Prévia do material em texto
6 � Fluxo Bidimensional 6.1- Fluxos uni, bi e tridimensionais ▪ Fluxo unidimensional → o fluxo ocorre sempre em uma única direção. - direção de fluxo - gradiente são os mesmos em qualquer ponto da massa de solo ▪ Fluxo tridimensional → as partículas de água seguem caminhos ▪ Fluxo bidimensional → as partículas de água seguem caminhos curvos, mas em planos paralelos transversais ao eixo longitudinal da obra – consideração mais frequente. barragem de terra partículas de água seguem caminhos curvos, tendo componentes de deslocamento nas três direções ortogonais. bombeamento em poçosx z y 6.2- Redes de fluxo 6.2.1 - Rede de fluxo unidimensional 8 Rede de fluxo: representação gráfica dos caminhos percorridos pela água e da dissipação da carga hidráulica total ao longo deste caminho. medidas em cm 1 solo 6.2- Redes de fluxo 6.2.1 - Rede de fluxo unidimensional 8 medidas em cm Htotal,A = 0 + 20cm = 20cm Htotal,B = 12 + 2cm = 14cm h = H - H = 6cm (dissipada ao longo de 12cm) Rede de fluxo: representação gráfica dos caminhos percorridos pela água e da dissipação da carga hidráulica total ao longo deste caminho. solo h = Htotal, A - Htotal,B = 6cm (dissipada ao longo de 12cm) i = 6/12 = 0,5 Q = k x i x A = 0,05 x 0,5 x 8 x 1 Q = 0,2 cm3/s A B � � k = 5 x 10-2 cm/s p.r. 6.2- Redes de fluxo 6.2.1 - Rede de fluxo unidimensional 8 medidas em cm Htotal,A = 0 + 20cm = 20cm Htotal,B = 12 + 2cm = 14cm h = H - H = 6cm (dissipada ao longo de 12cm) Rede de fluxo: representação gráfica dos caminhos percorridos pela água e da dissipação da carga hidráulica total ao longo deste caminho. h = Htotal, A - Htotal,B = 6cm (dissipada ao longo de 12cm) i = 6/12 = 0,5 Q = k x i x A = 0,05 x 0,5 x 8 x 1 Q = 0,2 cm3/s A B � caminho percorrido pela água → a gota que penetra na face inferior se dirige à face superior segundo uma linha reta → LINHA DE FLUXO LINHAS DE FLUXO → determinam canais de fluxo de mesmo q. No caso 1D, canais com a mesma largura.k = 5 x 10-2 cm/s Q / 4 Q / 4 Q / 4 Q / 4 � � p.r. � dissipação da carga ao longo do caminho da água H=a+L+b ∆H ao longo da areia: Lembrando... H=a+L+b+h ∆H ao longo da areia: ∆H = (a+L+b+h)-(a+L+b) ∆H = h ⇒ fluxo ∆H ≠ 0 8 medidas em cm � dissipação da carga ao longo do caminho da água - qualquer ponto da face inferior tem a mesma HTA : LINHA EQUIPOTENCIAL - qualquer ponto da face superior tem a mesma HTB : LINHA EQUIPOTENCIAL - A dissipação de h = 6cm ocorre linearmente ao longo da linha de fluxo entre A e B. Ex: ao longo de uma linha horizontal a 2cm da face 2 h = 6cm A B 2 2 2 2 2 k = 5 x 10-2 cm/s Ex: ao longo de uma linha horizontal a 2cm da face inferior ocorreu uma perda de carga de (6/12 = perda de carga de 0,5cm por cada cm de percolação): ⇒ em 2cm de percolação: perda de carga de (6/12)x2 = 1cm No caso de fluxo unidimensional vertical ⇒ qualquer linha horizontal é uma LINHA EQUIPOTENCIAL 2cm � � 8 medidas em cm � dissipação da carga ao longo do caminho da água - qualquer ponto da face inferior tem a mesma HTA : LINHA EQUIPOTENCIAL - qualquer ponto da face superior tem a mesma HTB : LINHA EQUIPOTENCIAL - A dissipação de h = 6cm ocorre linearmente ao longo da linha de fluxo entre A e B. Ex: ao longo de uma linha horizontal a 2cm da face 4 h = 6cm A B 2 2 2 2 2 k = 5 x 10-2 cm/s Ex: ao longo de uma linha horizontal a 2cm da face inferior ocorreu uma perda de carga de (6/12 = perda de carga de 0,5cm por cada cm de percolação): ⇒ em 2cm de percolação: perda de carga de (6/12)x2 = 1cm � � No caso de fluxo unidimensional vertical ⇒ qualquer linha horizontal é uma LINHA EQUIPOTENCIAL 2cm 8 medidas em cm � LINHAS DE FLUXO: determinam canais de fluxo com o mesmo q ⇒ linhas igualmente espaçadas no caso 1D REDE DE FLUXO � LINHAS EQUIPOTENCIAIS: apresentam a mesma HT; determinam faixas de perda de carga (∆h) de igual valor⇒ linhas igualmente espaçadas no caso 1D rede formada por retângulos Por conveniência matemática, procura-se construir uma rede formada por quadrados: a distância entre LEs é a mesma que entre LFs. LF LE l b k = 5 x 10-2 cm/s b=l 8 medidas em cm REDE DE FLUXO � LINHAS DE FLUXO: determinam canais de fluxo com o mesmo q ⇒ linhas igualmente espaçadas no caso 1D � LINHAS EQUIPOTENCIAIS: apresentam a mesma HT; determinam faixas de perda de carga (∆h) de igual valor⇒ linhas igualmente espaçadas no caso 1D rede formada por quadrados (b=l) LF LE - número de canais de fluxo: NF - número de faixas de perda de carga: ND - dimensões do quadrado: b = largura do canal de fluxo l = dist. entre equipotenciais l b k = 5 x 10-2 cm/s No ex.: NF=4 ;ND = 6; b=l=2cm medidas em cm Informações obtidas a partir do traçado de uma rede de fluxo: � Perda de carga entre equipotenciais: DN hh =∆ � Gradiente hidráulico: lN h l hi D ⋅ = ∆ = Por cada canal de fluxo: � Vazão: b lN hkAikq D ⋅ ⋅ == hkq =⇒ No exemplo: i = 6cm/(6X2cm) = 0,5 k = 5 x 10-2 cm/s LF LE DN hkq =⇒ Como todos os canais tem a mesma vazão: D F F N NhkQNqQ =⇒⋅= No exemplo: Q= 0,05x6x(4/6) = 0,2cm3/sl b � Poropressão: u =hP .γw hP = H – z ; H = Hi - ∆h.n No exemplo, em C: Hc=20-1x3=17cm⇒ uc= (0,17-0,06)xγw =1,1kPa � C vazão total: p.r. 6.2.2 - Rede de fluxo bidimensional Mesmo princípio da rede unidimensional linhas de fluxo determinam canais de igual vazão linhas equipotenciais determinam faixas de iguais perdas de carga Linhas - arco AC : i = 6/12 = 0,5 - arco BD : i = 6/24 = 0,25 - outras linhas: arcos concêntricos com diferentes i h medidas em cm Linhas de fluxo com diferentes i → para cada linha de fluxo o h é o mesmo ao longo do percurso da água, mas o comprimento do percurso (L) é diferente ⇒ diferentes i k = cte e sabe-se que v=ki Cada linha de fluxo tem uma velocidade diferente; qto menor o caminho de percolação (L), maior o i ⇒ maior a v. q q q q q linhas de fluxo determinam canais de fluxo com igual vazão (q=v.A)Por definição → onde as linhas apresentam maior v ⇒ canais mais estreitos onde as linhas apresentam menor v ⇒ canais mais largos q q medidas em cm q q q q q q q q q q qq q medidas em cm linhas de fluxo determinam canais de fluxo com igual vazão (q=v.A)Por definição → q onde as linhas apresentam maior v ⇒ canais mais estreitos onde as linhas apresentam menor v ⇒ canais mais largos l b h=6m Se optarmos por ∆h=0,5 cm 6/0,5 = 12 faixas de igual perda de carga l = ? caminho interno: 12cm ⇒ l = 12cm/12=1cm caminho externo: 24cm ⇒ l = 24cm/12=2cm Linhas Equipotenciais : As faixas de perda de carga vão se alargando linearmente no sentido da linha de fluxo mais longa. O fluxo segue o caminho de maior gradiente. ⇒ As linhas de fluxo são ortogonais às linhas equipotenciais em qualquer rede de fluxo em solo homogêneos e isotrópicos. medidas em cm LF? ? Como as LE e as LF se cruzam? ● Traçado das linhas de fluxo e equipotenciais: - Como já falado, para facilitar os cálculos as linhas de fluxo devem formar figuras aproximadamente quadradas com as linhas equipotenciais. Junto à superfície interna: l: faixa de perda de carga = 1cm b: canal de fluxo = 1cm Junto à superfície externa: b/l ≅ 1 Junto à superfície externa: l: faixa de perda de carga = 2cm b: canal de fluxo = 2cm � Percolação sob pranchada: pranchadapranchada � Percolação sob pranchada: pranchadaQ (a água é bombeada para manter o NA baixo)LE LE L F L F (o contorno é uma LF) superfície impermeável (LF) � Percolação sob pranchada: Q (a água é bombeada para manter o NA baixo)LE LE □ □ pranchada (o contorno é uma LF) superfície impermeável (LF) � Percolação sob pranchada: pranchada (o contorno é uma LF) Q (a água é bombeada para manter o NA baixo)LE As LF e as LE se cruzam perpendicularmente e as figuras LE □ □ superfície impermeável (LF) Os canais de fluxo variam de largura ao longo do percurso da água, pois o espaço disponível para a passagem varia. ⇒ Já que q é constante no canal de fluxo, quando o canal se estreita ⇒ v aumenta Se v aumenta e v=ki e k=cte⇒ i aumenta Se i aumenta e i=∆h/l e ∆h=cte⇒ l diminui (espaç. entre as LE tem que diminuir) formadas são “quadradas” (b/l=1). □ � Percolação numa barragem: � Rede de fluxo pela fundação numa barragem de concreto: (Lambe e Whitman, 1979) � Rede de fluxo pelo corpo da barragem (contorno não definido): → A fronteira superior do fluxo (linha freática no corpo do aterro) não é previamente conhecida. hp=0 ⇒ u=0 superfície impermeável Exemplos de redes de fluxo em barragens (Vargas, 1978) � Percolação em taludes naturais: (Teixeira et al, 2000) � Percolação em taludes naturais: (Teixeira et al, 2000) fluxo descendente fluxo ascendente � Percolação em taludes naturais – condições particulares: (Lacerda, 1999) Recomendações do Casagrande (1937) - pág 137 do CSP �Traçado de rede de fluxo através da construção gráfica Modelo de percolação em barragem de terra em escala reduzida Lab. Mecânica dos Solos da Poli-UFRJ �Traçado de rede de fluxo através de modelos físicos Modelo de percolação em pranchada em escala reduzida Lab. Mecânica dos Solos da Poli-UFRJ �Traçado de rede de fluxo através de modelos físicos Modelo de percolação em pranchada em escala reduzida Lab. Mecânica dos Solos da Poli-UFRJ �Traçado de rede de fluxo através de modelos físicos •Perda de carga ao longo da rede: h= •Dados da rede: ND= NF= •Perda de carga entre equipotenciais: Modelo de percolação sob pranchada em escala reduzida Cargas hidráulicas: 34cm •Perda de carga entre equipotenciais: ∆h= •Ponto J: HTJ= zJ= HPJ= •Ponto K (piezômetro, sobre uma LE): HTK= zK= HPK= u = •Perda de carga ao longo da rede: h=45-34=11cm •Dados da rede: ND=6; NF=3 •Perda de carga entre equipotenciais: Modelo de percolação sob pranchada em escala reduzida Cargas hidráulicas: 34cm •Perda de carga entre equipotenciais: ∆h=h/ND=1,83cm •Ponto J: HTJ=45cm zJ=33cm hPJ=45-33=12cm •Ponto K (piezômetro, sobre uma LE): HTK=HTJ-2·∆h=45-2·1,83=41,34cm zK=11cm hPK=HTK-zK=41,34-11=30,34cm u = hPK x γw = 0,3034 x 10 = 3,03 kPa � Traçado de rede de fluxo através de métodos numéricos → malha de elementos finitos: h Ex: obra de pranchada → Rede de fluxo: hpA = uA/γw hpB = uB/γw h/9 x 3 A partir das condições de contorno e da equação de fluxo [ ], o programa define a direção de fluxo e a carga total (carga altimétrica + carga piezométrica) em cada nó. 02 2 2 2 = ∂ ∂ ⋅+ ∂ ∂ ⋅ z hk x hk zx AzA B Ex: talude (Aguiar, 2008) Nível freático Carga hidráulica total Linhas de fluxo Poropressão Malha de EF � Interpretação de uma rede de fluxo barragem de concreto medidas em cm Relembrando... Informações obtidas a partir do traçado de uma rede de fluxo: � Perda de carga entre equipotenciais: DN hh =∆ � Gradiente hidráulico: lN h l hi D ⋅ = ∆ = Por cada canal de fluxo: � Vazão: b lN hkAikq D ⋅ ⋅ == h LF LE DN hkq =⇒ Como todos os canais tem a mesma vazão: D F F N NhkQNqQ =⇒⋅= l b � Poropressão: � C Vazão total: u =hP .γw hP = H – z ; H = Hi - ∆h.n � Interpretação de uma rede de fluxo barragem de concreto - vazão - gradientes - poropressões Informações obtidas a partir da rede de fluxo: k = 10-4 cm/s Qual a importância de cada um? � Interpretação de uma rede de fluxo medidas em metro Vazão: D F N NhkQ = k = 10-4 cm/s h = k = 10-4 cm/s NF = ND = ⇒ smQQ /105,514 54,1510 366 −− ×=⇒⋅⋅= 15,4m 5 14 � Interpretação de uma rede de fluxo ⇒ k = 10-4 cm/s variável de ponto para ponto da massa de solo constante variável de ponto para pontoGradientes: l h∆ == iaisequipotenc entre distância iaisequipotenc entre carga de perdai � Interpretação de uma rede de fluxo • E6 medidas em metro 3 6 k = 10-4 cm/s Perda de carga entre equipotenciais: ∆h= h/ND = 15,4/14 = 1,1 Em A: Em E: Gradientes: l h∆ == iaisequipotenc entre distância iaisequipotenc entre carga de perdai i = 1,1/6 ⇒ i = 0,18 i = 1,1/3 ⇒ i = 0,37 � Interpretação de uma rede de fluxo Gradientes: Atenção→ Situação crítica na barragem: A distância entre as LE é mínima no sentido contrário à gravidade → imáximo no sentido contrário à gravidade⇒ queda de resistência ⇒ σ’↓ ⇒ “areia movediça” Verificação: → FS (areia movediça) = icrít/i → cálculo de σ’ ao longo do perfil de solo levantamento de fundo junto ao pé de jusante � Interpretação de uma rede de fluxo 13,8m Poropressão: em A HTA? HTA= carga hidráulica total inicial – (perda de carga até A) HTA= (40 +15,4) – (15,4/14)x6 ⇒ HTA= 48,8m hPA? HTA= zA + hPA⇒ hPA= HTA- zA⇒ HPA= 48,8 - 35 ⇒ hPA= 13,8m uA? uA= hPA x γw⇒ uA= 13,8 x 10 = 138 kPa perda de carga entre LE (∆h) x o no. de faixas de perda de carga até o ponto A 20 plano de referência � Interpretação de uma rede de fluxo 2 8 , 8 m 13,8m mesma carga total Poropressão: em B HTB? HTB= HTA→ mesma LE ⇒ HTB= 48,8m hPB? HTB= zB + hPB⇒ hPB= 48,8 - 20 ⇒ hPB= 28,8m uB? uB= hPB x γw⇒ uB= 28,8 x 10 = 288 kPa 20 plano de referência � Interpretação de uma rede de fluxo 2 8 , 8 m 13,8m 9,4m Poropressão: em C HTC? HTC= 55,4 – (15,4/14) x 10 = 55,4 -11 ⇒ HTC= 44,4m hPC? HTC= zC + hPC⇒ hPC= 44,4 - 35 ⇒ hPC= 9,4m uC? uC= hPC x γw⇒ uC= 9,4 x 10 = 94 kPa 20 plano de referência � Interpretação de uma rede de fluxo 1 3 , 8 m 2 8 , 8 m 1 3 , 8 m 9,4m Poropressão: em D HTD? HTD=HTC→ mesma LE ⇒ HTD= 44,4m hPD? HTD= zD + hPD⇒ hPD= 44,4 – 30,6 ⇒ hPD= 13,8m uD? uD= hPD x γw⇒ uD= 13,8 x 10 = 138 kPa 20 plano de referência Cálculo da subpressão Análise comparativa de rede de fluxo na fundação de uma barragem com diferentes D F N NhkQ = - vazão: ⇒ Qc Qb Qa(a) - isaída: ⇒ i i i l hi ∆= = < << diferentes alternativas. (b) (c) ⇒ ic ib ia - Subpressão (resultante da poropressão na base da estrutura): ⇒ Uc Ua Uc Ub << > > • 2hhi ∂ ∂∂∂- O gradiente é 6.3 - Equação diferencial de fluxo yv dy y v v y y ∂ ∂ + xv dx x v v xx ∂ ∂ + dz z v v zz ∂ ∂ + Direção x: - Carga hidráulica no centro do elemento dx, dy, dz: h - Gradiente na direção x (no centro): x hix ∂ ∂ = O fluxo tridimensional num elemento de solo pode ser decomposto nas 3 direções x, y e z: 2 2 x h x h xx ix ∂ ∂ = ∂ ∂ ∂ ∂ = ∂ ∂- O gradiente é variável na direção x: - Na face de entrada tem-se: dydzdx x h x hkqdydzikq xxExExxE ⋅ ⋅ ∂ ∂ − ∂ ∂ ⋅=⇒⋅⋅= 22 2- Na face de saída tem-se: dydzdx x h x hkq xxS ⋅ ⋅ ∂ ∂ + ∂ ∂ ⋅= 22 2 vazão de entrada: dy y vy ∂ + zv =× ∂ ∂ + ∂ ∂ = face) a até centro do (dist. x i x hi xxE vazão de saída: ⋅ ∂ ∂ + ∂ ∂ 22 2 -dx x h x h Direção x: - Diferença entre a vazão de entrada e a vazão de saída na direção na direção x: dydzdxhhkq ⋅ ⋅ ∂ − ∂ ⋅= 2 dydzdx x h x hkq xxS ⋅ ⋅ ∂ ∂ + ∂ ∂ ⋅= 22 2 xExS qq − yv dy y v v y y ∂ ∂ + xv dx x v v xx ∂ ∂ + dz z v v zz ∂ ∂ + • dydzdx x h x hkq xxE ⋅ ⋅ ∂ ∂ − ∂ ∂ ⋅= 22 dxdydz y hkqq yyEyS ⋅∂ ∂ ⋅=− 2 2 ⇒ Direção y: Direção z: dxdydz z hkqq zzEzS ⋅∂ ∂ ⋅=− 2 2 dxdydz x hkqq xxExS ⋅∂ ∂ ⋅=− 2 2 dy y vy ∂ + zv vazão que entra no elemento: zEyExEE qqqQ ++= vazão que sai do elemento: ++= ⇓ yv dy y v v y y ∂ ∂ + xv dx x v v xx ∂ ∂ + dz z v v zz ∂ ∂ + • O fluxo tridimensional num elemento de solo pode ser decomposto nas 3 direções x, y e z: zSySxSS qqqQ ++= )()()( zEzSyEySxExS qqqqqq −+−+− dxdydz z hk y hk x hkQ zyx ⋅ ∂ ∂ ⋅+ ∂ ∂ ⋅+ ∂ ∂ ⋅=∆⇒ 2 2 2 2 2 2 → Equação geral do fluxo tridimensional dy y vy ∂ + zv =− ES QQ dxdydz y hkqq yyEyS ⋅∂ ∂ ⋅=− 2 2 dxdydz z hkqq zzEzS ⋅∂ ∂ ⋅=− 2 2 dxdydz x hkqq xxExS ⋅∂ ∂ ⋅=− 2 2 vazão que entra no elemento: zEyExEE qqqQ ++= Nós estamos estudando o FLUXO ESTACIONÁRIO (QS = QE) ⇓ (não há variação de e e S ao longo do tempo) É IGUAL À yv dy y v v y y ∂ ∂ + xv dx x v v xx ∂ ∂ + dz z v v zz ∂ ∂ + • vazão que sai do elemento: zSySxSS qqqQ ++= É IGUAL À QS – QE =∆Q= 0 02 2 2 2 2 2 = ∂ ∂ ⋅+ ∂ ∂ ⋅+ ∂ ∂ ⋅⇒ z hk y hk x hk zyx Equação do fluxo estacionário tridimensional dy y vy ∂ + zv 02 2 2 2 2 2 =⋅ ∂ ∂ ⋅+ ∂ ∂ ⋅+ ∂ ∂ ⋅=∆⇒ dxdydz z hk y hk x hkQ zyx ⇓ (não há fluxo na direção y) 02 2 2 2 2 2 = ∂ ∂ ⋅+ ∂ ∂ ⋅+ ∂ ∂ ⋅⇒ z hk y hk x hk zyx 22 = ∂ ⋅+ ∂ ⋅⇒ hh yv dy y v v y y ∂ ∂ + xv dx x v v xx ∂ ∂ + dz z v v zz ∂ ∂ + • Nós estamos estudando o FLUXO ESTACIONÁRIO BIDIMENSIONAL 022 = ∂ ∂ ⋅+ ∂ ∂ ⋅⇒ z hk x hk zx 02 2 2 2 = ∂ ∂ + ∂ ∂ z h x h EQUAÇÃO DE LAPLACE → O fluxo estacionário bidimensional em solo isotrópico é expresso pela Equação de Laplace E se o solo for ISOTRÓPICO quanto a k ⇒ ( )zx kk = dy y vy ∂ + zv 6.4 - Fluxo sob condição anisotrópica de permeabilidade ( )zx kk ≠ kx > kz kx = kz ⇒ A dissipação da carga hidráulica passa a ser maior na direção de maior x. 02 2 2 2 = ∂ ∂ ⋅+ ∂ ∂ ⋅⇒ z hk x hk zx O fluxo não é mais regido pela Equação de Laplace. x z T k k xx ⋅= Por quê esse valor? kx > kz transformação do problema considerando kx=kz mas alterando a escala do desenho na direção x para compensar a diferença de permeabilidade nesta direção. x z ⇒ Solução: Traçado de rede de fluxo quando kx > kz : x 02 2 2 2 = ∂ ∂ ⋅+ ∂ ∂ ⋅ z hk x hk zxComo kx > kz , dividindo por kz, tem-se: 02 2 2 2 = ∂ ∂ + ∂ ∂ ⋅ z h x h k k z x Se for considerado: ⇒ z x T k k xx ⋅= 00 2 2 2 2 2 2 2 2 = ∂ ∂ + ∂ ∂ ⇒= ∂ ∂ + ∂⋅ ∂ ⋅ z h x h z h x k k h k k T T z xz x Equação de Laplace com xT : permite utilizar o mesmo procedimento gráfico da construção da rede de fluxo → LE perpendicular a LF. z Equação de Laplace kx > kz x z xT z Procedimento para o traçado de rede de fluxo quando kx ≠ ky : kx > kz x z T k k xx ⋅= Então: 1º. passo: desenha-se a seção transformada onde 2º. passo: traça-se a rede de fluxo para a seção transformada pelos procedimentos normais. z z kx > kz x z xT z Procedimento para o traçado de rede de fluxo quando kx ≠ ky : kx > kz z x T k k xx ⋅= x z T k k xx ⋅= Então: 1º. passo: desenha-se a seção transformada onde 3º. passo: traça-se a rede de fluxo real a partir da seção transformada fazendo 2º. passo: traça-se a rede de fluxo para a seção transformada pelos procedimentos normais. z z kx > kz x z xT z Procedimento para o traçado de rede de fluxo quando kx ≠ ky : kx > kz z x T k k xx ⋅= x z T k k xx ⋅= Então: 1º. passo: desenha-se a seção transformada onde 3º. passo: traça-se a rede de fluxo real a partir da seção transformada fazendo 2º. passo: traça-se a rede de fluxo para a seção transformada pelos procedimentos normais. z z kx > kz - Cálculo de D F N NhkQ = Considerando um elemento da rede com fluxo horizontal: Qual é o k? - Cálculo de i, HT e u Obtenção das informações a partir da rede onde kx > kz : k x z : da mesma forma lT L E L E LF LFL E L E = lT LF LF Tq Vq kx > kz Na seção transformada: Na seção verdadeira: Fazendo qT = qV ⇒ ⇒zxE kkk ⋅= D F E N NhkQ = z x T k k xx ⋅= hkb l hkq E T ET ∆⋅= ∆ = hkk k k hkb k kl hkb l hkq zx z x x z x T x V xV ∆⋅= ∆ ⋅= ∆ ⋅= ∆ = z Exercício: Considere uma obra de pranchada, onde ocorre um fluxo estacionário em meio homogêneo e anisotrópico onde kvertical = 5x10-5 cm/s khorizontal = 45x10-5 cm/s γsat = 18,3 kN/m3 Abaixo estão apresentadas a seção real (condição anisotrópica) e a seção transformada (condição isotrópica). Determine: a) o gradiente no ponto A b) a poropressão no ponto B c) a vazão que percola pelo subsolo (por metro longitudinal de pranchada) Sabe-se que: h = 4,5m z= 1,25m L = 9,5mh = 4,5m z= 1,25m L = 9,5m - vazão que percola num canal da seção real: - vazão que percola num canal da seção transformada: z x T k k xx ⋅= hkkq zxV ∆⋅= hkq ET ∆⋅= NA: nível d’água; NT: nível do terreno