Buscar

Aprovacao de projetos

Prévia do material em texto

TÉCNICAS DE 
CONSTRUÇÃO CIVIL I
Prof. Me Rudiele A. Schankoski
APROVAÇÃO DE PROJETOS
TRÂMITES LEGAIS
CONHECIMENTO DE LEGISLAÇÃO
• ESTATUTO DAS CIDADES
• CÓDIGO DE OBRAS
• PLANO DIRETOR
PLANO 
DIRETOR
PLANO DIRETOR
DEFINIÇÃO: Lei que orienta e designa o uso do solo,
regulamentando a ocupação.
EM VIGOR: sancionada em 17 de janeiro de 2014 e que
substituiu o Plano Diretor de 1997 a partir do dia 20 de janeiro
de 2014.
FINALIDADE: Visa ORGANIZAR A OCUPAÇÃO DO
TERRITÓRIO MUNICIPAL de forma a proporcionar qualidade de
vida para a população e garantir o desenvolvimento sustentável,
protegendo o meio ambiente e o patrimônio cultural.
PLANO DIRETOR
Deve delimitar:
- parcelamento, edificação e utilização compulsórios do imóvel;
PLANO DIRETOR
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Disciplinar e controlar a ocupação urbana
- Garantir espaço para implantação de vias
- Manter a identidade urbana das áreas residenciais
- Descentralizar as atividades gerados de emprego
- Reforçar a vocação sócio-econômica do Município
- Incentivar a melhoria da infraestrutura turística do
Município.
PLANO DIRETOR
“O conjunto de princípios e regras desta lei é o
compromisso que transcende os interesses da população atual,
trata-se de um pacto que protege a herança recebida da natureza
e dos que no passado viveram na cidade e configura um trato de
responsabilidade das atuais para com as futuras gerações de
cidadãos de Florianópolis.”
PLANO DIRETOR
ZONEAMENTO:
Dividir o território em áreas diferenciadas que recebem
índices urbanísticos específicos para as particularidades de cada
área:
- Controlar o crescimento urbano e o tráfego;
- Proteger áreas não adequadas à ocupação urbana;
- Entre outros.
Escala: macro e micro área
PLANO DIRETOR
MACRO E MICRO ÁREAS
PLANO DIRETOR
11
MACRO E MICRO ÁREAS
PLANO DIRETOR
Afastamentos 
obrigatórios
Altura máxima
Número mínimo de 
vagas
Taxa de 
impermeabilização
Nº máximo de 
pavimentosTaxa de ocupação
Coeficiente de 
aproveitamento
LIMITES DE OCUPAÇÃO DO SOLO
Aplicação simultânea dos parâmetros urbanísticos:
PLANO DIRETOR
Na área dos afastamentos
poderão existir sacadas,
marquises e beirais com no
máximo 0,80m.
LIMITES DE OCUPAÇÃO DO SOLO
AFASTAMENTOS OBRIGATÓRIOS
PLANO DIRETOR
Lei das sombras
Projeção: máx
70º
LIMITES DE OCUPAÇÃO DO SOLO
AFASTAMENTOS OBRIGATÓRIOS - FRONTAL
PLANO DIRETOR
Afastamento Dimensão (m) Critério
Frontal
≥ 4 Caso Geral
Edificações muito altas
Dispensa
Subsolos (Área Mista 
Central-AMC do Polígono 
Central), cujo térreo tenha 
função comercial e a 
calçada garanta um 
sistema de escoamento 
equivalente à taxa de 
permeabilidade exigida
LIMITES DE OCUPAÇÃO DO SOLO
AFASTAMENTOS OBRIGATÓRIOS
PLANO DIRETOR
Altura 
de fachada
Altura 
de cumeeira
LIMITES DE OCUPAÇÃO DO SOLO
AFASTAMENTOS OBRIGATÓRIOS
PLANO DIRETOR
Afastamento Dimensão (m) Critério
Lateral
1,5 em ambas as laterais
Altura de fachada > 7,20m
Altura de cumeeira > 10,20
Testada >15m
1,5 em apenas uma lateral
Altura de fachada ≤ 7,20m
Altura de cumeeira ≤ 10,20
12m ≤Testada ≤15m
Dispensado Testada <12m
LIMITES DE OCUPAÇÃO DO SOLO
AFASTAMENTOS OBRIGATÓRIOS
PLANO DIRETOR
Afastamento Dimensão (m) Critério
Fundo ≥ 3
Altura de fachada > 7,20m
Altura de cumeeira > 
10,20m
Comprimento da fachada ≤ 
40m
Entre 
construções
≥ 3
Altura de fachada ≤ 7,20m
Altura de cumeeira ≤ 
10,20m
≥ 6
Altura de fachada > 7,20m
Altura de cumeeira > 10,20
LIMITES DE OCUPAÇÃO DO SOLO
AFASTAMENTOS OBRIGATÓRIOS
PLANO DIRETOR
Desconsideram-se:
– Chaminés, casas de máquinas, antenas e similares
implantados na cobertura;
– Subsolo: se a face superior do piso ou laje da cobertura
do subsolo estiver há 1,50m acima do nível do terreno;
Situações especiais: 
• Terrenos em aclive/declive: seções planas de 15m de
profundidade a partir da menor cota altimétrica;
• Sobrelojas ou mezaninos: + 3m às alturas máximas do P.D.
LIMITES DE OCUPAÇÃO DO SOLO
ALTURA MÁXIMA
PLANO DIRETOR
É um número que, multiplicado pela área do lote, indica a
quantidade máxima de m² que podem ser construídos em um lote,
somando-se as áreas de todos os pavimentos.
LIMITES DE OCUPAÇÃO DO SOLO
ÍNDICE DE APROVEITAMENTO (IA)
PLANO DIRETOR
Básico: direito de construir.
Máximo: instrumentos de desenvolvimento urbano “solo criado”,
como outorga onerosa do direito de construir (habitações de
interesse social são dispensadas) ou a transferência do direito de
construir (urbanização de interesse social, implantação de
equipamentos públicos) que permitem que o proprietário possa
edificar além do seu direito regular.
LIMITES DE OCUPAÇÃO DO SOLO
ÍNDICE DE APROVEITAMENTO (IA)
PLANO DIRETOR
Áreas não computadas:
- Garagem, exceto em edificações unifamiliares;
- Sótãos em edificações unifamiliares;
- Equipamentos de lazer ao ar livre no nível natural do terreno ou
terraço (exemplos.: parque infantil e jardins);
- Helipontos, casas de máquinas e de bombas, caixas d’água no
plano de cobertura.
LIMITES DE OCUPAÇÃO DO SOLO
ÍNDICE DE APROVEITAMENTO (IA)
PLANO DIRETOR
É a relação percentual entre a projeção
da edificação e a área do terreno, ou
seja, representa a porcentagem do
terreno que pode ser construído.
LIMITES DE OCUPAÇÃO DO SOLO
TAXA DE OCUPAÇÃO (TO)
PLANO DIRETOR
TO não está ligada ao nº de pavimentos, se os pavimentos
superiores estiverem contidos dentro dos limites do pavimento térreo.
Desta forma, o número da pavimentos não faz diferença.
Porém, se um ou mais pavimentos tiverem elementos que se
projetam para fora, então a TO será alterada.
LIMITES DE OCUPAÇÃO DO SOLO
TAXA DE OCUPAÇÃO (TO)
PLANO DIRETOR
Não serão computados:
- Piscina, parque infantil e outros equipamentos de lazer
ao ar livre implantados no nível natural do terreno;
- Pergolas com até 5m de altura;
- Marquises;
- Jardins, praças ou pátios cobertos.
LIMITES DE OCUPAÇÃO DO SOLO
TAXA DE OCUPAÇÃO (TO)
PLANO DIRETOR
LIMITES DE OCUPAÇÃO DO SOLO
TAXA DE OCUPAÇÃO (TO)?
ÍNDICE DE APROVEITAMENTO (IA)?
PLANO DIRETOR
USO AUTOMÓVEIS BICICLETA MOTO
Residências 
unifamiliares
1 vaga/unidade - -
Condomínios 
multifamiliares
(Conjuntos 
Residenciais)
1 vaga/unidade 
(A≤150m²)
2 vagas/unid 1 vaga/5 unid
2 vagas/unidade 
(150m² <A≤300m²)
2 vagas/unid 1 vaga/5 unid
3 vagas/unidade 
(A>300m²)
2 vagas/unid 1 vaga/5 unid
1 vaga visitante/20 
unidades
1 vagas visit/
10 unidades
1 vaga 
visitante/
10 unid
LIMITES DE OCUPAÇÃO DO SOLO
NÚMERO MÍNIMO DE VAGAS
PLANO DIRETOR
LIMITES DE OCUPAÇÃO DO SOLO
Tabela retirada do Plano Diretor de Florianópolis (anexo)
APROVAÇÃO DE PROJETOS
Uma obra não pode iniciar sua execução 
sem que haja autorização municipal. 
Por que? Constituição Federal
Leis federais (Código Civil)
Leis Estaduais
Leis Municipais (Código de obras)
Decretos, atos, portarias, ABNT
Exemplo: plano de construção de penitenciárias.
Atividades ligadas à Aprovação
1. Analisar sua documentação de domínio e posse. 
USUCAPIÃO
• Até 250 m²
• 5 anos de ocupação ininterruptos e 
sem oposição
• Utilizado como moradia 
• Não possui outro imóvel 
Atividades ligadas à Aprovação
2. Analisar limites e confrontações
Plano diretor - Florianópolis
• Cursos d’água
Passagem livre de 15 m 
Código Civil – Direitos de Vizinhança
• Muros, cercas, divisórias, presumem-se que 
pertençam a ambos os proprietários, devem, 
portanto, dividir as despesas, a não ser que isso sejanecessário para conter animais de um só lote. 
Atividades ligadas à Aprovação
3. Verificar os usos recentes do terreno
Atividades ligadas à Aprovação
4. Verificar enquadramento nos planos urbanísticos, leis 
de zoneamento, código de obras.
Estatuto das Cidades
• Art. 8o Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU 
progressivo sem que o proprietário tenha cumprido a 
obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o 
Município poderá proceder à desapropriação do imóvel, 
com pagamento em títulos da dívida pública.
• § 2o Caso a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar 
não esteja atendida em cinco anos, o Município 
manterá a cobrança pela alíquota máxima, até que se 
cumpra a referida obrigação, garantida a prerrogativa 
prevista no art. 8o.
Atividades ligadas à Aprovação
5. Usos anteriores do terreno
Atividades ligadas à Aprovação
6. Análise de impactos ambientais
7. Levantamento arqueológico
8. Área tombada por interesse histórico
CÓDIGO DE OBRAS 
E TRÂMITES LEGAIS
– Lei Complementar n.° 60, de 11 de maio de 2000,
última alteração em 09 de agosto de 2011;
– Objetivo:
• Orientar os projetos e execuções de obras;
• Assegurar o cumprimento dos padrões mínimos de
segurança, higiene, salubridade e conforto.
– Toda obra de construção, reconstrução, reforma,
transladação e demolição, alteração do uso,
movimentação de terra (cortes, escavações e aterros),
devem ser precedidas da aprovação de projeto e
licenciamento da obra.
CÓDIGO DE OBRAS E TRÂMITES LEGAIS
CONSULTA DE VIABILIDADE 
Requisitos:
– IPTU: Nome, endereço e inscrição imobiliária;
– Cópia da escritura do imóvel, ou declaração de posse, ou
certidão de ocupação, ou matrícula do registro de
imóveis, ou contrato de compra e venda para
loteamentos aprovados;
– Número do CPF ou CNPJ;
– Pagamento taxa.
Documentação com mais de 10 páginas: entregar em
versão digital, em pdf, com tamanho máximo do
arquivo de 3 MB.
CÓDIGO DE OBRAS E TRÂMITES LEGAIS
CÓDIGO DE OBRAS E TRÂMITES LEGAIS
APROVAÇÃO DO PROJETO 
ARQUITETÔNICO
DOCUMENTOS:
• 2 ou mais cópias do projeto arquitetônico;
• ART;
• Levantamento topográfico completo, à critério;
• Requerimento com: 
– Nome do proprietário;
– Endereço completo;
– Características gerais da obra;
– Assinatura do proprietário ou representante legal.
APROVAÇÃO DO PROJETO ARQUITETÔNICO 
COMPOSIÇÃO MÍNIMA
• Plantas e escalas
– Situação 1:2000
– Locação 1:500
– Plantas baixas, cortes e elevações 1:50 (obras de
grande porte 1:100);
• Quadro de áreas: terreno, construção, áreas cobertas e
descobertas;
• Memorial descritivo.
CÓDIGO DE OBRAS E TRÂMITES LEGAIS
CÓDIGO DE OBRAS E TRÂMITES LEGAIS
CÓDIGO DE OBRAS E TRÂMITES LEGAIS
APROVAÇÃO DO PROJETO 
ARQUITETÔNICO
PARTICULARIDADES
– Zonas históricas: deve ser apresentada a fachada da
edificação em questão juntamente com edificações
vizinhas;
– Projetos de ampliação, modificação, ou reforma:
• Existentes: traço cheio preto ou azul;
• A construir: tracejado vermelho;
• A demolir ou retirar: pontilhado amarelo
LICENCIAMENTO DE OBRAS
DOCUMENTOS
– Requerimento: nome do proprietário, endereço e
características gerais da obra, número da inscrição
imobiliária municipal do terreno e CPF/CNPJ do
proprietário, assinatura do proprietário ou representante
legal;
– Duas ou mais cópias do projeto arquitetônico;
– Título de propriedade ou de posse do imóvel;
– ART do autor e do executante, preenchidas e quitadas;
– Licença ambiental de instalação (LAI), quando for o caso.
CÓDIGO DE OBRAS E TRÂMITES LEGAIS
LICENCIAMENTO DE OBRAS
PARTICULARIDADES
– Validade: 1 ano
– Após este período, poderá ser requerido novo
licenciamento, se o projeto ainda for válido;
– Mais de um bloco de edificação: 1 alvará para cada bloco;
– Pode ser revogado, cassado, ou anulado.
CÓDIGO DE OBRAS E TRÂMITES LEGAIS
OBRIGAÇÕES DURANTE A EXECUÇÃO DA 
OBRA
– Manter os documentos disponíveis, em fácil
acesso e em perfeito estado de conservação;
– Executar os serviços conforme projeto,
atendendo à boa técnica, direito de vizinhança e
segurança dos trabalhadores.
CÓDIGO DE OBRAS E TRÂMITES LEGAIS

Continue navegando