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Condição resolutiva suspensiva obrigação modal e a termo

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Ao tratar das condições que invalidam o negócio jurídico e das que se têm por inexistentes, o novo Código, nos artigos 123 (“Invalidam os negócios jurídicos que lhes são subordinados: I – as condições física ou juridicamente impossíveis, quando suspensivas; II – as condições ilícitas, ou de fazer coisa ilícita; III – as condições incompreensíveis ou contraditórias”) e 124 (“Têm-se por inexistentes as condições impossíveis, quando resolutivas, e as de não fazer coisa impossível”), corrige falhas de há muito observadas no Código de 1916, além de tornar expresso que as condições incompreensíveis ou contraditórias são causas de invalidade do negócio a que foram apostas. Ao disciplinar a eficácia da condição resolutiva, no artigo 128, ele inova, com relação ao Código de 1916, ao estabelecer que, se ela for aposta a um negócio de execução continuada ou periódica, “a sua realização, salvo disposição em contrário, não tem eficácia quanto aos atos já praticados, desde que compatíveis com a natureza da condição pendente e conforme aos ditames de boa-fé”. Ademais, suprime-se, no novo Código, a referência que o parágrafo único do artigo 199 do Código de 1916 faz á condição resolutiva tácita, que não é condição em sentido técnico, pois esta só se configura se aposta ao negócio jurídico. E, no artigo 130, o novo Código estendeu à condição resolutiva – o que se impunha para a proteção da parte que, enquanto pende essa condição, é titular de direito expectativo – a regra (limitada no Código de 1916 à hipótese de condição suspensiva) de que ao titular de direito eventual é permitido exercer os atos destinados a conservá-lo.
O direito romano não conheceu a condição resolutiva. Ele chegava ao resultado a que se chega, com ela, no direito moderno, pela aposição, ao negócio jurídico, de um pacto de resolução sob condição suspensiva (D. 18.3.1; e D. 41.2.4, 3, tido como interpolado). A condicio era sempre suspensiva, e, quando esta consistia em fato impossível física ou juridicamente, divergiam, no período clássico, a escola dos proculeianos (que sustentava que essas condições acarretavam a nulidade do negócio jurídico tanto inter vivos quanto mortis causa) e a escola dos sabinianos (que entendia que, nos negócios mortis causa, essas condições se tinham como não-apostas, sendo válido o negócio jurídico como puro); já nos períodos pós-clássico e justinianeu, as condições impossíveis apostas a negócio inter vivos levam á nulidade deste, ao passo que no negócio mortis causa se têm como não-apostas (com relação a esses períodos, vide Gaio, Institutas III, 98; D. 28.5.46(45); D. 35.1.3; e Inst. 2.14.10). O novo Código Civil brasileiro, como se vê, seguiu a orientação adotada pelos proculeianos. Quanto às condições ilícitas e imorais, no período clássico, elas, em regra, não invalidavam o negócio jurídico no sistema do ius civile, salvo algumas exceções (assim, a título de exemplo, as condições captatórias), mas o pretor, atuando no âmbito do ius honorarium, contra tais condições apostas a negócios jurídicos inter vivos, principalmente em se tratando de stipulationes, inutilizava a validade desses negócios, denegando ação contra o não-cumprimento da stipulatio, ou concedendo à parte obrigada uma exceptio doli; e, em se tratando de negócio jurídico mortis causa, o pretor exonerava o interessado do cumprimento de condição dessa natureza (remissio condicionis), o que indiretamente acarretava a validade do negócio; nos períodos pós-clássico e justinianeu, as condições ilícitas e imorais têm o mesmo tratamento das impossíveis: se apostas a negócio jurídico inter vivos ocasionam a nulidade deste; se se tratar de negócio mortis causa, têm-se como não-apostas (a propósito, Paulo, Sent. III, 4 B, 2; e D. 35.1.64pr.). o novo Código Civil brasileiro, portanto, seguiu apenas em parte o direito romano pós-clássico e justinianeu, pois considerou que as condições ilícitas (e, conseqüentemente, também as de fazer coisa ilícita) invalidam, por via de regra, tanto os negócios jurídicos inter vivos quanto os mortis causa, mantendo, porém, na parte especial, no artigo 1.899 (que corresponde, sem alteração, ao artigo 1.667 do Código de 1916), norma que dispõe que é nula a disposição testamentária que institua herdeiro ou legatário sob a condição captatória de que este disponha, também por testamento, em benefício do testador, ou de terceiro. De outra parte, também no direito romano, não é condição a condicio iuris, ou seja, requisito legal de eficácia, que, portanto, decorre automaticamente de norma jurídica e não da aposição em negócio jurídico por vontade das partes (D. 35.1.21). E, no que diz respeito às condições contraditórias ou perplexas, que são as que encerram em si mesmas contradição – assim as referidas no D. 28.7.16, e D. 40.4.39 –, os citados textos consideram que a instituição de herdeiro e a manumissão sob condição dessa natureza em testamento são nulas (inutiles). Daí, observar PEROZZI�[16] que essas condições anulam sempre seja a stipulatio, seja a disposição de última vontade, porque a sua perplexidade torna perplexa a própria declaração principal.
Condição resolutiva é aquela em cuja dependência fica a resolução, ou seja, a extinção de direitos e da eficácia destes. Suspensiva, por outro lado, é aquela que, uma vez verificada, resulta no surgimento do direito e de sua eficácia. Por isso, parece-nos razoável que, na hipótese de se entender que os direitos do nascituro se encontram sob condição, tal condição há de ser suspensiva. Caso contrário teríamos a figura segundo a qual, nascido, o até então nascituro perderia os direitos que lhe haviam sido atribuídos.
As condições e os termos são suspensivos ou resolutivos.
Suspensivos quando do evento depende a entrada em vigor da declaração de vontade (ex: Doar-te-ei minha casa, quando casares), e resolutivos quando do evento depende a sensação da eficácia da declaração de vontade (ex: Dou-te a minha casa até quando casares).
A realização da condição suspensiva não tem efeito retroativo, só operando para o futuro, ex nunc, e não a partir do momento em que foi praticado o ato jurídico, ex tunc.
Com a realização da condição resolutiva, resolve-se o direito condicional e extinguem-se todos os direitos derivados ou decorrentes.
*art.116CC => manifestação do negócio jurídico impossível.
*encargo: ex- Te dareis minha casa se adotares o meu cachorro.
Os principais tipos de condição admitidos em nosso direito são a condição suspensiva e a condição resolutiva.
Segundo o art. 118 do Código Civil, "subordinando-se a eficácia do ato à condição suspensiva, enquanto esta se não verificar, não se terá adquirido o direito, a que ele visa." Dessa forma, a cláusula condicional será suspensiva se impedir que o negócio produza efeitos jurídicos enquanto o acontecimento não se observar. Acontecendo o fato previsto pela cláusula suspensiva, o negócio passa a produzir seus efeitos, conferindo os direitos colimados pelos interessados e instituindo as respectivas obrigações. Portanto, suspensiva é a condição que deixa suspensos os efeitos de um negócio até que se produza o fato previsto por ela. Já o art. 119 do Código Civil institui que "se for resolutiva a condição, enquanto esta não se realizar, vigorará o ato jurídico, podendo exercer-se desde o momento deste o direito por ele estabelecido; mas, verificada a condição, para todos os efeitos, se extingue o direito a que ela se opõe." É um tipo de condição que permite que o negócio subordinado a ela produza normalmente todos os seus efeitos, até que o fato previsto por ela se realize, quebrando, a partir de então, qualquer obrigação ou direito decorrente do ato negocial. Ou seja, o negócio sob condição resolutiva produz efeitos para ambas as partes desde a sua formação até que o acontecimento se realize e, por conseqüência, destrua o ato negocial.
Dessa maneira, a condição resolutiva é o contrário da suspensiva, uma vez que esta última, ao se observar o fato condicionante, permite que o ato passe a produzir seus efeitosnormais, enquanto que a primeira, quando se dá o acontecimento previsto por ela, cessa todos os efeitos que o negócio já produzia desde sua formação.
Condição Resolutiva
    Condição que enseja a extinção do contrato, tão logo verificado determinado fato. 
Condição resolutiva — Ao se estudar a condição suspensiva, verificou-se que ela tem a força e natureza jurídicas especiais, mediante as quais se retardam os efeitos do negócio jurídico, condicionando-os à concretização de evento futuro e incerto. Na condição suspensiva, os efeitos do negócio ou do ato jurídico principiam-se e inauguram-se a partir do momento em que o acontecimento de cuja ocorrência dependiam se implementar. Na condição resolutiva, ao revés, o negócio jurídico ou o ato jurídico libera os efeitos e produz os resultados perseguidos, os quais se esgotam e cessam com o advento do acontecimento futuro e incerto, o que demonstra que a sua natureza jurídica difere da natureza jurídica da condição suspensiva. 
  Resolve-se o negócio ou o ato jurídico e exaurem-se os efeitos, que não mais se resfolegam. Com a condição resolutiva, findam os efeitos do negócio ou ato jurídico, decorrentes da manifestação ou declaração da vontade com que se lhes faziam efetivos. Na condição resolutiva, os direitos e os deveres hospedados no negócio ou no ato jurídico constituem realidades exercitáveis e exigíveis, posto que inexiste óbice capaz de lhe sobrestar ou lhe retardar a eficácia. 
  Enquanto não advier o acontecimento incerto e futuro, projetam-se na esfera jurídica os efeitos do negócio ou ato jurídico, razão pela qual se materializam os direitos albergados na relação jurídica. Percebe-se, assim, que, contrariamente, ocorre na condição suspensiva, pela qual os efeitos do ato ou negócio jurídico ficam suspensos ou represados, somente sendo liberados com a ocorrência do acontecimento futuro e incerto. 
  Na pendência da condição resolutiva, os direitos enfeixados no negócio ou ato jurídico têm a natureza própria e, enquanto não se consumar o acontecimento futuro e incerto, independente. Em reforço, traga-se à colação o art. 127 do Código Civil, segundo o qual ‘‘se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o negócio jurídico, podendo exercer-se desde a conclusão deste o direito por ele estabelecido’’ (6). 
  Embora lhe sobrecarregue uma condição, o negócio ou ato jurídico germina no curso da normalidade e fermentado na eficácia da vontade que o produziu, como se empeço algum lhe entravasse o desenvolvimento, em tantos ciclos quantos forem possíveis, os quais se esgotam com a consumação do acontecimento futuro e incerto. No caso, válido o negócio ou ato jurídico, se exerce o direito albergado e alvejado, realidade que persiste até o momento em que se concretize o acontecimento futuro e incerto. 
  Portanto, agrega-se à condição resolutiva a particularidade de que se adquirem e se exercem direitos, mas que, se houver o evento futuro e incerto, malgrado tenham decorrido no curso da eficácia e da vigência do negócio ou ato jurídico, extinguem-se, como se fossem secundários e transitórios. 
  Ora, dispõe o art. 128 que ‘‘sobrevindo a condição resolutiva, extingue-se, para todos os efeitos, o direito a que ela se opõe; mas, se oposta a um negócio de execução continuada ou periódica, a sua realização, salvo dispondo em contrário, não tem eficácia quanto ao atos já praticados, desde que compatíveis com a natureza da condição pendente e conforme aos ditames da boa-fé’’. Sucede que o direito não se incorpora ao patrimônio da pessoa contra quem se operou a condição resolutiva.
Art. 124. Têm-se por inexistentes as condições impossíveis, quando resolutivas, e as de não fazer coisa impossível.
Art. 127. Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o negócio jurídico, podendo exercer-se desde a conclusão deste o direito por ele estabelecido.
Art. 128. Sobrevindo a condição resolutiva, extingue-se, para todos os efeitos, o direito a que ela se opõe; mas, se aposta a um negócio de execução continuada ou periódica, a sua realização, salvo disposição em contrário, não tem eficácia quanto aos atos já praticados, desde que compatíveis com a natureza da condição pendente e conforme aos ditames de boa-fé.
Art. 130. Ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, é permitido praticar os atos destinados a conservá-lo.
Art. 135. Ao termo inicial e final aplicam-se, no que couber, as disposições relativas à condição suspensiva e resolutiva.
Condição Suspensiva
    Condição que suspende os efeitos do ato jurídico, durante o período em que determinado evento não ocorre. 
Condição suspensiva — Em condições normais e ordinárias, ao manifestar ou declarar uma vontade, o agente intenta alcançar um resultado que lhe proporcione uma satisfação de natureza patrimonial ou moral, juridicamente tutelada, situação em decorrência da qual os efeitos do ato ou do negócio jurídico, imediatamente, concretizam-se. No entanto, consente a lei que os efeitos do ato ou negócio jurídico precipitem-se na esfera jurídica apenas com o advento de um acontecimento futuro e incerto. 
  Condicionam-se os efeitos que se acomodam sem liberarem, ainda, direitos e obrigações, posto que se acham suspensos. Define-se, pois, por condição suspensiva aquela que dispõe da qualidade jurígena para obstar a que os efeitos do negócio ou o ato jurídico habilitem-se, logo que engenhado, a irradiar eficácia. 
  Pela condição suspensiva, protrai-se o efeito do negócio ou ato jurídico, o qual somente se libera com a concretização ou a realização do acontecimento futuro e incerto. O agente que confecciona a condição suspensiva emite uma vontade clara e compreensível, por força da qual impõe a procrastinação do efeito do negócio ou ato jurídico, submetendo-o à acomodação da paralisia, até que ocorra o evento que o põe em movimento. Se a condição não ocorrer, represa-se, definitivamente, o efeito do negócio jurídico. 
  Aqui não se trata de condição que se contaminou por um impedimento — de natureza legal, moral, física ou intelectiva —, e sim de acontecimento que poderia ter ocorrido, mas que não eclodiu na esfera fático-jurídica, simplesmente porque se cercava de futuridade e incerteza. 
  Veio o futuro, mas não veio o evento a cuja ocorrência se submetia o efeito do negócio ou ato jurídico (1). Infere-se, por conseguinte, que, na condição suspensiva, faz-se dependente a eficácia do negócio jurídico, com os respectivos consectários, à implementação ou concretização do evento. 
  Colhem-se os efeitos desde que ocorra o evento, posto que a sua ocorrência é a condição para que se liberem as energias jurídicas retidas no ato ou no negócio jurídico (2). 
  Cumpre assinalar que a conseqüência da inocorrência da condição suspensiva é a de não se adquirir o direito (3), que se achava no plano da expectativa, sob o aguardo de que o evento futuro e incerto ocorresse. É nesse sentido que se extrai a compreensão do art. 125 do Código Civil, segundo o qual ‘‘subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à condição suspensiva, enquanto esta se não verificar, não se terá adquirido o direito, a que ele visa’’. 
  Admite o Código Civil que a pessoa estabeleça, à par da existente, uma nova disposição sobre um bem, que se acha sob o regime de condição suspensiva. Leia-se o art. 126 do Código Civil: ‘‘Se alguém dispuser de uma coisa sob condição suspensiva, e, pendente esta, fizer quanto àquela novas disposições, estas não terão valor, realizada a condição, se com ela forem incompatíveis’’ (4). Para que seja válida a nova disposição, impõe-se que a condição velha, agora realizada, veja-se recepcionada pela condição nova. 
  Portanto, a nova disposição não terá valor se for incompatível com a condição velha concretizada e realizada, que tem a primazia e, pois, subiste à derradeira, invalidando-a. Anote-se, em derradeiro, que a incompatibilidade que torna imprestável e inválida a disposição nova em face à condição existentepode ser de ordem jurídica ou de ordem física. 
  Cabe aditar que se houver entre a condição anterior e a condição posterior incompreensibilidade e contradição, sobrevém a inferência incensurável de que a disposição nova sucumbe. Por força da incompatibilidade, constatam-se, pois, a impossibilidade jurídica, a impossibilidade física, a incompreensibilidade ou a contradição, em decorrência das quais se invalida apenas o negócio jurídico (5) secundário, haja vista que o negócio jurídico primevo resiste incólume.
Art. 123. Invalidam os negócios jurídicos que lhes são subordinados:
I - as condições física ou juridicamente impossíveis, quando suspensivas;
Art. 125. Subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à condição suspensiva, enquanto esta se não verificar, não se terá adquirido o direito, a que ele visa.
Art. 126. Se alguém dispuser de uma coisa sob condição suspensiva, e, pendente esta, fizer quanto àquela novas disposições, estas não terão valor, realizada a condição, se com ela forem incompatíveis.
Art. 131. O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito.
Art. 136. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva.
AS MODALIDADES DOS ATOS JURÍDICOS.
A cláusula que subordina o efeito do ato jurídico e evento incerto e futuro, denomina-se condição, as quais podem ser lícitas elícitas e potestativas.
São lícitas todas as condições que a lei expressamente não vedar.
As condições impossíveis são tidas por inexistentes, se a impossibilidade for física. Se juridicamente impossível tornam inválidos os atos a elas subordinados.
Em caso de condição suspensiva, enquanto esta não se verificar, inviabiliza a aquisição do direito a que este tem em vista.
Em caso de condição resolutiva, não se realizando esta, vigirá o ato jurídico, exercível a partir do momento deste o direito por ele estabelecido. Uma vez verificada a condição fica extinto o direito a que a mesma se opõe.
Considera-se porém ocorrida a condição relativamente aos efeitos jurídicos, caso tenha sido obstado pela parte a quem a mesma desfavorecer.
Na condição suspensiva aguarda-se o acontecimento de algo, um evento futuro e incerto. Ex: doar apartamento a fulano se ele passar no vestibular. Difere da condição resolutiva. Enquanto na condição resolutiva o evento futuro e incerto faz o negócio jurídico extinguir , , na suspensiva o evento futuro e incerto inicia ,faz acontecer o N. J.Ex Condição resolutiva: pago a você uma pensão enquanto estiver na faculdade.
CLASSIFICAÇÃO ESPECIAL DAS OBRIGAÇÕES
QUANTO AO ELEMENTO ACIDENTAL 
a) Obrigação condicional 
b) Obrigação a termo 
c) Obrigação Modal 
Termo:
Termo é todo evento futuro e certo ao qual ficam subordinados os efeitos decorrentes do negócio jurídico. Aliás, a diferença básica entre termo e condição é justamente a certeza do acontecimento futuro que, no caso do termo, deve existir necessariamente.
Nos negócios a termo é comum o aparecimento de um termo inicial, que corresponde ao dia em que o negócio começará a produzir seus efeitos ordinários. Possui, portanto, características suspensivas, pois deixa os efeitos do ato suspensos até a chegada da data acordada pelas partes. Contudo, o termo inicial não corresponde ao dia em que os direitos das partes serão adquiridos, e sim, ao marco inicial para a possibilidade do exercício destes direitos, estes existindo desde a formação do ato. É o que encontramos disciplinado no art. 123 do Código Civil.
Também é comum o advento do chamado termo final, que nada mais é do que o dia marcado pelas partes para o rompimento dos efeitos jurídicos do negócio, possuindo, com efeito, características resolutivas.
Prazo é o lapso de tempo existente entre o termo inicial e o final. Assim, quando alguém compra um automóvel e divide o pagamento em prestações, o termo inicial corresponderá ao dia acordado para o pagamento da primeira prestação e o termo final à data para a efetuação da última parcela, sendo o prazo o tempo que decorrer entre a primeira prestação e a última.
Obrigação a termo
Obrigação a termo é aquela em que as partes subordinam os efeitos do ato negocial a um acontecimento futuro e certo. Termo é o dia em que começa ou se extingue a eficácia do negócio jurídico.
Código Civil
Art. 131. O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito. 
Art. 135. Ao termo inicial e final aplicam-se, no que couber, as disposições relativas à condição suspensiva e resolutiva.
No que se refere à exigibilidade das obrigações à termo, não havendo prazo específico estabelecido desde logo é exigível.
Código Civil
Art. 134. Os negócios jurídicos entre vivos, sem prazo, são exeqüíveis desde logo, salvo se a execução tiver de ser feita em lugar diverso ou depender de tempo.
Art. 333. Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de vencido o prazo estipulado no contrato ou marcado neste Código: 
I - no caso de falência do devedor, ou de concurso de credores; 
II - se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por outro credor; 
III - se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as garantias do débito, fidejussórias, ou reais, e o devedor, intimado, se negar a reforçá-las. 
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, se houver, no débito, solidariedade passiva, não se reputará vencido quanto aos outros devedores solventes.
Obrigação modal
Para Venoza apud Serpa Lopes (2004:154), as obrigações modais são as que se encontram oneradas com um encargo que impõe ao onerado o dever de empregar todos os parte dos bens recebidos pela maneira e com a finalidade indicada pelo instituidor, ou de dar, fazer ou não fazer alguma coisa, de tal sorte que, se não existisse essa cláusula assessória, o onerado não estaria vinculado a qualquer prestação, em razão da natureza gratuita do ato.
Obrigação modal é aquela que se encontra onerada com um modo ou encargo, isto é, por cláusula acessória, que impõe um ônus à pessoa natural ou jurídica contemplada pela relação creditória.
Como exemplos temos:
A doação de um imóvel na condição do beneficiário quitar os tributos em atraso.
A doação de um terreno de modo que nele seja construída uma cheche para crianças carentes.
Código Civil
Art. 136. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva. 
Art. 137. Considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, salvo se constituir o motivo determinante da liberalidade, caso em que se invalida o negócio jurídico. 
Art. 553. O donatário é obrigado a cumprir os encargos da doação, caso forem a benefício do doador, de terceiro, ou do interesse geral. 
Parágrafo único. Se desta última espécie for o encargo, o Ministério Público poderá exigir sua execução, depois da morte do doador, se este não tiver feito. 
Art. 555. A doação pode ser revogada por ingratidão do donatário, ou por inexecução do encargo.
Art. 562. A doação onerosa pode ser revogada por inexecução do encargo, se o donatário incorrer em mora. Não havendo prazo para o cumprimento, o doador poderá notificar judicialmente o donatário, assinando-lhe prazo razoável para que cumpra a obrigação assumida.
Modo ou Encargo:
Modo é a determinação acidental que, quando aparece no negócio, restringe o direito ou as vantagens auferidas por uma das partes, na medida que institui uma ou mais obrigações ao adquirente do direito, em favor da outra parte, de terceiros ou de uma generalidade de pessoas. Geralmente aparece nos chamados negócios graciosos como a doação e o testamento ou legado. Apresenta-se sob a forma de um compromisso ou uma prestação imposta à parte beneficiada pelo negócio e que deve ser observada, sob pena do desfazimento do ato. Portanto, um dos efeitos do aparecimento de uma cláusula modal num negóciogracioso é justamente a sua compulsoriedade. Sendo assim, quando se trata de doações, o art. 1180 do Código Civil institui que "o donatário é obrigado a cumprir os encargos da doação, caso forem a benefício do doador, de terceiro, ou do interesse geral." Por ex., um empresário pode doar uma quantia em dinheiro para um hospital, porém, instituindo que 80% deste valor seja empregado no tratamento do câncer. Dessa forma, o hospital terá que satisfazer o desejo do doador, podendo aplicar os 20% restantes onde lhe convier.
O modo, entretanto, é diferente da condição, na medida em que esta suspende a aquisição do direito até que se realize determinado evento (condição suspensiva), porém, ao ser adquirido, o direito torna-se pleno. Ao passo que, ao contrário da condição, o encargo permite a aquisição do direito desde a formação do ato, porém restringindo-o a uma determinada obrigação que deve ser observada pelo adquirente.
BIBLIOGRAFIA 
AZEVEDO, Álvaro Villaça. Curso de Direito Civil: Teoria Geral das 
Obrigações, 5ª ed. São Paulo: Ed. RT, 1994 
GAGLIANO, Pablo Stolze: Novo Curso de Direito Civil, vol. III: 
Obrigações/Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho – 7ª ed. Ver. 
Atual. e reform. – São Paulo: Saraiva, 2006. 
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro, vol 2: teoria 
Geral das Obrigações/ Carlos Roberto Gonçalves – São Paulo: Saraiva, 
2004. 
RODRIGUES, Sílvio. Direito Civil: Parte Geral das Obrigações. 30ª e. 
São Paulo. Saraiva, 2002. 
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil. Teoria Geral das Obrigações e 
Teoria Geral dos Contratos. 3ª ed. São Paulo: Atlas 2003. 
ARNOLD, Wald - Curso de Direito Civil Brasileiro. Ed. Revista dos Tribunais, São Paulo, 1995 8ª Edição.

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