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www.cers.com.br Carreiras Jurídicas Mód. II Direito Empresarial Juan Vasquez 1 DIREITO EMPRESARIAL PROF. JUAN LUIZ SOUZA VAZQUEZ facebook.com/professorjuanvazquez TJSP - APELAÇÃO Nº 0015044- 98.2009.8.26.0566 - 14ª CÂMARA DE DIREITO PRIVADO DO TJ SP – DES. : PEDRO ABLAS – 19/09/2012 AÇÃO MONITÓRIA. Cheque. Alegação de que o negócio jurídico pago com as cártulas extrapola o objeto social da empresa sacadora Ocorrência Aplicação da ultra vires doctrine, prevista no art. 1.015, parágrafo único, III do CC. A sociedade limitada sacadora do título tem como objeto social o comércio de combustíveis, enquanto que a beneficiada dedica-se à prestação de serviços médicos e cirúrgicos. [...] [...]O próprio sócio emitente do título de crédito confirma que o cheque foi utilizado para pagamento de cirurgia estética de sua ex-esposa. Não havendo como conceber que o negócio jurídico contraído com a clínica tenha sido em favor do posto de gasolina, é de rigor a aplicação da teoria ultra vires societatis prevista no art. 1.015, § único, III do CC para afastar a responsabilidade da apelante no pagamento do débito representado pelos títulos, devendo a credora se voltar unicamente contra o sócio que as emitiu em patente irregularidade, único responsável pelo pagamento. [...] TJSP - APELAÇÃO Nº: 9154739- 94.2008.8.26.0000 - 19ª CÂMARA DE DIREITO PRIVADO DO TJSP DES. RICARDO NEGRÃO [...] FIANÇA — Pessoa jurídica — Exoneração - Garantia de obrigação estranha ao objeto social da sociedade empresária - Prestação da garantia "de favor” expressamente vedada pelo contrato social - Conhecimento da recorrida acerca dessa cláusula — Má-fé da exequente — Assunção do risco do negócio - Atos ultra vires societates verificados - Ausência de responsabilidade da fiadora embargante — Responsabilidade dos sócios pela dívida afiançada (arts. 1.105, parágrafo único, incisos I a III, e 1.016, do CC). Provimento ao recurso. [...] www.cers.com.br Carreiras Jurídicas Mód. II Direito Empresarial Juan Vasquez 2 RESP 704.546/DF [...] 4. No caso em julgamento, o acórdão recorrido emprestou, corretamente, relevância à boa-fé do banco credor, bem como à aparência de quem se apresentava como sócio contratualmente habilitado à prática do negócio jurídico. 5. Não se pode invocar a restrição do contrato social quando as garantias prestadas pelo sócio, muito embora extravasando os limites de gestão previstos contratualmente, retornaram, direta ou indiretamente, em proveito dos demais sócios da sociedade fiadora, não podendo estes, em absoluta afronta à boa-fé, reivindicar a ineficácia dos atos outrora praticados pelo gerente. [...] PENHORA E LIQUIDAÇÃO DA QUOTA DO SÓCIO Art. 1.026. O credor particular de sócio pode, na insuficiência de outros bens do devedor, fazer recair a execução sobre o que a este couber nos lucros da sociedade, ou na parte que lhe tocar em liquidação. Parágrafo único. Se a sociedade não estiver dissolvida, pode o credor requerer a liquidação da quota do devedor, cujo valor, apurado na forma do art. 1.031, será depositado em dinheiro, no juízo da execução, até noventa dias após aquela liquidação. ENUNCIADO 386 DA IV JORNADA DE DIREITO CIVIL DO CJF Na apuração dos haveres do sócio, por conseqüência da liquidação de suas quotas na sociedade para pagamento ao seu credor (art. 1.026, parágrafo único), não devem ser consideradas eventuais disposições contratuais restritivas à determinação de seu valor. ENUNCIADO 387 DA IV JORNADA DE DIREITO CIVIL DO CJF www.cers.com.br Carreiras Jurídicas Mód. II Direito Empresarial Juan Vasquez 3 A opção entre fazer a execução recair sobre o que ao sócio couber no lucro da sociedade, ou na parte que lhe tocar em dissolução, orienta-se pelos princípios da menor onerosidade e da função social da empresa. ENUNCIADO 388 DA IV JORNADA DE DIREITO CIVIL DO CJF O disposto no art. 1.026 do Código Civil não exclui a possibilidade de o credor fazer recair a execução sobre os direitos patrimoniais da quota de participação que o devedor possui no capital da sociedade. ENUNCIADO 389 DA IV JORNADA DE DIREITO CIVIL DO CJF Quando se tratar de sócio de serviço, não poderá haver penhora das verbas descritas no art. 1026, se de caráter alimentar. SITUAÇÃO CÔNJUGE NA SEPARAÇÃO Art. 1.027. Os herdeiros do cônjuge de sócio, ou o cônjuge do que se separou judicialmente, não podem exigir desde logo a parte que lhes couber na quota social, mas concorrer à divisão periódica dos lucros, até que se liquide a sociedade. MORTE DE SÓCIO Art. 1.028. No caso de morte de sócio, liquidar- se-á sua quota, salvo: I - se o contrato dispuser diferentemente; II - se os sócios remanescentes optarem pela dissolução da sociedade; III - se, por acordo com os herdeiros, regular-se a substituição do sócio falecido. EXERCÍCIOS (VUNESP - 2011 - TJ-SP – Juiz: Nas sociedades simples, é correto afirmar que a) todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício de ordem – referente à execução em primeiro lugar dos bens sociais – aquele que contratou pela sociedade. b) o sócio sempre participa dos lucros e das perdas na proporção das respectivas quotas. c) os poderes do sócio investido na administração por cláusula do contrato social podem ser revogados, a qualquer tempo, por meio de ato separado, desde que subscrito pela maioria dos sócios. d) a administração da sociedade, nada dispondo o contrato social, compete separadamente a cada um dos sócios. e) é anulável a estipulação contratual que exclua qualquer sócio de participar dos lucros e das perdas. (VUNESP - 2009 - TJ-SP – Juiz: Na sociedade simples, a) as obrigações dos sócios terminam quando a sociedade tornar-se inativa. b) as modificações do contrato social que tenham por objeto a denominação, o objeto, a sede e o prazo da sociedade podem ser decididas por maioria absoluta de votos. c) nos 60 (sessenta) dias subsequentes à sua constituição, a sociedade deverá requerer a www.cers.com.br Carreiras Jurídicas Mód. II Direito Empresarial Juan Vasquez 4 inscrição do contrato social no Registro Civil das Pessoas Jurídicas do local de sua sede. d) a administração poderá ser exercida por pessoa nomeada por instrumento em separado, averbado à margem da inscrição da sociedade. RESPONSABLIDADE DOS SÓCIOS Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo, respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais. ADMINISTRAÇÃO DA SOCIEDADE Art. 1.042. A administração da sociedade compete exclusivamente a sócios, sendo o uso da firma, nos limites do contrato, privativo dos que tenham os necessários poderes. LIQUIDAÇÃO DA COTA DO SÓCIO? Art. 1.043. O credor particular de sócio NÃO PODE, antes de dissolver-se a sociedade, pretender a liquidação da quota do devedor. Parágrafo único. Poderá fazê-lo quando: I - a sociedade houver sido prorrogada tacitamente; II - tendo ocorrido prorrogação contratual, for acolhida judicialmente oposição do credor, levantada no prazo de noventa dias, contado da publicação do atodilatório. SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES SOCIEDADE LIMITADA CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 2ª AULA: Sociedade Limitada. Responsabilidade dos Sócios. Cessão de Quotas. Direito Retirada. Exclusão de Sócios. Administração INFORMATIVO DO STJ Nº 493 EXECUÇÃO FISCAL. REDIRECIONAMENTO. SÓCIO NÃO GERENTE. QUALIFICAÇÃO JURÍDICA DOS FATOS. A Turma reiterou o entendimento do STJ sobre a hipótese de redirecionamento da execução fiscal contra sócio-gerente, que depende de comprovação de conduta com excesso de mandato ou infringência da lei, contrato social ou estatuto, não bastando a simples inadimplência no recolhimento de tributos. Ademais, para haver o redirecionamento na hipótese de dissolução irregular da sociedade, exige-se a permanência do sócio na www.cers.com.br Carreiras Jurídicas Mód. II Direito Empresarial Juan Vasquez 5 administração no momento da irregularidade. INFORMATIVO DO STJ Nº 493 EXECUÇÃO FISCAL. REDIRECIONAMENTO. SÓCIO NÃO GERENTE. QUALIFICAÇÃO JURÍDICA DOS FATOS. [...] No caso, o ex-sócio não exerceu nenhuma atividade de gerência na sociedade e foi excluído desta antes da dissolução irregular, razão pela qual não é possível o redirecionamento da execução fiscal contra ele. [...] Precedentes citados: REsp 1.035.260-RS, DJe 13/5/2009; AgRg no Ag 1.005.938-RS, DJe 12/4/2010, e EAg 1.105.993-RJ, DJe 1º/2/2011. AGRG NO RESP 1.279.422-SP, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 13/3/2012. DIREITO DE RETIRADA Art. 1.077. Quando houver modificação do contrato, fusão da sociedade, incorporação de outra, ou dela por outra, terá o sócio que dissentiu o direito de retirar-se da sociedade, nos trinta dias subseqüentes à reunião, aplicando-se, no silêncio do contrato social antes vigente, o disposto no art. 1.031.
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