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1 2 PRESIDENTE DA REPÚBLICA Luiz Inácio Lula da Si lva MINISTRO DA EDUCAÇÃO Fernando Haddad GOVERNADOR DO ESTADO DO PIAUÍ José Well ington Barroso de Araújo Dias REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ Luiz de Sousa Santos Júnior SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DO MEC Carlos Eduardo Bielschowsky COORDENADOR GERAL DA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL Celso José da Costa DIRETOR GERAL DO CENTRO DE EDUCAÇÃO ABERTA A DISTÂNCIA DA UFPI Gildásio Guedes Fernandes DIRETOR DO CENTRO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA Helder Nunes da Cunha COORDENADOR DO CURSO DE FÍSICA NA MODALIDADE EaD Miguel Arcanjo Costa COORDENADORA DO MATERIAL DIDÁTICO DO CEAD/UFPI/UAPI Cleidinalva Maria Barbosa Olivei ra DIAGRAMAÇÃO Gisel le da Si lva Castro COORDENADOR DE REVISÃO DE TEXTO Naziozênio Antonio Larcerda REVISÃO ORTOGRÁFICO-GRAMATICAL Francisco Well ington Borges Gomes 3 Este texto é destinado aos estudantes do Curso de Licenciatura em Física – Modalidade a Distância e tem a pretensão de se tornar o primeiro contato deles com o estudo de Geometria Analítica. O texto é composto de nove unidades, contendo itens e subitens que discorrem sobre: Sistemas de coordenadas cartesianas, vetores no plano e no espaço, produto interno no plano IR2, a reta no IR2, curvas planas, lugares geométricos, o espaço vetorial IR3, e superfícies. Na Unidade 01, estudaremos os conceitos de pares e ternos ordenados, além das operações de adição de pares e ternos e da multiplicação de escalar por um par e por um terno. Em seguida, apresentaremos os conceitos de sistemas cartesianos no plano e no espaço com suas respectivas representações geométricas. Na Unidade 02, estudaremos os conceitos de vetores, as operações de adição de dois vetores e a multiplicação de um escalar (número real) por um vetor e as propriedades. Na Unidade 03, formalizaremos os conceitos de produto interno, módulo de um vetor, ângulo de dois vetores, paralelismo, ortogonalidade e projeção ortogonal. Na Unidade 04, apresentaremos e formalizaremos o estudo da equação da reta em várias formas, suas posições relativas e a distância entre ponto e reta. Na Unidade 05, estudaremos os conceitos de curvas planas e, em particular, os conceitos envolvendo 4 circunferência, além das posições relativas entre ponto e circunferência e entre reta e circunferência. Na Unidade 06, estudaremos os lugares geométricos e suas equações, destacando, entretanto, o estudo das cônicas, suas equações reduzidas, seus elementos e representações gráficas. Na Unidade 07, estudaremos os conceitos de produto interno, produto vetorial, produto misto e aplicaremos estes conceitos no cálculo do módulo de um vetor, distância entre pontos, ângulo de dois vetores, áreas e volumes. Na Unidade 08, estudaremos as equações do plano e da reta nas suas várias formas. Na Unidade 09, apresentamos as características de algumas superfícies, suas equações e gráficos. 5 UNIDADE 01 SISTEMAS DE COORDENADAS CARTESIANAS 1.1 Pares ordenados .................................................................. 11 1.1.1 Condição de igualdade ...................................................... 11 1.2 Produto cartesiano ............................................................... 11 1.3 Sistemas de coordenadas no plano ...................................... 12 1.4 Ternos ordenados ................................................................ 14 1.5 Sistemas de coordenadas no espaço ................................... 14 1.6 Adição em IR2 ..................................................................... 16 1.7 Multiplicação de um escalar por um elemento de R2 ............ 16 1.8 Adição em IR3 ...................................................................... 17 1.9 Multiplicação de um escalar por um elemento de R3 ............ 17 1.10 Propriedades ...................................................................... 17 1.11 Lista de exercícios .............................................................. 18 UNIDADE 02 VETORES ............................................................ 21 2.1 Quantidades escalares ........................................................ 23 2.2 Quantidades vetoriais .......................................................... 23 2.3 Segmento orientado ............................................................. 23 2.4 Segmento nulo .................................................................... 24 2.5 Segmento oposto ................................................................. 24 2.6 Medida de um segmento de reta .......................................... 24 2.7 Direção ................................................................................. 25 2.8 Sentido ................................................................................. 25 2.9 Segmentos equipolentes ...................................................... 26 2.10 Propriedades da relação de equipolência ........................... 26 2.11 Vetor determinado por um segmento orientado AB. ........... 27 2.12 Vetores: casos particulares ................................................ 27 2.13 Vetores no plano cartesiano ............................................... 28 2.14 Operações com vetores...................................................... 29 2.15 Representação geométrica ................................................. 30 2.16 Lista de exercícios .............................................................. 31 2.17 Propriedades da aritmética vetorial ................................... 32 2.18 Lista de exercícios ............................................................. 33 6 UNIDADE 03 PRODUTO INTERNO NO PLANO IR2 ................. 35 3.1 Produto Interno ..................................................................... 37 3.2 Propriedades do produto interno ........................................... 37 3.3 Módulo de um vetor .............................................................. 38 3.4 Vetor unitário ......................................................................... 38 3.5 Versor de um vetor ................................................................ 38 3.6 Paralelismo ........................................................................... 38 3.7 Ortogonalidade ..................................................................... 39 3.8 Lista de exercícios ................................................................ 40 3.9 Ângulo de dois vetores .......................................................... 41 3.10 Afirmação ............................................................................ 41 3.11 Lista de exercícios .............................................................. 42 3.12 Projeção ortogonal - caso particular .................................... 43 3.13 Cálculo do vetor projeção .................................................... 43 3.14 Projeção ortogonal - caso geral ........................................... 44 3.15 Lista de exercícios ............................................................. 44 UNIDADE 04 A RETA NO IR2 .................................................... 46 4.1 A equação vetorial da reta ....................................................48 4.2 Equações paramétricas da reta ............................................. 48 4.3 Equação da reta definida por dois pontos ............................. 49 4.4 Lista de exercícios ................................................................ 51 4.5 Posições relativas de duas retas ........................................... 52 4.6 Equação geral da reta ........................................................... 53 4.7 Lista de exercícios ................................................................ 54 4.8 Distância entre ponto e reta .................................................. 55 4.9 Lista de exercícios ................................................................ 56 UNIDADE 05 CURVAS PLANAS ............................................... 58 5.1 Equação de uma curva plana ................................................ 60 5.2 Equação reduzida da circunferência ..................................... 61 5.3 Equação geral da circunferência ........................................... 61 5.4 Reta e circunferência: posições relativas .............................. 64 5.5 Ponto e circunferência: posições relativas ............................ 66 5.6 Lista de exercícios ............................................................... 67 7 UNIDADE 06 LUGARES GEOMÉTRICO................................... 69 6.1 Definição .............................................................................. 71 6.2 Equação de um lugar geométrico ......................................... 71 6.3 Lista de exercícios ................................................................ 73 6.4 Parábola ............................................................................... 74 6.5 Equação da parábola com vértice na origem ........................ 75 6.6 Equação da parábola: caso geral ......................................... 76 6.7 Lista de exercícios ................................................................ 80 6.8 Elipse ................................................................................... 82 6.9 Equação da elipse ................................................................ 83 6.10 Lista de exercícios .............................................................. 85 6.11 Hipérbole ............................................................................ 88 6.12 Equação da hipérbole ......................................................... 88 6.13 Lista de exercícios .............................................................. 90 UNIDADE 07 O ESPAÇO VETORIAL IR3 ................................. 93 7.1 Produto interno no espaço IR3 ............................................. 95 7.2 Módulo de um vetor .............................................................. 96 7.3 Distância entre dois pontos .................................................. 96 7.4 Paralelismo e ortogonalidade ............................................... 97 7.5 Ângulo de dois vetores ......................................................... 98 7.6 Lista de exercícios ................................................................ 98 7.7 Produto vetorial .................................................................... 100 7.8 Propriedades ........................................................................ 101 7.9 Produto misto ....................................................................... 103 7.10 Cálculo do produto misto .................................................... 104 7.11 Propriedades ...................................................................... 104 7.12 Vetores coplanares ............................................................. 105 7.13 Lista de exercícios .............................................................. 107 7.14 Áreas .................................................................................. 108 7.14.1 Área de um paralelogramo .............................................. 108 7.14.2 Área de um triângulo ....................................................... 109 7.15 Volumes ............................................................................. 110 7.15.1 Volume de um paralelepípedo ......................................... 110 7.15.2 Volume de um tetraedro .................................................. 110 7.16 Lista de exercícios .............................................................. 112 8 UNIDADE 08 PLANO E RETA ................................................... 113 8.1 Equação geral do plano ........................................................ 115 8.2 O plano definido por três pontos ........................................... 118 8.3 Lista de Exercícios ................................................................ 119 8.4 Equação da reta .................................................................... 121 8.5 Lista de Exercícios ................................................................ 124 8.6 Distância de um ponto a um plano ....................................... 126 8.7 Lista de exercícios ................................................................ 128 UNIDADE 09 SUPERFICIES ...................................................... 129 9.1 Introdução ............................................................................. 131 9.2 O Estudo dos casos .............................................................. 131 9.3 Cilindros: definição ................................................................ 135 9.4 Os cilindros eliticos, hiperbólico e parabólicos ...................... 135 REFERÊNCIAS .......................................................................... 137 9 10 UNIDADE 01 SISTEMAS DE COORDENADAS CARTESIANAS 1.1 Pares ordenados ................................................................... 11 1.1.1 Condição de igualdade ....................................................... 11 1.2 Produto cartesiano ................................................................ 11 1.3 Sistemas de coordenadas no plano ...................................... 12 1.4 Ternos ordenados ................................................................. 14 1.5 Sistemas de coordenadas no espaço .................................... 14 1.6 Adição em IR2 ..................................................................... 16 1.7 Multiplicação de um escalar por um elemento de R2 ........... 16 1.8 Adição em IR3 ...................................................................... 17 1.9 Multiplicação de um escalar por um elemento de R3 ........... 17 1.10 Propriedades ....................................................................... 17 1.11 Lista de exercícios .............................................................. 18 11 OBJETIVO Nosso objetivo, nesta unidade, é identificar os sistemas de coordenadas retangulares no plano IR2 e no espaço IR3. 1.1 Pares ordenados Entendemos por par ordenado um conjunto de dois elementos considerados numa dada ordem. ( x, y ) é o par ordenado em que o primeiro termo é x e o segundo é y 1.1.1 Condição de igualdade Dois pares ordenados são iguais se tiverem os primeiros termos iguais entre si e também os segundos termos iguais entre si, isto é, ( a, b ) = ( c, d ) ⇔ a = c e b = d Exemplos a) ( a, b ) = ( 3, 5 ) ⇔ a = 3 e b = 5 b) ( a, b ) = ( 7, 2 ) ⇔ a = 7 e b = 2 1.2 Produto cartesiano O produto cartesiano de dois conjuntos A e B é o conjunto denotado porA x B e tal que: i) A x B = φ se A =φ ou B = φ ii) A x B = {( x, y ) Ax ∈ e y∈ B } Exemplo Se A = { 1, 2 } e B = { 1, 2, 3 } tem-se A x B = {( 1, 1 ), ( 1, 2 ), ( 1, 3 ), ( 2, 1 ), ( 2, 2 ), ( 2, 3 ) } 12 Y 0 Y ' XX' 1.3 Sistema de coordenadas retangulares no plano Um sistema de coordenadas cartesianas tem por finalidade, entre outras, dar uma visualização geométrica aos pares ordenados do produto cartesiano A x B. Considere duas retas xx’ e yy’ perpendiculares entre si e com um ponto em comum 0 A reta xx’ é denominada eixo dos x; A reta yy’ é denominada eixo dos y; O ponto 0 é chamado de origem. A partir dessas duas retas e da origem 0, estabeleceremos um sistema de coordenadas para o plano da seguinte maneira: a cada ponto P do plano, conduzimos perpendiculares aos eixos x e y. Essas perpendiculares encontrarão os eixos em pontos de coordenadas x e y, respectivamente. Assim, colocamos em correspondência os pontos do plano e os pares (x, y)∈IR2. Agora, a cada par ordenado (x, y)∈ IR2, consideremos no eixo x o ponto de coordenada x e no eixo y o ponto de coordenada y. Por cada um desses pontos, conduzimos as perpendiculares ao eixo. O cruzamento dessas retas determina um ponto P. Desta forma, temos uma correspondência biunívoca entre os pontos P do plano e os pares (x, y), pertencentes a IR2. A essa correspondência damos o nome de sistema de coordenadas cartesianas no plano. 13 y x 0 Exemplo Sendo A = { 0, 1, 2 } e B = { -1, 0, 1 }, então A x B será representado como segue: Observação Se A = B, representamos A x B por A2 ou B2. Exemplo Se A = B = R, então A x B = IR2 e sua representação geométrica é todo o plano, isto é, o conjunto de pares ( x, y ) tais que x, y ∈ IR. IR2 y xx y P 0 -1 1 x y 0 1 2 14 1.4 Ternos ordenados O conceito de par ordenado pode ser estendido para o conceito de terno ou tripla ordenada. Para tanto, basta considerá-lo como sendo um conjunto de três elementos tomados numa determinada ordem. Assim, (x, y, z) é o terno ordenado no qual o primeiro terno é x, o segundo é y e o terceiro é z. Da mesma forma, temos o produto cartesiano A x B x C, que é o conjunto dos ternos ordenados (x, y, z) tais que x∈A, y∈B e z∈C. A x B x C = {(x, y, z) x∈A, y∈B e z∈C} Aqui, como em IR2, temos também a igualdade de ternos ordenados, isto é, (x, y, z) e (a, b, c) são iguais se, e somente se x = a, y = b, z = c. (x, y, z) = (a, b, c) ⇔ x = a, y = b, z = c Exemplo Sendo A = B = C = IR, temos que A x B x C = IR x IR x IR = IR3 = {(x, y, z)/ x, y, z ∈ IR }. 1.5 Sistema de coordenadas retangulares no espaço. Neste caso, para o sistema de coordenadas cartesianas, considera-se três retas xx’, yy’ e zz’ perpendiculares duas a duas e com um ponto em comum 0. A reta xx’ é denominado eixo dos x, yy’ eixo dos y e zz’ eixo dos z. z x' y z' x y ' 0 15 Observe que os três eixos determinam os planos xy, xz e yz. Dado um ponto P do espaço, seja P’ a projeção ortogonal de P sobre o plano xy, e seja (x, y) o par associado a P’; Seja z a coordenada no eixo z, do pé da perpendicular ao eixo z, passando por P; Daí, associamos a cada ponto P um terno ( x, y, z ) de números reais. Seja, agora, um terno ( x, y, z ) ∈IR3 e façamos a seguinte associação: seja P’ o ponto do plano xy de coordenadas x e y; Passando por P’, consideremos uma reta s perpendicular ao plano xy; Seja P, em s, o pé da perpendicular a s, passando pelo ponto do eixo z cuja coordenada é z; Assim, obtemos uma correspondência entre os ternos ( x, y, z ) e os pontos do espaço A correspondência biunívoca descrita é chamada de sistema de coordenadas cartesianas para o espaço. Exercício resolvido No sistema a seguir, identifique os pontos A, B, C, D, E, F, G, O. Solução: O(0, 0, 0), A(2, 0, 0), B(2, 3, 0), C(0, 3, 0), D(0, 3, 4), E(0, 0, 4), F(2, 0, 4) e G(2, 3, 4) x y z 0 x y z P' P s A B C F E D G Z y 0 X 16 z y x 0 Observação O IR3 é representado pelo conjunto de todos os pontos do espaço, isto é, o conjunto dos ternos (x, y, z) tais que x, y, z ∈ IR. IR3 1.6 Adição em IR2 Chamamos soma dos pares ( x1, y1 ) e ( x2, y2 ) o par ( x1 + x2, y1 + y2 ) e o indicamos por ( x1, y1 ) + ( x2, y2 ). ( x1, y1 ) + ( x2, y2 ) = ( x1 + x2, y1 + y2 ) Exemplo (8, 3) + (-5, 2) = (8 + (-5), 3 + 2) = (3, 5) (2, 1) + (3, 2) = (2 + 3, 1 + 2) = (5, 3) 1.7 Multiplicação de um escalar (k ∈ IR) por um elemento de IR2 Chamamos produto do número real k pelo par (x, y) o par (kx, ky) e o indicamos por k(x, y). k(x, y) = (kx, Ky) Exemplos 5(2, 1) = (5.2, 5.1) = (10, 5) 3(2, 3) = (3.2, 3.3) = (6, 9) 17 1.8 Adição em IR3 Chamamos soma dos ternos (x1, y1, z1) e (x2, y2, z2) o terno (x1 + x2, y1 + y2 , z1 + z2) e indicamos por (x1, y1, z1) + (x2, y2, z2). ( x1, y1, z1 ) + ( x2, y2, z2 ) = ( x1 + x2, y1 + y2, z1 + z2 ) Exemplos ( 1, 2, 3 ) + ( -3, 4, 1 ) = ( 1 + ( -3 ), 2 + 4, 3 + 1 ) = ( -2, 6, 4 ) ( 6, 2, 3 ) + ( 2, 4, 3 ) = ( 6 + 2, 2 + 4, 3 + 3 ) = ( 8, 6, 6 ) 1.9 Multiplicação de um escalar (k∈IR) por um elemento de IR3 Chamamos produto do número real k pelo terno (x, y, z) o terno (kx, ky, kz) e o indicamos por k(x, y, z). k(x, y, z) = (kx, ky, kz) Exemplos 3( 1, 2, 3 ) = ( 3.1, 3.2, 3.3 ) = ( 3, 6, 9 ) 5( 2, 0, 3 ) = ( 5.2, 5.0, 5.3 ) = ( 10, 0, 15 ) 1.10 Propriedades Sejam A, B e C elementos quaisquer de IR2 (ou IR3 ) e sejam m e n números reais quaisquer, Temos: i) (A + B) + C = A + (B + C) (associativa) ii) A + B = B + A (comutativa) iii) ∃ 0 tal que A + 0 = 0 + A = A ∀ A (elemento neutro) iv) ∀ A ∃ -A ∈ IR2 tal que A + (-A) = (-A) + A = 0 (elemento oposto) v) m(A + B) = mA + mB 18 vi) (m + n)A = mA + nA vii) m(nA) = (mn) A viii) 1 A = A NOTA: A veracidade de tais propriedades pode ser constatada usando os conceitos de adição e multiplicação e propriedades usuais vistas no conjunto dos números reais. 1.11 Lista de exercícios 1) Determine x e y de modo que seja verdadeira a igualdade a) ( x, y ) = ( 1, 3 ) b) ( x + 1, 2y ) = ( 3, 6 ) c) ( x + 2y, 2x – y ) = ( 6, 2 ) 2) Determine x, y e z de modo que seja verdadeira a igualdade a) ( 1, 3, 2 ) = ( x, y + 1, z – 4 ) b) ( x + y, x – z , y + z ) = ( 3, -3, 6 ) 3) Dadas A = ( 1, 3 ), B = ( 3, 4 ), determinar a) A + B b) 2A + B c) -2B 4) Dados A = ( 3,-1, 2 ), B = ( 5, 7, 1 ) e C = ( 0, -3, 5 ), determine a) A – B + 2C b) 2(3B) + 5A – 3C c) B + 2A 19 5) Represente geometricamente, em cada caso, os pontos (x, y) sabendo que: a) x - y = 0 b) x = 2 c) y = 2 d) xy ≥ 0 6) Determinar os valores de x e y, sabendo que x ( 1, 0 ) + y ( 0, 1 ) = ( 3, 2 ). 7) Determinar os valores de x, y e z, sabendo que x ( 1, 0, 0 ) + y ( 0, 1, 0 ) + z ( 0, 0, 1 ) = ( -3, 3, 2 ). Respostas dos exercícios 1) a) x = 1 e y =3 b) x = 2 e y = 3 c) x = 2 e y = 2 2) a) x = 1, y = 2 e z = 6 b) x = 1, y = 2 e z = 4 3) a) ( 4, 7 ) b) ( 5, 10 ) c) ( -6, -8 ) 4) a) ( -2, -1, 11 ) b) ( 45, 46, 1 ) c) ( 11, 5, 5 ) 20 5) Observação: a resposta do exercício 5d) é a área correspondente aos quadrantes 01 e 03 6) x = 3 e y = 2 7) x = -3, y = 3, z = 2 SAIBA MAIS: Para um maior aprofundamento dos conteúdos abordados nesta unidade, sugerimos a consulta aos links abaixo relacionados: a) http:// pt.wikipedia.org b) www.ccmn.ufrj.br/ c) http:// fma.rf.usp.br/~abramo/aulas/node9.html 5 a) 5 b) 5 c) x y 0 0 x y x y 0 0 x y quadrante 03 ' 5 d) quadrante 01 21 22 UNIDADE 02 VETORES ............................................................. 21 2.1 Quantidades escalares ......................................................... 23 2.2 Quantidades vetoriais .......................................................... 23 2.3 Segmento orientado .............................................................. 23 2.4 Segmento nulo ..................................................................... 24 2.5 Segmento oposto .................................................................. 24 2.6 Medida de um segmento de reta ........................................... 24 2.7 Direção ................................................................................. 25 2.8 Sentido .................................................................................. 25 2.9 Segmentos equipolentes ....................................................... 26 2.10 Propriedades da relação de equipolência ........................... 26 2.11 Vetor determinado por um segmento orientado AB. ............ 27 2.12 Vetores: casos particulares ................................................. 27 2.13 Vetores no plano cartesiano ................................................ 28 2.14 Operações com vetores ...................................................... 29 2.15 Representação geométrica ................................................. 30 2.16 Lista de exercícios .............................................................. 31 2.17 Propriedades da aritmética vetorial .................................... 32 2.18 Lista de exercícios ............................................................. 33 23 OBJETIVO Apresentar os conceitos de vetores algebricamente e geometricamente nos casos IR2 e IR3, ou seja, nos casos de duas e três dimensões. 2.1 Quantidades escalares Chamamos de quantidades escalares as quantidades físicas que ficam completamente determinadas por sua magnitude. Exemplos Área, comprimento, massa, temperatura. 2.2 Quantidades vetoriais Chamamos de quantidades vetoriais as quantidades físicas que só estão completamente determinadas quando estão especificadas a magnitude, uma direção e um sentido. Exemplos Força, deslocamento. 2.3 Segmento orientado Segmento orientado de origem A e extremidade B, representado por AB, é o conjunto dos pontos da reta que passa por A e B, compreendidos entre tais pontos e os incluindo. 24 u B A B A Representação 2.4 Segmento nulo Segmento nulo é aquele cuja extremidade coincide com a origem. 2.5 Segmento oposto Chamamos de segmento oposto do segmento orientado AB o segmento orientado BA. Representação 2.6 Medida de um segmento de reta Chamamos de medida de AB, e representamos por AB , o número de vezes que uma determinada unidade pré-definida está contida nele. Exemplo Sendo a unidade, tem-se que a medida do segmento AB a seguir é 5u. u u u u u B A 25 B A C D A B C D B A C D A B C D B A C D A B C D 2.7 Direção Dois segmentos não nulos AB e CD têm a mesma direção se as retas suportes desses segmentos são paralelas ou coincidentes. 2.8 Sentido Diz-se que dois segmentos AB e CD de mesma direção têm mesmo sentido se, estando em retas paralelas, os segmentos AC e BD (unindo as origens e as extremidades) são disjuntos (AC ∩ BD = φ ) e, estando em retas coincidentes, deslocando-se um de modo a fazer as origens coincidirem (A = C), as novas extremidades estarão numa mesma semi-reta de origem A = C. Mesmo sentido Sentidos contrários 26 2.9 Segmentos equipolentes Dois segmentos orientados AB e CD são ditos equipolentes se tiverem mesmo comprimento, mesma direção e mesmo sentido. Observação Se AB e CD estiverem em uma mesma reta; se deslocarmos o ponto C de modo a coincidir com o A e o ponto D de modo a coincidir co m o B, se estiverem em retas paralelas; se traçarmos segmentos unindo os pontos A e C e B e D, o quadrilátero de vértices A, B, D e C é um paralelogramo. Notação Usaremos a representação AB~CD para indicar que AB e CD são segmentos equipolentes. 2.10 Propriedades da relação de equipolência 1ª) Reflexiva : AB~AB; 2ª) Simétrica: AB~CD ⇒ CD~AB; 3ª) Transitiva: AB~CD e CD~EF ⇒AB~EF; 4ª) Dado um segmento orientado AB e um ponto C, existe um único ponto D tal que AB~CD. A B C D A B C D Observação: Dois segmentos nulos são sempre equipolentes. 27 2.11 Vetor determinado por um segmento orientado AB. Chamamos de vetor determinado pelo segmento AB o conjunto de todos os segmentos orientados equipolentes a AB. Notação v r = → AB = { XY ABXY ~ } 2.12 Vetores: casos particulares a) Diz-se que →AB e →CD são iguais quando AB é equipolente a CD; b) Diz-se que →AB é o vetor nulo quando A coincide com B; c) Chamamos de oposto de →AB o vetor →BA e o indicamos por - → AB ; d) Diz-se que ur= →AB é um vetor unitário quando o comprimento do segmento AB é igual a 1; e) Diz-se que um vetor unitário ur é o versor de vrse ur e v r tiverem mesma direção e mesmo sentido; f) Dois vetores ur = →AB e vr = →CD são ditos colineares se AB e CD tiverem a mesma direção; g) Diz-se que três vetores wevu rrr , não nulos são coplanares quando possuem representantes AB, CD e EF situados em um mesmo plano. Nota: Os segmentos orientados XY equipolentes a AB são chamados de representantes do vetor vr = → AB . 28 G F E C X A B D y y x0 A B a b 2.13 Vetores no plano cartesiano A introdução de coordenadas retangulares tem também uma outra razão: simplificar as situações envolvendo cálculos vetoriais Na figura abaixo considere o vetor vr = → AB : A este vetor, podemos associar um par ordenado (a, b) ∈ IR2 em que a é a medida algébrica da projeção de AB na direção do eixo x e b é a medida algébrica da projeção de AB na direção do eixo y. Desta forma, com esta associação, dizemos que o vetor v r é o vetor de coordenadas a e b e o indicamos por vr = (a, b). Exemplos Na figura ao lado temos → AB = ( 2, 3 ) → CD = ( 2, -1 ) → EF = ( -3, -2 ) → GH = ( -3, 2 ) H 29 A B C a b Sendo A = ( x1, y1 ) e B = ( x2, y2 ), determine as coordenadas do vetor vr = → AB . y 2 12 yy − 0 x 1 321 12 xx − x 2 y 1 Solução: Observando o triângulo ABC, podemos constatar que a medida algébrica a da projeção do segmento AB na direção do eixo x é x2 – x1 e a medida algébrica b da projeção do segmento AB na direção do eixo y é y2 – y1. Daí, vr = → AB = B – A = ( x2 – x1, y2 – y1 ). Exemplo Sendo A = ( 2, 1 ) e B = ( 4, 4 ), tem-se → v = → AB = B – A = ( 2, 3 ). 2.14 Operações com vetores Sejam ur = ( x1, y1 ) e vr = ( x2, y2 ) e m∈IR. Definição: a) ur + vr = ( x1 + x2, y1 + y2 ) b) mur=( mx1, my1 ) Exemplos Sendo ur= ( 1, 3 ) e vr = ( 5, 2 ), temos: a) ur + vr = ( 1, 3 ) + ( 5, 2 ) = ( 6, 5 ) b) 2ur = ( 2, 6 ) c) -2ur + vr = ( -2, -6 ) + ( 5, 2 ) = ( 3, -4 ) 30 0 0 2.15 Representação geométrica Representando geometricamente a soma ur + vr e o produto mur em que ur= ( x1, y1 ) e vr = ( x2, y2 ), temos: u r Isto é, ur + v r é o vetor representado pela diagonal OC do paralelogramo determinado por ur= → OA e vr = → OB e o vetor um r tem como representante o segmento OD, que tem mesma direção de um segmento representante de ur , comprimento m vezes a medida de um de seus representantes, e mesmo sentido se m > 0, e sentido oposto se m< 0. Além disso, um r = 0 r se m = 0 ou 0 rr =u . C 21 yy + 2y A B 1y 2x 1x 21 xx + D 1x 1mx 1y 1my um r A 31 2.16 Lista de exercícios 1) Dar as coordenadas de cada um dos seguintes vetores: a) b) c) d) 2) Dados A(1, 2), B(3, 2), C(0, 4) e D(-1, -3), calcular os seguintes vetores: a) →→ + CDAB 2 c) 3 →→ − BCAD 2 b) →→ − BDAC d) →→→ ++ CABCAB 3) Sendo →= ABvr , A( 2, 3 ) e )5,7(=vr , então qual é o ponto B? 4) Determine o ponto C tal que →→ = ABAC 4 1 , sendo A(3, 9) e B(13, 17). u x y y u x x y y x u 32 5) Sendo A(2, 3) B(9, 0), C(-1, 4) e D(5, 1), determine →→→ −+ ADBCAB 2 . 6) Sendo A(2, 3), B(9, 0), C(-1, 4) e D(5, 1), determine X tal que → DX = →→→ −+ ADBCAB 2 . Respostas dos exercícios 1) a) ( 4, 3 ) b) ( 3, -3 ) c) ( -2, 2 ) d) (-4, -3 ) 2) a) ( 0, -14 ) b) ( 3, 7 ) c) ( 0, -19 ) d) ( 0, 0 ) 3) (9, 8) 4) ( 11, 2 11 ) 5) (-9, 5) 6) (-4, 6) 2.17 Propriedades da aritmética vetorial Se wevu rrr , são vetores do IR2 e m e n são escalares (números reais), então: a) vu rr + = uv rr + b) wvu rrr ++ )( = )( wvu rrr ++ c) ur + 0 = 0 + ur = ur d) ur + ( -ur ) + 0 e) m( nur ) = ( m.n )ur f) m (ur + vr ) = mur + m vr g) ( m + n ) ur = mur + nur h) 1ur = ur 33 2.18 Lista de exercícios 1) Da igualdade (x + y, x – y) = (5, 7) podemos concluir que: a) x = 6 e y = -1 b) x = 1 e y = -6 c) x = 3 e y = 2 d) x = 5 e y = 0 e) x = - 1 e y = -6 2) Dado o ponto P(3, 2), os pontos simétricos de P em relação ao eixo x, ao eixo y e à origem do sistema cartesiano são, respectivamente: a) (3, -2), (-3, 2), (-3, -2) b) (3, -2), (-3, 2), (2, 3) c) (-3, 2), (3, -2), (-3, -2) d) (-3, -2), (3, -2), (3,-2) e) nra 3) Os vetores ur = (1, 2), vr = (9, 12) e wr = (x, 6) são tais que 3ur + wr = vr . O valor de x é: a) x = 12 b) x = 9 c) x = 6 d) x = 8 e) x = 10 4) Dados A(2, -1) e B(5, 2), o ponto do segmento AB que dista de A a metade do que dista de B é: a) (3, 0) b) (2, 2) c) (4, 1) d) ( ) 2 1 , 2 7 e) nra 5) Dos pontos que dividem o segmento AB, sendo A (2, 9) e B (16, -5), em sete partes iguais, o que está mais próximo de B é: a) (4, 7) b) (9, 2) c) (13, -2 ) d) ( 14, -3 ) e) nra 34 Respostas dos exercícios 1) a 2) a 3) c 4) a 5) d SAIBA MAIS: Para um maior aprofundamento dos conteúdos abordados nesta unidade, sugerimos a consulta aos links abaixo relacionados: a) http:// educar.sc.usp.br/física/vetores.html b) www.mat.ufmg.br/~Regi/gaalt/gaalt1.pdf c)http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/geometri a/vetor2d:htm#vet02 3536 UNIDADE 03 PRODUTO INTERNO NO PLANO IR2 ................. 35 3.1 Produto Interno ..................................................................... 37 3.2 Propriedades do produto interno ........................................... 37 3.3 Módulo de um vetor .............................................................. 38 3.4 Vetor unitário ......................................................................... 38 3.5 Versor de um vetor ................................................................ 38 3.6 Paralelismo ........................................................................... 38 3.7 Ortogonalidade ..................................................................... 39 3.8 Lista de exercícios ................................................................ 40 3.9 Ângulo de dois vetores .......................................................... 41 3.10 Afirmação ............................................................................ 41 3.11 Lista de exercícios .............................................................. 42 3.12 Projeção ortogonal - caso particular .................................... 43 3.13 Cálculo do vetor projeção .................................................... 43 3.14 Projeção ortogonal - caso geral ........................................... 44 3.15 Lista de exercícios ............................................................. 44 37 OBJETIVO Compreender o conceito de produto interno de dois vetores e utilizá-los no cálculo de módulo de um vetor, no cálculo do ângulo de dois vetores, na identificação de vetores ortogonais e no cálculo da projeção ortogonal de vetores. 3.1 Definição Produto escalar (ou produto interno usual) de dois vetores ur = (x1, y1) e vr = (x2, y2) do espaço IR2 é o número real x1x2 + y1y2, indicado por u r . v r . u r . v r = x1x2 + y1 y2 Exemplo Dados ur = ( 2, 3 ) e vr = ( 1, 4 ), temos ur .vr = 2.1 + 3.4 = 14. 3.2 Propriedades a) ur .vr = vr . ur b) ur .(vr + wr ) = ur .vr + ur . wr , ∀ ur , vr , wr ∈ IR2 c) ur ( λ vr ) = λ (ur .vr ) , ∀ ur , vr ∈ IR2 e λ ∈ IR d) ur .ur ≥ 0 ∀ ur ∈ IR2 e ur .ur = 0 ⇔ ur = 0 Exemplos Dados ur= ( 1, 3 ), vr = ( 2, 2 ) e wr = ( 3, 2 ), temos: i) ur .vr = 1.2 + 3.2 = 8 = 2.1 + 2.3 = vr . ur ii) ur .ur = 1.1 + 3.3 = 12 + 32 = 10 iii) ww rr . = 3.3 + 2.2 = 32 + 22 = 13 38 3.3 Definição Módulo de um vetor ur = ( x, y ) do IR2 é o número real não negativo, indicado por ur e dado por 22 yx + = uu rr . u r = 22 yx + ou u r = uu rr . . Exemplos Dados ur = ( 3, 4 ) e vr = ( 6, 8 ), temos: u r = 169 + = 25 = 5 v r = 6436 + = 100 = 10 3.4 Definição Diz-se que um vetor ur é unitário se ur = 1. Exemplo u r = 2 3 , 2 1 é unitário, pois ur = 4 3 4 1 + = 4 4 = 1. 3.5 Definição Versor de um vetor vr é o vetor unitário ur que tem a mesma direção e mesmo sentido de vr . Exemplo O versor do vetor vr = ( 3, 4 ) é o vetor ur = 5 4 , 5 3 . 3.6 Definição Dois vetores ur e vr são paralelos e indicados por ur //vr , quando possuem mesma direção, isto é, possuem representantes em uma mesma reta ou em retas paralelas. 39 u v u v u v u v Paralelos e mesmo Paralelos e sentidos sentido contrários Desta forma, se vr ≠ 0, então ur é um múltiplo de vr , ou seja, ur = λ vr onde λ = ± v u r r , sendo ur = ( x1, y1 ) e vr = ( x2, y2 ). = = = 21 21 yy xx ouvu λ λ λrr ou 2 1 2 1 y y x x = se 0. 22 ≠yx Exemplos: Os vetores ur = ( 2, 6 ) e vr = ( 1, 3 ) são paralelos, pois 3 6 1 2 = ; enquanto os vetores ur = ( 1, 5 ) e vr = ( 3, 7 ) não são paralelas, pois 7 5 3 1 ≠ . 3.7 Condição de ortogonalidade de dois vetores Dados ur e vr vetores, diz-se ur e vr são ortogonais. Os indicamos por ur ⊥ vr quando o ângulo formado por dois de seus representantes, tendo a mesma origem, medir 90°. Observe que 222 vuvu rrrr +=+ (Teorema de Pitágoras). Daí temos: (ur + vr ).( ur+ vr ) = 2vu rr + = ur .ur + vr .vr = 22 vu rr + u r .u r + u r .v r + v r . u r + v r .v r = u r . u r = v r .v r 2ur .vr = 0 ou A B C u + v u v 40 u r .v r = 0 Dois vetores são ortogonais se o produto escalar deles for igual a zero. Exemplos u r = (3, 2) e vr = (-2, 3) são ortogonais, pois ur .v = 3.(-2) + 2.3 = 0. u r = (1, 1) e vr = (-3, 2) não são ortogonais, pois ur .vr = -1 ≠ 0. Observações a) O vetor nulo é paralelo e também ortogonal a qualquer outro vetor. b) O paralelismo de dois vetores ur = (x1, y1) e vr = (x2, y2) também pode ser visto via determinantes ( 22 11 yx yx =∆ ), sendo u//v se 0=∆ . 3.8 Lista de exercícios 1) Complete com //, caso sejam paralelos; com , ⊥ caso sejam ortogonais; ou com × , caso não sejam paralelos nem ortogonais. a) ( 4, 2 ) .... ( 12, 6 ) b) ( -1,-3 ) .... ( 3,-1 ) c) ( a, b ) .... ( b, -a ) d) ( 2, 0 ) .... ( 3, 0 ) e) ( -1, 1 ) .... ( 2, 0 ) 2) Determine o valor de m para que ur = ( 1, m ) e v r = ( -1, 1 ) sejam: a) paralelos b) ortogonais 41 3) Determine um vetor v ortogonal a ur = ( 1, 3 ) cujo módulo seja 103 . 4) Determine m de modo que os pontos A(m, 3), B(4, 0), C(6, 4) sejam vértices de um triângulo retângulo em A. Respostas dos exercícios 1) a) // b) ⊥ c) ⊥ d) // e) × 2) a) m = -1 b) m = 1 3) ( -9, 3 ) ou ( 9, -3 ) 4) 3 ou 7 3.9 Ângulo de dois vetores Chamamos de ângulo entre dois vetores o ângulo θ , variando de 0° a 180°, determinado por duas semirretas de mesma origem, contendo cada uma um representante dos vetores. θ θ = 90° vr θ 0° < θ < 90° ur 90º < θ < 180º θ u v θ = 0° θ = 180º 3.10 Afirmação Dados ur e vr , vetores não nulos e θ o ângulo entre eles, então: u r .v r = cosvu rr θ u v u r v r v r 42 C u_v u A v B Prova: Considere o triângulo ABC da figura,sendo θ o ângulo formado pelos vetores ur= → AC e vr = → AB . Pela lei dos cossenos, temos: vuvuvu rrrrrr 2222 −+=− cosθ (ur - vr ).( ur -vr ) = ur . ur + vr .vr -2 cosvu rr θ u r . u r – 2ur .vr + vv rr. = ur . ur + vv rr. – 2 cosvu rr θ -2ur .vr = -2 cosvu rr θ u r .v r = cosvu rr θ Exemplo Determinando o ângulo entre ur e vr , sendo ur = ( 3,0) e v r = ( 1, 3 ), temos que cos θ = 2 1 2.3 3 )3(1.03 3.01.3 2222 == ++ + . Daí concluímos que θ = 60°. 3.11 Lista de exercícios 1) Obter em cada caso o ângulo entre os vetores ur e vr . a) ur= ( 1, -2 ) e vr = ( 4, 2 ) b) ur= ( 2, 3 ) e vr = ( 4, 6 ) c) ur= ( 1, 3 ) e vr = ( -2, -6 ) 2) Calcular as medidas dos ângulos internos do triângulo ABC, em que A(1, 2 ), B (2, 0) e C (0, -1). 43 A B C u w v Resposta dos exercícios 1) a) 90° b) 0° c) 180° 2) Aˆ = 45° , Bˆ = 90° , Cˆ = 45° 3.12 Projeção ortogonal Na figura a seguir, o vetor wr é a projeção ortogonal de vr na direção do vetor unitário ur . Notação wr = → AB = vpru r r 3.13 Cálculo de wr = vpru r r onde 1=ur Observe que wr = uλ , em que λ = → AB . Também observe que cosv=λ θ. Daí, w r = vpru r r = cosvu r =λ θ ur = cosvu rr θ ur . Portanto, w r = vpru r r = (ur .vr )ur . Exemplo Seja vr = ( 7, 2 ) e ur= 2 2 , 2 2 , 44 então vpru r r = ( ) 2 2 , 2 2 2 2 , 2 2 .2,7 vpru r r = 2 9 , 2 9 . 3.14 Projeção ortogonal: caso geral Sendo ur um vetor não necessariamente unitário, a projeção ortogonal de um vetor vr na direção de ur pode ser vista como sendo a projeção ortogonal de vr na direção do versor de ur que é u u r r . Daí temos: w r = vpru r r = ( u u r r .v r ) u u r r = u u vu r r rr ).( 2 Exemplo Determine a projeção ortogonal de vr = ( 7, 2 ) na direção de ur= ( )1,1 . Solução: Observe que o vetor ur não é unitário. Daí a projeção w r = vpru r r = )1,1()1,1(.)1,1( )1,1(.)2,7( = )1,1( 2 9 = 2 9 , 2 9 . 3.15 Lista de exercícios 1) Determinar a projeção de vr na direção de ur nos seguintes casos: a) vr = ( 1, 3 ) e ur = ( -2, -6 ) b) vr = ( 5, 7 ) e ur = ( 0, 1 ) c) vr = ( 4, 5 ) e ur = ( -1, 2 ) 45 2) Se wr é a projeção de vr = ( 1, -1 ) na direção de ur = ( 3, 4 ), determine vr - wr . 3) Calcular o módulo da projeção de vr = (1, -1) na direção de ur = (3, 4). Respostas dos exercícios 1) a) (1, 3) b) (0, 7) c) ( 5 12 , 5 6 − ) 2) ( 25 21 , 25 28 − ) 3) 5 1 SAIBA MAIS: Para um maior aprofundamento dos conteúdos abordados nesta unidade, sugerimos a consulta aos links abaixo relacionados: www.isa.utp.pt/dm/algebra/material_apoio/teorico/projea_t. pdf www.fisica.ufpb.br/prolincen/cursos/curso1/cv13pi.html_6k 46 47 UNIDADE 04 A RETA NO IR2 ................................................... 46 4.1 A equação vetorial da reta .................................................... 48 4.2 Equações paramétricas da reta ............................................ 48 4.3 Equação da reta definida por dois pontos ............................. 49 4.4 Lista de exercícios ................................................................ 51 4.5 Posições relativas de duas retas .......................................... 52 4.6 Equação geral da reta .......................................................... 53 4.7 Lista de exercícios ................................................................ 54 4.8 Distância entre ponto e reta .................................................. 55 4.9 Lista de exercícios ................................................................ 56 48 vtAP ou vtAP ou vtAP += =− = → OBJETIVO Desenvolver habilidades de cálculo de equações de retas em suas várias formas, identificar retas paralelas, retas ortogonais e, também, determinar distâncias entre pontos e retas. 4.1 A Equação vetorial da reta Seja r a reta que passa pelo ponto A e tem a direção do vetor não nulo vr ; Considerando um ponto genérico P(x, y) da reta, temos que → AP e vr são paralelos, isto é: ∈t IR chamada de equação vetorial da reta que passa por A na direção de vr Exemplo (x, y) = (2, 3) + t(1, 2) é a equação vetorial da reta que passa por A(2, 3) na direção de vr = (1, 2). 4.2 Equações paramétrica da reta Sendo vr = ( )ba, e A ( x1, y1 ) e P ( x, y ), a equação vetorial da reta que passa por A e tem a direção de vr é y v A P x 1 y x A 2 1 2 3 v 0 49 ( ) ( ) ( ) IRttyx ∈+= ,3,22,1, ( ) ( ) ( ) IRtbatyxyx ∈+= ,,, 11 . Daí temos IRt btyy atxx ∈ += += 1 1 chamadas de equações paramétricas da reta que passa por A (x1, y1) e tem a direção do vetor vr = (a, b). Observação: O IRt ∈ é chamado de parâmetro. Exemplo IRt ty tx ∈ += += 23 2 São as equações paramétricas da reta que passa por A (2, 3) e tem a direção de vr = (1, 2). 4.3 Equação da reta definida por dois pontos Para obtermos a reta r, devemos observar que ela passa pelo ponto A (ou B) e tem a direção do vetor vr = →AB . Daí, a equação vetorial da reta r pode ser dada por: vtAP r+= )( ABtAP −+= assim como vtBP r+= )( ABtBP −+= y 0 A B R x 50 Considerando A ( x1, y1 ), B ( x2, y2 ) e P ( x, y ) , obtemos as seguintes equações paramétricas: IRt yytyy xxtxx ∈ −+= −+= )( )( 121 121 ou IRt yytyy xxtxx ∈ −+= −+= )( )( 122 122 Exemplo Determinar a equação vetorial e as equações paramétricas da reta que passa pelos pontos A (1, 3) e B (3, 4). Solução. Escrevemos inicialmente a equação vetorial : ( ) ( ) ( ) ( )1,24,3 1,23,1 tP IRtou tP += ∈ += Considerando um ponto genérico P(x, y), obtemos as equações += += ty tx 3 21 ou IRtty tx ∈ += += 4 23 que são as equações paramétricas da reta que passa por A e B. 51 4.4 Lista de exercícios 1) Os pontos C (5, 5), D (4, 7) estão na reta r: IRt ty tx ∈ += += 3 21 ? Justifique sua resposta. 2) Determine pontos E e F pertencentes à reta r : IRt ty tx ∈ += += 4 23 3) Os pontos A(1, 2), B(1, 2) e C(5, 4) são colineares? Justifique sua resposta. 4) Esboce o gráfico da reta dada em cada um dos casos: a) P = (1, 2 ) + t (2, 1) t∈ IR b) IRt ty tx ∈ −= = 3 3 Respostas dos exercícios 1) O ponto C pertence. Basta fazer em r, t = 2 O ponto D não pertence, pois não existe t tal que 4 = 3t + 2 e 7 = 3 + t. 2) E = ( 3, 4 ) para t = 0 e F = ( 5, 5 ) para t = 1 3) Sim, pois →AB = ( -4, -2 ) e →AC = ( 8, 4 ) são paralelos. 52 4) a) 4) b) y x0 1 2 3 1 2 3 4.5 Posições relativas de duas retas Sejam r: P = A + tvr s: P = B + tur com ( ) ( ) IRtveu ∈≠≠ 0,00,0 Podemos afirmar: a) r e s são paralelas se vr // ur b) r e s são perpendiculares se uv rr⊥ r e s retas paralelas r e s retas perpendiculares Exemplos Dados a) r: P = ( 1, 2 ) + t ( 2, 3 ) s: P = ( 3, 1 ) + t ( 4, 6 ) t ∈ IR, temos r e s paralelas pois vr = ( 2, 3 ) e ur = ( 4, 6 ) são vetores paralelos, isto é , 0 64 32 6 3 4 2 == ou y x0 1 2 3 1 2 3 x y s r v u r s u v x y 53 b) r: P = ( 2, 2 ) + t ( 1, 2 ) s: P = ( 1, 5 ) + t ( -2, 1 ) t∈IR, temos r e s são perpendiculares pois vr = ( 1, 2 ) e ur = ( -2, 1 ) são vetores ortogonais, isto é, vr . ur = 0. 4.6 Equação geral da reta Suponhamos que r é uma reta não paralela ao eixo x, que passa pelos pontos A(x1, y1) e B(x2, y2) (A ≠ B). Se P(x, y) pertence a r, temos que →→ ABAP // , isto é, 12 12 1 1 yy xx yy xx − − = − − . ( )11 yy ≠ Daí, temos (y2 – y1) x + (x1 – x2) y – x1 (y2 – y1) + y1 (x2 – x1) = 0 ou (y2 – y1) x + (x1 - x2) y + x2y1 – x1y2 = 0. Fazendo a = y2 – y1, b = x1 – x2 e c = x2y1 – x1y2 , temos ax + by + c = 0 chamada “equação geral da reta que passa por A e B”. Exemplo Determine a equação geral da reta que passa por A(1, 5) e B(3, 1). Solução: Devemos determinar a, b e c tais que ax + by + c = 0. Desta forma, temos ==−+−=⇒=+ =++ =++ =++ .207570214 05 03 05 baoubbaebccb cba cba cba 54 R S t u Daí, atribuindo um valor qualquer para b, obtemos o desejado. Por exemplo, fazendo b = 1, temos a = 2 e c = -7. A equação da reta é: r: 2x + y – 7 = 0 4.7 Lista de exercícios 1) Determine a equação da reta que passa por A(3, 1) e B(0, 3). 2) Determine as equações das retas r, s, t e u, indicadas no gráfico: 2 -3 -2 -1 0 1 2 3 -2 3) Calcular k para que a reta 3x – 4y + 1 = 0 contenha o ponto P(1, k). 4) Calcular k para que a reta 2x + ky + 4 = 0 passe pelo ponto P(-3, 2). 5) Dar a posição relativa de r e s nos casos: a) r : 5x – 2y – 1 = 0 e s : x –2y + 3 = 0 b) r : x + y + 1 = 0 e s : 2x + 2y + 5 = 0 c) r : 2x – y + 3 = 0 e s : x + 2y + 1 = 0 d) r : 3x – y + 2 = 0 e s : 6x – 2y + 4 = 0 55 Respostas dos exercícios 1) P = ( 3, 1 ) + t( -3, 2 ) ou P = ( 0, 3 ) + t ( -3, 2 ), t∈ IR 2) r: P = ( 0, 2 ) + t( 3, 2 ), t ∈ IR s: P = ( 3, 0 ) + t( 3, 2 ), t ∈ IR t: P = ( 3, 0 ) + t( -3, 2 ), t ∈ IR u: P = ( 0, -2 ) + t( -3, 2 ), t ∈ IR 3) k = 1 4) k = 1 5) a) concorrentes, isto é, a interseção de r e s é um ponto b) paralelas c) perpendiculares d) paralelas 4.8 Distância entre ponto e reta Dado uma reta de equação r: ax + by + c = 0 e um ponto A( x0, y0 ), queremos determinar a distância d entre a reta r e o ponto A. Afirmação: 22 00 ba cbyaxd + ++ = Prova: Seja B(x1, y1) um ponto de r. Observe que → CA é a projeção de →BA na direção de ( )ban ,=→ , portanto, sendo θ o ângulo entre →→ neBA , temos → →→ →→ === n nBA n nBABAd .1coscos r r θθ como ( ) ( )baneyyxxBABA ,, 1010 =−−=−=→ r temos A B C d n r θ 56 22 1010 )()( ba yybxxad + −+− = 22 1010 ba ybybaxxad + −+− = 22 1100 ba ybaxbyxad + −−+ = . Sendo B( x1, y1 ) ponto de r, temos ax1 + by1 + c = 0 ou c = - ax1 – by1. Daí, 22 00 ba cbyaxd + ++ = Exemplo Determinar a distância entre o ponto A (1, 5) e a reta de equação x + 2x -6 = 0. Solução: Sabemos que a distância entre um ponto e uma reta é dado por 22 00 ba cbyaxd + ++ = e que, neste caso, temos a = 1, b = 2, c = -6 , x0 = 1 e y0 = 5. Desta forma, 22 21 65.21.1 + −+ =d = 5 5 55 5 5 == . 4.9. Lista de exercícios 1) Determinar a distância entre a reta de equação y = 5x – 7 e o ponto A( 3, 4 ). 57 2) Determine o valor de k para que a distância entre o ponto A ( 1, 5 ) e a reta 3x + 4y – k = 0 seja 7. 3) Os pontos A (1, 5) e B ( 5 31 , 5 37 −− ) são pontos equidistantes da reta 3x + 4y + 12 = 0? Justifique sua resposta. 4) Obtenha o ponto do eixo y cuja distância da reta r : 3x - 4y + 3 =0 seja 5. 5) Determine a distância entre as retas paralelas r: 3x + 4y + 12 = 0 e s: 3x + 4y + 11 = 0. Respostas dos exercícios 1) d = 13 262 2) k = -12 ou k = 58 3) Sim, pois dAr = dBr = 7 4) ( 0, - 2 11 ) ou ( 0, 7 ) 5) d = 5 1 SAIBA MAIS: Para um maior aprofundamento dos conteúdos abordados nesta unidade, sugerimos a consulta aos links abaixo relacionados: a) www.ficharionline.com/ExibeConteudo.php5.idconteudo=5885 b) www.bibvirt.futuro.usp.br/content/download/3916/31095/file 58 59 UNIDADE 05 CURVAS PLANAS .............................................. 58 5.1 Equação de uma curva plana ............................................... 60 5.2 Equação reduzida da circunferência ..................................... 61 5.3 Equação geral da circunferência .......................................... 61 5.4 Reta e circunferência: posições relativas .............................. 64 5.5 Ponto e circunferência: posições relativas ............................ 66 5.6 Lista de exercícios ............................................................... 6760 y 0 x OBJETIVOS Desenvolver habilidades de cálculo de equações de circunferência e identificar as posições relativas entre reta e circunferência e entre ponto e circunferência 5.1 Equação de uma curva plana Entendemos por equação de uma curva plana a toda equação em x e y cujas soluções ( x, y ) são as coordenadas dos pontos da curva. Exemplos a) y = x 2 é a equação da parábola b) y = x 1 é a equação da hipérbole equilátera x y 0 61 c) y = sen x é a equação da senóide. 5.2 Equação reduzida da circunferência Circunferência de centro C( a, b ) e raio r é a curva plana formada pelo conjunto de todos os pontos P de um plano para os quais d ( P, C ) = r Sendo P( x, y ) um ponto genérico , C( a, b ) o centro e r o raio, temos ( ) ( ) rbyax =−+− 22 . Da igualdade, elevando a dois os seus membros obtemos ( ) ( ) 222 rbyax =−+− , chamada equação reduzida da circunferência de raio r e centro C( a, b ). Exemplo (x – 1)2 + (y + 2)2 = 9 é a equação da circunferência de centro C(1, -2) e raio r = 3. 5.3 Equação geral da circunferência Da equação (x – a)2 + (y – b)2 = r2, temos desenvolvendo os quadrados que, x2 – 2xa + a2 + y2 – 2y b + b2 = r2 . Daí, temos x2 + y2 + Dx + Ey + F = 0 x y 0 y b 0 a x r c p 62 em que D = -2a; E = -2b, F = a2 + b2 – r 2, que é chamada de equação geral da circunferência de centro C(a, b) e raio r. Exercícios resolvidos a) Determine a equação geral da circunferência que tem centro C(1, 2) e raio 3. Solução: Sabemos que a equação reduzida é (x – 1) 2 + (y – 2) 2 = 9 e, assim, desenvolvendo os quadrados e, em seguida, ordenando, temos x 2 – 2x + 1 + y 2 – 4y + 4 = 9 ou x 2 + y 2 – 2x – 4y – 4 = 0 que é a equação procurada. b) Da circunferência x2 + y2 – 2x – 6 – 6 = 0, determine o centro e o raio. Solução: Da equação x2 + y2 -2x – 6y – 6 = 0, temos x2 – 2x + … + y 2 – 6y + … = b + … + … e completando os espaços indicados (isto é, completando os quadrados) fica x2 – 2x + 1 + y2 – 6y + 9 = 6 + 1 + 9 Daí, (x – 1)2 + (y – 3)2 = 42. Desta forma, temos C(1, 3) e r = 4. 63 Lista de exercícios 1) Dar a equação reduzida da circunferência de centro C e raio r, em cada um dos casos: i) C ( 3, -2 ) e r = 4 ii) C ( 0, 3 ) e r = 3 2) Dar o centro e o raio das circunferências em cada um dos casos a seguir: i) ( x + 3 ) 2 + ( y – 4 ) 2 = 16 ii) ( x + 1 ) 2 + y 2 = 4 iii) x 2 + y 2 – 12x + 16y = 0 iv) x 2 + y 2 – 9 = 0 3) Obter a equação reduzida da circunferência de centro C(1, 3) que passa pelo ponto P0 (2, 5). 4) Determinar a equação da circunferência que possui um diâmetro de extremidades A(10, 7) e B(2, 1). 5) Determinar a equação da circunferência que tem raio r = 10 e passa pelos pontos A(-1, 0) e B(1, 0). 6) Obter a equação da circunferência que passa pelos pontos A(4, 0) B(0, 2) e C (-2, 0). Respostas dos exercícios 1) a) ( x – 3 )2 + ( y + 2 )2 = 16 b) ( x – 0 )2 + ( y – 3 )2 = 9 2) a) C( -3, 4 ) e r = 4 b) C( -1, 0 ) e r = 2 c) C( 6, -8 ) e r = 10 64 c d A r d C r A B d C r d) C( 0, 0 ) e r = 3 3) ( x – 1 )2 + ( y - 3 )2 = 5 4) ( x – 6 )2 + ( y - 4 )2 = 25 5) ( x – 0 )2 + ( y - 3 )2 = 10 ou ( x – 0 )2 + ( y + 3 )2 = 10 6) ( x – 1 )2 + ( y + 1 )2 = 10 5.4 Reta e circunferência: posições relativas. Uma reta t e uma circunferência لا de centro C e raio r, cuja distância da reta t ao centro C é d, no plano cartesiano podem apresentar as seguintes posições relativas: لا لا Secantes Tangentes Exteriores { }BAterd ,=∩< γ { }Aterd =∩= γ φγ =∩> terd Podemos afirmar que para estabelecermos a posição de uma reta relativamente a uma circunferência, podemos proceder por meio de dois métodos: 1º) Considera-se a reta t dada pela equação geral ax + by + c = 0 e usa-se o fato que a distância entre uma reta e um ponto, no caso o centro C(xo, yo) da circunferência é dada por d = 22 00 ba cbyax + ++ . Daí, comparando d e r temos as informações desejadas. 65 2º) Considera-se o sistema ( ) ( ) =−+− =++ 22 0 2 0 0 ryyxx cbyax e analisa-se com relação ao número de soluções, isto é, duas soluções para reta secante, uma para reta tangente e nenhuma solução para reta exterior. Exercícios resolvidos Sendo t a reta de equação 3x + 4y + 15 = 0 e لا a circunferência de equação ( x – 1 )2 + ( y + 6 )2 = 16, determine a posição relativa entre t e لا Solução: Método 1) Temos que o centro C ( !, -6 ) e a distância d entre C e t é d = 22 43 15)6(41.3 + +−+ = 5 6 . Daí, comparando d e r, temos que r > d. Logo, t لا e são secantes. Solução: Método 2) Resolvendo o sistema =++− =++ 16)6()1( 01543 22 yx yx , substituindo o valor de y = 4 153 −− x na equação da circunferência, temos ( x – 1 ) 2 + ( 4 153 −− x + 6 )2 = 16 ou ( x – 1 ) 2 + ( 4 93 +− x )2 = 16 ou x2 – 2x + 1 + 16 81549 2 +− xx = 16 ou 66 16x2 -32x + 16 + 9x2 – 54x + 81 = 256 ou 25x2 – 86x – 159 = 0. Resolvendo esta equação encontramos ∆ > 0, o que nos leva a concluir que a interseção acontece em dois pontos e, portanto, a reta t e a circunferência لا são secantes. 5.5 Ponto e circunferência: posições relativas. Um ponto A e uma circunferência لا de centro C e raio r, no plano cartesiano, podem apresentar as seguintes posições relativas: C A d C A d لا لا لا ∈= Ard , لا deerioraoArd int, ∈< لا deexterioraoArd ∈> , لا em que d é a distância entre o ponto C e o ponto A. Nota: Se لا: (x – x0)2 + (y – y0)2 = r2 e A (xA, yA), temos: a) ( xA – x0 )2 + ( yA – y0 )2 = r2 ⇔ A ∈ لا b) ( xA – x0 )2 + ( yA – y0 )2 < r2 ⇔ A ∈ interior de لا c) ( xA – x0 )2 + ( yA – y0 )2 > r2 ⇔ A ∈ exterior de لا C A d 67 Exercícios resolvidos a) Verifique a posição dos pontos A(1, 1), B (2, -1) e C (3, 2) em relação à circunferência لا : x2 + y2 – 2x + 4y – 4 = 0. Solução: Escrevendo a equação de لا na forma reduzida obtemos (x – 1)2 + (y + 2)2 = 32 e substituindo os valores de A, B e C nesta, encontramos os seguintes resultados: ( 1 – 1 )2 + ( 1 + 2 )2 = 9, ( 2 – 1 )2 + ( -1 + 2 )2 = 2 < 9 e ( 3 – 1 )2 + ( 2 + 2 )2 = 20 > 9. Assim sendo, podemos constatar que A pertence a لا , B está no interior de لا e C está no exterior de لا 5.6 Lista de exercícios 1) Dar a posição do ponto A em relação a circunferência γ nos casos:a) A ( 3, 2 ) e γ : ( x – 1 )2 + ( y – 4 )2 = 9 b) A ( 0, 0 ) e γ : ( x + 1 )2 + y2 = 1 2) Determinar o valor de k para que o ponto A( 2, k ) pertença ao interior de γ : x2 + y2 – 4x = 0. 68 3) Determinar a reta tangente à circunferência γ : x2 + y2 = 25 no ponto A (3, 4). Respostas dos exercícios 1) a) Interior, pois dAC = 22 < r = 3. b) Pertence à circunferência, pois dAC = 1 = r 2) -2 < k < 2. 3) P = (3, 4) + t(-4, 3) t ∈ IR. SAIBA MAIS: Para um maior aprofundamento dos conteúdos abordados nesta unidade, sugerimos a consulta aos links abaixo relacionados: a) www.brasilescola.com/matematica/posiçoes-relativas b) www.pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%ADrculo c)www.expoente.com.br/professores/kalinke/estudo/circunfer%EA ncia.htm 69 70 UNIDADE 06 LUGARES GEOMÉTRICO ................................... 69 6.1 Definição ............................................................................... 71 6.2 Equação de um lugar geométrico .......................................... 71 6.3 Lista de exercícios ................................................................ 73 6.4 Parábola ............................................................................... 74 6.5 Equação da parábola com vértice na origem ........................ 75 6.6 Equação da parábola: caso geral .......................................... 76 6.7 Lista de exercícios ................................................................ 80 6.8 Elipse .................................................................................... 82 6.9 Equação da elipse ................................................................. 83 6.10 Lista de exercícios .............................................................. 85 6.11 Hipérbole............................................................................. 88 6.12 Equação da hipérbole ......................................................... 88 6.13 Lista de exercícios .............................................................. 90 71 OBJETIVO Compreender o conceito de lugar geométrico e utilizá-los na obtenção das suas equações. 6.1 Definição. Lugar geométrico é qualquer conjunto de pontos tais que todos eles e só eles possuem uma dada propriedade. Exemplos. Circunferência, parábola, elipse etc. 6.2 Definição de um lugar geométrico. Equação de um lugar geométrico do plano cartesiano é toda equação nas incógnitas x e y cujas soluções ( x, y ) são as coordenadas dos pontos do lugar geométrico. NOTA Para determinarmos a equação de um lugar geométrico, devemos impor a um ponto genérico P( x, y ) as condições para que ele pertença a aquele lugar e, usando propriedades elementares, obter tal equação. Exemplos a) Obter a equação do lugar geométrico dos pontos do plano que distam de um ponto C ( ba , ) r unidades. Solução: Sendo γ o lugar geométrico, Temos: ( ) ( ) ( ) 222 22 , rbyax rd rd yxP PC PC =−+−⇔ ⇔=⇔ =⇔ ∈ γ 72 x0 B A P( x, y ) Como vimos, tal lugar geométrico é uma circunferência de raio r e centro C ( ba , ). b) Obter o lugar geométrico dos pontos do plano que são equidistantes de dois pontos A e B (A ≠ B). Solução: No caso particular dos pontos A(0, 2) e B(3, 1), podemos obter o lugar geométrico destes pontos chamado de mediatriz do segmento AB como segue: Seja P( x, y ) um ponto genérico do lugar geométrico, então dAP = dBP c y dAP2 = dBP2 c x2 + ( y – 2 )2 = ( x – 3 )2 + ( y – 1 )2 c 6x – 2y – 6 = 0 ou 3x – y – 3 = 0 c) Determinar o lugar geométrico ( ..GL ) dos pontos equidistantes das retas r: 3 x + 4 y = 0 e s: 4 x – 3 y = 0: ( ) ( ) .0707 5 34 5 43 5 34 5 43 34 34 43 43 ., 2222 ,, =+=−⇔ +− = + − = + ⇔ −+ − = + + ⇔ =⇔∈ yxouyx yxyx ou yxyx yxyx ddLGyxP sPrP 73 Daí, concluímos que o lugar geométrico é formado pelas retas de equações 07 =− yx e 7 x + y = 0. Tal situação pode ser observada via representação gráfica abaixo, isto é, o lugar geométrico é constituído pelas bissetrizes dos ângulos formados pelas retas r e s dadas. Logo, as equações das bissetrizes são 07 =− yx e 7 x + y = 0. 6.3 Lista de exercícios 1) Determinar a equação do lugar geométrico dos pontos eqüidistantes das retas 4x + 3y + 5 = 0 e 6x + 8y + 9 = 0. 2) Determinar as equações das retas paralelas à reta r: 12x – 5y = 0 e distantes duas unidades de r. 3) Dados A (1, 0) e B (4, 0), determinar o lugar geométrico dos pontos P ( x, y ) tais que dAP = 2dBP r y s P x r s bissetriz de r e s bissetriz de r e s 74 4) Dados A(1, 0) e B(3, 0), determinar a equação do lugar geométricos dos pontos P(x. y) tais que (dAP)2 + (dBP)2 = 16 Respostas dos exercícios 1) 2x - 2y + 1 = 0 ou 14x + 14y + 19 = 0. 2) 12 x -5y + 26 = 0 e 12x – 5y – 26 = 0. 3) ( x – 5 )2 + ( y – 0 )2 = 4, que é uma circunferência de centro C( 5, 0 ) e raio 2. 4) ( x -2 )2 + ( y – 0 )2 = 7, que é uma circunferência de centro C( 2, 0 ) e raio 7 . 6.4 Parábola A parábola é o lugar geométrico dos pontos de um plano que são equidistantes de um ponto fixo F e de uma reta dada d, F ∉ d, deste plano. dPFP ddparábolaP ,, =⇔∈ Elementos da parábola F: o foco da parábola V: o vértice da parábola d: a diretriz da parábola reta VF: eixo da parábola ou eixo de simetria da parábola 2 p = distância entre o foco e a diretriz, chamado de parâmetro da parábola. P V F d {{ pp 75 Observação O ponto V é tal que pdd dVFV == ,, 6.5 Equação da parábola a) Sendo V( 0, 0 ) o vértice, F( p, 0 ) o foco da parábola e diretriz x = -p, então a equação da parábola que tem estes elementos é da forma y2 = 4px b) Sendo V( 0, 0 ) o vértice, F( 0, p ) o foco da parábola e diretriz y = -p, então a equação da parábola que tem estes elementos é da forma x2 = 4py Exercícios resolvidos a) Obter a equação da parábola de foco 0, 2 1F e cuja diretriz é a reta de equação 2x + 1 = 0. Solução: Neste caso, temos V( 0, 0 ) , F ( p, 0 ) = 0, 2 1F e diretriz x = - 2 1 . Sendo assim, p = 2 1 . Da afirmação anterior (letra a), temos que a equação é y2 = 4 2 1 x ou y2 = 2x. b) Obter a equação da parábola de foco 2 1 ,0F cuja diretriz é a reta de equação 2y + 1 = 0. 76 Solução: Neste caso, temos V( 0, 0 ) , F ( 0, p ) = 2 1 ,0F e diretriz y = - 2 1 . Sendo assim, p = 2 1 . Da afirmação anterior (letra b), temos que a equação é x2 = 4 2 1 y ou
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