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Mecsolos1 3 classificação

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3 � Classificação dos solos
3.1- Objetivos
Grande diversidade do comportamento mecânico dos solos
⇓
⇓
Necessidade de criar “grupos de solos” de comportamentos mecânicos 
supostamente similares
⇓
Como?
3 � Classificação dos solos
3.1- Objetivos
Grande diversidade do comportamento mecânico dos solos
⇓
Necessidade de criar “grupos de solos” de comportamentos mecânicos 
supostamente similares
⇓
Critérios para a 
determinação dos 
“grupos de solos”
⇓
sistemas de classificação de 
interesse para a engenharia
→ Sistemas de classificação: dão uma designação básica do “tipo de 
solo” de acordo com algumas características de interesse do sistema. 
⇒ o tipo de classificação depende da finalidade/região do estudo do solo.
Objetivos da classificação dos solos:
- entendimento por parte da comunidade geotécnica do tipo de solo 
quando este é citado ⇒ “enquadramento” inicial do material para os 
etapas posteriores do trabalho;
- estimar (! ! !) o provável comportamento do solo de acordo com o 
grupo no qual o solo foi classificado (para orientar os estudos e as 
investigações geotécnicas específicas);investigações geotécnicas específicas);
PERIGO: adoção, a partir da classificação, de parâmetros de resistência, 
de compressibillidade ou de permeabilidade inadequados .
- especificação de materiais (ex: aterro de barragens e pavimentos)
- histórico de experiências separadas de acordo com o tipo de solo
(ex: bom desempenho de um tipo de solução de engenharia para um 
determinado tipo de solo).
3.2 – Sistema Unificado de Classificação dos Solos (SUCS)
→ Utilizado, principalmente, para material de aterro em barragens de terra.
→ Os solos são classificados segundo: Curva granulométrica
Limites de Atterberg
e são identificados por 2 letras sendo:
G: pedregulho
S: areia
M: silte
C: argila Exemplos:
- GW: pedregulho bem graduado
- CH: argila de alta plasticidade
- SC: areia argilosa
C: argila
O: orgânico
W: bem graduado
P: mal graduado
H: alta plasticidade
L: baixa plasticidade
Pt: turfa
solos granulares
solos finos
Sistema Unificado de Classificação dos Solos (SUCS)
(solos de 
G: pedregulho
S: areia
M: silte
C: argila
O: orgânico
W: bem graduado
P: mal graduado
0,075mm
(solos de 
granulação 
grossa)
(solos de 
granulação 
fina)
H: alta
plasticidade
L: baixa
plasticidade
Pt: turfa
carta de plasticidade
fração tamanho do diâmetro
Pedregulho de 2mm a 6cm
Areia grossa de 0,6mm a 2,0mm
fração grossa 
do solo Areia grossa de 0,6mm a 2,0mm
Areia média de 0,2mm a 0,6mm
Areia Fina de 0,06mm a 0,2mm
Silte de 0,002mm a 0,06mm
Argila inferior a 0,002mm
fração fina do 
solo
(D<0,075mm)
do solo
(D>0,075mm: 
retido na #200)
Carta de Plasticidade (Casagrande)
4
7
M: silte
C: argila
O: orgânico
H: alta plasticidade
L: baixa plasticidade
Pt: turfa
IP=0,73(LL-20)
(50, 21,9)
- Abaixo da linha A: M ou O? Os solos orgânicos (O) se distinguem dos siltes (M) 
pela coloração escura (marrom escuro, cinza escuro ou preto)
- Próximo a linha A ou B deve-se usar duas classificações - ex: CL-CH, SC-SM
- Sobre a faixa indicada de IP=4 a 7 deve-se usar duas classificações: CL-ML
- Quando é turfa (Pt)? Solos muito orgânicos onde predomina fibras vegetais 
(galhos e folhas) em decomposição.
4
7
Propriedades esperadas dos grupos de solos classificados pelo SUCS
Permeável
kN/m3
Pastore e Fontes, 1998 (ABGE)Peso específico seco máximo
10
60
D
DCNU =
Fina Média Grossa
17 24 16
Composição Granulométrica ( % ) ( Escala ABNT )
02815
PedregulhoAreiaSilteArgila
6010
2
30
.
)(
DD
DCC =
LL = 35
LP = 20
3.3 – Sistema Rodoviário de Classificação dos Solos
→ Highway Research Board (HRB), EUA
→ Utilizado na engenharia rodoviária: pavimentos
→ Os solos são classificados segundo: Curva granulométrica
Limites de Atterberg
(solos de 
granulação 
grossa)
Neste caso, os finos 
definem a 
característica 
secundária em 
função de LL e LP. 
-
-
Sistema Rodoviário de Classificação dos Solos
grossa)
(solos de 
granulação 
fina)
45°
A-1 : solos grossos
A-3: areias finas
A-2: areias em que os 
finos definem a 
característica secundária
A-4, A-5, A-6 e A-7: solos 
finos
Sistema Rodoviário de Classificação dos Solos
R
(Caputo, 1983)
SL
RSL
B
A
R
→ São verificadas algumas discrepâncias entre as classificações clássicas 
(SUCS e da HRB) e o comportamento de alguns solos brasileiros.
⇒ para alguns solos brasileiros (residuais e lateríticos) o uso de LL e LP não 
refletem o comportamento do solo.
Solo laterítico: resultante de processo de laterização onde há um enriquecimento no solo de 
óxidos hidratados de ferro e/ou alumínio e a permanência da caulinita como argilomineral
3.4 – Sistemas de classificação regionais
óxidos hidratados de ferro e/ou alumínio e a permanência da caulinita como argilomineral
predominante e quase exclusivo (coloração típica: vermelho, amarelo, marrom e alaranjado). 
→ Sistema proposto para solos tropicais:
Sistema MCT (Nogami e Vilibor, 1981 - brasileiros): consideram 
características de solos tropicais → baseia-se em ensaios de compactação
(LIMITAÇÃO: O sistema é relacionado a propriedades de solos compactados).
O MCT é voltado para a prática rodoviária e baseou-se nos solos de SP.
Sistema MCT (Nogami e Vilibor, 1981)
•LG’: argilas lateríticas e 
argilas lateríticas 
arenosas;
•LA’: areias argilosas 
lateríticas;
•LA: areias com pouca 
argila laterítica;
•NG’: argilas, argilas 
siltosas e argilas arenosas 
não-lateríticas;
•NS’: siltes cauliníticos e 
parâmetros obtidos por 
ensaios de compactação
•NS’: siltes cauliníticos e 
micáceos, siltes arenosos 
e siltes argiloso
não-lateríticos;
•NA’: areias siltosas e 
areias argilosas não-
lateríticas;
•NA: areias siltosas com 
siltes quartzosos e siltes 
argilosos não-lateríticos
Sistema MCT (Nogami e Vilibor, 1981)
RP
SL
A
Aplicação em 
obras 
rodoviárias
Pastore e Fontes, 
1998 (ABGE)
SL
RSL
B
A
R
3.5 – Sistemas de classificação baseados na origem dos solos
De acordo com a origem do solo e o perfil de intemperismo:
Solos residuais:
(resultantes da decomposição da rocha 
matriz e se encontra no próprio local em 
que se formou):
▪ residual maduro (perdeu a estrutura da 
rocha matriz ; relativamente homogêneo)
▪ residual jovem (mantém estruturas da 
rocha matriz ; solo saprolítico; solo de 
residual maduro
residual jovem
coluvionar
perfil de intemperismo
p
e
r
f
i
l
 
d
e
 
i
n
t
e
m
p
e
r
i
s
m
o
alteração de rocha)
Rocha:
▪ rocha alterada (a alteração progrediu 
ao longo das fraturas ou zonas de menor 
resistência; blocos de rocha intactos)
▪ rocha sã
residual jovem
rocha alterada
rocha sã
Solos transportados:
▪ solos coluvionares (pela gravidade)
▪ solos aluvionares (pelo rio)
▪ solos eólicos (pelo vento)
p
e
r
f
i
l
 
d
e
 
Solos orgânicos:
Contém grande quantidade de material decorrente da decomposição vegetal e/ou animal:
→ cor escura
→ odor característico
→ elevado e
→ são problemáticos por serem muito compressíveis
→ encontrados no Brasil nos depósitos litorâneos e várzea de rios
Turfas:
Contém grande concentração de caules e folhas em processo incipiente de decomposição.Contém grande concentração de caules e folhas em processo incipiente de decomposição.
→ muito permeáveis
Solos lateríticos:
Contém fração argila constituída predominantemente por caulinita e elevada concentração 
de ferro e alumínio.
→ cor vermelha
→ no estado natural: não saturado, elevado e, baixa capacidade de suporte
→ compactado:elevada capacidade de suporte; muito bom para aterros e pavimentos
Exercício
Determine os parâmetros de caracterização IP, Índice de Atividade, CNU, CC, 
indique a composição em termos das frações granulométricas (argila, silte, areia e 
pedregulho) de acordo com a Norma NBR6502/1995 e classifique os solos abaixo 
pelo Sistema Unificado (SUCS) e indique as propriedades esperadas.
As curvas granulométricas são apresentadas nas páginas seguintes
Origem e local Massa 
Específica dos 
Grãos (g/cm3)
Teor de 
Matéria 
Orgânica (%)
Limite de 
Plasticidade (%)
Limite de 
Liquidez (%)
Composição 
mineralógica geral
Solo de alteração de Solo de alteração de 
rocha ácida, Serra do Mar 
(Curva1)
2,689 0,29 29 47
Quartzo, mica, caulinita
e ilita.
Areia com Pedregulhos de 
Deposição Fluvial (Rio 
Iguaçu, Curitiba)
2,679 0,12 NP NP
Quartzo, caulinita, 
gibsita, goethita.
Areia cinza da Baixada de 
Jacarepaguá, RJ -curva em 
separado
2,601 0,73 NP NP
Quartzo com traços de 
feldspato.
Solo residual do Morro da 
Glória, Angra dos Reis, RJ 2,687 59 26
Exercício
Exercício
Areia cinza da baixada de Jacarepaguá, RJ (considere a linha com símbolos circulares)
Exercício
Solo do Morro da Glória, Angra dos Reis, RJ
Exercício - Formulário
IP = LL – LP
10
60
D
DCNU =
6010
2
30
.
)(
DD
DCC =
Índice de atividade da argila: ___________________________Índice de plasticidade (IP)Índice de atividade da argila: ___________________________Índice de plasticidade (IP)
fração argila (% < 0,002mm)
fração tamanho do diâmetro
Pedregulho de 2mm a 6cm
Areia grossa de 0,6mm a 2,0mm
Areia média de 0,2mm a 0,6mm
Areia Fina de 0,06mm a 0,2mm
Silte de 0,002mm a 0,06mm
Argila inferior a 0,002mm
Sistema Unificado de Classificação dos Solos (SUCS)
(solos de 
G: pedregulho
S: areia
M: silte
C: argila
O: orgânico
W: bem graduado
P: mal graduado
0,075mm
Exercício
(solos de 
granulação 
grossa)
(solos de 
granulação 
fina)
H: alta
plasticidade
L: baixa
plasticidade
Pt: turfa
carta de plasticidade
Classifique os solos do exercício anterior de acordo com o 
“Sistema Rodoviário de Classificação dos Solos”.
Exercício

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