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5 � Percolação 5.1- Introdução Ciclo hidrológico (Teixeira et al, 2000) Percolação→ fenômeno pelo qual se dá a migração de água pelos vazios do solo em função da diferença de carga hidráulica sob a qual a água está submetida nos diferentes pontos da massa de solo. Importância do estudo da percolação: → cálculo da vazão que percola através da massa de solo – ex: vazão de água que se infiltra pela fundação ou pelo corpo de uma barragem.barragem. → análise de estabilidade de taludes, pois a tensão efetiva no solo (que determina a sua resistência) depende da u, que por sua vez, depende da força de percolação da água; → evolução dos recalques dos solos saturados ao longo do tempo, pois o recalque é resultante da diminuição do e que depende da saída de água dos vazios. barragem H = z + hp + v2 2g 5.2- Carga hidráulica nos solos Bernoulli: → carga hidráulica total num determinado ponto (H): H = carga altimétrica + carga piezométrica + carga cinética expressa em termos de altura de coluna 2gde altura de coluna d’água: v2/2g é desprezível em solos, pois a velocidade de percolação é muito baixa – ex: v=1cm/s (muito elevada p/ solos) ⇒ v2/2g = 5 x 10-4 cm 0diferença de cota em relação ao plano de referência w p uh γ = H = z + hp H = z + u γw Fluxo entre dois pontos (A e B) dentro da massa de solo zA uA/γw uB/γw zB plano de referência Fluxo entre dois pontos (A e B) dentro da massa de solo zA uA/γw uB/γw zB plano de referência Fluxo entre dois pontos (A e B) dentro da massa de solo zA uA/γw uB/γw → A água migra em função da diferença de H, do ponto de maior H para o de menor H. ATENÇÃO: o fluxo não se dá pela diferença de carga piezométrica (∆u/γw), nem pela diferença de carga altimétrica (z), mas sim pela diferença da carga hidráulica total (∆H). → Não haverá fluxo quando a carga total (H) for igual em qualquer ponto da massa de solo; zB plano de referência Fluxo entre dois pontos (A e B) dentro da massa de solo zA uA/γw uB/γw HB ∆H → A água migra em função da diferença de H, do ponto de maior H para o de menor H. ATENÇÃO: o fluxo não se dá pela diferença de carga piezométrica (∆u/γw), nem pela diferença de carga altimétrica (z), mas sim pela diferença da carga hidráulica total (∆H). → Não haverá fluxo quando a carga total (H) for igual em qualquer ponto da massa de solo; plano de referência zB Fluxo entre dois pontos (A e B) dentro da massa de solo zA uA/γw uB/γw HB ∆H → A água migra em função da diferença de H, do ponto de maior H para o de menor H. ATENÇÃO o fluxo não se dá pela diferença de carga piezométrica (∆u/γw), nem pela diferença de carga altimétrica (z), mas sim pela diferença da carga hidráulica total (∆H). → Não haverá fluxo quando a carga total (H) for igual em qualquer ponto da massa de solo; plano de referência zB � Permeâmetro sem fluxo Situações básicas de carga hidráulica em solos Marangon, 2013 Exemplo de permeâmetro de carga constante � Permeâmetro sem fluxo Situações básicas de carga hidráulica em solos H hpz =H2 3 � •hp3 • z3 ∆H ao longo da areia =0 sem fluxo Ponto 1: z = 0 hp = a + L H = z + hp = a + L Ponto 2: z = a + L hp = 0 H = z + hp = a + L =H1 Ponto 3: z = L hp = a H = z + hp = a + L � Permeâmetro com fluxo estacionário (não varia com o tempo) Hhpz Ponto 1: z = 0 hp = a + L + b + h H = z + hp = a + L + b + h Ponto 2: z = a hp = L + b + h H = z + hp = a + L + b + h Ponto 3: z = a + L hp = b H = z + hp = a + L + b Ponto 4: z = a + L + b hp = 0 H = z + hp = a + L + b � Permeâmetro com fluxo estacionário (não varia com o tempo) H3 = a+L+b ∆H ao longo da areia: ∆H = (a+L+b+h)-(a+L+b) ∆H = h ⇒ fluxo ∆H ≠ 0 Lembrando.... → Não haverá fluxo quando a carga total (H) for igual ao longo da massa de solo; → A água migra em função da diferença de H, do ponto de maior H para o de menor H. ATENÇÃO: o fluxo não se dá pela diferença de carga piezométrica (hp) nem de carga altimétrica (z) , mas sim pela diferença de carga hidráulica total (∆H). H2 = a+L+b+h ⇒ fluxo � Permeâmetro com fluxo estacionário (não varia com o tempo) a+L+b H hp a+L+b+h E... → Se um piezômetro (um tubo de pequeno diâmetro com as extremidades abertas) é inserido num ponto qualquer na massa de solo, a água se elevará até um determinado nível no tubo: - a carga piezométrica no ponto (hp= u/γw) é a diferença entre este nível e o nível do ponto considerado; - a carga hidráulica total no ponto (H = hp + z) é a diferença entre este nível e o nível do plano de referência. hp Caso com carga piezométrica negativa (hp= u/γw <0⇒ u<0) z H z z H H = z + hp = z + u γw plano de referência É a perda de carga h=Hinicial - Hfinal por unidade de comprimento de percolação L, ou seja: 5.3 – A permeabilidade nos solos Gradiente hidráulico = i Exemplo: supondo h = 15 cm, z = 11cm e L = 30 cm. → Isso significa que a diferença de 5,03015 === Lhi Lhi = Pode-se assim calcular a carga total H nesta altura: → Isso significa que a diferença de carga hidráulica total se dissipa na areia sendo 0,5 cm para cada 1 cm percorrido de água. Então, a 10 cm acima do fundo da coluna de areia, a carga dissipada na percolação até o ponto 2 é de: 5,03015 === Lhi cm)(HhHH 51530111522112 =−++=∴−= → 10 cm,h 51050 =⋅= 1 2 p.r. AvQ ⋅= Q Q = vazão que atravessa a seção normal ao fluxo: A = área da seção transversal ao fluxo; v = velocidade de percolação área A Q 1856 (Henry Darcy): Lei de Darcy ⇒ A velocidade de percolação (v) é proporcional ao gradiente hidráulico (i) área A Q ⇒ ikv ⋅= k = coeficiente de permeabilidade, constante para fluxo laminar (cm/s ou m/s) → expressa a maior ou menor dificuldade que o solo impõe à percolação da água através de seus poros. Então: AvQ ⋅= AikQ ⋅⋅= � A validade da lei de Darcy: ikv ⋅= → Essa linearidade ocorre no fluxo laminar, onde as partículas de água tem trajetórias definidas e não se cruzam. No regime turbulento, o fluxo é desordenado, onde as trajetórias das partículas de água se cruzam → a lei de Darcy não é válida. Reynolds: (vc: vel. crítica abaixo da qual o fluxo é laminar; D=diâmetro do tubo; γw , µw : peso específico e viscosidade da água; g: acel. gravidade; R=2000) Maioria dos casos em solos → fluxo laminar. Em solos constituídos de pedregulhos ou partículas de maiores diâmetros (vc baixa) → pode ocorrer fluxo turbulento. g DvR w wc ⋅ ⋅⋅ = µ γ A = Asólidos + Avazios L f l u x o velocidade no caminho real de percolação ⇒ vf v = velocidade Af � velocidade de descarga (v) x velocidade real de percolação (vf); = v f l u x o v = velocidade medida entre P e R = entre S e T. Princípio da continuidade: a vazão Q se mantém constante ao longo do fluxo ⇒ ff vAvAQ ⋅=⋅= v V V v LA LA v A A v v t ff f ⋅=⋅ ⋅ ⋅ =⋅=⇒ =1/n Como n<1⇒ vf > v n v v f =⇒ Qk = a) Permeâmetro de carga constante → mais usado para solos granulares mede-se Q = volume coletado num determinado ∆t � Métodos de determinação do coeficiente de permeabilidade k: Ai k ⋅ = volume coletado num ∆t para medição de Q conhece-se i = h/L conhece-se A (equipamento) → Uma série de medições devem ser realizadas com intensidades diferentes de Q. A L hkQ ⋅⋅= b) Permeâmetro de carga variável→ mais usado para solos argilosos Mas sabe-se que dt dh aQ ⋅−= área transv. = a sinal negativo, pois dh é negativoao longo de t (h e Q são variáveis ao longo de t) � Métodos de determinação do coeficiente de permeabilidade k: dt dt dh aA L hk −=⋅⋅⇒ dt La Ak h dh ⋅ ⋅ ⋅−=⇒ Integrando e considerando: em t=0 ⇒ h=hi em t=tf⇒ h=hf hf h tA Lak ilog3,2 ⋅ ∆⋅ ⋅ ⋅=⇒⋅ ⋅ ⋅−=⇒ ∫∫ ff i th h dt La Ak h dh 0 c) Ensaios de campo • Camada confinada � Métodos de determinação do coeficiente de permeabilidade k: c.1 - Ensaio de bombeamento: → Usado para camadas de solos grossos homogêneos. bombeamento contínuo com q constante • Camada não confinada camada impermeável camada impermeável rH dr dhkq pi2⋅⋅= ⇒ bombeamento contínuo com q constante camada impermeável cone de depressão rh dr dhkq pi2⋅⋅= ⇒ c) Ensaios de campo c.2 - Ensaio de infiltração em furos revestidos carga constante: mede-se o q necessário para carga constante carga variável � Métodos de determinação do coeficiente de permeabilidade k: necessário para se manter o nível d’água cheio no furo. F: fator de entrada que depende do estrato ser confinado ou não, da altura livre do furo para a infiltração, posição do NA externo (⇒ diferença entre a cota do NA externo e a do NA do furo), espessura das camadas de solo, etc. cFh qk = ( ) 2 1 21 log3,2 h h ttF Ak ⋅ − = c) Ensaios de campo ⇒ valores menos precisos ⇒ ensaio na situação real de campo � Métodos de determinação do coeficiente de permeabilidade k: ⇒ ensaio na situação real de campo d)Métodos indiretos Adensamento (compressão do solo saturado ao longo do tempo em função da aplicação de uma carga) velocidade de recalque → depende da velocidade de saída da água dos vazios do solo ⇔ permeabilidade � Métodos de determinação do coeficiente de permeabilidade k: Pela teoria do adensamento (Terzaghi): A quantidade de recalque num determinado ∆t define o coeficiente de adensamento CV . E o CV pode também ser calculado por onde e e av são medidos em laboratório. Então, conhecendo-se os recalques ao longo do tempo num caso real ou em laboratório, pode-se definir CV . Utilizando-se a fórmula acima, calcula-se k. wv v a ekC γ⋅ + = )(1 � Valores típicos de k: (Pinto, 2006) (Craig, 2007) � Valores típicos de k: Fórmula empírica de Hazen (para areias com CNU <5): 2 10100 Dk ⋅= (D em cm e k em cm/s) 10 60 D DCNU = , CNU <2: areias uniformesLembrando... 10 Exemplo: se D10 = 0,075mm = 0,0075cm k = 100 x (0,0075)2⇒k =5,6 x 10-3 cm/s � Fatores que influenciam k: Pela Lei de Poiseuille (fluxo em tubos circulares de pequenos diâmetros): µ γ 8 2 iR v w ⋅⋅ = v = velocidade média R = raio do tubo i = gradiente hidráulico γw = peso específico do fluido µ = viscosidade do fluido Considerando o fluxo em solos como se ocorresse através de um C e eDk w ⋅ + ⋅ ⋅ = 1 32 µ γTaylor (1948): D = diâmetro da esfera equivalente ao tamanho dos grãos do solo C = coeficiente de forma → Essa fórmula permite analisar a influência de certos aspectos em k. Considerando o fluxo em solos como se ocorresse através de um conjunto de tubos de pequenos diâmetros e o associando a lei de Darcy: � Fatores que influenciam k: a) Granulometria ⇒De acordo com Hazen: (fórmula com base empírica) C e eDk w ⋅ + ⋅ ⋅ = 1 32 µ γ k → relação linear com D2 2 10100 Dk ⋅= b) Índice de vazios, e (Taylor,1948) b) Índice de vazios, e k→ relação linear com [e3/(1+e)]→ mais adequada para areias 2 3 2 1 3 1 2 1 1 1 e e e e k k + + = p/ solos em geral (inclusive argilas) → observa-se relação linear e x log(k) relação linear k x [e3/(1+e)] relação linear e x log(k) e k SOLO ARENOSO e3/(1+e) k (escala log) relação linear e x log(k) e VÁRIOS TIPOS DE SOLO k (escala log) � Fatores que influenciam k: c) Grau de saturação k aproximadamente proporcional a S. bolhas de ar no solo → obstáculo para o fluxo da água ⇒ � Fatores que influenciam k: d) Estrutura do solo kestr floculada > kestr dispersa estrutura floculada estrutura dispersa Solos compactados: � Fatores que influenciam k: d) Estrutura do solo kestr floculada > kestr dispersa estrutura floculada estrutura dispersa Solos compactados: � Fatores que influenciam k: e) Anisotropia → khorizontal > kvertical Geralmente o solo não é isotrópico em relação a k: Solos sedimentares Solos compactados Solos residuais → anisotropia determinada pela estrutura da rocha f) Temperatura C e eDk w ⋅ + ⋅ ⋅ = 1 32 µ γ k depende de γw e µ varia muito com T varia pouco com T Convencionou-se que: k refere-se ao fluido água sob temperatura de 20°C. Quando o ensaio é feito sob T≠20°C 20 20 µ µkk = Lembrando Taylor (1948): 5.4 – Força de percolação Força de arraste : F = 5.4.1 – Tensões no solo submetido à percolação Essa diferença de carga hidráulica h se dissipa por atrito viscoso da água ao percolar pelo solo. ↓ provoca um esforço de arraste na direção do movimento (o arraste pode não acontecer porque outras forças o impede) A h . γ . A w w L h LA Ah γγ ⋅= ⋅ ⋅⋅ = Força de arraste : F = pressão dissipada A F atua uniformemente ao longo de L. Força F por unidade de volume: LA Fj ⋅ = wij γ⋅=⇒ j = força de percolação (kN/m3) h . γw . A → Se o fluxo é descendente: j se soma a ação da gravidade wij γ⋅= j = força de percolação → Se o fluxo é descendente: j se soma a ação da gravidade wij γ⋅= j = força de percolação → Se o fluxo é ascendente: j é substraída da ação da gravidade � Sem fluxo: u = 0.γw u = a.γw σ = a.γw σ = a.γw+L. γsat σ = 0 σ hp= 0 hp= a hp= a+L σ u γsat u = (a+L).γw wp γhu ⋅= σ' = σ - u σ' = a.γw + L. γsat - (a+L). γw σ' = L. (γsat - γw) σ' = L. γsub σ' � Fluxo ascendente σ’ na face inferior da camada de solo sob fluxo ascendente: )(' )(' )(')()(' jL iLLh L LL hLhzLLz sub wsubwwsat wwsatwsatw −=⇒ ⋅⋅−=⋅⋅−−=⇒ ⋅−−=⇒⋅++−⋅+⋅=⇒ γσ γγγγγσ γγγσγγγσ → varia linearmente com a profundidade u−=σσ ' hp sat � Fluxo ascendente Resumindo...σ’ ao longo da camada de solo: )(' ' jL u sub −=⇒ −= γσ σσ ⇒ Tensão efetiva (σ’) = altura da camada de solo vezes [o peso específico submerso descontada a força de percolação]. No fluxo ascendente a força de percolação promove um alívio para σ’. sat � Fluxo descendente sat σ’ na face inferior da camada de solo sob fluxo descendente: )(' )(' )(')()(' jL iLLh L LL hLhzLLz sub wsubwwsat wwsatwsatw +=⇒ ⋅⋅+=⋅⋅+−=⇒ ⋅+−=⇒⋅−+−⋅+⋅=⇒ γσ γγγγγσ γγγσγγγσ → varia linearmente com a profundidade u−=σσ ' hp � Fluxo descendente sat Resumindo...σ’ ao longo da camada de solo: )(' ' jL u sub +=⇒ −= γσ σσ ⇒ Tensão efetiva (σ’) = altura da camada de solo vezes [o peso específico submerso somado à força de percolação]. No fluxo descendente a força de percolação empurra os grãos para baixo somando-se à força da gravidade. σ, u � Fluxo ascendente )(' ' jL u sub −=⇒ −= γσ σσ 1● 2● 1● (z+L-h).γW (z+L+h).γW z.γw + L.γsat)(' ' jL u sub +=⇒ −= γσ σσ � Fluxo descendente (z+L).γW 1● 2● 2● Atenção: → A força de percolação atua na direção e sentido do fluxo. Somente a componente vertical da força de ⇓ Somente a componente vertical da força de percolação tem influência na tensãovertical efetiva. 5.5 – Gradiente crítico )(' ' jL u sub −=⇒ −= γσ σσ wL hj γ⋅= Então: se h↑ ⇒ fluxo ascendente: j↑ e σ’↓ h )(' ' jL u sub −=⇒ −= γσ σσ wL hj γ⋅= Então: se h↑ ⇒ j↑ e σ’↓uoriginal fluxo ascendente: )(' ' jL u sub −=⇒ −= γσ σσ wL hj γ⋅= Então: se h↑ ⇒ j↑ e σ’↓ h uoriginal j foi aumentando se contrapondo à força de gravidade até que σ’=0 , ou seja, as forças transmitidas σ’=0 fluxo ascendente: ou seja, as forças transmitidas grão-grão são nulas. )(' ' jL u sub −=⇒ −= γσ σσ wL hj γ⋅= Então: se h↑ ⇒ j↑ e σ’↓ j foi aumentando se contrapondo a força de gravidade até que σ’=0 , ou seja, as forças transmitidas grão-grão são nulas. h fluxo ascendente: grão-grão são nulas. jjL subsub =⇒=−= γγσ 0)(' w sub críticowsub ii γ γγγ =⇒⋅=⇒ → Quando i atinge o icrít⇒ σ’=0→ AREIA MOVEDIÇA (só ocorre no fluxo ascendente) icrít ≅ 1 quando γsub ≅ γw resistência = 0 → o solo se comporta como um líquido liquefação estática → “AREIA MOVEDIÇA” Resistência do solo ∝ σ’ (p/ solo arenoso) : → σ’=0 ⇒ Quando acontece? � implicações do icrít nas obras Local de diminuição da σ’ . → SAÍDA DO FLUXO barragem Se σ’=0 ⇒ resistência nula (p/solos arenosos) - ruptura da fundação da barragem; barragem fluxo ascendente fluxo descendente � implicações do icrít nas obras Q esgotamento da água da vala Local de diminuição da σ’ . escavação paredes estanques Local de diminuição da σ’ . Se σ’=0 ⇒ resistência nula (p/solos arenosos) - afundamento de equipamentos e pessoas; - ruptura das paredes laterais. fluxo ascendente 5.6 – Piping zonas de maior permeabilidade na massa de solo ⇒ concentração de percolação nessas zonas (i relativamente elevado) partículas de solo submetidas a forças de percolação (j = i.γw) relativ. elevadas Se as partículas forem carreadas pela água ⇒ EROSÃO ⇒ Se as partículas forem carreadas pela água ⇒ EROSÃO ⇒ aumento dos vazios do solo aumenta a concentração de percolação nessas zonas (i ↑) ⇒ progressão da erosão: PIPING aumenta a permeabilidade nessas zonas ⇒ ⇒ O piping se inicia no ponto de surgência e progride para trás → A erosão interna progride com o tempo da zona de maior permeabilidade (ponto de surgência) para montante (interior da massa de solo), formando um longo conduto interno na massa de solo: piping, erosão interna ou erosão regressiva Consequências: subsidências ruptura de talude de barragens Extremidade externa (talude de jusante) de um duto formado por piping Abordamos 2 problemas em função da força de percolação: � areia movediça (liquefação da areia) � piping� piping 5.7 – Segurança quanto ao icrít e redução do gradiente de saída medidas em metro γ = 19 kN/m3 Fator de segurança quanto a situação de areia movediça: existente crít S i iF = (se Fs ≤ 1,0 → sem segurança) � Situação 1: Se kA=kB i = h/L = 0,15/0,2 = 0,75 Fator de segurança quanto a situação de areia movediça: ⇒ Fs = 0,9/0,75 = 1,2 (seguro, porém com baixa segurança) γsat = 19 kN/m3 (se Fs ≤ 1,0 → sem segurança) icrít = γsub/γw = (19-10)/10 = 0,9 � Situação 2: Se kA ≠ kB ⇒dissipação de carga em A(hA) ≠ dissipação de carga B(hB) E pelo princípio da continuidade QA=QB: BBAAB B B BA A A A hkhkAL hkA L hkQ ⋅=⋅⇒⋅⋅=⋅⋅= hA+ hB= h = 0,15mhA=? hB=? 0,12 Em A: iA = hA/LA= 0,12/0,10 = 1,2 → i>icrít , mas a areia A está protegida pela areia B Em B: iB = hB/LB= 0,03/0,10 = 0,3 ⇒ Fator de segurança (é calculado para o material de saída): Fs = 0,9/0,3 = 3 (aumentou em relação à situação 1) 0,9 m,,,h;m,h/,h h,h)h,(hhkhk BAA AAAABAAA 030120150120560 46015044 =−==⇒=⇒ −=⇒−⋅=⇒⋅=⋅ Considerando como exemplo: kB = 4.kA � Resumindo a Situação 2: kB = 4.kA ⇓ Em A: iA = hA/LA= 0,12/0,10 = 1,2 Em B: iB = hB/LB= 0,03/0,10 = 0,3 icrít = 0,9 ATENÇÃO: i>icrít Dois possíveis problemas: - O que garantirá que os grãos da areia A não sejam carreados e passem por dentro da areia B (piping)? - Qual a tensão efetiva A areia B serve como “FILTRO DE PROTEÇÃO” e deverá atender a duas finalidades: 1º.: aumentar o Fs quanto ao icrít de saída. 2º.: evitar que os grãos do solo A passe pelo solo B (filtro). (segurança quanto a areia movediça) (segurança quanto ao piping) Fs = 0,9/0,3 = 3 - Qual a tensão efetiva em A (vamos ver mais adiante)? filtro mais permeável que o solo protegido grãos do filtro (solo B) Para atender às suas duas finalidades o FILTRO DE PROTEÇÃO (areia B) deve atender a 2 requisitos propostos por TERZAGHI: 5x D85 SOLO > D15 FILTRO > 5x D15 SOLO reter os grãos do solo protegido ⇒ reter as partículas da areia A (evitar piping) (solo B)(solo A) (solo A) solo a ser protegido (solo A) (solo B) opções de filtro (areia B)Exemplo da seleção do filtro: filtro mais permeável que o solo protegido Para atender às suas duas finalidades o FILTRO DE PROTEÇÃO (areia B) deve atender a 2 requisitos propostos por TERZAGHI: 5x D85 SOLO > D15 FILTRO > 5x D15 SOLO reter os grãos do solo protegido (solo B)(solo A) (solo A) solo a ser protegido (areia A) Tensões ao longo da altura de solo na situação 2 σA, base : 0,1x 19 + 0,1x 19+ 0,1x10=4,8 kPa uA, base : 0,45x 10 = 4,5 kPa σ’A, base : 4,8-4,5 = 0,3 kPa 0,12 hA = 12 cm hB = 3 cm σ’A, base : 4,8-4,5 = 0,3 kPa σA/B : 0,1x 19 + 0,1x10=2,9 kPa uA/B : 0,23x 10 = 2,3 kPa σ’A/B : 2,9-2,3 = 0,6 kPa 0,23 γsat= 19 kN/m3 σ’ > 0 → ok! situação 2: kB = 4.kB situação 1: kB = kA 5.8 – Levantamento de fundo Ao longo de toda a altura de solo: σ’>0 Se aumentarmos h de forma que σ’=0 na base do solo: h L σ’A, base = 0,2x19 + 0,1x10 – (0,1+0,1+0,1+h) x10 = 0 ⇒ h = 0,18 m Mas com σ’ = 0 na base → a coluna de areia deixa de atuar sobre a base que sustenta a areia A. → levantamento dos grãos de areia e sua dispersão: LEVANTAMENTO DE FUNDO Portanto, se h = 0,18m ⇒ σ’=0, mesmo com iB<icrít O levantamento de fundo ocorre quando a força de percolação excede o peso da massa de solo, mesmo que o iSAÍDA < iCRÍTICO . E se h aumentar mais ainda? Exercício Um ensaio num permeâmetro apresenta a seguinte configuração: γsat= 18kN/m3 kB= 5,2.kA17 cm Areia B Areia A 25 cm 13 cm h=25 cm Curva granulométrica da areia A: Pede-se:Pede-se: a) O i em A e em B; b) O FS em relação ao fenômeno de areia movediça na saída (em B); c) A especificação granulométrica do filtro de proteção (areia B) segundo o critério de Terzaghi; d) O cálculo de σ, u e σ´ ao longo do coluna de areia – faça também o diagrama de tensões; e) O valor de h necessário para ocorrer o levantamento de fundo de toda a coluna de areia. Aula de Laboratório Grupos 1 e 2: 30/03 Grupos 2 e 4: 06/04 Grupo 1 - AMANDA MARQUES XAVIER até DAVID MARTINS BENEVIDES MOURA Grupo 2 - DIEGO AIRES SENRA até KAMILA ANDREIA ALVES NOVO Grupo 3 - KAORU TSUCHIYA até PEDRO HENRIQUE FERREIRA MAIA Grupo 4 - RAFAEL DI BLASI PINTO até YURI CASTELLO BRANCO BRITO
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