Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, AMBIENTAIS E BIOLÓGICAS Maria Angélica Pereira de Carvalho Costa CCA 024 - Biologia Geral ORGANELA TRANSDUTORA DE ENERGIA: CLOROPLATO Lynn Margulis ESTRUTURA DOS CLOROPLASTOS E MITOCÔNDRIAS FOTOSSINTESE: 6CO2 + 12H2O = C6H12O6 + 6 O2 + 6H2O RESPIRAÇÃO: C6H12O6 + 6 O2 = 6 CO2 + 6H2O + ATP Na primeira metade do século 17, o médico van Helmont cresceu uma planta em um jarro com terra e regou a planta somente com água da chuva. Ele observou que após 5 anos, a planta tinha crescido bastante, mas a quantidade de terra no jarro quase não decresceu. Van Helmont concluiu que o material utilizado pela planta para o seu crescimento veio da água utilizada para regá-la. DESCOBERTA DA FOTOSSINTESE Em 1727 o botânico inglês Stephan Hales observou que as plantas usavam principalmente o ar como fonte de nutrientes para o seu crescimento. DESCOBERTA DA FOTOSSINTESE Ele mostrou então que o ar que fora "viciado" pela vela e pelo camundongo, poderia ser restaurado por uma planta. Entre 1771 e 1777, o químico Joseph Priestly descobriu que quando ele colocava uma vela no interior de um jarro emborcado, a chama extinguia-se rapidamente sem que a cera fosse completamente consumida. Posteriormente ele observou que se um camundongo fosse colocado nas mesmas condições ele morreria. DESCOBERTA DA FOTOSSINTESE Em 1778, Jan Ingenhousz repetiu os experimentos de Priestly e observou que era a luz a responsável pela restauração do ar. Ele observou também que somente as partes verdes da planta tinha essa propriedade. Em 1796, Jean Senebier mostrou que o CO2 era quem "viciava" o ar e que o mesmo era fixado pelas plantas durante a fotossíntese. Theodore de Saussure mostrou que o aumento da massa das plantas durante o seu crescimento não poderia ser devido somente à fixação de CO2, mas também devido a incorporação da água. Assim a reação básica da fotossíntese foi concluída: nCO2 + nH2O + luz ---> (CH2O)n + nO2 DESCOBERTA DA FOTOSSINTESE FASE FOTOQUIMICA FASE BIOQUIMICA FASE FOTOQUIMICA CF0 CF1 São necessários 8 fótons para liberar 2 moléculas de O2 (mais 8 e - e 8H+) a energia desses fótons, transferida para os e- quando estes alcançam o NAP redutase, gera 2 NADPH, enquanto o gradiente de H+ possibilita a síntese de 3 ATP. FASE BIOQUIMICA Há três tipos de assimilação fotossintética do CO2: 1 – Fotossíntese C3 ou Ciclo de Calvin: primeiro composto estável apresenta 3 carbonos em sua constituição ► 3-fosfoglicerato Ex: eucalipto, pinos, soja, mamona, girasol, Cevada. mandioca e o arroz 2 – Fotossíntese C4: PEP-carboxilase + Ciclo de Calvin Ex: milho, cana-de-açucar, sorgo, gramneas •1º composto estável apresenta 4 carbonos: malato ou aspartato 3 – Fotossíntese CAM: PEP-carboxilase (noite) + Ciclo de Calvin (dia) Ex: Bromeliáceas, Orquidáceas, Cactáceas Formas de fixação do carbono pelas plantas Células do mesófilo foliar Cloroplastos Células do bainha 6CO2 + 12H2O + 18 ATP + 12 NADPH2 = HEXOSE + 18 ADP + 17 Pi + 12 NADPH + 6 O2 + 6H2O PLANTAS C3 FASE 1: Fixação do carbono: estroma do cloroplasto FASE 2:ReduçãoF A S E 3 : R e g e n e ra ç ã o FOTORESPIRAÇÃO Glioxissomos O grau de perdas de carbono pela fotorrespiração é cerca de 25% plantas expostas a estresse hídrico (estômatos fechados): CO2 interna, intensidade de luz : sob condições de excesso de energia. POR QUE OCORRE A FOTORESPIRAÇÃO????? Plantas expostas ao estresse hídrico: fechamento do estômato: baixa concentração de CO2 Plantas expostas a alta intensidade luminosa aumenta a FR, pois aumenta a síntese de ATP, necessária à síntese de RuDP e P-glicolato Concentração de O2 acima de 2% aumenta FR, pois aumenta a competitividade com o CO2 na acepção da rubisco. Aumento na temperatura eleva a FR, pois temperatura mais alta diminui a afinidade da enzima para CO2 , enquanto varia pouco para o O2 A fotorrespiração poderia contribuir para a dissipação de ATP e poder redutor e evitar danos sobre o aparelho fotossintético PLANTAS C4 Células do mesófilo foliar Cloroplastos Células do bainha PLANTAS CAM Escuro: estômatos abertos Acidificação da folha Luz: estômatos fechados CO2 Desacidificação da folha Características Plantas C3 Plantas C4 Plantas CAM Anatomia foliar Células do parênquima paliçádico e lacunoso com cloroplastos com grana Anatomia de “Krantz”, com células mesofilicas com cloroplastos com grana e células da bainha do feixe vascular, com cloroplasto sem grana Usualmente sem células paliçádicas, vacúolos grandes nas células do mesófilo Enzimas carboxilativas RUBISCO em todas as células fotossintéticas Separação espacial: PEP- carboxilase nas células mesofilicas; RUBISCO nas células da bainha vascular Separação temporal: PEP-carboxilase à noite (escuro); RUBISCO durante o dia (luz) Requerimento energético: CO2: ATP: NADPH 1:3:2 1:5:2 1:6,5:2 Razão de transpiração(g H2O/g MS) 450-950 250-350 50-55 Razão clorofila a/b 2,8 ± 0,4 3,9 ± 0,6 2,5 ± 3,0 Requerimento de Na Não Sim – é necessário para a entrada de piruvato na célula do mesofilo onde ele regenera o fosfoenolpiruvato (PEP) que é substrato da enzima PEPcase Desconhecido PRINCIPAIS CARACTÉRISTICAS ENTRE OS GRUPOS DE PLANTAS C3,C4 E CAM, DE ACORDO COM SEU MECANISMO DE FIXAÇÃO DO CO2 Características Plantas C3 Plantas C4 Plantas CAM Ponto de compensação de CO2( µL/L) 30-70 0-10 0-5 (escuro) Inibição da fotossíntese na presença de CO2 (21%) Sim Não Sim Fotorrespiração Sim Não detectável Muito baixa Temperatura ótima para fotossíntese 12-25 ◦C 30-40 ◦C 35 ◦C Produção de matéria seca(toneladas/há/ano) 22 ± 0,3 39 ± 1,7 Difícil detectar Redistribuição de fotoassimilados lenta rápida variável PRINCIPAIS CARACTÉRISTICAS ENTRE OS GRUPOS DE PLANTAS C3,C4 E CAM, DE ACORDO COM SEU MECANISMO DE FIXAÇÃO DO CO2 %CO2 0,03 0,3 Intensidade luminosa P.S.L °C 40 Intensidade luminosa Ponto de Compensação Fótico ALBERTS, B.; JOHNSON. A.; LEWIS, J.; RAFF, M.; ROBERTS, K.; WALTER, P. Biologia Molecular da Célula. Editora: Artmed, 2006 DE ROBERTIS, E. D. P.; DE ROBERTIS, J. E. M. F. Bases da biologia celular e molecular. Trad: supervisão Carneiro, J. Rio de Janeiro. Editora: Guanabara Koogan, 2001 JUNQUEIRA, L. C. U., CARNEIRO, J. Biologia Celular e Molecular. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan. 8 Ed. 2005 RAVEN, P.H., EVERT, R.F. & CURTIS,H.. Biologia Vegetal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 6ª ed. 2001 TAIZ, L. ZEIGER, E. Fisiologia Vegetal. Porte Alegre: Artmed, 3ª edição. 2004 BIBLIOGRÁFIA 1. Em vegetais, as taxas de fotossíntese e de respiração podem ser calculadas a partir da quantidade de gás oxigênio produzido ou consumido num determinado intervalo de tempo. O gráfico mostra as taxas de respiração e de fotossíntese de uma planta aquática, quando se varia a intensidade luminosa. a) Em que intensidade luminosa, o volume de gás oxigênio produzido na fotossíntese é igual ao volume desse gás consumido na respiração? b) Em que intervalo de intensidade luminosa, a planta está gastando suas reservas? c) Se a planta for mantida em intensidade luminosa "r", ela pode crescer? Justifique. O esquema representa um experimento em que plantas semelhantes foram colocadas em tubos, com igual quantidade de água, devidamente vedados para evitar a evaporação. A planta do tubo A foi mantida intacta; a tubo mostra o nível da água no início do experimento (Ni) e no final (Nf).a) Por que os níveis da água ficaram diferentes nos tubos A e B? b) Que estruturas da epiderme foliar tiveram seu funcionamento afetado pela vaselina? c) Qual o papel dessas estruturas da epiderme para que a planta realize fotossíntese? o efeito estufa também tem seu lado bom. A vegetação do Hemisfério Norte está mais verde, mais exuberante e mais robusta que há vinte anos, de acordo com dados divulgados pela NASA, agência espacial americana... A constatação de que as matas do norte estão mais viçosas por causa do efeito estufa parece uma peça pregada pela natureza. Pois, quanto mais verde uma planta, mais capacidade ela tem de absorver o vilão do efeito estufa, o gás carbônico". ("Estufa do Bem", Veja, 17.10.2001, p. 148.) a) Qual a imprecisão contida no texto? Justifique. b) De que forma os fatores que justificam a imprecisão do texto interagem com o "vilão do efeito estufa" para a determinação da taxa de fotossíntese?
Compartilhar