Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SÍNTESE HISTÓRICA DO PENSAMENTO JURÍCO- PENAL INTRODUÇÃO VISÃO FILOSÓFICA DO HOMEM E VIDA EM SOCIEDADE FASES Vingança Privada Vingança Divina Vingança Pública Direito Penal Romano Direito Penal Germânico Direito Canônico Período Humanitário FASE DA VINGANÇA PRIVADA Reação imediata por parte da própria Vítima, familiares e tribo; Reação superior à agressão; Levava à extinção de família, clã ou tribos; Originou-se a Lei de Talião (jus talionis), que significa castigo na mesma medida da culpa; Mais tarde a Lei de Talião evoluiu para satisfazer a ofensa por indenização (composição). FASE DA VINGANÇA DIVINA Direito imposto por sacerdotes (teocráticos), confundindo-se com a religião; Crime era visto como pecado; Pena era castigo para purificação e salvação da alma do infrator/pecador; Penas cruéis e severas; FASE DA VINGANÇA PÚBLICA Penas cruéis (morte na fogueira, esquartejamento, empalamento etc); Dar exemplo que garantisse o monarca no poder, prevenindo e reprimindo os crimes; Processos sigilosos e inquisitivos, favorecendo o arbítrio dos governantes. DIREITO PENAL ROMANO Direito e religião muito ligados; Abolição da vingança privada e assunção ao Estado o jus puniendi (direito de punir); Distinção de crime intencional (dolo) e do ocasional (culpa); Pena como forma de correção e não de punição DIREITO PENAL GERMÂNICO Direito penal para manutenção da paz, sendo o crime a sua ruptura; Inicialmente a vingança e composição eram utilizadas, desaparecendo aos poucos; Estabelecida a composição, não sendo satisfeita, aplicavam-se penas corporais; Admitiam-se as ordálias ou juízos de Deus (ferro em brasa, afogamento etc) e duelos judiciários (o vencedor era declarado inocente); DIREITO CANÔNICO Inicialmente tinha caráter disciplinar dos clérigos, mas que, com o poder papal, passou a atingir a sociedade; Tinha objetivo de levar criminosos ao arrependimento mesmo com métodos severos; Destaque ao aspecto subjetivo do crime; Combateu a vingança privada; Humanizou as penas; Reprimiu uso das ordálias; Introduziu penas privativas de liberdade; Deu azo ao surgimento da inquisição (posteriormente). PERÍODO HUMANITÁRIO Consistente em: a. Propagação do ideais iluministas do Século XVII PERÍODO HUMANITÁRIO Consistente em: a. Propagação do ideais iluministas do Século XVII b. Leis penais simples, claras, precisas e escritas em linguagem pátria PERÍODO HUMANITÁRIO Consistente em: a. Propagação do ideais iluministas do Século XVII b. Leis penais simples, claras, precisas e escritas em linguagem pátria c. Finalidade de combater a criminalidade PERÍODO HUMANITÁRIO Consistente em: a. Propagação do ideais iluministas Século XVII b. Leis penais simples, claras, precisas e escritas em linguagem pátria c. Finalidade de combater a criminalidade d. Insurgência de Marquês de Beccaria em sua obra “Dos Delitos e das Penas” PERÍODO HUMANITÁRIO Consistente em: a. Propagação do ideais iluministas Século XVII b. Leis penais simples, claras, precisas e escritas em linguagem pátria c. Finalidade de combater a criminalidade d. Insurgência de Marquês de Beccaria em sua obra “Dos Delitos e das Penas” e. Baseada na Teoria do Contrato Social (Hobbes, Locke, Rousseau) PERÍODO HUMANITÁRIO Consistente em: a. Propagação do ideais iluministas Século XVII b. Leis penais simples, claras, precisas e escritas em linguagem pátria c. Finalidade de combater a criminalidade d. Baseada na Teoria do Contrato Social (Hobbes, Locke, Rousseau) e. Insurgência de Marquês de Beccaria em sua obra “Dos Delitos e das Penas” ➢ Divisão de crimes em grupos pela gravidade; ➢ Moderação das penas (deveriam ser preventivas) ➢ Entre outros valores ESCOLAS PENAIS O QUE SÃO? “ As escolas penais são corpos de doutrinas mais ou menos coerentes sobre os problemas em relação com o fenômeno do crime e, em particular, sobre os fundamentos e objetos do sistema penal.” Aníbal Bruno AINDA... “As escolas penais são um sistema de idéias e teorias políticas-jurídicas e filosóficas que, num determinado momento histórico, expressaram o pensamento dos juristas sobre as questões criminais fundamentais”. José Leal QUAIS SÃO ELAS? Escola Clássica Escola Positivista Escola Técnico-Jurídica ESCOLA CLÁSSICA São representantes dessa escola: Filangieri ( 1752/1788): jusnaturalista que via o direito de punir como uma necessidade política do Estado para se preservar a ordem. Obra: Scienza della legis lazione Carmignani (1768/1847): Obras: Juris criminalis elementa (1831) e Teoria delle leggi della sicurezza sociale (1831) Gian Romagnosi (1761-1835): foi um dos maiores pensadores italianos, considerava a pena como uma arma de defesa social. Obra: Scienza delle costituzioni, Che cosa é l´eguaglianza? Pellegrino Rossi ( 1768-1847): Com base numa justiça moral deu ênfase ao jusnaturalismo. Obras: Trouté du droit penal e Cours d´économie politique Também... Paulo Anselm Ritter Von Feuerbach (1775-1833), que se dedicou a filosofia e não aceitava a pena como um imperativo categórico, limitada pelo talião. Esta deveria ser preventiva a fim de deter o delinqüente em potencial, antes dele iniciar o iter criminis. Feuerbach defendeu o princípio da legalidade sendo dele a fórmula nullum crimen sine lege, nulla poena sine lege, ou seja qualquer ameaça de sanção deve estar anteriormente prevista em lei; Com a promulgação do Código da Alemanha (1871) surgiu através de Karl Binding uma visão que considerava a pena como uma retribuição e satisfação, um direito e dever do Estado. ESCOLA CLÁSSICA 1. Chamada de idealista ou filósofo-jurídica, surgiu dos ideais iluministas ESCOLA CLÁSSICA 1. Chamada de idealista ou filósofo-jurídica, surgiu dos ideais iluministas 2. Pena é um mal imposto ao indivíduo, merecedor de castigo por motivo de falta cometida voluntaria e conscientemente ESCOLA CLÁSSICA 1. Chamada de idealista ou filósofo-jurídica, surgiu dos ideais iluministas 2. Pena é um mal imposto ao indivíduo, merecedor de castigo por motivo de falta cometida voluntaria e conscientemente 3. Foi uma escola importantíssima para a evolução do direito penal na medida em que defendeu o individuo contra o arbítrio do Estado. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ESCOLA CLÁSSICA O crime é um ente jurídico, ou seja é a infração do direito. Livre arbítrio no qual o homem nasce livre e pode tomar qualquer caminho, escolhendo pelo caminho do crime, responderá pela sua opção. A pena é uma retribuição ao crime (Pena retributiva) Método dedutivo, uma vez que é ciência jurídica. ESCOLA POSITIVISTA 1. Precursor foi Augusto Comte; ESCOLA POSITIVISTA 1. Precursor foi Augusto Comte; 2. Representou a ascensão burguesa após a Revolução Francesa (1789) ESCOLA POSITIVISTA 1. Precursor foi Augusto Comte; 2. Representou a ascensão burguesa após a Revolução Francesa (1789) 3. O criminoso e o crime passaram a ser estudados sob o ângulo sociológico ESCOLA POSITIVISTA 1. Precursor foi Augusto Comte; 2. Representou a ascensão burguesa após a Revolução Francesa (1789) 3. O criminoso e o crime passaram a ser estudados sob o ângulo sociológico 4. Seguiu-se por Cesare Lombroso em sua obra “L’uomo Deliquente” (1875) ESCOLA POSITIVISTA 1. Precursor foi Augusto Comte; 2. Representou a ascensão burguesa após a Revolução Francesa (1789) 3. O criminoso e o crime passaram a ser estudadossob o ângulo sociológico 4. Seguiu-se por Cesare Lombroso em sua obra “L’uomo Deliquente” (1875) 5. Outro expoente: Enrico Ferri (1856-1929), discípulo de Lombroso, fundou a Sociologia Criminal ESCOLA POSITIVISTA 1. Precursor foi Augusto Comte; 2. Representou a ascensão burguesa após a Revolução Francesa (1789) 3. O criminoso e o crime passaram a ser estudados sob o ângulo sociológico 4. Seguiu-se por Cesare Lombroso em sua obra “L’uomo Deliquente” (1875) 5. Outro expoente: Enrico Ferri (1856-1929), discípulo de Lombroso, fundou a Sociologia Criminal 6. E ainda outro: Rafael Garafalo (1851-1934) PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ESCOLA POSITIVISTA método indutivo; O crime é visto como um fenômeno social e natural oriundo de causas biológicas físicas e sociais Responsabilidade social em decorrência do determinismo e da periculosidade. A pena era vista como um fim a defesa social e a tutela jurídica. ESCOLA TÉCNICO-JURÍDICA
Compartilhar