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[ELE diz]
SUBMISSO E SATISFEITO
Por: Larry
Geralmente, abordamos as mulheres quando falamos de submissão. Existe uma razão para isso, e não é porque a mulher se rebela mais do que o homem. A razão principal é que os homens são, na maioria das vezes, 
aqueles que pregam os sermões sobre submissão. Portanto, toma-se lógico que 
os homens queiram desviar a atenção deles mesmos, certo? Por vontade própria, 
quais pregadores gostariam de incriminar-se? A resposta seria: “ Não muitos” . 
Assim, com a finalidade de abordar o inabordável, remeterei este discurso so­
mente aos destinatários do sexo masculino. Então, mulheres, sentem-se, aprovei­
tem e regozijem. Deem um “ toca aqui” com alguém ao seu lado, mas, por favor, 
não acotovele ninguém.
Vários anos atrás, uma piada foi feita pelas igrejas sobre um homem que 
ouviu pela primeira vez uma pregação sobre submissão. Ele aprendeu como 
sua esposa deveria sujeitar-se imediatamente à sua autoridade. Maravilhado, 
ele foi para casa para instruir a esposa na mais nova doutrina e para colocar 
o casamento em ordem. Após fazer sua queixa à esposa, ele não a viu mais 
por algum tempo. Então, após quase duas semanas, ele a viu novamente, 
contudo, com apenas um dos olhos. Você está rindo? Tenho certeza de que 
todas as mulheres disseram “ amém!” , e os homens disseram “ pobre de mim” .
A SUBMISSÃO BÍBLICA
0 ensino b íblico sobre submissão, ao contrário do que tem vindo dos 
púlpitos nas últimas três décadas, é um princípio que está relacionado 
tanto ao homem com o à mulher, porque a Bíblia diz para nos sujeitarmos 
uns aos outros.
Para explorar profundamente a ideia de submissão, precisamos dar uma 
olhada no oposto a ela — a autoridade. Este assunto retoma um pouquinho a
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questão do controle, mas a autoridade é muito mais do que simplesmente ser 
a cabeça do lar enquanto dá liberdade à sua esposa. Vamos levar em con­
sideração a definição da verdadeira autoridade bíblica e identificar o que a 
autoridade não é.
A autoridade pode dar vida ou devastar a de alguém. A autoridade opres­
siva, unilateral, supressiva e ditadora é má, antibíblica e profana. Mas a 
exercida de forma apropriada é um modelo organizacional libertador, produ­
tivo, bem-sucedido e altamente eficiente.
A AUTORIDADE DEMONÍACA
O mau uso da autoridade pode tornar-se demoníaco. Ao longo dos séculos 
da civilização humana, os ditadores abusaram da autoridade e abriram uma 
porta para a atividade de Satanás. Por favor, perceba que o que distingue a 
autoridade de Satanás da do Espírito Santo é o ódio do diabo à submissão. 
Satanás exige submissão dos seus súditos, mas ele resiste sujeitar-se às ou­
tras autoridades, principalmente à de Jesus. 0 diabo sabe que a autoridade 
bíblica exigiria que ele também se sujeitasse ao senhorio de Cristo.
Satanás odeia a doutrina da submissão. Quando ensinamos esse assun­
to, não é de se admirar que ele incentive resistência e oposição ao tema. A 
submissão é o que impede que a autoridade se torne algo maligno. 0 diabo 
precisa desesperadamente de autoridade, mas não de submissão. Talvez al­
guém deva dizer a Satanás e seus súditos que eles se sujeitarão tanto nessa 
vida como na próxima; mas se sujeitarão ao final.
Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um 
nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre 
todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, 
e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de 
Deus Pai. Filipenses 2.9-11
Você vê como é importante para quem exerce autoridade estar debaixo dela? 
Jesus a tinha, porque se sujeitava à autoridade do Pai. E você a tem, porque se 
sujeita a Jesus e àquele que tem autoridade sobre você. Sua esposa e filhos têm 
autoridade quando se sujeitam à sua.
É perigoso para um líder exercer autoridade sem submeter-se à liderança. 
0 arreio da submissão beneficia líderes e liderados, pois isso produz quebranta­
mento, humildade e compaixão, que geram um bom líder. Porém, o mais impor­
tante: se um líder não se mantém submisso a uma autoridade superior, ele corre 
o risco de abusar de sua própria autoridade e de também perdê-la.
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Submisso e Satisfeito
A submissão é essencial para a liderança eficiente. Um coração 
submisso é igual a um obediente e rendido. A submissão que vem de uma 
atitude subserviente e relutante à autoridade destrói a eficácia da submissão. 
Este tipo de atitude aniquila o sucesso do líder. “ Oh, acho que serei submis­
so se for obrigatório” não corresponde à sua autoridade, nem move a mão 
de Deus, que conhece seu coração e consegue reconhecer suas motivações 
impuras.
A autoridade religiosa, exercida sob a direção bíblica, deve ser o objetivo 
final de todos os líderes. Cada um deles deve ser completamente submisso 
aos que estão acima dele. Os líderes que não se sujeitam aos outros irão, por 
fim, fracassar.
A submissão é uma ideia divina. A palavra submissão é um termo militar 
que significa “ colocar-se debaixo de quem possui um nível acima do seu” . A 
palavra grega hupotasso vem da palavra hupo, uma preposição que significa “ de­
baixo” , e tasso, um verbo que quer dizer “ organizar de forma ordenada” . Cada 
um no exército de Deus deve alinhar-se sob alguém. [Por exemplo,] se você é um 
tenente, deve alinhar-se sob o capitão. Do mesmo modo, os capitães sujeitam-se 
aos majores, que se sujeitam aos coronéis, que se submetem aos generais. Todos 
no exército de Deus começam como soldados, os quais se sujeitam a todos! Con­
tudo, todos devem alinhar-se diante do Senhor para honrar Sua autoridade. Deus 
não se move coletiva ou individualmente até que todo mundo se alinhe e mova-se 
conforme Sua posição prescrita.
A submissão não é uma questão de gênero sexual, de acordo com 
as Escrituras. Todos devem sujeitar-se à autoridade, ou não podem tê-la. E 
uma regra simples. Memorize-a. Você não pode estar acima até que esteja 
abaixo.
• Jesus se sujeitou aos Seus pais (Lc 2.51).
• Os demônios se sujeitavam aos discípulos (Lc 10.17-20).
• Israel pecou por não se sujeitar à justiça de Deus (Rm 10.3).
• Os cristãos devem sujeitar-se a todas as formas de autoridade 
(Rm 13.1).
• Os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas (1 Co 14.32).
• Os cristãos devem sujeitar-se uns aos outros (Ef 5.21).
• As esposas devem sujeitar-se aos maridos (Ef 5.22; Cl 3.18; Tt 2).
• A Igreja se sujeita a Cristo (Ef 5.24).
• Os servos devem sujeitar-se aos seus senhores (empregados e pa­
trões) (Tt 2.9).
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• 0 mundo todo deve submeter-se a Cristo (Hb 2.5).
• Todos se sujeitam ao Pai dos espíritos (Hb 12.9).
• Os crentes devem submeter-se à autoridade espiritual (Hb 13.17).
• Os crentes devem sujeitar-se a Deus antes de resistir ao diabo (Tg 4.7).
• Toda a humanidade se submete àqueles que exercem autoridade 
sobre ela (1 Pe 2.13).
• Os anjos e as autoridades se sujeitam a Cristo (1 Pe 3.22).
• 0 jovem deve sujeitar-se ao ancião (1 Pe 5.5).
A submissão não é uma questão de 
gênero sexual.
A submissão é a maneira como Deus libera os líderes. Quan­
do estes se submetem à maneira de Deus, eles se movem em direção a 
liberação da autoridade apropriada e saudável. Ainda mais importante, 
o Senhor escolheu esse método para alinhar o universo inteiro sob a lide­
rança e a autoridade de Seu Filho, Jesus Cristo. A submissão é uma ideia 
de Deus; portanto, é ótima. Devemos aceitá-la com alegria. 0 Senhor não 
nos chama para sermos submissos a fim de fazermo-nos miseráveis; pelo 
contrário, Ele nos chama à submissão para que libere Sua plena autori­
dade sobre nós. Deus usa nossa submissão para que tenhamos êxito em 
nossa posição de autoridade.
Isso me leva a uma pergunta investigativa direcionada aos maridos, 
pais, patrões, pastores e líderes de todo tipo: pessoalmente, você se su­jeita à autoridade? Se não, você permanece vulnerável, desprotegido e 
ineficiente, pois você só é eficiente quando está debaixo de autoridade. 
Você não tem o direito de esperar submissão daqueles que lidera se não 
se sujeitar à autoridade. Muitas vezes, os maridos exigem submissão das 
esposas, mas eles não a praticam.
Felizmente, durante os primeiros anos do nosso casamento, Deus e minha 
esposa me deram graça suficiente, até que aprendi como exercer de maneira 
correta a autoridade. Porém, demorou certo tempo. Falhei com os outros e fui 
um pouco grosseiro durante o processo; às vezes, magoando minha esposa, 
família e a congregação. Sinceramente tentei liderar, mas eu fazia sem estar 
debaixo de autoridade. Eu a exercia sem submeter-me.
Porque, ainda que eu me glorie mais alguma coisa do nosso poder, o
qual o Senhor nos deu para edificação e não para vossa destruição,
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Submisso e Satisfeito
não me envergonharei, [...] o poder que o Senhor me deu para edifica­
ção e não para destruição. 2 Coríntios 10.8; 13.10b
Minha própria submissão à autoridade vacilou em certos momentos quan­
do eu era mais jovem. Quando eu tinha cerca de 12 anos de idade, aprendi 
uma lição muito valiosa sobre submissão. Meu pai, que passou quase toda 
sua vida adulta trabalhando como capataz para diversas vinhas da Califórnia, 
tirou uma tarde para plantar algumas videiras em nosso quintal.
Como de costume, ele me recrutou para ajudá-lo. Depois de cavar um 
buraco para colocar a parreira, ele me pediu para lhe entregar a cavadeira. 
Eu não fazia ideia que minha resposta teria sérias repercussões: “ Vá, você, 
buscar” , disse eu. Sem dizer uma palavra, papai desceu da videira, caminhou 
até a cavadeira e pegou-a. Logo em seguida, eu entendi. Sem aviso, meu pai 
perdeu as estribeiras, e eu saí correndo pelo quintal.
Eu quero que saiba que entendi! De várias maneiras, entendi. Realmente 
compreendi o significado da submissão; e isso, em primeira mão. Você acredi­
taria que até hoje, eu nunca mais disse a ninguém: “ Vá, você, buscar” ? Com 
a pancada firme de uma cavadeira, aprendi a lembrar do valioso princípio 
da submissão. Se você for submisso, as bênçãos virão; mas, se não for, os 
castigos virão.
0 versículo 22, o mais citado do capítulo 5 de Efésios, instrui as mulhe­
res a sujeitarem-se aos maridos. No entanto, o versículo imediatamente an­
terior a este fornece o contexto para todas as passagens que se seguem sobre 
casamento. Paulo instrui, no versículo 21, a sujeitarem-se uns aos outros no 
temor de Deus. Entenderam, homens? Antes de exigir a submissão da espo­
sa, vocês precisam sujeitar-se um ao outro.
Sua submissão libera Deus para lhe abençoar.
Devi e eu acreditamos piamente no princípio da submissão. Ela se sujeita 
a mim, e eu, a ela. E o que determina nossa submissão nem sempre é uma 
questão de quem está certo. Na verdade, raramente é. Nenhum de nós age 
com uma atitude cabisbaixa, de mãos na cintura, de “ Ok, você está certo. 
Eu vou me sujeitar” . Muitas vezes, não queremos honrar a outra pessoa por 
termos de abrir mão de nossos próprios desejos. Posso honrar Devi, deixando 
de lado minha própria agenda e buscando cumprir a dela.A submissão não 
é uma desistência forçada para manter a paz; pelo contrário, é uma decisão 
para ceder à sabedoria do outro. Você e seu cônjuge precisam entender que a 
autoridade de vocês como líderes nunca enfraquece por vocês se sujeitarem 
um ao outro. Na verdade, ela é fortalecida.
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Sem dúvida, uma das histórias mais comoventes sobre submissão vem 
do encontro de Jesus com o centurião romano, uma história encontrada na 
Bíblia, no capítulo 8 do Evangelho de Mateus. Esse centurião possuía au­
toridade sobre mais de 100 soldados, mas ele reconheceu e sujeitou-se à 
autoridade de Jesus. Cristo, por sua vez, deixa muito claro ao centurião que, 
por causa da vontade dele de sujeitar-se à autoridade, seu servo seria cura­
do, sua fé seria notada em Israel, e ele seria incluído como gentio no Reino 
de Deus. Isso não é uma recompensa ruim por fazer apenas uma coisa, ou 
seja, sujeitar-se à autoridade. Você também pode receber uma recompensa 
igualmente grande.
Confie em mim. Não, melhor ainda, confie na Palavra de Deus. Sua sub­
missão libera Deus para lhe abençoar.
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[ELA diz]
O
SUBMISSA E SATISFEITA
Por: Devi
Intriga-me o fato de que as pessoas tenham tanta dificuldade em aceitar o con­ceito de submissão — dificuldade tal que raramente abordam o tópico de forma direta. Talvez seja porque cresci em uma família em que minha mãe respeitava 
meu pai. Agora, não entenda mal, não pense que minha corajosa mãe se compor­
tava de maneira passiva e permissiva, como uma mulher necessitada, que nunca 
se impunha. Não era esse o caso. Minha mãe trabalhava fora, ajudava a pagar as 
contas e administrava o orçamento familiar. E, evidentemente, ela amava meu 
pai, honrava-o e era submissa a ele. Todos nós sabíamos quem era o chefe.
0 dinheiro ficava com meu pai - não porque ele ficava dando ordens o 
tempo todo, mas porque ele era o papai. Nunca existiu a opção de sujeitar- 
-se ou não. Honrávamos o papai fazendo o que ele mandava; e não apenas 
fazíamos o que ele mandava, mas também cozinhávamos sua refeição favorita 
e suportávamos jogos intermináveis de baseball no rádio e na televisão. Não 
fazíamos essas coisas porque ele nos forçava, mas porque o amávamos.
A educação que recebi quando era moça incutiu em mim o respeito pela 
autoridade. Eu obedecia naturalmente aos meus professores na escola, e 
mais tarde em minha vida, eu obedecia aos meus patrões e fazia o que eles 
mandavam. Quando me apaixonei por Larry, eu reagia da mesma forma sub­
missa. Porém, em relação a ele, tive um pouco de dificuldade de honrá-lo do 
mesmo jeito que eu fora acostumada com meu pai.
UMA QUESTÃO DO CORAÇÃO
A submissão não é apenas um gesto de obediência, ou seja, fazer o que 
alguém manda; é uma atitude de coração de amor e respeito, que honra os 
outros como mais importantes que você. Isso vem naturalmente quando você 
aprende a respeitar as autoridades. Entretanto, se quando criança você po-
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dia desobedecer e conseguia as coisas do seu jeito; discutia até seus pais se 
dobrarem às suas exigências, você terá de trabalhar para desenvolver um 
coração submisso.
Não devemos ter medo da submissão. Não perdemos nossa identidade ou 
valor próprio quando nos sujeitamos; na verdade, revelamos ter força [quan­
do fazemos isso]. Um coração submisso não tem de afirmar a si mesmo. Você 
não tem de provar seu ponto de vista e mostrar que tem razão, não permitindo 
que os outros tenham razão.
Quando decidimos viver com um espírito rendido e submisso, discutire­
mos menos. Se tivermos razão, não teremos de provar isso; a razão, no final 
das contas, prova a si mesma. E se não temos razão, a submissão nos protege; 
nossos eixos não irão consumir-nos. Uma pessoa com um coração submisso 
até permite que os outros estejam errados, sem amontoar sobre eles vergonha 
ou culpa.
Uma vez, escutei um grupo de mulheres discutir esse tópico. Ouvi várias 
delas darem ênfase à importância de concordar, em vez de se sujeitarem a um 
relacionamento matrimonial. Uma delas concordou com os comentários so­
bre a igualdade entre homens e mulheres. Curiosamente, percebi que o tom 
de suas vozes mudava quando elas mencionavam a palavra sujeitar. Falavam 
com tonalidade de repulsa, desaprovação e defesa; suas atitudes podiam ser 
resumidas em desafiadoras.
Essas mulheres não eram maltratadas, nem seus maridos as tratavam com 
infidelidade e insensibilidade. Elas eram líderes religiosas - graduadas, in­
dependentes, pensadoras, leitoras da Bíblia, e frequentavam as reuniões de 
oração. Contudo, nossa cultura também influenciou a mentalidade delas. Es­
sas mulheres, não querendoser fracas, certamente não seguiriam a iniciativa 
dos maridos sem enxergar nisso uma concessão, chamando isso de acordo.
Esposas, permitam que seu marido dê o primeiro passo e siga as suges­
tões e ideias dele. Ouça o ponto de vista dele e dê-lhe suporte em seu modo 
de pensar, sem sempre tentar mudar a perspectiva dele. Se ele tem um jeito 
diferente do seu, mas isso a levará ao mesmo destino pretendido, honre-o 
fazendo as coisas do jeito dele. Ele fará o mesmo por você.
COMO DISCORDAR DE FORMA AGRADÁVEL
Você pode perguntar: “ Mas, e se não concordarmos?” Deixe-me escla­
recer. Um coração submisso não é sempre uma voz silenciosa, mas, sim, al­
guém que respeita o próximo o suficiente para expressar com segurança uma 
opinião diferente com autocontrole, comunicação articulada e embasamento 
para seu ponto de vista, [além de] usar uma abordagem diplomática. Quando
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Submisso e Satisfeito
dizemos o que pensamos, podemos entrar em uma discussão que levará a um 
bate e volta de ideias e filosofias; e neste ponto, tanto o marido como a mulher 
testam o coração submisso.
Pergunte a si mesma:
• “ Estou fora de controle com minhas emoções?”
• “ Pretendo mostrar ao meu marido que ele não tem razão?”
• “ Para mim, é importante fazer as coisas do meu jeito?”
Se você respondeu sim a uma dessas perguntas, você perde, mesmo que ven­
ça. Entretanto, se chegar a um impasse, Deus providenciou um juiz em Sua Pa­
lavra. Ele deseja que nos sujeitemo-nos uns aos outros; contudo, o capítulo 5 de 
Efésios diz: Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor (Ef 5.22).
Uau! Mas, e se ele não tiver razão? Digo que isso definitivamente vai 
acontecer. Eu já tive a resposta certa que Larry jamais ouviria, mas, mesmo 
assim, eu me sujeitei à sua decisão, e isso estava errado? Sim. Qual foi o 
resultado? Vivemos em harmonia, não com o objetivo de apontar o dedo para 
provar quem tinha razão ou não, mas pretendemos viver em unidade. Quando 
me sujeito e ele não tem razão, vivemos juntos as consequências da decisão 
errada, mas Deus nos honra no processo. Larry aprende a lição, e eu vivo em 
unidade e amor com meu marido.
Esposas, permitam que seu marido dê 
o primeiro passo e siga as sugestões e 
ideias dele.
0 jogo muda. Larry também já se sujeitou a mim quando o pressionei 
para ver minha sabedoria. Lembro-me de um caso em que minha sabedoria 
provou ser uma persuasão motivada pelo egoísmo e pela tolice. Para fazer do 
meu jeito, Larry cedeu e violou seu bom senso de juízo. No momento, parecia 
mais um acordo, pois, na verdade, ele se sujeitou a mim em vez de eu me 
submeter a ele. Até hoje, quando estamos prestes a descobrir que tomamos 
uma decisão errada, admitimos isso juntos. Assim, não culpe um ao outro, 
arrependam-se e fiquem unidos.
Deus não está tão preocupado se você tem razão ou não; Ele procura 
um coração humilde e contrito - um coração rendido e submisso um ao 
outro e a Ele.
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E L E D I Z , E L A D I Z
Lutamos contra o quê? Submissão ou autoridade? Na liberação das mu­
lheres, ficamos ressentidas pelo fato de outros nos dizerem o que fazer? Nos­
so esforço de controlar nossa própria vida sempre nos leva a controlar a dos 
outros também? Alguém pode dizer: “ Meu marido não tem autoridade so­
bre mim; compartilhamos em igual parceria. Não me sujeitarei à autoridade 
dele” .
Sim, vocês são igualmente valiosos, mas vocês dois não são o “primeiro 
da fila” no casamento. A Palavra de Deus claramente declara que, no ca­
samento, o marido é “ a cabeça da esposa” . Nenhum governo, corporação, 
igreja ou família trabalha de forma eficiente quando são liderados por dois 
presidentes. Todas as instituições têm um único presidente - a cabeça, que 
autoriza todos os colegas a atingirem as metas em unidade.
Vamos falar sobre autoridade e como isso afeta nossa vida.
A AUTORIDADE É UNIVERSAL
A autoridade está em toda parte, e seu princípio entra em ação no mo­
mento em que nascemos. 0 espírito humano deve render-se à autoridade, 
se não, não conseguirá viver em paz. E quando resistimos a ela, vivemos 
insatisfeitos e miseráveis. A submissão à autoridade traz segurança e conten­
tamento para nossa alma. Ela nos libera, em vez de prender-nos.
Resistir à autoridade atrai muita energia negativa. Pense na criança que 
decide desobedecer. Resistir à súplica do pai do “venha aqui” gasta muita 
energia. A criança foge, e quando os pais a encontram, ela briga, resiste, tem 
um ataque de fúria, chora e, por fim, termina em exaustão. Sujeitar-se teria 
sido bem mais fácil e mais recompensador.
Deus não está tão preocupado se você 
tem razão ou não, Ele procura um coração 
humilde e contrito - um coração rendido e 
submisso um ao outro e a Ele.
Desde que a autoridade é uma lei universal, quem sou eu para pensar 
que posso desafiar essa lei e ainda experimentar o resultado positivo que este 
princípio absoluto gera? Um princípio fundamental não tem exceções. As­
sim, da mesma forma, qual cientista tentaria provar que a lei da conservação 
de energia tem exceções? Simplesmente não existem exceções! [Então,] por 
que eu ainda ia querer tentar desaprovar um princípio universal?
Logo, respeitar à autoridade e submeter-me a ela, quer seja um guarda de
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Submisso e Satisfeito
trânsito, a Receita Federal, o órgão público ou o meu marido, traz satisfação 
e paz para minha vida. Isso remove meu esforço, o uso da energia negativa e 
protege-me de ser governada pelo meu coração por meio de emoções negati­
vas, como medo, ira, ofensa e amargura.
Recentemente, mudamo-nos para nossa nova casa, e eu quis fazer um novo 
canteiro para plantar uma fileira de arbustos de buxo aparados, alinhando o ca­
minho até nosso quintal. Para essas plantações se alinharem corretamente ao 
portão, o caminho precisava invadir os limites da propriedade do vizinho em 
quase dois metros quadrados. Pedi permissão a ele para fazer isso.
Toda vez que pedir permissão a alguém para fazer alguma coisa, prepare- 
-se para submeter-se à resposta dele. Eu estava totalmente motivada para 
valorizar nosso jardim em um estilo de jardinagem elegante e formal. No 
entanto, quando pedi permissão, estipulei que concordaria com a decisão 
de meus vizinhos, quer fosse sim ou não, mas eu realmente pensei que eles 
dariam uma única resposta: “ Sim” .
Porém, passou a tarde e eles responderam que não queriam que eu me 
intrometesse nem um centímetro sequer nos limites da propriedade deles. 
Minha pergunta lhes deu autoridade sobre mim. Assim, encarei as decisões 
de sujeitar-me a eles, honrá-los e não guardar ressentimentos; ou de subme­
ter-me, pensar na insensibilidade deles cada vez que os visse e criar uma 
barreira de comunicação em nosso relacionamento.
A submissão à autoridade traz segurança 
e contentamento para nossa alma.
Ao longo da vida, quase diariamente, enfrentamos uma infinidade 
de oportunidades para sujeitarmo-nos e ficarmos satisfeitos, para sujei­
tarmo-nos e ficarmos ressentidos, ou até para fazermos inimigos por não 
nos sujeitarmos e fazermos [as coisas] do nosso jeito. Escolher sujeitar- 
-se e respeitar a autoridade da outra pessoa nos liberta e permite-nos 
colher os frutos de uma vida pacífica . Não existe estilo de jardinagem 
algum que seja digno de criar um relacionamento desconfortável com 
meus vizinhos. Eles provavelmente veem algo que eu não, e a decisão 
deles pode proteger-me no futuro.
Na realidade, a verdadeira submissão sempre vence. Um coração que, de 
fato, é submisso permanece grato, mesmo quando a resposta for “ não” .
Para aceitar totalmente este princípio, pode ser de grande ajuda retratar 
as seguintes imagens da palavra “ sujeitar-se” e de seu sinônimo “ ceder” . 
Quando dirijo em uma rodovia com um trânsito pesado a 100 km por hora,
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vejo placas de dê a preferência. No estadoonde eu morava no passado, as 
placas na rampa das estradas diziam confluência. Contudo, dar a preferência 
e confluir contêm dois significados muito diferentes.
Dar a preferência significa adiar, sujeitar-se, ceder; e confluir significa 
combinar, reunir, fundir. No casamento, a esposa dá a preferência, e assim, 
a vida do casal pode confluir. Se seguirmos em frente no tráfego acelerado, 
insistindo em nossos próprios direitos sem ceder enquanto nos fundimos ao 
outro, provavelmente derramaremos sangue desnecessário. Quando dou a 
preferência e procuro meu lugar para confluir no trânsito em curso, o tráfego 
[naturalmente] ajusta sua velocidade e permite que eu me torne uma ao unir- 
-me com o fluxo. Unimo-nos porque ajustamos nosso ritmo. Esta é a recom­
pensa satisfatória de viver uma vida submissa.
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