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FARMACOTERAPIA PRESCRISÇÃO DE MEDICAMENTO ............2 PRESCRIÇÃO RACIONAL ........................... 2 ADESÃO ................................................... 2 ERROS DE MEDICAÇÃO .............................3 CONCEITOS .............................................. 3 ERRO DE PRESCRIÇÃO ............................. 3 Problemas relacionados a medicamentos (PRM) .................. 3 ERROS DE DISPENSAÇÃO ......................... 4 Erros de conteúdo ................................. 4 Erros de rotulagem ............................... 4 Erros de documentação ........................ 4 ERROS DE ADMINISTRAÇÃO .................... 5 Medicamentos potencialmente perigosos (MPP´s) ........................ 5 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS .............7 INTERAÇÕES FARMACÊUTICAS ................ 7 INTERAÇÃO FARMACOCINÉTICA ............. 8 Interações que modificam a absorção . 8 Interações que modificam a distribuição .................................. 8 Interações que modificam a metabolização ............................. 8 Interações que modificam a excreção .. 8 INTERAÇÃO FARMACODINÂMICA ........... 9 Sinergismo ............................................ 9 FÁRMACOS-NUTRIENTES ........................ 10 INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES ... 10 Processos absortivos .......................... 10 Ligação do fármaco complexação com alimentos ................................... 11 Interferência do estado nutricional .... 11 Interferência do fármaco no estado nutricional ................................. 11 REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS (RAM) ................... 12 Farmacovigilância .............................. 12 Categorias de frequência ....................... 12 Tipos de RAMs .................................... 12 RECEITA MÉDICA ................................... 13 CONCEITOS............................................ 13 NOTIFICAÇÃO DE RECEITA ..................... 13 Terapêutica efetiva ............................ 13 Rx 14 Medicamentos isentos de prescrição médica (MIP) ............................. 14 Modelos de receitas médicas ............. 14 Receita simples ...................................... 14 Receita de controle especial .................. 14 Receita azul ou B .................................... 14 Receita amarela ou A ............................. 15 Notificação de receita especial de retinoides ................................... 15 Receita renovável .................................. 15 Termo de conhecimento de risco e consentimento pós-informado .. 16 RECEITA E LETRA DE MÉDICO ................ 16 RESOLUÇÃO Nº 586 DE 29/08/2013 ...... 17 SISTEMA RESPIRATÓRIO ........................ 17 MANIFESTAÇÃO CLINICA ....................... 18 Tosse................................................... 18 Dispneia.............................................. 18 Expectoração .......................................... 18 Asma .................................................. 18 Prevenção e tratamento ........................ 18 Caso clinico ......................................... 19 Resposta ................................................. 19 GERIATRIA ............................................. 19 SISTEMA CARDIOVASCULAR .................. 21 ABORDAGEM ........................................ 21 História ............................................... 21 DOR ....................................................... 22 Abordagem ........................................ 22 DOENÇAS CARDIOVASCULARES ............. 23 PRESSÃO ARTERIAL ............................... 24 Abordagem ........................................ 24 Epidemiologia .................................... 24 ARRITMIA CARDIÁCA ............................ 24 Sensações percebidas ......................... 24 Modo de inicio e término ................... 24 Fatores que desencadeiam ou convertem.................................. 24 Época de instalação, frequência e duração. .................................... 24 Sintomas associados .......................... 24 Antecedentes pessoais ....................... 25 Antecedentes familiares ..................... 25 TGI 25 Exame físico ....................................... 25 ESÔFAGO............................................... 25 Disfagia .............................................. 25 PRESCRISÇÃO DE MEDICAMENTO Um paciente com problema clínico, avaliado e diagnosticado, o médico pode optar entre várias abordagens terapêuticas. O tratamento farmacológico é a opção escolhida com maior frequência. PRESCRIÇÃO RACIONAL Deve ser feita com base numa série de etapas racionais: Realizar um diagnóstico específico: as prescrições feitas com o objetivo de satisfazer as necessidades psicológicas do paciente, por algum tipo de tratamento com frequência mostram-se insatisfatórias e podem resultar em efeitos colaterais. Para seguir à próxima etapa, há necessidade de um diagnóstico mesmo que presuntivo. Por exemplo, um paciente com suspeita de artrite reumatoide, o diagnóstico deve ser esclarecido e compartilhado com o paciente. Considerar as implicações fisiopatológicas do diagnóstico: se os distúrbios estiverem bem compreendidos, o profissional estará em condições melhores de oferecer uma terapêutica efetiva. O paciente deve receber informações em quantidade e profundidade apropriadas sobre a fisiopatologia, Por exemplo, o conhecimento sobre os mediadores da inflamação permite o uso mais efetivo de AINEs, e de outros agentes usados na artrite reumatoide. Escolher um objetivo terapêutico especifico: deve-se escolher um objetivo terapêutico para cada processo fisiopatológico dentre os definidos na etapa anterior. Num paciente com artrite reumatoide, o alivio da dor por meio da redução do processo, inflamatório é um dos objetivos terapêuticos que identificam os grupos de fármacos considerados. Selecionar o fármaco preferencial: um ou mais grupos serão indicados para cada objetivo terapêutico determinado na etapa anterior. A escolha de um fármaco preferencial entre aqueles do grupo deve ser feita em função da consideração sobre as características como faixa etária, outras doenças e outros fármacos usados são importantes para a escolha do fármaco apropriada a ser usada para o controle da queixa em questão. No exemplo de paciente com suspeita de artrite reumatoide, seria importante saber se o individuo tem intolerância de AAS ou de doença péptica. Determinar a posologia apropriada: a posologia é determinada pela farmacocinética do fármaco no paciente. No caso de portador de doença no órgão encarregado de eliminar o fármaco escolhido será preciso ajuste da posologia. Estabelecer um plano para o monitoramento da ação do fármaco e determinar um desfecho para o tratamento: deve ser capaz de descrever ao paciente os efeitos esperados com o uso do fármaco e a forma como serão monitorado, incluindo exames laboratoriais e sinais e sintomas que o paciente deve relatar. O tratamento da artrite reumatoide será longo. O profissional deverá especificar que alterações no quadro do paciente podem determinar modificações no tratamento. Planejar um programa educacional para o paciente: quanto mais tóxico o fármaco prescrito maior será a importância do programa educacional. ADESÃO Refere-se ao grau de atendimento do paciente às instruções de tratamento: O paciente que não consegue obter o fármaco. Alguns pacientes deixam o hospital sem os fármacosque usavam antes da internação; O paciente não toma o fármaco na forma prescrita. Exemplos incluímos doses erradas, erros na frequência de administração, sequenciamento equivocada, erros na via ou técnica de administração ou uso do fármaco com objetivo equivocado. Esses erros costumam resultar da falta de comunicação entre o paciente, o profissional que realizou a prescrição e o farmacêutico. O paciente suspende o fármaco prematuramente. Isso ocorre, por exemplo, se o paciente presume erroneamente que o fármaco não é mais necessário, por estar se sentido melhor. ERROS DE MEDICAÇÃO É qualquer evento que pode levar ao uso inadequado do medicamento. O erro pode estar relacionado à prática profissional, produtos usados na área da saúde, procedimentos, problemas de comunicação, incluindo prescrição, rótulos, embalagens, etc. CONCEITOS Reação adversa a medicamento: É a resposta nociva a uma droga, não intencional que ocorre nas doses usuais para profilaxia terapêutica, tratamento ou para modificação de função fisiológica. Eventos adversos relacionados a medicamentos: São considerados como qualquer dano ou injúria causado ao paciente pela intervenção médica relacionada aos medicamentos. A presença do dano é, portanto, condição necessária para a caracterização do evento adverso. Informações relacionadas aos pacientes: Para uma boa orientação aos pacientes, os profissionais da saúde precisam de informações demográficas (idade, peso) e clínicas (históricos de alergias, gravidez) relacionadas ao pacientes, além dos dados de monitoramento dos medicamentos usados e da evolução da doença. Informações relacionadas aos medicamentos: Para amenizar os riscos de erros, os profissionais de saúde devem ter acesso às informações atualizadas sobre os medicamentos através de textos de referência, protocolos e sistemas informatizados com informações dos medicamentos além de registro da administração dos medicamentos e os perfis dos pacientes e atividade clinica regular dos farmacêuticos. Comunicações relacionadas aos medicamentos: As falhas de comunicações são causas importantes de erros de medicações. As organizações de saúde devem promover a redução das barreiras de comunicação entre os profissionais de saúde, como por exemplo, padronizando formas de prescrição e demais informações sobre medicamentos para evitar erros de interpretação. Rotulagem, embalagem e nome: Para facilitar a identificação e uso dos medicamentos, fabricantes, agências reguladoras, organizações de saúde e as farmácias deveram assegurar que todos os medicamentos tenham rótulos claros, identificações diferenciadas para medicamentos com nomes e pronúncia semelhantes. Dispensação, armazenamento e padronização: Muitos erros podem ser prevenidos com a redução da disponibilidade dos medicamentos, restringindo o acesso a medicamentos potencialmente perigosos, e usados sistemas de dispensação que disponibilizem o medicamento no momento do uso. ERRO DE PRESCRIÇÃO É definido como um erro de decisão ou de redação, não intencional, que pode reduzir a probabilidade do tratamento ser efetivo ou aumentar o risco de lesão no paciente, quando comparado com as práticas clinicas estabelecidas e aceitas. Problemas relacionados a medicamentos (PRM) As seguintes definições e condutas devem ser observadas no momento de uma prescrição: Falha de prescrição; Erros de prescrição. São os maiores problemas entre os erros de tratamento farmacológicos. Elas ocorrem em clinicas e em hospitais, raramente são fatais, mas podem afetara segurança e a qualidade da saúde do paciente. Ambos os problemas, no ato de escrever (erros de prescrição) e falhas de prescrições relativas a decisões médicas erradas podem resultar em danos aos pacientes. Qualquer etapa no processo de prescrição pode gerar erros, deslizes, lapsos ou enganos são fontes de erros, como nas omissões involuntárias na transcrição de fármacos: Falhas na seleção da dose, transcrição omissa, e falta de caligrafia são as mais comuns; Falta de conhecimento ou competência, e de informações incompletas acerca de características e do tratamento prévio do paciente podendo resultar em falhas de prescrição, incluindo em potencial uso de fármacos inapropriados; Um ambiente de trabalho inseguro, procedimentos complexos, e a comunicação inadequada entre o pessoal de saúde, particularmente entre os médicos e enfermeiros são considerados importantes para os erros de prescrição e falhas de prescrição. Intervenções ativas que visam reduzir os erros de prescrição e as falhas são muito recomendadas. Estas devem ser focadas na educação e formação de prescritos e uso de auxílio on-line. A complexidade do processo de prescrição deve ser reduzida pela introdução de sistema automático ou roteiros de prescrição, a fim de evitar erros de transcrição e omissão. Sistemas de controle com retorno de informações e pronta revisão de prescrições, que podem ser feitas com a assistência dos farmacêuticos clinico, também são úteis. ERROS DE DISPENSAÇÃO É definido como o desvio de uma prescrição médica escrita ou oral, incluindo modificações escritas feitas pelo farmacêutico após contato com o prescrito ou cumprindo normas ou protocolos preestabelecidos. É qualquer desvio do que é estabelecido pelos órgãos regulatórios ou normas que afetam a dispensação. São apresentadas mais duas definições: 1. São a discrepância entre a ordem escrita na prescrição médica e o atendimento dessa ordem; 2. São erros cometidos por funcionários da farmácia quando realizam a dispensação de medicamento para as unidades de internação. A farmácia tem como função a dispensação dos medicamentos de acordo com a prescrição médica, nas quantidades e especificações solicitadas, de forma segura e no prazo requerido, promovendo o uso seguro e correto de medicamentos. Falhas na dispensação é rompimento do último elo na segurança do uso dos medicamentos. Os erros de dispensação podem ser classificados em: Erros de conteúdo; Erros de rotulagem; Erros de documentação. Erros de conteúdo São referentes ao conteúdo da dispensação, ou seja, relacionados aos medicamentos que estão prescritos e serão dispensados. Medicamento errado: prescrito um medicamento e dispensado outro, pode estar associado a medicamentos com nomes ou pronúncia similares, podendo provocar a troca no momento da dispensação. Medicamento dispensado com a concentração errada: o medicamento é dispensado em concentração diferente maior ou menor daquela prescrita. Medicamento dispensado com a forma farmacêutica errada: a prescrição solicita o medicamento com uma determinada forma farmacêutica e a farmácia dispensa outra, podendo induzir erros de administração. Dose excessiva: o medicamento é dispensado em maior quantidade que aquela prescrita. Erros de rotulagem São os erros relacionados aos rótulos dos medicamentos dispensados que podem ser dúvidas no momento da dispensação ou administração, erros de grafia nos rótulos e tamanhos de letras que impedem a leitura, a identificação ou podem levar ao uso incorreto do medicamento. São considerados os rótulos da identificação dos medicamentos, das misturas intravenosas e da nutrição parenteral preparada na farmácia. Podem ocorrer: Nomes do paciente errado; Nome do medicamento errado; Concentração errada do medicamento; Forma farmacêutica errada. Erros de documentação São erros relacionados à documentação de registro do processo de dispensação, como por exemplo, a ausência ou registro incorreto da dispensaçãode medicamento controlados, falta de datas na prescrição, falta de assinatura do prescrito ou do dispensador, dentre outros. ERROS DE ADMINISTRAÇÃO Qualquer desvio no preparo e administração de medicamentos mediante prescrição médicas não observadas às recomendações ou guias do hospital ou das instruções técnicas do fabricante do produto. As causas dos erros são multifatoriais e muitos deles envolvem circunstâncias similares. Dentre as principais causas estão: Falta de conhecimento sobre os medicamentos; Falta de informação sobre os pacientes; Deslizes e lapsos de memória; Erros de transcrição; Falhas na interação com outros serviços; Falhas na conferência das doses; Problemas relacionados a dispositivos de infusão de medicamentos; Inadequado monitoramento, e etc. Medicamentos potencialmente perigosos (MPP´s) Alguns medicamentos apresentam maior potencial de provocar lesão grave nos pacientes quando ocorre falha em seu processo de utilização. Tais medicamentos foram chamados medicamentos potencialmente perigosos. A consequência clinica dos erros de medicação com MPP´s no âmbito hospitalar pode ser mais significativa do que em nível ambulatorial, considerando-se a complexidade e agressividade dos procedimentos terapêuticos adotados em hospitais. Portanto, a introdução de medidas de prevenção em hospitais deve abranger as múltiplas etapas que compõem a cadeia de uso dos medicamentos, a saber: Embalagem; Identificação; Armazenamento; Prescrição; Dispensação; Preparação; Administração. O uso de medicamentos é um processo multidisciplinar, e, portanto, o desenvolvimento e a implantação de programas de prevenção de erros devem proporcionar à interação de todos os profissionais envolvidos, incluindo os pacientes. As práticas adotadas para melhorar a segurança de uso dos MPP´s consistem na simplificação e padronização de procedimentos e tem especial utilidade na prevenção de erros envolvendo MPP´s de acordo com normas: Introduzir barreiras que minimizem a possibilidade de ocorrência dos erros: Usar seringas especiais para administração de soluções orais como conexões que não se adaptem em sistemas de administração; Recolher ampolas de cloreto de potássio dos estoques para evitar administração intravenosa acidental e identificar as ampolas com etiquetas de alerta, ressaltando que o medicamento pode ser fatal se injetado sem diluir. Adotar protocolos e padronização à comunicação sobre os tratamentos: Elaborar protocolos claros e detalhados para usar os MPP´s, uniformizando os processos e reduzindo sua complexidade e variabilidade no sistema; Difundir normas de prescrição, com recomendações especifica, para se evitar o uso de abreviações e prescrições ambíguas; Adotar protocolos especialmente em quimioterapia, considerando que os esquemas de tratamentos são complexos e se modificam com frequência, facilitando a ocorrência de erros; Proporcionar a padronização dos medicamentos e doses que serão usados, reduzindo a dependência da memorização e permitindo a execução segura de procedimentos. Fornecer e melhorar o acesso á informação: Investir no treinamento dos profissionais da saúde envolvidos na cadeia de utilização dos medicamentos; Divulgar a lista de MPP´s disponíveis na instituição; Fornecer informações técnicas sobre os medicamentos, tais como as doses máximas permitidas dos MPP´s; Adotar rotinas de orientação do paciente para melhorar a segurança dos tratamentos implementados. Revisar continuamente a padronização de MPP´s: Revisar as especialidades de MPP´s incluindo da semelhança de nomes, rótulos e embalagens; Aplicar medidas corretivas ao identificar situações de riscos, tais como retirar o medicamento da padronização ou substituí-lo por outra especialidade, armazená-lo em local diferente do habitual ou, ainda, usar etiquetas de alerta. Reduzir o número de alternativas terapêuticas: Reduzir o número de apresentações farmacêuticas dos MPP´s na padronização ou numa determinada unidade assistencial; Limitar o número de apresentações e concentrações disponíveis, particularmente para heparina, morfina e insulina. Centralizar os processos considerados de maior risco de erros; Centralizar o preparo de misturas intravenosas contendo MPP´s na farmácia hospitalar uma vez que o preparo desses medicamentos pela enfermagem nas unidades assistenciais pode ocorrer com maior número de interrupções, erros de cálculo de doses e falta de padronização nas técnicas de preparo. Usar procedimentos de dupla conferencia dos medicamentos: Identificar os processos de maior risco no hospital e usar a dupla conferencia independente, na qual um profissional revisa o trabalho realizado por outro. Limitar a dupla conferencia as etapas mais propensas a erros, das quais se destacam a programação das bombas de infusão, conferência dos casos em pacientes pediátricos e idosos, preparo e dispensação e administração em unidades de terapia intensiva, dentre outros. Empregar o uso de código de barras que permite a dupla conferência automática, auxiliando na prevenção de erros de dispersão e administração de medicamentos. Incorporar alertas automáticos no sistema informatizados: Implantar a prescrição eletrônica como medida de prevenção de erros; Disponibilizar bases de informação integrados nos programas de prescrição e dispensação de informações integradas nos programas de prescrição e dispensação para alertar sobre as situações de risco no momento da prescrição e dispensação; Incluir limites de dose, interações medicamentosas e histórias de alergia do paciente. Monitorar o desempenho das estratégias de prevenção de erros: Analisar o resultado das medidas de prevenção por meio de dados objetivos representados por indicadores medidos ao longo da execução dos processos; Identificar pontos críticos do processo e direcionar os programas de prevenção. A importância da integração do farmacêutico na equipe multidisciplinar de cuidado ao paciente e inclui execução das seguintes ações: Incluir o farmacêutico nas visitas clinica; Proporcionar rotinas da orientação dos pacientes sobre os tratamentos implementados, visando prevenir os erros de medicação; Viabilizar o contato farmacêutico de prevenção de erros: Analisar o resultado das medidas de prevenção por meio de dados objetivos representados por indicadores mediadores ao longo da execução dos processos. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Ocorre quando os efeitos de um medicamento são alterados pela presença de outro, alimento ou bebida. Quando dois medicamentos são administrados, em um paciente, eles podem agir de forma independente ou interagirem entre si, aumentando ou diminuindo os efeitos terapêuticos ou tóxicos de um ou de outro. A interação medicamentosa pode ser perigosa quando promove o aumento da toxidade de um medicamento. Algumas vezes a interação medicamentosa pode reduzir a eficácia de um medicamento. Por exemplo, a Tetraciclina sofre quelação por antiácidos e alimentos lácteos, sendo excretados nas fezes, sem produzir efeito antimicrobiano desejado. São tipos especiais de respostas farmacológicas, em que os efeitosde um ou mais medicamentos são alterados pela administração simultânea ou anterior de outros. As respostas decorrentes das interações podem acarretar potencialização do efeito terapêutico e redução da eficácia. Aparecimento de reações adversas não causa nenhuma modificação no efeito desejado do medicamento. Portanto, a interação entre medicamentos pode ser útil (benéfico), causar respostas desfavoráveis não previstas no regime terapêutico (adverso). As interações benéficas são abordagens terapêuticas fundamentais em várias doenças. No tratamento da hipertensão arterial severa a combinação de medicamentos com mecanismos de ação diferentes promove a redução mais eficiente da pressão sanguínea. As interações medicamentosas são classificadas em: Interações farmacêuticas: Ocorre quando um fármaco é físico ou quimicamente incompatível com outro. São interações físico-químicas de um fármaco com uma solução de infusão intravenosa ou de dois fármacos na mesma solução, resultando em perda da atividade do fármaco envolvido. Interações farmacodinâmicas: Ocorre quando um fármaco modifica a atividade de um segundo fármaco, atuando em diferente ou igual local de ação. Interações farmacocinéticas: quando um fármaco interfere na absorção, distribuição, biotransformação ou na excreção de outro fármaco. INTERAÇÕES FARMACÊUTICAS (Incompatibilidade) São interações do tipo físico-químicas que ocorrem quando dois ou mais medicamentos são administrados na mesma solução misturados no mesmo recipiente e o produto obtido é capaz de inviabilizar a terapêutica-clínica. Portanto, acontecem fora do organismo, durante o preparo e administração dos medicamentos parenterais e frequentemente resulta em precipitação ou turvação da solução, mudança de coloração do medicamento ou inativação do princípio ativo. Adaptações de dispositivos com múltiplas vias (extensões em Y, torneirinhas) para infusão de vários agentes em cateteres de via única. Medicamentos como a nitroglicerina, a aminodorona, animedopina, podem aderir à parede do envase (frasco) de cloridrato de polivinil (PVC) e reduzir a biodisponibilidade do princípio ativo. No dia a dia os medicamentos que requerem infusão contínua são os mais suscetíveis às interações farmacêuticas, especialmente na vigência da administração concomitante com outros agentes cateteres venosos de via única. INTERAÇÃO FARMACOCINÉTICA Essas interações podem afetar o padrão de absorção, distribuição, metabolização ou excreção. Ocorre quando um medicamento altera a velocidade, a extensão de absorção, distribuição, biotransformação ou excreção de outro fármaco, alterando a concentração do medicamento ativo no organismo. Modificam a magnitude e duração do efeito, mas a resposta final do medicamento é preservada. Elas podem ocorrer pelos seguintes mecanismos: De absorção, Alterações no pH intestinal, adsorção, quelação, alteração na motilidade gastrointestinal, na distribuição, competição na ligação à proteínas plasmáticas, hemodiluição com diminuição de proteínas plasmáticas, na biotransformação, indução enzimática (barbitúricos, glutetimida e fenitoina), inibição enzimática (alopurinol, cloranfenical e cimotidina). Na excreção: alterações no pH urinário, alterações na excreção ativa tubular renal. Quando dois medicamentos são metabolizados pela mesma enzima P450, a inibição competitiva ou irreversível dessa enzima P450 por um medicamento pode levar a um aumento na concentração plasmática do segundo medicamento. Por outro lado, a indução de uma enzima P450 especifica por um medicamento pode levar a uma redução na concentração plasmática dos outros medicamentos que são metabolizadas pela mesma enzima. Além de alterar a atividade das enzimas P450, os medicamentos podem afetar o transporte de outros medicamentos para dentro e para fora dos tecidos. Um medicamento que se liga às proteínas plasmáticas, como a albumina, pode deslocar um segundo medicamento da mesma proteína, aumentando sua concentração plasmática livre e, consequentemente, a sua biodisponibilidade para tecidos-alvos e não alvos. Interações que modificam a absorção Medicamentos com ações anticolinérgicas como a Atropina e seus derivados, os antidepressivos tricíclicos, os analgésicos opióides que inibem a motilidade do TGI tendem a reduzir a absorção dos agentes coadministrados. Interações que modificam a distribuição Esta fase depende do volume de distribuição aparente e da fração de ligação dos medicamentos as proteínas plasmáticas. Medicamentos que possuem grande afinidade pelas proteínas plasmáticas quando associados com outros, podem agir como deslocadores e aumentar a concentração sérica do segundo, acarretando manifestações clinicas nem sempre benéficas. Interações que modificam a metabolização As interações que ocorrem nesta fase são precipitadas por medicamentos com capacidade de inibirem ou induzirem o sistema enzimático. A inibição enzimática de sistema do citocromo P450, das colinesterases e monoaminoxidases (MAO) acarreta lentificação da biotransformação do próprio medicamento e de outros que tenham sido administrados simultaneamente. A consequência desse atraso é um tempo maior de ação farmacológica do agente, situação às vezes indesejada, especialmente em doentes com distúrbios hepáticos ou renais. Interações que modificam a excreção A maioria dos medicamentos é quase totalmente eliminada pelos rins. Desta forma, a taxa de excreção de vários agentes pode ser modificada através de interações ao longo do néfron. A competição de medicamentos no túbulo proximal pela secreção tubular é outro mecanismo usado como estratégia para prolongar o tempo de ação dos medicamentos, isto acontece com probenecida e a penicilina, quando a primeira inibe a secreção da segunda e eleva o tempo de ação do antibiótico. INTERAÇÃO FARMACODINÂMICA Causa modificações dos efeitos bioquímicos ou fisiológico do medicamento. Geralmente ocorre no local de ação dos medicamentos ou através de mecanismo bioquímicos específicos, sendo capaz de causar efeitos semelhantes ou opostos. Podem ocorrer interações tóxicas quando dois medicamentos ativam vias complementares resultando em efeitos biológicos exagerados. Um exemplo é a coadministração de Sildenafil e Nitroglicerina. Interação de efeito: ocorrem quando dois ou mais medicamentos em uso concomitante têm ações farmacológicas similares a portas, podem produzir sinergias ou antagonismos de ação dos medicamentos farmacocinéticos ou mecanismos de ação dos medicamentos envolvidos. Por exemplo, álcool reforça o efeito sedativo de hipnóticos e anti-histamínicos. Interações farmacêuticas: Chamadas de incompatibilidade medicamentosa ocorrem in vidro, antes da administração dos fármacos no organismo, quando se misturam dois ou mais deles numa mesma seringa, equipo de soro ou outro recipiente. Sinergismo É um tipo de resposta farmacológica obtida a parti da associação de dois ou mais medicamentos, cuja resultante é maior do que simples soma dos efeitos isolados de cada um deles. Pode ocorrer com medicamentos que possuem os mesmos mecanismos de ação (aditivos) que agem por diferentes modos (somação) ou com aqueles que atuam em diferentes receptores farmacológicos. Das associações sinérgicas podem surgir efeitos terapêuticos ou tóxicos.FÁRMACOS-NUTRIENTES Interações fármacos-nutrientes podem surgir antes ou durante a absorção gastrintestinal, durante a distribuição e armazenamento nos tecidos, no processo de biotransformação ou mesmo durante a excreção. É importante conhecer os fármacos cujas velocidades de absorção ou quantidade absorvida podem ser afetadas na presença de alimentos. Os nutrientes são capazes de interagir com fármacos causando problemas devido às alterações na relação risco/benefício, pois os medicamentos, na sua maioria, são administrados por via oral. Os nutrientes podem modificar os efeitos dos fármacos, como absorção, distribuição, biotransformação e excreção. A absorção dos nutrientes e de alguns fármacos ocorre por mecanismos parecidos, apresentam como principal sítio de interação o TGI. Absorção: A maioria dos fármacos administrados oralmente é absorvida por difusão passiva, enquanto os nutrientes são absorvidos por mecanismo de transporte ativo. INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES As interações entre nutrientes e fármacos podem alterar a disponibilidade, a ação ou a toxicidade de uma substância ou de ambas. Elas podem ser físico-químicas, fisiológicas e por complexação entre componentes alimentares e os fármacos. O consumo de alimentos com medicamentos pode ter efeitos sobre a velocidade e a extensão de sua absorção. A ingestão de alimentos poderá afetar a biodisponibilidade dos fármacos através de interações físico-química ou químicas. Sendo afetada a biodisponibilidade, por modificação da farmacodinâmica e da terapêutica. De acordo com a maioria das pesquisas realizadas, os nutrientes diminuem a velocidade de absorção dos fármacos, provavelmente por retardarem o esvaziamento gástrico. Entretanto, substâncias que se complexam com nutrientes estão frequentemente indisponíveis para absorção. O sistema renal constitui uma das principais vias de excreção de fármacos, sendo importante no processo de interações fármacos-nutrientes. Dietas ricas em vegetais, leite e derivados elevam o pH urinário, acarretando um aumento na reabsorção de fármaco básicos, como, por exemplo, as anfetaminas no entanto, com fármacos de caráter ácido, como barbitúrico, verifica elevação da excreção. Por outro lado, ovos, carnes e pães acidificam a urina, tendo como consequência o aumento da excreção renal de anfetaminas e outros fármacos básicos. Processos absortivos O TGI representa o principal sitio de interações fármacos-nutrientes, uma vez que o processo de absorção de ambos ocorre por mecanismo semelhante, e podem ser competitivos. A ingestão de alimentos é capaz de desencadear no TGI a liberação de secreções que, por ação dos sucos digestivos age hidrolisando e degradando ligações químicas específicas, através de ação de substâncias sensíveis a pH baixo, pode ser alterado ou até inativado pelo ácido gástrico quando ingeridos causam inativação da penicilina e da eritromicina. Paralelamente, o nutriente pode influenciar no pH do conteúdo gastrintestinal, esvaziamento por sítios de absorção, fluxo sanguíneos esplênico e ligação direta do fármaco com componentes dos alimentos. Modificação do pH do conteúdo gastrintestinal: após a ingestão de alimentos e líquidos o pH de 1,5 do estomago se eleva para aproximadamente 3,0. Esta modificação pode afetar a desintegração das capsulas, drágeas ou comprimidos e consequentemente a absorção do principio ativo. Velocidade do esvaziamento gástrico: a presença de alimentos no estomago contribui para o retardo do esvaziamento. Refeições sólidas, ácidas, gordurosas, quentes, hipertônicas e volumes líquidos acima de 300ml tendem a induzir um acentuado retardo do esvaziamento gástrico, enquanto refeições hiperproteícas têm menor relevância neste processo. O esvaziamento gástrico lento pode aumentar a absorção dos fármacos que se usam do mecanismo saturantes, há um prolongamento do tempo de contato do princípio ativo com a superfície de absorção. Aumento da atividade peristáltica do intestino:. O aumento moderado da motilidade pode favorecer a dissolução do alimento e a dissolução do medicamento, facilitando o contato das substâncias ativas com a superfície de absorção otimizando, também pode diminuir a sua biodisponibilidade, em função da elevação da velocidade do transito intestinal. Competição pelos sítios da absorção: a presença de nutrientes pode constituir uma competição pelos sítios de absorção, apresentar maior afinidade com este sítio. A levodopa (L- dopa) tem ação terapêutica inibida por dieta hiperproteíca, uma dieta hipoproteíca potencializa e estabiliza este efeito. Esta alteração deve-se ao fato de aminoácidos competirem com a levodopa tanto na absorção intestinal, quanto na penetração no cérebro. Fluxo sanguíneo esplênico (FSE): é constituído pelo suprimento sanguíneo do TGI, baço e pâncreas. A ingestão de alimentos aumenta o fluxo sanguíneo esplênico. O aumento do FSE pós-prandial tem sido implicado na diminuição do efeito de primeira passagem, levando, a implicação da disponibilidade sistêmica de um número de fármaco, incluindo alguns bloqueadores beta- adrenérgicos. Ligação do fármaco complexação com alimentos A interação fármaco-nutriente pode ocorrer por mecanismo de complexação, resultando na diminuição da sua disponibilidade. Os íons di e tetravalentes (Ca2+, Mg2+, Fe2+) presentes no leite e em outros alimentos, são capazes de formar quelatos não absorvem com as tetraciclinas, ocasionando a excreção fecal dos minerais, bem como do fármaco. Interferência do estado nutricional A deficiência nutricional pode afetar a ação dos fármacos, por alterar a absorção, a distribuição, a biotransformação e a excreção, influenciando, a resposta terapêutica. O fator mais importante do regime alimentar, no metabolismo de compostos ativos é a quantidade de proteínas na dieta. Um regime alimentar com elevado teor de proteína e baixo teor de carboidrato aumenta a velocidade do metabolismo do fármaco, enquanto dietas com baixo teor de proteína e alto teor de carboidrato favorece o efeito oposto. A proteína e outros nutrientes podem influenciar a atividade enzimática do citocromo P450 microssomal hepático no homem. Como é o caso do zinco, essenciais para enzimas especificam associadas às fases I e II no processo de biotransformação. Interferência do fármaco no estado nutricional Os fármacos podem modificar o metabolismo de nutrientes como, por exemplo, o metotrexato e a ciclosporina, que danificam a mucosa intestinal, diminuindo a absorção de cálcio. A alteração causada pelas substâncias ativas na absorção de nutrientes pode ser primária ou secundária: A má absorção primária induzida por medicamentos é uma consequência dos efeitos diretos dos agentes farmacológicos sobre a mucosa; A má absorção secundária é causada sobre o estado fisiológico, ou, ainda, pela interferência do fármaco sobre o metabolismo de um nutriente que, poderá ocasionar a má absorção de outros. Substâncias como antiácidos, laxativos e antibióticos podem causar a perda de nutrientes. Aumento na excreção de minerais ocorre com o uso prolongado ou com a ingestão de altas doses de diuréticos. A furosemidas diurético de alças, acarreta perda de potássio, magnésio, zinco e cálcio. REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS (RAM) Pode ser definido como qualquer efeito prejudicial ou indesejado que apresente após a administração de doses normais usadas no homem para a profilaxia, diagnóstico ou tratamento de uma enfermidade.O uso de medicamentos em situações não indicadas ou em circunstâncias que desrespeitem os critérios de uso racional pode provocar danos. Mesmo respeitando os critérios de segurança, podemos nos deparar com uma RAM, definida como reação nociva e não intencional, que ocorre em doses normalmente usadas no homem para profilaxia, diagnóstico, terapia da doença ou para a modificação de funções fisiológicas. Farmacovigilância É a ciência relativa à identificação, avaliação, compreensão e prevenção dos efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados a medicamentos. Historia: Em 1968, iniciou-se o programa OMS de vigilância internacional de medicamentos, com o objetivo de acumular e organizar os dados existentes em todo o mundo sobre RAMs. Com a instalação de um sistema de notificação para registro de suspeitas de reações adversas a medicamentos, os países dotados de centros nacionais de monitorização de medicamento enviam seus registros ao centro colaborador de Uppsal, na Suécia, coordenado pela OMS, que é responsável pela manutenção do Vigibase mundial de dados RAMs. Necessidade de farmacovigilância: Para que o medicamento obtenha registro, é submetido a ensaios pré- clínicos, pesquisas realizadas ín-vitro e em animais, para avaliar o perfil físico-químico toxicológico e teratogênico do fármaco em análise, e ensaios clínicos, pesquisas realizadas em seres humanos, com objetivo de verificar a eficácia do medicamento, estabelecer a dose segura para sua utilização e detectar a ocorrência de possíveis efeitos indesejáveis. Categorias de frequência Reações adversas foram separadas entre aquelas que se apresentavam efeitos farmacológicos aumentado, também chamados reações do: 1. Tipo A (aumentado) a partir de uma proposta mnemônica ou dose relacionado. Reações tipo A tendem a ocorrer com maior frequência e estão relacionadas à dose. Podem ser tratadas com a redução da dose do medicamento. Tendem a ocorrer entre indivíduos que apresentem uma destas três características: Os indivíduos podem ter recebidos dose maior que a que é apropriada; Podem ter recebido quantidade comum do medicamento, mas metabolizar ou excretá-lo de forma lenta, apresentando níveis quantitativos elevados; Podem apresentar níveis normais do medicamento, porém, por algumas razões, são sensíveis a ele. 2. Tipo B (bizarras) e aquelas que resultam de uns feitos aberrantes não relacionadas à dose. Os de tipo B tendem a serem incomuns não relacionados à dose, imprevisíveis e potencialmente mais graves. Quando ocorrem, frequentemente é necessária a suspensão do medicamento. Com a inclusão de novos tipos de RAMs, atualmente são considerados os tipos A, B, C, D, E, F. ainda assim, nem sempre é possível classificar uma RAM nessas categorias, uma vez que o mecanismo que leva à sua ocorrência pode não ser conhecido. Tipos de RAMs Existem seis tipos de efeitos indesejáveis, são eles: 1. Superdosagem relativa: fármaco administrado em doses normais, por motivos farmacocinéticos suas concentrações são superiores as habituais. Ex.: maior incidência de surdez em pacientes com insuficiência renal em uso de aminoglicosídeos; 2. Efeitos colaterais: são inerentes à própria ação farmacológica do medicamento, mas o surgimento indesejado num momento de sua aplicação ex.: bronco-espasmo produzido pelo uso de bloqueadores β-adrenérgicos; 3. Efeitos secundários: são os devido a não ação farmacológica são consequência de seus efeitos desejados. Ex.: as tetraciclinas possuem efeitos bacteriostáticos com isso podem alterar a microbiota intestinal; 4. Idiossincrasia: é uma sensibilidade particular a um determinado produto, motivado por uma estrutura de um sistema enzimático. Em geral se trata de um fenômeno genético. Ex.: efeitos extrapiramidal causado pelo uso do haloperidol ou outros neurolépticos; 5. Hipersensibilidade alérgica: para o seu acontecimento é necessário à sensibilização previa do indivíduo. A intensidade da reação não está relacionada com a dose administrada; 6. Tolerância administrações repetidas: contínua ou crônica de um fármaco ou sempre uma mesma dose, diminuem progressivamente a intensidade dos efeitos. RECEITA MÉDICA A prescrição é o ato de definir o medicamento a ser consumido pelo paciente, com a respectiva posologia (dose, frequência de administração e duração do tratamento) este ato é expresso mediante a elaboração de uma receita medica. Prescrição de medicamento, escrito em língua portuguesa, contendo orientação de uso para o paciente, efetuada por profissional habilitado pela portaria Nº 344/1998. A prescrição é o instrumento em que se apoia a dispensação. Deve cumprir aspectos legais contidos na lei nº 5991/73 e na resolução nº 10/01. O art. 35 da lei 5591/73 estabelece que a receita deverá ser aviada se: a. Estiver escrita a tinta, em vernáculo por extenso de modo legível, observando a nomenclatura e sistema de pesos e medidas; b. Conter nome e endereço residencial do paciente; c. Conter descrito o mod de usar do medicamento; d. Conter a data e a assinatura do profissional, endereço do consultório ou da residência e o nº de inscrição do respectivo conselho profissional, endereço do consultório ou da resistencia e o nº de inscrição do respectivo conselho profissional. A resolução da Anvisa nº 10/01, estabelece critério que devem ser contempladas na prescrição médica e na dispensação do genéricos. 1. No âmbito do SUS, as prescrições pelo profissional responsável adotarão obrigatoriamente a DCB ou, na sua falta, (DCI. 2. Nos servilos privados de saúde, a prescrição ficará a critério do responsável. Podendo ser pelo nome genérico ou comercial. Que devera ressaltar, quando necessária, a intercambiabilidade; 3. No cao do prescritor decitir não inercambiabilidade, essa manifestação deverá ser feita por escrito, de forma clara, legível e inequívoco, não sendo permitido qualquer forma de impressão, colagem de etiquetas, carimbos ou formas automáticas para essa manifestação. CONCEITOS Produto farmacêutico intercambiável: Produto com equivalência de um medicamento de referência, comprovada, por surtir os mesmos efeitos de eficácia e segurança. Preparação magistral: Preparação que contém substâncias farmacêuticas de absorção oficial, com formulação e quantidade de acordo com prescrição médica, apresentada em embalagem individual. Bioequivalência: Consiste na demonstração de equivalência farmacêutica entre produtos apresentados sob a mesma forma farmacêutica, com idêntica composição qualitativa e quantitativa de principio ativo, e que tenham comparável biodisponibilidade quando estudados sob um mesmo desenho experimental. Medicamento dinamizado: São medicamentos preparados a partir de substâncias que submetidas a triturações sucessivas ou diluições seguidas de sucusão ou de outra forma de agitação sucessiva, ou de agitação ritmado, com finalidade preventiva ou curativa, a serem administrados conforme a terapêutica homeopática, hematoxicológica ou antroposófica. Automedicação: Administração de medicamentos sem orientação médica: Autoprescrição: uso por conta própria de medicamentos com tarja vermelha ou preta, na caixa, e que só podem ser receitadas por médicos; Automedicação responsável: conceitos reconhecidos pela OMS por ajudar a tratar a prevenir sintomas e males menores que não precisam consultar médico, através do uso responsável de medicamentos isentos de prescrição médica. NOTIFICAÇÃO DE RECEITA É o documento que acompanhado de receita autoriza a dispensação de medicamento à base de substâncias constantes nas listas: A1 e A2 (entorpecentes); A3, B1 e B2 (psicotrópicos); C2 (retinóicas para uso sistêmico); C3 (imunossupressoras) do regulamento técnico. Terapêutica efetiva A organização mundial da saúde (OMS) através do programa de ação sobre o medicamento essenciais propõe seis etapas básicas para se alcançar uma terapêutica efetiva: 1. Cabeçalho: impresso que inclui nome e endereço do profissional ou da instituição onde trabalha; registro profissional e número de cadastro de pessoa física ou jurídica, podendo conter, ainda a especialidade do profissional. 2. Sub-inscrição: constituída por nome e endereço do paciente, idade quando pertinente e sem obrigatoriedade do símbolo Rx, que significa receba, por vezes, esse ultimo é omitido e, em seu lugar, se escreve: uso interno ou uso externo, correspondentes ao uso de medicamentos por vias enterais ou parenterais, respectivamente. 3. Inscrição: compreende o nome do fármaco, a forma farmacêutica e sua concentração; 4. Subscrição: designa a quantidade total a ser fornecido, para fármacos de uso controlado, essa quantidade deve ser expressa em algarismos arábicos, escritos por extenso, entre parênteses. 5. Adsorção: é composta pelas orientações do profissional para o paciente; Data e assinatura; 6. Dados-facultativos: peso, altura, dosagem especifica como usadas na pediatria. O verso do receituário pode ser usado para a continuidade de prescrição, atraso da consulta de controle, e para as orientações de repouso, dietas, possíveis efeitos colaterais ou outras informações referentes ao tratamento. Figura 1: exemplo de prescrição médica. (a) anverso da receita; (b) verso da receita. Rx O R cortado é um símbolo usado por alguns médicos no inicio de sua prescrição. Não há obrigatoriedade do seu uso na receita médica. Medicamentos isentos de prescrição médica (MIP) São medicamentos de venda livre, conhecidas internacionalmente como produto OTC (over-the- counter: sobre o balcão), como, os anti- inflamatórios, analgésicos, antitérmicos, antialérgicos, relaxantes musculares etc. vendidos em gôndolas de supermercados. Modelos de receitas médicas Receita simples É usada para a prescrição de medicamentos anódinos (MIP) medicamentos de tarja vermelha, com os dizeres venda sob prescrição médica, e segue as regras descritas na lei 5.991/1973. Receita de controle especial É usado para a prescrição de medicamento à base de substância constante das listas C1, C2 e C5. O formulário é valido em todo o território nacional, devendo ser preenchido em duas vias. A prescrição poderá conter, em cada receita, três substâncias da lista C1 e de suas atualizações. A quantidade prescrita de cada substância da lista C1, C5 e suas atualizações é de cinco ampolas e, para outras formas farmacêuticas, a quantidade refere-se a 60 dias de treinamento. Em casos de emergência, poderá ser aviada ou dispensada a receita de medicamento à base de substâncias constantes da lista C deste regulamento e de suas atualizações, em papel não privativo do profissional ou da instituição, contendo o diagnóstico ou a CID, a justificativa do caráter emergencial do atendimento, data, inscrição no conselho regional e assinatura devidamente identificada. Figura 2: receita de controle especial: em duas vias usadas para prescrição de substância e medicamentos das listas C1, C4, C5 e adendos das listas A1, A2 e B1. A validade é de 30 dias em todo o Brasil. Receita azul ou B A notificação de receita B é um impresso, padronizado, na cor azul, usado na prescrição de medicamentos que contenham substâncias psicotrópicas listas B1 e B2 e suas atualizações constantes na portaria 344/1998 terá validade apenas na unidade federativa que concedeu a numeração. Poderá conter cinco ampolas. Figura 3: receita azul ou B. para medicamentos relacionados nas listas B1 validade após prescrição de 30 dias. Valida somente no estado emitente, quantidade máxima/receita de 60 dias de tratamento limitado a cinco ampolas por medicamento injetável. Figura 4: notificação de receita B2. Para medicamentos relacionados nas listas B2 tem validade de 30 dias após a prescrição. Válida somente no estado emitente, quantidade máxima/receita para 30 dias de tratamento. Receita amarela ou A A notificação A e um impresso, na cor amarela, para a prescrição dos medicamentos das listas A1, A2 e A3. Poderá conter somente um produto farmacêutico. Será válida por 30 dias, a contar da data de sua emissão, em todo o território nacional. As notificações de receita A, quando para aquisição em outra unidade federativa, precisará ser acompanhadas de receitas médica com justificativa de uso. E as farmácias por sua vez, ficarão obrigadas a apresentá-las, dentro do prazo de 72 horas, a autoridade sanitária local, para averiguação e visto. Figura 5: Notificação de receita A (amarela). Para medicamentos relacionados nas listas A1, A2 e A3. A validade após a prescrição é de 30 dias. Valido em todo o território nacional. Quantidade máxima/receita: 30 dias de tratamento. Limitada a cinco ampolas por medicamentos injetáveis. Notificação de receita especial de retinoides Lista C2, com validade por um período de 30 dias e somente dentro da unidade federativa que concedeu a numeração. Poderá conter cinco ampolas, para as demais formas farmacêuticas, a quantidade para o tratamento corresponderá, no máximo há 30 dias a partir da sua emissão. Em caso de emergência, poderá ser aviada ou dispensada a receita de controle especial, em papel não privativo do profissional ou instituição, contendo obrigatoriamente o diagnósticos, a justificativa do caráter emergencial do atendimento, data, inscrição no conselho regional e assinatura devidamente identificada. Figura 6: (a) notificação de receita talidomida; (b) notificação de receita especial retinóides de uso sistêmico. Receita renovável É um modelo criado para comodidade dos pacientes, sendo útil para os doentes crônicos. Tem intenção de evitar que o paciente tenha que se deslocar com frequência aos centros de saúde e hospitais para obtenção exclusiva de receitas. Preenchimento de receita sob notificação: os receituários devem ser seguidos exatamente conforme descrito nos artigos 36 e 55 da portaria Nº 344/98 e seus anexos: Artigo IX (modelo de talonatário oficial A, para as listas A1, A2, e A3); Artigo X (modelo de talonário oficial, A, para as listas B1 e B2); Artigo XI (modelo de talonário B para a lista B1 e B2); Artigo XII (modelo de talonário para os retinóides de uso sistêmico, lista B1 e B2) Anexos XIII (modelo para talidomida, lista C3); Anexo XVII (modelo de receita de controle especial para as listas C1 e C5). A notificação de receita deverá estar preenchida de forma legível, com a quantidade em algarismo arábico escrito por extenso, sem emenda ou rasura. Deve conter somente uma substância e ficará retida pela farmácia ou drogária no momento da compra do medicamento. Figura 7: notificação de receita renovável. Figura 8: modelo explicativo para preenchimento. (a) UF/estado, (b) impressão pela gráfica numeração concedida pela divisa; (c) assinatura do prescritor, e carimbo quando não constar CR/AL no campo identificação do emitente; (d) dados do comprador preenchido na farmácia/drogaria; (e) preenchimento prescritor, nome e endereço completo do paciente; (f) numeração de impressão concedida pela DIVISA impressão pela gráfica; (g) preenchimento da farmácia/drogaria; (h) dose diária ex.: 1cp 12/12h; (i) dose p/ unidade ex.: comprimidos 10mg; (i) quantidade e forma farmaceuticaex.:três cx/comprimidos; (j) dose p/unidade ex.:comprimido 10mog; (j) nome do medicamento ou substância conforme DCB. Ex.: diazepam. (m) dados impressos pela gráfica. Devem estar sempre com todos os seus campos devidamente preenchidos pelo escritor para que o paciente possa adquirir o medicamento ou a fórmula magistral. Termo de conhecimento de risco e consentimento pós-informado Não existe modelo de termo de consentimento, que deve ser elaborado pelas instituições de saúde, submetido à avaliação da comissão de ética médica e, quando necessário, ao próprio conselho regional de medicina, ou seja, cada medico pode adotar um modelo personalizado para seu tipo de atendimento. Figura 9: exemplo ilustrativo. (3 vias) 1ª paciente, 2ª médico, 3ª farmácia. RECEITA E LETRA DE MÉDICO Letra de médico: o código de ética médica é vetado ao médico: artigo 39. Receitar ou atestar de forma secreta ou ilegível, assim como assinar em branco nas folhas de receituários, laudos, atestados ou quaisquer outros documentos. Rasuras na receita médica: lei 5991/73. Capítulo VI. Do receituário: artigo 43. O registro do receituário e dos medicamentos sob regime de controle sanitário espacial não poderá conter rasuras, emendas ou irregularidades que possam prejudicar a verificação de sua autenticidade. Uso de carimbo na receita médica: carimbo na receita médica. A alínea c do artigo 35, da lei Nº 5991, de 7 de dezembro de 1973, determina: Artigo 35: Somente será aviada a receita que contém a data e assinatura do profissional, endereço do consultório ou da residência, e o número de inscrição no respectivo conselho profissional. RESOLUÇÃO Nº 586 de 29/08/2013 A ideia de expandir para outros profissionais, ao farmacêutico, maior responsabilidade no manejo clínico dos pacientes, intensificando o processo de cuidados, tem propiciado alterações nos marcos de regulação em vários países. Com base nessas mudanças, foi estabelecida, a autorização para que distintos profissionais possam selecionar, iniciar, adicionar, substituir, ajustar, repetir ou interromper a terapia farmacológica. Essa tendência surgiu pela necessidade de ampliar a cobertura dos serviços de saúde e incrementar a capacidade de resolução desses serviços. É assim que surge o novo modelo de prescrição como prática multiprofissional. Esta prática tem modos específicos para cada profissional e é efetivada de acordo com a necessidade cuidado do paciente, e com as responsabilidades e limites da atuação de cada profissional. Isso favorece o acesso e aumento o controle sobre os gastos, reduzindo, os custos com a provisão de farmacoterapia racional, além de propiciar a obtenção de melhorar resultados terapêuticos. O farmacêutico, neste último caso, prescreve medicamento definidos em programas de saúde no âmbito dos sistemas públicos em rotinas de instituições ou conforme protocolos clínicos e diretrizes terapêuticos pré-estabelecidos, esta resolução encerra a concepção de prescrição como ação de recomendar algo ao paciente. Tal recomendação pode indicar à seleção de opção terapêutica, a oferta de serviços farmacêuticos, ou o encaminhamento a outros profissionais ou serviços de saúde. Esta resolução inova, ao considerar a prescrição como uma atribuição clínica do farmacêutico, definir sua natureza, especificar e ampliar o seu escopo para além do produto e descrever seu processo na perspectiva das boas práticas, estabelecendo seus limites e a necessidade de documentar e avaliar as atividades de prescrição. O conselho federal de farmácia, no uso de suas atribuições, resolve: Art. 1º: regulamentar a prescrição farmacêutica, nos termos desta resolução; Art. 2º: o ato da prescrição farmacêutica constitui prerrogativa do farmacêutico legalmente habilitado e registrado no conselho regional de farmácia de sua jurisdição. Art. 3º: define-se a prescrição farmacêutica como ato pelo qual o farmacêutico seleciona e documenta terapias farmacológicas e não farmacológicas, e outras intervenções relativas ao cuidado à saúde do paciente, visando à promoção, proteção e recuperação da saúde, e a prevenção de doença e de outros problemas de saúde. Art. 4º: o ato de prescrição farmacêutica poderá ocorrer em diferentes estabelecimentos farmacêuticos, consultórios serviços e níveis de atenção à saúde, deste que respeitado o princípio da confiabilidade e a privacidade do paciente no atendimento. Art. 5º: o farmacêutico poderá realizar a prescrição de medicamentos e outros produtos com finalidade terapêutica, cuja dispensação não exija prescrição médica, incluindo medicamentos industrializados e preparações magistrais alopáticas ou dinamizados, plantas medicinais, medicamentos que venham a ser aprovados pelo órgão sanitário federal para prescrição do farmacêutico. § 1º: o exercício deste ato deverá estar fundamentado em conhecimentos e habilidades clínicas, fisiopatológicas, semiológica, comunicação, farmacologia clínica e terapêutica. Art. 6º: o farmacêutico poderá prescrever medicamentos cuja dispensação exija prescrição médica, desde que condicionado à existência de diagnóstico prévio e apenas quando estiver previsto em programas, diretrizes ou normas técnicas aprovadas para uso no âmbito de instituições de saúde ou quando da formalização de acordo de colaboração com outros prescritores ou instituições de saúde. § 1º: para o exercício deste ato será exigido, o reconhecimento de título de especiação na área clínica, com comprovação de formação que inclua conhecimentos e habilidades em boas práticas de prescrição, fisiopatologia, semiologia, comunicação interpessoal, farmacologia clínica e terapêutica. § 2º: para prescrição de medicamentos dinamizados será exigido o reconhecimento de título de especialista em homeopatia ou antronosofia. § 3º: é vedado ao farmacêutico modificar a prescrição de medicamento do paciente, emitida por outro prescritores, salvo quando previsto em acordo de colaboração, sendo que, neste caso, a modificação acompanhada da jurisdição correspondente, deverá ser comunicada ao outro prescritores. Art. 7º: o processo de prescrição farmacêutica é constituído das seguintes etapas: I: identificação das necessidades do paciente relacionadas à saúde; II:definição do objetivo terapêutico; III: seleção da terapia ou intervenções relativas ao cuidado à saúde, com base em sua segurança, eficácia, custo e conveniência dentro do plano de cuidado; IV:redação da prescrição; V: documentação do processo de prescrição. SISTEMA RESPIRATÓRIO Um levantamento dos sintomas do paciente é essencial, porém informações críticas incluem a quantidade de exposição à fumaça de tabaco, poluentes atmosféricos, como dióxido de nitrogênio, berílio, asbesto etc. O histórico familiar de doenças pulmonares, como asma, alergias, fibrose cística, câncer de pulmão e enfisema pulmonar. Um histórico das medicações ingeridas no passado e no presente é preciso para avaliar certas lesões infiltrativas pulmonares, como a fibrose pulmonar intersticial como uma complicação da terapia com bleomicina, ciclofosfamida, metotrexato ou nitrofuratoína. O broncoespasmo pode ser iniciado ou aumentado por medicamentos β-adrenérgicos. A tosse e o angiodema são complicações ocasionais dos medicamentos inibidores da enzima conversora de angiotensina se houver sibilos audíveis na ventilação, a obstrução das vias aéreas traqueobrônquica deve ser diferenciada da obstrução na laringe e na faringe. A presença de voz anasalada ou hipersensibilidade dolorosa à palpação sobre a região dos seios da face pode ser uma manifestação de sinusite aguda ou crônica. Estertores e crepitações são manifestações de aumento do líquidoluminar nos alvéolos e nas vias aéreas, através dos quais o ar inspirado e expirado passa. MANIFESTAÇÃO CLINICA As manifestações clínicas das doenças pulmonares podem ser divididas em primárias e secundárias. Manifestações pulmonares primários são as de origem na própria estrutura do órgão. Como: tosse, expectoração, hemoptise, chieira torácica, dor torácica, dispneia e cianose. As manifestações pulmonares secundárias são as que estão associadas às pneumopatias, sem serem específicas e exclusivas das doenças pulmonares. Vários fatores patológicos produzem sinais e sintomas respiratórios que precisam de avaliação eles são: 1. Tosse; 2. Dispneia; 3. Dor torácica; 4. Nódulo pulmonar solidário. Tosse É uma expiração explosiva e acompanhada de um ruído característico. Com ou sem escarro, pode ser sintoma transitório ou persistente. As causas mais comuns da tosse transitória são reações inflamatórias da superfície da traqueia ou dos ramos brônquicos, em geral por infecção da traqueia ou dos ramos brônquicos, em geral por infecção bacteriana ou viral. Ocasionalmente vapores nocivos na atmosfera pode induzir a tosse. Para a tosse persistente, uma das causas mais comuns pode ser reação inflamatória alérgica dos brônquios associado à asma. A tosse é classificada em aguda ou crônica, seca ou produtiva. A tosse aguda é a eu dura menos de três semanas, enquanto a tosse crônica e a que dura 3 semanas ou mais. Dispneia Encurtamento da respiração, sensação de não conseguir puxar ar suficiente e respiração trabalhosa. Sua causa pode ser doença pulmonar, doenças circulatórias ou ambas. A correlação mais consistente dos sintomas de dispneia é esforço mecânico aumentado para respirar, geralmente causado por resistência aumentada das via aéreas, como ocorre na asma, na bronquite crônica e no enfisema. Expectoração O escarro eliminado pela boca contém a mistura de secreções provenientes da nasofaringe e pulmões. É preciso observar as características do escarro: volume, aspecto, coloração e odor. A presença de escarro purulento ou mucopurulento e amarelado ou esverdeado está, relacionada a quadros infeccioso agudo, subagudas e crônicas. A expectoração excessiva pela manha pode estar associada à bronquietacsia, bronquite crônica infecta e abscessos pulmonares. Asma Sinas e sintomas: sinas de crise de asma aguda consistem em frequências respiratórias alta, taquicardia e pulsoparadoxal. Exame do tórax: a inspeção pode revelar que os pacientes em crise aguda de asma estão usando seus músculos retraídos nas espocas intercostais durante a inspiração. O tórax está hiper-insulflado e a fase expiratória está prolongada com relação à fase inspiratória. Anamnese: durante uma crise de asma aguda, os pacientes procuram atendimento médico pela dispneia acompanhada de tosse, sibilo e ansiedade. Prevenção e tratamento Atualmente não há como impedir uma crise asmática o tratamento da asma é direcionado para a obstrução e a inflamação das vias aéreas, a regressão da obstrução deve ser documentada por medidas objetivas. O tratamento da asma tem dois componentes: 1º uso de agentes aliviadores na fase aguda (broncodilatador) para reverter a obstrução aguda das vias aéreas asmáticas; 2º é o uso de medicações controladoras, que modifiquem o ambiente das vias aéreas osmóticas, de forma que ocorra menos frequentemente broncoconstrição aguda que necessite de tratamento de resgate. Tabela 1: tratamento ambulatorial da asma. Caso clinico Uma menina de 10 anos de idade com história de asma mal controlada apresenta-se ao serviço de emergência com taquicardia e sibilos inspiratório e expiratórios audíveis. Está pálida, recusa-se a ficar deitada e parece muito assustada. Seu pulso está em 120 bpm e frequência respiratória em 32/min. A mãe relata que a mesma acabou de se recuperar de uma grupe leve e estava bem até essa tarde. A criança fez uso de inalador (salbutamol), quando necessário esta tarde. Porque seus pais temem que ela se torne muito dependente antes de se dirigir ao hospital, mas aparentemente o medicamento não ajudou em nada. Que medidas emergenciais estão indicadas? Como deve ser alterado o tratamento a longo prazo? Resposta A paciente demonstra os efeitos desestabilizadores de uma infecção respiratória sobre a asma. A criança apresenta sinais de falência respiratória iminente, incluindo sua recusa a ficar deitada, o medo e a taquicardia, que não pode ser atribuída à dose mínima de salbutamol administrada. As etapas imediatas essenciais são administrar oxigênio em alto refluxo e iniciar nebulização com salbutamol. Essa paciente precisa de tratamento com controlador a longo para particularmente um corticosteroide inalatório. SISTEMA RENAL O paciente com disfunção renal apresenta sinais e sintomas específicos de doença renal. Anamnese deve-se avaliar os fatores potenciais que contribuem para o desenvolvimento da doença renal e identificar as características sistêmicas da doença passiveis de afetar os rins. GERIATRIA A sociedade está envelhecendo, esse aumento representa crescimento drástico na expectativa de vida em relação ao século passado; em 1900, os homens podiam esperar viver 48 anos e as mulheres 51 anos, em 1997 essa expectativa de vida aumentou para 74 e 79 anos de idade. Com essa mudança demográfica, os adultos mais idosos tornaram-se a maioria das pessoas que usam cuidado substancial de pessoas, com a maioria das doenças crônicas, tem mais de 65 anos de idade. Com resultado disso, as pessoas com65 anos de idade ou mais contabilizaram um terço dos gastos com cuidados de saúde nos EUA. Alterações do estado de saúde A incapacidade física, é um resultado adverso das doenças e do envelhecimento, é relatada por 40% dos adultos idosos, e, os 60% restantes não são incapazes, e os índices de incapacidade parecem ter declinado nos últimos 10 anos. Em 1997, as doenças cardíacas eram a principal causa de óbitos em pessoas com 65 anos de idade ou mais, seguido de câncer, acidente vascular cerebral (AVC), doença pulmonar obstrutiva crônica, pneumonia, influenza e diabetes. Após a idade de 65 anos 80% das pessoas relatam uma ou mais doenças crônicas, e quase todas as doenças crônicas aumentam com a idade. SISTEMA CARDIOVASCULAR ABORDAGEM Os pacientes com esse tipo de doença pode apresentar-se com vários sintomas e sinais, cada um podendo ser causado por condições não cardiovasculares. Como doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no mundo, é importante que os pacientes sejam cuidadosamente avaliados para que se tenha uma detecção precoce da doença cardiovascular, os sinais e sintomas da doença cardiovascular avaliados em detalhes institui uma terapia a apropriada. Na avaliação de um paciente com doença cardíaca comprovada ou suspeita, é preciso determinar se existe uma combinação ameaçadora a vida. Nessas situações é preciso, enfocar a questão especifica que se apresenta. Exemplos de condições potencialmente ameaçadores à vida incluem infarto aórtico, edema pulmonar e embolismo pulmonar. História Os pacientes podem queixar-se espontaneamente de vários sintomas cardiovasculares,mas algumas vezes estes sintomas são identificados apenas com a obtenção de uma história médica cuidadosa, completa. Nos pacientes com doenças cardiovasculares conhecidas ou suspeita, questões sobre os sintomas cardiovasculares são componentes chaves da história da doença atual. Dor torácica É a manifestação cardinal da isquemia miocárdica resultante da doença arterial coronariana ou qualquer condição que cause isquemia miocárdica de oxigênio e o suprimento miocárdico de oxigênio. Uma dor nova, aguda, frequentemente contínua, pode indicar um infarto agudo do miocárdio, angina instável ou dissecção aórtica, uma causa pulmonar, como uma embolia pulmonar aguda ou uma irritação pleural, do toraz ou do musculo-esquelético da parede torácica, to tórax ou do refluxo ou espasmo esofagiano. O desconforto torácico do infarto do miocárdio ocorre sem uma causa clinica, e cresce em intensidade ao longo de vários minutos, a sensação pode variar desse um desconforto incômodo até uma dor intensa. Os médicos precisam suspeitar de qualquer desconforto, especialmente se irradiar para o pescoço, ombro ou braços. DOR É a queixa mais comum dos pacientes. Nas ultimas décadas tem se feito grandes esforços para tentar melhorar a abordagem e o tratamento de pacientes com dor. A tarefa domédico é descobrir e tratar a causa da dor, quando a doença causador da dor não for tratável, o médico tem como obrigação tratar a dor sintomaticamente. Segundo a associação internacional para estudo da dor (IASP) a dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável relacionada à lesão tissular. A dor possui dois componentes: 1º relacionado com a percepção de um estímulo nocivo, chamado nocicepção, permite que o individuo perceba a intensidade, localização e tipo da dor; 2º é o componente efetivo de reação ou de respostas tanto reflexa quanto comportamental que leva o individuo a buscar proteção, não se expondo mais ao estímulo, preservando assim sua integridade física. A dor, passa a não ter significado clinico quando já diagnosticada sua causa quando a sua ocorrência é esperada, como nas dores pós-operatória. Pacientes com quadros anatômicos de dor crônica apresentam dor sem substrato anatômico, sem uma lesão tissular, ou pelo menos sem lesão na região que o paciente refere-se a dor, sendo que o problema geralmente se encontra nos nervos periféricos ou no SNC. A dor causa uma resposta de estresse no organismo, mediado pelo SNA, que leva a um aumento do tônus do SNS, com consequente aumento do metabolismo, do consumo de oxigenação, estimulação do sistema endócrino com liberação de hormônios catabolizantes e outros efeitos. Por exemplo, um paciente com pneumopatias, no pós-operatório de uma cirurgia do andar superior do abdômen, com analgesia inadequada, não será capaz de respirar, tossir e de perambular, predispondo ao surgimento de atelectasias pulmonares ou até mesmo uma pneumonia. A dor também causa no paciente uma resposta emocional, que varia de uma pessoa para outra, levando o paciente ao afastamento do convívio social, distúrbio do sono, quadros de depressões e, em pacientes susceptíveis a quadro psiquiátricos mais complexos, e até suicídio. Abordagem Como a dor é subjetiva, há uma grande variação na sua interpretação e reação, tornando difícil avalia-la, tanto para o paciente quando para o examinador. Muitos fatores alteram o limiar da dor e a tolerância da dor; fatores, psicológicos como atenção, temperatura, ansiedade, antecipação, e experiências anteriores, assim como sugestão, podem exercer profundas alterações. Fatores constitucionais também levam a alteração como a idade, na anamnese do paciente com dor deve-se caracterizar a queixa do paciente de acordo com: 1. Duração: é o tempo do início da dor até a consulta; 2. Tipo: a pergunta principal é como dói? A dor pode ser em pontada, lancinante, pulsátil, dor constritiva; 3. Evolução: é a relação com o tempo, podem ser cíclica ou contínua, aumentada ou não de intensidade, apresentada episódios de exacerbação e alcamia; 4. Localização: o local guarda relação com a doença, na dor somática ela é bem localizada, na dor visceral é difusa e na dor referida pode ser bem localizada, mas não guarda relação com a estrutura acometida; 5. Intensidade: apresenta grande variação individual; 6. Irradiação: a dor em determinada área pode ser acompanhada de dor que atinge outra região; 7. Relação com funções orgânicas: é relacionada a dor com estruturas localizadas próximas. Por exemplo, nas dores torácicas, que se alteram com movimentos respiratórios ou tosse; 8. Fatores desencadeantes ou agravantes: outras atividades podem precipitar ou intensificar a do, como exercício físico gerando episódio de angina de peito ou doses musculares após exercício físico intenso; 9. Fator que alivia; posição que o paciente assume para obter alivia, ou manobras como provocar vômitos; 10. Manifestações associadas: pesquisa a ocorrência de vômitos, sudorese, palidez como ocorre nas dores viscerais, ou outros distúrbios como a hematúria que se associa à cólica nefrítica da litíase renal. Até hoje é possível medir a dor através de testes químicos ou neurofisiológicos. A aceitação da realidade dolorosa do paciente não obriga o médico a prescrever opióides fortes ou outros tipos de tratamento, em particular: - esclarecer aspectos da dor: as circunstância e a velocidade em que dor aparece não são, pertinentes ao diagnóstico, mas orientam a escolha dos métodos de tratamento cujo inicio de efeito e a duração devam corresponder ao caso real da dor; - avalie a resposta as terapia anteriores e atuais como analgésicos: a dose e a duração décadatratamento anterior devem ser registradas. Doses ótimas da medicação mais adequada para uma nova síndrome partícula produzem, com frequência, resultados usando doses inferiores em tentativas breves; Avalie a severidade da dor e do comprometimento- funcional com uma medida simples o bastante para ser usada repetidamente; -Avalie o estado psicológico do paciente, depressões não admitidas e desordens de atenção são comuns em pacientes com dor crônica. A presença de pensamentos sobre o suicídio e os efeitos da dor nas atividades sexuais do paciente deve ser acompanhada, é importante perguntar a pessoa como ela esta se mantendo diante da dor. As respostas a essa questão permitem identificar fontes de resistência sobre as quais o clinico pode trabalhar; -desenvolva uma série de hipótese baseadas em diagnósticos. A dor poderesultar de doenças na região dolorosa ou de referir a outra parte do corpo, por isso pode ser útil listar todas as possibilidades para os locais de origem da dor, particularmente, quando ela tem se mostrando resistente à terapia; -revise pessoalmente os procedimentos de diagnóstico. Na reavaliação de diagnósticos difíceis de dor é importante saber quantas vezes as lesões foram detectadas previamente através de procedimentos de mapeamento de imagem, particularmente, quando o radiologista não recebeu uma hipótese específica de diagnóstico. - em pacientes com sintomascrônicos múltiplos que são inexplicáveis, apesar de um diagnóstico de avaliação, considere a possibilidade de desordem multissomato forme esse diagnóstico proposto, se aplica a um décimo dos casos de primeira consulta, é definido pela presença de queixa germinada e inexplicável, algumas das quais causam problemas ao paciente na maioria dos dias nos dois últimos anos; -reavalie
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