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Anatomia – P2 Laura Giuliani SISTEMA CIRCULATÓRIO Sistema de transporte do corpo humano que leva elementos essenciais aos tecidos e deles, remove os resíduos elementos Coração Vasos sanguíneos Sistema linfático Artérias Vasos centrífugos: sangue do coração tecidos Veias Vasos centrípetos: sangue dos tecidos coração Funções Nutrição dos tecidos Transporte de hormônios: glândulas endócrinas lançam hormônios. Termorregulação: vasodilatação e vasoconstrição. Excreção (rins, pulmões e pele) Imunidade (células sanguíneas brancas – defesa) Coração Órgão central do sistema cardiovascular e funciona como uma bomba propulsora para o sangue circular continuamente. Espaço em que está inserido Mediastino Envolto por saco fibrosseroso Pericárdio Apoia-se sobre Diafragma Plano médio: 1/3 do vol. Cardíaco está na Direita e 2/3 na esquerda. Base: alargada, Ápice: pontiagudo Na base ficam os Vasos da Base do Coração: Veias cavas, Tronco pulmonar, Veias pulmonares e Aorta. configuRAÇÃO EXTERNA Faces Esternocostal: Anterior Diafragmática: Inferior Pulmonar: Lateral esquerda Sulco Coronário: Depressão que divide externamente o coração em setor atrial e ventricular (anteriormente e posteriormente) Sulcos interventriculares: Ventrículos separados verticalmente Sulco interventricular anterior Sulco interventricular posterior Aurículas: Dois apêndices, um em cada átrio. Aurícula Direita Aurícula Esquerda configuração interna Septos: Paredes divisórias internas Atrioventricular: separa átrios de ventrículos. Possui dois orifícios Óstios atrioventriculares direitos (AVD) Óstios atrioventriculares esquerdos (AVE) Interventricular: Possui duas partes. Membranácea (tecido conjuntivo fibroso) Muscular Interatrial Átrio direito Músculos pectíneos: Relevos musculares paralelos (fios de pente). Partem da crista terminal e também estão presentes na aurícula direita. Fossa Oval: Depressão, na parede septal do AD. Representa o fechamento da uma abertura embrionária chamada forame oval.Durante a vida uterina o feto não realiza hematose. O sangue que chega no AD já vem oxigenado da placenta. Maior parte deste sangue segue diretamente para o AE através do Forame Oval, daí vai para a Grande Circulação. Seios Coronário: Veia que drena sangue do coração. Venoso das cavas: Área do AD que possui paredes lisas e fica entre os óstios das veias cava superior e inferior Óstios: Aberturas Óstio o seio coronário Óstio das veias cavas superior e inferior Coração não usa sangue de seu interior para nutrir-se. Tem artérias e veias próprias. Essas veias desembocam no seio coronário que fica no AD. Ventrículo direito Valvas: Dispositivo que faz com que o sangue seja unidirecional. Não volte para a posição anterior. Atrioventricular direita (tricúspide): Controla a passagem do sangue pelo Óstio atrioventricular Direito. Evita o refluxo do Ventrículo para o Átrio, durante a Sístole. Valva do Tronco Pulmonar: Uma valva composta por 3 semilunares. Evita refluxo do sangue durante a Diástole ventricular. Valvas constituintes da AVD estão ligadas a Cordas tendíneas (partem de sua extremidade livre), filamentos que as ligam aos Músculos Papilares (se mantem contraídos durante a sístole ventricular). Trabécula: Cárneas: relevos musculares, na parede do VD Septomarginal: Se estende do Septo interventricular até o m. Papilar anterior. No interior, passa o Ramo Direito do Sist. de condução do Coração. átrio Esquerdo É menor que o direito. No seu interior podem ser observados os mm. Pectíneos que ficam somente na Aurícula Esquerda. ventrículo esquerdo Valvas: Atrioventricular esquerda (bicúspide): Duas Válvulas (através de cordas tendíneas se fixam aos mm. Papilares), impede o refluxo de sangue para o AE. Da Aorta: Uma valva com 3 semilunares. Evita o refluxo para o VE quando ele estiver em diástole. Trabéculas Cárneas Seios Aórticos: Ficam entre as semilunares e a parede a parede da artéria. Nos seios Aórticos Direito e Esquerdo ficam os Óstios das Artérias Coronárias. constituição anatomica da parede cardiaca Composta por três túnicas(camadas): Epicárdio: Externa, serosa de aspecto brilhante. Miocárdio: Média, mais importante funcionalmente pois realiza as contrações cardíacas. Endocárdio: Interna, reveste internamente as 4 câmaras cardíaca. Seus desdobramentos contribuem para a formação das Valvas cardíacas. A parede do VE é 3x mais espessa que a do VD. Pois, no através da Aorta o VE impulsiona sangue para o corpo todo, enquanto o VD impulsiona só para o pulmão. Entre as duas lâminas do pericárdio seroso tem a cavidade pericárdica. Contém o líquido pericárdico no seu interior evitando o atrito do coração com a parede do saco pericárdico. esqueleto fribroso Massa contínua de tecido conjuntivo fibroso. Ponto de fixação das Valvas cardíacas e fibras musculares miocárdicas Circunda os óstios AVD e esquerdo e os óstios tronco pulmonar e Aórtico. Sistema de inervação Subordinado ao Sistema Nervoso Autônomo (simpático e parassimpático) Parte simpática aumenta frequência cardíaca e força de contração, vasodilata artérias coronárias. Parte parassimpática faz o inverso. sistema de condução ou excitomotor Elementos próprios do coração coordenam seu batimento Fibras musculares especializadas geram e conduzem impulsos elétricos pelo miocárdio Sequencia de eventos que gera o Ciclo cardíaco. Constituintes Nó sinoatrial: Marcapasso cardíaco, inicia batimento (60 a 100 x/min.) Determina a sístole atrial; Nó atrioventricular Fascículo atrioventricular: Ramos Plexo subendocárdico: fica na parede dos ventrículos, realizando a sístole vascularização sanguinea Artérias do coração Coronária direita: Lado direito do coração. Seu principal ramo é o Interventricular posterior (ivp). Coronária esquerda: Lado esquerdo do coração. Bem mais curta que a direita e se bifurca em Ramo interventricular anterior (iva) e ramo circunflexo. Veias do coração: Drenagem sanguínea do Miocárdio. Desembocam no Seio Coronário (AD).A obstrução da passagem de sangue em uma artéria coronária ou algum de seus ramos levará ao Infarto do Miocárdio. Ocorre pela falta de nutrição das células miocárdicas. A restauração da circ. sanguínea se da pelas pontes de safena ou cateterismo cardíaco. Pericárdio Saco fribrosseroso que envolve o coração Contenção para o coração e mantem sua posição na cavidade torácica Contém duas membranas: Fibrosa (externa) Serosa (interna) Lâmina parietal: reveste internamente Lâmina visceral (epicádio): recobre o coração circulação do sangue Pequena circulação ou circulação pulmonar é o circuito do sangue entre o coração e os pulmões.VD Tronco Pulmonar Aa. Pulmonares Pulmões Vv. Pulmonares AE Grande circulação ou Circulação Sistêmica: é o circuito do sangue entre o coração e os sistemas (tecidos) corporais.Pequena circulação: Coração Pulmões Coração Objetivo: Hematose Grande Circulação: Coração Sistemas Coração Objetivo: Nutrição tecidual VE Aorta Sistemas corporais Veias Cavas AD vasos sanguíneos Artérias são vasos que levam o sangue do coração aos tecidos, vão se ramificando diversas vezes até dar origem às arteríolas. Arteríolas vão se dividindo originando capilares arteriais (nutrem os tecidos). Capilares venosos que circundam um tecido vão confluir formando vênulas, estas irão se unir virando veias.Artérias Arteríolas Capilares Arteriais Tecido Capilares Venosos Vênulas Veias ARtérias Conduzem sangue do coração aos tecidos Diferem-se em calibres: Grande: Aorta Médio: Braquial Pequeno: Aa. da mão (aa. digitais) Aorta Principal artéria da grande circulação e parte do VE. Possui 3 partes: Parte ascendente: sentido superior, 5 cm iniciais. Arco: porção curva, direcionada para a esquerda e posteriormente. Parte descendente: Inicia ao nível do corpo da vértebra T4. De cada parte se originam Ramos: Ramos da parte Ascendente da Aorta: Aa. Coronárias Direita e Esquerda, responsáveispela nutrição do coração. Ramos do Arco da Aorta: Tronco Braquiocefálico: se bifurca A. Carótida Comum direita a. carótida interna D a. carótida externa D A. Subclávia Direita: a. vertebral D a. torácica interna D (antiga mamária interna) A. Carótida Comum Esquerda: Situa-se em cada lado do pescoço, onde o pulso pode ser sentido. Próximo a mandíbula cada A. Carótida se bifurca A. Carótida Interna: de cada lado atravessa o canal carótico e é parcialmente responsável pela irrigação do Encéfalo. A. Carótida Externa: origina vários ramos responsáveis pela irrigação de estruturas superficiais e profundas da cabeça(face) e parte superior do pescoço (faringe, laringe). A. Subclávia Esquerda, seus principais ramos: A. vertebral E: No interior da cavidade craniana as Aa. vertebrais D e E unem-se e dão origem a a. basilar, que se comunica com as Aa. carótidas internas, completando a irrigação do encéfalo. A. torácica interna E (antiga mamária interna): Irriga parte da parede torácica, m. diafragma e parte do m. reto do abdome. Da margem lateral da 1a costela a margem inferior do m. redondo maior continua como A. axilar D e E, após isso, continua como A. braquial D e E que se bifurca (na altura do cotovelo) em: A. radial D e E A. ulnar D e E Ramos da parte descendente da Aorta: Ramos da Parte Abdominal: Tronco celíaco: responsável pela irrigação do fígado, vesícula biliar, duodeno, pâncreas, estômago e baço. Trifurca-se em: a. gástrica E a. esplênica a. hepática comum A. renal D e E: dirigidas aos rins. Através delas que o sangue da circulação sistêmica vai ser filtrado pelos rins e consequentemente produz urina. A. mesentérica superior: Destinada a irrigação do jejuno, íleo e metade direita do intestino grosso. a. ileocólica a. cólica D a. cólica média A. mesentérica inferior: Irriga metade esquerda do intestino grosso. a. cólica E aa. sigmóideas a. retal superior A. ilíaca comum D e E: ramos terminais da aorta e cada uma bifurca em: A. ilíaca interna D e E: se distribuirá pela cavidade pélvica, irrigando grande parte de suas vísceras A. ilíaca externa D e E: dirige-se para o membro inferior. Após cruzar o ligamento inguinal, continua como A. Femoral (principal responsável pela irrigação da coxa), após esta chegar a região poplítea passa a se chamar A. Poplítea e bifurca-se em: a. tibial anterior: Responsável pela irrigação do dorso do pé e parte da planta. a. tibial posterior: percorre o compartimento posterior a perna, onde se origina um de seus ramos, a A. Fibular. veias Vasos de drenagem dos tecidos que vão em direção ao coração. Originam vasos cada vez menores: Artérias Arteríolas Capilares arteriais Tecido Capilares venosos Vênulas Veias. Veias menores deságuam em veias maiores. Veia menor (de menor calibre) é tributária da veia maior (maior calibre). Classificação: Superficiais: Superficialmente á fáscia muscular.Veias profundas que acompanham artérias homônimas, (podendo ser únicas ou duplas) são chamadas veias satélites de uma determinada artéria. Profundas: Profundamente a fáscia. Quanto ao calibre: Pequeno: Vv. Digitais. Médio: V. Basílica. Grande: V. cava inferior. membro superior Superficiais V. cefálica: é lateral em todo seu trajeto. Próximo a clavícula, vira-se profundamente e desemboca na V. Axilar. V. basílica: medial em todo o trajeto. A partir do terço médio do braço, perfura a fáscia muscular e torna-se profunda. É chamada de v. axilar após margem inferior do m. redondo maior. V. intermédia do cotovelo: representa a anastomose entre as veias Cefálica e Basílica. Tem disposição oblíqua no sentido v. cefálica v. basílica. V. intermédia do antebraço: Medial, entre as veias Cefálica e Basílica. Geralmente desemboca na V. Intermédica do cotovelo. V. intermédia cefálica: variação anatômica que se une com a basílica e forma medialmente a V. intermedia do antebraço. Não existindo a V. intermédia do cotovelo. V. intermédia basílica: une-se com a V. intermédia cefálica para formar a V. Intermédia do antebraço.Veias superficiais do Membro Superior são ideais para Injeções endovenosas. Profundas: em geral são duplas e satélite das artérias. Veias Radiais e Ulnares: se unem para formar as Vv. Braquiais. V. Axilar: da margem inferior do m. redondo maior até a margem lateral da 1ª costela. V. Subclávia: continuação da V. Axilar após esta cruzar a primeira costela. região cervical e torácica V. jugular externa (D e E): Responsável pela drenagem de estruturas superficiais do pescoço e parte da face. Tributária da V. Subclávia; V. jugular interna (D e E.): Drena o Encéfalo, a maior parte da face. Se une a V. Subclávia e forma a V. Braquiocefálica. V. Cava superior: drena metade superior do corpo (cabeça, pescoço, membros superiores e tórax), a metade inferior é drenada pela V. Cava Inferior. Região pélvica, abdominal e torácica V. Ilíaca externa (D e E): Continuação da V. Femoral, é responsável pela drenagem venosa da maior parte do membro inferior. Na cavidade pélvica, se une a V. Ilíaca Interna, juntas formam a V. Ilíaca Comum. V. Ilíaca interna (D e E): drena a maior parte das vísceras pélvicas, região glútea e períneo. V. Ilíaca comum (D e E): D e E se unem e formam a V. Cava Inferior. V. Cava inferior: A medida que ascende pelo abdome, vai recebendo certas veias, entre elas as V.v Renais D e E. Vv. Hepáticas: Drenam o sangue do Fígado, desembocam na V. Cava Inferior um pouco antes dela atravessar o M. Diafragma. membro inferior Superficiais: V. Safena parva: desemboca na v. poplítea V. Safena magna: próximo ao ligamento inguinal, vira-se profunda e desemboca na v. femoral. Profundas: Vv. Tibiais posteriores e anteriores: se unem para formar a V. Poplítea. V. Poplítea: Após atravessar o hiato tendíneo do M. adutor magno se chama V. Femoral. V. Femoral: Na raiz da coxa, se chama V. Safena Magna. Em seguida, cruza o ligamento inguinal e passa a ser chamada V. Ilíaca Externa. sistema porta Veias que drenam determinados órgãos, como o estomago, intestinos e o baço, não desembocam diretamente na V. Cava Inferior. Antes desse sangue cair na circulação sistêmica ele deverá ser filtrado. Veias que drenam o estômago e os intestinos são responsáveis pela absorção dos nutrientes provenientes da digestão, inclusive toxinas. O fígado é o responsável pelo ‘’controle de qualidade’’ do material absorvido pela digestão. V. Mesentérica Inferior se une a V. Esplênica e esse tronco venoso se une a V. Mesentérica Superior, formando a V. Porta do Fígado. circulação do figado Sangue chega ao fígado pela A. Hepática Própria (ramo da A. Hepática Comum, proveniente do tronco celíaco) e a V. Porta do fígado. Sangue arterial vem com nutrientes enquanto o da veia contém material absorvido pela digestão. O sangue que sairá do fígado através de suas três Vv. Hepáticas, que desembocam na V. Cava Inferior. Diferenças entre veia e artéria Artérias Veias Tem pressão Não tem pressão Pulsam Não pulsam Parede mais espessa que a de uma veia de mesmo calibre Parede mais delgada Não tem válvulas Tem válvulas O sangue das artérias tem pressão. Assim, podemos utilizar um esfigmomanômetro para medir a pressão arterial (geralmente na A. Braquial). O sangue das Aa. provoca ondas rítmicas em sua parede, a cada sístole ventricular. Quando estas se situam em locais mais superficiais é possível medir a pulsação do indivíduo, importante meio de inferir sua frequência cardíaca. Artérias são mais espessas devido a quantidade de fibras elásticas e musculares lisas, para suportar a pressão exercida pelo sangue. Nos vasos venosos a pressão é muito baixa, o sangue precisa de um auxílio para chegar ao coração, e por isso há presença de válvulas venosas, que evitam um refluxo do sangue. Ausentes nas vv. do encéfalo, pescoço e algumas do tórax. Contração muscular facilita o retorno venoso. Artérias dão origem a ramos (diminuição do calibre) e veias, tributárias. V. Porta forma ramosmesmo sendo uma veia. Varizes: insuficiência de muitas válvulas de uma mesma veia estase sanguínea (enfraquecimento da parede da veia).