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Aula 15 - Direito Empresarial - Aula 01

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DIREITO EMPRESARIAL (Auditor Fiscal – RF) 
PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA 
Prof. Antônio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 
 
1 
 
Aula I – Direito Empresarial – (Auditor Fiscal – RF) 
Prof. Antonio Nóbrega 
 
Prezado candidato, 
Estamos de volta para dar continuidade aos nossos exercícios acerca da 
matéria de Direito empresarial para o concurso de Auditor Fiscal da Receita 
Federal. Hoje trabalharemos a disciplina Fundamentos do Direito empresarial e 
Teoria da Empresa. A matéria estabelecimento integra esta disciplina, porém, 
foi vista em nossa aula demo. Hoje, trabalharemos os seguintes temas: 
 
Disciplinas 
Fundamentos do direito empresarial e teoria da empresa: 
empresa e empresário; estabelecimento; conceitos de 
microempresa e empresa de pequeno porte (Lei Complementar nº 
123/2006); institutos complementares do Direito Empresarial: nome 
empresarial, prepostos e escrituração; registro de empresa. 
 
Inicialmente, é relevante ressaltar que esta aula encontra-se dividida em 
duas partes. A primeira apresenta questões na forma certo/errado, retiradas 
de provas das mais diversas bancas ou por nós elaboradas, enquanto a 
segunda é composta por questões de múltipla escolha. Ao fim de cada parte, é 
apresentado o gabarito dos exercícios com os respectivos comentários acerca 
dos enunciados. 
Ademais, para um entendimento mais profundo da matéria e melhor 
consolidação do conteúdo cobrado no edital, também iremos trazer à baila 
alguma teoria sobre os temas que estão sendo discutidos, com referência à 
doutrina e à respectiva legislação. 
Registre-se, por fim, que o número de questões relativas a cada tópico é 
determinado de acordo com a importância dos respectivos temas e com a 
frequência em que são cobrados em concursos públicos. Outrossim, algumas 
questões também tratam de tópicos vistos no encontro passado, tendo em 
vista a relação com o que está sendo estudado nesta aula, além de reforçar o 
que já foi debatido. 
E então candidato, vamos aos trabalhos? 
DIREITO EMPRESARIAL (Auditor Fiscal – RF) 
PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA 
Prof. Antônio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 
 
2 
 
AULA 1 
Responda Certo ou Errado 
 
1. (OAB-Nacional - OAB - II Exame 2007 CESPE, adaptada) 
Considerando o atual estágio do direito comercial (ou empresarial) brasileiro, 
assinale a opção correta. 
 
I – O Código Civil de 2002, assim como o Código Comercial de 1850, adotou a 
teoria da empresa. 
II – O Código Civil de 2002 revogou totalmente o Código Comercial de 1850. 
III – A Constituição da República estabelece a competência privativa da União 
para legislar sobre direito comercial (ou empresarial). 
 
2. (IRB – Advogado ESAF 2006, adaptada) A recepção do instituto 
empresa pelo Código Civil resultará em: 
 
I – retornar a discussão sobre ato de comércio como intermediação na 
circulação de mercadorias. 
II – realçar a idéia de atividade sobre a de ato. 
III – incorporar novos ofícios e profissões ao campo do direito mercantil. 
 
3. (SEFAZ - RJ - Fiscal de Rendas FGV 2010, adaptada) Segundo o art. 
966 do Código Civil, é considerado empresário: 
 
I – quem é sócio de sociedade empresária dotada de personalidade jurídica. 
II – quem é titular do controle de sociedade empresária dotada de 
personalidade jurídica. 
III – quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a 
produção ou a circulação de bens ou serviços. 
 
DIREITO EMPRESARIAL (Auditor Fiscal – RF) 
PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA 
Prof. Antônio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 
 
3 
4. (CESPE/DP DF 2001, adaptada) Até os dias atuais, remanesce a 
dificuldade em se distinguir os atos comerciais dos atos civis. Em virtude dessa 
dificuldade, alguns autores chegaram até mesmo a propalar a inexistência de 
objeto próprio para o direito comercial, sustentando que tal direito não 
consistia uma disciplina autônoma. Tendo em vista essa circunstância, julgue 
os itens subsequentes. 
 
I – No Brasil, ante a dificuldade de um conceito doutrinário e científico para os 
atos de comércio, passaram a ser adotados critérios de direito positivo, de 
modo que são considerados atos de comércio aqueles que a lei designar como 
tais. 
II – Tanto o Código Comercial quanto o antigo Regulamento 737, de 1850, 
enumeram, exemplificativamente, os atos considerados comerciais pelo direito 
brasileiro. 
III – As atividades imobiliárias e agrícolas eram consideradas atividades civis 
regidas pelo direito civil, de acordo com o Regulamento 737, de 1850. 
 
5. (CESPE/DP DF 2001, Adaptada) O Direito comercial provém das 
práticas tradicionais e do direito consuetudinário utilizados pelos antigos 
comerciantes medievais. Por isso, ainda hoje, mantém-se o prestígio dos 
usos e costumes entre suas normas. Muitos dos costumes adotados, até 
mesmo os atinentes às obrigações comuns dos comerciantes, foram 
paulatinamente transformados em lei e, depois, sistematizados em um 
código. Acerca dos costumes comerciais e as obrigações comuns dos 
comerciantes, julgue os itens a seguir. 
 
I – Os usos e costumes comerciais são regras subsidiárias do direito comercial 
e não se devem opor a dispositivos legais imperativos ou de ordem pública. 
II – Os usos e costumes comerciais devem ter teor e vigência provados por 
quem os invoca em juízo, se assim determinar o juiz. 
III – Seguir ordem de contabilidade e escrituração não é obrigação comercial 
regida pelo direito comercial; no entanto, é obrigação exigível dos 
comerciantes por força do direito tributário. 
 
 
DIREITO EMPRESARIAL (Auditor Fiscal – RF) 
PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA 
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4 
6. (OAB Unificada — 2007.2, adaptada) Com relação ao nome empresarial, 
julgue os seguintes itens: 
 
I – O nome empresarial não pode ser objeto de alienação. 
II – Em princípio, o nome empresarial, após ser registrado, goza de proteção 
em todo território nacional. 
III – As companhias somente podem adotar denominação social. 
 
7. (OAB/SP 2008 — Exame nº136, adaptada) De acordo com a legislação 
em vigor, são atos próprios do registro público de empresas 
 
I – A matrícula dos atos constitutivos das sociedades empresárias e a 
autenticação dos instrumentos de escrituração dos agentes auxiliares de 
comércio. 
II – A matrícula dos leiloeiros e o arquivamento dos atos constitutivos das 
sociedades anônimas. 
III – A autentificação das traduções feitas por tradutores públicos e a dos 
instrumentos de escrituração empresarial. 
 
8. (AFT 2010 – ESAF, adaptada) Sobre a disciplina dos prepostos no Livro 
do Direito de Empresa do Código Civil, julgue os itens abaixo. 
 
I – Considera-se o gerente autorizado a praticar todos os atos necessários ao 
exercício dos poderes que lhe foram outorgados, mesmo quando a lei exigir 
poderes especiais. 
II – Em regra, considera-se perfeita a entrega de papéis, bens ou valores ao 
preposto, encarregado pelo preponente, se os recebeu sem protesto. 
III – O preposto não pode, sem autorização escrita, fazer-se substituir no 
desempenho da preposição, sob pena de responder, pessoalmente, pelos atos 
do substituto e pelas obrigações por ele contraídas. 
 
DIREITO EMPRESARIAL (Auditor Fiscal – RF) 
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5 
9. (Juiz Substituto TJ-MS – 2008 – FGV, adaptada) Em relação às 
microempresas e empresas de pequeno porte, julgue os itens a seguir. 
I – Para os efeitos da Lei Complementar 123/06, consideram-se 
microempresas e empresas de pequeno porte somente as sociedades 
empresárias e o empresário definido no art. 966 do Código Civil. 
II – As sociedade de cujo capital participe outra pessoa jurídica se incluem no 
regime diferenciado das microempresas e empresas de pequeno porte. 
III – As sociedades por ações não se incluem no regime diferenciado das 
microempresas e empresas de pequeno porte. 
 
10. (AntônioNobrega — 2012 – Ponto dos Concursos) Com relação à 
obrigatoriedade da inscrição dos empresários e sociedades empresárias nas 
Juntas Comerciais, julgue os seguintes itens. 
 
I – O registro é obrigatório, sob pena de descaracterizar a atividade empresarial. 
II – O registro é obrigatório e, na sua ausência, o empresário será considerado 
irregular, não podendo requerer recuperação judicial. 
III – O registro é obrigatório e, na sua ausência, o empresário será autuado e 
multado. 
 
11. (Antonio Nóbrega – Ponto dos Concursos/2011) Considerando as 
afirmativas abaixo, relativas ao regime legal atinente aos prepostos, julgue os 
itens abaixo: 
 
I – as limitações aos poderes dos gerentes dependem de arquivamento para 
serem oponíveis a terceiros, ainda que sejam conhecidas da pessoa que tratou 
com o gerente. 
II – o preposto não pode fazer-se substituir no desempenho de sua preposição, 
ainda que haja autorização escrita, tendo em vista a pessoalidade de sua função. 
III – ainda que não haja autorização por escrito, os preponentes são 
responsáveis pelos atos praticados pelos prepostos dentro do estabelecimento 
e relativos à atividade da empresa. 
DIREITO EMPRESARIAL (Auditor Fiscal – RF) 
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6 
12. (Antonio Nóbrega – Ponto dos Concursos/2011) Considerando as 
afirmativas abaixo, relativas às responsabilidades dos preponentes, julgue os 
seguintes itens: 
I – os atos praticados pelos prepostos fora do estabelecimento somente 
obrigarão o preponente nos limites dos poderes conferidos verbalmente ou por 
escrito. 
II – os preponentes são responsáveis pelos atos dos prepostos praticados no 
estabelecimento, ainda que não sejam relativos à atividade da empresa. 
III – ainda que haja má-fé, os assentos lançados nos livros ou fichas do 
preponente, por qualquer dos prepostos encarregados de sua escrituração, 
produzem os mesmos efeitos como se o fossem por aquele. 
 
13. (CESPE - 2012 - STJ - Analista Judiciário - Área Judiciária - 2012) 
Consoante a doutrina predominante, por constituírem fonte subsidiária, os 
usos e costumes somente se aplicam aos casos em que se verifique lacuna na 
lei mercantil. Os usos e costumes contra legem, portanto, não são 
considerados como fonte e carecem de qualquer eficácia. 
 
14. (CESPE - EBC - Analista – Advocacia - 2011) A denominação Planalto 
Cosméticos Ltda. é uma espécie de nome empresarial embasado em elemento 
fantasia. 
 
15. (CESPE - STJ - Analista Judiciário - Área Judiciária - 2012) De 
acordo com a legislação pertinente, as microempresas ou empresas de 
pequeno porte que não optarem pelo SIMPLES Nacional poderão integrar e 
realizar negócios de compra e venda de bens, para os mercados nacionais e 
internacionais, por meio de sociedade de propósito específico, nos termos e 
condições estabelecidos pelo Poder Executivo federal. 
 
 
 
 
 
DIREITO EMPRESARIAL (Auditor Fiscal – RF) 
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7 
 
Questões de múltipla escolha 
 
16. (TRT - 3ª Região - MG – Juiz, 2012) Assinale a opção correta, após a 
análise das afirmativas abaixo: 
 
I – Segundo o Código Civil de 2002, podem exercer atividade de empresário os 
que tiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente 
impedidos, assim estão excluídos da possibilidade de ser empresário os 
absolutamente incapazes e os relativamente incapazes. É, todavia, possível 
que, antes de dezoito anos, a pessoa possa exercer atividade de empresário, 
sem qualquer restrição, desde que seja menor com mais de quatorze anos e 
que seja emancipado pelos pais. A emancipação também pode ocorrer pelo 
casamento, ou pelo exercício de emprego público ou pela colação de grau em 
curso de ensino superior ou tratando-se de menor com dezesseis anos 
completos, por ter economia própria, pelo estabelecimento civil ou comercial, 
ou pela existência de relação de emprego. 
II – O instrumento de emancipação dos menores deve ser arquivado no 
Registro Público de Empresas Mercantis, também conhecido como Junta 
Comercial, que é o órgão competente para o registro de todos os atos 
concernentes à atividade empresária. 
III – São proibidos de efetivo exercício de atividade empresarial os 
funcionários públicos, a não ser como acionistas ou quotistas de sociedade 
empresária. Também estão proibidos de exercer o comércio os militares, a não 
ser que tenham sido reformados, os leiloeiros, corretores e despachantes 
aduaneiros e, por fim, também o falido, cuja inabilitação se dá a partir da 
decretação da falência e até a sentença que extingue suas obrigações, ocasião 
em que ele fica autorizado novamente a exercer ofício empresarial, exceto se 
condenado por crime falimentar. 
IV – Aquele que é proibido de exercer e, mesmo assim, exerce atividade 
empresarial estará desenvolvendo uma atividade irregular e sujeito a uma 
série de penalidades estabelecidas em leis próprias: sendo funcionário público 
que participe de gerência ou administração de empresa privada, pode haver a 
perda do cargo (penalidade administrativa), mas não há penalidade descrita na 
Lei de Contravenções Penais. 
 
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V – A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, 
e a exercer, responderá pelas obrigações contraídas. Os atos praticados pelo 
proibido de comerciar terão plena validade em relação a terceiros. 
 
a) Somente as afirmativas I, II e V estão corretas; 
b) Somente as afirmativas II, III e V estão corretas. 
c) Somente as afirmativas I, III e V estão corretas. 
d) Somente as afirmativas I, IV e V estão corretas. 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
17. (OAB-SC - Exame de Ordem - 1 - Primeira Fase, 2007) Assinale a 
alternativa correta: 
 
a) A denominação da sociedade limitada deve designar o seu objeto, sendo 
permitido nela figurar o nome de um ou mais sócios. 
b) A sociedade cooperativa funciona sob denominação integrada pelo vocábulo 
“cooperada”. 
c) O nome de sócio que é pessoa jurídica pode compor a firma de sociedade 
limitada. 
d) O nome empresarial pode ser alienado. 
 
18. (ESAF - SET-RN - Auditor Fiscal do Tesouro Estadual - 2005) A 
obrigação de manter a escrituração das operações comerciais seja em livros 
seja de forma mecanizada, em fichas ou arquivos eletrônicos, 
 
a) serve para que, periodicamente, se apure a variação patrimonial. 
b) permite que se apure o cumprimento das obrigações e sua regularidade. 
c) serve para preservar informações de interesse dos sócios das sociedades 
empresárias. 
d) constitui prova do exercício regular de atividade empresária. 
e) facilita a organização de balancetes mensais para prestação de contas aos 
sócios. 
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9 
19. (ESAF - SET-RN - Auditor Fiscal do Tesouro Estadual - 2005) Os 
requisitos previstos em lei para que as pessoas naturais sejam qualificadas 
como empresários destinam-se a 
 
a) garantir o cumprimento de obrigações contraídas no exercício de 
atividade profissional. 
b) impedir, em face do registro obrigatório, que incapazes venham a ser 
considerados empresários. 
c) facilitar a aplicação da teoria da aparência. 
d) por conta da inscrição no Registro de Empresas, servirem para dar 
conhecimento a terceiros sobre os exercentes da profissão. 
e) facilitar o controle dos exercentes de atividades empresariais. 
 
20. (CESPE - OAB-SP - Exame de Ordem - 2 - Primeira Fase, 2008) Com 
relação aos empresários, às sociedades e às relações de família, assinale a 
opção correta. 
 
a) Os casados sob o regime da comunhão universal podem contratar sociedade 
entre si. 
b) O empresário casado pode, sem necessidade deoutorga conjugal, qualquer 
que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da 
empresa ou gravá-los com ônus real. 
c) Tanto os herdeiros do cônjuge de sócio quanto o cônjuge de sócio que tenha 
se separado judicialmente podem exigir desde logo a parte que lhes couber na 
quota social. 
d) Diferentemente do que sucede com a fiança, qualquer dos cônjuges, sem 
autorização do outro, pode prestar aval. 
 
21. (VUNESP - TJ-RJ - Juiz, 2011) Quanto ao nome empresarial, assinale a 
alternativa correta. 
 
a) Nas sociedades limitadas, os administradores que omitirem a palavra 
“limitada” no uso da firma ou denominação social serão responsáveis 
solidariamente, desde que ajam com dolo comprovado e assumam obrigações 
com valor superior a 10 salários mínimos vigentes no país. 
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b) A inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos das pessoas jurídicas, 
ou as respectivas averbações, no registro próprio, asseguram o uso exclusivo 
do nome nos limites do território nacional, independentemente de registro na 
forma da lei especial. 
c) É de 4 (quatro) anos o prazo para o prejudicado intentar ação para anular a 
inscrição do nome empresarial feita com violação da lei ou do contrato. 
d) Equipara-se ao nome empresarial, para efeitos de proteção legal, a 
denominação das sociedades simples, associações e fundações. 
 
22. (Juiz – MG, 2009) É CORRETA a afirmação de que o empresário opera 
sob firma: 
 
a) Constituída por seu nome, completo ou abreviado, aditando-lhe, se quiser, 
designação mais precisa de sua pessoa ou do gênero de atividade. 
b) Constituída por seu nome completo, aditando-lhe, se quiser, designação 
mais precisa de sua pessoa ou do gênero de atividade. 
c) Constituída por seu nome, aditando-lhe, se quiser, designação mais precisa 
de sua pessoa ou do gênero de atividade. 
d) Do seu antecessor, seguida por seu nome, aditando-lhe, se quiser, 
designação mais precisa de sua pessoa ou do gênero de atividade. 
 
23. (CESPE-PGM-NATAL, 2008) Heitor, empresário, casado com Luciana sob 
o regime de comunhão parcial de bens, vendo-se em situação financeira 
delicada, haja vista que não possuía dinheiro suficiente para pagar seus 
fornecedores, decidiu vender um dos imóveis do patrimônio da empresa. A 
partir da situação hipotética apresentada e de acordo com o disposto no 
Código Civil acerca do direito de empresa, assinale a opção correta. 
 
a) Heitor necessitará de outorga conjugal para promover a venda do bem, 
porque o negócio envolverá a alienação de imóvel. 
b) Heitor somente poderá alienar o imóvel sem necessidade de outorga 
conjugal se fosse casado no regime de separação de bens. 
c) Independentemente do regime de bens do casamento, Heitor pode 
promover a alienação do imóvel da empresa sem outorga conjugal. 
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d) Caso fique provado que a alienação do imóvel será realizada em benefício do 
casal, a eventual discordância da esposa de Heitor com elação à venda do referido 
imóvel preserva a possibilidade de requerer o suprimento judicial da outorga. 
 
24. (ESAF –Auditor do Tesouro Municipal, Recife, 2003) A escrituração 
mercantil, por permitir a verificação das mutações patrimoniais e, dado seu 
valor probatório, deve: 
 
a) facilitar a análise dos agentes da fiscalização. 
b) permitir avaliar a eficácia da ação administrativa. 
c) garantir a apuração dos tributos devidos pelo empresário. 
d) dar aos credores informações sobre as operações contratadas. 
e) estar escoimada de imperfeições. 
 
25. (Antonio Nóbrega – Ponto dos Concursos/2011) Considerando as 
afirmativas abaixo, relativas à exibição dos livros comerciais, marque a opção 
correta: 
 
I – o sigilo dos livros comerciais não pode ser oposto às autoridades fiscais. 
II – o empresário só é obrigado a apresentar os livros comerciais diante de 
ordem judicial. 
III – para que as autoridades fiscais tenham acesso aos livros comerciais, é 
necessária autorização judicial. 
IV – o Código Civil não consagrou o princípio do sigilo dos livros comerciais, 
sendo possível qualquer autoridade administrativa ter acesso a tais 
documentos. 
 
a) apenas a alternativa I está correta. 
b) apenas as alternativas II e III estão corretas. 
c) todas as alternativas estão incorretas. 
d) apenas a alternativa IV está correta. 
e) apenas as alternativas I e IV estão corretas. 
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26. (Antonio Nóbrega – Ponto dos Concursos/2011) – Em relação à 
regularidade da escrituração, aponte a afirmativa incorreta: 
 
a) a escrituração deverá obrigatoriamente ser feita em português. 
b) não é possível a utilização de códigos de números ou abreviaturas, ainda 
que constem de livro próprio, regularmente autenticado. 
c) é proibida a existência de intervalos ou espaços em branco na escrituração. 
d) a escrituração deverá ser feita em moeda corrente. 
e) a escrituração deverá ser feita por ordem cronológica de dia, mês e ano. 
 
27. (Antonio Nóbrega – Ponto dos Concursos/2011) - Considerando as 
afirmativas apresentadas abaixo referentes à escrituração, marque a opção 
correta: 
 
I – o Código Civil prevê a obrigatoriedade do livro diário, que pode ser 
substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica. 
II – os pequenos empresários estão dispensados da escrituração mercantil. 
III – se a sede da empresa for no exterior, as sucursais localizadas no 
território nacional estão dispensadas da observância das regras de escrituração 
previstas no Código Civil. 
IV – os empresários são obrigados a conservar em boa guarda os livros 
comerciais demais papéis concernentes à sua atividade, enquanto não ocorrer 
prescrição ou decadência no tocante aos atos neles consignados. 
 
a) todas as afirmativas estão incorretas. 
b) somente as afirmativas III e IV estão incorretas. 
c) somente as afirmativas I e IV estão incorretas. 
d) somente a afirmativa II está incorreta. 
e) somente a afirmativa III está incorreta. 
 
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28. (COPEVE-UFAL - CASAL - Advogado, 2010) Assinale a opção incorreta 
quanto ao empresário individual. 
a) Trata-se de pessoa natural, desprovida de personalidade jurídica, que 
exerce atividade de empresa sem a presença de qualquer modelo societário. 
b) Responde, pessoal e ilimitadamente, por todas as obrigações que contrair 
no exercício da atividade empresarial. 
c) É obrigatória sua inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis de 
sua sede antes do início da exploração de sua atividade, mediante o 
arquivamento de seu contrato social. 
d) Somente pode ser empresário aquele que estiver no pleno gozo de sua 
capacidade civil e não estiver legalmente impedido. 
e) Seu nome empresarial deve ser da espécie firma, abreviado ou por extenso, 
podendo ser-lhe aditado designação mais precisa do gênero de sua atividade. 
 
29. (FCC - TCM-BA - Procurador Especial de Contas, 2011) É correto 
afirmar: 
 
a) O impedimento legal quanto à capacidade civil não obsta o exercício pessoal 
da atividade empresarial. 
b) Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza 
científica, literária ou artística, mesmo que com o concurso de auxiliares ou 
colaboradores, a não ser que o exercício da profissão constitua elemento de 
empresa. 
c) É facultativa a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas 
Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade. 
d) Não haverá tratamento legal favorecido ou diferenciado a qualquerempresário em face de sua envergadura ou pela natureza de suas atividades. 
e) É considerado empresário quem exerce profissionalmente atividade, 
econômica ou não, organizada para a produção, criação ou circulação de bens 
ou de serviços. 
 
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30. (FCC - MPE-CE - Promotor de Justiça, 2011) Se o empresário tornar-
se incapaz: 
 
a) poderá, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a 
empresa antes exercida por ele enquanto capaz, independentemente de 
autorização judicial, que estará implícita nos poderes conferidos ao curador 
nomeado pelo juiz. 
b) não poderá, ainda que por meio de representante, continuar a empresa, 
salvo, por intermédio deste, até a liquidação, e os bens que possuir, estranhos 
à atividade empresarial, não responderão pelas dívidas contraídas para o 
funcionamento dela. 
c) poderá, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a 
empresa antes exercida por ele enquanto capaz, devendo, para isso, preceder 
autorização judicial que é revogável e não ficam sujeitos ao resultado da 
empresa os bens que o incapaz possuía ao tempo da interdição, desde que 
estranhos ao acervo daquela. 
d) somente poderá continuar a empresa, se o curador nomeado pelo juiz puder 
exercer atividade de empresário, respondendo a caução, que este prestar, 
pelas dívidas que assumir durante o exercício da empresa, se os bens do 
incapaz vinculados à atividade empresarial forem insuficientes para o 
pagamento das dívidas caso venha a ser decretada a falência do incapaz. 
e) só poderá continuar a exercer atividade empresária como sócio não 
administrador e desde que autorizado pelo juiz no processo de interdição, não 
ficando, porém, outros bens, exceto as cotas societárias, sujeitos ao 
pagamento das dívidas contraídas no exercício da empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Gabarito 
 
Questão 1: I – E, II – E, III – C. Questão 2: I – E, II – C, III – E. 
Questão 3: I – E, II – E, III – C. Questão 4: I – C, II – E, III – C. 
Questão 5: I – C, II – C, III – E. Questão 6: I – C, II – E, III – C. 
Questão 7: I – E, II – C, III – E. Questão 8: I – E, II – C, III – C. 
Questão 9: I – E, II – E, III – C. Questão 10: I – E, II – C, III – E. 
Questão 11: I – E, II – E, III – C. Questão 12: I – E, II – E, III – E. 
Questão 13: C Questão 14: C 
Questão 15: E Questão 16: B 
Questão 17: A Questão 18: D 
Questão 19: A Questão 20: B 
Questão 21: D Questão 22: A 
Questão 23: C Questão 24: E 
Questão 25: A Questão 26: B 
Questão 27: E Questão 28: C 
Questão 29: B Questão 30: C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Comentários 
 
1. (OAB-Nacional - OAB - II Exame 2007 CESPE, adaptada) 
Considerando o atual estágio do direito comercial (ou empresarial) brasileiro, 
assinale a opção correta. 
 
I – O Código Civil de 2002, assim como o Código Comercial de 1850, adotou a 
teoria da empresa. 
II – O Código Civil de 2002 revogou totalmente o Código Comercial de 1850. 
III – A Constituição da República estabelece a competência privativa da União 
para legislar sobre direito comercial (ou empresarial). 
 
Comentários à questão 1 
A questão exige do candidato o conhecimento acerca da história do 
Direito Empresarial/Comercial, especialmente quanto aos Atos de Comércio 
e a Moderna Teoria de Empresa. 
Apenas o Código Civil de 2002 adotou a teoria da empresa, de origem 
italiana, passando a enfatizar a atividade econômica organizada. O Código 
Civil de 2002 considera como sendo empresário (individual ou societário) 
quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a 
produção ou a circulação de bens ou de serviços (art. 966). 
O Código Comercial de 1850, por sua vez, adotava a teoria dos atos de 
comércio. Os Atos de Comércio podem ser conceituados como todos os atos 
de intermediação de bens, realizados de forma habitual/profissional, com o 
intuito de lucro. Ademais, o rol dos atos de comércio era taxativo, apenas 
enquadrando-se como comerciante quem realizasse tais atos. Portanto, o item 
I está errado. 
Quanto ao item II, o Código Civil de 2002 revogou parcialmente o 
Código Comercial de 1850, apenas a sua 1ª parte, vigorando ainda a sua 2ª 
parte, referente ao comércio marítimo, ou seja, a afirmação está errada: 
 
Art. 2.045. Revogam-se a Lei no 3.071, de 1º de janeiro de 1916 - 
Código Civil e a Parte Primeira do Código Comercial, Lei nº 556, de 25 
de junho de 1850. 
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O item III é o único correto, pois está conforme o art. 22, I, da CF-88. 
De fato, compete privativamente à União legislar sobre Direito Comercial. 
Não nos aprofundaremos neste tema, por ser mais atinente ao Direito 
Constitucional. 
 
2. (IRB – Advogado ESAF 2006, adaptada) A recepção do instituto 
empresa pelo Código Civil resultará em: 
 
I – retornar a discussão sobre ato de comércio como intermediação na 
circulação de mercadorias. 
II – realçar a idéia de atividade sobre a de ato. 
III – incorporar novos ofícios e profissões ao campo do direito mercantil. 
 
Comentários à questão 2 
 Como já visto, no exercício anterior, o Código Civil de 2002 adotou a 
Teoria da Empresa. A Empresa passou a ser vista como atividade 
econômica organizada. Repise-se: foco na atividade e não no ato de 
comércio. 
O art. 966 do Código Civil de 2002 sintetiza o aspecto fundamental 
desta nova teoria: “Considera-se empresário (individual ou societário) 
quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a 
produção ou a circulação de bens ou de serviços.” 
 A teoria anterior utilizava-se de um rol taxativo de atos de 
comércio e só era considerado comerciante quem realizasse tais 
atos. O problema é que esta lista acabou ficando obsoleta diante da 
complexidade social. Exemplo: as imobiliárias, que vendiam bens imóveis, não 
tinham tal direito, pois não praticavam atos de comércio (e, portanto, não 
eram consideradas sociedades comerciais). Por conta dessa dificuldade, 
passou-se a adotar a teoria da empresa, revogando-se os atos de comércio. 
Ante o exposto, fica claro que o item I está errado e o item II está correto. 
 O item III pode causar certa dificuldade, pois, de fato, a adoção da 
teoria da empresa pode acarretar a inclusão de novos ofícios e profissões ao 
campo do direito mercantil. Porém, ele também está errado. 
 
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18 
A exigência da banca, nesta questão, foi em relação ao resultado 
imediato da adoção da teoria da empresa: realçar idéia de atividade sobre 
o ato. É claro que, considerando-se empresário quem realizar atividade 
empresarial organizada pode acabar por resultar em novas profissões sendo 
consideraras empresárias (e, por outro lado, outras, que não se organizarem 
como empresa deixarão de ser), porém, isto é um resultado mediato, indireto. 
A consequência e o resultado imediato — e também o objetivo — da 
adoção da teoria da empresa é enfatizar a atividade como elemento 
identificador do empresário e não aumentar ou diminuir as profissões que 
podem ser empresárias. Se isto acontecer, será mero resultado reflexo. 
 
3. (SEFAZ - RJ - Fiscal de Rendas FGV 2010, adaptada) Segundo o art. 
966 do Código Civil, é considerado empresário: 
 
I – quem é sócio de sociedade empresária dotada de personalidade jurídica. 
II – quem é titular do controle de sociedade empresáriadotada de 
personalidade jurídica. 
III – quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a 
produção ou a circulação de bens ou serviços. 
 
Comentários à questão 3 
Novamente, o conhecimento do texto legal insculpido no art. 966 do 
Código Civil, citado na questão anterior, é suficiente para a solução desta 
questão. Deste modo, o único item correto é o III. 
 O sócio de sociedade empresária não é empresário, em razão 
deste fato, pois será apenas titular de quotas ou ações desta 
sociedade. O mesmo ocorre com o controlador, que é apenas o sócio ou 
o grupo de sócios que possui participação no capital suficiente, de 
modo permanente, para decidir as deliberações da assembléia-geral 
e o poder de eleger a maioria dos administradores da companhia, 
além de utilizar efetivamente este poder para dirigir as atividades 
sociais e orientar o funcionamento dos órgãos da companhia. 
 Mais sobre isto será visto nas aulas seguintes, quanto tratarmos de 
sociedades empresárias e, especificamente, da sociedade anônima. 
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19 
4. (CESPE/DP DF 2001, adaptada) Até os dias atuais, remanesce a 
dificuldade em se distinguir os atos comerciais dos atos civis. Em virtude dessa 
dificuldade, alguns autores chegaram até mesmo a propalar a inexistência de 
objeto próprio para o direito comercial, sustentando que tal direito não 
consistia uma disciplina autônoma. Tendo em vista essa circunstância, julgue 
os itens subsequentes. 
 
I – No Brasil, ante a dificuldade de um conceito doutrinário e científico para os 
atos de comércio, passaram a ser adotados critérios de direito positivo, de modo 
que são considerados atos de comércio aqueles que a lei designar como tais. 
II – Tanto o Código Comercial quanto o antigo Regulamento 737, de 1850, 
enumeram, exemplificativamente, os atos considerados comerciais pelo direito 
brasileiro. 
III – As atividades imobiliárias e agrícolas eram consideradas atividades civis 
regidas pelo direito civil, de acordo com o Regulamento 737, de 1850. 
 
Comentários à questão 4 
A primeira afirmativa é verdadeira, pois não se chegou a nenhuma 
conclusão científica sobre o que eram os atos de comércio, sendo necessária 
a edição do Regulamento 737/1850 para definir o que estes atos seriam: 
 
Art. 19. Considera-se mercancia: 
§ 1º A compra e venda ou troca de effeitos moveis ou semoventes 
para os vender por grosso ou a retalho, na mesma especie ou 
manufacturados, ou para alugar o seu uso. 
§ 2º As operações de cambio, banco e corretagem. 
§ 3° As emprezas de fabricas; de com missões; de depositos; de 
expedição, consignação e transporte de mercadorias; de espectaculos 
publicos. 
§ 4.° Os seguros, fretamentos, risco, e quaesquer contratos relativos 
ao commercio maritimo. 
§ 5. ° A armação e expedição de navios. [texto conforme o original] 
 
 
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20 
No mesmo raciocínio, o item II está errado, pois o Código Comercial 
não definia os atos de comércio e foi necessário defini-los no Regulamento 
supra, que tratava do Processo Comercial. 
O terceiro item está correto, pois estas atividades não estavam 
incluídas no rol de atos de comércio do Regulamento 737/1850, como se 
pode ver pelo trecho citado. 
 
5. (CESPE/DP DF 2001, adaptada) O Direito comercial provém das práticas 
tradicionais e do direito consuetudinário utilizados pelos antigos comerciantes 
medievais. Por isso, ainda hoje, mantém-se o prestígio dos usos e costumes 
entre suas normas. Muitos dos costumes adotados, até mesmo os atinentes às 
obrigações comuns dos comerciantes, foram paulatinamente transformados em 
lei e, depois, sistematizados em um código. Acerca dos costumes comerciais e as 
obrigações comuns dos comerciantes, julgue os itens a seguir. 
 
I – Os usos e costumes comerciais são regras subsidiárias do direito comercial 
e não se devem opor a dispositivos legais imperativos ou de ordem pública. 
II – Os usos e costumes comerciais devem ter teor e vigência provados por 
quem os invoca em juízo, se assim determinar o juiz. 
III – Seguir ordem de contabilidade e escrituração não é obrigação comercial 
regida pelo direito comercial; no entanto, é obrigação exigível dos 
comerciantes por força do direito tributário. 
 
Comentário à questão 5 
O primeiro item está certo. Não havendo nenhum mistério sobre o assunto. 
A lei prevalece sobre os costumes, mas nada impede que estes sirvam como 
elementos integradores do Direito para suprir lacunas ou desfazer ambiguidades. O 
próprio Código Civil, em seu art. 113, determina que “os negócios jurídicos devem 
ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração”. 
O art. 4ª da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro (antiga Lei 
de Introdução ao Código Civil Brasileiro — LICC) também dispõe que, “quando 
a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes 
e os princípios gerais de direito”. A adoção dos costumes como normas de 
Direito Empresarial apenas se dá como extensão deste princípio positivado 
nestas normas. 
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O item II também está correto, pois é determinação expressa do art. 
337 do CPC que “a parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro 
ou consuetudinário, provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o determinar 
o juiz”. 
O item III, por sua vez, não está correto, pois, como vimos, esta 
determinação decorre do sistema do Direito Empresarial, embora a regra 
esteja contida no art. 1.179 do Código Civil: 
 
Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a 
seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na 
escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a 
documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço 
patrimonial e o de resultado econômico. 
 
Todo empresário deve, além de realizar o balanço patrimonial e o de 
resultado econômico anuais, manter um sistema de escrituração contábil 
periódico, ou seja, um sistema que indique todas as suas entradas e 
saídas financeiras. O termo livro não significa que seja exatamente um livro, 
podendo ser substituído por fichas, no caso de escrituração mecanizada ou 
eletrônica (art. 1.180 do Código Civil). O que importa é que este sistema 
registre seu movimento financeiro. 
 
6. (OAB Unificada — 2007.2, adaptada) Com relação ao nome empresarial, 
julgue os seguintes itens: 
 
I – O nome empresarial não pode ser objeto de alienação. 
II – Em princípio, o nome empresarial, após ser registrado, goza de proteção 
em todo território nacional. 
III – As companhias somente podem adotar denominação social. 
 
Comentários à questão 6 
O primeiro item está correto, pois a regra é expressa no art. 1.164 do 
Código Civil: 
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22 
Art. 1.164. O nome empresarial não pode ser objeto de alienação. 
 
O nome empresarial é considerado direito personalíssimo. Assim como 
toda pessoa física possui um nome, tanto os empresários individuais quanto as 
sociedades empresárias devem possuir um. O “nome empresarial é aquele sob 
o qual o empresário e a sociedade empresária exercem suas atividades e se 
obrigam nos atos a elas pertinentes” (art. 1º, caput, da IN/DNRC 116/2011). 
O item II, no entanto, está errado, pois, a princípio, o nome 
empresarial só tem proteção na área de competência da Junta Comercial na 
qual foi registrado, como dispõe o art. 1.166 do Código Civil: 
 
Art. 1.166. A inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos das 
pessoas jurídicas, ou as respectivas averbações,no registro próprio, 
asseguram o uso exclusivo do nome nos limites do respectivo Estado. 
 
O item III está correto, pois companhia é sinônimo de sociedade 
anônima é o Código Civil, em seu art. 1.160, diz expressamente que esta 
deverá utilizar denominação social como nome empresarial: “A sociedade 
anônima opera sob denominação designativa do objeto social, integrada 
pelas expressões ‘sociedade anônima’ ou ‘companhia’, por extenso ou 
abreviadamente”. 
 
7. (OAB/SP 2008 — Exame nº136, adaptada) De acordo com a legislação 
em vigor, são atos próprios do registro público de empresas 
 
I – A matrícula dos atos constitutivos das sociedades empresárias e a autenticação 
dos instrumentos de escrituração dos agentes auxiliares de comércio. 
II – A matrícula dos leiloeiros e o arquivamento dos atos constitutivos das 
sociedades anônimas. 
III – A autentificação das traduções feitas por tradutores públicos e a dos 
instrumentos de escrituração empresarial. 
 
 
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23 
Comentários à questão 7 
Esta questão demanda conhecimento sobre a Lei de Registro Público de 
Empresas Mercantis (Lei 8.934/1994). 
Conforme o artigo 32 da Lei 8.934/1994, os atos de registro praticados 
pelas Juntas Comerciais são: 
� Matrícula. 
� Arquivamento. 
� Autenticação. 
A matrícula é um ato pela qual as Juntas registram alguns profissionais 
auxiliares do comércio, como intérpretes, tradutores públicos, leiloeiros, etc. 
O arquivamento trata do ato no qual são registrados os atos constitutivos 
dos empresários individuais e das sociedades empresárias, entre outros. Nas 
alíneas do art. 32, II, da Lei 8.934/1994, vemos que o arquivamento 
compreende: 
� Dos documentos relativos à constituição, alteração, dissolução e 
extinção de firmas mercantis individuais, sociedades mercantis e 
cooperativas. 
� Dos atos relativos a consórcio e grupo de sociedade de que trata a 
Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. 
� Dos atos concernentes a empresas mercantis estrangeiras 
autorizadas a funcionar no Brasil. 
� Das declarações de microempresa. 
� De atos ou documentos que, por determinação legal, sejam 
atribuídos ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades 
Afins ou daqueles que possam interessar ao empresário e às 
empresas mercantis. 
Já a autenticação diz respeitos aos livros empresariais, que devem ser 
autenticados para serem considerados regulares. 
Assim, o primeiro item está totalmente equivocado, pois o ato de 
registro dos atos constitutivos de qualquer sociedade chama-se arquivamento 
e não matrícula. Igualmente, os agentes auxiliares de comércio não precisam 
autenticar seus instrumentos de escrituração, mas devem estar matriculados 
nas Juntas Comerciais. 
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24 
O item II está correto. As sociedades empresárias — como as sociedades 
anônimas — devem arquivar seus atos constitutivos nas Juntas Comerciais, 
assim como os agentes auxiliares do comércio — como os leiloeiros — devem 
matricular-se nas mesmas. 
O item III está errado, pois só os instrumentos de escrituração empresarial 
necessitam de autenticação e não as traduções dos tradutores públicos. 
 
8. (AFT 2010 – ESAF, adaptada) Sobre a disciplina dos prepostos no Livro 
do Direito de Empresa do Código Civil, julgue os itens abaixo. 
 
I – Considera-se o gerente autorizado a praticar todos os atos necessários ao 
exercício dos poderes que lhe foram outorgados, mesmo quando a lei exigir 
poderes especiais. 
II – Em regra, considera-se perfeita a entrega de papéis, bens ou valores ao 
preposto, encarregado pelo preponente, se os recebeu sem protesto. 
III – O preposto não pode, sem autorização escrita, fazer-se substituir no 
desempenho da preposição, sob pena de responder, pessoalmente, pelos atos 
do substituto e pelas obrigações por ele contraídas. 
 
Comentários à questão 8 
Os prepostos são os auxiliares do empresário. Qualquer pessoa que 
exerça função em uma empresa — seja de chefia ou não — será um 
preposto. 
O primeiro item está errado, pois, quando a Lei exigir poderes 
especiais, o gerente não está autorizado a praticar tais atos, como 
determina o art. 1.173 do Código Civil: 
 
Art. 1.173. Quando a lei não exigir poderes especiais, considera-se o 
gerente autorizado a praticar todos os atos necessários ao exercício dos 
poderes que lhe foram outorgados. 
 
Já o segundo item está correto, pois é o que dita o art. 1.171 do 
Código Civil, assim como o item III, que repete o que determina o art. 1.169 
do mesmo Código: 
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25 
Art. 1.169. O preposto não pode, sem autorização escrita, fazer-se 
substituir no desempenho da preposição, sob pena de responder 
pessoalmente pelos atos do substituto e pelas obrigações por ele 
contraídas. 
 
Art. 1.171. Considera-se perfeita a entrega de papéis, bens ou valores ao 
preposto, encarregado pelo preponente, se os recebeu sem protesto, 
salvo nos casos em que haja prazo para reclamação. 
 
9. (Juiz Substituto TJ-MS – 2008 – FGV, adaptada) Em relação às 
microempresas e empresas de pequeno porte, julgue os itens a seguir. 
 
I – Para os efeitos da Lei Complementar 123/06, consideram-se 
microempresas e empresas de pequeno porte somente as sociedades 
empresárias e o empresário definido no art. 966 do Código Civil. 
II – As sociedade de cujo capital participe outra pessoa jurídica se incluem no 
regime diferenciado das microempresas e empresas de pequeno porte. 
III – As sociedades por ações não se incluem no regime diferenciado das 
microempresas e empresas de pequeno porte. 
 
Comentários à questão 9 
O primeiro item está errado, pois a LC 123/2006 também beneficia 
as sociedades simples e as cooperativas, que não são sociedades 
empresárias. A terminologia adotada de microempresas e empresários de 
pequeno porte, por um lado, foi infeliz, pois confunde ao incluir sociedades 
não empresárias, mas, por outro lado, utilizou termos comuns e coloquiais, 
sendo difícil escolher uma alternativa mais apropriada. Igualmente, seria 
errado excluir as sociedades simples e as cooperativas, pois, embora não 
sejam sociedades empresárias, participam do comércio e prestação de 
serviços como um todo, sendo interessante ao Estado fomentar estas 
atividades, concedendo-lhes os mesmos benefícios. 
O item II também está errado, pois o art. 3º, §4º, da LC 123/2006, 
impõe diversas vedações, impedindo que certas sociedades possam 
beneficiar-se do regime especial: 
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26 
I - de cujo capital participe outra pessoa jurídica; 
II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de 
pessoa jurídica com sede no exterior; 
III - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como 
empresário ou seja sócia de outra empresa que receba tratamento 
jurídico diferenciado nos termos desta Lei Complementar, desde que a 
receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput 
deste artigo; 
IV - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do 
capital de outra empresa não beneficiada por esta Lei Complementar, 
desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso 
II do caput deste artigo; 
V - cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra 
pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global 
ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; 
VI - constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo; 
VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica; 
VIII - que exerça atividadede banco comercial, de investimentos e de 
desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, 
financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou 
de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de 
arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de 
previdência complementar; 
IX - resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de 
desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 
(cinco) anos-calendário anteriores; 
X - constituída sob a forma de sociedade por ações. 
 
Pelo inciso I, supra, sociedades de cujo capital participe outra pessoa 
jurídica não recebem os benefícios do regime diferenciado. 
Já o item III está correto, pois as sociedades por ações também não 
podem receber os benefícios do regime diferenciado, em razão do inciso X 
da mesma norma. 
 
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27 
10. (Antônio Nobrega — 2012 – Ponto dos Concursos) Com relação à 
obrigatoriedade da inscrição dos empresários e sociedades empresárias nas 
Juntas Comerciais, julgue os seguintes itens. 
 
I – O registro é obrigatório, sob pena de descaracterizar a atividade 
empresarial. 
II – O registro é obrigatório e, na sua ausência, o empresário será considerado 
irregular, não podendo requerer recuperação judicial. 
III – O registro é obrigatório e, na sua ausência, o empresário será autuado e 
multado. 
 
Comentários à questão 10 
Esta questão demanda conhecimentos doutrinários mais do que 
conhecimentos normativos. 
A inscrição do empresário na Junta Comercial é uma obrigação 
importantíssima a todos que pretendem exercer a atividade empresarial. Tanto 
que o Código Civil impõe essa dever expressamente: 
 
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público 
de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua 
atividade. 
 
Porém, a empresa é uma situação de fato. A não observação desta 
obrigação não descaracteriza a atividade empresária, mas qualifica o 
empresário como irregular. É o que dispõe o enunciado 199 do CJF, 
aprovado na III Jornada de Direito Civil: 
 
A inscrição do empresário ou sociedade empresária é requisito delineador 
de sua regularidade, e não da sua caracterização. 
 
Assim, o item I não está correto, pois o registro não é determinante 
para caracterizar a atividade empresarial, mas sua regularidade. 
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Isto nos leva ao fato que a primeira parte do segundo item está 
correta, assim como a consequência apontada, que é o impedimento de 
requerer recuperação judicial. 
O item III está errado, pois, embora acerte em apontar a 
irregularidade do empresário, não há nenhuma multa a ser paga por este 
fato, mas apenas suportar as restrições legais. 
 
11. (Antonio Nóbrega – Ponto dos Concursos/2011) Considerando as 
afirmativas abaixo, relativas ao regime legal atinente aos prepostos, julgue os 
itens abaixo: 
 
I – as limitações aos poderes dos gerentes dependem de arquivamento para 
serem oponíveis a terceiros, ainda que sejam conhecidas da pessoa que tratou 
com o gerente. 
II – o preposto não pode fazer-se substituir no desempenho de sua preposição, 
ainda que haja autorização escrita, tendo em vista a pessoalidade de sua 
função. 
III – ainda que não haja autorização por escrito, os preponentes são 
responsáveis pelos atos praticados pelos prepostos dentro do estabelecimento 
e relativos à atividade da empresa. 
 
Comentários à questão 11 
A questão trata novamente dos prepostos. Os arts. 1.169, 1.170 e 
1.171 apresentam regras gerais relativas ao regime jurídico destes auxiliares 
do empresário. 
No tocante especificamente ao gerente, tal figura é um preposto 
encarregado permanentemente da administração da empresa, ou de certos 
departamentos e unidades (art. 1.172). O gerente é empregado, estando 
subordinado hierarquicamente aos seus superiores. Neste passo, é importante 
não confundi-lo com o administrador da sociedade, que é nomeado pelo 
contrato social e tem a responsabilidade de conduzir os negócios da empresa 
com maior liberalidade, podendo ou não ser sócio. 
Os gerentes podem praticar os atos necessários ao desempenho de suas 
funções, desde que a lei não exija a outorga de poderes especiais, de acordo 
com a regra do art. 1.173. O parágrafo único daquele dispositivo 
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29 
determina que, havendo dois ou mais gerentes no mesmo departamento, 
consideram-se solidários os poderes a eles conferidos, salvo estipulação diversa. 
O art. 1.174 nos apresenta uma relevante regra. Com efeito, as 
limitações aos poderes conferidos aos gerentes devem ser arquivadas no 
devido registro para que possam ser opostas a terceiros. 
Todavia, há uma exceção prevista no mesmo dispositivo. Assim, caso a 
pessoa que tratou com o gerente tenha conhecimento da limitação, não poderá 
se beneficiar da falta de registro, o que indica que a assertiva I está incorreta. 
Os prepostos devem atuar com zelo e diligência no desempenho de suas 
funções, sem exceder os limites dos poderes que lhe foram outorgados pelo 
preponente. Frise-se que esta função é personalíssima, não sendo possível o 
preposto “fazer-se substituir no desempenho da preposição, sob pena de 
responder pessoalmente pelos atos do substituto e pelas obrigações por ele 
contraídas.” (art. 1.169) 
Contudo, candidato, repare que o texto legal do aludido art. 1.169 
prevê que, com a autorização escrita, é possível ocorrer a substituição. Deste 
modo, evidencia-se que a afirmativa constante no item II não é compatível 
com a legislação vigente. 
Em relação aos atos praticados pelos prepostos em geral, a regra do art. 
1.178 é cristalina, ao determinar que “os preponentes são responsáveis pelos 
atos de quaisquer prepostos, praticados nos seus estabelecimentos e relativos 
à atividade da empresa, ainda que não autorizados por escrito”. A afirmativa 
III está em consonância com este texto legal, portanto, correto. 
Por fim, note o candidato que, de acordo com o texto insculpido no 
parágrafo único daquele mesmo artigo, a regra é diversa quando se trata de 
atos praticados fora do estabelecimento, que só “obrigarão o preponente nos 
limites dos poderes conferidos por escrito (...)” 
 
12. (Antonio Nóbrega – Ponto dos Concursos/2011) Considerando as 
afirmativas abaixo, relativas às responsabilidades dos preponentes, julgue os 
seguintes itens: 
 
I – os atos praticados pelos prepostos fora do estabelecimento somente obrigarão 
o preponente nos limites dos poderes conferidos verbalmente ou por escrito. 
II – os preponentes são responsáveis pelos atos dos prepostos praticados no 
estabelecimento, ainda que não sejam relativos à atividade da empresa. 
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30 
III – ainda que haja má-fé, os assentos lançados nos livros ou fichas do 
preponente, por qualquer dos prepostos encarregados de sua escrituração, 
produzem os mesmos efeitos como se o fossem por aquele. 
 
Comentários à questão 12 
Como debatido na questão anterior, a regra para os atos praticados fora 
do estabelecimento pelos prepostos é diferente daquela que deve ser 
observada quando estes atos são praticados no interior de tais locais 
(parágrafo único do art. 1.178). 
Destarte, a afirmativa I, em rápida leitura, pode parecer correta. 
Contudo, tendo em vista que o dispositivo legal em comento se refere somente 
aos poderes conferidos por escrito, sem fazer alusão à eventual autorização 
verbal, denota-se a inexatidão daquela asserção. 
A afirmativa II também está incorreta. Paraque o preponente seja 
responsável pelo ato praticado dentro do estabelecimento, tal ato deve ser 
relativo à atividade da empresa, de acordo com o mesmo art. 1.178. 
O terceiro item também é contrário ao texto normativo, já que a má-fé é 
causa suficiente para gerar a ineficácia dos assentos lançados nos livros ou 
fichas do preponente (art. 1.177). 
Desta forma, todos os itens estão errados. 
 
13. (CESPE - 2012 - STJ - Analista Judiciário - Área Judiciária - 2012) 
Consoante a doutrina predominante, por constituírem fonte subsidiária, os 
usos e costumes somente se aplicam aos casos em que se verifique lacuna na 
lei mercantil. Os usos e costumes contra legem, portanto, não são 
considerados como fonte e carecem de qualquer eficácia. 
 
Comentários à questão 13 
A questão está certa. Nada que é contra legem — contra à lei — pode 
prevalecer. Sendo assim, os usos e costumes que atentem contra a lei não 
podem ser lícitos; eles só podem valer para suprir lacuna da lei ou resolver 
regra dispositiva que não foi expressamente pactuada. 
 
 
 
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31 
14. (CESPE - EBC - Analista – Advocacia - 2011) A denominação Planalto 
Cosméticos Ltda. é uma espécie de nome empresarial embasado em elemento 
fantasia. 
 
Comentários à questão 14 
Os princípios que norteiam a formação do nome empresarial são 
o princípio da veracidade e o princípio da novidade. O Código Civil só 
trata explicitamente deste último princípio, quando informa que: 
 
Art. 1.163. O nome de empresário deve distinguir-se de qualquer outro 
já inscrito no mesmo registro. 
 
Já o princípio da veracidade é melhor descrito na Instrução Normativa nº 
116 de 2011 do DNRC (Departamento Nacional do Registro do Comércio), 
cujos principais trechos reproduziremos. Repare na utilização dos termos 
firma e denominação, que são os dois tipos de nome empresarial 
existentes no Direito Brasileiro: 
 
Art. 2º Firma é o nome utilizado pelo empresário individual, pela 
sociedade em que houver sócio de responsabilidade ilimitada e, de forma 
facultativa, pela sociedade limitada e pela empresa individual de 
responsabilidade limitada. 
Art. 3º Denominação é o nome utilizado pela sociedade anônima e 
cooperativa e, em caráter opcional, pela sociedade limitada, em 
comandita por ações e pela empresa individual de responsabilidade 
limitada. 
Art. 4º O nome empresarial atenderá aos princípios da veracidade e da 
novidade e identificará, quando assim exigir a lei, o tipo jurídico da 
empresa individual de responsabilidade limitada ou da sociedade. 
Parágrafo único. O nome empresarial não poderá conter palavras ou 
expressões que sejam atentatórias à moral e aos bons costumes. 
Art. 5º Observado o princípio da veracidade: 
I - o empresário e o titular da empresa individual de responsabilidade 
limitada só poderão adotar como firma o seu próprio nome, aditando, se 
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32 
quiser ou quando já existir nome empresarial idêntico ou semelhante, 
designação mais precisa de sua pessoa ou de sua atividade, devendo o 
titular acrescer a sigla EIRELLI; 
II - a firma: 
a) da sociedade em nome coletivo, se não individualizar todos os sócios, 
deverá conter o nome de pelo menos um deles, acrescido do aditivo “e 
companhia”, por extenso ou abreviado; 
b) da sociedade em comandita simples deverá conter o nome de pelo 
menos um dos sócios comanditados, com o aditivo “e companhia”, por 
extenso ou abreviado; 
c) da sociedade em comandita por ações só poderá conter o nome de um 
ou mais sócios diretores ou gerentes, com o aditivo “e companhia”, por 
extenso ou abreviado, acrescida da expressão “comandita por ações”, por 
extenso ou abreviada; 
d) da sociedade limitada, se não individualizar todos os sócios, deverá 
conter o nome de pelo menos um deles, acrescido do aditivo “e 
companhia” e da palavra “limitada”, por extenso ou abreviados; 
III - a denominação é formada com palavras de uso comum ou vulgar na 
língua nacional ou estrangeira e ou com expressões de fantasia, com a 
indicação do objeto da sociedade ou empresa individual de 
responsabilidade limitada, sendo que: 
a) na sociedade limitada, deverá ser seguida da palavra “limitada”, por 
extenso ou abreviada; 
b) na sociedade anônima, deverá ser acompanhada da expressão 
“companhia” ou “sociedade anônima”, por extenso ou abreviada, vedada a 
utilização da primeira ao final; 
c) na sociedade em comandita por ações, deverá ser seguida da 
expressão “em comandita por ações”, por extenso ou abreviada; 
d) na empresa individual de responsabilidade limitada deverá ser seguida 
da expressão “EIRELI”; 
e) para a empresa individual de responsabilidade limitada e para as 
sociedades limitadas enquadradas como microempresa ou empresa de 
pequeno porte, inclusive quando o enquadramento se der juntamente com 
a constituição, é facultativa a inclusão do objeto; 
f) ocorrendo o desenquadramento da empresa individual de 
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33 
responsabilidade limitada ou da sociedade da condição de microempresa 
ou empresa de pequeno porte, é obrigatória a inclusão do objeto 
respectivo no nome empresarial, mediante arquivamento da 
correspondente alteração do ato constitutivo ou alteração contratual. 
§ 1º Na firma, observar-se-á, ainda: 
a) o nome do empresário ou do titular da empresa individual de 
responsabilidade limitada deverá figurar de forma completa, podendo ser 
abreviados os prenomes; 
b) os nomes dos sócios poderão figurar de forma completa ou abreviada, 
admitida a supressão de prenomes; 
c) o aditivo “e companhia” ou “& Cia.” poderá ser substituído por 
expressão equivalente, tal como “e filhos” ou “e irmãos”, dentre outras. 
§ 2º O nome empresarial não poderá conter palavras ou expressões que 
denotem atividade não prevista no objeto da sociedade ou empresa 
individual de responsabilidade limitada. 
 
Como deve ter ficado claro no texto da Instrução Normativa, o 
princípio da veracidade significa que o nome empresarial deve apenas conter 
informações verdadeiras, ou seja, não deve confundir aqueles com quem o 
empresário ou a sociedade empresária tratar. 
A firma é formada pelo nome do empresário ou, no caso das 
sociedades empresárias, de pelo menos um deles, com o sobrenome por 
extenso e os outros nomes, opcionalmente, abreviados. Também 
opcionalmente, poderá utilizar na firma algum apelido ou descrição da 
atividade. Sendo assim, são firmas válidas: Fulano da Silva, B. Silva, 
Beltrano Silva & Cia, C. da Silva & Cia. Produtores de Eventos, Sicrano da 
Silva Bigodudo & Cia Reformas. 
Por óbvio, segundo o princípio da veracidade, os nomes dos 
sócios constantes na firma deverão corresponder à realidade, assim 
como qualquer outra descrição, por exemplo, a atividade. 
Já a denominação é muitas vezes confundida com a marca, pois 
utiliza-se, ao invés do nome dos sócios, de uma expressão de uso comum 
(ou vulgar, aqui, no sentido de coloquial) ou expressões fantasiosas (ou 
seja, originais). Porém, como já dito, não se deve confundi-las. 
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34 
Vejamos o nosso exemplo da Lanches Saborosos: esta expressão pode 
ser o nome de fantasia, assim como uma marca registrada, porém, nada 
impede que a expressão também conste no nome empresarial, como uma 
denominação, na forma Lanches Saborosos Refeições Ltda. As duas 
primeiras palavras formam a expressão de uso comum, a terceira indica o 
objeto e a quarta o tipo societário. Embora semelhantes, o nome de fantasia 
e o nome empresarial continuam distintos, pois o primeiro é uma forma 
reduzida dosegundo. 
Na denominação, a expressão pode ser qualquer uma que não seja 
ilegal (não atente contra à moral e aos bons costumes) e não confunda o 
consumidor ou qualquer um que venha tratar com a sociedade empresária — 
pois só sociedades empresárias (e somente algumas delas, como se pode 
ver no texto da IN 116, art. 3º) podem ter denominação. O objeto, 
obviamente, deve indicar a atividade de forma verídica. 
Há uma diferença importantíssima entre a firma e a 
denominação: quando o empresário usa firma, ele a assina ao contratar. 
Isto é, a firma serve de assinatura para o empresário. No caso da 
denominação, não. O representante utilizará sua própria assinatura ao 
realizar os contratos em nome da sociedade empresarial. 
 
15. (CESPE - STJ - Analista Judiciário - Área Judiciária - 2012) De 
acordo com a legislação pertinente, as microempresas ou empresas de 
pequeno porte que não optarem pelo SIMPLES Nacional poderão integrar e 
realizar negócios de compra e venda de bens, para os mercados nacionais e 
internacionais, por meio de sociedade de propósito específico, nos termos e 
condições estabelecidos pelo Poder Executivo federal. 
 
Comentários à questão 15 
A questão está errada. O certo é as microempresas ou empresas de 
pequeno porte que optarem. Vejamos o art. 56 da LC nº 123: 
 
Art. 56. As microempresas ou as empresas de pequeno porte optantes 
pelo Simples Nacional poderão realizar negócios de compra e venda, de 
bens, para os mercados nacional e internacional, por meio de sociedade 
de propósito específico, nos termos e condições estabelecidos pelo Poder 
Executivo federal. 
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35 
 
16. (TRT - 3ª Região - MG – Juiz, 2012) Assinale a opção correta, após a 
análise das afirmativas abaixo: 
 
I – Segundo o Código Civil de 2002, podem exercer atividade de empresário os 
que tiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente 
impedidos, assim estão excluídos da possibilidade de ser empresário os 
absolutamente incapazes e os relativamente incapazes. É, todavia, possível que, 
antes de dezoito anos, a pessoa possa exercer atividade de empresário, sem 
qualquer restrição, desde que seja menor com mais de quatorze anos e que seja 
emancipado pelos pais. A emancipação também pode ocorrer pelo casamento, ou 
pelo exercício de emprego público ou pela colação de grau em curso de ensino 
superior ou tratando-se de menor com dezesseis anos completos, por ter 
economia própria, pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de 
relação de emprego. 
II – O instrumento de emancipação dos menores deve ser arquivado no 
Registro Público de Empresas Mercantis, também conhecido como Junta 
Comercial, que é o órgão competente para o registro de todos os atos 
concernentes à atividade empresária. 
III – São proibidos de efetivo exercício de atividade empresarial os 
funcionários públicos, a não ser como acionistas ou quotistas de sociedade 
empresária. Também estão proibidos de exercer o comércio os militares, a não 
ser que tenham sido reformados, os leiloeiros, corretores e despachantes 
aduaneiros e, por fim, também o falido, cuja inabilitação se dá a partir da 
decretação da falência e até a sentença que extingue suas obrigações, ocasião 
em que ele fica autorizado novamente a exercer ofício empresarial, exceto se 
condenado por crime falimentar. 
IV – Aquele que é proibido de exercer e, mesmo assim, exerce atividade 
empresarial estará desenvolvendo uma atividade irregular e sujeito a uma 
série de penalidades estabelecidas em leis próprias: sendo funcionário público 
que participe de gerência ou administração de empresa privada, pode haver a 
perda do cargo (penalidade administrativa), mas não há penalidade descrita na 
Lei de Contravenções Penais. 
V – A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, 
e a exercer, responderá pelas obrigações contraídas. Os atos praticados pelo 
proibido de comerciar terão plena validade em relação a terceiros. 
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36 
 
a) Somente as afirmativas I, II e V estão corretas. 
b) Somente as afirmativas II, III e V estão corretas. 
c) Somente as afirmativas I, III e V estão corretas. 
d) Somente as afirmativas I, IV e V estão corretas. 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
 Comentários à questão 16 
 Esta longa questão trata da incapacidade e dos impedimentos para o 
exercício da atividade empresarial. É uma questão complexa, pois não trata 
apenas do Direito Empresarial, mas estabelece conexões com o Direito Civil, 
o Direito Penal e o Direito Administrativo. 
 O primeiro item trata da questão da emancipação, atinente ao Direito 
Civil. De fato, a uma simetria entre a capacidade civil e a capacidade 
empresarial. O incapaz não pode exercer a empresa. 
 
Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em 
pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos. 
 
 Porém, como determina o art. 5º, do CC/2002, e seu parágrafo, o 
menor emancipado estará apto para todos os atos da vida civil. O item I, 
assim, estaria correto se não fosse por um pequeno detalhe. Onde se lê 
“quatorze anos”, o certo seria “dezesseis anos”. 
 
 O item II também trata da emancipação, pois o instrumento de 
emancipação dos menores deve ser arquivado no Registro Público de Empresas 
Mercantis. A regra provém do art. 976 do CC/2002: 
 
Art. 976. A prova da emancipação e da autorização do incapaz, nos casos 
do art. 974, e a de eventual revogação desta, serão inscritas ou 
averbadas no Registro Público de Empresas Mercantis. 
 
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37 
 O item III já trata dos impedidos. Temos dois tipos de vedações 
ao exercício de empresa: a incapacidade e os impedimentos legais. Quanto a 
estes, o Código Civil, ao contrário do Código Comercial de 1850, não arrolou os 
diversos casos de impedimento. Apenas o §1º do art. 1.011 menciona 
impedimentos à administração de sociedades empresárias, que a doutrina 
estende aos empresários individuais: 
 
Não podem ser administradores, além das pessoas impedidas por lei 
especial, os condenados a pena que vede, ainda que temporariamente, o 
acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita 
ou suborno, concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o 
sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, 
contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto 
perdurarem os efeitos da condenação. 
Além disso, por regra, quem exerce cargo público ou é militar não 
pode ser empresário individual, como, por exemplo: 
� Servidores públicos federais — art. 117, X, da Lei 8.112/1990. 
� Magistrados — art. 36, I, da LC 35/1979. 
� Membros do Ministério Público — art. 44, III, da Lei 8.625/1993. 
� Militares — art. 29 da Lei 6.880/1980. 
Veja que estas pessoas não podem ser empresárias individuais, 
mas podem ser sócias de sociedades empresárias, contanto que 
estas sejam de responsabilidade limitada e elas não exerçam 
funções de administração ou gerência. Em síntese, deverão ser sócios 
investidores, cujos detalhes veremos nas aulas de Direito Societário. 
 O item IV trata da regularidade do empresário. O erro deste item 
encontra-se no fato de haver, na Lei de Contravenções Penais, o seguinte 
dispositivo: 
 
Art. 47. Exercer profissão ou atividade econômica ou anunciar que a 
exerce, sem preencher as condições a que por lei está subordinado o 
seu exercício: 
 
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38 
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses,ou multa, de 
quinhentos mil réis a cinco contos de réis. 
 
 Já o item V está correto, pois é a letra da Lei do Código Civil, que 
assim dispõe: 
 
Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria 
de empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas. 
 
Estando corretos os itens II, III e V, a resposta certa é a A. 
 
17. (OAB-SC - Exame de Ordem - 1 - Primeira Fase, 2007) Assinale a 
alternativa correta: 
 
a) A denominação da sociedade limitada deve designar o seu objeto, sendo 
permitido nela figurar o nome de um ou mais sócios. 
b) A sociedade cooperativa funciona sob denominação integrada pelo 
vocábulo “cooperada”. 
c) O nome de sócio que é pessoa jurídica pode compor a firma de sociedade 
limitada. 
d) O nome empresarial pode ser alienado. 
 
 Comentários à questão 17 
 Outra questão sobre o nome empresarial, cuja solução é relativamente 
fácil. A resposta correta é a letra A, pois é menção literal do §2º do art. 
1.158 do CC/2002. 
 A resposta B está errada, pois, conforme o art. 1.159, CC/2002, o 
vocábulo é “cooperativa” e não “cooperada”. 
 A resposta C contraria o §1º do mesmo art. 1.158, da resposta A, que 
assim diz: “a firma será composta com o nome de um ou mais sócios, desde 
que pessoas físicas, de modo indicativo da relação social”. 
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39 
 A resposta D está errada, pois, como já foi visto, o nome empresarial 
não pode ser alienado. 
 
18. (ESAF - SET-RN - Auditor Fiscal do Tesouro Estadual - 2005) A 
obrigação de manter a escrituração das operações comerciais seja em livros 
seja de forma mecanizada, em fichas ou arquivos eletrônicos, 
 
a) serve para que, periodicamente, se apure a variação patrimonial. 
b) permite que se apure o cumprimento das obrigações e sua regularidade. 
c) serve para preservar informações de interesse dos sócios das sociedades 
empresárias. 
d) constitui prova do exercício regular de atividade empresária. 
e) facilita a organização de balancetes mensais para prestação de contas aos 
sócios. 
 
 Comentários à questão 18 
 A alternativa D é a correta. Não há nenhum dispositivo específico, mas 
decorre da sistemática do ordenamento jurídico. 
 
19. (ESAF - SET-RN - Auditor Fiscal do Tesouro Estadual - 2005) Os 
requisitos previstos em lei para que as pessoas naturais sejam qualificadas 
como empresários destinam-se a 
 
a) garantir o cumprimento de obrigações contraídas no exercício de 
atividade profissional. 
b) impedir, em face do registro obrigatório, que incapazes venham a ser 
considerados empresários. 
c) facilitar a aplicação da teoria da aparência. 
d) por conta da inscrição no Registro de Empresas, servirem para dar 
conhecimento a terceiros sobre os exercentes da profissão. 
e) facilitar o controle dos exercentes de atividades empresariais. 
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40 
 Comentários à questão 19 
 Esta questão também não apresenta uma resposta que espelha um 
dispositivo da lei de forma exata. O candidato precisa ter noções da 
sistemática do ordenamento jurídico e da doutrina teórica. A resposta 
correta é a letra A, pois as obrigações do empresário têm a função de 
garantir a segurança jurídica. 
 
20. (CESPE - OAB-SP - Exame de Ordem - 2 - Primeira Fase, 2008) 
Com relação aos empresários, às sociedades e às relações de família, 
assinale a opção correta. 
 
a) Os casados sob o regime da comunhão universal podem contratar 
sociedade entre si. 
b) O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, 
qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o 
patrimônio da empresa ou gravá-los com ônus real. 
c) Tanto os herdeiros do cônjuge de sócio quanto o cônjuge de sócio que 
tenha se separado judicialmente podem exigir desde logo a parte que lhes 
couber na quota social. 
d) Diferentemente do que sucede com a fiança, qualquer dos cônjuges, sem 
autorização do outro, pode prestar aval. 
 
 Comentários à questão 20 
 A questão mescla Direito de Família com Direito Empresarial. De fato, 
o regime matrimonial impõe certas restrições à atividade empresária. 
 A resposta correta é a B, pois é a que reproduz o texto expresso da 
Lei. O Código Civil de 2002, em seu art. 278, dispõe que: 
 
Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga 
conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que 
integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real. 
 
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41 
 
A resposta A encontra-se errada, pois o art. 977 do CC/2002 dispõe 
que: 
 
Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com 
terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão 
universal de bens, ou no da separação obrigatória. 
 
 A resposta C também contraria a Lei, pois o art. 1.127 assim diz: 
 
Art. 1.027. Os herdeiros do cônjuge de sócio, ou o cônjuge do que se 
separou judicialmente, não podem exigir desde logo a parte que lhes 
couber na quota social, mas concorrer à divisão periódica dos lucros, 
até que se liquide a sociedade. 
 
 Quanto à resposta D, sua solução também encontra-se na letra da Lei. 
O Art. 1.647, III, do CC/2002, determina que: 
 
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges 
pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação 
absoluta: 
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; 
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos; 
III - prestar fiança ou aval; 
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos 
que possam integrar futura meação. 
 
 Esta questão nos ensina duas coisas. Primeiro, que a maioria das soluções 
às questões apresentadas em concurso encontra-se na própria letra da Lei. É de 
suma importância que o prezado candidato conheça a legislação. Em segundo 
lugar, quando se diz que tal ramo do Direito é autônomo, esta autonomia não 
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42 
é absoluta e muitas vezes meramente didática. O Direito é um sistema cujas 
partes todas se integram. O Direito Empresarial comunica-se com o Direito 
Constitucional, Administrativo, Tributário, Penal, Contratual, de Família, sendo 
necessário que o estudo de todos. 
 
21. (VUNESP - TJ-RJ - Juiz, 2011) Quanto ao nome empresarial, assinale 
a alternativa correta. 
 
a) Nas sociedades limitadas, os administradores que omitirem a palavra 
“limitada” no uso da firma ou denominação social serão responsáveis 
solidariamente, desde que ajam com dolo comprovado e assumam 
obrigações com valor superior a 10 salários mínimos vigentes no país. 
b) A inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos das pessoas 
jurídicas, ou as respectivas averbações, no registro próprio, asseguram o 
uso exclusivo do nome nos limites do território nacional, independentemente 
de registro na forma da lei especial. 
c) É de 4 (quatro) anos o prazo para o prejudicado intentar ação para anular 
a inscrição do nome empresarial feita com violação da lei ou do contrato. 
d) Equipara-se ao nome empresarial, para efeitos de proteção legal, a 
denominação das sociedades simples, associações e fundações. 
 
Comentários à questão 21 
 Nesta questão sobre o nome empresarial, mais uma vez, temos a 
resposta na letra da Lei. É a alternativa D, que corresponde ao parágrafo 
único do art. 1.155, do CC/2002: 
 
Art. 1.155. Considera-se nome empresarial a firma ou a denominação 
adotada, de conformidade com este Capítulo, para o exercício de 
empresa. 
Parágrafo único. Equipara-se ao nome empresarial, para os 
efeitos da proteção da lei,

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