Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal de Pernambuco CCEN - Departamento de F´ısica 1a Avaliac¸a˜o de F´ısica Geral 2 - 2018.1 26/03/2018 Testes: Problema 1: Problema 2: Nota Final: Nome: CPF: Turma: Nos testes, na˜o sera˜o considerados os ca´lculos ou anotac¸o˜es, apenas as respostas sera˜o avaliadas. Indicar apenas uma resposta em cada teste, nesta mesma folha. Por outro lado, nos problemas, e´ necessa´rio que seja demonstrado explicitamente como a resposta foi obtida. A resoluc¸a˜o dos problemas deve ser feita no caderno de provas.- Teste 1 (1,0) Um sate´lite artificial da Terra passa de uma o´rbita circular de raio R para uma o´rbita circular de raio 2R. Durante a transic¸a˜o, (a) a forc¸a gravitacional realiza um trabalho positivo, a energia cine´tica do sate´lite aumenta e a energia potencial do sistema Terra-sate´lite aumenta. (b) a forc¸a gravitacional realiza um trabalho positivo, a energia cine´tica do sate´lite aumenta e a energia potencial do sistema Terra-sate´lite diminui. (c) a forc¸a gravitacional realiza um trabalho positivo, a energia cine´tica do sate´lite diminui e a energia potencial do sistema Terra-sate´lite aumenta. (d) a forc¸a gravitacional realiza um trabalho negativo, a energia cine´tica do sate´lite aumenta e a energia potencial do sistema Terra-sate´lite diminui. (e) a forc¸a gravitacional realiza um trabalho negativo, a energia cine´tica do sate´lite diminui e a energia potencial do sistema Terra-sate´lite aumenta. Soluc¸a˜o: A resposta correta e´ o item (e). Partindo da o´rbita com raio R para o´rbita com raio 2R, o trabalho exercido pela forc¸a gravitacional e´ negativo, pois o deslocamento se da´ no sentido contra´rio do vetor forc¸a gravitacional. Uma forma de verificar tal afirmac¸a˜o e´ fazer W = ∫ 2R R ~F (r) · d~r, onde ~F (r) · d~r = F (r)dr cos(φ), sendo φ = 180◦, logo cos(φ) = −1. Substituindo ~F (r) = GmM/r2rˆ obteˆm-se um trabalho negativo, W = −GmM/2R, realizado pela ~F (r) para que o sate´lite passe de uma o´rbita menor para uma maior. Relacionando a forc¸a gravitacional ~F (r) = GmM/r2rˆ com ~F (r) = m~ac, onde ~ac e´ acelerac¸a˜o centr´ıpeta, que pode ser reescrita em termos da velocidade angular por ac = ω 2r ou ainda em func¸a˜o da velocidade linear ac = v 2/r, tem-se que F (r)r/m = v2. Substituindo a forc¸a gravitacional obteˆm-se GmMr/mr2 = v2 ou ainda GM/r = v2. Substituindo agora o valor de v2 na equac¸a˜o de energia cine´tica K = 1/2(mv2), verifica-se que a mesma depende do inverso do raio, K = GmM/2r logo, se o raio aumenta de R para 2R, essa energia diminui. De acordo com a expressa˜o U = −GmMR para energia potencial gravitacional, a medida que o raio da o´rbita aumenta, a energia potencial gravitacional tambe´m aumenta. Teste 2 (1,5) Na figura abaixo, a part´ıcula A e´ mantida fixa em x = −0, 20 m no eixo x e a part´ıcula B, com uma massa de 1,0 kg e´ mantida fixa na origem. Uma part´ıcula C (na˜o mostrada) pode ser deslocada ao longo do eixo x, entre a part´ıcula B e x = ∞. A figura mostra um gra´fico da forc¸a gravitacional resultante Fres,x exercida pelas part´ıculas A e C sobre a part´ıcula B em func¸a˜o da posic¸a˜o x da part´ıcula C. O gra´fico, na verdade, se estende indefinidamente para a direita tendendo assintoticamente para −6, 67 × 10−9 N para x→∞. Qual e´ a massa da part´ıcula A e da part´ıcula C? Considere as massas pontuais e a constante gravitacional G = 6, 67× 10−11 N ·m2/kg2. (a) mA = 1 kg, mC = 4 kg (b) mA = 0, 5 kg, mC = 2 kg (c) mA = 4 kg, mC = 40 kg (d) mA = 4 kg, mC = 16 kg (e) mA = 20 kg, mC = 40 kg (f) mA = 1 kg, mC = 2 kg 1 Resposta: d) Justificativa: Primeiro, para achar mA, vamos considerar a situac¸a˜o quando a part´ıcula C e´ removida, ou seja esta´ em x =∞. A u´nica componente da forc¸a sobre e´ dada pela interac¸a˜o de A com B: GmAmB(0,2)2 = 6, 67× 10−9 mA = 4×10−2·6,67×10−9 6,67×10−11 = 4 kg Segundo, vamos usar o ponto no gra´fico onde a forc¸a resultante em B e´ igual zero: GmCmB(0,4)2 − GmAmB(0,2)2 = 0 mC = 4 ·mA = 16 kg. Teste 3 (1,0) Um corpo de massa espec´ıfica %1 uniforme flutua em um fluido com 36 % de seu volume abaixo da superf´ıcie. Um segundo corpo de mesmo volume e massa espec´ıfica uniforme %2 flutua no mesmo fluido com 90 % de seu volume submerso. A raza˜o %2%1 entre as massas espec´ıficas dos corpos e´ igual a: (a) 0,5 (b) 1,0 (c) 1,5 (d) 2,0 (e) 2,5 Resposta: (e) Justificativa: Considere que % e´ a densidade do fluido e V o volume dos objetos. Usando a condic¸a˜o de equil´ıbrio de forc¸as, teremos que o mo´dulo da forc¸a de empuxo e´ igual ao mo´dulo da forc¸a peso. Para o primeiro corpo: %1 · V · g = 0, 36% · V · g % = %1 0, 36 (1) Para o segundo corpo: %2 · V · g = 0, 9% · V · g % = %2 0, 9 (2) Assim, igualando (1) e (2), temos: %2 0, 9 = %1 0, 36 %2 %1 = 2, 5 2 Problema 1 (3,0) A estrutura composta por treˆs vigas homogeˆneas, mostrada na figura abaixo, encontra-se em equil´ıbrio esta´tico. A viga 1 (horizontal) tem massa m=300 kg. (a) (0,5) Esboce um diagrama de corpo livre, indicando todas as forc¸as que atuam na viga 1. (b) (1,5) Escreva as condic¸o˜es de equl´ıbrio esta´tico e calcule as forcc¸as exercidas pelas vigas 2 e 3 sobre a viga 1. (c) (1,0) Considere que as vigas 2 e 3 teˆm a mesma a´rea de sec¸a˜o transver- sal e sa˜o feitas do mesmo material. Os tamanhos destas vigas quando na˜o esta˜o submetidas a tenso˜es sa˜o L2 = 2, 00 m e L3 = 2, 25 m. Calcule a al- tura H, mostrada na figura. Assuma a acelerac¸a˜o da gravidade g = 10m/s2. L/43L/4 H VIGA 2 VIGA 3 g VIGA 1 Soluc¸a˜o: a) L/4L/2 L/4 F2 F3 P b) A condic¸a˜o de equil´ıbrio para as forc¸as e´ F2 + F3 − P = 0⇒ F2 + F3 = mg. Escolhendo como origem do sistema de coordenadas o ponto de contato entre as vigas 1 e 2, a condic¸a˜o de equil´ıbrio para os torques fica P (L/2) = F3(3L/4) ⇒ F3 = 2mg/3⇒ F3 = 2000 N. Substituindo na primeira equac¸a˜o, obtemos F2 = 1000 N. c) Como as vigas 2 e 3 sofrem uma compressa˜o, podemos escrever F2/A2 = E2(∆L2/L2) e F3/A3 = E3(∆L3/L3). Mas A2 = A3 e, como o material e´ o mesmo, os mo´dulos de Young coincidem, E2 = E3. Com isto, podemos escrever F3/F2 = ∆L3L2/(∆L2L3)⇒ ∆L3L2 = 2∆L2L3. Ale´m disso, os tamanhos das vigas 2 e 3, quando a viga 1 esta´ presente, e´ H, ou seja, L2 −∆L2 = L3 −∆L3 = H. Substituindo na equac¸a˜o anterior, chegamos a (L3 −H)L2 = 2(L2 −H)L3 ⇒ H = L3L2/(2L3 − L2) = 1/6 ≈ 0, 17 m. Problema 2 (3,5) O tubo horizontal mostrado na figura abaixo tem uma sec¸a˜o transversal de a´rea de A1 = 20, 00 cm 2 na parte mais larga e A2 = 10, 00 cm 2 na parte mais estreita, como indicado na figura. A a´gua esta´ escoando pelo tubo com uma vaza˜o de 6, 00× 10−3 m3/s. Esse tubo e´ conectado a outro tubo em formato U, contendo uma coluna de mercu´rio. Ache: (a) (1,0) A velocidade de escoamento na parte mais larga v1 e na parte mais estreita v2. (b) (1,0) A diferenc¸a de pressa˜o entre essas duas localizac¸o˜es considerando pontos de mesma altura. (c) (1,5) A diferenc¸a de altura h entre as colunas de mercu´rio no tubo em formato de U. Dados: Massa espec´ıfica da a´gua ρagua = 1×103kg/m3, massa espec´ıfica do mercu´rio ρmer = 13, 5× 103kg/m3, a acelerac¸a˜o da gravidade g = 10m/s2. 3 Soluc¸a˜o: a) Usando a equac¸a˜o da continuidade: R = A1v1 = A2v2 = 6, 00. Vamos transformar a a´rea em m2, A1 = 2, 00× 10−3m2 e A2 = 1, 00× 10−3m2. v1 = 6,00×10−3 2,00×10−3 = 3, 00m/s v2 = 6,00×10−3 1,00×10−3 = 6, 00m/s. b) Pela equac¸a˜o de Bernoulli: p1 + ρaguav 2 1 2 = p2 + ρaguav 2 2 2 p1 − p2 = ρagua(v 2 2−v21) 2 = 1×103 2 (36− 9) = 1, 35× 104 N/m2 c)Pontos de mesma altura no l´ıquido de mercu´rio esta˜o sob mesma pressa˜o. Olhando para o lado esquerdo tubo U, no ponto de intersec¸a˜o a´gua/mercu´rio: p = p1 + ρaguagx1, onde x1 e´ a distaˆncia do ponto de intersec¸a˜o ate´ o pontoonde p1 foi calculado. Do lado direito do tubo U, olhando para um ponto na mesma altura, no mesmo l´ıquido, deve estar sob mesma pressa˜o p = p2 + ρaguagx2 + ρmergh. Logo, p1 + ρaguagx1 = p2 + ρaguagx2 + ρmergh p1 − p2 = ρaguag(x2 − x1) + ρmergh p1 − p2 = (−ρagua + ρmer)gh h = 13,5×10 3 12,5×104 = 1, 08× 10−1m 4
Compartilhar