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1. FARMACOTERAPIA

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FARMACOTERAPIA 
 
PRESCRISÇÃO DE MEDICAMENTO ............2 
PRESCRIÇÃO RACIONAL ........................... 2 
ADESÃO ................................................... 2 
ERROS DE MEDICAÇÃO .............................3 
CONCEITOS .............................................. 3 
ERRO DE PRESCRIÇÃO ............................. 3 
Problemas relacionados a 
medicamentos (PRM) .................. 3 
ERROS DE DISPENSAÇÃO ......................... 4 
Erros de conteúdo ................................. 4 
Erros de rotulagem ............................... 4 
Erros de documentação ........................ 4 
ERROS DE ADMINISTRAÇÃO .................... 5 
Medicamentos potencialmente 
perigosos (MPP´s) ........................ 5 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS .............7 
INTERAÇÕES FARMACÊUTICAS ................ 7 
INTERAÇÃO FARMACOCINÉTICA ............. 8 
Interações que modificam a absorção . 8 
Interações que modificam a 
distribuição .................................. 8 
Interações que modificam a 
metabolização ............................. 8 
Interações que modificam a excreção .. 8 
INTERAÇÃO FARMACODINÂMICA ........... 9 
Sinergismo ............................................ 9 
FÁRMACOS-NUTRIENTES ........................ 10 
INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES ... 10 
Processos absortivos .......................... 10 
Ligação do fármaco complexação com 
alimentos ................................... 11 
Interferência do estado nutricional .... 11 
Interferência do fármaco no estado 
nutricional ................................. 11 
REAÇÕES ADVERSAS A 
MEDICAMENTOS (RAM) ................... 12 
Farmacovigilância .............................. 12 
Categorias de frequência ....................... 12 
Tipos de RAMs .................................... 12 
RECEITA MÉDICA ................................... 13 
CONCEITOS............................................ 13 
NOTIFICAÇÃO DE RECEITA ..................... 13 
Terapêutica efetiva ............................ 13 
Rx 14 
Medicamentos isentos de prescrição 
médica (MIP) ............................. 14 
Modelos de receitas médicas ............. 14 
Receita simples ...................................... 14 
Receita de controle especial .................. 14 
Receita azul ou B .................................... 14 
Receita amarela ou A ............................. 15 
Notificação de receita especial de 
retinoides ................................... 15 
Receita renovável .................................. 15 
Termo de conhecimento de risco e 
consentimento pós-informado .. 16 
RECEITA E LETRA DE MÉDICO ................ 16 
RESOLUÇÃO Nº 586 DE 29/08/2013 ...... 17 
SISTEMA RESPIRATÓRIO ........................ 17 
MANIFESTAÇÃO CLINICA ....................... 18 
Tosse................................................... 18 
Dispneia.............................................. 18 
Expectoração .......................................... 18 
Asma .................................................. 18 
Prevenção e tratamento ........................ 18 
Caso clinico ......................................... 19 
Resposta ................................................. 19 
GERIATRIA ............................................. 19 
SISTEMA CARDIOVASCULAR .................. 21 
ABORDAGEM ........................................ 21 
História ............................................... 21 
DOR ....................................................... 22 
Abordagem ........................................ 22 
DOENÇAS CARDIOVASCULARES ............. 23 
PRESSÃO ARTERIAL ............................... 24 
Abordagem ........................................ 24 
Epidemiologia .................................... 24 
ARRITMIA CARDIÁCA ............................ 24 
Sensações percebidas ......................... 24 
Modo de inicio e término ................... 24 
Fatores que desencadeiam ou 
convertem.................................. 24 
Época de instalação, frequência e 
duração. .................................... 24 
Sintomas associados .......................... 24 
Antecedentes pessoais ....................... 25 
Antecedentes familiares ..................... 25 
TGI 25 
Exame físico ....................................... 25 
ESÔFAGO............................................... 25 
Disfagia .............................................. 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRESCRISÇÃO DE MEDICAMENTO 
 Um paciente com problema clínico, avaliado e 
diagnosticado, o médico pode optar entre várias 
abordagens terapêuticas. O tratamento 
farmacológico é a opção escolhida com maior 
frequência. 
 
PRESCRIÇÃO RACIONAL 
 Deve ser feita com base numa série de etapas 
racionais: 
 Realizar um diagnóstico específico: as 
prescrições feitas com o objetivo de satisfazer 
as necessidades psicológicas do paciente, por 
algum tipo de tratamento com frequência 
mostram-se insatisfatórias e podem resultar em 
efeitos colaterais. Para seguir à próxima etapa, 
há necessidade de um diagnóstico mesmo que 
presuntivo. 
 
 Por exemplo, um paciente com suspeita de artrite 
reumatoide, o diagnóstico deve ser esclarecido e 
compartilhado com o paciente. 
 
 Considerar as implicações fisiopatológicas 
do diagnóstico: se os distúrbios estiverem bem 
compreendidos, o profissional estará em 
condições melhores de oferecer uma 
terapêutica efetiva. O paciente deve receber 
informações em quantidade e profundidade 
apropriadas sobre a fisiopatologia, 
 
 Por exemplo, o conhecimento sobre os mediadores 
da inflamação permite o uso mais efetivo de AINEs, 
e de outros agentes usados na artrite reumatoide. 
 
 Escolher um objetivo terapêutico especifico: 
deve-se escolher um objetivo terapêutico para 
cada processo fisiopatológico dentre os 
definidos na etapa anterior. 
 
Num paciente com artrite reumatoide, o alivio da dor 
por meio da redução do processo, inflamatório é um 
dos objetivos terapêuticos que identificam os grupos 
de fármacos considerados. 
 
 Selecionar o fármaco preferencial: um ou 
mais grupos serão indicados para cada objetivo 
terapêutico determinado na etapa anterior. A 
escolha de um fármaco preferencial entre 
aqueles do grupo deve ser feita em função da 
consideração sobre as características como 
faixa etária, outras doenças e outros fármacos 
usados são importantes para a escolha do 
fármaco apropriada a ser usada para o controle 
da queixa em questão. 
 
No exemplo de paciente com suspeita de artrite 
reumatoide, seria importante saber se o individuo 
tem intolerância de AAS ou de doença péptica. 
 
 Determinar a posologia apropriada: a 
posologia é determinada pela farmacocinética 
do fármaco no paciente. 
 
No caso de portador de doença no órgão 
encarregado de eliminar o fármaco escolhido será 
preciso ajuste da posologia. 
 
 Estabelecer um plano para o monitoramento 
da ação do fármaco e determinar um 
desfecho para o tratamento: deve ser capaz 
de descrever ao paciente os efeitos esperados 
com o uso do fármaco e a forma como serão 
monitorado, incluindo exames laboratoriais e 
sinais e sintomas que o paciente deve relatar. 
 
O tratamento da artrite reumatoide será longo. O 
profissional deverá especificar que alterações no 
quadro do paciente podem determinar modificações 
no tratamento. 
 
 Planejar um programa educacional para o 
paciente: quanto mais tóxico o fármaco 
prescrito maior será a importância do programa 
educacional. 
 
ADESÃO 
 Refere-se ao grau de atendimento do paciente às 
instruções de tratamento: 
 O paciente que não consegue obter o fármaco. 
Alguns pacientes deixam o hospital sem os 
fármacosque usavam antes da internação; 
 O paciente não toma o fármaco na forma 
prescrita. Exemplos incluímos doses erradas, 
erros na frequência de administração, 
sequenciamento equivocada, erros na via ou 
técnica de administração ou uso do fármaco 
com objetivo equivocado. Esses erros 
costumam resultar da falta de comunicação 
entre o paciente, o profissional que realizou a 
prescrição e o farmacêutico. 
 O paciente suspende o fármaco 
prematuramente. Isso ocorre, por exemplo, se o 
paciente presume erroneamente que o fármaco 
não é mais necessário, por estar se sentido 
melhor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ERROS DE MEDICAÇÃO 
 É qualquer evento que pode levar ao uso 
inadequado do medicamento. O erro pode estar 
relacionado à prática profissional, produtos usados 
na área da saúde, procedimentos, problemas de 
comunicação, incluindo prescrição, rótulos, 
embalagens, etc. 
 
CONCEITOS 
 Reação adversa a medicamento: É a resposta 
nociva a uma droga, não intencional que ocorre nas 
doses usuais para profilaxia terapêutica, tratamento 
ou para modificação de função fisiológica. 
 Eventos adversos relacionados a 
medicamentos: São considerados como qualquer 
dano ou injúria causado ao paciente pela 
intervenção médica relacionada aos medicamentos. 
A presença do dano é, portanto, condição 
necessária para a caracterização do evento 
adverso. 
 Informações relacionadas aos pacientes: Para 
uma boa orientação aos pacientes, os profissionais 
da saúde precisam de informações demográficas 
(idade, peso) e clínicas (históricos de alergias, 
gravidez) relacionadas ao pacientes, além dos 
dados de monitoramento dos medicamentos usados 
e da evolução da doença. 
 Informações relacionadas aos medicamentos: 
Para amenizar os riscos de erros, os profissionais 
de saúde devem ter acesso às informações 
atualizadas sobre os medicamentos através de 
textos de referência, protocolos e sistemas 
informatizados com informações dos medicamentos 
além de registro da administração dos 
medicamentos e os perfis dos pacientes e atividade 
clinica regular dos farmacêuticos. 
 Comunicações relacionadas aos 
medicamentos: As falhas de comunicações são 
causas importantes de erros de medicações. As 
organizações de saúde devem promover a redução 
das barreiras de comunicação entre os profissionais 
de saúde, como por exemplo, padronizando formas 
de prescrição e demais informações sobre 
medicamentos para evitar erros de interpretação. 
 Rotulagem, embalagem e nome: Para facilitar a 
identificação e uso dos medicamentos, fabricantes, 
agências reguladoras, organizações de saúde e as 
farmácias deveram assegurar que todos os 
medicamentos tenham rótulos claros, identificações 
diferenciadas para medicamentos com nomes e 
pronúncia semelhantes. 
 Dispensação, armazenamento e padronização: 
Muitos erros podem ser prevenidos com a redução 
da disponibilidade dos medicamentos, restringindo 
o acesso a medicamentos potencialmente 
perigosos, e usados sistemas de dispensação que 
disponibilizem o medicamento no momento do uso. 
 
 
ERRO DE PRESCRIÇÃO 
 É definido como um erro de decisão ou de redação, 
não intencional, que pode reduzir a probabilidade 
do tratamento ser efetivo ou aumentar o risco de 
lesão no paciente, quando comparado com as 
práticas clinicas estabelecidas e aceitas. 
 
Problemas relacionados a medicamentos (PRM) 
 As seguintes definições e condutas devem ser 
observadas no momento de uma prescrição: 
 Falha de prescrição; 
 Erros de prescrição. 
 São os maiores problemas entre os erros de 
tratamento farmacológicos. Elas ocorrem em 
clinicas e em hospitais, raramente são fatais, mas 
podem afetara segurança e a qualidade da saúde 
do paciente. Ambos os problemas, no ato de 
escrever (erros de prescrição) e falhas de 
prescrições relativas a decisões médicas erradas 
podem resultar em danos aos pacientes. 
 Qualquer etapa no processo de prescrição pode 
gerar erros, deslizes, lapsos ou enganos são fontes 
de erros, como nas omissões involuntárias na 
transcrição de fármacos: 
 Falhas na seleção da dose, transcrição omissa, 
e falta de caligrafia são as mais comuns; 
 Falta de conhecimento ou competência, e de 
informações incompletas acerca de 
características e do tratamento prévio do 
paciente podendo resultar em falhas de 
prescrição, incluindo em potencial uso de 
fármacos inapropriados; 
 Um ambiente de trabalho inseguro, 
procedimentos complexos, e a comunicação 
inadequada entre o pessoal de saúde, 
particularmente entre os médicos e enfermeiros 
são considerados importantes para os erros de 
prescrição e falhas de prescrição. 
 Intervenções ativas que visam reduzir os erros de 
prescrição e as falhas são muito recomendadas. 
Estas devem ser focadas na educação e formação 
de prescritos e uso de auxílio on-line. 
 A complexidade do processo de prescrição deve 
ser reduzida pela introdução de sistema automático 
ou roteiros de prescrição, a fim de evitar erros de 
transcrição e omissão. Sistemas de controle com 
retorno de informações e pronta revisão de 
prescrições, que podem ser feitas com a assistência 
dos farmacêuticos clinico, também são úteis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ERROS DE DISPENSAÇÃO 
 É definido como o desvio de uma prescrição 
médica escrita ou oral, incluindo modificações 
escritas feitas pelo farmacêutico após contato com 
o prescrito ou cumprindo normas ou protocolos 
preestabelecidos. É qualquer desvio do que é 
estabelecido pelos órgãos regulatórios ou normas 
que afetam a dispensação. São apresentadas mais 
duas definições: 
1. São a discrepância entre a ordem escrita na 
prescrição médica e o atendimento dessa ordem; 
2. São erros cometidos por funcionários da 
farmácia quando realizam a dispensação de 
medicamento para as unidades de internação. 
 A farmácia tem como função a dispensação dos 
medicamentos de acordo com a prescrição médica, 
nas quantidades e especificações solicitadas, de 
forma segura e no prazo requerido, promovendo o 
uso seguro e correto de medicamentos. Falhas na 
dispensação é rompimento do último elo na 
segurança do uso dos medicamentos. Os erros de 
dispensação podem ser classificados em: 
 Erros de conteúdo; 
 Erros de rotulagem; 
 Erros de documentação. 
 
Erros de conteúdo 
 São referentes ao conteúdo da dispensação, ou 
seja, relacionados aos medicamentos que estão 
prescritos e serão dispensados. 
 Medicamento errado: prescrito um 
medicamento e dispensado outro, pode estar 
associado a medicamentos com nomes ou 
pronúncia similares, podendo provocar a troca 
no momento da dispensação. 
 Medicamento dispensado com a 
concentração errada: o medicamento é 
dispensado em concentração diferente maior ou 
menor daquela prescrita. 
 Medicamento dispensado com a forma 
farmacêutica errada: a prescrição solicita o 
medicamento com uma determinada forma 
farmacêutica e a farmácia dispensa outra, 
podendo induzir erros de administração. 
 Dose excessiva: o medicamento é dispensado 
em maior quantidade que aquela prescrita. 
 
Erros de rotulagem 
 São os erros relacionados aos rótulos dos 
medicamentos dispensados que podem ser dúvidas 
no momento da dispensação ou administração, 
erros de grafia nos rótulos e tamanhos de letras que 
impedem a leitura, a identificação ou podem levar 
ao uso incorreto do medicamento. São 
considerados os rótulos da identificação dos 
medicamentos, das misturas intravenosas e da 
nutrição parenteral preparada na farmácia. Podem 
ocorrer: 
 Nomes do paciente errado; 
 Nome do medicamento errado; 
 Concentração errada do medicamento; 
 Forma farmacêutica errada. 
 
Erros de documentação 
 São erros relacionados à documentação de registro 
do processo de dispensação, como por exemplo, a 
ausência ou registro incorreto da dispensaçãode 
medicamento controlados, falta de datas na 
prescrição, falta de assinatura do prescrito ou do 
dispensador, dentre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ERROS DE ADMINISTRAÇÃO 
 Qualquer desvio no preparo e administração de 
medicamentos mediante prescrição médicas não 
observadas às recomendações ou guias do hospital 
ou das instruções técnicas do fabricante do produto. 
As causas dos erros são multifatoriais e muitos 
deles envolvem circunstâncias similares. Dentre as 
principais causas estão: 
 Falta de conhecimento sobre os medicamentos; 
 Falta de informação sobre os pacientes; 
 Deslizes e lapsos de memória; 
 Erros de transcrição; 
 Falhas na interação com outros serviços; 
 Falhas na conferência das doses; 
 Problemas relacionados a dispositivos de 
infusão de medicamentos; 
 Inadequado monitoramento, e etc. 
 
Medicamentos potencialmente perigosos (MPP´s) 
 Alguns medicamentos apresentam maior potencial 
de provocar lesão grave nos pacientes quando 
ocorre falha em seu processo de utilização. Tais 
medicamentos foram chamados medicamentos 
potencialmente perigosos. A consequência clinica 
dos erros de medicação com MPP´s no âmbito 
hospitalar pode ser mais significativa do que em 
nível ambulatorial, considerando-se a complexidade 
e agressividade dos procedimentos terapêuticos 
adotados em hospitais. Portanto, a introdução de 
medidas de prevenção em hospitais deve abranger 
as múltiplas etapas que compõem a cadeia de uso 
dos medicamentos, a saber: 
 Embalagem; 
 Identificação; 
 Armazenamento; 
 Prescrição; 
 Dispensação; 
 Preparação; 
 Administração. 
 O uso de medicamentos é um processo 
multidisciplinar, e, portanto, o desenvolvimento e a 
implantação de programas de prevenção de erros 
devem proporcionar à interação de todos os 
profissionais envolvidos, incluindo os pacientes. 
 As práticas adotadas para melhorar a segurança 
de uso dos MPP´s consistem na simplificação e 
padronização de procedimentos e tem especial 
utilidade na prevenção de erros envolvendo MPP´s 
de acordo com normas: 
 Introduzir barreiras que minimizem a 
possibilidade de ocorrência dos erros: 
 Usar seringas especiais para administração de 
soluções orais como conexões que não se 
adaptem em sistemas de administração; 
 Recolher ampolas de cloreto de potássio dos 
estoques para evitar administração intravenosa 
acidental e identificar as ampolas com etiquetas 
de alerta, ressaltando que o medicamento pode 
ser fatal se injetado sem diluir. 
Adotar protocolos e padronização à 
comunicação sobre os tratamentos: 
 Elaborar protocolos claros e detalhados para 
usar os MPP´s, uniformizando os processos e 
reduzindo sua complexidade e variabilidade no 
sistema; 
 Difundir normas de prescrição, com 
recomendações especifica, para se evitar o uso 
de abreviações e prescrições ambíguas; 
 Adotar protocolos especialmente em 
quimioterapia, considerando que os esquemas 
de tratamentos são complexos e se modificam 
com frequência, facilitando a ocorrência de 
erros; 
 Proporcionar a padronização dos medicamentos 
e doses que serão usados, reduzindo a 
dependência da memorização e permitindo a 
execução segura de procedimentos. 
 Fornecer e melhorar o acesso á informação: 
 Investir no treinamento dos profissionais da 
saúde envolvidos na cadeia de utilização dos 
medicamentos; 
 Divulgar a lista de MPP´s disponíveis na 
instituição; 
 Fornecer informações técnicas sobre os 
medicamentos, tais como as doses máximas 
permitidas dos MPP´s; 
 Adotar rotinas de orientação do paciente para 
melhorar a segurança dos tratamentos 
implementados. 
Revisar continuamente a padronização de 
MPP´s: 
 Revisar as especialidades de MPP´s incluindo 
da semelhança de nomes, rótulos e 
embalagens; 
 Aplicar medidas corretivas ao identificar 
situações de riscos, tais como retirar o 
medicamento da padronização ou substituí-lo 
por outra especialidade, armazená-lo em local 
diferente do habitual ou, ainda, usar etiquetas de 
alerta. 
Reduzir o número de alternativas terapêuticas: 
 Reduzir o número de apresentações 
farmacêuticas dos MPP´s na padronização ou 
numa determinada unidade assistencial; 
 Limitar o número de apresentações e 
concentrações disponíveis, particularmente para 
heparina, morfina e insulina. 
 Centralizar os processos considerados de maior 
risco de erros; 
 Centralizar o preparo de misturas intravenosas 
contendo MPP´s na farmácia hospitalar uma vez 
que o preparo desses medicamentos pela 
enfermagem nas unidades assistenciais pode 
ocorrer com maior número de interrupções, 
erros de cálculo de doses e falta de 
padronização nas técnicas de preparo. 
 
 
 
 
 
 
 Usar procedimentos de dupla conferencia dos 
medicamentos: 
 Identificar os processos de maior risco no 
hospital e usar a dupla conferencia 
independente, na qual um profissional revisa o 
trabalho realizado por outro. 
 Limitar a dupla conferencia as etapas mais 
propensas a erros, das quais se destacam a 
programação das bombas de infusão, 
conferência dos casos em pacientes pediátricos 
e idosos, preparo e dispensação e administração 
em unidades de terapia intensiva, dentre outros. 
 Empregar o uso de código de barras que permite 
a dupla conferência automática, auxiliando na 
prevenção de erros de dispersão e administração 
de medicamentos. 
Incorporar alertas automáticos no sistema 
informatizados: 
 Implantar a prescrição eletrônica como medida 
de prevenção de erros; 
 Disponibilizar bases de informação integrados 
nos programas de prescrição e dispensação de 
informações integradas nos programas de 
prescrição e dispensação para alertar sobre as 
situações de risco no momento da prescrição e 
dispensação; 
 Incluir limites de dose, interações 
medicamentosas e histórias de alergia do 
paciente. 
Monitorar o desempenho das estratégias de 
prevenção de erros: 
 Analisar o resultado das medidas de prevenção 
por meio de dados objetivos representados por 
indicadores medidos ao longo da execução dos 
processos; 
 Identificar pontos críticos do processo e 
direcionar os programas de prevenção. 
 A importância da integração do farmacêutico na 
equipe multidisciplinar de cuidado ao paciente e 
inclui execução das seguintes ações: 
 Incluir o farmacêutico nas visitas clinica; 
 Proporcionar rotinas da orientação dos 
pacientes sobre os tratamentos implementados, 
visando prevenir os erros de medicação; 
 Viabilizar o contato farmacêutico de prevenção de 
erros: 
 Analisar o resultado das medidas de 
prevenção por meio de dados objetivos 
representados por indicadores mediadores 
ao longo da execução dos processos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 
 Ocorre quando os efeitos de um medicamento são 
alterados pela presença de outro, alimento ou 
bebida. Quando dois medicamentos são 
administrados, em um paciente, eles podem agir de 
forma independente ou interagirem entre si, 
aumentando ou diminuindo os efeitos terapêuticos 
ou tóxicos de um ou de outro. 
 A interação medicamentosa pode ser perigosa 
quando promove o aumento da toxidade de um 
medicamento. Algumas vezes a interação 
medicamentosa pode reduzir a eficácia de um 
medicamento. Por exemplo, a Tetraciclina sofre 
quelação por antiácidos e alimentos lácteos, sendo 
excretados nas fezes, sem produzir efeito 
antimicrobiano desejado. 
 São tipos especiais de respostas farmacológicas, 
em que os efeitosde um ou mais medicamentos 
são alterados pela administração simultânea ou 
anterior de outros. As respostas decorrentes das 
interações podem acarretar potencialização do 
efeito terapêutico e redução da eficácia. 
 Aparecimento de reações adversas não causa 
nenhuma modificação no efeito desejado do 
medicamento. Portanto, a interação entre 
medicamentos pode ser útil (benéfico), causar 
respostas desfavoráveis não previstas no regime 
terapêutico (adverso). 
 As interações benéficas são abordagens 
terapêuticas fundamentais em várias doenças. No 
tratamento da hipertensão arterial severa a 
combinação de medicamentos com mecanismos de 
ação diferentes promove a redução mais eficiente 
da pressão sanguínea. As interações 
medicamentosas são classificadas em: 
 Interações farmacêuticas: Ocorre quando um 
fármaco é físico ou quimicamente incompatível 
com outro. São interações físico-químicas de 
um fármaco com uma solução de infusão 
intravenosa ou de dois fármacos na mesma 
solução, resultando em perda da atividade do 
fármaco envolvido. 
 Interações farmacodinâmicas: Ocorre quando 
um fármaco modifica a atividade de um segundo 
fármaco, atuando em diferente ou igual local de 
ação. 
 Interações farmacocinéticas: quando um 
fármaco interfere na absorção, distribuição, 
biotransformação ou na excreção de outro 
fármaco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERAÇÕES FARMACÊUTICAS 
(Incompatibilidade) 
 São interações do tipo físico-químicas que ocorrem 
quando dois ou mais medicamentos são 
administrados na mesma solução misturados no 
mesmo recipiente e o produto obtido é capaz de 
inviabilizar a terapêutica-clínica. Portanto, 
acontecem fora do organismo, durante o preparo e 
administração dos medicamentos parenterais e 
frequentemente resulta em precipitação ou turvação 
da solução, mudança de coloração do medicamento 
ou inativação do princípio ativo. 
 Adaptações de dispositivos com múltiplas vias 
(extensões em Y, torneirinhas) para infusão de 
vários agentes em cateteres de via única. 
Medicamentos como a nitroglicerina, a 
aminodorona, animedopina, podem aderir à parede 
do envase (frasco) de cloridrato de polivinil (PVC) e 
reduzir a biodisponibilidade do princípio ativo. 
 No dia a dia os medicamentos que requerem 
infusão contínua são os mais suscetíveis às 
interações farmacêuticas, especialmente na 
vigência da administração concomitante com outros 
agentes cateteres venosos de via única. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERAÇÃO FARMACOCINÉTICA 
 Essas interações podem afetar o padrão de 
absorção, distribuição, metabolização ou excreção. 
Ocorre quando um medicamento altera a 
velocidade, a extensão de absorção, distribuição, 
biotransformação ou excreção de outro fármaco, 
alterando a concentração do medicamento ativo no 
organismo. Modificam a magnitude e duração do 
efeito, mas a resposta final do medicamento é 
preservada. Elas podem ocorrer pelos seguintes 
mecanismos: 
 De absorção, Alterações no pH intestinal, 
adsorção, quelação, alteração na motilidade 
gastrointestinal, na distribuição, competição na 
ligação à proteínas plasmáticas, hemodiluição 
com diminuição de proteínas plasmáticas, na 
biotransformação, indução enzimática 
(barbitúricos, glutetimida e fenitoina), inibição 
enzimática (alopurinol, cloranfenical e 
cimotidina). 
 Na excreção: alterações no pH urinário, 
alterações na excreção ativa tubular renal. 
 Quando dois medicamentos são metabolizados 
pela mesma enzima P450, a inibição competitiva ou 
irreversível dessa enzima P450 por um medicamento 
pode levar a um aumento na concentração 
plasmática do segundo medicamento. Por outro 
lado, a indução de uma enzima P450 especifica por 
um medicamento pode levar a uma redução na 
concentração plasmática dos outros medicamentos 
que são metabolizadas pela mesma enzima. Além 
de alterar a atividade das enzimas P450, os 
medicamentos podem afetar o transporte de outros 
medicamentos para dentro e para fora dos tecidos. 
 Um medicamento que se liga às proteínas 
plasmáticas, como a albumina, pode deslocar um 
segundo medicamento da mesma proteína, 
aumentando sua concentração plasmática livre e, 
consequentemente, a sua biodisponibilidade para 
tecidos-alvos e não alvos. 
 
Interações que modificam a absorção 
 Medicamentos com ações anticolinérgicas como a 
Atropina e seus derivados, os antidepressivos 
tricíclicos, os analgésicos opióides que inibem a 
motilidade do TGI tendem a reduzir a absorção dos 
agentes coadministrados. 
 
Interações que modificam a distribuição 
 Esta fase depende do volume de distribuição 
aparente e da fração de ligação dos medicamentos 
as proteínas plasmáticas. Medicamentos que 
possuem grande afinidade pelas proteínas 
plasmáticas quando associados com outros, podem 
agir como deslocadores e aumentar a concentração 
sérica do segundo, acarretando manifestações 
clinicas nem sempre benéficas. 
 
 
 
Interações que modificam a metabolização 
 As interações que ocorrem nesta fase são 
precipitadas por medicamentos com capacidade de 
inibirem ou induzirem o sistema enzimático. A 
inibição enzimática de sistema do citocromo P450, 
das colinesterases e monoaminoxidases (MAO) 
acarreta lentificação da biotransformação do próprio 
medicamento e de outros que tenham sido 
administrados simultaneamente. 
 A consequência desse atraso é um tempo maior de 
ação farmacológica do agente, situação às vezes 
indesejada, especialmente em doentes com 
distúrbios hepáticos ou renais. 
 
Interações que modificam a excreção 
 A maioria dos medicamentos é quase totalmente 
eliminada pelos rins. Desta forma, a taxa de 
excreção de vários agentes pode ser modificada 
através de interações ao longo do néfron. A 
competição de medicamentos no túbulo proximal 
pela secreção tubular é outro mecanismo usado 
como estratégia para prolongar o tempo de ação 
dos medicamentos, isto acontece com probenecida 
e a penicilina, quando a primeira inibe a secreção 
da segunda e eleva o tempo de ação do antibiótico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERAÇÃO FARMACODINÂMICA 
 Causa modificações dos efeitos bioquímicos ou 
fisiológico do medicamento. Geralmente ocorre no 
local de ação dos medicamentos ou através de 
mecanismo bioquímicos específicos, sendo capaz 
de causar efeitos semelhantes ou opostos. 
 Podem ocorrer interações tóxicas quando dois 
medicamentos ativam vias complementares 
resultando em efeitos biológicos exagerados. Um 
exemplo é a coadministração de Sildenafil e 
Nitroglicerina. 
 Interação de efeito: ocorrem quando dois ou 
mais medicamentos em uso concomitante têm 
ações farmacológicas similares a portas, podem 
produzir sinergias ou antagonismos de ação dos 
medicamentos farmacocinéticos ou mecanismos 
de ação dos medicamentos envolvidos. Por 
exemplo, álcool reforça o efeito sedativo de 
hipnóticos e anti-histamínicos. 
 Interações farmacêuticas: Chamadas de 
incompatibilidade medicamentosa ocorrem in 
vidro, antes da administração dos fármacos no 
organismo, quando se misturam dois ou mais 
deles numa mesma seringa, equipo de soro ou 
outro recipiente. 
 
Sinergismo 
 É um tipo de resposta farmacológica obtida a parti 
da associação de dois ou mais medicamentos, cuja 
resultante é maior do que simples soma dos efeitos 
isolados de cada um deles. Pode ocorrer com 
medicamentos que possuem os mesmos 
mecanismos de ação (aditivos) que agem por 
diferentes modos (somação) ou com aqueles que 
atuam em diferentes receptores farmacológicos. 
Das associações sinérgicas podem surgir efeitos 
terapêuticos ou tóxicos.FÁRMACOS-NUTRIENTES 
 Interações fármacos-nutrientes podem surgir antes 
ou durante a absorção gastrintestinal, durante a 
distribuição e armazenamento nos tecidos, no 
processo de biotransformação ou mesmo durante a 
excreção. É importante conhecer os fármacos cujas 
velocidades de absorção ou quantidade absorvida 
podem ser afetadas na presença de alimentos. Os 
nutrientes são capazes de interagir com fármacos 
causando problemas devido às alterações na 
relação risco/benefício, pois os medicamentos, na 
sua maioria, são administrados por via oral. Os 
nutrientes podem modificar os efeitos dos fármacos, 
como absorção, distribuição, biotransformação e 
excreção. 
 A absorção dos nutrientes e de alguns fármacos 
ocorre por mecanismos parecidos, apresentam 
como principal sítio de interação o TGI. 
Absorção: A maioria dos fármacos administrados 
oralmente é absorvida por difusão passiva, 
enquanto os nutrientes são absorvidos por 
mecanismo de transporte ativo. 
 
INTERAÇÕES FÁRMACO-NUTRIENTES 
 As interações entre nutrientes e fármacos podem 
alterar a disponibilidade, a ação ou a toxicidade de 
uma substância ou de ambas. Elas podem ser 
físico-químicas, fisiológicas e por complexação 
entre componentes alimentares e os fármacos. 
 O consumo de alimentos com medicamentos pode 
ter efeitos sobre a velocidade e a extensão de sua 
absorção. A ingestão de alimentos poderá afetar a 
biodisponibilidade dos fármacos através de 
interações físico-química ou químicas. 
 Sendo afetada a biodisponibilidade, por 
modificação da farmacodinâmica e da terapêutica. 
De acordo com a maioria das pesquisas realizadas, 
os nutrientes diminuem a velocidade de absorção 
dos fármacos, provavelmente por retardarem o 
esvaziamento gástrico. 
Entretanto, substâncias que se complexam com 
nutrientes estão frequentemente indisponíveis para 
absorção. 
O sistema renal constitui uma das principais vias de 
excreção de fármacos, sendo importante no 
processo de interações fármacos-nutrientes. 
Dietas ricas em vegetais, leite e derivados elevam o 
pH urinário, acarretando um aumento na 
reabsorção de fármaco básicos, como, por 
exemplo, as anfetaminas no entanto, com fármacos 
de caráter ácido, como barbitúrico, verifica elevação 
da excreção. Por outro lado, ovos, carnes e pães 
acidificam a urina, tendo como consequência o 
aumento da excreção renal de anfetaminas e outros 
fármacos básicos. 
 
 
 
Processos absortivos 
O TGI representa o principal sitio de interações 
fármacos-nutrientes, uma vez que o processo de 
absorção de ambos ocorre por mecanismo 
semelhante, e podem ser competitivos. 
A ingestão de alimentos é capaz de desencadear 
no TGI a liberação de secreções que, por ação dos 
sucos digestivos age hidrolisando e degradando 
ligações químicas específicas, através de ação de 
substâncias sensíveis a pH baixo, pode ser alterado 
ou até inativado pelo ácido gástrico quando 
ingeridos causam inativação da penicilina e da 
eritromicina. 
Paralelamente, o nutriente pode influenciar no pH 
do conteúdo gastrintestinal, esvaziamento por sítios 
de absorção, fluxo sanguíneos esplênico e ligação 
direta do fármaco com componentes dos alimentos. 
 Modificação do pH do conteúdo 
gastrintestinal: após a ingestão de alimentos e 
líquidos o pH de 1,5 do estomago se eleva para 
aproximadamente 3,0. Esta modificação pode 
afetar a desintegração das capsulas, drágeas ou 
comprimidos e consequentemente a absorção 
do principio ativo. 
 Velocidade do esvaziamento gástrico: a 
presença de alimentos no estomago contribui 
para o retardo do esvaziamento. Refeições 
sólidas, ácidas, gordurosas, quentes, 
hipertônicas e volumes líquidos acima de 300ml 
tendem a induzir um acentuado retardo do 
esvaziamento gástrico, enquanto refeições 
hiperproteícas têm menor relevância neste 
processo. O esvaziamento gástrico lento pode 
aumentar a absorção dos fármacos que se 
usam do mecanismo saturantes, há um 
prolongamento do tempo de contato do princípio 
ativo com a superfície de absorção. 
 Aumento da atividade peristáltica do 
intestino:. O aumento moderado da motilidade 
pode favorecer a dissolução do alimento e a 
dissolução do medicamento, facilitando o 
contato das substâncias ativas com a superfície 
de absorção otimizando, também pode diminuir 
a sua biodisponibilidade, em função da elevação 
da velocidade do transito intestinal. 
 Competição pelos sítios da absorção: a 
presença de nutrientes pode constituir uma 
competição pelos sítios de absorção, apresentar 
maior afinidade com este sítio. A levodopa (L-
dopa) tem ação terapêutica inibida por dieta 
hiperproteíca, uma dieta hipoproteíca 
potencializa e estabiliza este efeito. Esta 
alteração deve-se ao fato de aminoácidos 
competirem com a levodopa tanto na absorção 
intestinal, quanto na penetração no cérebro. 
 
 
 
 
 
 Fluxo sanguíneo esplênico (FSE): é 
constituído pelo suprimento sanguíneo do TGI, 
baço e pâncreas. A ingestão de alimentos 
aumenta o fluxo sanguíneo esplênico. O 
aumento do FSE pós-prandial tem sido 
implicado na diminuição do efeito de primeira 
passagem, levando, a implicação da 
disponibilidade sistêmica de um número de 
fármaco, incluindo alguns bloqueadores beta-
adrenérgicos. 
 
Ligação do fármaco complexação com alimentos 
A interação fármaco-nutriente pode ocorrer por 
mecanismo de complexação, resultando na 
diminuição da sua disponibilidade. Os íons di e 
tetravalentes (Ca2+, Mg2+, Fe2+) presentes no leite e 
em outros alimentos, são capazes de formar 
quelatos não absorvem com as tetraciclinas, 
ocasionando a excreção fecal dos minerais, bem 
como do fármaco. 
 
Interferência do estado nutricional 
A deficiência nutricional pode afetar a ação dos 
fármacos, por alterar a absorção, a distribuição, a 
biotransformação e a excreção, influenciando, a 
resposta terapêutica. O fator mais importante do 
regime alimentar, no metabolismo de compostos 
ativos é a quantidade de proteínas na dieta. Um 
regime alimentar com elevado teor de proteína e 
baixo teor de carboidrato aumenta a velocidade do 
metabolismo do fármaco, enquanto dietas com 
baixo teor de proteína e alto teor de carboidrato 
favorece o efeito oposto. 
 A proteína e outros nutrientes podem influenciar a 
atividade enzimática do citocromo P450 microssomal 
hepático no homem. Como é o caso do zinco, 
essenciais para enzimas especificam associadas às 
fases I e II no processo de biotransformação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Interferência do fármaco no estado nutricional 
 Os fármacos podem modificar o metabolismo de 
nutrientes como, por exemplo, o metotrexato e a 
ciclosporina, que danificam a mucosa intestinal, 
diminuindo a absorção de cálcio. 
A alteração causada pelas substâncias ativas na 
absorção de nutrientes pode ser primária ou 
secundária: 
 A má absorção primária induzida por 
medicamentos é uma consequência dos 
efeitos diretos dos agentes farmacológicos 
sobre a mucosa; 
 A má absorção secundária é causada 
sobre o estado fisiológico, ou, ainda, pela 
interferência do fármaco sobre o 
metabolismo de um nutriente que, poderá 
ocasionar a má absorção de outros. 
Substâncias como antiácidos, laxativos e 
antibióticos podem causar a perda de nutrientes. 
Aumento na excreção de minerais ocorre com o uso 
prolongado ou com a ingestão de altas doses de 
diuréticos. A furosemidas diurético de alças, 
acarreta perda de potássio, magnésio, zinco e 
cálcio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS 
(RAM) 
 Pode ser definido como qualquer efeito prejudicial 
ou indesejado que apresente após a administração 
de doses normais usadas no homem para a 
profilaxia, diagnóstico ou tratamento de uma 
enfermidade.O uso de medicamentos em situações 
não indicadas ou em circunstâncias que 
desrespeitem os critérios de uso racional pode 
provocar danos. Mesmo respeitando os critérios de 
segurança, podemos nos deparar com uma RAM, 
definida como reação nociva e não intencional, 
que ocorre em doses normalmente usadas no 
homem para profilaxia, diagnóstico, terapia da 
doença ou para a modificação de funções 
fisiológicas. 
 
Farmacovigilância 
 É a ciência relativa à identificação, avaliação, 
compreensão e prevenção dos efeitos adversos ou 
quaisquer problemas relacionados a medicamentos. 
Historia: Em 1968, iniciou-se o programa OMS de 
vigilância internacional de medicamentos, com o 
objetivo de acumular e organizar os dados 
existentes em todo o mundo sobre RAMs. Com a 
instalação de um sistema de notificação para 
registro de suspeitas de reações adversas a 
medicamentos, os países dotados de centros 
nacionais de monitorização de medicamento 
enviam seus registros ao centro colaborador de 
Uppsal, na Suécia, coordenado pela OMS, que é 
responsável pela manutenção do Vigibase mundial 
de dados RAMs. Necessidade de 
farmacovigilância: Para que o medicamento 
obtenha registro, é submetido a ensaios pré-
clínicos, pesquisas realizadas ín-vitro e em 
animais, para avaliar o perfil físico-químico 
toxicológico e teratogênico do fármaco em análise, 
e ensaios clínicos, pesquisas realizadas em seres 
humanos, com objetivo de verificar a eficácia do 
medicamento, estabelecer a dose segura para sua 
utilização e detectar a ocorrência de possíveis 
efeitos indesejáveis. 
 
Categorias de frequência 
Reações adversas foram separadas entre aquelas 
que se apresentavam efeitos farmacológicos 
aumentado, também chamados reações do: 
1. Tipo A (aumentado) a partir de uma proposta 
mnemônica ou dose relacionado. Reações tipo 
A tendem a ocorrer com maior frequência e 
estão relacionadas à dose. Podem ser tratadas 
com a redução da dose do medicamento. 
Tendem a ocorrer entre indivíduos que 
apresentem uma destas três características: 
 Os indivíduos podem ter recebidos dose maior 
que a que é apropriada; 
 Podem ter recebido quantidade comum do 
medicamento, mas metabolizar ou excretá-lo de 
forma lenta, apresentando níveis quantitativos 
elevados; 
 Podem apresentar níveis normais do 
medicamento, porém, por algumas razões, são 
sensíveis a ele. 
2. Tipo B (bizarras) e aquelas que resultam de 
uns feitos aberrantes não relacionadas à dose. 
Os de tipo B tendem a serem incomuns não 
relacionados à dose, imprevisíveis e 
potencialmente mais graves. Quando ocorrem, 
frequentemente é necessária a suspensão do 
medicamento. Com a inclusão de novos tipos de 
RAMs, atualmente são considerados os tipos A, 
B, C, D, E, F. ainda assim, nem sempre é 
possível classificar uma RAM nessas categorias, 
uma vez que o mecanismo que leva à sua 
ocorrência pode não ser conhecido. 
 
Tipos de RAMs 
Existem seis tipos de efeitos indesejáveis, são eles: 
1. Superdosagem relativa: fármaco administrado 
em doses normais, por motivos 
farmacocinéticos suas concentrações são 
superiores as habituais. Ex.: maior incidência de 
surdez em pacientes com insuficiência renal em 
uso de aminoglicosídeos; 
2. Efeitos colaterais: são inerentes à própria ação 
farmacológica do medicamento, mas o 
surgimento indesejado num momento de sua 
aplicação ex.: bronco-espasmo produzido pelo 
uso de bloqueadores β-adrenérgicos; 
3. Efeitos secundários: são os devido a não ação 
farmacológica são consequência de seus efeitos 
desejados. Ex.: as tetraciclinas possuem efeitos 
bacteriostáticos com isso podem alterar a 
microbiota intestinal; 
4. Idiossincrasia: é uma sensibilidade particular a 
um determinado produto, motivado por uma 
estrutura de um sistema enzimático. Em geral 
se trata de um fenômeno genético. Ex.: efeitos 
extrapiramidal causado pelo uso do haloperidol 
ou outros neurolépticos; 
5. Hipersensibilidade alérgica: para o seu 
acontecimento é necessário à sensibilização 
previa do indivíduo. A intensidade da reação 
não está relacionada com a dose administrada; 
6. Tolerância administrações repetidas: 
contínua ou crônica de um fármaco ou sempre 
uma mesma dose, diminuem progressivamente 
a intensidade dos efeitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECEITA MÉDICA 
A prescrição é o ato de definir o medicamento a ser 
consumido pelo paciente, com a respectiva 
posologia (dose, frequência de administração e 
duração do tratamento) este ato é expresso 
mediante a elaboração de uma receita medica. 
 Prescrição de medicamento, escrito em língua 
portuguesa, contendo orientação de uso para o 
paciente, efetuada por profissional habilitado pela 
portaria Nº 344/1998. 
A prescrição é o instrumento em que se apoia a 
dispensação. Deve cumprir aspectos legais 
contidos na lei nº 5991/73 e na resolução nº 10/01. 
O art. 35 da lei 5591/73 estabelece que a receita 
deverá ser aviada se: 
a. Estiver escrita a tinta, em vernáculo por extenso 
de modo legível, observando a nomenclatura e 
sistema de pesos e medidas; 
b. Conter nome e endereço residencial do 
paciente; 
c. Conter descrito o mod de usar do medicamento; 
d. Conter a data e a assinatura do profissional, 
endereço do consultório ou da residência e o nº 
de inscrição do respectivo conselho profissional, 
endereço do consultório ou da resistencia e o nº 
de inscrição do respectivo conselho profissional. 
A resolução da Anvisa nº 10/01, estabelece critério 
que devem ser contempladas na prescrição médica 
e na dispensação do genéricos. 
1. No âmbito do SUS, as prescrições pelo 
profissional responsável adotarão 
obrigatoriamente a DCB ou, na sua falta, (DCI. 
2. Nos servilos privados de saúde, a prescrição 
ficará a critério do responsável. Podendo ser 
pelo nome genérico ou comercial. Que devera 
ressaltar, quando necessária, a 
intercambiabilidade; 
3. No cao do prescritor decitir não 
inercambiabilidade, essa manifestação deverá 
ser feita por escrito, de forma clara, legível e 
inequívoco, não sendo permitido qualquer forma 
de impressão, colagem de etiquetas, carimbos 
ou formas automáticas para essa manifestação. 
 
CONCEITOS 
 Produto farmacêutico intercambiável: Produto 
com equivalência de um medicamento de 
referência, comprovada, por surtir os mesmos 
efeitos de eficácia e segurança. 
 Preparação magistral: Preparação que contém 
substâncias farmacêuticas de absorção oficial, com 
formulação e quantidade de acordo com prescrição 
médica, apresentada em embalagem individual. 
Bioequivalência: Consiste na demonstração de 
equivalência farmacêutica entre produtos 
apresentados sob a mesma forma farmacêutica, 
com idêntica composição qualitativa e quantitativa 
de principio ativo, e que tenham comparável 
biodisponibilidade quando estudados sob um 
mesmo desenho experimental. 
 Medicamento dinamizado: São medicamentos 
preparados a partir de substâncias que submetidas 
a triturações sucessivas ou diluições seguidas de 
sucusão ou de outra forma de agitação sucessiva, 
ou de agitação ritmado, com finalidade preventiva 
ou curativa, a serem administrados conforme a 
terapêutica homeopática, hematoxicológica ou 
antroposófica. 
 Automedicação: Administração de 
medicamentos sem orientação médica: 
 Autoprescrição: uso por conta própria de 
medicamentos com tarja vermelha ou preta, na 
caixa, e que só podem ser receitadas por 
médicos; 
 Automedicação responsável: conceitos 
reconhecidos pela OMS por ajudar a tratar a 
prevenir sintomas e males menores que não 
precisam consultar médico, através do uso 
responsável de medicamentos isentos de 
prescrição médica. 
 
NOTIFICAÇÃO DE RECEITA 
É o documento que acompanhado de receita 
autoriza a dispensação de medicamento à base de 
substâncias constantes nas listas: 
 A1 e A2 (entorpecentes); A3, B1 e B2 (psicotrópicos); 
 C2 (retinóicas para uso sistêmico); 
 C3 (imunossupressoras) do regulamento técnico. 
 
Terapêutica efetiva 
 A organização mundial da saúde (OMS) através do 
programa de ação sobre o medicamento essenciais 
propõe seis etapas básicas para se alcançar uma 
terapêutica efetiva: 
1. Cabeçalho: impresso que inclui nome e endereço 
do profissional ou da instituição onde trabalha; 
registro profissional e número de cadastro de 
pessoa física ou jurídica, podendo conter, ainda a 
especialidade do profissional. 
2. Sub-inscrição: constituída por nome e endereço 
do paciente, idade quando pertinente e sem 
obrigatoriedade do símbolo Rx, que significa 
receba, por vezes, esse ultimo é omitido e, em 
seu lugar, se escreve: uso interno ou uso 
externo, correspondentes ao uso de 
medicamentos por vias enterais ou parenterais, 
respectivamente. 
3. Inscrição: compreende o nome do fármaco, a 
forma farmacêutica e sua concentração; 
4. Subscrição: designa a quantidade total a ser 
fornecido, para fármacos de uso controlado, essa 
quantidade deve ser expressa em algarismos 
arábicos, escritos por extenso, entre parênteses. 
5. Adsorção: é composta pelas orientações do 
profissional para o paciente; Data e assinatura; 
 
 
 
 
 
6. Dados-facultativos: peso, altura, dosagem 
especifica como usadas na pediatria. O verso 
do receituário pode ser usado para a 
continuidade de prescrição, atraso da consulta 
de controle, e para as orientações de repouso, 
dietas, possíveis efeitos colaterais ou outras 
informações referentes ao tratamento. 
Figura 1: exemplo de prescrição médica. (a) anverso da receita; 
(b) verso da receita. 
 
Rx 
 O R cortado é um símbolo usado por alguns 
médicos no inicio de sua prescrição. Não há 
obrigatoriedade do seu uso na receita médica. 
 
Medicamentos isentos de prescrição médica (MIP) 
São medicamentos de venda livre, conhecidas 
internacionalmente como produto OTC (over-the-
counter: sobre o balcão), como, os anti-
inflamatórios, analgésicos, antitérmicos, 
antialérgicos, relaxantes musculares etc. vendidos 
em gôndolas de supermercados. 
 
Modelos de receitas médicas 
Receita simples 
 É usada para a prescrição de medicamentos 
anódinos (MIP) medicamentos de tarja vermelha, 
com os dizeres venda sob prescrição médica, e 
segue as regras descritas na lei 5.991/1973. 
 
Receita de controle especial 
 É usado para a prescrição de medicamento à base 
de substância constante das listas C1, C2 e C5. O 
formulário é valido em todo o território nacional, 
devendo ser preenchido em duas vias. 
 A prescrição poderá conter, em cada receita, três 
substâncias da lista C1 e de suas atualizações. A 
quantidade prescrita de cada substância da lista C1, 
C5 e suas atualizações é de cinco ampolas e, para 
outras formas farmacêuticas, a quantidade refere-se 
a 60 dias de treinamento. Em casos de emergência, 
poderá ser aviada ou dispensada a receita de 
medicamento à base de substâncias constantes da 
lista C deste regulamento e de suas atualizações, 
em papel não privativo do profissional ou da 
instituição, contendo o diagnóstico ou a CID, a 
justificativa do caráter emergencial do atendimento, 
data, inscrição no conselho regional e assinatura 
devidamente identificada. 
 
Figura 2: receita de controle especial: em duas vias usadas 
para prescrição de substância e medicamentos das listas C1, 
C4, C5 e adendos das listas A1, A2 e B1. A validade é de 30 dias 
em todo o Brasil. 
 
Receita azul ou B 
 A notificação de receita B é um impresso, 
padronizado, na cor azul, usado na prescrição de 
medicamentos que contenham substâncias 
psicotrópicas listas B1 e B2 e suas atualizações 
constantes na portaria 344/1998 terá validade 
apenas na unidade federativa que concedeu a 
numeração. Poderá conter cinco ampolas. 
 
Figura 3: receita azul ou B. para medicamentos relacionados 
nas listas B1 validade após prescrição de 30 dias. Valida 
somente no estado emitente, quantidade máxima/receita de 60 
dias de tratamento limitado a cinco ampolas por medicamento 
injetável. 
 
Figura 4: notificação de receita B2. Para medicamentos 
relacionados nas listas B2 tem validade de 30 dias após a 
prescrição. Válida somente no estado emitente, quantidade 
máxima/receita para 30 dias de tratamento. 
 
 
 
 
Receita amarela ou A 
 A notificação A e um impresso, na cor amarela, 
para a prescrição dos medicamentos das listas A1, 
A2 e A3. Poderá conter somente um produto 
farmacêutico. Será válida por 30 dias, a contar da 
data de sua emissão, em todo o território nacional. 
 As notificações de receita A, quando para 
aquisição em outra unidade federativa, precisará 
ser acompanhadas de receitas médica com 
justificativa de uso. E as farmácias por sua vez, 
ficarão obrigadas a apresentá-las, dentro do prazo 
de 72 horas, a autoridade sanitária local, para 
averiguação e visto. 
 
Figura 5: Notificação de receita A (amarela). Para 
medicamentos relacionados nas listas A1, A2 e A3. A validade 
após a prescrição é de 30 dias. Valido em todo o território 
nacional. Quantidade máxima/receita: 30 dias de tratamento. 
Limitada a cinco ampolas por medicamentos injetáveis. 
 
Notificação de receita especial de retinoides 
Lista C2, com validade por um período de 30 dias e 
somente dentro da unidade federativa que 
concedeu a numeração. Poderá conter cinco 
ampolas, para as demais formas farmacêuticas, a 
quantidade para o tratamento corresponderá, no 
máximo há 30 dias a partir da sua emissão. Em 
caso de emergência, poderá ser aviada ou 
dispensada a receita de controle especial, em papel 
não privativo do profissional ou instituição, contendo 
obrigatoriamente o diagnósticos, a justificativa do 
caráter emergencial do atendimento, data, inscrição 
no conselho regional e assinatura devidamente 
identificada. 
 
Figura 6: (a) notificação de receita talidomida; (b) notificação de 
receita especial retinóides de uso sistêmico. 
 
 
Receita renovável 
 É um modelo criado para comodidade dos 
pacientes, sendo útil para os doentes crônicos. 
 Tem intenção de evitar que o paciente tenha que 
se deslocar com frequência aos centros de saúde e 
hospitais para obtenção exclusiva de receitas. 
 Preenchimento de receita sob notificação: os 
receituários devem ser seguidos exatamente 
conforme descrito nos artigos 36 e 55 da portaria 
Nº 344/98 e seus anexos: 
 Artigo IX (modelo de talonatário oficial A, para 
as listas A1, A2, e A3); 
 Artigo X (modelo de talonário oficial, A, para as 
listas B1 e B2); 
 Artigo XI (modelo de talonário B para a lista B1 
e B2); 
 Artigo XII (modelo de talonário para os 
retinóides de uso sistêmico, lista B1 e B2) 
 Anexos XIII (modelo para talidomida, lista C3); 
 Anexo XVII (modelo de receita de controle 
especial para as listas C1 e C5). 
A notificação de receita deverá estar preenchida de 
forma legível, com a quantidade em algarismo 
arábico escrito por extenso, sem emenda ou 
rasura. Deve conter somente uma substância e 
ficará retida pela farmácia ou drogária no momento 
da compra do medicamento. 
 
Figura 7: notificação de receita renovável. 
 
 
 
Figura 8: modelo explicativo para preenchimento. (a) UF/estado, 
(b) impressão pela gráfica numeração concedida pela divisa; (c) 
assinatura do prescritor, e carimbo quando não constar CR/AL 
no campo identificação do emitente; (d) dados do comprador 
preenchido na farmácia/drogaria; (e) preenchimento prescritor, 
nome e endereço completo do paciente; (f) numeração de 
impressão concedida pela DIVISA impressão pela gráfica; (g) 
preenchimento da farmácia/drogaria; (h) dose diária ex.: 1cp 
12/12h; (i) dose p/ unidade ex.: comprimidos 10mg; (i) 
quantidade e forma farmaceuticaex.:três cx/comprimidos; (j) 
dose p/unidade ex.:comprimido 10mog; (j) nome do 
medicamento ou substância conforme DCB. Ex.: diazepam. (m) 
dados impressos pela gráfica. 
 
Devem estar sempre com todos os seus campos 
devidamente preenchidos pelo escritor para que o 
paciente possa adquirir o medicamento ou a 
fórmula magistral. 
 
Termo de conhecimento de risco e consentimento 
pós-informado 
 Não existe modelo de termo de consentimento, que 
deve ser elaborado pelas instituições de saúde, 
submetido à avaliação da comissão de ética médica 
e, quando necessário, ao próprio conselho regional 
de medicina, ou seja, cada medico pode adotar um 
modelo personalizado para seu tipo de 
atendimento. 
 
Figura 9: exemplo ilustrativo. (3 vias) 1ª paciente, 2ª médico, 3ª 
farmácia. 
 
RECEITA E LETRA DE MÉDICO 
Letra de médico: o código de ética médica é 
vetado ao médico: artigo 39. Receitar ou atestar de 
forma secreta ou ilegível, assim como assinar em 
branco nas folhas de receituários, laudos, atestados 
ou quaisquer outros documentos. 
Rasuras na receita médica: lei 5991/73. Capítulo 
VI. Do receituário: artigo 43. O registro do 
receituário e dos medicamentos sob regime de 
controle sanitário espacial não poderá conter 
rasuras, emendas ou irregularidades que possam 
prejudicar a verificação de sua autenticidade. 
Uso de carimbo na receita médica: carimbo na 
receita médica. A alínea c do artigo 35, da lei Nº 
5991, de 7 de dezembro de 1973, determina: 
 Artigo 35: Somente será aviada a receita 
que contém a data e assinatura do 
profissional, endereço do consultório ou da 
residência, e o número de inscrição no 
respectivo conselho profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESOLUÇÃO Nº 586 de 29/08/2013 
 A ideia de expandir para outros profissionais, ao 
farmacêutico, maior responsabilidade no manejo 
clínico dos pacientes, intensificando o processo de 
cuidados, tem propiciado alterações nos marcos de 
regulação em vários países. Com base nessas 
mudanças, foi estabelecida, a autorização para que 
distintos profissionais possam selecionar, iniciar, 
adicionar, substituir, ajustar, repetir ou interromper a 
terapia farmacológica. 
 Essa tendência surgiu pela necessidade de ampliar 
a cobertura dos serviços de saúde e incrementar a 
capacidade de resolução desses serviços. É assim 
que surge o novo modelo de prescrição como 
prática multiprofissional. Esta prática tem modos 
específicos para cada profissional e é efetivada de 
acordo com a necessidade cuidado do paciente, e 
com as responsabilidades e limites da atuação de 
cada profissional. Isso favorece o acesso e 
aumento o controle sobre os gastos, reduzindo, os 
custos com a provisão de farmacoterapia racional, 
além de propiciar a obtenção de melhorar 
resultados terapêuticos. 
 O farmacêutico, neste último caso, prescreve 
medicamento definidos em programas de saúde no 
âmbito dos sistemas públicos em rotinas de 
instituições ou conforme protocolos clínicos e 
diretrizes terapêuticos pré-estabelecidos, esta 
resolução encerra a concepção de prescrição como 
ação de recomendar algo ao paciente. Tal 
recomendação pode indicar à seleção de opção 
terapêutica, a oferta de serviços farmacêuticos, ou o 
encaminhamento a outros profissionais ou serviços 
de saúde. 
 Esta resolução inova, ao considerar a prescrição 
como uma atribuição clínica do farmacêutico, definir 
sua natureza, especificar e ampliar o seu escopo 
para além do produto e descrever seu processo na 
perspectiva das boas práticas, estabelecendo seus 
limites e a necessidade de documentar e avaliar as 
atividades de prescrição. 
 O conselho federal de farmácia, no uso de suas 
atribuições, resolve: 
Art. 1º: regulamentar a prescrição farmacêutica, 
nos termos desta resolução; 
Art. 2º: o ato da prescrição farmacêutica constitui 
prerrogativa do farmacêutico legalmente habilitado 
e registrado no conselho regional de farmácia de 
sua jurisdição. 
Art. 3º: define-se a prescrição farmacêutica como 
ato pelo qual o farmacêutico seleciona e documenta 
terapias farmacológicas e não farmacológicas, e 
outras intervenções relativas ao cuidado à saúde do 
paciente, visando à promoção, proteção e 
recuperação da saúde, e a prevenção de doença e 
de outros problemas de saúde. 
 
 
 
Art. 4º: o ato de prescrição farmacêutica poderá 
ocorrer em diferentes estabelecimentos 
farmacêuticos, consultórios serviços e níveis de 
atenção à saúde, deste que respeitado o princípio 
da confiabilidade e a privacidade do paciente no 
atendimento. 
Art. 5º: o farmacêutico poderá realizar a prescrição 
de medicamentos e outros produtos com finalidade 
terapêutica, cuja dispensação não exija prescrição 
médica, incluindo medicamentos industrializados e 
preparações magistrais alopáticas ou dinamizados, 
plantas medicinais, medicamentos que venham a 
ser aprovados pelo órgão sanitário federal para 
prescrição do farmacêutico. 
§ 1º: o exercício deste ato deverá estar 
fundamentado em conhecimentos e habilidades 
clínicas, fisiopatológicas, semiológica, 
comunicação, farmacologia clínica e terapêutica. 
Art. 6º: o farmacêutico poderá prescrever 
medicamentos cuja dispensação exija prescrição 
médica, desde que condicionado à existência de 
diagnóstico prévio e apenas quando estiver previsto 
em programas, diretrizes ou normas técnicas 
aprovadas para uso no âmbito de instituições de 
saúde ou quando da formalização de acordo de 
colaboração com outros prescritores ou instituições 
de saúde. 
§ 1º: para o exercício deste ato será exigido, o 
reconhecimento de título de especiação na área 
clínica, com comprovação de formação que inclua 
conhecimentos e habilidades em boas práticas de 
prescrição, fisiopatologia, semiologia, comunicação 
interpessoal, farmacologia clínica e terapêutica. 
§ 2º: para prescrição de medicamentos 
dinamizados será exigido o reconhecimento de 
título de especialista em homeopatia ou 
antronosofia. 
§ 3º: é vedado ao farmacêutico modificar a 
prescrição de medicamento do paciente, emitida por 
outro prescritores, salvo quando previsto em acordo 
de colaboração, sendo que, neste caso, a 
modificação acompanhada da jurisdição 
correspondente, deverá ser comunicada ao outro 
prescritores. 
Art. 7º: o processo de prescrição farmacêutica é 
constituído das seguintes etapas: 
I: identificação das necessidades do paciente 
relacionadas à saúde; 
II:definição do objetivo terapêutico; 
III: seleção da terapia ou intervenções relativas ao 
cuidado à saúde, com base em sua segurança, 
eficácia, custo e conveniência dentro do plano de 
cuidado; 
IV:redação da prescrição; 
V: documentação do processo de prescrição. 
 
 
 
 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
Um levantamento dos sintomas do paciente é 
essencial, porém informações críticas incluem a 
quantidade de exposição à fumaça de tabaco, 
 
poluentes atmosféricos, como dióxido de nitrogênio, 
berílio, asbesto etc. 
O histórico familiar de doenças pulmonares, como 
asma, alergias, fibrose cística, câncer de pulmão e 
enfisema pulmonar. 
Um histórico das medicações ingeridas no passado 
e no presente é preciso para avaliar certas lesões 
infiltrativas pulmonares, como a fibrose pulmonar 
intersticial como uma complicação da terapia com 
bleomicina, ciclofosfamida, metotrexato ou 
nitrofuratoína. O broncoespasmo pode ser iniciado 
ou aumentado por medicamentos β-adrenérgicos. A 
tosse e o angiodema são complicações ocasionais 
dos medicamentos inibidores da enzima conversora 
de angiotensina se houver sibilos audíveis na 
ventilação, a obstrução das vias aéreas 
traqueobrônquica deve ser diferenciada da 
obstrução na laringe e na faringe. A presença de 
voz anasalada ou hipersensibilidade dolorosa à 
palpação sobre a região dos seios da face pode ser 
uma manifestação de sinusite aguda ou crônica. 
Estertores e crepitações são manifestações de 
aumento do líquidoluminar nos alvéolos e nas vias 
aéreas, através dos quais o ar inspirado e expirado 
passa. 
 
MANIFESTAÇÃO CLINICA 
As manifestações clínicas das doenças pulmonares 
podem ser divididas em primárias e secundárias. 
Manifestações pulmonares primários são as de 
origem na própria estrutura do órgão. Como: tosse, 
expectoração, hemoptise, chieira torácica, dor 
torácica, dispneia e cianose. 
As manifestações pulmonares secundárias são as 
que estão associadas às pneumopatias, sem serem 
específicas e exclusivas das doenças pulmonares. 
Vários fatores patológicos produzem sinais e 
sintomas respiratórios que precisam de avaliação 
eles são: 
1. Tosse; 
2. Dispneia; 
3. Dor torácica; 
4. Nódulo pulmonar solidário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tosse 
É uma expiração explosiva e acompanhada de um 
ruído característico. Com ou sem escarro, pode ser 
sintoma transitório ou persistente. As causas mais 
comuns da tosse transitória são reações 
inflamatórias da superfície da traqueia ou dos 
ramos brônquicos, em geral por infecção da 
traqueia ou dos ramos brônquicos, em geral por 
infecção bacteriana ou viral. Ocasionalmente 
vapores nocivos na atmosfera pode induzir a tosse. 
Para a tosse persistente, uma das causas mais 
comuns pode ser reação inflamatória alérgica dos 
brônquios associado à asma. 
A tosse é classificada em aguda ou crônica, seca 
ou produtiva. A tosse aguda é a eu dura menos de 
três semanas, enquanto a tosse crônica e a que 
dura 3 semanas ou mais. 
 
Dispneia 
Encurtamento da respiração, sensação de não 
conseguir puxar ar suficiente e respiração 
trabalhosa. Sua causa pode ser doença pulmonar, 
doenças circulatórias ou ambas. A correlação mais 
consistente dos sintomas de dispneia é esforço 
mecânico aumentado para respirar, geralmente 
causado por resistência aumentada das via aéreas, 
como ocorre na asma, na bronquite crônica e no 
enfisema. 
 
Expectoração 
O escarro eliminado pela boca contém a mistura de 
secreções provenientes da nasofaringe e pulmões. 
É preciso observar as características do escarro: 
volume, aspecto, coloração e odor. 
A presença de escarro purulento ou mucopurulento 
e amarelado ou esverdeado está, relacionada a 
quadros infeccioso agudo, subagudas e crônicas. 
A expectoração excessiva pela manha pode estar 
associada à bronquietacsia, bronquite crônica 
infecta e abscessos pulmonares. 
 
Asma 
Sinas e sintomas: sinas de crise de asma aguda 
consistem em frequências respiratórias alta, 
taquicardia e pulsoparadoxal. 
Exame do tórax: a inspeção pode revelar que os 
pacientes em crise aguda de asma estão usando 
seus músculos retraídos nas espocas intercostais 
durante a inspiração. 
O tórax está hiper-insulflado e a fase expiratória 
está prolongada com relação à fase inspiratória. 
Anamnese: durante uma crise de asma aguda, os 
pacientes procuram atendimento médico pela 
dispneia acompanhada de tosse, sibilo e ansiedade. 
 
 
 
Prevenção e tratamento 
Atualmente não há como impedir uma crise 
asmática o tratamento da asma é direcionado para 
a obstrução e a inflamação das vias aéreas, a 
regressão da obstrução deve ser documentada por 
medidas objetivas. 
O tratamento da asma tem dois componentes: 
1º uso de agentes aliviadores na fase aguda 
(broncodilatador) para reverter a obstrução aguda 
das vias aéreas asmáticas; 
2º é o uso de medicações controladoras, que 
modifiquem o ambiente das vias aéreas osmóticas, 
de forma que ocorra menos frequentemente 
broncoconstrição aguda que necessite de 
tratamento de resgate. 
 
Tabela 1: tratamento ambulatorial da asma. 
 
 
Caso clinico 
Uma menina de 10 anos de idade com história de 
asma mal controlada apresenta-se ao serviço de 
emergência com taquicardia e sibilos inspiratório e 
expiratórios audíveis. Está pálida, recusa-se a ficar 
deitada e parece muito assustada. Seu pulso está 
em 120 bpm e frequência respiratória em 32/min. A 
mãe relata que a mesma acabou de se recuperar 
de uma grupe leve e estava bem até essa tarde. A 
criança fez uso de inalador (salbutamol), quando 
necessário esta tarde. Porque seus pais temem que 
ela se torne muito dependente antes de se dirigir ao 
hospital, mas aparentemente o medicamento não 
ajudou em nada. Que medidas emergenciais estão 
indicadas? Como deve ser alterado o tratamento a 
longo prazo? 
 
Resposta 
A paciente demonstra os efeitos desestabilizadores 
de uma infecção respiratória sobre a asma. A 
criança apresenta sinais de falência respiratória 
iminente, incluindo sua recusa a ficar deitada, o 
medo e a taquicardia, que não pode ser atribuída à 
dose mínima de salbutamol administrada. As etapas 
imediatas essenciais são administrar oxigênio em 
alto refluxo e iniciar nebulização com salbutamol. 
Essa paciente precisa de tratamento com 
controlador a longo para particularmente um 
corticosteroide inalatório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA RENAL 
O paciente com disfunção renal apresenta sinais 
e sintomas específicos de doença renal. 
Anamnese deve-se avaliar os fatores potenciais 
que contribuem para o desenvolvimento da 
doença renal e identificar as características 
sistêmicas da doença passiveis de afetar os rins. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GERIATRIA 
A sociedade está envelhecendo, esse aumento 
representa crescimento drástico na expectativa de 
vida em relação ao século passado; em 1900, os 
homens podiam esperar viver 48 anos e as 
mulheres 51 anos, em 1997 essa expectativa de 
vida aumentou para 74 e 79 anos de idade. 
Com essa mudança demográfica, os adultos mais 
idosos tornaram-se a maioria das pessoas que 
usam cuidado substancial de pessoas, com a 
maioria das doenças crônicas, tem mais de 65 anos 
de idade. Com resultado disso, as pessoas com65 
anos de idade ou mais contabilizaram um terço dos 
gastos com cuidados de saúde nos EUA. 
 
Alterações do estado de saúde 
A incapacidade física, é um resultado adverso das 
doenças e do envelhecimento, é relatada por 40% 
dos adultos idosos, e, os 60% restantes não são 
incapazes, e os índices de incapacidade parecem 
ter declinado nos últimos 10 anos. Em 1997, as 
doenças cardíacas eram a principal causa de óbitos 
em pessoas com 65 anos de idade ou mais, 
seguido de câncer, acidente vascular cerebral 
(AVC), doença pulmonar obstrutiva crônica, 
pneumonia, influenza e diabetes. 
Após a idade de 65 anos 80% das pessoas relatam 
uma ou mais doenças crônicas, e quase todas as 
doenças crônicas aumentam com a idade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
ABORDAGEM 
Os pacientes com esse tipo de doença pode 
apresentar-se com vários sintomas e sinais, cada 
um podendo ser causado por condições não 
cardiovasculares. Como doenças cardiovasculares 
são as principais causas de morte no mundo, é 
importante que os pacientes sejam cuidadosamente 
avaliados para que se tenha uma detecção precoce 
da doença cardiovascular, os sinais e sintomas da 
doença cardiovascular avaliados em detalhes 
institui uma terapia a apropriada. 
Na avaliação de um paciente com doença cardíaca 
comprovada ou suspeita, é preciso determinar se 
existe uma combinação ameaçadora a vida. Nessas 
situações é preciso, enfocar a questão especifica 
que se apresenta. Exemplos de condições 
potencialmente ameaçadores à vida incluem infarto 
aórtico, edema pulmonar e embolismo pulmonar. 
 
História 
Os pacientes podem queixar-se espontaneamente 
de vários sintomas cardiovasculares,mas algumas 
vezes estes sintomas são identificados apenas com 
a obtenção de uma história médica cuidadosa, 
completa. Nos pacientes com doenças 
cardiovasculares conhecidas ou suspeita, questões 
sobre os sintomas cardiovasculares são 
componentes chaves da história da doença atual. 
 
Dor torácica 
É a manifestação cardinal da isquemia miocárdica 
resultante da doença arterial coronariana ou 
qualquer condição que cause isquemia miocárdica 
de oxigênio e o suprimento miocárdico de oxigênio. 
Uma dor nova, aguda, frequentemente contínua, 
pode indicar um infarto agudo do miocárdio, angina 
instável ou dissecção aórtica, uma causa pulmonar, 
como uma embolia pulmonar aguda ou uma 
irritação pleural, do toraz ou do musculo-esquelético 
da parede torácica, to tórax ou do refluxo ou 
espasmo esofagiano. 
O desconforto torácico do infarto do miocárdio 
ocorre sem uma causa clinica, e cresce em 
intensidade ao longo de vários minutos, a sensação 
pode variar desse um desconforto incômodo até 
uma dor intensa. Os médicos precisam suspeitar de 
qualquer desconforto, especialmente se irradiar 
para o pescoço, ombro ou braços. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOR 
É a queixa mais comum dos pacientes. Nas ultimas 
décadas tem se feito grandes esforços para tentar 
melhorar a abordagem e o tratamento de pacientes 
com dor. 
A tarefa domédico é descobrir e tratar a causa da 
dor, quando a doença causador da dor não for 
tratável, o médico tem como obrigação tratar a dor 
sintomaticamente. 
Segundo a associação internacional para estudo da 
dor (IASP) a dor é uma experiência sensorial e 
emocional desagradável relacionada à lesão 
tissular. A dor possui dois componentes: 
1º relacionado com a percepção de um estímulo 
nocivo, chamado nocicepção, permite que o 
individuo perceba a intensidade, localização e tipo 
da dor; 
2º é o componente efetivo de reação ou de 
respostas tanto reflexa quanto comportamental que 
leva o individuo a buscar proteção, não se expondo 
mais ao estímulo, preservando assim sua 
integridade física. 
A dor, passa a não ter significado clinico quando já 
diagnosticada sua causa quando a sua ocorrência é 
esperada, como nas dores pós-operatória. 
Pacientes com quadros anatômicos de dor crônica 
apresentam dor sem substrato anatômico, sem uma 
lesão tissular, ou pelo menos sem lesão na região 
que o paciente refere-se a dor, sendo que o 
problema geralmente se encontra nos nervos 
periféricos ou no SNC. 
A dor causa uma resposta de estresse no 
organismo, mediado pelo SNA, que leva a um 
aumento do tônus do SNS, com consequente 
aumento do metabolismo, do consumo de 
oxigenação, estimulação do sistema endócrino com 
liberação de hormônios catabolizantes e outros 
efeitos. 
Por exemplo, um paciente com pneumopatias, no 
pós-operatório de uma cirurgia do andar superior do 
abdômen, com analgesia inadequada, não será 
capaz de respirar, tossir e de perambular, 
predispondo ao surgimento de atelectasias 
pulmonares ou até mesmo uma pneumonia. 
A dor também causa no paciente uma resposta 
emocional, que varia de uma pessoa para outra, 
levando o paciente ao afastamento do convívio 
social, distúrbio do sono, quadros de depressões e, 
em pacientes susceptíveis a quadro psiquiátricos 
mais complexos, e até suicídio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Abordagem 
Como a dor é subjetiva, há uma grande variação na 
sua interpretação e reação, tornando difícil avalia-la, 
tanto para o paciente quando para o examinador. 
Muitos fatores alteram o limiar da dor e a tolerância 
da dor; fatores, psicológicos como atenção, 
temperatura, ansiedade, antecipação, e 
experiências anteriores, assim como sugestão, 
podem exercer profundas alterações. 
Fatores constitucionais também levam a alteração 
como a idade, na anamnese do paciente com dor 
deve-se caracterizar a queixa do paciente de 
acordo com: 
1. Duração: é o tempo do início da dor até a 
consulta; 
2. Tipo: a pergunta principal é como dói? A dor 
pode ser em pontada, lancinante, pulsátil, dor 
constritiva; 
3. Evolução: é a relação com o tempo, podem ser 
cíclica ou contínua, aumentada ou não de 
intensidade, apresentada episódios de 
exacerbação e alcamia; 
4. Localização: o local guarda relação com a 
doença, na dor somática ela é bem localizada, 
na dor visceral é difusa e na dor referida pode 
ser bem localizada, mas não guarda relação 
com a estrutura acometida; 
5. Intensidade: apresenta grande variação 
individual; 
6. Irradiação: a dor em determinada área pode ser 
acompanhada de dor que atinge outra região; 
7. Relação com funções orgânicas: é relacionada 
a dor com estruturas localizadas próximas. Por 
exemplo, nas dores torácicas, que se alteram 
com movimentos respiratórios ou tosse; 
8. Fatores desencadeantes ou agravantes: outras 
atividades podem precipitar ou intensificar a do, 
como exercício físico gerando episódio de 
angina de peito ou doses musculares após 
exercício físico intenso; 
9. Fator que alivia; posição que o paciente assume 
para obter alivia, ou manobras como provocar 
vômitos; 
10. Manifestações associadas: pesquisa a 
ocorrência de vômitos, sudorese, palidez como 
ocorre nas dores viscerais, ou outros distúrbios 
como a hematúria que se associa à cólica 
nefrítica da litíase renal. 
Até hoje é possível medir a dor através de testes 
químicos ou neurofisiológicos. A aceitação da 
realidade dolorosa do paciente não obriga o médico 
a prescrever opióides fortes ou outros tipos de 
tratamento, em particular: 
- esclarecer aspectos da dor: as circunstância e a 
velocidade em que dor aparece não são, 
pertinentes ao diagnóstico, mas orientam a escolha 
dos métodos de tratamento cujo inicio de efeito e a 
duração devam corresponder ao caso real da dor; 
- avalie a resposta as terapia anteriores e atuais 
como analgésicos: a dose e a duração 
décadatratamento anterior devem ser registradas. 
Doses ótimas da medicação mais adequada para 
uma nova síndrome partícula produzem, com 
frequência, resultados usando doses inferiores em 
tentativas breves; 
Avalie a severidade da dor e do comprometimento-
funcional com uma medida simples o bastante para 
ser usada repetidamente; 
-Avalie o estado psicológico do paciente, 
depressões não admitidas e desordens de atenção 
são comuns em pacientes com dor crônica. A 
presença de pensamentos sobre o suicídio e os 
efeitos da dor nas atividades sexuais do paciente 
deve ser acompanhada, é importante perguntar a 
pessoa como ela esta se mantendo diante da dor. 
As respostas a essa questão permitem identificar 
fontes de resistência sobre as quais o clinico pode 
trabalhar; 
-desenvolva uma série de hipótese baseadas em 
diagnósticos. A dor poderesultar de doenças na 
região dolorosa ou de referir a outra parte do corpo, 
por isso pode ser útil listar todas as possibilidades 
para os locais de origem da dor, particularmente, 
quando ela tem se mostrando resistente à terapia; 
-revise pessoalmente os procedimentos de 
diagnóstico. Na reavaliação de diagnósticos difíceis 
de dor é importante saber quantas vezes as lesões 
foram detectadas previamente através de 
procedimentos de mapeamento de imagem, 
particularmente, quando o radiologista não recebeu 
uma hipótese específica de diagnóstico. 
- em pacientes com sintomascrônicos múltiplos que 
são inexplicáveis, apesar de um diagnóstico de 
avaliação, considere a possibilidade de desordem 
multissomato forme esse diagnóstico proposto, se 
aplica a um décimo dos casos de primeira consulta, 
é definido pela presença de queixa germinada e 
inexplicável, algumas das quais causam problemas 
ao paciente na maioria dos dias nos dois últimos 
anos; 
-reavalie

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