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estabelecimento. 
c) O trespasse equipara-se à incorporação de sociedades para todos os 
efeitos legais. 
d) O trespasse pode ocorrer entre empresários individuais, assim como 
entre sociedades empresárias, ou entre estas e aqueles. 
 
20. (CESPE - OAB-SP - Exame de Ordem - 2 - Primeira Fase, 2008) 
Com relação aos empresários, às sociedades e às relações de família, 
assinale a opção correta. 
 
a) Os casados sob o regime da comunhão universal podem contratar 
sociedade entre si. 
b) O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, 
qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o 
patrimônio da empresa ou gravá-los com ônus real. 
c) Tanto os herdeiros do cônjuge de sócio quanto o cônjuge de sócio que 
tenha se separado judicialmente podem exigir desde logo a parte que lhes 
couber na quota social. 
d) Diferentemente do que sucede com a fiança, qualquer dos cônjuges, sem 
autorização do outro, pode prestar aval. 
 
 
 
21. (VUNESP - TJ-RJ - Juiz, 2011)Quanto ao nome empresarial, assinale 
a alternativa correta. 
 
a) Nas sociedades limitadas, os administradores que omitirem a palavra 
“limitada” no uso da firma ou denominação social serão responsáveis 
solidariamente, desde que ajam com dolo comprovado e assumam 
obrigações com valor superior a 10 salários mínimos vigentes no país. 
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b) A inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos das pessoas 
jurídicas, ou as respectivas averbações, no registro próprio, asseguram o 
uso exclusivo do nome nos limites do território nacional, independentemente 
de registro na forma da lei especial. 
c) É de 4 (quatro) anos o prazo para o prejudicado intentar ação para anular 
a inscrição do nome empresarial feita com violação da lei ou do contrato. 
d) Equipara-se ao nome empresarial, para efeitos de proteção legal, a 
denominação das sociedades simples, associações e fundações. 
 
22. (Juiz – MG, 2009) É CORRETA a afirmação de que o empresário opera 
sob firma: 
 
a) Constituída por seu nome, completo ou abreviado, aditando-lhe, se 
quiser, designação mais precisa de sua pessoa ou do gênero de atividade. 
b) Constituída por seu nome completo, aditando-lhe, se quiser, designação 
mais precisa de sua pessoa ou do gênero de atividade. 
c) Constituída por seu nome, aditando-lhe, se quiser, designação mais 
precisa de sua pessoa ou do gênero de atividade. 
d) Do seu antecessor, seguida por seu nome, aditando-lhe, se quiser, 
designação mais precisa de sua pessoa ou do gênero de atividade. 
 
 
 
23. (CESPE-PGM-NATAL, 2008) Heitor, empresário, casado com Luciana 
sob o regime de comunhão parcial de bens, vendo-se em situação financeira 
delicada, haja vista que não possuía dinheiro suficiente para pagar seus 
fornecedores, decidiu vender um dos imóveis do patrimônio da empresa. A 
partir da situação hipotética apresentada e de acordo com o disposto no 
Código Civil acerca do direito de empresa, assinale a opção correta. 
 
a) Heitor necessitará de outorga conjugal para promover a venda do 
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bem, porque o negócio envolverá a alienação de imóvel. 
b) Heitor somente poderá alienar o imóvel sem necessidade de outorga 
conjugal se fosse casado no regime de separação de bens. 
c) Independentemente do regime de bens do casamento, Heitor pode 
promover a alienação do imóvel da empresa sem outorga conjugal. 
d) Caso fique provado que a alienação do imóvel será realizada em benefício 
do casal, a eventual discordância da esposa de Heitor com elação à venda 
do referido imóvel preserva a possibilidade de requerer o suprimento judicial 
da outorga. 
 
24. (ESAF –Auditor do Tesouro Municipal, Recife, 2003) A escrituração 
mercantil, por permitir a verificação das mutações patrimoniais e, dado seu 
valor probatório, deve: 
 
a) facilitar a análise dos agentes da fiscalização. 
b) permitir avaliar a eficácia da ação administrativa. 
c) garantir a apuração dos tributos devidos pelo empresário. 
d) dar aos credores informações sobre as operações contratadas. 
e) estar escoimada de imperfeições. 
 
 
 
25. (Antonio Nóbrega – Ponto dos Concursos/2011) Considerando as 
afirmativas abaixo, relativas à exibição dos livros comerciais, marque a 
opção correta: 
 
I – o sigilo dos livros comerciais não pode ser oposto às autoridades fiscais. 
II – o empresário só é obrigado a apresentar os livros comerciais diante de 
ordem judicial. 
III – para que as autoridades fiscais tenham acesso aos livros 
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comerciais, é necessária autorização judicial. 
IV – o Código Civil não consagrou o princípio do sigilo dos livros comerciais, 
sendo possível qualquer autoridade administrativa ter acesso a tais 
documentos. 
 
a) apenas a alternativa I está correta. 
b) apenas as alternativas II e III estão corretas. 
c) todas as alternativas estão incorretas. 
d) apenas a alternativa IV está correta. 
e) apenas as alternativas I e IV estão corretas. 
 
 
26. (Antonio Nóbrega – Ponto dos Concursos/2011) – Em relação à 
regularidade da escrituração, aponte a afirmativa incorreta: 
 
a) a escrituração deverá obrigatoriamente ser feita em português. 
b) não é possível a utilização de códigos de números ou abreviaturas, ainda 
que constem de livro próprio, regularmente autenticado. 
c) é proibida a existência de intervalos ou espaços em branco na 
escrituração. 
d) a escrituração deverá ser feita em moeda corrente. 
e) a escrituração deverá ser feita por ordem cronológica de dia, mês e ano. 
 
27. (Antonio Nóbrega – Ponto dos Concursos/2011) - Considerando as 
afirmativas apresentadas abaixo referentes à escrituração, marque a opção correta: 
 
I – o Código Civil prevê a obrigatoriedade do livro diário, que pode ser substituído 
por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica. 
II – os pequenos empresários estão dispensados da escrituração mercantil. 
III – se a sede da empresa for no exterior, as sucursais localizadas no território 
nacional estão dispensadas da observância das regras de escrituração previstas 
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no Código Civil. 
IV – os empresários são obrigados a conservar em boa guarda os livros 
comerciais demais papéis concernentes à sua atividade, enquanto não ocorrer 
prescrição ou decadência no tocante aos atos neles consignados. 
 
a) todas as afirmativas estão incorretas. 
b) somente as afirmativas III e IV estão incorretas. 
c) somente as afirmativas I e IV estão incorretas. 
d) somente a afirmativa II está incorreta. 
e) somente a afirmativa III está incorreta. 
 
28. (COPEVE-UFAL - CASAL - Advogado, 2010) Assinale a opção incorreta 
quanto ao empresário individual. 
 
a) Trata-se de pessoa natural, desprovida de personalidade jurídica, que exerce 
atividade de empresa sem a presença de qualquer modelo societário. 
b) Responde, pessoal e ilimitadamente, por todas as obrigações que contrair no 
exercício da atividade empresarial. 
c) É obrigatória sua inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis de sua 
sede antes do início da exploração de sua atividade, mediante o arquivamento de 
seu contrato social. 
d) Somente pode ser empresário aquele que estiver no pleno gozo de sua 
capacidade civil e não estiver legalmente impedido. 
e) Seu nome empresarial deve ser da espécie firma, abreviado ou por extenso, 
podendo ser-lhe aditado designação mais precisa do gênero de sua atividade. 
29. (FCC - TCM-BA - Procurador Especial de Contas, 2011) É correto 
afirmar: 
 
a) O impedimento legal quanto à capacidade civil não obsta o exercício pessoal 
da atividade empresarial. 
b) Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza 
científica, literária ou artística, mesmo que com o concurso de auxiliares ou 
colaboradores, a não ser que o exercício da profissão constitua elemento de 
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21 
empresa. 
c) É facultativa a inscrição do empresário no Registro Público de EmpresasMercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade. 
d) Não haverá tratamento legal favorecido ou diferenciado a qualquer empresário 
em face de sua envergadura ou pela natureza de suas atividades. 
e) É considerado empresário quem exerce profissionalmente atividade, 
econômica ou não, organizada para a produção, criação ou circulação de bens ou 
de serviços. 
 
30. (FCC - MPE-CE - Promotor de Justiça, 2011) Se o empresário tornar-
se incapaz: 
 
a) poderá, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a 
empresa antes exercida por ele enquanto capaz, independentemente de 
autorização judicial, que estará implícita nos poderes conferidos ao curador 
nomeado pelo juiz. 
b) não poderá, ainda que por meio de representante, continuar a empresa, 
salvo, por intermédio deste, até a liquidação, e os bens que possuir, estranhos 
à atividade empresarial, não responderão pelas dívidas contraídas para o 
funcionamento dela. 
c) poderá, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a 
empresa antes exercida por ele enquanto capaz, devendo, para isso, preceder 
autorização judicial que é revogável e não ficam sujeitos ao resultado da 
empresa os bens que o incapaz possuía ao tempo da interdição, desde que 
estranhos ao acervo daquela. 
d) somente poderá continuar a empresa, se o curador nomeado pelo juiz puder 
exercer atividade de empresário, respondendo a caução, que este prestar, 
pelas dívidas que assumir durante o exercício da empresa, se os bens do 
incapaz vinculados à atividade empresarial forem insuficientes para o 
pagamento das dívidas caso venha a ser decretada a falência do incapaz. 
e) só poderá continuar a exercer atividade empresária como sócio não 
administrador e desde que autorizado pelo juiz no processo de interdição, não 
ficando, porém, outros bens, exceto as cotas societárias, sujeitos ao 
pagamento das dívidas contraídas no exercício da empresa. 
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22 
 
Gabarito 
 
Questão 1: I – E, II – E, III – C. Questão 2: I – E, II – C, III – E. 
Questão 3: I – E, II – E, III – C. Questão 4: I – C, II – E, III – C. 
Questão 5: I – C, II – C, III – E. Questão 6: I – C, II – E, III – C. 
Questão 7: I – E, II – C, III – E. Questão 8: I – E, II – C, III – C. 
Questão 9: I – E, II – E, III – C. Questão 10: I – E, II – C, III – E. 
Questão 11: I – C, II – E, III – C. Questão 12: I – C, II – C, III – E. 
Questão 13: I – E, II – C, III – C. Questão 14: I – E, II – E, III – C. 
Questão 15: I – E, II – E, III – E. Questão 16: B 
Questão 17: A Questão 18: D 
Questão 19: D Questão 20: B 
Questão 21: D Questão 22: A 
Questão 23: C Questão 24: E 
Questão 25: A Questão 26: B 
Questão 27: E Questão 28: C 
Questão 29: B Questão 30: C 
 
Comentários 
 
1. (OAB-Nacional - OAB - II Exame 2007 CESPE, adaptada) 
Considerando o atual estágio do direito comercial (ou empresarial) brasileiro, 
assinale a opção correta. 
 
I – O Código Civil de 2002, assim como o Código Comercial de 1850, adotou a 
teoria da empresa. � 
II – O Código Civil de 2002 revogou totalmente o Código Comercial de 1850. � 
III – A Constituição da República estabelece a competência privativa da União 
para legislar sobre direito comercial (ou empresarial). � 
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23 
 
Comentários à questão 1 
A questão exige do candidato o conhecimento acerca da história do 
Direito Empresarial/Comercial, especialmente quanto aos Atos de Comércio 
e a Moderna Teoria de Empresa. 
Apenas o Código Civil de 2002 adotou a teoria da empresa, de origem 
italiana, passando a enfatizar a atividade econômica organizada. O Código 
Civil de 2002 considera como sendo empresário (individual ou societário) 
quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a 
produção ou a circulação de bens ou de serviços (art. 966). 
O Código Comercial de 1850, por sua vez, adotava a teoria dos atos de 
comércio. Os Atos de Comércio podem ser conceituados como todos os atos 
de intermediação de bens, realizados de forma habitual/profissional, com o 
intuito de lucro. Ademais, o rol dos atos de comércio era taxativo, apenas 
enquadrando-se como comerciante quem realizasse tais atos. Portanto, o item 
I está errado. 
Quanto ao item II, o Código Civil de 2002 revogou parcialmente o 
Código Comercial de 1850, apenas a sua 1ª parte, vigorando ainda a sua 2ª 
parte, referente ao comércio marítimo, ou seja, a afirmação está errada: 
 
Art. 2.045. Revogam-se a Lei no 3.071, de 1º de janeiro de 1916 - 
Código Civil e a Parte Primeira do Código Comercial, Lei nº 556, de 25 
de junho de 1850. 
O item III é o único correto, pois está conforme o art. 22, I, da CF-88. 
De fato, compete privativamente à União legislar sobre Direito Comercial. 
Não nos aprofundaremos neste tema, por ser mais atinente ao Direito 
Constitucional. 
 
2. (IRB – Advogado ESAF 2006, adaptada) A recepção do instituto 
empresa pelo Código Civil resultará em: 
 
I – retornar a discussão sobre ato de comércio como intermediação na 
circulação de mercadorias. � 
II – realçar a idéia de atividade sobre a de ato. � 
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24 
III – incorporar novos ofícios e profissões ao campo do direito mercantil. � 
 
Comentários à questão 2 
 Como já visto, no exercício anterior, o Código Civil de 2002 adotou a 
Teoria da Empresa. A Empresa passou a ser vista como atividade 
econômica organizada. Repise-se: foco na atividade e não no ato de 
comércio. 
O art. 966 do Código Civil de 2002 sintetiza o aspecto fundamental 
desta nova teoria: “Considera-se empresário (individual ou societário) 
quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a 
produção ou a circulação de bens ou de serviços.” 
 A teoria anterior utilizava-se de um rol taxativo de atos de 
comércio e só era considerado comerciante quem realizasse tais 
atos. O problema é que esta lista acabou ficando obsoleta diante da 
complexidade social. Exemplo: as imobiliárias, que vendiam bens imóveis, não 
tinham tal direito, pois não praticavam atos de comércio (e, portanto, não 
eram consideradas sociedades comerciais). Por conta dessa dificuldade, 
passou-se a adotar a teoria da empresa, revogando-se os atos de comércio. 
Ante o exposto, fica claro que o item I está errado e o item II está correto. 
 O item III pode causar certa dificuldade, pois, de fato, a adoção da 
teoria da empresa pode acarretar a inclusão de novos ofícios e profissões ao 
campo do direito mercantil. Porém, ele também está errado. 
A exigência da banca, nesta questão, foi em relação ao resultado 
imediato da adoção da teoria da empresa: realçar idéia de atividade sobre 
o ato. É claro que, considerando-se empresário quem realizar atividade 
empresarial organizada pode acabar por resultar em novas profissões sendo 
consideraras empresárias (e, por outro lado, outras, que não se organizarem 
como empresa deixarão de ser), porém, isto é um resultado mediato, indireto. 
A consequência e o resultado imediato — e também o objetivo — da 
adoção da teoria da empresa é enfatizar a atividade como elemento 
identificador do empresário e não aumentar ou diminuir as profissões que 
podem ser empresárias. Se isto acontecer, será mero resultado reflexo. 
 
3. (SEFAZ - RJ - Fiscal de Rendas FGV 2010, adaptada) Segundo o art.DIREITO EMPRESARIAL – EXERCÍCIOS – ANALISTA JUDICIÁRIO - STJ 
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25 
966 do Código Civil, é considerado empresário: 
 
I – quem é sócio de sociedade empresária dotada de personalidade jurídica. � 
II – quem é titular do controle de sociedade empresária dotada de 
personalidade jurídica. � 
III – quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a 
produção ou a circulação de bens ou serviços. � 
 
Comentários à questão 3 
Novamente, o conhecimento do texto legal insculpido no art. 966 do 
Código Civil, citado na questão anterior, é suficiente para a solução desta 
questão. Deste modo, o único item correto é o III. 
 O sócio de sociedade empresária não é empresário, em razão 
deste fato, pois será apenas titular de quotas ou ações desta 
sociedade. O mesmo ocorre com o controlador, que é apenas o sócio ou 
o grupo de sócios que possui participação no capital suficiente, de 
modo permanente, para decidir as deliberações da assembléia-geral 
e o poder de eleger a maioria dos administradores da companhia, 
além de utilizar efetivamente este poder para dirigir as atividades 
sociais e orientar o funcionamento dos órgãos da companhia. 
 Mais sobre isto será visto nas aulas seguintes, quanto tratarmos de 
sociedades empresárias e, especificamente, da sociedade anônima. 
 
4. (CESPE/DP DF 2001, adaptada) Até os dias atuais, remanesce a 
dificuldade em se distinguir os atos comerciais dos atos civis. Em virtude dessa 
dificuldade, alguns autores chegaram até mesmo a propalar a inexistência de 
objeto próprio para o direito comercial, sustentando que tal direito não 
consistia uma disciplina autônoma. Tendo em vista essa circunstância, julgue 
os itens subsequentes. 
 
I – No Brasil, ante a dificuldade de um conceito doutrinário e científico para os 
atos de comércio, passaram a ser adotados critérios de direito positivo, de modo 
que são considerados atos de comércio aqueles que a lei designar como tais. � 
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26 
II – Tanto o Código Comercial quanto o antigo Regulamento 737, de 1850, 
enumeram, exemplificativamente, os atos considerados comerciais pelo direito 
brasileiro. � 
III – As atividades imobiliárias e agrícolas eram consideradas atividades civis 
regidas pelo direito civil, de acordo com o Regulamento 737, de 1850. � 
 
Comentários à questão 4 
A primeira afirmativa é verdadeira, pois não se chegou a nenhuma 
conclusão científica sobre o que eram os atos de comércio, sendo necessária 
a edição do Regulamento 737/1850 para definir o que estes atos seriam: 
 
Art. 19. Considera-se mercancia: 
§ 1º A compra e venda ou troca de effeitos moveis ou semoventes 
para os vender por grosso ou a retalho, na mesma especie ou 
manufacturados, ou para alugar o seu uso. 
§ 2º As operações de cambio, banco e corretagem. 
§ 3° As emprezas de fabricas; de com missões; de depositos; de 
expedição, consignação e transporte de mercadorias; de espectaculos 
publicos. 
§ 4.° Os seguros, fretamentos, risco, e quaesquer contratos relativos 
ao commercio maritimo. 
§ 5. ° A armação e expedição de navios. [texto conforme o original] 
 
 
No mesmo raciocínio, o item II está errado, pois o Código Comercial 
não definia os atos de comércio e foi necessário defini-los no Regulamento 
supra, que tratava do Processo Comercial. 
O terceiro item está correto, já que estas atividades não estavam 
incluídas no rol de atos de comércio do Regulamento 737/1850, como se 
pode ver pelo trecho citado. 
 
5. (CESPE/DP DF 2001, adaptada) O Direito comercial provém das práticas 
tradicionais e do direito consuetudinário utilizados pelos antigos comerciantes 
medievais. Por isso, ainda hoje, mantém-se o prestígio dos usos e costumes 
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27 
entre suas normas. Muitos dos costumes adotados, até mesmo os atinentes às 
obrigações comuns dos comerciantes, foram paulatinamente transformados em 
lei e, depois, sistematizados em um código. Acerca dos costumes comerciais e as 
obrigações comuns dos comerciantes, julgue os itens a seguir. 
 
I – Os usos e costumes comerciais são regras subsidiárias do direito comercial 
e não se devem opor a dispositivos legais imperativos ou de ordem pública. � 
II – Os usos e costumes comerciais devem ter teor e vigência provados por 
quem os invoca em juízo, se assim determinar o juiz. � 
III – Seguir ordem de contabilidade e escrituração não é obrigação comercial 
regida pelo direito comercial; no entanto, é obrigação exigível dos 
comerciantes por força do direito tributário. � 
 
Comentário à questão 5 
O primeiro item está certo. Não havendo nenhum mistério sobre o assunto. 
A lei prevalece sobre os costumes, mas nada impede que estes sirvam como 
elementos integradores do Direito para suprir lacunas ou desfazer ambiguidades. O 
próprio Código Civil, em seu art. 113, determina que “os negócios jurídicos devem 
ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração”. 
O art. 4ª da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro (antiga Lei de 
Introdução ao Código Civil Brasileiro — LICC) também dispõe que, “quando a lei 
for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os 
princípios gerais de direito”. A adoção dos costumes como normas de Direito 
Empresarial apenas se dá como extensão deste princípio positivado nestas normas. 
O item II também está correto, pois é determinação expressa do art. 
337 do CPC que “a parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro 
ou consuetudinário, provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o determinar 
o juiz”. 
O item III, por sua vez, não está correto, tendo em vista que, como 
vimos, esta determinação decorre do sistema do Direito Empresarial, 
embora a regra esteja contida no art. 1.179 do Código Civil: 
 
Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a 
seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na 
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escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a 
documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço 
patrimonial e o de resultado econômico. 
 
Todo empresário deve, além de realizar o balanço patrimonial e o de 
resultado econômico anuais, manter um sistema de escrituração contábil 
periódico, ou seja, um sistema que indique todas as suas entradas e 
saídas financeiras. O termo livro não significa que seja exatamente um livro, 
podendo ser substituído por fichas, no caso de escrituração mecanizada ou 
eletrônica (art. 1.180 do Código Civil). O que importa é que este sistema 
registre seu movimento financeiro. 
 
6. (OAB Unificada — 2007.2, adaptada) Com relação ao nome empresarial, 
julgue os seguintes itens: 
 
I – O nome empresarial não pode ser objeto de alienação. � 
II – Em princípio, o nome empresarial, após ser registrado, goza de proteção 
em todo território nacional. � 
III – As companhias somente podem adotar denominação social. � 
 
Comentários à questão 6 
O primeiro item está correto, pois a regra é expressa no art. 1.164 do 
Código Civil: 
 
Art. 1.164. O nome empresarial não pode ser objeto de alienação. 
 
O nome empresarial é considerado direito personalíssimo. Assim como 
toda pessoa física possui um nome,tanto os empresários individuais quanto as 
sociedades empresárias devem possuir um. O “nome empresarial é aquele sob 
o qual o empresário e a sociedade empresária exercem suas atividades e se 
obrigam nos atos a elas pertinentes” (art. 1º, caput, da IN/DNRC 116/2011). 
O item II, no entanto, está errado, pois, a princípio, o nome 
empresarial só tem proteção na área de competência da Junta Comercial 
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na qual foi registrado, como dispõe o art. 1.166 do Código Civil: 
 
Art. 1.166. A inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos das 
pessoas jurídicas, ou as respectivas averbações, no registro próprio, 
asseguram o uso exclusivo do nome nos limites do respectivo Estado. 
 
O item III está correto, pois companhia é sinônimo de sociedade 
anônima é o Código Civil, em seu art. 1.160, diz expressamente que esta 
deverá utilizar denominação social como nome empresarial: “A sociedade 
anônima opera sob denominação designativa do objeto social, integrada 
pelas expressões ‘sociedade anônima’ ou ‘companhia’, por extenso ou 
abreviadamente”. 
 
7. (OAB/SP 2008 — Exame nº136, adaptada) De acordo com a legislação 
em vigor, são atos próprios do registro público de empresas 
 
I – A matrícula dos atos constitutivos das sociedades empresárias e a autenticação 
dos instrumentos de escrituração dos agentes auxiliares de comércio. � 
II – A matrícula dos leiloeiros e o arquivamento dos atos constitutivos das 
sociedades anônimas. � 
III – A autentificação das traduções feitas por tradutores públicos e a dos 
instrumentos de escrituração empresarial. � 
 
Comentários à questão 7 
Esta questão demanda conhecimento sobre a Lei de Registro Público 
de Empresas Mercantis (Lei 8.934/1994). 
Conforme o artigo 32 da Lei 8.934/1994, os atos de registro praticados 
pelas Juntas Comerciais são: 
� Matrícula. 
� Arquivamento. 
� Autenticação. 
A matrícula é um ato pela qual as Juntas registram alguns profissionais 
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auxiliares do comércio, como intérpretes, tradutores públicos, leiloeiros, etc. 
O arquivamento trata do ato no qual são registrados os atos 
constitutivos dos empresários individuais e das sociedades empresárias, 
entre outros. Nas alíneas do art. 32, II, da Lei 8.934/1994, vemos que o 
arquivamento compreende: 
� Dos documentos relativos à constituição, alteração, dissolução e 
extinção de firmas mercantis individuais, sociedades mercantis e 
cooperativas. 
� Dos atos relativos a consórcio e grupo de sociedade de que trata a 
Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. 
� Dos atos concernentes a empresas mercantis estrangeiras 
autorizadas a funcionar no Brasil. 
� Das declarações de microempresa. 
� De atos ou documentos que, por determinação legal, sejam 
atribuídos ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades 
Afins ou daqueles que possam interessar ao empresário e às 
empresas mercantis. 
Já a autenticação diz respeitos aos livros empresariais, que devem ser 
autenticados para serem considerados regulares. 
Assim, o primeiro item está totalmente equivocado, pois o ato de 
registro dos atos constitutivos de qualquer sociedade chama-se 
arquivamento e não matrícula. Igualmente, os agentes auxiliares de 
comércio não precisam autenticar seus instrumentos de escrituração, mas 
devem estar matriculados nas Juntas Comerciais. 
O item II está correto. As sociedades empresárias — como as 
sociedades anônimas — devem arquivar seus atos constitutivos nas Juntas 
Comerciais, assim como os agentes auxiliares do comércio — como os 
leiloeiros — devem matricular-se nas mesmas. 
O item III está errado, já que só os instrumentos de escrituração 
empresarial necessitam de autenticação e não as traduções dos tradutores 
públicos. 
 
8. (AFT 2010 – ESAF, adaptada) Sobre a disciplina dos prepostos no Livro 
do Direito de Empresa do Código Civil, julgue os itens abaixo. 
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I – Considera-se o gerente autorizado a praticar todos os atos necessários ao 
exercício dos poderes que lhe foram outorgados, mesmo quando a lei exigir 
poderes especiais. � 
II – Em regra, considera-se perfeita a entrega de papéis, bens ou valores ao 
preposto, encarregado pelo preponente, se os recebeu sem protesto. � 
III – O preposto não pode, sem autorização escrita, fazer-se substituir no 
desempenho da preposição, sob pena de responder, pessoalmente, pelos atos 
do substituto e pelas obrigações por ele contraídas. � 
 
Comentários à questão 8 
Os prepostos são os auxiliares do empresário. Qualquer pessoa que 
exerça função em uma empresa — seja de chefia ou não — será um 
preposto. 
O primeiro item está errado, pois, quando a Lei exigir poderes 
especiais, o gerente não está autorizado a praticar tais atos, como 
determina o art. 1.173 do Código Civil: 
 
Art. 1.173. Quando a lei não exigir poderes especiais, considera-se o 
gerente autorizado a praticar todos os atos necessários ao exercício dos 
poderes que lhe foram outorgados. 
 
 
Já o segundo item está correto, pois é o que dita o art. 1.171 do 
Código Civil, assim como o item III, que repete o que determina o art. 1.169 
do mesmo Código: 
 
Art. 1.169. O preposto não pode, sem autorização escrita, fazer-se 
substituir no desempenho da preposição, sob pena de responder 
pessoalmente pelos atos do substituto e pelas obrigações por ele 
contraídas. 
 
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Art. 1.171. Considera-se perfeita a entrega de papéis, bens ou valores ao 
preposto, encarregado pelo preponente, se os recebeu sem protesto, 
salvo nos casos em que haja prazo para reclamação. 
 
 
9. (Juiz Substituto TJ-MS – 2008 – FGV, adaptada) Em relação às 
microempresas e empresas de pequeno porte, julgue os itens a seguir. 
 
I – Para os efeitos da Lei Complementar 123/06, consideram-se 
microempresas e empresas de pequeno porte somente as sociedades 
empresárias e o empresário definido no art. 966 do Código Civil. � 
II – As sociedade de cujo capital participe outra pessoa jurídica se incluem no 
regime diferenciado das microempresas e empresas de pequeno porte. � 
III – As sociedades por ações não se incluem no regime diferenciado das 
microempresas e empresas de pequeno porte. � 
 
Comentários à questão 9 
O primeiro item está errado, tendo em vista que a LC 123/2006 
também beneficia as sociedades simples e as cooperativas, que não 
são sociedades empresárias. A terminologia adotada de microempresas e 
empresários de pequeno porte, por um lado, foi infeliz, pois confunde ao 
incluir sociedades não empresárias, mas, por outro lado, utilizou termos 
comuns e coloquiais, sendo difícil escolher uma alternativa mais apropriada. 
Igualmente, seria errado excluir as sociedades simples e as cooperativas, 
pois, embora não sejam sociedades empresárias, participam do comércio e 
prestação de serviços como um todo, sendo interessante ao Estado fomentar 
estas atividades, concedendo-lhes os mesmos benefícios. 
O item II também está errado, pois o art. 3º, §4º, da LC 123/2006, 
impõe diversas vedações, impedindo que certas sociedades possam 
beneficiar-se do regime especial: 
 
I - de cujo capital participe outra pessoajurídica; 
II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de 
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pessoa jurídica com sede no exterior; 
III - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como 
empresário ou seja sócia de outra empresa que receba tratamento 
jurídico diferenciado nos termos desta Lei Complementar, desde que a 
receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput 
deste artigo; 
IV - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do 
capital de outra empresa não beneficiada por esta Lei Complementar, 
desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso 
II do caput deste artigo; 
V - cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra 
pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global 
ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; 
VI - constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo; 
VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica; 
VIII - que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de 
desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, 
financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou 
de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de 
arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de 
previdência complementar; 
IX - resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de 
desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 
(cinco) anos-calendário anteriores; 
X - constituída sob a forma de sociedade por ações. 
 
Pelo inciso I, supra, sociedades de cujo capital participe outra pessoa 
jurídica não recebem os benefícios do regime diferenciado. 
Já o item III está correto, pois as sociedades por ações também não 
podem receber os benefícios do regime diferenciado, em razão do inciso X 
da mesma norma. 
 
10. (Antônio Nobrega — 2012 – Ponto dos Concursos) Com relação à 
obrigatoriedade da inscrição dos empresários e sociedades empresárias nas 
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Juntas Comerciais, julgue os seguintes itens. 
 
I – O registro é obrigatório, sob pena de descaracterizar a atividade 
empresarial. � 
II – O registro é obrigatório e, na sua ausência, o empresário será considerado 
irregular, não podendo requerer recuperação judicial. � 
III – O registro é obrigatório e, na sua ausência, o empresário será autuado e 
multado. � 
 
Comentários à questão 10 
Esta questão demanda conhecimentos doutrinários mais do que 
conhecimentos normativos. 
A inscrição do empresário na Junta Comercial é uma obrigação 
importantíssima a todos que pretendem exercer a atividade empresarial. Tanto 
que o Código Civil impõe essa dever expressamente: 
 
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público 
de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua 
atividade. 
 
Porém, a empresa é uma situação de fato. A não observação desta 
obrigação não descaracteriza a atividade empresária, mas qualifica o 
empresário como irregular. É o que dispõe o enunciado 199 do CJF, 
aprovado na III Jornada de Direito Civil: 
 
A inscrição do empresário ou sociedade empresária é requisito delineador 
de sua regularidade, e não da sua caracterização. 
 
Assim, o item I não está correto, pois o registro não é determinante 
para caracterizar a atividade empresarial, mas sua regularidade. 
Isto nos leva ao fato que a primeira parte do segundo item está 
correta, assim como a consequência apontada, que é o impedimento de 
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requerer recuperação judicial. 
O item III está errado, já que, embora acerte em apontar a 
irregularidade do empresário, não há nenhuma multa a ser paga por este 
fato, mas apenas suportar as restrições legais. 
 
11. (FGV – Fiscal de Rendas/RJ, 2010, adaptada) Com relação ao 
estabelecimento empresarial, julgue os itens abaixo: 
 
I – é o complexo de bens organizado para o exercício da empresa, por 
empresário ou por sociedade empresária. � 
II – refere-se tão-somente à sede física da sociedade empresária. � 
III – desponta a noção de aviamento. � 
 
Comentários à questão 11 
Estão questão trata exclusivamente do estabelecimento empresarial que, 
de acordo com o texto lapidado no art. 1.142 do Código Civil, é “todo 
complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por 
empresário, ou por sociedade empresária”. Disto extrai-se que o item I 
está correto, pois é a letra da Lei. 
A universalidade ou somatório dos bens reunidos pelo empresário para 
exploração de determinada atividade econômica poderão ser chamados de 
estabelecimento empresarial, constituindo a base física do empreendimento. 
O estabelecimento compõe-se de elementos corpóreos e incorpóreos, 
tais como veículos, materiais em estoque, imóveis, tecnologia desenvolvida, 
equipamento necessário para a realização da atividade econômica, marcas, 
patentes, etc. 
Todos esses bens reunidos e devidamente organizados passam a ter um 
sobrevalor, que é devidamente tutelado pelo direito, conforme será visto 
adiante. Pode-se afirmar que tais bens, nesta forma de organização, adquirem 
um valor superior à soma de cada um deles em separado, chamando-se de 
fundo de comércio. 
Deste modo, o item II é incorreto, pois a sede física é apenas um bem 
imóvel que pode ou não fazer parte do estabelecimento — conjunto de bens —
, caso seja próprio ou não. Não se deve confundir o que o senso comum 
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chama de estabelecimento, que é o local físico no qual se exerce a atividade 
empresária (e, infelizmente, o Direito do Trabalho ainda refere-se a 
estabelecimento nesta conotação) e o conceito técnico-jurídico de 
estabelecimento, que é “o complexo de bens organizado para o exercício da 
empresa, por empresário ou por sociedade empresária”, tal como o item “I”. 
O item III está correto, pois faz alusão ao conceito de aviamento, que é 
o valor agregado aos bens organizados no estabelecimento, de acordo com a 
noção de fundo de comércio. 
 
12. (FGV – Fiscal de Rendas/RJ, 2010, adaptada) A respeito do trespasse 
do estabelecimento empresarial, analise as afirmativas a seguir: 
 
I – O contrato de trespasse de estabelecimento empresarial produzirá efeitos 
quanto a terceiros só depois de averbado à margem da inscrição do 
empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas 
Mercantis e de publicado na imprensa oficial. � 
II – Com relação aos créditos de natureza civil vencidos antes da celebração do 
contrato de trespasse, o vendedor do estabelecimento continuará por eles 
solidariamente obrigado, pelo prazo de um ano contado a partir da publicação 
do contrato de trespasse na imprensa oficial. � 
III – Não se admite, mesmo por convenção expressa entre os contratantes, o 
imediato restabelecimento do vendedor do estabelecimento no mesmo ramo 
de atividades e na mesma zona geográfica. � 
 
Comentários à questão 12 
O trespasse é a alienação onerosa do estabelecimento inteiro — não de 
um ou mais bens isolados —, deixando de integrar o patrimônio de um 
empresário (alienante), passando paraoutro (adquirente). O negócio jurídico 
envolvendo a alienação do estabelecimento comercial apresenta algumas 
regras, insculpidas no Código Civil, e essas regras apresentam a solução para a 
nossa questão. 
 O item I apresenta redação que se harmoniza com o texto estatuído no 
art. 1.144 e o item II com o teor do art. 1.146 do Código Civil: 
 
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Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou 
arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a 
terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou 
da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e 
de publicado na imprensa oficial. 
 
Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento 
dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente 
contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado 
pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da 
publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento. 
 
Ambos, portanto, estão corretos. É recomendável ao candidato atenção 
ao prazo de um ano previsto neste último dispositivo legal, bem como ao fato 
de que tal lapso corre, quanto aos créditos vencidos, do momento da 
publicação. 
 O item III está incorreto, pois afirma que “mesmo por convenção 
expressa” a proibição do art. 1.147 do Código Civil deve ser observada. Ora, 
conforme a própria letra deste artigo, a autorização expressa pode afastar a 
regra daquele dispositivo: 
 
Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do 
estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco 
anos subseqüentes à transferência. 
 
 
13. (Antonio Nóbrega – Ponto dos Concursos/2011) A respeito das 
regras previstas no Código Civil, julgue os itens abaixo: 
 
I – Para que uma sociedade empresarial possa alienar um de seus 
estabelecimentos sempre é necessária a autorização de todos os seus 
credores, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir da 
notificação. 
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II – Não há impedimento legal para que o estabelecimento seja objeto 
unitário de direitos e negócios jurídicos. 
III – De acordo com o Código Civil, havendo autorização expressa, é possível 
ao alienante do estabelecimento fazer concorrência ao adquirente, logo após a 
transferência, não sendo necessário respeitar o prazo de cinco anos. 
 
Comentários à questão 13 
 O item I está errado. Com efeito, a autorização dos credores para que 
ocorra a alienação do estabelecimento só é necessária se ao alienante não 
restarem bens suficientes para solver o seu passivo e desde que tais credores 
não tenham sido pagos, na esteira da redação do art. 1.145: 
 
Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o 
seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do 
pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo 
expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação. 
 
 O item II harmoniza-se com o texto legal do art. 1.143, além de conter 
a própria definição de trespasse. Caso este item estivesse errado, seria 
proibido o trespasse: 
 
Art. 1.143. Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de 
negócios jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis 
com a sua natureza. 
 
O item III trata da questão da autorização expressa prevista no art. 
1.147, debatida na questão anterior. 
 
14. (Antonio Nóbrega – Ponto dos Concursos/2011) Considerando as 
afirmativas abaixo, relativas ao regime legal atinente aos prepostos, julgue 
os itens abaixo: 
 
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39 
I – as limitações aos poderes dos gerentes dependem de arquivamento 
para serem oponíveis a terceiros, ainda que sejam conhecidas da pessoa 
que tratou com o gerente. � 
II – o preposto não pode fazer-se substituir no desempenho de sua 
preposição, ainda que haja autorização escrita, tendo em vista a 
pessoalidade de sua função. � 
III – ainda que não haja autorização por escrito, os preponentes são 
responsáveis pelos atos praticados pelos prepostos dentro do 
estabelecimento e relativos à atividade da empresa. � 
 
Comentários à questão 14 
A questão trata novamente dos prepostos. Os arts. 1.169, 1.170 e 
1.171 apresentam regras gerais relativas ao regime jurídico destes auxiliares 
do empresário. 
No tocante especificamente ao gerente, tal figura é um preposto 
encarregado permanentemente da administração da empresa, ou de certos 
departamentos e unidades (art. 1.172). O gerente é empregado, estando 
subordinado hierarquicamente aos seus superiores. Neste passo, é importante 
não confundi-lo com o administrador da sociedade, que é nomeado pelo 
contrato social e tem a responsabilidade de conduzir os negócios da empresa 
com maior liberalidade, podendo ou não ser sócio. 
Os gerentes podem praticar os atos necessários ao desempenho de suas 
funções, desde que a lei não exija a outorga de poderes especiais, de acordo 
com a regra do art. 1.173. O parágrafo único daquele dispositivo determina 
que, havendo dois ou mais gerentes no mesmo departamento, consideram-se 
solidários os poderes a eles conferidos, salvo estipulação diversa. 
O art. 1.174 nos apresenta uma relevante regra. Com efeito, as 
limitações aos poderes conferidos aos gerentes devem ser arquivadas no 
devido registro para que possam ser opostas a terceiros. 
Todavia, há uma exceção prevista no mesmo dispositivo. Assim, caso a 
pessoa que tratou com o gerente tenha conhecimento da limitação, não poderá 
se beneficiar da falta de registro, o que indica que a assertiva I está incorreta. 
Os prepostos devem atuar com zelo e diligência no desempenho de suas 
funções, sem exceder os limites dos poderes que lhe foram outorgados pelo 
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40 
preponente. Frise-se que esta função é personalíssima, não sendo possível o 
preposto “fazer-se substituir no desempenho da preposição, sob pena de 
responder pessoalmente pelos atos do substituto e pelas obrigações por ele 
contraídas.” (art. 1.169) 
Contudo, candidato, repare que o texto legal do aludido art. 1.169 
prevê que, com a autorização escrita, é possível ocorrer a substituição. Deste 
modo, evidencia-se que a afirmativa constante no item II não é compatível 
com a legislação vigente. 
Em relação aos atos praticados pelos prepostos em geral, a regra do art. 
1.178 é cristalina, ao determinar que “os preponentes são responsáveis pelos 
atos de quaisquer prepostos, praticados nos seus estabelecimentos e relativos 
à atividade da empresa, ainda que não autorizados por escrito”. A afirmativa 
III está em consonância com este texto legal, portanto, correto. 
Por fim, note o candidato que, de acordo com o texto insculpido no 
parágrafo único daquele mesmo artigo, a regra é diversa quando se trata de 
atos praticados fora do estabelecimento, que só “obrigarão o preponente nos 
limites dos poderes conferidos por escrito (...)” 
 
15. (Antonio Nóbrega – Ponto dos Concursos/2011) Considerando as 
afirmativas abaixo, relativas às responsabilidades dos preponentes, julgue os 
seguintes itens: 
 
I – os atos praticados pelos prepostos fora do estabelecimento

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