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História da Energia Elétrica

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História da Energia Elétrica
	
​​Em busca de conforto e agilidade no cotidiano do dia a dia, o homem busca por evolução, na pré-história dominou o fogo, aperfeiçoou sua alimentação, iluminação e segurança. Passamos pela descoberta da roda, ampliando as opções de transporte.
A revolução Industrial aconteceu com a invenção da máquina a vapor, um símbolo energético de grande valor. 
Buscando a ampliação por meios de transportes, o homem dominou a técnica do fogo transformando-o em movimento, transformando o carvão mineral e gás natural em combustível, representando a fonte de energia de maior importância originando as tecnologias mais avançadas.eradoras de Energia Limpa
A energia Elétrica, considerada o símbolo da informação, surgiu há cerca de cem anos. Um advento que tornou possível a transformação da mesma em outras formas de energia: iluminação, energia mecânica e o calor.
Vainer (2007) ressalta que o confronto de ideias e projetos resulta num triplo aprendizado:
I) o da democracia, que leva, necessariamente, ao conflito; 
II) o da responsabilização social e ambiental crescente do setor elétrico e de suas empresas; 
III) o da necessidade de qualificar quadros técnicos e criar os espaços legais e institucionais favoráveis à resolução e/ou explicitação dos novos conflitos e desafios sociais e ambientais associados aos grandes projetos hidrelétricos. 
A energia hidrelétrica se consolida com o grande potencial de uso considerada matriz energética do Brasil, economicamente viável, ampliando crescimento de forma a atender a demanda crescente, disponibilizando complexos recursos hídricos, com incentivos fiscais do Governo Federal, transforaram-se em uma potencialidade para geração de energia elétrica nacional. 
Existem várias definições de Energia Nuclear:	
É a energia liberada quando ocorre a fissão dos átomos. Num reator nuclear ocorre em uma seqüência multiplicadora conhecida como "reação em cadeia".
Energia de um sistema derivada de forças coesivas que contêm protons e neutrons juntos como o núcleo atômico.
É a quebra, a divisão do átomo, tendo por matéria prima minerais altamente radioativos, como o urânio.
Os prótons têm a tendência de se repelirem, porque têm a mesma carga (positiva). Como eles estão juntos no núcleo, comprova-se a realização de um trabalho para manter essa estrutura, implicando, em conseqüência, na existência de energia no núcleo dos átomos com mais de uma partícula. A energia que mantém os prótons e nêutrons juntos no núcleo é a ENERGIA NUCLEAR.
Alguns isótopos de certos elementos apresentam a capacidade de, através de reações nucleares, emitirem energia durante o processo. Baseia-se no princípio que nas reações nucleares ocorre uma transformação de massa em energia. A reação nuclear é a modificação da composição do núcleo atômico de um elemento podendo transformar-se em outro ou outros elementos. Esse processo ocorre espontaneamente em alguns elementos; em outros deve-se provocar a reação mediante técnicas de bombardeamento de neutrons ou outras.
A energia que o núcleo do átomo possui, mantendo prótons e nêutrons juntos, denomina-se energia nuclear. Quando um nêutron atinge o núcleo de um átomo de urânio-235, dividindo-o com emissão de 2 a 3 nêutrons, parte da energia que ligava os prótons e os nêutrons é liberada em forma de calor. Este processo é denominado fissão nuclear.
Conhecida como a energia que pode causar maiores danos ao homem e ao meio ambiente, a energia nuclear surgiu no século XX, atualmente, pouco utilizada devido seus riscos. 
 A conversão de energia solar diretamente em energia elétrica, utilizando o hidrogênio como fonte de energia, brevemente, terá grande importância para a vida do planeta. 
O gás natural, produzido pelas termoelétricas utilizando altas tecnologias será fator importante garantindo as exigências de energia do Brasil.
 Buscando novas fontes de energia descobre-se a energia eólica é aproveitada pela movimentação do ar, utilizando o vento em fonte de energia, renovável, limpa e disponível em todo o Planeta.
Atualmente, somos totalmente dependentes da energia elétrica, é responsável por quase todos os utilitários domésticos e industriais, capaz de funcionar a televisão, o chuveiro, o rádio, telefone, o computador veiculando as informações no planeta em tempo real.
Hidrelétricas Brasileiras
	O Brasil iniciou a produção de energia elétrica no século XIX, concomitante com a Europa. As primeiras concessionárias de energia elétrica chegaram ao Brasil no século XX, aumentando da produção de energia elétrica viabilizando o consumo urbano e industrial.
 	Com a aquisição da energia elétrica pelas concessionárias estrangeiras, na década de 20, ocorreu um progresso técnico na geração de eletricidade. Instalaram nesta década Usina de Cubatão, em 1921, da The São Paulo Light and Power, permitindo a ampliaçãoe oferta de energia elétrica, possibilitando o consumo da proximidade das fontes, permitindo rande progresso no desenvolvimento urbano e industrial que se iniciava.
As concessionárias estrangeiras marcaram o desenvolvimento inicial da indústria elétrica no Brasil. Os principais grupos foram: a holding Brazilian Traction, Light and Power C. Ltda., que controlava a produção e a distribuição nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo e diversas
pequenas localidades vizinhas; a American Share Foreign Power Company (Amforp), filial da americana Bond and Share, que controlava a geração e a distribuição de energia elétrica no interior do Estado de São Paulo, em Porto Alegre, Pelotas, Salvador, Recife, Natal, Vitória e interior do Estado do Rio de Janeiro (FELICIANO, 1988).
	Com os benefícios evidentes da eletricidade para a população e para concessionárias, na década de 1930 levou o governo a intervir neste importante setor na tentativa de regulamentar as concessões e diminuir o valor da eletricidade, visivelmente elevado o preço para o consumidor. Eduardo Guinle, publicado em 1933 e intitulado "A Light e seus negócios da China", que argumentava que o elevado preço da eletricidade se devia às condições que regulavam as concessões desde os princípios do século.
Na década de 1930, criou-se no país o Departamento Nacional da Produção Mineral(DNPM), abrangendo uma Diretoria de Águas, extinguiu-se a cláusula-ouro como base para a fixaçãodas tarifas de energia elétrica e, em 10 de julho de 1934, promulgou-se o Código de Águas (Decreton° 24.643), para regular o setor de águas e energia elétrica, atribuindo à União o poder de autorizar ou conceder o aproveitamento de energia hidráulica e de exercer um controle mais rigoroso sobre as concessionárias, através da fiscalização técnica financeira e orçamentária; distinguindo a propriedade do solo e a das quedas d’água e outras fontes de energia hidráulica - que passaram à propriedade da União - e estabelecendo a fixação das tarifas sob a forma de serviço pelo custo. http://www2.camara.leg.br/documentos-e-pesquisa/publicacoes/estnottec/pdf/111780.pdf
De acordo com Guinle (1933), não existia bases para a fixação do preço e sua exploração comercial, numa clara alusão ao padrão ouro e à paridade cambial, estabelecidas nos contratos de concessão que não incorporavam os ganhos de produtividade decorrentes do progresso técnico e do adensamento de carga. Emergindo a necessidade do Poder Público competir com a exploração de energia elétrica viabilizando a redução das tarifas energéticas.
No ano de 1934, com a promulgação do Código de Águas, a situação do setor elétrico iniciou suas alterações. A regulamentação sobre a propriedade e utilização das águas, esclarecia as autorizações e concessões para exploração dos serviços de energia elétrica, criando critérios e determinando as tarifas desses serviços públicos estabelecendo a competência dos Estados na execução do próprio Código. Veiculando modificações fundamentais na legislação sobre o aproveitamento de recursos hídricos, fixação de tarifas, as alterações radicais eliminando a liberdade tarifária quepermitia às concessionárias contratar suas tarifas milionárias.
De acordo com Lima:
No que se refere ao processo de fixação de tarifas, as alterações propostas pelo Código de Águas foram radicais: até o ano de 1933 vigorava a liberdade tarifária que permitia às concessionárias contratar suas tarifas em equivalente ouro, havendo, assim, uma correção monetária embutida. Em 1933, o Decreto n.23.501, de 27 de novembro, proibia quaisquer tipos de contrato que estipulassem pagamentos em tarifa ouro, em outra moeda que não a do país. Em 1934, um ano e meio depois, o Código de Águas estabelecia definitivamente o processo de fixação de tarifas, a partir do serviço pelo custo. Esta questão - o custo histórico - foi regulamentada em 1941, em outro Decreto-Lei (n.3.128) que estabelecia que o investimento das empresas de energia elétrica fosse determinado por meio de tombamento, servindo como elemento base para o cálculo de tarifas e de possíveis indenizações em caso de encanamento de empresas pelo Estado. Fixava ainda o limite de 10% sobre o investimento para o lucro das empresas (LIMA, 1984).
No governo de Getúlio Vargas, ano d e1937, ampliou a economia estatal, proibindo a utilização de recursos hidráulicos por companhias estrangeiras. O Conselho Nacional de Águas e Energia Elétrica (CNAEE), foi criado em 1939, com o propósito de cuidar do fornecimento de energia, da tributação dos serviços de eletricidade e da fiscalização das empresas concessionárias do setor. 
Com todas essas regularizações na legislações brasileiras, a privatização dominou o setor elétrico até 1950. O grupo Light , em 1930, produzia 44,1% da energia elétrica gerada no país, ampliando para 53,7% em 1940, as concessionárias do grupo Amforp forneciam 12,6% da capacidade total de geração elétrica instalada no Brasil no ano de1945.
No eixo Rio - São Paulo, no entanto, onde houve o mais dinâmico desenvolvimento industrial brasileiro desde 1930, estava o grande problema quanto ao abastecimento de energia elétrica. A Light, concessionária da região, já na década de 1940 havia esgotado os potenciais hidrelétricos, contando apenas com a ampliação da capacidade instalada das usinas existentes. Havia uma recorrente falta de energia elétrica no centro da economia do país. Além da demora no atendimento para novas instalações e, portanto, caracterizando situação de demanda reprimida, havia freqüentes interrupções no fornecimento e quedas abruptas na voltagem, o que causava sérios entraves ao desenvolvimento econômico (TENDLER, 1968).
A inauguração da primeira usina hidroelétrica de grande porte do Nordeste,Usina de Paulo Afonso, atualmente denominada de Paulo Afonso I, no ano de 1955, pela CHESF, com potencial para gerar de 184 megawatts, veiculou o movimento para construção de novas empresas de economia mista no setor, constituindo as empresas Centrais Elétricas de Minas Gerais (Cemig), Companhia Hidrelétrica do Rio Pardo (Cerp) – posteriormente absorvida pelas Centrais Elétricas de São Paulo (Cesp) –, a Companhia de Energia Elétrica do Paraná (Copel) e outras.
Para auxiliar a superação dos problemas de abastecimento da região Sudeste, foi criada, em 1957, a empresa federal Central Elétrica deFurnas, no Rio Grande, com elevado aproveitamento energético. Essa usina entrou em operação em 1963, no auge da crise de abastecimento (agravada pela ocorrência de um ano de secas, quando a represa de B i l - lings, em São Paulo, chegou a esvaziar quase completamente), e foi capaz de evitar o racionamento que vinha causando sérios transtornos à população e às indústrias (FELICIANO, 1988).
	O governo federal com intenção de intervir na atividade econômica, induziu a concepção da ELETROBRÁS (Centrais Elétricas Brasileiras S. A.), criada em 1961 com intuito de coordenar o setor elétrico do país, solidificou durante as décadas de 60 e 70, criando-se suas subsidiárias subsidiárias Eletrosul, em1968 e Eletronorte, em 1972 mantida ascensão do controle da CHESF e de Furnas Centrais Elétricas (Furnas).
	
Utilizando o amplo potencial hidráulico do país, privilegiou-se a geração hidroelétrica no Brasil, na tentativa de diminuir a dependência nacional em relação ao petróleo importado, que crescia de maneira significativa. A falta de cálculo e planejamento das taxas de descontos, não foram estudadas causando prejuízo para o estado, beneficiando as hidroelétricas.
Conforme ORSELLI, 1989, com as dívidas contraídas pelo setor eram na maioria de curto prazo, quando as taxas de juros internacionais se elevaram, as empresas elétricas começaram a encontrar grandes dificuldades para concluir seus projetos, todos de longo prazo, e saldar o que deviam.
 Iniciando a década de 1980, apareceram os primeiros sinais da crise do setor elétrico nacional, com a inadimplência das empresas. A escassez de recursos estatais para novos investimentos, em razão da contenção tarifária utilizada como ferramenta em tentativas que não obtiveram sucesso elevando o controle inflacionário elevando o aumento da inadimplência das empresas de energia no país.
Na década de 1980, os interesses do poder central, representados pela Eletrobrás, passam a se mostrar cada vez mais conflitantes se relacionadoscom os das empresas estaduais. Interesses econômicos regionais, externos ao próprio setor; disputas por aproveitamento de geração, que foi concedido prioritariamente às empresas do Grupo Eletrobrás pelo governo federal; e a luta por recursos setoriais cada vez menores, especialmente para o término de obras, estão na raiz desse conflito (MEDEIROS, 1993).
	Surgindo o calote em cascata, as concessionárias geradoras de energia estatais, federais ou estaduais não efetuavam o pagamento pelos combustíveis utilizados, não cumpriam seus compromissos comerciais, fiscais e tributários e, quiçá, previdenciários. Veiculando as concessionárias distribuidoras, estatais, federais ou estaduais, a ficarem impossibilitadas de realizar o pagamento às concessionárias geradoras. O poder público, semelhantemente aos grandes consumidores estatais, federais, estaduais e municipais e os grandes consumidores privados, por inadimplência ou por contratos favorecidos, não realizava o pagamento da energia elétrica consumida. Os fornecedores de combustíveis, matérias-primas e insumos não pagavam ao fisco ou a seus próprios fornecedores.
No início da década de 90 criou-se Plano de Recuperação Setorial (PRS), do Plano de Revisão Institucional do Setor Elétrico (Revise) e da proposta de criação da Empresa Supridora de Energia Elétrica (ENSE), que compraria toda energia elétrica gerada ficando responsável pela transmissão e revenda do produto às empresas distribuidoras. Esses planos foram inadequados, não tratava da incapacidade do Estado para prover os recursos necessários à expansão das atividades da área de energia elétrica no Brasil.
 A prática generalizada do calote pelos Estados em relação à União, pelos Municípios em relação aos Estados e pelos grandes consumidores em relação aos três primeiros.
Através da Lei nº 8.631, de 4 de março de 1993, conhecida como Lei Eliseu Resende, em homenagem ao Deputado mineiro, alterada pela Lei nº 8.724, de 28 de outubro de 1993, realizando um acerto de contas entre a União e os diversos agentes do setor elétrico brasileiro, que desempenhavam simultaneamente os papéis de credores e devedores.
Conforme chama a atenção para SchererWarren:
A construção destas grandes obras implica uma considerável ocupação territorial, que podem ser em espaços desocupados, como em já habitados. Só mais recentemente estão se pesquisando as consequências sociais destes grandes projetos sobre as populações diretamente atingidas, habitantes das áreas de sua implementação e que são removidas de suas terras e/ou moradias em decorrência destas, ou indiretamente atingidas, vítimas de seus reflexos. (SCHERERWARREN,1996).
Encontra-se à frente do Brasil a Rússia e a China, o Brasil é o terceiro colocado em produção de energia hidrelétrica, importando parte da mesma. Ausina de Itaipu, situada na divisa com o Paraguai, é considerada a maior usina hidrelétrica das Américas, 50% da produção é destinada ao país vizinho, vendendo o excedente para o Brasil, desta forma Itaipu é considerada a segunda maior do mundo.
A transformação de energia mecânica em elétrica foi um acontecimento impactante, devido a chegada das turbinas importadas dos Estados Unidos que funcionou pela primeira vez na Usina de Marmelos, na cidade de Juiz de Fora, acontecimento ocorrido há mais de um século que colocou o Brasil rumo a se tornar o maior gerador de energia elétrica, produzindo os primeiros watts/hora (W/h) de energia hidrelétrica gerados na América Latina foram possíveis graças às águas do Rio Paraibuna, que atravessa a Zona da Mata mineira e deságua no litoral fluminense. 
De acordo com Chiosi (1979) uma barragem é:
[...] um elemento estrutural, construído transversalmente à direção de escoamento deum curso d’água, destinada à criação de um reservatório artificial de acumulação de água [...]. Os objetivos que regem a construção de uma barragem são vários e os principais se resumem em: aproveitamentos hidrelétricos; regularização de vazões; abastecimento doméstico e industrial; controle de inundações; irrigação. (CHIOSI,1979).
No Brasil dois grandes sistemas estruturais integrados são responsáveis pela geração de energia: o sistema Sul-Sudeste-Centro-Oeste e o sistema Norte-Nordeste, que correspondem, respectivamente, por 70% e 25% da produção de energia hidrelétrica no Brasil.
 
O País está entre os que possuem a maior estrutura de recursos naturais para geração de energia do mundo. Podemos descrever as maiores geradoras de energia do Brasil:
1) Usina Hidrelétrica de Itaipu, Estado: Paraná, Rio: Paraná, Capacidade: 14.000 MW
 
2)  Usina Hidrelétrica de Belo Monte, Estado: Pará, Rio: Xingú, Capacidade: 11.233 MW
 
3) Usina Hidrelétrica São Luíz do Tapajós, Estado: Pará, Rio: Tapajós, Capacidade: 8.381 MW
 
4)    Usina Hidrelétrica de Tucuruí, Estado: Pará, Rio: Tocantins, Capacidade: 8.370 MW
 
5)      Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, Estado: Rondônia, Rio: Madeira, Capacidade: 3.300 MW
 
6)      Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira, Estado: São Paulo, Rio: Paraná, Capacidade: 3.444 MW
 
7)      Usina Hidrelétrica de Jirau, Estado: Rondônia, Rio: Madeira, Capacidade: 3.300 MW
 
8)      Usina Hidrelétrica de Xingó, Estados: Alagoas e Sergipe, Rio: São Francisco, Capacidade: 3.162 MW 
 
9)      Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso IV, Estado: Bahia, Rio: São Francisco,| Capacidade: 2.462 MW
 
10)   Usina Hidrelétrica Jatobá, Estado: Pará , Rio: Tapajós , Capacidade: 2.338 MW
História da construção da Usina de Furnas 
O engenheiro Francisco Noronha, empregado da CEMIG, saiu para pescar, a convite da família Mendes Júnior e descobriu as Corredeiras das Furnas. Ciente que a Cemig buscava no Rio Grande um lugar ideal para a construção de uma usina hidrelétrica. O engenheiro, admirado, tirou fotos, esquematizou barragens sobre as mesmas, calculando a profundidade do reservatório, em Belo Horizonte, apresentou seus estudos ao engenheiro John Reginald Cotrim, então vice-presidente da Cemig e futuro presidente de FURNAS.
De acordo com Wikipédia:
A Usina Hidrelétrica de Furnas foi a primeira a ser construída pela empresa de quem ela herdou o nome. Está localizada no curso médio do Rio Grande, no trecho denominado "Corredeiras das Furnas", entre os municípios de São José da Barra e São João Batista do Glória, em Minas Gerais. No início da construção pertencia ao município de Alpinópolis-MG, e possui uma potência nominal de 1.216 MW (8 x 152 MW)2 , propiciada por um desnível máximo para geração de 90 metros3 . A operação da Usina de Furnas está certificada pela NBR ISO 9002, desde dezembro de 2000.
Verificando o local, Reginald Cotrim concluiu que aquele local comportaria a edificação de uma usina com potencial elevado, capaz de atender as principais regiões socioeconômicas do Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, impedindo a crise energética que ameaçava o país.
		Com a posse Juscelino Kubitschek de Oliveira toma posse, em 31 de janeiro em 1956, como presidente do Brasil. Cotrim integrava a equipe do presidente desde 1955, e em 28 de fevereiro com a assinatura do decreto decreto 41.066 e criou uma das maiores obras do seu governo: a Central Elétrica de Furnas, com sede em Passos, Minas Gerais.
		Juscelino Kubitschek utilizava o slogan “50 anos em cinco”, e um “Plano de Metas” que instituía 31 objetivos a serem alcançados, priorizando os setores de energia, transportes, alimentação, indústria, educação e a construção de Brasília.
		Baseando em estudos sobre economia do país, no ano de 1953, por uma Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL) e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE), presidido por Celso Furtado. Buscando atendimento a demanda para o cumprimento das metas estabelecidas Juscelino Kubitschek veiculou suporte no poder público evitando o déficit de energia, pois a capacidade instalada de geração de energia não atendia as taxas da economia.
		
 O crescimento da Região Sudeste, recomendava a implantação de obras que adicionassem pelo menos 1.000 MW de energia, representando um terço da capacidade total instalada no Brasil. Surgindo a Usina Hidrelétrica de Furnas (MG) como opção estratégica para atender a grande industrialização, representando uma contribuição de 1.500.000 cavalos vapor para a região de São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
O reservatório, um dos maiores do Brasil, com 1.440 km² e 3.500 km de perímetro, banha 34 municípios de Minas Gerais. A inundação de áreas férteis trouxe prejuízos para os agricultores, mas possibilitou, além do desenvolvimento da região com a nova usina, o aumento da renda relacionada ao turismo, visto que a inundação formou novas e belas paisagens, como os cânions na cidade de Capitólio. ( Wikipédia)
Situada no trecho médio do Rio Grande , a Hidrelétrica de Furnas, abrange vários municípios dentre eles de Delfinópolis/MG, Cássia/MG, Ibiraci/MG, São José da Barra/MG, São João Batista do Glória/MG. Sua construção é composta por dois braços: o primeiro formado pelas águas do Rio Grande, com 240 km de extensão. O segundo, constituído pelas águas do Rio Sapucaí, possuindo aproximadamente 170 km de extensão. Utilizando seu nível máximo, o reservatório ocupa uma área de 1.400 km², atingindo um perímetro de 3.500 km. Sua bacia de drenagem apresenta uma área total de 54.464 km², tendo em sua influência a composição de 52 municípios, dos quais 34 são lindeiros ao lago e uma população que conta com 904.806 habitantes, conforme o censo do IBGE (2000).
De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o lago da Usina Hidrelétrica de Furnas possui capacidade para armazenar 17,42% do volume represável pelos reservatórios do Sistema Sudeste/Centro Oeste, representando 67,7% do armazenamento de água do sub-sistema do Rio Grande.
No ano de 2007, Furnas aprimorou sua Política de Recursos Hídricos estabelecendo orientações e critérios de utilização desses hídricos pela Companhia no cumprimento de suas atividades. 
Furnas estabeleceu a política baseada nos seguintes princípios:
 Integrar esta política à Política Nacional de Recursos Hídricos e às demais Políticas da Companhia;
 Promover a integração com as comunidades, associações e demais partes interessadas visando à troca de informações que auxiliem a implementação da Política de Recursos Hídricos, de forma participativa;
 Atuar em articulação com os órgãos do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos e com o Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS, visando atenuar os efeitos adversos de eventos hidrológicos críticos sobre as populações situadas em locais que sofram influência dos empreendimentos da Companhia;
 Promover o uso racional da água, de forma a assegurar o atendimento ao mercado de energia elétrica sob responsabilidadede Furnas, considerando seus usos múltiplos;
 Acompanhar o comportamento limnológico e da qualidade da água dos reservatórios das usinas da Companhia e dos demais corpos hídricos utilizados em seus empreendimentos, propondo medidas para prevenir e mitigar eventuais impactos nos recursos aquáticos, junto aos órgãos ambientais competentes, quando pertinentes;
 Atuar na gestão dos recursos hídricos das bacias hidrográficas onde estão localizados seus empreendimentos; 
 Promover a capacitação dos empregados de Furnas, visando aprimorar o conhecimento sobre a Política Nacional de Recursos Hídricos e o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, bem como a sua representação em fóruns de recursos hídricos; 
 Aplicar os princípios desta Política às etapas de planejamento, projeto, construção e operação de seus empreendimentos.
		
		Atualmente, o sistema Furnas Geração de Energia, conta com 17 usina hidrelétricas, duas termelétricas, com uma extensão de 23 mil km de transmissão e 65 subestações.

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