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Estudo de caso - Neuro

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Caso Clínico 10 
Homem de 52 anos sem fatores de risco cardiovascular dá entrada no 
PS após 40 minutos de instalação de déficit de força em hemicorpo à 
esquerda. Atendido prontamente pela equipe de emergência clínica e 
neurológica evidencia-se: 
● Paciente em bom estado geral, corado, hidratado, anictérico, 
acianótico, afebril e eupneico. 
● PA=170×100 
● FC=94, ritmico 
● Sem alterações à propedêutica cardíaca, pulmonar e 
abdominal. 
● Eletrocardiograma normal. 
● Dextro=127 
Ao exame neurológico paciente levemente desatento, o que foi 
observado pelo fato que demorava a responder o que lhe era 
perguntado, um pouco sonolento, porém capaz de manter uma 
conversação sem cochilar. Persistentemente se dirigia para o lado 
direito, não olhando para o examinador quando este estava do seu lado 
esquerdo. Linguagem sem alterações. Sem disartria. O exame da 
motricidade revelava hemiplegia esquerda completa, sendo que o 
paciente não reconhecia o próprio braço como sendo seu quando 
indagado. Também não relatava o déficit motor quando indagado sobre 
o que havia acontecido. Quando solicitado que levantasse o braço 
esquerdo levantava o direito. Os reflexos profundos estavam diminuídos 
à esquerda e o cutâneo plantar era em flexão bilateral, porém menos 
marcante à esquerda. A coordenação era normal no hemicorpo à direita. 
Estímulos táteis e dolorosos realizados no hemicorpo à esquerda eram 
relatados pelo paciente como tendo sido realizados do lado direito. O 
fundo de olho e o campo visual de confrontação eram normais, porém à 
estimulação simultânea dos campos esquerdo e direito o paciente 
referia apenas o estímulo à direita. O paciente apresentava tendência a 
manter os olhos desviados para a direita, porém o reflexo oculocefálico 
era normal. Havia nítida paralisia facial do tipo central (supranuclear) do 
lado esquerdo e não havia comprometimento de nervos cranianos 
bulbares. 
Pergunta-se: 
1. Diagnóstico sindrômico, topográfico, nosológico e etiológico. 
2. Quais os exames necessários na fase aguda? 
3. Quais as condutas a serem tomadas na unidade de 
emergência? 
No terceiro dia de internação o paciente evolui progressivamente mais 
sonolento até perder abertura ocular mesmo aos estímulos dolorosos e 
passa a apresentar postura em decorticação à esquerda, além de sinal 
de Babinski bilateralmente. Neste momento é colocado sob ventilação 
mecânica. 
Pergunta-se: 
1. O que pode justificar essa piora? 
2. Quais os exames necessários para confirmar ou afastar 
hipóteses e qual a conduta em cada caso?

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