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Doenças Causadas por Fungos

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Liceu Braz Cubas
Técnico em Podologia
Helena Rosa Pereira; Maria Aparecida Correia Damasceno; Raul Gustavo Cachoeira
Doenças Causadas por Fungos
Mogi das Cruzes,
2014
Liceu Braz Cubas
Técnico em Podologia
Doenças Causadas por Fungos
Trabalho para Seminário apresentado a sala de aula no curso Técnico em Podologia do Liceu Braz Cubas, para obtenção de notas sob as orientações da Professora Leila.
Mogi das Cruzes,
2014
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	5
1.1	Aplicações dos fungos	6
1.2	Características gerais dos fungos:	6
2	PATOGÊNESE	8
2.1	Papel dos fungos nas doenças	8
3	SELEÇÃO DE FUNGOS CAUSADORES DE DOENÇAS	9
3.1	Fatores de riscos para desenvolvimento dos fungos	9
4	MICOSES	10
4.1	Micoses cutâneas e subcutaneas	10
4.2	Micoses Cutâneas	11
4.3	Micoses subcutâneas	12
4.4	Micoses sistêmicas	13
4.5	Micoses Oportunistas	17
5	CONCLUSÃO	23
6	BIBLIOGRAFIAS	24
INTRODUÇÃO
Os fungos são geralmente reconhecidos, primeiramente, pela sua capacidade de decompor a matéria orgânica. 
Relativamente poucos fungos são suficientemente virulentos para serem considerados patógenos primários. Estes são capazes de iniciar uma infecção em um hospedeiro normal, aparentemente imunocompetente. Eles são capazes de colonizar o hospedeiro, encontrar um nicho microambiental com substratos nutricionais suficientes, a fim de evitar ou subverter os mecanismos de defesa do hospedeiro, e se multiplicar dentro do nicho microambiental.
Entre patógenos fúngicos primários conhecidos se encontram quatro fungos ascomicetos, os patógenos dimórficos endêmicos Blastomyces dermatitidis, Coccidioides immitis (e C. posadasii), Hstoplasma capsulatum e Paracoccidioides brasiliensis. Cada um destes microrganismos possui fatores de virulência que lhes permitem romper ativamente as defesas do hospedeiro e que habitualmente restringem o crescimento invasivo de outros microrganismos. Quando um grande número de conídios desses quatro fungos é inalado por humanos, mesmo se esses indivíduos forem saudáveis e imunocompetentes, habitualmente ocorre infecção e colonização, invasão tecidual e disseminação sistêmica do patógeno. Como ocorre com a maioria dos patógenos microbianos primários, estes fungos podem também agir como patógenos oportunistas, uma vez que as formas mais severas de cada uma destas micoses são vistas mais frequentemente em indivíduos com comprometimento das defesas imune inata e adquirida. 
Geralmente, indivíduos saudáveis e imunocompetentes apresentam alta resistência inata à infecção fúngica, apesar de serem constantemente expostas às formas infecciosas de diversos fungos presente como parte da microbiota endógena (endógenos) ou no ambiente (exógenos). Os patógenos fúngicos oportunistas, como Candida, Cryptococcus spp. e Aspergillus spp., somente causam infecção quando ocorrem quebras nas barreias protetoras da pele e membranas mucosas ou quando a falhas no sistema imune do hospedeiro. Entretanto, mesmo nas infecções oportunistas, há fatores associados ao organismo, e não ao hospedeiro, que contribuem para a capacidade do fungo causar doença. 
Além dessa função, algumas espécies são capazes de provocar infecções, tanto em plantas quanto em animais e em humanos.
Em humanos, as infecções fúngicas não costumam evoluir para quadros mais sérios de complicação. Entretanto, quando se trata de alguém com a imunidade comprometida, como portadores do vírus HIV, diabéticos, transplantados, etc., podem ser devastadores e, inclusive, provocar a morte em curto espaço de tempo.
Muitos fungos vivem, de forma harmoniosa, em nosso corpo. Entretanto, situações que propiciam sua superpopulação podem provocar problemas. A candidíase e a pitiríase versicolor (pano branco) são alguns exemplos. Ambas são micoses, que é o resultado da proliferação demasiada destes organismos na pele. Em alguns casos, os mesmos agentes de infecções cutâneas, ou outras espécies, podem colonizar regiões diferenciadas, como o aparelho respiratório, sistema nervoso, genital e gastrointestinal. Para agravar o quadro, algumas liberam toxinas: as chamadas micotoxinas piorando ainda o quadro. 
O tratamento de doenças fúngicas costuma ser mais demorado que o de uma infecção bacteriana, por exemplo; e as chances de reincidir também são maiores. Assim, evitar situações que propiciam a proliferação de tais organismos, como calor e umidade excessivos, e alta ingestão de açúcares, no caso de fungos que se encontram internamente no organismo; são algumas medidas para evitar tais ocorrências. 
Aplicações dos fungos 
Indústria 	
Bebidas e alimentos
Biodegradação 
Biotecnologia (fermentação e produção de enzimas)
Corantes e tinturas (fungos liquenizados)
Ecológicas:
Decomposição de matéria orgânica (decompositores de lignina, celulose, reciclagem de nutrientes em florestas)
Associações ecológicas: Simbiose Mutualista (Liquens (algas) e micorrizas (raízes)) e Parasitismo (micose). 
Médica:
Micoses: Frieira, pano branco, impigem, sapinho, candidiase, blastomicose, histoplamose, tinhas; 
Fornecedores de químicos na produção de antibióticos (penicilina). 
Características gerais dos fungos: 
No sistema de classificação em cinco reinos, os fungos ocupam um reino exclusivo – o reino Fungi. Os fungos são encontrados em quase todos os lugares da terra; alguns, (os saprófitos) vivem na matéria orgânica, na água e no solo, e outros (fungos parasitas) vivem na superfície ou no interior de animais e vegetais. Alguns são prejudiciais, enquanto que outros são benéficos. Os fungos também vivem em muitos materiais utilizáveis causando deterioração e estragando alimentos. Os fungos benéficos são importantes na indústria como a fabricação de queijos, iogurtes, cervejas, vinhos e outros alimentos, e também tem seu papel importante na indústria farmacêutica na fabricação de certas drogas como a ciclosporina, que é uma droga imunossupressora e vários antibióticos.
Uma variedade de fungos (incluindo leveduras, bolores e alguns carnudos) tem importância médica, veterinária e na agricultura, devido às doenças que causam no ser humano, em animais e vegetal. Muitas doenças em plantas cultiváveis, grãos, milho e batata são causados por bolores. Algumas dessas doenças que acometem os vegetais são denominadas ferrugens. Esses fungos não destroem apenas plantações, mas alguns produzem toxinas que causam doença no ser humano e animais. As toxinas produzidas pelos bolores e por certos tipos de fungos carnudos são denominadas micotoxinas, e as doenças que causam são conhecidas coletivamente como micotoxicoses, que são produzidas por mais de 350 espécies de fungos. As micotoxinas são metabólicos complexos, prejudiciais ao ser humano e animais. Alguns fungos produzem apenas uma única micotoxina, porém outros produzem mais de uma. Os bolores e as leveduras também causam outras doenças infecciosas no ser humano e em outros animais, genericamente denominadas micoses. Considerando o grande número de espécies de fungos, há poucos que são patogênicos para o ser humano. 
PATOGÊNESE 
A resposta do organismo à infecção por grande numero de fungos é a formação de granulomas. Os granulomas são produzidos nas principais doenças fúngicas sistêmicas como, Histoplasmose e Blastomicose, assim como várias outras. A resposta imune mediada por células esta envolvida na formação do granuloma. Supuração aguda, caracterizada pela presença de neutrófilos no exsudato, também ocorre em certas doenças fúngicas, tais como Aspergilose e Esporotricose. Fungos não contem exotoxinas do tipo bacteriano. 
A pele intacta é uma defesa efetiva do hospedeiro contra certos fungos (por ex: Candida, dermatófitos), mas se a pele for danificada, organismos podem se estabelecer. Os ácidos graxos na pele inibem o crescimento de dermatófitos e alterações da pele associadas a hormôniosna puberdade limitam a micose do couro cabeludo causada pelo Trichophyton. A flora normal da pele e das membranas mucosas impede o aparecimento de fungos. Quando a flora normal é inibida, por exemplo, por antibióticos, um crescimento excessivo de fungos como C. albicans pode ocorrer. 
Papel dos fungos nas doenças
As doenças micóticas em humanos se desenvolvem como processos patológicos em um ou mais sistemas de órgãos. Os sistemas afetados podem ser tão superficiais quanto à camada externa da pele, ou tão profundas quanto o coração, o sistema nervoso central, ou as vísceras abdominais. Embora um único fungo possa estar mais comumente associado com infecção envolvendo um único sistema orgânico, mais frequentemente, vários organismos diferentes podem produzir uma síndrome patológica similar. Como a conduta diante de uma determinada infecção, pode ser diferente de acordo com o agente etiológico, para orientar o diagnostico subseqüente e esforços terapêuticos, é útil estabelecer um diagnostico diferencial que inclua os mais prováveis patogênicos fúngicos. 
Como o desenvolvimento de uma infecção fúngica depende de vários fatores, deve ser levado em consideração, numerosos fatores, como o estado de imune do hospedeiro, a oportunidade de interação entre o hospedeiro e o fungo, e a dose infecciosa potencial, na determinação da possibilidade de uma infecção fúngica, a importância dos dados microbiológicos ,e a necessidade de tratar e com que agente. Outros fatores que podem ser importantes na determinação da freqüência relativa com que fungos específicos causam doença (p. ex: idade, comorbidades, imunidade do hospedeiro, exposições epidemiológicas e fatores de risco)
SELEÇÃO DE FUNGOS CAUSADORES DE DOENÇAS 
	Categoria
	Gênero/Espécie
	Doença
	
Leveduras 
	Cândida albicans
Cryptococcus neoformans
	Estomatite, vaginite, infecção das unhas, infecção sistêmica criptococose(infecção pulmonar, meningite, etc). 
	
Mofo 
	Espécies de Aspergillus
Espécies de Mucor e Rhizopus e outras espécies de mofo do pão
Vários dermatófitos 
	Aspergilose (infecção pulmonar, infecção sistêmica)
Mucormicose (infecção pulmonar, infecção sistêmica)
Infecções o por tinhas
	Fungos 
Dimorfos 
	Blastomyces dermatitidis
Coccidioides immitis
Histoplasma capsulatum
Sporothrix shenckii
	Blastomicoses (principalmente doença pulmonar e cutânea)
Coccidioidomicose (infecção pulmonar, infecção sistêmica) 
Histoplasmose (infecção pulmonar, infecção sistêmica) 
Esporotricose (doença cutânea) 
	Outros 
	Pneumocytis jiroveci
	Pneumonia por pneumocystis (PCP)
 
Fatores de riscos para desenvolvimento dos fungos
	Fatores de Risco Para o Desenvolvimento de Infecções Fúngicas
Terapia que suprime o sistema imune
• Drogas antineoplásicas (quimioterapia)
• Corticosteróides e outras drogas imunossupressoras Doenças e outras condições
• AIDS
• Insuficiência renal
• Diabetes
• Doença pulmonar (p.ex., enfisema)
• Doença de Hodgkin ou outros linfomas
• Leucemia
• Queimaduras extensas
MICOSES 
Micoses cutâneas e subcutaneas 
As micoses de interesse médico podem ser divididas em quatro categorias: 
Cutânea, subcutânea, sistêmica, oportunistas. Alguns aspectos importantes das doenças fúngicas estão descritos a seguir. 
	
Tipo 
	
Localização Anatômica 
	
Gênero Doenças Representativa
	
Organismo Causador
	Cutânea 
	Camada morta da pele
Epiderme, cabelo, unhas 
	Tinea versicolor
Dermatomicose (tinha)
	Malassezia
Microsporum, Trichophyton
Epidermophyton
	Subcutânea 
	Subcútis
	Esporotricose 
Micetona 
	Sporothrix
Vários gêneros 
	Sistêmica 
	Órgãos internos 
	Coccidiomicose
Histoplasmose
Blastomicose 
Paracoccidiomicose 
	Coccidioides
Histoplasma 
Blastomyces 
Paracoccidioides
	Oportunista 
	Órgãos internos 
	Criptococose
Candidíase
Aspergilose 
Mucormicose 
	Cryptococcus 
Cândida
Aspergillus
Mucor, Rhizopus 
 
Micoses Cutâneas 
Pitiríase versicolor (Tinea versicolor)
Dermatose superficial crônica, cosmopolita, muito freqüente em clima tropical, caracterizada pelo aparecimento de pequenas manchas bem delimitadas, de coloração variável, localizadas principalmente no tronco e no abdômen. Atinge indistintamente todas as raças e mais freqüentemente adultos jovens. 
Agente etiológico: Malassezia furfur (Baillon, 1889). 
Características clínicas: Lesões superficiais, atingindo principalmente o tronco e abdômen, mas podendo acometer pescoço, face, braços, e raramente mão e região inguinocrural. As lesões se apresentam sob a forma de manchas hipocrômicas descamativas irregulares, de cor variável, dependendo da cor do indivíduo, e condição do clima. Apresenta fluorescência à luz de Wood. 
Diagnóstico micológico: O médico diagnostica a pitiríase versicolor pelo seu aspecto. Ele pode utilizar uma luz ultravioleta para detectar a infecção de modo mais acurado ou pode examinar raspados da área infectada ao microscópio. As escamas devem ser clarificadas pela potassa a 20% ou 30%. Ao exame microscópico observam-se células birrefringentes arrendondadas, isoladas ou agrupadas com um cacho de uvas ao lado de hifas curtas, septadas, ramificadas.
Dermatomicoses
As dermatomicoses são causadas por fungos (dermatófilos) que infectam somente estruturas superficiais queratinizadas ( pele, cabelo e unhas), não infectando tecidos mais profundos. Os dermatófitos mais importante são classificados em três gêneros: Epidermophyton, Tricophyton e Microsporum. Eles são disseminados a partir de pessoas contaminadas por contato direto. Microsporum é também transmitido por animais, como cachorros e gatos. Isso indica que para prevenir reinfecção, o animal também precisa ser tratado. 
As dermatomicoses (tinea, tinha) são infecções crônicas favorecidas pelo calor e pela umidade, por exemplo, pé de atleta e coceira do jóquei (conhecidas também como tinea pedis e tinea cruris, respectivamente. Elas são caracterizadas por pruridos provocados por pápulas e vesículas pruriginosas, cabelos quebrados e unhas espessas e quebradas. Trichophyton tonsurans é a causa mais comum de surtos de tinea capitis em crianças e a principal causa de infecções do endotrix (dentro do cabelo). T. rubum é também uma causa muito comum de tinea capitis. T. shoenleinii é a causa do favo, uma forma de tinea capitis onde crostas são vistas no couro cabeludo. Em algumas pessoas infectadas, a hipersensibilidade causa reações dermatofítidas, por exemplo, vesículas nos dedos. Lesões são uma resposta a antígenos fúngicos circulantes; as lesões não contem hifas. Pacientes com infecções por tinea mostram testes cutâneos positivos com extratos fúngicos, por exemplo tricofitina. 
Tratamento
A maioria das infecções fúngicas cutâneas, excetuando-se as do couro cabeludo e das unhas, são leves. Os ingredientes ativos das medicações antifúngicas incluem o miconazol, o clotrimazol, o econazol e o cetoconazol.
Quando a aplicação do creme é interrompida muito precocemente, a infecção pode não ser erradicada e a erupção retorna. Podem transcorrer vários dias até os efeitos dos cremes antifúngicos serem observados. Neste período, cremes de corticosteróides são freqüentemente utilizados para aliviar o prurido e a dor. Para as infecções mais graves ou resistentes, o médico pode prescrever vários meses de tratamento com outros medicamentos, algumas vezes concomitante com cremes antifúngicos.
Micoses subcutâneas 
Estas são causadas por fungos que crescem no solo e sobre a vegetação e são introduzidos nos tecidos subcutâneos por meio de trauma.
Esporotricose 
A esporotricose é uma infecção causada pelo fungo Sporothrix schenckii. O Sporothrix é geralmente encontrado em roseiras, arbustos de uva-espim, musgo esfagno e outras matérias vegetais. Freqüentemente, os fazendeiros, os jardineiros e os horticultores são infectados. Geralmente, a esporotricose afeta a pele e os vasos linfáticos vizinhos. Ocasionalmente, os pulmões ou outros tecidos podemser infectados.
Sintomas e Diagnóstico
Geralmente, uma infecção cutânea e dos vasos linfáticos vizinhos iniciam em um dedo da mão como um nódulo pequeno e indolor, o qual cresce lentamente e, a seguir, forma uma ferida. No decorrer dos dias ou semanas seguintes, a infecção dissemina-se através dos vasos linfáticos do dedo, da mão e do braço até os linfonodos, formando nódulos e úlceras ao longo do trajeto. Normalmente, o indivíduo não apresenta outros sintomas. A infecção pulmonar pode causar pneumonia, com uma discreta dor torácica e tosse.
Tratamento
A esporotricose que afeta a pele geralmente dissemina-se muito lentamente e raramente é fatal. A infecção cutânea é tratada com o itraconazol oral. Para as infecções generalizadas e potencialmente letais, é realizada a administração de anfotericina B intravenosa, mas o itraconazol oral tem se revelado eficaz ou mesmo mais eficaz à medida em que é utilizado em um número cada vez maior de casos.
Micetona 
Micetona é uma síndrome clínica, de evolução crônica, caracterizada pelo aumento de volume de uma região ou órgão, com a presença ou não de fístulas que drenam um material seroso ou seropurulento no qual podem ser encontrados “grãos”. A tríade de tumefação, fístulas que drenam e a presença de grãos é usada no sentido restrito para definir o termo micetoma. O Grão é um aglomerado de microrganismos.
O micetoma pode ser provocado tanto por bactérias como por fungo verdadeiro.
Os micetomas são classificados em dois grupos: actinomicóticos ou actinomicose e maduromicóticos ou maduromicose. O primeiro grupo, mais numeroso, estão os micetomas produzidos por bactérias, os actinomicetos. No segundo estão os micetomas provocados por fungos verdadeiros, ou eumicetos.
Micoses sistêmicas 
Coccidioidomicose
A coccidioidomicose (febre de San Joaquin, febre do vale) é uma infecção causada pelo fungo Coccidioides immitis que geralmente afeta os pulmões. A coccidioidomicose ocorre tanto como uma infecção pulmonar leve que desaparece sem tratamento (forma aguda primária) quanto como uma infecção progressiva grave que se dissemina por todo o corpo e, freqüentemente, fatal (forma progressiva). A forma progressiva é freqüentemente um sinal de que o indivíduo apresenta um comprometimento do sistema imunológico, normalmente em decorrência da AIDS. Os esporos do Coccidioides estão presentes no solo de certas áreas da América do Norte, da América Central e da América do Sul. Os fazendeiros e outros trabalhadores que manipulam o solo apresentam maior probabilidade de inalar os esporos e de tornarem-se infectados. Os indivíduos que são infectados durante uma viagem podem apresentar sintomas da doença somente após deixarem a área.
Sintomas
No inicio geralmente não apresentam sintomas. Quando estes ocorrem, eles manifestam- se 1 a 3 semanas após o indivíduo ser infectado apresentando sintomas leves como febre, a dor torácica e calafrios e as vezes acompanhado de tosse com expectoração e escarro e alguns apresentam o reumatismo do deserto. A forma progressiva da doença é incomum e pode ocorrer semanas, meses ou mesmo anos após a infecção aguda primária. A infecção pulmonar pode piorar, causando uma maior dificuldade respiratória. A infecção também pode disseminar-se dos pulmões para os ossos, as articulações, o fígado, o baço, os rins e o cérebro e as meninges.
Diagnóstico
O médico pode suspeitar de coccidioidomicose quando um indivíduo que habita ou que viajou recentemente a uma área infectada apresenta esses sintomas. São coletadas amostras de escarro ou de pus do indivíduo infectado e as mesmas são enviadas a um laboratório para análise. Os exames de sangue podem revelar a presença de anticorpos contra o fungo. 
Prognóstico e Tratamento
A forma aguda de coccidioidomicose geralmente desaparece sem tratamento e a recuperação normalmente é completa. Conduto, os indivíduos com a forma progressiva são tratadas com anfotericina B intravenosa ou com fluconazol oral. Alternativamente, o médico pode tratar a infecção com itraconazol ou cetoconazol. 
Blastomicose 
A blastomicose é uma infecção causada pelo fungo Blastomyces dermatitidis. É basicamente uma infecção pulmonar, mas, algumas vezes, ela dissemina-se através da corrente sangüínea. Os esporos do Blastomyces provavelmente penetram no organismo através do trato respiratório, quando eles são inalados. Desconhece-se a origem dos esporos no ambiente, mas uma epidemia foi relacionada a tocas de castor. A maioria das infecções ocorre nos Estados Unidos, sobretudo no sudeste e no vale do rio Mississipi. A doença é rara em indivíduos com AIDS.
Sintomas e Diagnóstico
A blastomicose pulmonar começa gradualmente com uma febre, calafrios e sudorese profusa. O indivíduo pode apresentar tosse produtiva ou não, dor torácica e dificuldade respiratória. Apesar da infecção pulmonar normalmente piorar lentamente, algumas vezes ela melhora sem tratamento. A forma disseminada de blastomicose pode afetar muitas áreas do corpo. Uma infecção cutânea pode iniciar como pequenas proeminências (pápulas) que podem conter pus (papulopústulas). Os ossos podem apresentar tumefações dolorosas. O médico pode estabelecer o diagnóstico através do exame microscópico de uma amostra de escarro ou de tecido infectado (p.ex., pele). Quando são observados fungos, pode ser realizada uma cultura da amostra e o exame laboratorial para confirmar o diagnóstico.
Tratamento
A blastomicose pode ser tratada com anfotericina B intravenosa ou com o itraconazol oral. Com o tratamento, o indivíduo começa a sentir se melhor em 1 semana e o fungo desaparece rapidamente. Sem tratamento, a infecção piora lentamente e leva à morte.
Histoplasmose 
É uma doença fúngica granulomatosa, cujo agente etiológico é o Histoplasma capsulatum. Este fungo apresenta especial afinidade pelo sistema reticuloendotelial, produzindo diversas manifestações clínicas, sendo a forma pulmonar a mais freqüente. 
Ecologia e epidemiologia 
H. capsulatum cresce em solos com alto teor de nitrogênio, geralmente associado com excretas de aves e morcegos. Solos de galinheiros, viveiros de aves, cavernas de morcegos são altamente propícios. As aves fornecem o substrato ideal para o crescimento do fungo no solo, podendo transportá-lo para outros locais em suas penas. Os morcegos são infectados, excretando o fungo em suas fezes, podendo disseminar a doença em suas migrações. O principal agente vetor é o vento, que pode disseminar os conídios a longas distâncias. 
Patogenia 
A inalação de uma quantidade suficiente de partículas infectantes do fungo gera a infecção primária no pulmão, com o crescimento de leveduras nos alvéolos pulmonares e interstício. A intensidade da exposição inalatória, além de outros atores, determinará se a infecção resultante corresponderá a sintomas clínicos. Se a exposição for leve, a infecção será provavelmente assintomática, e se for maciça, o resultado será infecção sintomática aguda. 
Diagnóstico laboratorial 
1. Exame direto: o exame a fresco não representa muito valor no diagnóstico dessa micose, pela dificuldade de visualização das leveduras no interior das células do SER. Em material de biópsia corado pelo método da hematoxilina-eosina (HE) ou pelo Giemsa, observam-se células leveduriformes pequenas, redondas, intra-citoplasmáticas e que apresentam halo claro ao redor, imitando cápsula. 
2. Cultura: o cultivo deve ser feito em ágar Sabouraud dextrose a 25 ºC e em ágar BHI com sangue ou em meio Fava Netto a 37 ºC. A 25 ºC, a cultura está em fase M (mould-bolor) e observa-se o desenvolvimento de colônia esbranquiçada, cotonosa, que revela ao exame microscópico, micélio septado com conídios ornamentados denominados estalagmósporos. 
3. Testes sorológicos: provas sorológicas como reação de fixação do complemento, imunodifusão e imunofluorescência podem ser úteis no diagnóstico dessa doença. 
Paracoccidioidomicose 
Trata-se de infecção granulomatosa de evolução crônica, com grande polimorfismo clínico, onde as formas pulmonares e cutâneo-mucosaspredominam, seguindo-se outros órgãos, como gânglios linfáticos, suprarenal, baço fígado, intestinos, ossos, etc. Na grande maioria dos casos, os pulmões estão comprometidos e, em geral, tal localização é acompanhada de lesões em outros locais. A paracoccidioidomicose é de distribuição geográfica restrita aos países latino-americanos. Atinge freqüentemente
indivíduos do sexo masculino entre 30-40 anos. Quanto ao modo de contágio da doença, admite-se, atualmente, que é adquirida pela inalação de esporos que vivem na natureza, no solo, vegetais ou na água, determinando lesões primárias pulmonares.
Diagnóstico 
O exame direto a fresco é de grande valor no diagnóstico dessa micose, pois o fungo apresenta-se sob a forma de levedura com dupla membrana, sendo a interna enrugada e a externa lisa. Dependendo do material, apresenta-se com brotamentos múltiplos. Em material de biópsia, com coloração de Gomory, pode-se observar facilmente o aspecto característico de “roda de leme”. 
O cultivo pode ser feito em ágar Sabouraud a 25 ºC e em ágar BHI com sangue ou meio de Fava Netto a 37 ºC e incubar de 20 a 30 dias. A 25 ºC, a cultura esta em fase M (mould-bolor) e observa-se o desenvolvimento de uma colônia cotonosa, branca, elevada e de crescimento lento, cujo exame microscópico revelará apenas micélio septado e alguns clamidósporos. A 37 ºC, a cultura está em fase Y (yeast=levedura) e observa-se o desenvolvimento da colônia leveduriforme. Ao exame microscópico, observam-se células isoladas com gemulação simples e múltipla. 
Cultura: o material deve ser semeado em ágar Sabouraud dextrose e dará crescimento a uma colônia viscosa, lisa, brilhante. Com o tempo, a colônia escorre para a base do tubo. 
Outros meios de cultura utilizado: Auxanograma, Zimograma, 
Microcultivo de leveduras: 
Utilizar placas de Petri contendo lâminas dispostas sobre um bastão de vidro. Com todo cuidado e assepsia, coloque 1 ml de corn meal agar + Tween 80 (fundido), sobre a lâmina. Com alça de platina, retire um pequeno fragmento da colônia de levedura e semeie em estria. Coloque uma lamínula estéril sobre o ágar e água destilada estéril na placa para evitar dessecamento do meio. Feche a placa e deixe à temperatura ambiente. Quando houver desenvolvimento satisfatório, submeta à ação do formol (0,5 ml durante 1 hora) 
Micoses Oportunistas 
Candidíase 
A candidíase (candidose, monilíase) é uma infecção causada por cepas de Candida, especialmente a Candida albicans. A infecção das membranas mucosas, como ocorre na boca ou na vagina, é comum em indivíduos com sistema imunológico normal. No entanto, essas infecções são mais comuns ou persistentes em indivíduos com diabetes ou AIDS e em mulheres grávidas. Os indivíduos com comprometimento do sistema imunológico normalmente apresentam uma candidíase que se dissemina por todo o corpo. Aqueles que apresentam uma baixa contagem leucocitária, a qual pode ser causada pela leucemia ou pelo tratamento de outros tipos de câncer, e aqueles com um cateter instalado em um vaso sangüíneo apresentam um maior risco de candidemia (infecção da corrente sanguínea pela Candida). Uma infecção das válvulas cardíacas (endocardite) pode ocorrer como conseqüência de uma cirurgia ou de outros procedimentos invasivos envolvendo o coração e os vasos sangüíneos.
Sintomas e Diagnóstico
Os sintomas da candidíase variam, dependendo do tecido infectado. Por exemplo, a infecção bucal (“sapinho”) produz placas cremosas, brancas e dolorosas no interior da boca. A presença de placas no esôfago podem dificultar a deglutição ou a ingestão de alimentos. Uma infecção das válvulas cardíacas pode provocar febre, sopro cardíaco e aumento do baço. Uma infecção da retina (membrana sensível à luz situada na superfície interna da parte posterior do globo ocular) pode causar cegueira. Uma infecção do sangue (candidemia) ou do rim pode produzir febre, uma queda acentuada da pressão arterial (choque) e diminuição da produção de urina. Muitas infecções causadas por Candida são diagnosticas apenas através dos sintomas. Para um diagnóstico definitivo, é necessária a observação de fungos em uma amostra da pele examinada ao microscópio. A cultura de amostras de sangue ou de líquido cefalorraquidiano também pode revelar a presença de Candida.
Prognóstico e Tratamento
Quando a candidíase é limitada à boca ou à vagina, as medicações antifúngicas podem ser aplicadas diretamente na área ou pode ser utilizado o fluconazol oral. A candidíase que se disseminou por todo o corpo é uma doença grave, progressiva e potencialmente letal, sendo geralmente tratada com a anfotericina B intravenosa, embora, em alguns casos, o fluconazol seja eficaz. Certas doenças (p.ex., diabetes) podem piorar a candidíase e devem ser controladas para auxiliar na erradicação da infecção.
Criptococose 
É uma infecção subaguda ou crônica de comprometimento pulmonar, sistêmico e, principalmente, do sistema nervoso central, causada pelo Cryptococcus neoformans. A infecção primária no homem é quase sempre pulmonar, devido à inalação do fungo da Natureza. A infecção pulmonar é quase sempre subclínica e transitória, podendo imergir ao lado de outras doenças que debilitam o indivíduo, tornando-se rapidamente sistêmica e fatal. Portanto, é conhecida como infecção oportunista. Este fungo tem tropismo pelo SNC, ocasionado meningite criptocócica. 
C. neoformans é essencialmente o único agente etiológico da criptococose, doença do homem e de animais, tais como: gatos, cães e cavalos. A espécie C. neoformans caracteriza-se também por provocar morte rápida (3 a 4 dias) de camundongos inoculados através de via cerebral, formando extensas massas tumorais. 
C. neoformans é de distribuição cosmopolita e está associado com habitat de aves. O pombo parece ser o principal vetor para a distribuição e manutenção do fungo. Não parece que o pombo tenha a infecção, uma vez que ele tem uma temperatura corporal em torno de 42ºC. O fungo vive nas fezes e pode permanecer viável por 2 anos se houver umidade suficiente. 
A porta de entrada é através da via respiratória levando a uma infecção pulmonar primária que pode ser inaparente. Então o fungo pode permanecer viável por anos até haver alguma alteração na resistência do hospedeiro, quando então se manifesta a doença no pulmão, no SNC ou disseminada. 
Diagnóstico micológico 
Materiais biológicos: líquor, escarro, pus ganglionar, exsudatos de lesões cutâneas e mucosas, urina e sangue. 
Transmissão
	Esta levedura ocorre amplamente na natureza e cresce abundantemente em solos contendo excrementos de pássaros (especialmente pombos). Os pássaros não são infectados. A infecção em seres humanos resulta da inalação dos organismos. Não há transmissão pessoa a pessoa. 
Tratamento 
	O tratamento combinado com Anfotericina B e Flucitosina é utilizado em meningite ou outra doença disseminada. Não há maneiras de prevenção. Fluconazol é usado em pacientes aidéticos para supressão da meningite criptocócica em longo prazo.
 
Aspergillus 
	Espécies de Aspergillus, especialmente Aspergillus fumigatus, causam infecções na pele, nos olhos, nos ouvidos e em outros órgãos, bem como “bola fúngica” nos pulmões e aspergilose alérgica broncopulmonar. 
Espécies de Aspergillus existem somente como fungos filamentosos; eles não são dimórfos. Possuem hifas septadas que formam ramificações (dicotomizadas) em forma de v. 
Transmissão 
	Estes fungos filamentosos estão amplamente distribuídos na natureza. Eles crescem na vegetação em deterioração, produzindo cadeias de conídios. A transmissão se dá por conídios carregados pelo ar.
Tratamento e prevenção 
	A aspirgilose invasiva é tratada com anfotericina B, mas os resultados podem ser insatisfatórios. A caspofungina pode ser eficaz em casos de aspergilose invasiva que não responde à anfotericina B. Pacientes com ABPA podem ser tratados com esteróides e agentes antifúngicos. Não há meios específicos de prevenção. 
Mucor e Rhizopus 
	Mucormicose (zigomicose, ficomicose) é uma doençacausada por fungos saprófitos (ex. Mucor. Rhizopus e Absidia) encontrados abundantemente no meio ambiente. Eles não são dimórficos. Invadem tecidos de hospedeiros imunodeprimidos. Eles proliferam nas paredes dos vasos sanguíneos, particularmente nas cavidades paranasais, nos pulmões ou no intestino, resultando em necrose tecidual. Pacientes com cetoacidose diabética, queimaduras ou leucemias são particularmente suscetíveis. Uma espécie, Rhizopus oryzae, causa cerca de 60% dos casos de mucormicose. 
Outros Fungos que também causam doenças infecciosas.
Penicillium Marneffei
É um fungo dimórfico que causa uma doença semelhante à tuberculose em pacientes aidéticos, particularmente nos países do sudeste asiático.
Pseudasllescheria Boydii 
 É um fungo filamentoso que causa doença principalmente em pacientes imunocomprometidos.
Fusarium Solani
	É um fungo filamentoso que causa doença principalmente em pacientes neutropênicos. Febre e lesão de pele são as características mais comuns. 
Pneumocystis 
	Este é classificado como uma levedura com base na análise molecular, mas clinicamente é ainda considerado como um membro dos protozoários. 
Artigos discutidos 
Artigo 01 
Avaliação clínica e micológica de onicomicose em pacientes brasileiros 
com HIV/AIDS
Clinical and mycological evaluation of onychomycosis among Brazilian HIV/AIDS patients 
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 44(1):40-42, jan-fev, 2011 
Artigo 02
Hemólise produzida por Candida tropicalis isoladas de amostras clínicas
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 43(3):318-321, mai-jun, 2010 
Clinical and mycological evaluation of onychomycosis among Brazilian HIV/AIDS patients
Artigo 03
Pesquisa de fungos em 20 pacientes com polipose nasossinusial
Rev Bras Otorrinolaringologia. V.68, n.5, 654-61, set./out. 2002 
Palavras-chave: polipose nasal, alergia, Aspergillus,
Candida, infecção fúngica.
Key words: nasal polyposis, allergy, Aspergillus,
Candida, fungal infection.
CONCLUSÃO 
O meio ambiente está carregado de esporos de diversos fungos e, geralmente, estes flutuam no ar. Entre a ampla variedade de esporos que pousam na pele ou são inalados até os pulmões, alguns podem causar pequenas infecções, que raramente disseminam-se a outras partes do corpo. Alguns poucos tipos de fungo (p.ex., Candida) conseguem viver normalmente sobre a superfície do corpo ou nos intestinos. Apenas ocasionalmente esses habitantes normais do organismo causam infecções locais da pele, da vagina ou da boca. No entanto, em raros casos, eles causam danos maiores. Algumas vezes, determinadas espécies de fungo podem causar infecções graves dos pulmões, do fígado e do resto do corpo.
Os fungos apresentam uma tendência especial para causar infecções em indivíduos com o sistema imunológico comprometido. Por exemplo, os indivíduos com AIDS ou aqueles que estão sendo submetidos a um tratamento antineoplásico apresentam uma maior probabilidade de desenvolver infecções fúngicas graves. Algumas vezes, os indivíduos com comprometimento da imunidade apresentam infecções causadas por fungos que dificilmente causam males aos indivíduos que possuem um sistema imunológico normal.
A pele lesada por queimaduras solares, arranhões ou outro tipo de irritação também apresenta uma maior probabilidade de tornar-se infectada. De fato, qualquer anormalidade da pele predispõe o indivíduo à infecção. Geralmente, manter a pele intacta e limpa evita as infecções. Quando a pele sofre um corte ou uma escoriação, a lavagem da área com água e sabão ajuda a impedir a infecção.
 
BIBLIOGRAFIAS
 
APOSTILA DE MICOLOGIA CLÍNICA. FACULDADE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS 
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
KONEMAM, E.W.; ROBERTS, G.D. - Micologia. Practica de laboratório . 3 ed. Buenos Aires, Panamericana, 1992. 
WARREN LEVINSON & ERNEST JAWETZ - Microbiologia Médica e Imunologia – 7º edição 2005 Artimed Editora S.A
April W. Armstrong e Charles R. Taylor - Farmacologia das infecções Fúngicas
Silva, P. Farmacologia. Ed. Guanabara-koogan / 7ªedição, Rio de janeiro-RJ, 2006.
Jacob L. S. Farmacologia - National medical series para estudo independente, 4ªedição. Tradução: Patrícia Josephine Voeux. Ed. Guanabara koogan, Rio de Janeiro – RJ, 1998.

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