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RESUMO METODOLOGIA CIENTIFICA ATÉ AULA 5

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RESUMO METODOLOGIA CIENTIFICA
Aula 1.
A pesquisa é uma ferramenta fundamental na busca de informações e conhecimento; contudo, a investigação científica necessita de métodos e técnicas normatizados. Então, a metodologia científica tem por objetivo apresentar conceitos e teorias que orientam a instrumentalização da pesquisa através dos métodos científicos, visando ao processo crítico e à elaboração de trabalhos acadêmicos.
O estudo deve estar fundamentado e metodologicamente estruturado em procedimentos científicos validados, com o intuito de satisfazer questionamentos e/ou esclarecer suas diretrizes, para alcançar o princípio da pesquisa. A metodologia científica refere-se à forma como funciona o conhecimento científico.
O objetivo da disciplina de Metodologia Científica é favorecer e estimular a capacidade reflexiva e a produção escrita do aluno na prática da pesquisa científica. Esta disciplina, num nível aplicado, oferece o instrumental científico metodológico básico para a formação acadêmica.
A metodologia científica é a disciplina que “estuda os caminhos do saber” que pretende orientar e possibilitar condições para o pesquisador iniciante utilizar procedimentos sistemáticos e racionais para obter fidedignidade dos dados, envolvendo princípios e normas que possibilitem trabalhos com resultados confiáveis.
A origem remota do método científico situa-se na Grécia clássica, surgindo com o nascimento da dialética, que se apresentava como método de pesquisa e busca da verdade por meio da formulação adequada e perguntas e respostas.
Paradigma é a Representação de um modelo ou padrão a ser seguido. Pode ser entendido também como uma referência inicial como base de modelo para estudos e pesquisas.
As etapas do método científico podem ser apresentadas de forma resumida como:
- Observação: análise crítica dos fatos.
- Questionamento: elaboração de uma pergunta ou identificação de um problema a ser resolvido
- Formulação de hipótese: possível resposta a uma pergunta ou solução de um problema.
- Realização de dedução: previsão possível baseada na hipótese.
- Experimentação: teste da dedução ou novas observações para testar a dedução. Ao se realizar o experimento, deve-se trabalhar com grupo de controle.
- Conclusão: Etapa em que se aceita ou se rejeita uma hipótese.
O ramo de Engenharia de Produção concentra-se na gestão dos sistemas de produção, definidos como todo conjunto de recursos organizados, de modo a obter produtos ou serviços de modo sistemático. A gestão dos sistemas de produção é realizada via utilização de métodos e técnicas que visam a otimizar o emprego dos recursos existentes no próprio sistema de produção.
O capital humano é composto pelo conhecimento, expertise, poder de inovação e habilidade dos empregados adicionados aos valores, à cultura e à filosofia da empresa.
O engenheiro de produção precisa ser capaz de atuar fundamentalmente na organização das atividades de produção e estabelecer as interfaces entre as áreas que atuam diretamente sobre os sistemas técnicos, entre a área administrativa da empresa e a gestão de pessoas. Este perfil tem tornado este profissional muito procurado pelas empresas por sua capacitação híbrida gerencial-técnica (Cunha, 2002).
Para que você consiga uma leitura proveitosa, é interessante que faça o fichamento e siga algumas dicas valiosas.
•	 Ter atenção: é necessário concentração para buscar o entendimento, a assimilação e a apreensão dos conteúdos básicos do texto.
•	 Intenção: propósito de conseguir um aproveitamento intelectual por meio da leitura.
•	 Reflexão: observar todos os ângulos e ponderar as informações, descobrir novas perspectivas e pontos de vista. A reflexão favorece o entendimento e a assimilação das ideias do autor, aprofundando, assim, nosso conhecimento.
•	 Espírito crítico: implica julgamento, comparação, aprovação ou não do texto. É a avaliação do texto.
•	 Análise: (a) divisão do tema em partes e (b) determinações das relações existentes entre elas.
•	 Síntese: tem como objetivo não perder a sequência lógica do pensamento. É a reconstituição das partes decompostas pela análise.
A leitura sensorial é feita através de nossos sentidos, gerando uma resposta física aos sentidos; já a leitura emocional é feita com os nossos sentimentos e emoções, fazendo sentido em uma determinada situação, ou seja, gerando uma resposta particularizada para o leitor de forma subjetiva; e a leitura racional é feita através do nosso raciocínio e reflexão, gerando uma resposta intelectual.
O QUE É UMA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA?
É um estudo sistematizado de um determinado tema, processado em bases de dados nacionais e internacionais, que contém artigos de revistas científicas, livros, teses e outros documentos.
Palavras-chave, palavras que representam o conteúdo do artigo; resumem os temas principais de um texto
Fontes primárias são descritas como as fontes mais próximas à origem da informação ou ideia em estudo. São documentos com texto completo e outros documentos que contenham o seu conteúdo na íntegra.
Analisar um artigo é um processo pessoal, mas a regra geral é:
•	 . Avalie o título. Se ele estiver dentro do que você está procurando, ou se estiver incerto, leia o resumo. Com isso, você já poderá ter uma ideia de que o artigo tem algo que lhe interessa. Se não tiver, descarte-o.
•	 . Se o artigo for interessante, ou você ainda estiver incerto disso, obtenha agora o texto completo, e dê uma folheada rápida, vendo as seções, figuras e tabelas que contém.
•	 E leia as conclusões. Agora você deve ter uma ideia boa sobre o artigo ser interessante ou não.
•	 . Daqueles que interessam, leia a introdução, e se suas expectativas se confirmarem, salve o arquivo, faça anotações de por que você se interessou, e estude o artigo.
A pesquisa bibliográfica é uma etapa do projeto de pesquisa que: é feita com bases multidisciplinares, em livros e periódicos científicos; pois considera a busca sistematizada em diversas bases de várias áreas para uma pesquisa completa em fontes científicas. A pesquisa bibliográfica deve começar com palavras-chave de referência ao tema, sendo o mais específico possível às ideias principais do texto; o objetivo principal das palavras-chave, que é representar de forma sintética e específica a busca por conteúdos associados ao contexto do tema.
Aula 2
o significado da palavra “Ciência”, no sentido lato sensu, refere-se ao conhecimento superficial, assistemático e subjetivo; e, no stricto sensu, um conhecimento delimitado, formulado, sistemático e metódico que diz respeito a fatos registrados, observados e experimentados pelas suas causas determinantes. A primeira concepção refere-se ao senso comum, a segunda é caracterizada pelo conhecimento científico, especificado a partir da precisão metódica, clareza, objetividade e verificação” (JEZINE, 2007).
Conhecimento assistemático é aquele que não é fruto de uma investigação organizada, que não resulta de uma pesquisa científica ou metodologia bem definida.
“A Ciência, sob a dimensão da universalidade, é apenas uma concepção. Pode ser concebida como um conhecimento racional que usa métodos, e como um sistema conceptual, não se constitui de verdades e certezas absolutas e eternas. Ela é certa e ao mesmo tempo provável e deve estar sempre pronta a ser questionada e a resistir ou não a prova.” (JEZINE, 2007).
“A Ciência é um modo de compreender e analisar o mundo empírico, envolvendo o conjunto de procedimentos e a busca do conhecimento científico através do uso da consciência crítica que levará o pesquisador a distinguir o essencial do superficial e o principal do secundário” (Cervo e Bervian, 2002).
“Trata-se do estudo, com critérios metodológicos, das relações existentes entre causa e efeito de um fenômeno qualquer no qual o estudioso se propõe a demonstrar a verdade dos fatos e suas aplicações práticas. É uma forma de conhecimento sistemático, dos fenômenos da natureza, dos fenômenos sociais, dos fenômenos biológicos, matemáticos, físicos e químicos, parase chegar a um conjunto de conclusões verdadeiras, lógicas, exatas, demonstráveis por meio da pesquisa e dos testes” (Oliveira, 2002).
“A Ciência é todo um conjunto de atitudes e atividades racionais, dirigidas ao sistemático conhecimento com objeto limitado, capaz de ser submetido à verificação” (Trujillo Ferrari, 1974).
A Ciência investiga fenômenos naturais ou humanos de forma sistemática, seguindo um método preestabelecido. Pois considera a busca da Ciência por métodos racionais e sujeitos a verificação.
 A Ciência não pode ser resumida através das experiências particulares de uma pessoa. As diretrizes da Ciência também são aplicadas ao estudo racional e matemático. A Ciência está em constante transformação através das descobertas e validações.
O desenvolvimento do conhecimento humano está intrinsecamente ligado à sua característica de se relacionar através de um grupo, ou seja, o saber de um indivíduo é transmitido a outro por algum meio (oral, gestual, escrito) que, por sua vez, aproveita-se deste saber para somar a outro. Assim, evolui a Ciência.
O homem da Pré-história explica os fenômenos da natureza através de lendas superstições.
A Idade Antiga é conhecida pelos saberes técnicos evoluídos dos egípcios e pela busca pelo saber através da razão dos gregos. Assim começa um afastamento das explicações supersticiosas e da magia.
A Idade Média é marcada pela conuencia da fé religiosa e a ciência, que resultou nas primeiras universidades sendo fundadas no seio do catolicismo.
Na Idade Moderna principalmente a partir do Renascimento, ocorre uma retomada do pensamento clássico e uma valorização do ser humano e sua capacidade de buscar a verdade a partir da razão e da observação empírica.
E na Idade Contemporânea, a revolução industrial é o começo de um período de, não apenas compreensão da natureza, mas de sua transformação através dos avanços tecnológicos.
Hoje, estamos na era da informação ou revolução tecnológica, em que as atividades de estudos e trabalho requerem um nível de instrução mais avançado do que as eras anteriores, e as pessoas precisam de maior treinamento e raciocínio.
a) Ciências factuais, pois a política possui aspectos sociais.
b) Ciências formais, uma vez que o algoritmo possui aspectos da lógica.
c) Ciências formais, já que as demonstrações de fórmulas são provenientes da Matemática.
d) Ciências factuais, porque o comportamento possui aspectos sociais.
Ciência na idade antiga O estudo da filosofia e as discussões pela busca do saber baseado na razão influenciou de forma impactante a cultura ocidental como vemos hoje.
Ciência na idade contemporânea- O relacionamento entre o homem e a máquina se tornou a base dos processos produtivos, e a diretriz da Revolução Industrial foi a eficiência
Ciência na pré-história- As sociedades caçadoras tinham uma organização muito simples, e sua comunicação era rudimentar, sendo que o conhecimento precisava ser representado graficamente para ser passado de um indivíduo para outro.
Ciência na idade moderna - O homem buscou em si mesmo a ideia de cosmo e a expressão artística como desenvolvimento e comunicação do conhecimento.
Ciência na idade média - A criação das universidades pela Igreja foi um grande passo para o desenvolvimento da Ciência, mesmo que esse privilégio fosse para poucos
“Genericamente, o conhecimento pode ser conceituado como compreensão a apreensão intelectual de um fato ou de uma verdade, como o domínio (teórico ou prático) de um assunto, uma arte, uma ciência, uma técnica, etc.” (Souza e Feitosa, 2012)
Há, pelo menos, quatro níveis de conhecimento fundamentais: popular, científico, filosófico e teológico (Trujillo apud Marconi e Lakatos, 2003).
É importante ressaltar que, na sua vida acadêmica, você utilizará somente o conhecimento científico, porém é necessário conhecer todos para entendê-lo melhor.
a) Conhecimento Popular (vulgar, senso comum)
É um conhecimento aprendido à luz das experiências e observações imediatas do mundo ao redor; é uma forma de conhecimento que permanece o nível das crenças vividas, segundo uma interpretação previamente estabelecida e adotada pelo grupo social. É assistemático, está relacionado com as crenças e os valores, faz parte de antigas tradições. É o conhecimento corrente e espontâneo de se conhecer. É adquirido sem reflexão ou aplicações de método. As informações são assimiladas por tradição e experiências.
b) Conhecimento Filosófico
É o conhecimento gerado por conceitos subjetivos. Seu desdobramento se dá por formulação de hipóteses filosóficas num conjunto de enunciados logicamente correlacionados. O conhecimento filosófico não exige comparação experimental, mas coerência lógica, a fim de procurar conclusões sobre o universo e as indagações do espírito humano. É o conhecimento que tenta decifrar certa interrogação. O objeto de análise desse tipo de conhecimento são ideias, relações conceituais, exigências lógicas que não são redutíveis a realidades materiais e, por essa razão, não são passíveis de observação sensorial direta ou indireta (por instrumentos).
c) Conhecimento Religioso (teológico)
Conhecimento revelado pela fé divina ou crença religiosa. Não pode, por sua origem, ser confirmado ou negado. Depende da formação moral das crenças de cada indivíduo. Está sempre implícita uma atitude de fé perante um conhecimento revelado. É o conhecimento adquirido a partir da fé teológica. É fruto da revelação da divindade. A finalidade é provar a existência de Deus e que os textos bíblicos foram escritos mediante inspiração divina, devendo, por isso, serem realmente aceitos como verdades absolutas e incontestáveis.
d) Conhecimento Científico
É baseado em fatos (factual), lida com acontecimentos e é real. Sistematiza as observações em teorias, criando hipóteses que podem ou não ser refutadas. Exige verificação racional mediada pela observação e pela teorização das experiências e fatos. É o conhecimento que se preocupa não só com os efeitos, mas principalmente com causas e leis. Ocorre de forma lenta, sendo um processo contínuo de construção, com um complexo de pesquisa, análise e síntese. É uma busca constante de explicações e soluções e a reavaliação de seus resultados.
Aula 3
O conhecimento científico é o resultado do questionamento contínuo e das investigações sistemáticas dos fenômenos naturais. As sistematizações dessas investigações levaram ao desenvolvimento do chamado método científico. Podemos dizer que um método é um conjunto de conceitos, regras e procedimentos que podem ser aplicados em diferentes contextos para alcançar determinado objetivo.
Ao longo da história, muitos cientistas e pesquisadores utilizaram métodos científicos para observar e medir o funcionamento de fenômenos naturais ou de comportamentos humanos.
Segundo Lakatos e Marconi (2003), (...) o método é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo - conhecimentos válidos e verdadeiros -, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista.
O método pode ser entendido como um conjunto ordenado de procedimentos que se mostraram eficientes na busca do conhecimento para alcançar um resultado, pois considera o método como um instrumento para a busca do saber e sujeito a verificação
a) o método utiliza vários procedimentos, e não apenas a tecnologia. E pode ser utilizado por qualquer pessoa, não apenas cientistas. As diretrizes do método podem ser aplicadas a quaisquer áreas, como a Matemática, a Física, entre outras. Para validar os resultados de uma pesquisa, o cientista precisa utilizar os procedimentos sistemáticos pertencentes ao método científico para alcançar o objetivo e conclusão.
A humanidade não aceitou apenas explicações sobrenaturais para os fenômenos observados ao longo da história a humanidade buscou respostas comprovadas no raciocínio, o método científico foi consolidado no século XVI,Descartes consolidou um pensamento científicoatual com uma visão cartesiana e racional , a teoria de Descartes é baseada em princípios racionais, O conceito moderno de método científico é baseado na teoria da investigação com etapas a serem cumpridas.
O método científico possui etapas fundamentais que exercitamos no nosso dia a dia. Geralmente, há um questionamento sobre uma determinada situação e precisamos buscar respostas que possam ser verificadas para usarmos como solução
A sistematização dos questionamentos contínuos e das investigações de fenômenos gerando um resultado com validação é chamada de método científico. Galliano (1986) diz que “qualquer pessoa civilizada é uma espécie de ilha cercada de métodos por todos os lados, ainda que nem sempre tenha consciência disso” Podemos resumir as etapas principais de um método científico em: pergunta / hipótese / observação / conclusão
Método Indutivo
“A indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal” (LAKATOS e MARCONI 2003). De forma geral, a indução é um tipo de raciocínio lógico que parte de unidades pequenas e concretas de conhecimento para generalizações cada vez mais amplas. Ela parte do princípio que, se cada uma das premissas é verdadeira, podemos tirar conclusões abrangentes que provavelmente serão verdadeiras também. (JEZINE, 2007)
O método indutivo é o processo mental que, por intermédio do qual, partindo de dados particulares suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal
Método Dedutivo
Este método explica o conteúdo das argumentações que, diante de proposições verdadeiras, chegará necessariamente a conclusões verdadeiras.
Isto se dá devido a uma sequência de raciocínio lógico que deduz a partir da análise das premissas maiores para a análise das premissas menores, chegando a uma conclusão verdadeira das argumentações propostas (SILVA e TAFNER, 2004).
O método dedutivo parte do conjunto de várias unidades para chegar à natureza das unidades individuais
Método hipotético-dedutivo
O método hipotético-dedutivo confronta as ideias originadas pelos métodos indutivo e dedutivo, ou seja, empirismo versus racionalismo no que diz respeito à maneira de se obter conhecimento. Ambos buscam o mesmo objetivo, mas enquanto os empíricos se baseiam nas experiências dos sentidos (a verdade natural), os racionais se norteiam pela razão ou intuição humana (SILVA e TAFNER, 2004). O método hipotético-dedutivo inicia por uma percepção de uma lacuna nos conhecimentos, formula hipóteses que são conduzidas a um processo de inferência dedutiva, testa e controla a hipótese da ocorrência de fenômenos abrangidos pela hipótese (JEZINE, 2007).
Método Dialético
Esta fase dialética está norteada pelos estudos de Engels, Marx e Hegel, que acreditam que tanto o pensamento quanto o mundo material estão em constante mutação, influenciando e modificando um ao outro.
Este método traduz uma interpretação dinamizada e totalitária da realidade; tendo em vista que deve considerar os fatos dentro de um contexto social, político e tantos outros necessários (CARTONI, 2009).
No método dialético, não se deve analisar cada elemento isoladamente, pois os fenômenos naturais estão interligados por meio dos princípios da conexão universal de objetos e fenômenos (JEZINE, 2007).
Métodos Específicos das Ciências Sociais
Segundo Lakatos e Marconi (2000) apud Silva e Tafner (2004), dentro das Ciências Sociais, podem-se acrescentar aos métodos de abordagem já descritos, técnicas procedimentais, ora chamadas de métodos, que são aplicadas em fins mais restritos, não se prestando a generalizações do fenômeno.
Aula 4
Uma pesquisa também pode ser chamada de investigação, pois analisa, através de procedimentos adequadamente definidos, fatos ou circunstâncias para a construção de uma solução que pode gerar um novo questionamento. Segunda Cartoni (2009), a pesquisa ou a investigação é realizada quando se detecta um problema e não se tem informações para solucioná-lo, ou seja, uma necessidade de busca de respostas. Portanto, pesquisar é descobrir, investigar, buscar, procurar, explorar e, assim sendo, é um fato natural a todos os indivíduos que fazem parte de ualquer grupo (SILVA e TAFNER, 2004).
Pesquisa
De uma forma sintética, a pesquisa é um conjunto de ações, atividades ou realizações propostas para encontrar soluções para um problema, que tem por base procedimentos sistemáticos e racionais (CARTONI, 2009). Esses procedimentos fazem parte da construção da pesquisa e são definidos na etapa de planejamento da investigação. Segundo Köche (1997), “o ato de pesquisar significa identificar uma dúvida que necessite ser esclarecida; construir e executar o processo que apresenta a solução desta, quando não há teorias que a expliquem”. Podemos estender definição de “pesquisa” à busca de novas teorias ou reestruturação de conceitos cuja validade esteja sendo questionada ou haja uma nova perspectiva do problema ou até mesmo de contexto.
A pesquisa científica e a tecnologia
A pesquisa científica tem dado suporte à tecnologia em muitas descobertas ao longo do tempo, principalmente nas últimas décadas. Mas é importante entender que ciência e tecnologia não são a mesma coisa. A pesquisa científica faz parte da formação do engenheiro e faz parte do seu aprendizado contínuo o conhecimento científico originado da pesquisa científica também é decisivo na capacidade do engenheiro para tomar decisões.
As fronteiras da ciência e da tecnologia estão bem próximas ao longo de toda a história, e a engenharia tem se beneficiado dos avanços das mesmas para a melhoria da prática, a tecnologia e a ciência têm sido parceiras da engenharia, fornecendo soluções. Os objetivos de uma pesquisa científica - resolver algum problema, onde se procura a solução adequada cientificamente; - buscar, estudar e compreender fatos ou fenômenos da realidade, para encontrar respostas novas nas questões formuladas; - demonstrar e desenvolver um raciocínio lógico para a construção do conhecimento; - desenvolver e ampliar o espírito científico e crítico do pesquisador, por meio da observação dos fenômenos espontâneos ou da coleta de dados e registro de variáveis analisadas.
“O sentido amplo e informal de pesquisa opõe-se ao conceito de pesquisa como tratamento de investigação científica que tem por objetivo comprovar uma hipótese levantada, através do uso de processos científicos” (ALMEIDA JÚNIOR, 1988). A pesquisa científica precisa ser realizada através das perspectivas sistemática e racional associadas a metodologias próprias ao tema. – a pesquisa científica sempre verifica a credibilidade das fontes. - a pesquisa científica possui elementos fundamentais para a construção de uma investigação e da utilização de métodos.
Planejamento e elaboração da pesquisa
Uma pesquisa precisa ser planejada já prevendo todas as fases para completo aproveitamento e controle em sua execução. Quando elaboramos uma pesquisa, precisamos esclarecer alguns pontos no documento de projeto dessa pesquisa. Esses pontos incluem a natureza, a abrangência e a precisão da pesquisa, além de apontar possíveis desdobramentos
Preparação da pesquisa
Esta fase da pesquisa é de suma importância para o seu desenvolvimento, pois funciona como uma preparação para as necessidades que estarão por vir. É nessa fase que o pesquisador, geralmente, identifica com clareza uma lacuna de conhecimento sobre determinado assunto e toma a decisão de buscar respostas. O pesquisador também avalia inicialmente o potencial do assunto e sua acessibilidade para o alcance das respostas. Com algumas dessas informações, o pesquisador já poderá prever a necessidade de tempo, dedicação e esforço exigidos para a realização do trabalho.
Escolha do tema
A escolha do tema é um momento decisivo e, ao mesmo tempo, preocupante para o pesquisador. Se o escopo da pesquisa não foi bem definido, existe o risco de ser amplo demais, sem que haja tempo hábil para sua plena investigaçãoou, o contrário, demasiadamente limitado e, portanto, de pouca relevância. Contudo, existem algumas diretrizes para a orientação quanto a escolha do tema.
É interessante observar que a definição do tema deverá ser orientada por fatores intelectuais e também por perspectivas intuitivas. É importante avaliar:
1. a sua familiaridade com a área de estudo;
2. a adequação da pesquisa às suas aspirações profissionais;
3. o seu conhecimento sobre estudos que já foram realizados para identificar possíveis desdobramentos e caminhos a percorrer.
Levantamento de informações e estudos
Nesta fase, o objetivo é levantar os dados e as informações pertinentes ao tema eleito. Segundo Lakatos e Marconi (2003), “podem ser utilizados três procedimentos: pesquisa documental, pesquisa bibliográfica e contatos diretos”.
Formulação do problema
É nesta fase que são definidos os parâmetros da investigação e também são verificadas as possibilidades de solução. Geralmente, o problema é escrito em forma de uma pergunta para ser respondida na conclusão da pesquisa. Ao delimitar o problema, devemos levar em conta as informações que foram levantadas sobre o assunto, a fim de identificar, com precisão, as questões que ainda não foram resolvidas. A formulação do problema “pode ser uma oportunidade percebida pelo aluno sobre uma temática a ser pesquisada” (SILVA, 2008).
Definição dos objetivos
A definição dos objetivos da pesquisa estabelece metas e resultados a serem alcançados. Os objetivos devem ser, antes de tudo, claros, precisos, adequados e compreensíveis. Os objetivos definem o propósito de uma pesquisa científica. Eles também norteiam a escolha dos procedimentos usados na investigação.
Construção de hipóteses e indicação de variáveis
Segundo Lakatos e Marconi (2003), a hipótese “é uma suposição que antecede a constatação dos fatos e tem como característica uma formulação provisória: deve ser testada para determinar sua validade”. A hipótese é sempre uma afirmação, uma resposta temporária ao problema da pesquisa.
Ela pode ser entendida como um exercício de método indutivo ou dedutivo, pois partimos de um conhecimento prévio e usamos a lógica para prever um resultado esperado. Com o desenrolar da pesquisa, a hipótese deve ser confirmada ou rejeitada, com base nos dados coletados.
É esta fundamentação teórica que guiará a formulação de hipóteses admissíveis e consistentes com o problema a ser investigado.
Pesquisa descritiva
A finalidade de uma pesquisa descritiva é observar, registrar e analisar os fenômenos ou sistemas técnicos, sem, contudo, entrar no mérito dos conteúdos
Metodologia
Os procedimentos metodológicos devem ser definidos em qualquer pesquisa científica, pois eles demonstram a construção do trabalho científico e as fontes que contribuíram para o desenvolvimento da pesquisa.
Coleta e análise dos dados
A coleta deve ser feita de modo meticuloso e consistente, para que aja certeza da completude dos dados dentro do escopo definido na formulação do problema. Já falamos sobre a importância de prever os recursos necessários no planejamento inicial da pesquisa, e esta é a etapa onde ocorre a maior parte dos imprevistos. Para evitar problemas de atraso na entrega de resultados ou estouro do orçamento, é recomendável sempre alocar recursos extras para esta etapa.
Interpretação e discussão de dados
Com os resultados organizados em mãos, o pesquisador pode analisar as informações encontradas e identificar correlações que ajudem a encontrar soluções para o problema da pesquisa. É nessa fase também que identificamos os resultados mais relevantes e discutimos as suas possíveis causas ou efeitos.
Considerações finais
Neste momento, escrevemos uma síntese da análise realizada. Observamos se os objetivos foram alcançados e se as hipóteses foram confirmadas ou rejeitadas. Nas considerações finais, relatamos os questionamentos ou aspectos não respondidos, indicando uma futura continuação do estudo para atingir essas metas. Por último, resgatamos as contribuições que o estudo trouxe, confirmando assim a relevância do tema que havia sido estabelecida no início da pesquisa.
Redação e apresentação da pesquisa
Em geral, a pesquisa gera um relatório que deve seguir algumas regras. A redação deve ter uma linguagem simples, clara e objetiva ao longo de todas as fases da pesquisa. O texto é formal, chamado também de técnico-científico, e deve ser organizado. O texto deve evidenciar coerência em suas informações.
Todas as fases de uma pesquisa científica, na ordem de execução:
1. Preparação da pesquisa;
2. Escolha do tema;
3. Levantamento de informações e estudos;
4. Formulação do problema;
5. Definição dos objetivos;
6. Construção de hipóteses e a indicação de variáveis;
7. Metodologia;
8. Coleta e análise dos dados;
9. Análise e discussão dos resultados;
10. Considerações finais;
11. Redação e apresentação da pesquisa.
Toda pesquisa possui fases elementares para o planejamento e execução da mesma, a formulação do problema é um elemento fundamental na pesquisa.
O tema de uma pesquisa deve ser escolhido levando-se em consideração a melhor definição, precisão e clareza, e que permite discussão, análise e aprofundamento,
A pesquisa documental (projetos de lei, mapas, ofícios, etc.) faz parte da fase de levantamento de informação e estudo. A escolha do tema deve ser de forma clara e objetiva, desdobrando possíveis caminhos para estudos futuros
A pesquisa científica tem como objetivo testar uma hipótese através de métodos científicos. E com o avanço das descobertas, a pesquisa científica forneceu informações importantes para o desenvolvimento da tecnologia. A fusão dessas duas vertentes fica clara na prática de um engenheiro. Mas um pesquisador pode planejar uma pesquisa em qualquer área, só precisa estabelecer as fases elementares e seus respectivos propósitos. 
A pesquisa científica é a atividade de busca de soluções, para questionamentos e problemas, utilizando processos do método científico (a coleta de dados deve ser realizada por um indivíduo preparado e alinhado com a base teórica e com os objetivos da pesquisa)
Aula 5
Toda pesquisa contém uma fase para coleta de dados em que instrumentos, também chamados de técnicas de pesquisa, estabelecidos na literatura, são utilizados para esse fim. 
Uma pesquisa pode ser classificada em relação a diversos fatores e pode estar associada ao tema do trabalho científico
Classificação da pesquisa científica
Como já estudamos, a pesquisa é uma construção do conhecimento, motivada pela busca de respostas, condicionada a procedimentos científicos que justificam sua validação. As pesquisas podem ser empregadas em diversos assuntos e com diferentes objetivos. Desta forma, existem árias formas de classificar as pesquisas. Apresentaremos as formas clássicas de classificação com suas especificações para a aplicação com base nos estudos de autores renomados da área (GIL, 2008; LAKATOS, MARCONI, 2003; CERVO, BERVIAN, 2002
Quanto à sua natureza
A pesquisa básica é aquela que busca o avanço científico através da geração de novos conhecimentos. É a busca pelo saber que envolve interesses universais. É a pesquisa que procura a ampliação dos conhecimentos teóricos sem a preocupação de aplicá-los. Normalmente, pesquisas básicas são desenvolvidas por cientistas, como físicos, biólogos ou antropólogos. A pesquisa é aplicada, pois busca solucionar um problema prático específico.
Quanto a seus objetivos
Uma pesquisa também deve ser classificada de acordo com seus objetivos. Pesquisa Exploratória é normalmente uma pesquisa preliminar que visa a tornar o problema explícito, proporcionando uma proximidade com as suas questões ou ainda na estruturação das hipóteses. Geralmente, a pesquisa exploratória inclui levantamento bibliográfico, contato direto com indivíduos que possuem alguma experiência no campo estudado, possíveis visitas em ambientes relacionados com o tema e investigação de exemplos semelhantes ou correlacionados. É comum, nessetipo de pesquisa, trabalhar com estudos de caso, que iremos caracterizar nessa aula no item de classificação quanto aos procedimentos. pois ainda busca explicitar o problema através de conversas com pessoas experientes no assunto, mas não uma observação direta dos indivíduos a serem estudados . Temos ainda a Pesquisa Explicativa, que visa a explicar leis, ampliar generalizações e aprofundar conhecimentos relacionados à realidade através da razão. Esse tipo de pesquisa frequentemente exige a interferência direta do pesquisador, criando situações artificiais em que a variável é isolada ou manipulando a variável para observar os efeitos dessa variância, por exemplo.
Quanto a sua abordagem do problema
Quanto à abordagem, existem duas categorias: pesquisas quantitativas e qualitativas. Como o próprio nome já diz, a Pesquisa Quantitativa se refere a quantidades. Ela objetiva uma perspectiva contável para tudo que será estudado, ou seja, transformar as informações, inclusive as opiniões, em números para organizá-las e analisá-las. A pesquisa quantitativa foca a medição numérica de fenômenos. Essa pesquisa geralmente utiliza recursos e técnicas estatísticas (porcentagem, média, moda, mediana, desvio padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão, etc.).
Coleta de dados
A fase de coleta de dados numa pesquisa científica corresponde ao momento em que usamos instrumentos específicos e técnicas de pesquisa, para reunir dados que serão analisados e interpretados conforme os objetivos do trabalho. É uma fase que exige bastante organização e procedimentos sistemáticos visando a garantir a conformidade dos dados. A coleta de dados pode ser realizada através da estatística, que possui uma forte presença na engenharia de produção. A utilização de técnicas de coleta de dados deve ser uma atividade bem planejada e organizada, pois esses aspectos interferem na qualidade e padronização dos dados. Recomenda-se sempre fazer cópias de segurança dos dados, para evitar possíveis perdas. outra forma é um manual de procedimentos ou também acompanhamento integral de todo o processo pelo pesquisador, entre outras alternativas, dependendo do objetivo e precisão).A coleta de dados é uma fase imprescindível da pesquisa, pois, através de técnicas definidas, conseguimos informações essenciais para o desenvolvimento do estudo e seus resultados. O planejamento e a conduta durante a realização da coleta de dados interferem diretamente na precisão dos dados e, por consequência, nos resultados da pesquisa. É importante ressaltar que a escolha da técnica de coleta de dados deve estar alinhada aos objetivos do estudo. Diferentes tipos de pesquisa atendem a diferentes objetivos e orientam a escolha dos instrumentos de investigação mais adequados.
Pesquisa Bibliográfica
O primeiro procedimento que utilizamos em qualquer pesquisa é o levantamento bibliográfico, para nos inteirarmos do assunto e identificar possíveis caminhos por onde devemos seguir, além dos conceitos clássicos.
Pesquisa Documental
Muitas vezes confundida com a pesquisa bibliográfica é a pesquisa documental, que trata da busca por informações, não em livros e artigos científicos, mas em documentos originais. Oliveira (2007) argumenta que a pesquisa documental “caracteriza-se pela busca de informações em documentos que não receberam nenhum tratamento científico”. Documentos tais como relatórios técnicos ou não, fotografias, mapas, tabelas estatísticas, atas, ofícios, decretos e projetos de lei são considerados fontes primárias e são comumente encontrados em repartições públicas, centros de pesquisas, arquivos oficiais, entre outros. Podemos também utilizar as fontes secundárias, que são matérias divulgadas pela imprensa em geral, e as obras literárias.
Pesquisa Experimental
Este tipo de pesquisa objetiva reproduzir determinado fenômeno dentro de condições de controle preestabelecidas para observar as causas e os efeitos. A pesquisa experimental costuma ser muito utilizada tanto na pesquisa básica quanto na pesquisa aplicada das áreas tecnológicas e biomédicas, principalmente quando se trata de pesquisas explicativas. Ela também utiliza em determinadas condições, quando necessário, aparelhos e instrumentos de precisão e medição, assim como simulações e métodos matemáticos. “Essencialmente, a pesquisa experimental consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto” (GIL, 2002).
Estudo de caso
Trata-se de um estudo profundo com poucos objetivos bem definidos e sobre todas as características essenciais pertinentes de um caso particular. O caso a ser estudado pode ser escolhido por ser uma situação-modelo, que pode ser generalizada para outros contextos, ou o contrário, justamente um caso excepcional, para entendermos o porquê de não se encaixar num determinado padrão. O estudo de caso pode englobar a observação direta dos acontecimentos, entrevistas e coleta de dados. O estudo de caso é utilizado em diversas áreas de estudo.
Levantamento ou pesquisa survey
Semelhante à entrevista, um survey visa a identificar e analisar características, comportamentos e ações relacionadas ao objetivo do estudo. Esse tipo de pesquisa pode ser conduzido ao vivo ou utilizando alguma mídia; tradicionalmente, questionários eram enviados pelo correio; hoje em dia, é muito comum utilizar-se a internet para esse fim. Os dados costumam ser analisados de forma descritiva, para que se chegue a generalizações sobre determinados grupos.
Pesquisa-ação
Contempla um estudo associado a uma específica ação ou a solução de um problema coletivo, geralmente em contato direto com o campo de investigação. Os pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo, coletando informações através de diferentes técnicas, porém o meio mais comum é a entrevista (THIOLLENT, 2002). É um tipo de pesquisa social de base empírica
Pesquisa ex-post-facto
O nome vem do latim e quer dizer “a partir do fato passado” ou “depois da ação”. Nessa pesquisa, o experimento se realiza depois dos fatos.
Os dados são coletados após a ocorrência dos eventos e, geralmente, é utilizada quando há impossibilidade de pesquisa experimental. Isso ocorre, pois nem sempre é possível recriar o sistema para observar a relação de todas as variáveis ou simplesmente o pesquisador não tem controle sobre o fenômeno e se torna apenas um observador. É um tipo e pesquisa muito usado na área de saúde – por exemplo, num caso-controle para associação de doenças infecciosas – ou na análise do impacto de uma nova fábrica em uma cidade, medindo tanto o desenvolvimento da região quanto os problemas decorrentes dessa implantação.

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