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MEDICINA LEGAL – AULA 06 – TOXICOLOGIA FORENSE Termo relacionado a qualquer aplicação da Toxicologia ou estudo dos agentes tóxicos com a finalidade de elucidar procedimentos legais ou judiciais EX: A pessoa tomou veneno para se suicidar, ou quando alguém dá veneno para a outra pessoa morrer (suicídio). EX: A pessoa estava trabalhando e se intoxicou. 1. AGENTE TÓXICO – XENOBIÓTICO Agente tóxico (xonebiótico) é qualquer substância estranha ao organismo. Se esse xenobiótico faz um dano ao organismo, ele causa intoxicação. 1.1. AÇÃO DA DROGA NO SISTEMA BIOLÓGICO Primeiro temos a absorção por várias vias (oral, muscular, endovenosa, subcutânea). Depois temos a distribuição da droga no organismo e uma biotransformação. Por fim a droga é eliminada do organismo. OBS: Existem drogas que in natura não são tão tóxicas, porém dentro do organismo se tornam. 1.2. TIPOS DE INTOXICAÇÃO Aguda: Questão de minutos ou horas Sub-aguda: Questão de dias Crônica: Questão de anos Muito relacionada ao trabalho. 2. LEGISLAÇÃO Homicídio com veneno é um agravante Meio insidioso ou cruel (Artigo 61 CPP, inciso II, letra d) OBS: Se matar a pessoa a facadas é uma coisa, se matar com veneno é outra. 3. NA NATUREZA JURÍDICA 1. Intoxicações Acidentais 2. Suicídios e homicídios 3. Abuso de drogas 4. Envenenamento judicial Quando usa drogas para matar (locais onde há pena de morte) 5. Armas de guerra 4. TIPOS DE USUÁRIOS DE DROGAS Experimentador Ocasional Habitual ou funcional: Começou a se vincular a droga. Dependente 5. DEPENDÊNCIA QUÍMICA Definida pelo uso/necessidade, tanto física quanto psicológica, de uma substância psicoativa, apesar do conhecimento de seus efeitos prejudiciais à saúde. Há um padrão de auto-administração que, geralmente, resulta em tolerância, abstinência e comportamento compulsivo para consumir a droga. EX: Na tolerância, antes a pessoa fumava um cigarro e se sentia bem, depois começa a precisar de dois, três ou mais para conseguir o mesmo efeito. Dependência Cruzada EX: Uma pessoa que usa cocaína e também acaba ficando dependente do álcool. 5.1. DROGAS PSICOTRÓPICAS – SNC Psicolépticas: Drogas que deprimem o SNC (álcool, barbitúricos, opióides) EX: Uma pessoa que é agitada e toma álcool começa a ficar relaxada. Psicoanalépticas: Drogas que estimulam o SNC (crack, anfetamina) Psicodislépticas: Drogas que perturbam o SNC (maconha, LSD). 6. ALCOOL ETÍLICO Duas fases distintas: Estimulante/depressora Embriaguez Intensidade de acordo com as características pessoais 6.1. FORMAS DE EMBRIAGUEZ Culposa: Imprudência ou negligência de beber com exagero e de não conhecer os efeitos reais do álcool. EX: A pessoa bebe sem saber o que é, ou bebe mais do que pode. Preterdolosa: Não quer o resultado, mas tem ciência de que em estado de embriaguez pode cometer o delito (assume-se o risco de produzir o dano) EX: A pessoa conhece os efeitos do álcool, daquilo que está tomando, e não quer matar, porém sabe dos efeitos do álcool e assume o risco de dirigir embriagada. Fortuita: Ocasional, rara, em momentos especiais. Pode isentar da pena, se for originada em erro compreensível, e não em ação predeterminada ou imprudente. EX: A filha morreu, e o pai sai de carro e acaba batendo. Acidental Por força maior: Influência do meio EX: A pessoa está em uma festa com os amigos e os amigos ficam incitando a beber. Preordenada: Há propósito para adquirir condição psíquica para o ato. EX: A pessoa quer matar alguém, e para ter coragem de matar, se embriaga antes. Habitual: Dependência do álcool Patológica: Manifestações intempestivas e desproporcionais Aqui a pessoa é dependente e ainda tem manifestações desproporcionais dos efeitos do álcool. 6.2. RESPONSABILIDADE NA EMBRIAGUEZ Mantida: Culposa, Preterdolosa, Habitual. Diminuída: Por força maior Isenta Acidental, Patológica *Fortuita pode isentar Agravada: Preordenada 7. LEI N 9503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997 – INSTITUI O CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – A professora não explicou sobre essa parte, ela apenas disse que era para nosso conhecimento. Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência: Infração - gravíssima; Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses. Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo, observado o disposto no § 4o do art. 270 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - do Código de Trânsito Brasileiro. Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses. Art. 276. Qualquer concentração de álcool por litro de sangue ou por litro de ar alveolar sujeita o condutor às penalidades previstas no art. 165. Parágrafo único. O Contran disciplinará as margens de tolerância quando a infração for apurada por meio de aparelho de medição, observada a legislação metrológica. Art. 277. O condutor de veículo automotor envolvido em acidente de trânsito ou que for alvo de fiscalização de trânsito poderá ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro procedimento que, por meios técnicos ou científicos, na forma disciplinada pelo Contran, permita certificar influência de álcool ou outra substância psicoativa que determine dependência. § 1o (Revogado). § 2o A infração prevista no art. 165 também poderá ser caracterizada mediante imagem, vídeo, constatação de sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora ou produção de quaisquer outras provas em direito admitidas. § 3o Serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas estabelecidas no art. 165 deste Código ao condutor que se recusar a se submeter a qualquer dos procedimentos previstos no caput deste artigo. Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência: Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. Parágrafo único. O Poder Executivo federal estipulará a equivalência entre distintos testes de alcoolemia, para efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo. § 1o As condutas previstas no caput serão constatadas por: I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora. § 2o A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos, observado o direito à contraprova. § 3o O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos testes de alcoolemia para efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo. 8. RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 432, 23/1/2013 Dispõe sobre os procedimentos a serem adotados pelas autoridades de trânsito e seus agentes na fiscalização do consumo de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência, para aplicação do disposto nos arts. 165, 276, 277 e 306 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 – Código de Trânsito Brasileiro (CTB) Art. 3º A confirmação da alteração da capacidade psicomotora em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência dar-se-á por meiode, pelo menos, um dos seguintes procedimentos a serem realizados no condutor de veículo automotor: I - Exame de sangue; II - Exames realizados por laboratórios especializados, indicados pelo órgão ou entidade de trânsito competente ou pela Polícia Judiciária, em caso de consumo de outras substâncias psicoativas que determinem dependência; III - Teste em aparelho destinado à medição do teor alcoólico no ar alveolar (etilômetro); IV - Verificação dos sinais que indiquem a alteração da capacidade psicomotora do condutor. § 1º Além do disposto nos incisos deste artigo, também poderão ser utilizados prova testemunhal, imagem, vídeo ou qualquer outro meio de prova em direito admitido. § 2º Nos procedimentos de fiscalização deve-se priorizar a utilização do teste com etilômetro. § 3° Se o condutor apresentar sinais de alteração da capacidade psicomotora na forma do art. 5º ou haja comprovação dessa situação por meio do teste de etilômetro e houver encaminhamento do condutor para a realização do exame de sangue ou exame clínico, não será necessário aguardar o resultado desses exames para fins de autuação administrativa 8.1. DOS SINAIS DE ALTERAÇÃO DA CAPACIDADE PSICOMOTORA Art. 5º Os sinais de alteração da capacidade psicomotora poderão ser verificados por: I - exame clínico com laudo conclusivo e firmado por médico perito; ou II - constatação, pelo agente da Autoridade de Trânsito, dos sinais de alteração da capacidade psicomotora nos termos do Anexo II § 1º Para confirmação da alteração da capacidade psicomotora pelo agente da Autoridade de Trânsito, deverá ser considerado não somente um sinal, mas um conjunto de sinais que comprovem a situação do condutor. § 2º Os sinais de alteração da capacidade psicomotora de que trata o inciso II deverão ser descritos no auto de infração ou em termo específico que contenha as informações mínimas indicadas no Anexo II, o qual deverá acompanhar o auto de infração. 9. RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 432, 23/1/2013 Infração administrativa: Etilômetro: Valor Considerado Para Autuação: 0,05 mg/L; Alcoolemia: Qualquer concentração de álcool/L de sangue Crime: Etilômetro: Valor: 0,34 mg/L / Alcoolemia: 6 dg/L 9.1. DA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA Art. 6º A infração prevista no art. 165 do CTB será caracterizada por: I - exame de sangue que apresente qualquer concentração de álcool por litro de sangue; II - teste de etilômetro com medição realizada igual ou superior a 0,05 miligrama de álcool por litro de ar alveolar expirado (0,05 mg/L), descontado o erro máximo admissível nos termos da "Tabela de Valores Referenciais para Etilômetro" constante no Anexo I; III - sinais de alteração da capacidade psicomotora obtidos na forma do art. 5º. Parágrafo único. Serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas previstas no art. 165 do CTB ao condutor que recusar a se submeter a qualquer um dos procedimentos previstos no art. 3º, sem prejuízo da incidência do crime previsto no art. 306 do CTB caso o condutor apresente os sinais de alteração da capacidade psicomotora 9.2. DO CRIME Art. 7º O crime previsto no art. 306 do CTB será caracterizado por qualquer um dos procedimentos abaixo: I - exame de sangue que apresente resultado igual ou superior a 6 (seis) decigramas de álcool por litro de sangue (6 dg/L); II - teste de etilômetro com medição realizada igual ou superior a 0,34 miligrama de álcool por litro de ar alveolar expirado (0,34 mg/L), descontado o erro máximo admissível nos termos da "Tabela de Valores Referenciais para Etilômetro" constante no Anexo I; III - exames realizados por laboratórios especializados, indicados pelo órgão ou entidade de trânsito competente ou pela Polícia Judiciária, em caso de consumo de outras substâncias psicoativas que determinem dependência; IV - sinais de alteração da capacidade psicomotora obtido na forma do art. 5º. § 1º A ocorrência do crime de que trata o caput não elide a aplicação do disposto no art. 165 do CTB. § 2º Configurado o crime de que trata este artigo, o condutor e testemunhas, se houver, serão encaminhados à Polícia Judiciária, devendo ser acompanhados dos elementos probatórios. 9.3. DISPOSIÇÕES GERAIS – IMPORTANTE!!! Art. 11. É obrigatória a realização do exame de alcoolemia para as vítimas fatais de acidentes de trânsito. 10. SINAIS DE EMBRIAGUEZ – IMPORTANTE!!! Ênfase à avaliação neurológica: A avaliação neurológica nos indivíduos que consumiram bebidas alcoólicas e/ou substâncias psicoativas, fica alterada antes das manifestações psíquicas. Tabelas dos variados autores - correlações dos sinais clínicos de embriaguez alcoólica - uma linha de corte na alcoolemia - sinais coincidentes da embriaguez I - na faixa de 5 a 10 decigramas/L de etanol plasmático - fase de excitação: Euforia ou agressividade Diminuição da atenção Diminuição da concentração Alteração da coordenação motora Dano às funções sensoriais II - na faixa de 10 a 20 decigramas/L de etanol plasmático, fase de estado franco de embriaguez, temos como sinais predominantes ao exame clínico: Fala arrastada Ataxia Sonolência Instabilidade de humor Alteração de memória Perda do juízo crítico 10.1. EMBRIAGUEZ Nota técnica n.º 15/08 do Ministério da Saúde o álcool é eliminado em média a uma velocidade de 0,15 gramas/litro/hora 11. COCAÍNA Estimulante: Prazer e euforia e depois depressão Destruição da mucosa nasal/perfuração do septo nasal, degradação dos dentes, queda dos cabelos, problemas pulmonares e problemas cardiovasculares. Agressividade – violência – crime. Psicose Síndrome de abstinência grave 12. CANABINÓIDES Midríase, congestão conjuntival, taquicardia, perda da noção do tempo e do espaço, diminuição de reflexos, da coordenação motora e da memória, sensação de pavor e isolamento. Fissuras labiais, dedos com manchas escurecidas, hálito de mato queimado. 13. CÁUSTICOS – VENENOS Cáusticos Venenos (v.g. agrotóxicos) Gases tóxicos – asfixiantes químicos Classificação: Estado físico: líquidos, sólidos e gasosos Origem: animal, vegetal, mineral e sintético Funções químicas: Inorgânicos: óxidos, ácidos, bases e sais; Orgânicos: hidrocarbonetos, alcoóis, acetonas e aldeídos, ácidos orgânicos, ésteres, aminas, aminoácidos, carboidratos e alcaloides. Uso: doméstico, agrícola, industrial, etc. Escaras secas: Ácidos Escaras úmidas: Álcalis Vitriolagem: A vítima é ferida por cáustico em um local onde pode desfigurá-la EX: Quando joga ácido no rosto de alguém. Pode ocorrer tanto para escaras secas quanto escaras úmidas. 13.1. TIPOS DE INTOXICAÇÃO Aguda: Questão de minutos ou horas Sub-aguda: Questão de dias Crônica: Questão de anos Muito relacionada ao trabalho. 13.2. INIBIDORES DE ACETILCOLINESTERASE Inibe a enzima que quebra a acetilcolina e assim acumula acetilcolina no corpo, causando síndrome muscarínica, ou nicotínica ou no SNC. Inseticidas Organofosforados e Carbamatos: Síndrome muscarínica Síndrome nicotínica SNC OBS: O chumbinho é um carbamato. Nessa imagem temos uma intoxicação por chumbinho – O tecido está cheio de pontinhos pretos.
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