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Programa de Educação Continuada a Distância Curso de Epidemiologia para os Municípios Aluno: EAD - Educação a Distância Parceria entre Portal Educação e Sites Associados Curso de Epidemiologia para os Municípios MÓDULO I Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados a seus respectivos autores descritos na Bibliografia Consultada. 2 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. 3 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. MÓDULO I EPIDEMIOLOGIA PARA OS MUNICÍPIOS O PLANEJAMENTO Ao bom administrador é exigido que saiba prever a ocorrência de um evento e planeje suas ações de maneira que se dote de instrumentos e recursos necessários à ação preventiva, e não espere a ocorrência do agravo para agir. O importante é que todos nós sempre que temos um problema a enfrentar ou executamos alguma ação, planejamos e decidimos qual a mais importante a realizar e seu impacto na resolução do problema. Para isso necessitamos de informações, necessitamos conhecer a população, sua composição etária, qual segmento está mais sujeito aos agravos de saúde, a ficar doente ou morrer, quais os fatores determinantes da origem ou permanência de uma doença na região, etc. cujos conhecimentos fazem parte da epidemiologia descritiva. FONTE DE INFORMAÇÃO SOBRE A SAÚDE DA POPULAÇÃO A obtenção de dados (informações) de uma população pode ser feita basicamente de duas maneiras: direta ou indiretamente. De maneira direta quando se faz um levantamento ou inquérito com a população para ter esses dados. Um exemplo é a realização do censo. Porém como o censo só é feito a cada 10 anos, muitas vezes precisamos recorrer a outros tipos de levantamentos. Podemos obter os dados de maneira indireta através de dados do cartório do registro civil, onde temos dados sobre nascimento e óbitos, através de prontuários num hospital ou centro de saúde (dados de morbidade ou doenças). Ou através de levantamentos realizados na própria população, em toda ela quando a mesma é de pequeno tamanho, ou através de amostra quando é impraticável realizar em toda ela. 4 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. Distrito Sanitário As ações de saúde se passam no distrito sanitário, pois este é a menor unidade administrativa ou geográfica dentro de um município. Em municípios pequenos o distrito sanitário pode ser um consórcio dos mesmos, portanto varia muito sua extensão e definição administrativa, dependendo de cada situação. É a menor unidade da administração municipal, definida juridicamente e operacionalmente, é o setor final das ações de saúde, onde se encontram as necessidades e se dá o relacionamento do setor público com a população. Pode corresponder a um bairro, ou ser uma área intermunicipal definida legalmente. É nesse local que as pessoas vivem e onde ocorrem os agravos à saúde. Nesse distrito, deve haver um serviço de saúde, responsável pelas ações de saúde, e essa equipe pode ser composta de diversos profissionais de saúde, e administrativos, adequado a resolver as questões locais de saúde. Para trabalhar com uma população, precisamos ter certas informações ou conhecimentos sobre a mesma para poder adequar às necessidades a quantidade de recursos que dispomos ou mesmo a estrutura existente, e também estabelecer prioridades em função da grande quantidade de necessidades e escassez de recursos. Em relação a população precisamos ter informações de quantidade e qualidade ou seja: quantos são e como são. Precisamos conhecer essa população por faixas etárias ou idade, pois existem agravos ou doenças que se diferenciam segundo a idade das pessoas, assim como ações que são desenvolvidas especificamente para determinadas faixas etárias. Precisamos conhecer: • A população do distrito, sua estrutura por idade e sexo, taxas de migração, mortalidade e nascimentos; • As principais causas de óbitos e de doenças; 5 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. • A organização do distrito seja em órgãos oficiais de saúde como também lideranças, e melhorias, bem como espaços ou locais que podem ser utilizados para desenvolvimento de atividades de saúde. As fontes de informação mais acessíveis de dados da população podem ser desde coletadas em uma igreja, em um cartório, ou caso necessário terá que se proceder a um levantamento ou uma amostragem. Quando queremos saber sobre a saúde de uma comunidade, precisamos saber quais os agravos que ocorrem e em que dimensão isso está acontecendo, quais os grupos que são mais atingidos. Temos uma idéia sobre a saúde de uma população estudando as doenças e os óbitos dessa população, ou seja, através da detecção da falta de saúde, já o contrario seria medir a qualidade de vida, pois saúde é uma conseqüência do inter-relacionamento de vários fatores sócio - econômicos e culturais para a sua determinação. Se fizermos um levantamento em um cartório sobre as causas de óbitos dessa população, teremos idéia do que está causando a maior mortalidade, em que faixa etária e em que sexo, e mesmo em que período ocorreu. O atestado de óbito pode nos fornecer informações mais detalhadas e até a seqüência de eventos que contribui para a morte, para isso temos que ter qualidade de informações, ou seja, um preenchimento confiável do atestado de óbito, o que nem sempre ocorre. Mas geralmente não querermos prevenir somente a morte, mas as doenças e para isso precisamos dispor de informações sobre a ocorrência das mesmas. Sobre a ocorrência das doenças ou vamos ter informações em algum serviço de saúde, onde as pessoas vão buscar assistência, tipo hospital ou centro de saúde, ou então nas lideranças da comunidade, que podem nos informar sobre a ocorrência das mesmas, ou em benzedeiras, lideres comunitários, etc., ou seja, precisamos saber onde a população recorre para buscar assistência médica. Podemos ter uma idéia também através das escolas, porque ai se reúne um grupo populacional de determinada faixa etária. Precisamos conhecer qual o tamanho da população e suas necessidade para adequar os instrumentos que dispomos (vacinas, consultas, etc.) para essa população e 6 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. saber quais ações precisam ser executadas para controlar determinado problema específico. Partindo-se do conhecimento da população do distrito, podemos: • Saber quais os grupos populacionais existem na coletividade (crianças, jovens, adultos, idosos, homens, mulheres em idade de reprodução, etc.); • Saber a cobertura dos serviços de saúde sobre esses grupos populacionaisquando o mesmo tem ações específicas ou programas específicos; • Saber da satisfação da população sobre os serviços de saúde e os problemas que são mais importantes para a população; • Identificar mudanças no nível de saúde da população; • Identificar grupos que apresentam risco maior de ficar doente ou vir a morrer e desenvolver ações para a sua proteção. A EPIDEMIOLOGIA NO PLANEJAMENTO DE AÇÕES Para conhecer os problemas de saúde, precisamos descrever as características das pessoas na quais ocorrem esses problemas. Para isso usamos a epidemiologia descritiva, que vai nos responder as seguintes questões: • Quem foi acometido pela doença? • Quando foi acometido? • Onde ocorreu essa doença? • Por que ocorreu essa doença? • Que ações podem controlar essa doença? Vamos começar pela primeira pergunta: Quem é acometido pela doença? São pessoas de determinado sexo e determinada idade, ou seja, vamos tomar o total de casos e distribui-lo segundo essas variáveis ou características das pessoas, para 7 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. verificar em qual idade ou faixa etária, p.ex. 0 a 5; 5 a 10; 10 a 15; etc. Que há um maior numero de casos da doença . Vamos fazer uma distribuição dos casos segundo o sexo das pessoas, para verificar se a ocorrência dos casos é igual ou proporcional nos dois sexos. Após estas distribuições vamos nos perguntar quais os fatores que estão determinando uma distribuição diferente no sexo masculino em relação ao feminino, ou segundo as faixas etárias. Evidente que somente o sexo ou a faixa etária, ou o estado civil, (casado, solteiro, divorciado, viúvo) não determinam ou explicam na maioria das vezes essa ocorrência diferente das doenças por esses atributos das pessoas. Essas características podem explicar condutas ou exposições diferentes das pessoas a transmissão das doenças e explicar a sua ocorrência. Outras características das pessoas que podem explicar uma exposição e um risco maior ou menor de contrair uma doença devem ser pensadas em cada situação em virtude das características da transmissão da doença em questão. Quando ocorreu a doença ou quando as pessoas foram acometidas? Para o controle das doenças é importante saber em que período de tempo (semanas, meses, anos) em que ocorreram os casos da doença em estudo. A epidemiologia estuda a ocorrência de todos os casos em conjunto e, não o estudo de cada caso individualmente. Evidente que um ou outro caso clinico pode também ter características importantes para identificar o agente etiológico, estabelecer medidas de controle como o tratamento que será feito a nível individual, mas as medidas mais importantes serão tomadas a nível coletivo, como a aplicação de vacinas para interromper a transmissão da doença, já que a epidemiologia se preocupa com a ocorrência de doenças a nível da população. Toda vez que se trata um doente, está se evitando a transmissão para outras pessoas, essas medidas são chamadas de medidas de controle a nível individual. Ao longo do tempo, o número de casos da doença pode apresentar uma variação sazonal ou estacional, quando existe um aumento ou uma diminuição do número de casos de acordo com a estação do ano. No nosso país ocorrem mais doenças respiratórias no inverno, quando as pessoas tendem a se aglomerar mais na periferia ou escolas onde isso ocorre em ambientes fechados, facilitando a transmissão dessas doenças. Já no verão é mais comum a transmissão de doenças de veiculação hídrica, devido a maior ingestão e contato com água contaminada, maior índice de chuvas e falta de saneamento, bem como um aumento das doenças veiculadas por vetores, pois nessa estação ocorre uma maior proliferação dos mesmo. Quando o aumento do número de casos ocorre de tempos em tempos, ou seja, em ciclos e que não tem associação com as estações do ano, essa é uma variação cíclica. A distribuição dos casos pode apresentar uma tendência crescente ou decrescente ao longo de um grande período de tempo, mesmo que guardando as variações estacionais da mesma. Quando isso ocorre por longos períodos, ou seja, mais de 10 anos é designada de tendência histórica ou secular da doença. Onde ocorreram os casos? É importante descrever a ocorrência dos casos da doença segundo a área geográfica ou político - administrativa. Pode ser uma região ao longo de um córrego, uma reserva de mata, área rural, ou um município, Estado ou País. Números e Coeficientes Os dados mais prontamente disponíveis estão em forma de números absolutos. Estes são freqüentemente usados no monitoramento da ocorrência de doenças infecciosas importantes, especialmente em situações de epidemia, quando as populações 8 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. envolvidas estão restritas no tempo e a um local e se pode assumir que a estrutura populacional é estável. Quando queremos identificar variações ao longo do tempo (series históricas), ou comparar a freqüência de doenças entre distintos subgrupos ou comunidades, o uso de números absolutos de casos pode conduzir a conclusões errôneas. Para poder comparar a freqüência de uma doença entre diferentes grupos, deve-se tomar em conta o tamanho das populações a serem comparadas e sua estrutura de idade e sexo, expressando os dados em forma de taxas (ou coeficientes) de incidência ou prevalência. Mensuração das doenças Para que o serviço de saúde atenda às populações em forma adequada, deverá ser capaz de efetuar medidas com o objetivo de conhecer a freqüência com que ocorrem as doenças na comunidade. Por exemplo, se existem 700 pessoas com diagnóstico de mal de Hansen na população, essa informação é essencial para organizar os recursos existentes e obter, de outro nível do sistema de saúde, os recursos adicionais para atenção de todos os doentes. Assim, a contagem dos casos de uma doença é uma forma de medir de grande importância e serve para orientar a administração da saúde pública frente à magnitude de recursos necessários para o programa de controle dessa doença. A contagem de nascimentos permite conhecer a quantidade de crianças menores de um ano que existe em uma comunidade, em um ano determinado. Essa medida pode ser usada, por exemplo, para projetar a quantidade de vacinas necessárias. Essa quantidade poderá ser corrigida se também for conhecido o número de óbitos em menores de um ano que ocorrem nessa comunidade, no ano considerado. Exemplo: n.º de sobreviventes no primeiro ano de vida N° de nascimento (-) n.ºde óbitos em menores de 1 ano = 9 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. = n.º de sobreviventes no primeiro ano de vida n.º de crianças a receber vacinas 10 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. Os casos de doenças, nascimentos e mortes, junto com o conhecimento sobre o total da população existente (censos) são dados básicos que permitem ao serviço de saúde obter melhor conhecimento sobre os problemas de saúde das populações. A contagem periódica dos dados mencionados é de interesse para permitir a provisão dos recursos necessários.Além disso, permite também observar se a atenção aos casos resultou benéfica, reduzindo a freqüência da doença na população. Consideremos, por exemplo, uma área geográfica determinada em um país da Ásia. Na população foram observados 60 casos de tuberculose no ano de 1975. Uma nova contagem de 1980 demonstrou a existência de 80 casos. Casos de Tuberculose em uma comunidade de um país Latino-americano Ano 1975 1980 n.º de casos 60 80 Qual poderia ser a melhor explicação para a diferença observada nos dois anos? Os fatos que podem explicar a diferença observada podem ser resumidos entre os seguintes: a) Atenção aos doentes e as medidas de controle foram inadequadas e, em conseqüência, houve um aumento no numero de casos. b) As medidas de busca de casos de tuberculose permitiram a melhor identificação de casos antes desconhecidos, levando à impressão de aumento da doença na população. c) Outros fatores independentes das medidas de controle e de atenção provocaram um aumento da doença (crise econômica, desnutrição, desemprego, etc.). d) Houve um aumento da população nessa área por crescimento natural ou por migração (atração pela oferta de emprego em áreas de desenvolvimento industrial, por exemplo). 11 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. Se relacionarmos o número de casos com o total da população existente nos dois anos considerado teremos: Ano 1975 1980 n.º de casos de Tuberculose 60 80 n.º de Habitantes 30.000 50.000 Observamos que houve um aumento do número de casos de 60 a 80, porém aumentou a população de 30.000 a 50.000. Entretanto, o que desejamos comparar é a diferença entre 60 casos em 30.000 com 80 casos em 50.000 pessoas. __ _60 casos_______ __ 80 casos________ 30.000 habitantes 50.000 habitantes Um cálculo simples nos permitirá uma comparação mais direta: 60 : 30.000 = 0,0020 80 : 50.000 = 0,0016 A fim de comparar números inteiros e não fracionários, como os obtidos no cálculo anterior, é costume multiplicar o resultado por 100, 1.000, 100.000, (ou o que mais conveniente). No exemplo, se multiplicarmos os resultados da divisão por 10.000 teremos: Em 1975 = 20 casos para cada 10.000 pessoas (que é o mesmo em 60 casos nos 30.000 habitantes) e em 1980 = 16 casos por cada 10.000 pessoas (ou seja, 80 casos em 50.000 mil habitantes). Com isto se pode observar que houve uma diminuição relativa de tuberculose nesse período de tempo. 12 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. 1975 1980 20 (casos por 10.000 pessoas) 16 (casos por 10.000) As duas principais medidas de freqüência de doenças, problemas de saúde e de utilização de serviços de saúde são a incidência e a prevalência. E de suma importância ter claro qual das duas medidas está sendo usada. A incidência mede o número de novos casos, episódios ou eventos que ocorrem dentro de um período definido de tempo, em geral um ano. A incidência é a mais básica das medidas de freqüência e o melhor indicador para demonstrar se uma condição está diminuindo, aumentando ou se permanece estática. E a medida usada em sistemas de vigilância epidemiológica e para analisar a utilização de serviços de saúde. Exemplos de incidência incluem: os nascimentos e as mortes ocorridos no distrito durante um ano, casos de tétano neonatal diagnosticados por ano, número de primeiras consultas de pré-natal por mês, e número de casos de doença de chamados diagnosticados por ano. Prevalência mede o número total de casos, episódios ou eventos existentes em um determinado ponto no tempo, comumente em um determinado dia. Quando fazemos a medida do número de casos existentes, em um momento determinado, sem distinção se são casos novos ou antigos, é costume identificar esta mediada como prevalência da doença. O cálculo realizado foi o do coeficiente de prevalência da tuberculose (na área especifica nos anos de 1975 e 1980). Coeficiente de prevalência da doença A : ____Numero de pessoas com a doença A_____ X Base (100, 1.000, 10,000) Numero Total de pessoas 13 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. A prevalência pode ser mais complicada de interpretar do que a incidência porque depende do número de pessoas que desenvolveram a doença no passado e que continham doentes no presente. A prevalência de uma condição é, portanto resultado de sua incidência no passado e de sua duração. Exemplos de freqüências medidas pela prevalência são o número total de pacientes com hanseníase incluídos em registro no início de cada mês, ou o número total de leitos hospitalares ocupados em um dia. Enquanto a prevalência é muito útil para medir a freqüência de problemas crônicos, a incidência é mais útil para aquelas doenças com uma duração média curta como sarampo, diarréia, e pneumonia. Em situações em que a incidência for estável, esta pode ser relacionada com a prevalência através da seguinte fórmula: Prevalência = incidência x duração média da Condição. Assim, para condições com longa duração média, tais como hanseníase e tuberculose, a incidência por ano é muito menor do que a prevalência. Por exemplo, a taxa de prevalência de tuberculose pulmonar fica comumente entre 0,5% e 1,0% (ou 5-10 por l000 pessoas) e a duração média da doença não tratada é estimada em cerca de 4 a 5 anos. Isto significa que a incidência de novos casos de tuberculose pulmonar é de 0,1 a 0,2% ou 1-2 casos por l 000 pessoas por ano. Em países com bons sistemas de diagnóstico e de registro a incidência de casos novos de tuberculose pode ser usada. No entanto, em vários países em desenvolvimento que não tem tais sistemas, informações confiáveis podem ser obtidas através de estudos transversais que fornecem dados de prevalência. Muitas vezes existe interesse em conhecer somente quantos casos novos de uma doença ocorreram em um período de tempo. Se as medidas de controle sobre uma doença foram adequadas, espera-se que não ocorram novos casos dessa doença, ou que sua ocorrência diminua. Quando apresentamos os casos que apareceram ou foram comunicados num determinado período de tempo, estamos preocupados e medimos a incidência dessa doença. 14 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. Coeficiente de incidência da doença B : __Numero de casos novos da doença B__ X Base Numero total de pessoas Nos cálculos dos coeficientes de incidência e de prevalência sempre é importante deixar bem claro a que população e a que momento ou período de tempo se refere. Podem ser relacionados à população inteira de uma região ou a um grupo específico que estaria exposto ao problema. Por exemplo, a incidência de gastroenterite no Distrito Sul, durante o mês de dezembro de 1972, foi de 20 por mil em crianças de 5 a 10 anos. Incidência de Gastroenterite em crianças de 5 a 10 anos Distrito Sul, dezembro 1972. Coeficiente de incidência de gastroenterite em crianças de 5 a 10 anos : Numero de crianças de 5 a 10 anosque desenvolveram gastroenterite no mês de dezembro Numero total de crianças de 5 a 10 anos no Distrito Sul no mesmo mês de dezembro Ambas, incidência e prevalência são medidas de morbidade (doença), porém diferem em que a incidência mede os casos novos que se apresentam em um período determinado de tempo e a prevalência mede o número de pessoas que estão doentes em um momento dado: A figura abaixo esquematiza estas relações: Quando ocorre um numero elevado de casos em períodos curtos de tempo é de interesse conhecer a incidência. Nestes casos é costume denominar-se taxa ou coeficiente de ataque da doença em questão, geralmente expressa como uma porcentagem. Por exemplo, 96 pessoas foram expostas a um agente (toxina estafilocócica em um alimento contaminado) resultando 26 pessoas enfermas em um curto período de tempo. A taxa ou coeficiente de ataque pode ser calculada da seguinte forma: Taxa de ataque = __26 enfermos____ x 100 = 27,1 96 expostos 15 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. 16 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. A ocorrência de casos, p.ex. de sarampo em uma escola ou instalações do exército, é designado de surto epidêmico, porque ocorrem em um ambiente restrito ou fechado. Já a ocorrência de grande número de casos em um Estado, Município ou País é designado como epidemia. A ocorrência de um grande número de casos ultrapassando os limites geográficos de um ou mais países é designado de pandemia, a exemplo, a pandemia de gripe espanhola que assolou vários países. Quando queremos saber qual o total de casos existentes em uma comunidade em um determinado período estamos preocupados com a prevalência da doença. Interessa-nos também saber se aquele número de casos novos é o comum para aquele período e localidade, ou se está havendo um aumento dos mesmos, ou seja, queremos saber se há uma epidemia. Uma epidemia é caracterizada por um aumento expressivo no numero de casos de uma doença em um período curto de tempo ou o aparecimento de um único caso de uma doença desconhecida ou não existente naquela área. É recomendável, pelo menos para algumas doenças, estabelecer critérios diagnósticos para classificar os casos em vários grupos, tais como possíveis, prováveis ou confirmados. Por exemplo, um paciente com febre, cefaléia e dores no corpo pode ser classificado como um possível caso de malária. Se, além disso, o indivíduo responder bem ao tratamento antimalárico, poderia ser classificado como caso provável. O caso somente seria classificado como confirmado se houver uma lâmina de sangue positiva para os parasitos da malária. No entanto, é necessário reconhecer que ainda assim os sintomas poderiam ser devidos a alguma outra doença, particularmente para crianças que vivem em áreas endêmicas de malária. Outra forma, também importante, de medir a ocorrência de doenças na população é através da contagem de óbitos. Os coeficientes de mortalidade são análogos aos de incidência, porém referidos ao processo da morte em vez de corresponder ao estado de doença. Coeficiente de mortalidade = Numero de pessoas que morrem x 1.000 Geral População total Os coeficientes de mortalidade, assim como os de prevalência e incidência, podem ser calculados a toda a população de um país ou estado ou restringir-se a uma instituição ou comunidade. Podem, além disso, ser calculados por grupos específicos (mulheres ou homens, maiores de 55 anos de idade, crianças de 5 a 10 anos etc.) e também para grupos de doenças ou problemas específicos. Com relação ao anterior é preciso lembrar dois coeficientes de mortalidade que se referem a grupos específicos da população e que são de importância em saúde pública. Trata-se dos coeficientes de mortalidade infantil e de mortalidade materna. 17 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. = _____________________________________ X N.º de óbitos em crianças menores de 1 ano de idade durante 1 ano Coeficiente de mortalidade infantil 1.000 N.º de nascidos vivos no mesmo ano 18 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. = ____________________________________ X N.º de mortes por problemas de gravidez, parto e puerpério durante 1 ano 1.000 Coeficiente de mortalidade materna N.º de nascidos vivos no mesmo ano Pode-se observar que no cálculo desses dois coeficientes foi utilizado o número de nascimentos como denominador. Este número é utilizado por ser mais fácil de ser obtido e substitua os valores que seriam mais precisos para o cálculo das taxas, porem mais difíceis de serem obtidos: a) No primeiro caso, o total de crianças menores de um ano que existe na mesma população onde se fez a contagem do numero de mortes. b) No segundo caso, o número total de mulheres que estiveram grávidas e que deram à luz no ano considerado. Às vezes pode parecer que uma determinada doença causou um número alto de mortes. Existe interesse em calcular quantas pessoas doentes morreram, ou seja, os casos fatais em relação ao total de casos. A este cálculo se denomina coeficiente de letalidade. = _____________________________________ X N.º de pessoas que morrem com a doença A Coeficiente de letalidade da doença A 100 Total de pessoas com a doença A É sempre bom lembrar que, a mortalidade se refere a mortes em relação a toda a população (sadia ou doente) enquanto que a letalidade se refere às mortes ocorridas entre as pessoas com a doença. Por exemplo: em uma região especifica, com uma população de 30.000 habitantes, em um ano determinado, houve 200 casos de febre tifóide com 6 óbitos. A mortalidade por febre tifóide foi de 2 por 10.000 e a letalidade de 3%. ______ = ___________________________ X = 2 6 mortes 19 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. Mortalidade por febre tifóide 10.000 30.000 habitantes Ou seja 2 óbitos para cada 10.000 habitantes. ______ = ___________________________ X = 3 6 mortes Letalidade por febre tifóide 100 200 casos Ou seja, 3 óbitos para cada 100 casos . Um últimoaspecto deve ser assinalado quando nos referimos ao cálculo de coeficientes de incidência, prevalência e mortalidade. Esses coeficientes permitem comparar a importância relativa das doenças entre períodos diferentes de tempo (exemplo: 1975 e 1980) e, além disso, facilitam a comparação entre localidades distintas. Fontes e apresentação de dados 20 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. A maior parte dos países em desenvolvimento realiza um censo demográfico de todo o país cerca de uma vez a cada 10 anos. Esses relatórios estão habitualmente disponíveis nos escritórios dos órgãos censitários. As secretarias do governo do estado e do município em geral dispõem de algumas listagens com resultados do censo, de interesse local. A composição da população pode ser expressa através de uma tabela ou de uma pirâmide populacional. Esta última facilita a visualização e a quantificação de homens para mulheres e também em cada faixa etária, havendo uma classificação das pirâmides populacionais em função da diferente composição da população em países desenvolvidos e em desenvolvimento, demonstrando o envelhecimento da população e a força da natalidade e da mortalidade em cada faixa etária e em cada sexo. A tabela a seguir, mostra uma distribuição da população por faixa etária, típica de um país em desenvolvimento, com alta taxa de natalidade; dados como estes estão disponíveis na maior parte dos municípios. As crianças menores de 1 ano de idade (0-11 meses) freqüentemente constituem 3-4% da população total, na maior parte dos países em desenvolvimento; crianças de 0-4 anos, cerca de 18-20% (um quinto); e as de 0-14 anos, cerca de 40-44% (dois quintos). As mulheres em idade fértil (15-44 anos) constituem cerca de 20-22% (novamente um quinto). As mulheres em idade fértil e as crianças menores de 5 anos, portanto, constituem cerca de 40%, ou dois quintos, da população total. Esses percentuais podem ser utilizados para o cálculo aproximado do número total de pessoas nos principais grupos de idade no município. A estrutura populacional por sexo e idade pode também ser ilustrada através de uma pirâmide populacional (figura l), usando os percentuais de homens e mulheres em cada intervalo de 5 anos de idade. A distribuição por sexo e idade pode variar em diferentes áreas. Por exemplo, há uma tendência em encontrar mais operários do sexo masculino em algumas cidades, perto de áreas de extração de minérios ou de grandes plantações. As áreas rurais, onde há considerável migração dos homens para outras regiões, tendem a ter uma população com a maior de velhos, mulheres e crianças. Distribuição etária típica da população em um distrito sanitário de um país em desenvolvimento com alta taxa de natalidade. Grupos de idade(anos) Percentual População do distrito Menores de 1 ano 4 8 000 5-4 14 28 000 5-14 26 52 000 15-44 43 86 000 45+ 13 20 000 Total 100 200 000 A informação contida em uma pirâmide populacional é útil por fornecer uma estimativa dos denominadores (a população sob risco) necessários para o cálculo de alguns coeficientes em grupos específicos de sexo e idade. Por exemplo, a Figura 1 mostra que a soma dos percentuais de crianças de 0-4 anos de ambos os sexos é de cerca de 17% e que o percentual de mulheres em idade reprodutiva é de cerca de 15,5%. Este último percentual é um pouco menor do que poderia ser esperado, mas o formato da metade da pirâmide que se refere às mulheres sugere que tenha ocorrido algum sub- registro de mulheres jovens neste censo. Figura 1 Pirâmide populacional para uma região em desenvolvimento ( Bangladesh, Índia 1979 ). 21 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. 22 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. De acordo com o formato da pirâmide populacional, podemos saber se nessa população ocorrem muitos ou poucos nascimentos (natalidade ) e de mortalidade infantil, se essa população é formada mais por jovens ou idosos, e concluir suas necessidades em função desse padrão populacional. Grupos importantes da população de uma região Crianças de 0-l1 meses 1 /25 Crianças de 0- 4 meses 1 /5 Crianças de 0-14 meses 2/5 a 1/2 Mulheres de 15-44 anos 1/5 Mulheres e crianças 2/5 Essa composição é aproximada, podendo variar de região para região. Crescimento Populacional O crescimento de uma população depende do balanço entre, o número de nascimentos e de pessoas que migram para o distrito (imigração) e, por outro lado, o número de mortes e de pessoas que migram para fora do distrito (emigração). Ocasionalmente, a população de um distrito pode declinar, mas isso usualmente se deve à emigração e não porque o número de mortes é superior ao de nascimentos. A taxa de crescimento natural, que exclui a migração, normalmente está entre l% e 3% por ano em países em desenvolvimento. Esta taxa determina, em grande parte, a rapidez do crescimento da população do distrito, como mostrado a seguir: 23 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. Crescimento natural da população do Município. Taxa de Crescimento 1% 2% 3% População atual do distrito 200 000 200 000 200 000 Aumento populacional Em 10 anos 220 900 243 800 268 800 Aumento % 10% 22% 34% Aumento populacional Em 20 anos 244 900 297 800 361 800 Aumento % 22% 49% 81% Além da taxa de crescimento natural da população, deve-se levar também em conta o número de pessoas que entram ou que saem de um município (devido à migração). Esse número provavelmente terá de ser, "estimado”, uma vez que em geral dados precisos sobre migração não estão disponíveis. Algumas estimativas podem ser obtidas a partir do último censo, mas para a maioria dos municípios e distritos você terá de se basear no conhecimento da situação local. Pode-se obter estimativas do crescimento populacional a partir de dados sobre o tamanho da população em dois ou mais pontos no tempo. A maneira mais simples de se estimar o crescimento populacional é obter a diferença entre o tamanho da população em dois pontos no tempo e dividi-la pelo número de anos decorridos entre os dois pontos. Este cálculo fornece o crescimento anual médio do número de pessoas. Exemplo: Se a população numa área foi estimada em 7 830 pessoas em 31 de março de 1985 e de 8 450 pessoas em 30 de setembro de 1989, então a estimativa do crescimento anual médio é de (8 450-7 830), dividido por 4,5 anos = 138 pessoas. A população estimada para 30 de setembro de 1990será, portanto, de 8 450 + 138 = 8 588. Este método (método da progressão aritmética) pressupõe que o aumento do número de pessoas por ano seja constante. No entanto, quando utilizado para projeções por períodos mais longos de tempo, ele tende progressivamente a subestimar o tamanho 24 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. da população, uma vez que populações tendem a crescer a uma taxa constante de crescimento,e não através de um aumento absoluto e constante no número de pessoas por ano. Fontes de Informações Populacionais Vários aspectos do planejamento e avaliação dos serviços de saúde exigem que se conheça o número de pessoas residentes no distrito ou município, sua idade, sexo e distribuição geográfica; a população total por grupos de sexo, idade e outras características relevantes; o número esperado de nascidos vivos e de mortes por ano. · As fontes disponíveis para obter tais informações incluem: Publicações do censo. Relatórios de outros estudos. Um levantamento econômico, ou sobre a agricultura na localidade, ou uma investigação vinculada à pesquisa social, ou estudos anteriores realizados por outras secretarias de saúde ou institutos de pesquisa. Pode-se buscar a assistência de profissionais experientes dentro dos serviços de saúde, de pesquisadores, demógrafos, estatísticos e epidemiologistas que trabalham para o governo ou em universidades. Há pelo menos duas maneiras rápidas de estimar a população em locais pequenas: • Perguntar a todos os líderes sociais quantas pessoas estão sob sua responsabilidade e somar todas as respostas para obter um total. No entanto, deve-se estar alerta para erros ocasionados por vários motivos, como o temor dos impostos. • Pergunte qual é o número total de domicílios, ou conte-os, e o multiplique pelo número médio de pessoa por domicílio no seu distrito ou município. Se esta média não for conhecida, um método simples de estimá-la é visitar cada décima ou vi péssima casa e perguntar os detalhes de todas as pessoas que normalmente moram ali. Visite entre 100 a 150 casas. Em muitos países em desenvolvimento e em áreas rurais a média geralmente está em torno de cinco pessoas por domicílio. Esta pode ser menor ou maior para domicílios na área urbana. 25 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. Para aumentara precisão da informação sobre características populacionais, é útil considerar os seguintes casos especiais: Idade A idade é uma variável básica particularmente necessária, pois está intimamente relacionada aos padrões de doenças. Pode ser também uma das variáveis mais difíceis de medir com exatidão. Embora as pessoas possam não saber exatamente quantos anos têm, elas podem saber em que ano nasceram. Sexo O sexo é outra característica importante a registrar, devido a diferenças os padres fisiológicos e importantes entre os quais sexos. Diferenças acentuadas entre as proporções de homens e mulheres em um inquérito por amostragem e aquelas encontradas na população em geral podem invalidar os resultados do inquérito. Estado Civil A definição do que significa o estado civil "casado" ou "separado" pode criar problemas. Essas definições variam consideravelmente. Em muitas sociedades tais distinções de estado civil não desempenham um papel social tão importante como ocorre nas sociedades ocidentais tradicionais. O conhecimento detalhado da população, de seus costumes e estilos de vida é assim muito importante, pois servirá para decidir como está variável será incluída no estudo (ou se vai ser deixada de fora). Ocupação Ao obter informações sobre a ocupação das pessoas, deve-se decidir se será registrada unicamente a ocupação natural ou se também as anteriores. Por exemplo, uma pessoa que tenha recentemente iniciada seu trabalho atual pode ter trabalhado os 10 a nos anteriores numa ocupação totalmente diferente. O mais útil pode ser registrar a ocupação na dual a pessoa tenha trabalhado por mais tempo, e também sua ocupação atual. Itens a lembrar para condensar as informações da população de uma localidade. • Obter ou desenhar um mapa detalhado do município e marcar nele todos os serviços de saúde e os principais povoados. • Determinar a população atual do município e sua densidade em diferentes áreas. · • Avaliar os padrões de migração e estimar o crescimento anual da população do município, a partir de dados oficiais publicados. · • Calcular o número total de pessoas de 0-11 meses e de 1-4, 5-14, 15-44, 45-50 e 50 e mais anos de idade e o número total de mulheres de 15-44 anos. • Obter as cifras oficiais dos coeficientes brutos de natalidade, de mortalidade geral, infantil e materna. As questões abaixo são para auto exercício. Qualquer dúvida entre em contato. Duas localidades, A e B, em 1987, apresentaram: 26 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. 27 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. Calcule para A e B: 1. Coeficiente de mortalidade em menores de 5 anos x 1000 2. Coeficiente de mortalidade infantil x 1000 3. Coeficiente de mortalidade por diarréia em menores de 5 anos x 1000 4. Coeficiente de mortalidade por infecções em menores de 1 ano x 1000 5. Que pode ser observado na comparação entre as duas localidades A e B? Em uma comunidade a letalidade por febre tifóide é de 5%. Durante o ano ocorreram 40 óbitos por essa doença. 6. Quantos casos de febre tifóide ocorreram nessa comunidade nesse mesmo ano? 7. Um coeficiente de incidência usualmente expresso em porcentagem e aplicado à população especifica por períodos limitados de tempo como em epidemias, é conhecido como? (Marque com um x a resposta correta) a) Coeficiente de prevalência b) Coeficiente ajustado c) Coeficiente de letalidade d) Coeficiente de ataque e) Coeficiente de mortalidade Analise o seguinte quadro: Grupo de Idade (em anos) N° de Óbitos População Menos de 1 5 10.450 1 – 19 9 159.650 20 – 39 20 120.800 40 – 59 36 95.750 60 e mais 99 63.350 28 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. Total 169 450.000 De acordo com a informação precedente, calcule: 8. Coeficiente de mortalidade (por 100.000) para o grupo de idade de menores de 1 ano. 9. Coeficiente de mortalidade (por 100.000) para o grupo de idade de maiores de 60 anos. 10. Coeficiente de mortalidade (por 100.000) para o grupo de 20 – 39 anos. Vinte e seis casos de tuberculose foram diagnosticados na cidade Alfa entre primeiro de janeiro e 30 de junho de 1977. O total de casos ativos em 30 de Junho era de 264. A população da cidade era de 183.000 habitantes. 11. Qual é o coeficiente de incidência por 100.00 habitantes durante este período? a) 7,6 casos novos por 100.000 habitantes b) 14,2 casos novos por 100.000 habitantes c) 27,3 casos novos por 1000.000 habitantes d) 78,7 casos novos por 100.000 habitantes e) 144,3 casos novos por 100.000 habitantes 12.Qual é o coeficiente de prevalência de tuberculose em 30 de Junho de 1977? a) 14,2 casos por 100.000 habitantes b) 144,3 casos por 100.000 habitantes c) 290,0 casos por 100.000 habitantes d) 310,1 casos por 100.000 habitantes e) 350,09 casos por 100.000 habitantes Durante a segunda semana de fevereiro, em uma pequena Vila (população de 460 habitantes), 87 pessoas comparecera à uma festa de aniversario aonde foram servidos alimentos preparados por vária pessoas. No dia seguinte, 39 pessoas adoeceram com um quadro clinico em que predominava diarréia.Calcule: 13. A taxa de ataque entre as pessoas que compareceram à festa: Entre os 40 homens presentes, 29 adoeceram. Calcule: 14. A taxa de ataque entre os homens: 15. A taxa de ataque entre as mulheres: Cinqüenta e sete pessoas que compareceram a festa tinham entre 20 a 40 anos de idade trinta e três ficaram doentes. Calcule: 16. Taxa de ataque para o grupo de 20 a 40 anos Analise o quadro seguinte: 17. Os números na coluna 4 são: a) Distribuição proporcional da população por idade b) Taxas de ataque por idade c) Distribuição proporcional dos casos por idade d) Coeficiente de mortalidade por idade e) Nenhuma das anteriores 29 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. 30 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores. 18. Os números da coluna 5 são: a) Distribuição proporcional da população por idade b) Taxas de ataque por idade c) Distribuição proporcional dos casos por idade d) Coeficientes de mortalidade por idade e) Nenhuma das anteriores Respostas: 1. 48.0 20.6 2. 123.6 76.2 3. 10.7 6.8 4. 37.6 30.2 5. os dados indicam melhores condições de saúde e/ou sócio-econômicos na localidade B. 6 – Total de grávidas no país X no ano de 1980 7 – Total de escolares no estado X no ano de 1980 6– 5 mortes em 100 casos X = 40 x 100 = 800 casos 40 mortes em X casos 5 7 – d 8 – 47.8 por 100.000 9– 156.3 por 100.000 10 – 16.6 por 100.000 11 – b 12 – b 13 – 44,8% 14 – 72,5% 15 – 21,3% 16 – 57,9% 17 – c 18 – b ------ FIM MÓDULO I ------ Crescimento Populacional Aumento populacional Fontes de Informações Populacionais Calcule para A e B: De acordo com a informação precedente, calcule: