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Análise crítica Tempos Modernos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS 
FACULDADE DE BIBLIOTECONOMIA 
 
 
 
 
ÁGILA GARCIA BEZERRA 
 
 
 
 
 
RESENHA CRÍTICA 
FILME TEMPOS MODERNOS DE CHARLES CHAPLIN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELÉM 
2017 
 
ÁGILA GARCIA BEZERRA 
Turma: 2016 - Manhã 
 
 
 
 
 
 
 
RESENHA CRÍTICA 
FILME TEMPOS MODERNOS DE CHARLES CHAPLIN 
 
 
 
Trabalho apresentado como requisito parcial de 
nota referente à 1ª Avaliação da Disciplina História 
da Arte do curso de Bacharelado em 
Biblioteconomia da Universidade Federal do Pará, 
sob orientação da Prof.ª M. Sc. Heldilene Guerreiro 
Reale. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELÉM 
2017 
TEMPOS modernos. Direção: Charles Chaplin, Produção: Charles Chaplin. EUA (NY): United 
Artists / Charles Chaplin Productions, 1936. 
 
 
 Ágila Garcia Bezerra1 
 
 
Esta análise trata-se de um filme escrito por Charles Spencer Chaplin Jr. um autor 
e cineasta inglês, que é considerado por muitos críticos e historiadores o maior gênio da história 
do cinema. Começou a participar de filmes em 1914, nos Estados Unidos, e em pouco tempo já 
estava dirigindo várias produções. Além de dirigir, Chaplin não só produziu e estrelou, como 
também escreveu e eventualmente compunha as trilhas sonoras de suas obras. Conhecido nas 
telas do cinema com o personagem Carlitos estrelou inúmeras comédias, dentre as quais muitas 
delas possuíam conteúdo altamente político, sobretudo durante o período conhecido como 
Grande depressão. Por utilizar-se do cinema para fazer sátiras em relação a vários aspectos da 
vida em sociedade, o filme Tempos modernos foi censurado na Alemanha sob a justificativa de 
opor-se a forma autoritária de governo vigente no país sob o comando de Adolf Hitler. Dentre 
as suas produções realizadas ao longo de seus 65 anos de carreira, merecem destaque: Em busca 
do ouro, de 1925; Luzes da cidade, de 1931; Tempos modernos, de 1936; e o Grande ditador, 
de 1940. 
 
 Produzido em preto e branco, o longa-metragem conta a história de Carlitos, um 
operário da indústria e de uma garota órfã, por quem se apaixona. Carlitos trabalha na linha de 
montagem de uma fábrica e tem a função de apertar parafusos repetidamente sem descanso. 
Como resultado disso, sofre um colapso nervoso e é encaminhado ao manicômio, onde se 
recupera e dentro de alguns dias é liberado. 
Agora, são, Carlitos resolve retornar à fábrica na qual trabalhava antes de ocorrer o 
incidente, mas para sua surpresa encontra uma grande placa informando que ela havia fechado 
devido à crise que se instalara no país. Desempregado, Carlitos sai andando sem rumo, até que 
ele avista uma bandeira que acabara caindo de um caminhão e resolve devolvê-la. Nesse 
momento enquanto ele tenta acenar ao caminhão para que pare, surge por de trás dele uma 
multidão de trabalhadores em manifestação e logo em seguida a polícia o confunde como sendo 
o líder do movimento. Esse mal-entendido o faz retornar à cadeia. 
 
1 Acadêmica de Biblioteconomia da Universidade Federal do Pará (UFPA) 
De volta à prisão Carlitos se envolve em outra confusão ao ingerir droga pensado 
ser sal, no entanto, o efeito da droga o ajuda a impedir uma rebelião de presos o que lhe rende 
uma carta de recomendação pelo ato de bravura e sua liberdade. Em liberdade, Carlitos se 
esbarra com a jovem órfã que se recusa a passar fome e que acabara de roubar um pão. Um 
policial tenta prendê-la, mas Carlitos assume a autoria do crime pois queria regressar à cadeia 
por se sentir mais protegido lá do que em convívio com a sociedade. Porém um dondoca 
desmente Carlitos e acusa a garota que é levada presa. Carlitos inconformado entra em um 
restaurante come de tudo e sai sem pagar, a fim de ser levado preso, o que realmente acontece, 
ele é colocado no carro da polícia onde se encontra novamente com a órfã. Em um descuido 
dos policiais os dois saltam do carro em movimento e fogem. 
Determinados em construir uma nova vida, os dois prometem um ao outro que irão 
arranjar um trabalho, e é o que fazem. A jovem consegue um trabalho como dançarina em um 
restaurante e Carlitos vai trabalhar na fábrica no conserto de máquinas. Todavia, sua estadia na 
fábrica não dura muito pois os operários decidem fazer greve. No meio do motim Carlitos é 
novamente preso por desacato. Depois de algum tempo ele é solto e a jovem consegue um 
trabalho para ele no restaurante como garçom e cantor. Desta vez o juizado de menores chega 
no restaurante à procura da moça que foge com Carlitos e terão de recomeçar tudo outra vez 
bem longe dali. 
 
Em Modern Times, Chaplin procura fazer uma crítica ao estilo de vida industrial 
caracterizada pela produção com base no sistema de linha de montagem e especialização da 
mão-de-obra que se instalou em função do advento do Capitalismo, e expõe em sua obra um 
dos dramas da vida moderna: o desemprego. Além de tratar sobre diversos temas relativos à 
vida em sociedade. 
O filme explora a relação entre o homem e o tempo na qual o homem é refém deste. 
Evidencia-se isto logo na cena de abertura na qual é exibido um grande relógio marcando quase 
seis horas, e em seguida o espectador se vê diante de um rebanho de ovelhas todas brancas, 
exceto por apenas uma negra, depois disso é mostrada uma cena em que vários trabalhadores 
se dirigem às fábricas apressadamente como se fossem aquele grupo de ovelhas anteriormente 
apresentado. 
Nesse ponto do filme fica claro que o ser humano é tratado como um objeto pelo 
patrão que visa somente o aumento da produção e lucros exorbitantes, o empregado de tanto 
repetir os mesmos movimentos inúmeras vezes acaba por se tornar ele próprio uma “máquina” 
escravo do sistema Capitalista. Não se pode desperdiçar nenhum segundo com descanso, afinal 
tempo é dinheiro. 
Quando Carlitos recebe alta do manicômio, o doutor lhe diz a seguinte frase: 
“Descanse e evite emoções”. Aqui, Chaplin mostra de forma irônica que não há como seguir a 
recomendação do doutor, pois logo que ele sai do hospital se depara com o barulho das ruas, 
dos transeuntes, dos carros... De maneira brilhante o autor de Tempos Modernos afirma que a 
vida nessa nova sociedade está sujeita a emoções, conflitos, estresses. E que como participante 
dela não há como está neutro e à parte das situações do cotidiano. Carlitos não poderia nem se 
quisesse obedecer às orientações médicas. Isso se confirma logo após Carlitos sair do hospital 
e se envolver em um mal-entendido e acabar parando na cadeia. O mesmo, ocorre na sociedade 
contemporânea, onde as pessoas estão cada vez mais estressadas pois tem prazos a cumprir e 
estão sempre apressadas, elas fazem parte da “Sociedade do relógio” que as controlam e dita 
seu ritmo de vida. 
Outro aspecto da vida moderna que Chaplin critica é a questão da violência, na cena 
em que Carlitos é liberto da cadeia e pergunta ao guarda se não poderia ficar mais um pouco, 
ilustra a realidade em que se vive a era dita “moderna” na qual o indivíduo prefere trocar a sua 
privacidade e o direito de ir e vir em troca de segurança. Um exemplo disto são os condomínios 
que possuem vigilância 24 horas sendo cada vez mais requisitados por quem está em busca de 
proteção. 
Na cena em que o vagabundo e a jovem se sentam à beira da estrada e começam a 
fantasiar uma vida mais “civilizada”, é possível perceber que mesmo os dois estando à margem 
da sociedade aspiram por fazer parte do modo de vida desta. A casa aconchegante ebem 
equipada, a vida confortável, tudo isso faz parte de uma cultura inculcada pelo desenvolvimento 
do comércio e do consumo, e que passou a ser o objetivo central de nossa sociedade. Esse sonho 
coletivo de Carlitos e sua amiga ainda hoje é recorrente e atual. Pois todos almejam usufruir de 
produtos veiculados na mídia, aqueles que estão na moda, com o intuito de ostentar um certo 
status que nem sempre representa sua real posição social. 
Com esta produção o autor atinge o seu objetivo de retratar de maneira inteligente 
e sutil as muitas faces da modernidade, que com ela pode trazer não só avanços tecnológicos 
como também o desemprego, a violência, a falta de segurança e o consumismo. O filme pode 
ser considerado atemporal porque mesmo sendo escrito em 1936, ainda reflete as mazelas que 
permeiam a contemporaneidade. Portanto, o filme é de enorme valia não só pelo valor artístico 
a ele atribuído, mas pelos valores que ele carrega e a denúncia que ele faz de alguns fatos sociais 
presentes nas grandes metrópoles. 
REFERÊNCIAS 
 
AZEVEDO, Gislane Campos; SERIACOPI, Reinaldo. História: ensino médio. São Paulo: 
Ática, 2011. 
Biografia de Charles Chaplin - eBiografia 
Disponível em: <https://www.ebiografia.com.br/charles_chaplin> Acesso em: 20 de jul. de 
2017. 
 
BOMERY, Helena. (coord.) et. al. Tempos modernos, tempos de sociologia: ensino médio. 
2. ed. São Paulo: Editora do Brasil, 2013. 
Como fazer uma resenha crítica 
Disponível em: <http://www.lendo.org/como-fazer-uma-resenha/> Acesso em: 18 de jul. de 
2017.

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