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PLASTICIDADE CEREBRAL E MEMORIA 11 09 2014

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PLASTICIDADE CEREBRAL E MEMORIA
 de DARTILA | trabalhosfeitos.com
 PLASTICIDADE CEREBRAL E MEMÓRIA
A Plasticidade cerebral é a dominação das capacidades adaptativas do Sistema Nervos Central. É a propriedade do sistema nervos que permite o desenvolvimento de alterações estruturais em resposta á experiência e como adaptação a condições mutantes e a estímulos repetidos.
O cérebro pode promover a reconexão de circuitos neuronais mesmo quando há uma pequena perda de conectividade, pois ele é capaz de uma recuperação autônoma, enquanto uma grande perda altera permanentemente a função, porem vai depender de níveis adequados de estímulos para assim possibilitar alguma reconstrução dessa conexão. Os neurônios desenvolvem brotamentos axonais, o qual promove um aumento na habilidade funcional e assim um aumento aparente na força por intermédio do aprendizado. 
No caso de uma lesão existem variáveis importantes para alcançar uma recuperação funcional, que são eles: idade do individuo, local e tempo da lesão e sua natureza. A recuperação das funções perdidas em uma lesão cerebral devem ser mediadas por partes adjacentes de tecido nervoso que não foram lesadas, e o efeito da lesão depende mais da quantidade de tecido poupado do que da sua localização. 
 O cérebro de um adulto é capaz regenerar suas células nervosas, ou seja o cérebro muda ao longo da vida e essa mudança é benéfica. Experiências relevaram que situação desafiadoras e ambientes complexos, agradáveis edivertidos fornecem ao cérebro capacidade extra para se reconfigurar, essa plasticidade aciona um mecanismo pelo qual o cérebro se remodela, para aprender e sentir-se melhor, ou até mesmo de se autorreparar quando estimulado. 
O sistema nervo de uma criança é mais plástico que o sistema nervoso de um adulto, por isso é muito importante uma atuação correta na estimulação da plasticidade, para atingir a máxima da função motora/sensitiva do aprendente, para que consequentemente a criança possa obter um melhor desenvolvimento escolar.
Logo após o seu nascimento diversos processos são desencadeados no desenvolvimento das atividades cerebrais. Um recém nacido possui apenas um quarto da massa cerebral de um adulto, mas já tem quase todos os neurônios que precisará por toda sua vida. Os primeiros anos de vida da criança são fundamentais para o seu desenvolvimento, contato físico, o ouvir a voz da mãe, luzes cores etc. Pois cada experiência nova, e cada contato dispensado na hora certa, provocam a realização de conexões sinápticas criando assim condições favoráveis para o surgimento de determinadas competências e habilidades, como musicalidade, raciocínio lógico-matemático, inteligência espacial, ou seja, capacidades que se desenvolvem na primeira infância. 
 
SEM MEMÓRIA NÃO HÁ APRENDIZAGEM
A memória é a base de todo o saber e, também de toda a existência humana, desde o nascimento. Todo o nosso cérebro funciona pormeio da memória, comemos, andamos, falamos porque nos lembramos de como fazê-lo. É ela que determina a individualidade de cada pessoa.
 Acontecimentos com maior carga emocional são relembrados com mais nitidez, pois neste momento os neuroquímicos são estimulados, garantindo assim sua memorização. A memória é uma das funções mais importantes do cérebro, está ligada ao aprendizado e a capacidade de repetir acertos e erros, é a reprodução mental das experiências captadas pelo corpo por meio de movimentos e dos sentidos é também a capacidade de planejamento, abstração, julgamento crítico e atenção.
FUNCIONAMENTO CEREBRAL
Os neurônios podem ser comparados com uma arvore sem folhas, emaranhados de caminhos são criados entre eles, que são capazes de se orientar em varias direções. Quando a os galhos de uma célula nervosa tocam as raízes de outra, formam-se sinapses, estas que são conexões que não só permitem o fluxo de informações, mas também destacam a correlação entre as células nervosas.
A sinapse é um local de comunicação entre os neurônios e a unidade elementar de armazenamento da memória e onde ocorrem sinapses de proteínas, trocas elétricas e ativação de genes que resultam no armazenamento da informação. A capacidade de processar informação provém da integração entre os milhares de sinapses existentes em cada neurônio. Ao vivenciar uma experiência, o sujeito recebe informações de todo o tipo, pois osneurônios são ativados de forma consistente e simultânea. Isso ocorre por que os sinais luminosos são captados pela retina e os sons pelos aparelhos auditivos, são transformados em impulsos elétricos que migram para o córtex cerebral, circulando antes de serem descartados ou arquivados. O impulso morre, mas a passagem por determinado caminho estabelece conexões, criando “ganchos”, e são estes que permitem ao cérebro recriar as imagens.
O PAPEL DAS EMOÇÕES NAS FUNÇÕES CEREBRAIS 
 Uma pessoa possui duas memórias, uma que se emociona, sente, comove, e outra que compreende, reflete. Trata-se da emoção e da razão. São articuladas por meio de um mecanismo dinâmico, uma impulsionando a outra com grande rapidez nas tomas decisões. Nesta interação, o sistema límbido esta presente, é um personagem importante para o cérebro, porque é nesta região que se encontra o elemento responsável por prazer e aprendizado, e a falta desta libidinação gera problemas que inibem o processo de aprendizagem.
MEMÓRIA E APRENDIZADO
Memória é o registro de experiências e fatos vividos e observados, podendo ser resgatados quando preciso. Isso faz com que a memória seja a base para aprendizagem, pois, com as experiências que possuímos armazenadas na memória, temos a oportunidade e a habilidade de mudar o nosso comportamento. 
Para construir a memória, o individuo passa por um processo de assimilação, e é por meio desse processo queé enviado as informações para a memória seja ela de curta ou longa duração e é neste momento que o hipocampo é ativado. É ele que filtra os dados, usa e joga fora informações de curto prazo e se encarrega de enviar outras para diferentes partes do córtex. A partir daí essas informações passa a provocar “intercâmbio” entre os neurônios. Nesta faze, o hipocampo, descansa e quem passa a trabalhar é o lobo frontal.
O lobo frontal funciona como um “coordenador geral” de todas as memórias e é responsável pela guarda das informações, classificando-as de acordo com seus diferentes tipos, e é nesta área cerebral que as diferentes memórias se completam dando origem ao raciocínio. 
Para que a memória seja criada, é preciso que as células nervosas formem novas interconexões e novas moléculas de proteínas, carregando as informações “impressas” no interior da célula.
TEORIA DO DESENVOLVIMENTO, SEGUNDO HENRY WALLON
Wallon considera a pessoa como um todo em que afetividade, emoção, movimento e espaço físico se encontram em um mesmo plano. O desenvolvimento é emocional, cognitivo, determinado por fatores orgânicos e sociais.
Para wallon, inteligência é o desenvolvimento que cada um faz das diferenciações como a realidade, é o conflito permanente é a integração do mundo interior e o mundo real que se evolui com a solução de confrontos, considerando: o eu e o outro, e que a construção do eu depende do outro, crise deoposição. Portanto segundo Wallon o meio exerce influencia fundamental sobre o desenvolvimento da pessoa humana.
ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO
Na criança, movimentos não rígidos, porém contínuos, são marcados por rupturas, retrocessos e reviravoltas, sendo eles: impulsivo e Emocional (até três meses) – movimentos bruscos e desordenados. Sensório-Motor e Projetivo (1 ano a 3 anos) – exploração do espaço físico,como agarrar, segurar, sentar, andar, acompanhados de gestos. Personalismo (3anos a 6 anos) – exploração de si mesmo, atividades de oposição e sedução, de imitação, com expressões: eu, meu, não. Categorial (6 anos a 11 anos) – exploração mental do mundo físico, mediante atividades de agrupamentos, seriação, classificação, categorização.
Puberdade e adolêcencia (11 anos em diante) – exploração de si mesmo com uma identidade autônoma, mediante atividades de confronto, autoafirmação/domínio de categorias cognitivas de maior nível de abstração.
PONTOS DE CONVERGENCIA ENTRE OS TEÓRICOS DA EDUCAÇÃO E A INTERFACE DA VISÃO BIOLÓGICA NA APRENDIZAGEM
 Em Piaget, as trocas sociais promovem a passagem da forma autista de pensamento para a forma socializada de pensar. O autor sustenta que a criança ao nascer se comporta de modo autista e que, com o tempo, transforma-se em u ser socializado e maduro.
Para Vygotsky, as trocas sociais permitem o uso e a construção da fala, que, uma vez internalizada, dáorigem ao pensamento. A fala egocêntrica da criança em Vygotsky assinala a passagem de uma linguagem social externa para uma linguagem individual interna – fala interior ou pensamento.
Ambos os autores defendem uma concepção interacionista do conhecimento. Essa teoria, de base dialética, explica que o conhecimento é formado pelas trocas que o individuo realiza com o meio, referindo-se este ao conjunto de objetos com os quais o individuo interage.
CONTRAPONTOS CONSIDERAVEIS ENTRE OS TEÓRICOS
Piaget defende que a inteligência é pronta, e Vygotsky afirma que a inteligência se desenvolve e vai sendo construída a partir das relações recíprocas do homem com o meio. É construída a partir da neuroplasticidade. 
Segundo Piaget o pensamento aparece antes da linguagem, e Vygotsky sustenta que o pensamento e a linguagem são processos interdependentes.
Para Piaget o desenvolvimento mental gera a aprendizagem, um processo de dentro para fora. Esse biólogo definiu o desenvolvimento como sendo um processo de equilibrações sucessivas.
Mas Vygotsky defende que a aprendizagem gera, promove, puxa o desenvolvimento mental, um processo que parte de fora para dentro. Para este psicólogo, o fator cultural é extremamente importante para a construção do pensamento.
Wallon Que não é possível definir um limite para a inteligência, pois depende das condições oferecidas pelo meio, e o sujeito têm tendência de restaurar-se a ele.DISCRIMINAÇÃO VISUAL E AUDITIVA
Um aparelho auditivo e visual íntegro é um pré-requisito muito importante para a aprendizagem da leitura e da escrita. Mas só isso não é suficiente. É claro que se uma criança não enxergar e não escutar bem por motivo de algum déficit visual ou auditivo não conseguirá desenvolver as habilidades de leitura e escrita, mas também não conseguirá se desenvolver em muitos outros aspectos.
Mas se a criança em questão enxerga e ouve bem só não consegue discriminar corretamente os sons ou as formas. A criança, portanto, não tem defeito visual ou auditivo, só não consegue transmitir informações exatas ao sistema motor. É necessário que a criança adquira o controle ocular. Na escrita, por exemplo, os olhos devem “seguir” as mãos que escrevem e procurar uma coordenação oculomanual. Muitas vezes se verifica um movimento anárquico do olhar.
DISCRIMINAÇÃO VISUAL
Quando uma criança nasce, seus neurônios ligados a retina estão ainda muito imaturos, e as informações visuais levadas ao córtex cerebral são geralmente distorcidas.
Com o amadurecimento do sistema nervoso, seu aparelho visual vai também amadurecendo e a criança vai conseguindo distinguir os objetos e pessoas de seu meio de maneira satisfatória. Mas isto não é o suficiente a criança precisa aprender a controlar o movimento de seus olhos. Ela precisa ser capaz de direciona-los intencionalmente para um determinado ponto, ouseja, aprender a controlar os músculos extraoculares com precisão, que acabará auxiliando no desenvolvimento de uma maior percepção visual, esta que é chamada de acuidade visual.
Outra habilidade que a criança precisa desenvolver é a retenção dos símbolos visuais apresentados, tais como letras, palavras, sinais de pontuação, e isto desenvolverá a memória. É através da memória visual que uma criança consegue discernir letras que possuem o mesmo som, pois a palavra a ser escrita deve estar retida na nossa memória visual. 
Uma criança que possua discriminação visual pobre pode apresentar uma maior incidência na confusão de letras simétricas como, além de confundirem algumas palavras que possuem configurações gerais semelhantes. 
DISCRIMINAÇÃO AUDITIVA
Nossos receptores auditivos mandam as estimulações sonoras para o cérebro que processará, selecionará e armazenará as informações na memória. Se estas informações forem distorcidas, o cérebro também passará informações distorcidas, pois a discriminação auditiva esta ligada a atividade motora.
Discriminação auditiva é a capacidade de perceber e discriminar auditivamente e sem ambiguidade todos os sons existentes na língua falada. Acuidade auditiva é a capacidade do individuo tem de captar e notar a diferença entre vários sons e entre intensidades diferentes que lhes correspondam.
A memória auditiva é também muito importante, pois favorece a retenção erecordação das palavras captadas auditivamente. Muitas crianças têm dificuldades de discriminação porque se esquecem do som que as letras representam.
O PAPEL DA LINGUAGEM
A aquisição da linguagem desempenha um papel decisivo na compreensão do mundo e na transmissão de valores pessoais, sociais e culturais. A criança utiliza o código da linguagem para formular seus sentimentos, suas sensações e valores, para transmitir e receber as informações.
Ajuriaguerra, Le Boulch, Launay e Borel-Maisonny distinguem duas etapas na aquisição da linguagem: pré-linguistica (que acontece normalmente até os dez meses de idade), e linguística ou semiótica (que acontece a partir dos dez meses).
Aos dois meses, na etapa pré-linguística, a criança apresenta gestos e mímicas descoordenados que não tem qualquer significado de linguagem. Aos três ou quatro meses, mais ou menos, ela emite alguns ruídos conhecidos como lalação, que também não fazem parte da língua falada.
A partir de doze meses, na etapa linguística, já com um certo nível de desenvolvimento psicomotor, a criança passa a desenvolver uma linguagem que, para Launay é preparada pelo conjunto das comunicações não verbais do primeiro ano de vida. Neste período a criança utiliza as primeiras palavras, através da imitação da linguagem do adulto, que representa para ela um modelo, um ponto de referencia neste mundo da palavra falada. Pouco a pouco vai evoluindo em suacomunicação com o outro, construindo frases que demonstram uma aquisição das estruturas gramaticais locais.
Na faixa de um ano e meio a dois anos, a criança percebe que as palavras são símbolos e que servem para designar os objetos, as situações, as sensações. De uma forma gradual, a criança vai formando o mundo das palavras e dos conceitos, passando a entender o que lhe falam e também conseguindo se fazer entender.
A linguagem tem um papel decisivo na mediação dos processos mentais, pois graças a ela é possível generalizar, pensar logicamente, adquirir, reter, selecionar conceitos e desta forma, ir criando novos sistemas funcionais.
Mas um bom aparelho fonador e auditivo não é o suficiente para auxiliar uma criança a falar. A fala para ela é um ato motor organizado, e exige, além de uma adequada percepção auditiva e visual, um conhecimento e controle do corpo, através das posturas e gestos, uma orientação espacial que lhe facilite sua movimentação, uma coordenação adequada para compreensão dos conceitos verbais.
Para Piaget, a linguagem é constituída por um conjunto de símbolos e de sinais que facilitam a representação gráfica. Diz ainda que a linguagem abre um campo de possibilidades, é uma afirmação do mundo dos objetos.
A criança deve ser capaz de comunicar-se com os outros verbalmente, de forma compreensível. Existe, porém alguns fatores que podem dificultar o desenvolvimento de uma boa linguagem.Alguns mais graves como dificuldade de articulação de palavras decorrentes de lesões cerebrais, mas em outros casos são distúrbios de ordem fonética, ou ainda
problemas de audição.
A LEITURA E ESCRITA COMO MEIOS DE COMUNICAÇÃO
A linguagem oral da criança tem uma grande responsabilidade na aquisição da leitura e escrita, porque a comunicação se processa através de três níveis tônico-afetivo, nível gestual e comunicação verbal, sendo que um é dependente do outro, andam lado a lado.
LINGUAGEM GRÁFICA
A linguagem gráfica é uma forma de comunicação e expressão. Em que no inicio a criança desenha pelo prazer de desenhar, realiza traços e riscos, desordenados, verdadeiras “garatujas” que ninguém entende. Mas na medida que vai havendo um maior amadurecimento visomotor, a criança vai conquistando novas estruturas de movimento e as garatujas se tornam mais arredondadas, espiraladas.
Ainda nesta etapa da “garatuja” começa a surgir um esboço de representação, uma necessidade de nomear desenhos. Em que a criança começa adquirir o caráter de jogo simbólico, procurando representar suas ações, os objetos e as pessoas de seu meio. A partir desta fase, a criança se utiliza de traços e de desenho que representam o ambiente, passando a assumir um compromisso com o real tentando tornar seu desenho o mais semelhante possível.
A atividade gráfica é considerada o primeiro meio de comunicação construído pela criança, é o meioque elas utilizam para expressar seus sentimentos, transmitir informações sobre elas mesmas.
LEITURA
A leitura significa muito mais do que um simples processo pelo qual uma pessoa decifra os sinais ou símbolos. No inicio da leitura as crianças devem diferenciar visualmente as letras impressas e saber perceber que cada símbolo gráfico corresponde a um determinado som, somente realizando esta correspondência poderá ler, este processo é chamado de decodificação. Mas, para ler, não basta apenas realisar a decodificação dos símbolos, é também necessária a compreensão e a analise crítica do material lido.
 Para que uma criança adquira a leitura é necessário que possua, além da capacidade de simbolização, de verbalização, de desenvolvimento intelectual, algumas habilidades pessoais essenciais entre elas capacidade de memorização, acuidade visual, coordenação ocular, mínimo de atenção dirigida, concentração, um mínimo de vocabulário e de compreensão, além de orientação temporal e espacial.
ESCRITA
A escrita é um ato motor que mobiliza diferentes segmentos do corpo, esta que pressupõe um desenvolvimento motor adequado, através de habilidades que são essenciais para seu desenvolvimento: coordenação fina, preensão correta do lápis, bom esquema corporal, boa coordenação oculomanual. 
A escrita das crianças é verificada principalmente através da cópia, do ditado e das redações livres. Pois basta que a criançatenha uma boa acuidade visual para transportar símbolos impressos, uma coordenação fina razoável, ela não precisa saber ler para copiar.
Hoje em dia acredita-se que a cópia tem papel importante pois facilita uma tomada de consciência das letras, dos espaços entre as palavras, da pontuação, dos sinais de expressão e da captação da sequência das letras dentro da palavra, além de praticar e desenvolver uma melhor coordenação fina.
Entretanto é importante que o professor tome cuidado quando pedir a realização da cópia indiscriminadamente, pois estas podem se tornar desestimulantes para a criança quando dadas sem nenhum propósito, apenas a “cópia pela cópia”. Não deixa de ser um ato mecânico quando não é bem administrada.
A cópia deve ser praticada concomitantemente com o ensino da escrita e leitura e não isoladamente, porque se não isto não teria nenhum significado para criança. Normalmente o aluno tem mais dificuldade de realizar o ditado do que a cópia, justamente por que no ditado ele necessita de uma atenção e uma representação gráfica de conteúdo muito maior que na realização da cópia, além de uma boa representação auditivo-visual.
O ditado, portanto, é um treino de acuidade auditiva, pois a criança precisa se concentrar para diferenciar os sons emitidos pelo professor. Sua atenção terá de ser seletiva se quiser conseguir reproduzir graficamente a linguagem oral.
Normalmente, deve-se aprender a ler e aescrever concomitantemente. A leitura, entretanto, antecede a escrita. Se uma criança não aprendeu a ler, dificilmente escreverá, pois as palavras que escreve não tem correspondência sonora e, portanto, são incompreensíveis. 
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Frequentemente as escolas se deparam com uma porcentagem significativa de crianças com dificuldades em acompanhar o desempenho escolar. De acordo com Wallace e McLoughlin (1975), as crianças com dificuldades de aprendizagem possuem um “obstáculo invisível”, pois se apresentam normais em vários aspectos, exceto pelas suas limitações no progresso escolar. Mas existem causas para estas dificuldades de aprendizado, com:
ESCOLA 
A escola tem como objetivo a integração da criança na sociedade facilitando seu acesso ao mundo dos adultos. Mas é possível afirmar que este objetivo está cada vez mais esquecido, pois a escola tem selecionado duramente as crianças que têm menos facilidade de aprender. 
Muitos professores ainda possuem programas e procedimentos de ensino, totalmente inadequados e desestimulantes e, principalmente, carentes da flexibilidade necessária para adaptar os objetivos do ensino ás diferenças individuais dos alunos. O relacionamento professor-aluno também é outro fator que pode influenciar o processo ensino-aprendizagem.
 E justamente porque a escola hoje tem contas a acertar com a sociedade e com a família de cada um de seus alunos é queo fracasso escolar é atribuído unicamente ao aluno, explicando através de “doenças” que ele possuiria.
DEFICIÊNCIA MENTAL
Uma criança que possui uma inteligência inferior já se encontra limitada em sua aprendizagem, algumas ainda encontram um maior desenvolvimento, mas outras estão totalmente comprometidas, pois mesmo quando recebem uma estimulação adequada não conseguem ultrapassar seu limite.
DÉFICITS FÍSICOS E/OU SENSORIAIS
Uma criança com algum tipo de lesão cerebral ou alguma perturbação neurológica mais grave pode apresentar limitações em sua aprendizagem, necessitando assim de métodos adequados de ensino ou ainda uma metodologia diferenciada dos demais alunos que ajudasse superar suas deficiências sensoriais, ela precisa aprender como aprender. Porque se uma criança não ouve ou enxerga bem, fatalmente terá mais dificuldades em acompanhar o ritmo de seus colegas em sala de aula. 
DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM
Uma criança deve ser capaz de comunicar-se com os outros verbalmente de forma clara, sem problemas de articulação. Mas uma criança que começou a falar tarde e ainda não domina muito bem a linguagem pode apresentar dificuldades de aprendizagem, ou ainda uma criança que foi alfabetizada em duas línguas também pode apresentar problemas.
FATORES AFETIVO-EMOCIONAIS
Muitas crianças que têm dificuldades de aprendizagem acabam apresentando algumas perturbações afetivas. Pois como possuemuma inteligência relativamente boa, mas sofrem com seus fracassos escolares e com isto se isolam e se afastam de qualquer atividade que envolva competição.
Se sentem inferiores, pois muitas vezes são rotuladas pelos professores como preguiçosas, devido seu desinteresse em ler e escrever. Com isso sua autoestima e autoimagem diminuem acarretando um isolamento muito grande ou até mesmo comportamentos agressivos para com seus colegas ou professores.
FATORES AMBIENTAIS (nutrição e saúde)
Uma nutrição inadequada nos primeiros anos de vida podem afetar as habilidades de aprendizagem, pois esta é a época de formação dos neurônios, e se a criança tiver uma alimentação inadequada pode acarretar prejuízos muito grandes para a criança, tanto no numero de suas células nervosas quanto no processo de mielinização. É a mielina é o que provoca uma maior facilidade e velocidade de comunicação entre os centros nervosos e os centros de execução e também acarreta
uma maior facilidade de coordenação e controle muscular.
Uma carência ou privação alimentar tanto quantitativa quanto qualitativa pode ocasionar o que Pain, chama de déficit alimentar crônico e que acarreta, por sua vez, uma “distrofia generalizada” que irá afetar sensivelmente a capacidade de aprender.
FALTA DE MATURIDADE PARA INICIAR O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
A criança precisa apresentar um nível de maturidade, de desenvolvimento físico, psicológico esocial no momento de sua entrada no sistema escolar, pois isso lhe facilitaria enfrentar adequadamente as situações de aprendizagem.
DEFICIENCIAS NÃO VERBAIS
As deficiências não verbais são dificuldades de orientação espacial, lateralidade, orientação temporal, especificamente o ritmo, o significado das expressões faciais, limitações de percepção espacial, estas que possuem um papel significante e que muitas vezes deixadas de lado pela escola, sendo que a criança apresenta.
DISLEXIA OU MÁ ALFABETIZAÇÃO
Muitas crianças passam por dificuldades quando estão aprendendo a ler, trocam letras, escrevem em espelho mas isso tende em desaparecer na medida que elas vão assimilando os conceitos necessários a essas habilidades,por isso antes de se diagnosticar um individuo como dislexo, é preciso levar em conta outros fatores que podem estar envolvidos no prejuízo da leitura e escrita. Por que um diagnóstico precipitado pode levar esta criança ao rótulo de portadora de dislexia. Mas quando os erros persistem mesmo quando a criança apresenta uma inteligência normal, tendo grande dificuldade de ler e escrever, ela pode então estar apresentando o que chamamos de dislexia.
A dislexia é um distúrbio na leitura que afeta a escrita, sendo normalmente detectada a partir da alfabetização, período em que a criança inicia o processo de leitura. Seu problema torna-se bastante evidente, quando tenta soletrar letras com muitadificuldade e sem sucesso.
O que para uma criança desta idade é normal saber identificar as letras, fonemas, a quantidade de sílabas em uma palavra, e assim ser capaz de formar frases e até mesmo ler um texto, em uma criança com dislexia isso não acontece. Uma criança disléxica tem dificuldade de compreender o que está escrito e de escrever o que está pensando.
Apresentar sintomas de dislexia desde pequena, como por exemplo, demora em aprender a falar, fazer laço de sapato, reconhecer as horas e até mesmo em pegar e chutar uma bola, além de dificuldades na aprendizagem das letras. Uma criança disléxica possui inteligência normal ou, muitas vezes, acima da média, sua dificuldade está em não conseguir identificar símbolos e gráficos como (letras e números), e isso acarretará uma dificuldade de leitura e na escrita.
A dislexia tem base neurológica, tendo como causa uma incidência de fator genético, transmitido por um gene de uma pequena ramificação do cromossomo #6, e que, por ser dominante, torna a dislexia hereditária. 
O dislexo geralmente demonstra insegurança e baixa autoestima, sente-se triste e culpado pelos fatos, além de muitas vezes se recusarem em realizar atividades com medo de mostrar os erros e repetir o fracasso. Com isso criam um vínculo negativo com a aprendizagem, e muitas vezes podem apresentar atitudes agressivas em relação a professores e colegas.
A criança disléxica apresenta dificuldadesna consciência fonológica, ou seja demonstram maior dificuldade em se tornar conscientes da estrutura fonológica das palavras. Desta forma numa tentativa consciente em tentar amenizar essas dificuldades o professor deverá trabalhar com rimas, solicitando que identifiquem grupo de palavras com determinado sufixo ou prefixo, fazer cartões contendo desenhos de palavras que rimam, além de jogos e o uso de brinquedos que contenham letras e palavras, reforçando sempre a aprendizagem visual como o uso de letras em alto relevo, em diferentes texturas e cores entre outros. Para que assim, a criança possa fazer esta classificação, desenvolver sua consciência fonológica.
DISCAUCULIA OU AVERSÃO Á MATEMÁTICA?
A matemática, para algumas crianças é um bicho de sete cabeças, pois muitos não entendem os problemas matemáticos sendo que em muitos casos a dificuldade, pode-se tratar de um distúrbio chamado discalculia e não preguiça. 
A discalculia é um dos transtornos de aprendizagem que acarreta dificuldades em Matemática. O portador de discalculia comete erros diversos na solução de problemas verbais, nas habilidades de contagem, nas habilidades computacionais, na compreensão de números.
 Além de que a criança com discalculia pode apresentar comprometimento na organização espacial, na autoestima, na orientação temporal, na memória, nas habilidades sociais e grafomotoras: na linguagem/leitura, na impulsividade, naconsciência, memorização.
DISGRAFIA
A disgrafia é a incapacidade de recordar a grafia da letra, ou seja, ao tentar relembrar um grafismo, a criança escreve muito lentamente e, com isso, acaba unindo inadequadamente as letras, de maneira ilegível. Entre as causas estão os distúrbios de psicomotricidade, em geral, e os da percepto-motricidade, em particular. É possível encontrar dois tipos de disgrafia: a motora: onde a criança é capaz de falar bem, mas encontra dificuldades na coordenação motora fina para escrever letras e números, ou seja, ela vê a figura gráfica, mas não consegue passar para o papel. E a perceptiva é quando a criança não consegue fazer relação entre o sistema simbólico e as grafias que representam os sons, palavras frases.
DISORTOGRAFIA
 A característica principal de um sujeito com disortografia é a confusão com letra, sílabas e troca ortográficas já conhecidas e trabalhadas pelo professor. Trata-se de um distúrbio que se apresenta logo que se tenha adquirido os mecanismos da leitura e escrita em que a criança faz inversões, aglutinações, omissões e desordem na estrutura da frase. 
Consiste em uma sequela da dislexia, dadas as semelhanças e as conexões entre ambas, em que a criança apresenta troca de letras que se parecem sonoramente, confusão de sílabas, adições, fragmentações, inversões e junções de palavras.

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