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Medicina Legal - Aula 06

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MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCÍCIOS 
DELEGADO DE POLICIA/PCCE 
Aula 06 
PROFESSOR GERALDO MIRANDA 
 
 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Geraldo Miranda 2 
 
Divisão Metodológica da Toxicologia (Como Ciência) 
 Toxicologia clínica - Estuda os sintomas e sinais clínicos, visando diagnosticar 
envenenamentos e orientar terapia. 
 Toxicologia profilática - Estuda a poluição da água, terra, ar e alimentos, 
procurando manter e aumentar a segurança para a vida é saúde humana. 
 Toxicologia industrial - Estuda as enfermidades industriais e a insalubridade do 
ambiente de trabalho. 
 Toxicologia analítica - Visa a análise dos produtos tóxicos objetivando 
determinar sua toxicidade, sua concentração tóxica, metabolismo, etc. 
 Toxicologia forense - Estuda os aspectos médico-legais procurando esclarecer a 
“causa-mortis” em intoxicações, visando o esclarecimento a justiça da causa 
das intoxicações. 
Para estudar a toxicologia forense precisamos saber alguns conceitos: 
- AGENTE TÓXICO ou TOXICANTE: Entidade química capaz de causar dano a 
um sistema biológico, alterando uma função ou levando-o à morte, sob certas 
condições de exposição. 
 - VENENO: Agente tóxico que altera ou destrói as funções vitais e, segundo 
alguns autores, é termo para designar substâncias provenientes de animais, 
com função de autodefesa ou predação. 
 - TOXICIDADE: Capacidade inerente e potencial do agente tóxico de provocar 
efeitos nocivos em organismos vivos. O efeito tóxico é geralmente proporcional 
à concentração do agente tóxico a nível do sítio de ação (tecido alvo). 
 - AÇÃO TÓXICA: Maneira pela qual um agente tóxico exerce sua atividade 
sobre as estruturas teciduais. 
- DL 50: (Dose Letal 50%) ou dose letal média de uma substância expressa o 
grau de toxicidade aguda de substâncias químicas. Correspondem às doses que 
provavelmente matam 50% dos animais de um lote utilizados para experiência. 
São valores calculados estatisticamente a partir de dados obtidos 
experimentalmente. Com base nas DL50 de várias substâncias, são 
estabelecidas classes toxicológicas de produtos químicos e farmacológicos, no 
entanto, para se dizer se uma substância é tóxica ou inócua para o ser humano, 
devemos também optar por critérios que avaliem se uma substância oferece 
Risco ou Perigo para um determinado sistema biológico, para um determinado 
indivíduo ou para a saúde pública. 
 - ANTÍDOTO: Agente capaz de antagonizar os efeitos tóxicos de substâncias. 
- EFEITO RESIDUAL - Tempo de permanência da substância nos produtos, no 
solo, ar ou água podendo trazer implicações de ordem toxicológica. 
- INTOXICAÇÃO: É um processo patológico causado por substâncias 
endógenas ou exógenas, caracterizado por desequilíbrio fisiológico, 
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consequente das alterações bioquímicas no organismo. O processo é 
evidenciado por sinais e sintomas ou mediante dados laboratoriais. 
 - INTOXICAÇÃO AGUDA: Decorre de um único contato (dose única- potência 
da droga) ou múltiplos contatos (efeitos cumulativos) com o agente tóxico, num 
período de tempo aproximado de 24 horas. Os efeitos surgem de imediato ou 
no decorrer de alguns dias, no máximo 2 semanas. Estuda a relação 
dose/resposta que conduz ao cálculo da DL50. 
- INTOXICAÇÃO SUB-AGUDA OU SUB-CRÔNICA: Exposições repetidas a 
substâncias químicas – caracteriza estudos de dose/resposta após 
administrações repetidas. 
 - INTOXICAÇÃO CRÔNICA: Resulta efeito tóxico após exposição prolongada 
a doses cumulativas do toxicante ou agente tóxico, num período prolongado, 
geralmente maior de 3 meses a anos. 
- FASES DA INTOXICAÇÃO: O processo de INTOXICAÇÃO pode ser 
desdobrado, para fins didáticos, em quatro fases: 
Fase de Exposição: É a fase em que as superfícies externa ou interna do 
organismo entram em contato com o toxicante. Importante considerar nesta 
fase a via de introdução, a frequência e a duração da exposição, as 
propriedades físico-químicas, assim como a dose ou a concentração do 
xenobiótico e a susceptibilidade individual. 
Fase de Toxicocinética: Inclui todos os processos envolvidos na relação entre 
a disponibilidade química e a concentração do fármaco nos diferente tecidos do 
organismo. Intervêm nesta fase a absorção, a distribuição, o armazenamento, a 
biotransformação e a excreção das substâncias químicas. As propriedades 
físico-químicas dos toxicantes determinam o grau de acesso aos órgãos-alvos, 
assim como a velocidade de sua eliminação do organismo. 
Fase de Toxicodinâmica: Compreende a interação entre as moléculas do 
toxicante e os sítios de ação, específicos ou não, dos órgãos e, 
consequentemente, o aparecimento de desequilíbrio homeostático. 
Fase Clínica: É a fase em que há evidências de sinais e sintomas, ou ainda, 
alterações patológicas detectáveis mediante provas diagnósticas, caracterizando 
os efeitos nocivos provocados pela interação do toxicante com o organismo. 
– INTERAÇÕES ENTRE SUBSTÂNCIAS: A exposição simultânea a várias 
substâncias pode alterar uma série de fatores (absorção, ligação protéica, 
metabolização e excreção) que influem na toxicidade de cada uma delas em 
separado. Assim, a resposta final a tóxicos combinados pode ser maior ou 
menor que a soma dos efeitos de cada um deles, podendo-se ter: 
Efeito Aditivo (efeito final igual à soma dos efeitos de cada um dos agentes 
envolvidos); 
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o armazenamento, a biotransformação e a excreção das substâncias químicas. 
As propriedades físico-químicas dos toxicantes determinam o grau de acesso 
aos órgãos-alvos, assim como a velocidade de sua eliminação do organismo. 
 
 
3) CESPE - 2009 - FUB - Engenheiro de Segurança do Trabalho A via de 
introdução do agente tóxico no organismo, a concentração do xenobiótico e a 
susceptibilidade individual devem ser considerados na fase de exposição. 
 
 
RESPOSTA C. Conforme vimos a fase de exposição: é a fase em que as 
superfícies externa ou interna do organismo entram em contato com o 
toxicante. Importante considerar nesta fase a via de introdução, a frequência e 
a duração da exposição, as propriedades físico-químicas, assim como a dose ou 
a concentração do xenobiótico e a susceptibilidade individual. 
 
 
4) VUNESP - 2010 - CEAGESP - Médico do Trabalho Sobre a relação entre 
uma substância química e o organismo, com base nos conceitos da Toxicologia 
Ocupacional, é correto afirmar: 
A) quanto maior a dose, menor será o efeito. 
B) quanto maior o tempo de exposição, menor será o efeito. 
C) toda e qualquer substância química presente no ambiente de trabalho, a 
priori, já significa risco. 
D) uma intoxicação pressupõe a ocorrência de um processo patológico. 
E) a absorção pelo organismo de uma determinada substância química 
independe da forma como ela é manuseada. 
 
RESPOSTA D. Apesar dessa questão ser de Toxicologia Ocupacional vamos 
resolver pois é uma questão da VUNESP. 
A) ERRADO. Quanto maior a dose, menor maior será o efeito. 
B) ERRADO. Quanto maior o tempo de exposição, menor maior será o efeito. 
C) ERRADO. Dizer que TODA substância química no ambiente de trabalho já 
significa risco foi um exagero. 
D) CORRETO. O tóxico altera o processo fisiológico do organismo para um 
quadro patológico. 
E) ERRADO. A absorção pelo organismo de uma determinada substância 
química independe depende da forma como ela é manuseada. 
 
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5) FGV - 2011 - PC-RJ - Perito Legista - Toxicologia Em relação às bases 
conceituais da Toxicologia, assinale a afirmativa correta. 
A) A Toxicologia investiga aspectos legais decorrentes dos danos orgânicos 
causados por agentes biológicos. 
B) A Toxicologia estuda a relação entre o agente químico e a reação tóxica 
causada por este agente no organismo. 
C) A Toxicologia não estuda possíveis interações tóxicas dos medicamentos com 
o organismo vivo. 
D) A Toxicologia estabelece qua a dose letal média (DL50) elevada de um 
agente químico é indício de alta toxicidade, portanto, insegura para o 
organismo. 
E) A Toxicologia estabelece que o antídoto é necessariamente provido de 
atividade biológica intrínseca. 
 
RESPOSTA B. 
A) ERRADO. A toxicologia estuda os agentes químicos, não os biológicos. 
B) CORRETO. 
C) ERRADO. Isso é um dos objetos de estudo da toxicologia. 
D) ERRADO. Pelo contrário. Se a dose letal média é alta significa que vou 
precisar de altas doses para matar 50% dos animais do experimento, então o 
tóxico tem baixa toxicidade. 
E) ERRADO. O “necessariamente” deixou a assertiva incorreta. 
 
2. TOXICOLOGIA FORENSE 
 
Até a século XX, a toxicologia forense limitava-se a estabelecer a relação 
tóxica com um determinado crime. O toxicologista atuava diretamente no 
cadáver com a mera intenção da pesquisa e identificação da substância em 
questão. Atualmente o campo de ação desta ciência é mais vasto, estendendo-
se desde as perícias nos indivíduos vivos e nos cadáveres até circunstâncias de 
saúde pública. No caso das pessoas vivas estes exames têm, sobretudo, a ver 
com perícias toxicológicas para rastreio e confirmação do abuso de drogas 
caracterizando um estado de dependência química e psíquica. 
Na toxicologia forense, o principal objetivo é detectar e quantificar 
substâncias tóxicas. Contudo, a atividade do toxicologista forense aplica-se a 
situações com questões judiciais subjacentes para as quais importa reconhecer, 
identificar e quantificar o risco relativo da exposição humana a tais agentes 
tóxicos. Como tal, aproveita conhecimentos alcançados em praticamente todas 
as áreas da toxicologia moderna. 
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• A Toxicologia Forense é a ciência que estuda os efeitos nocivos das 
substâncias químicas no mundo vivo; 
• É multidisciplinar, pois engloba conhecimentos de Farmacologia, Bioquímica, 
Química, Fisiologia, Genética e Patologia, entre outras; 
• Esta ciência identifica e quantifica os efeitos prejudiciais associados a 
produtos tóxicos, ou seja, qualquer substância que pode provocar danos ou 
produzir alterações no equilíbrio biológico; 
• A toxicologia forense tem, como principal objetivo, a detecção e identificação 
de substâncias tóxicas, em geral, no seguimento de solicitações processuais de 
investigação criminal por parte dos diversos organismos; 
• Desta maneira, é possível obter pistas relativamente a envenenamentos, 
intoxicações, uso de drogas, entre outros. É a partir desta área que, muitas 
vezes, é descoberta qual a causa da morte do indivíduo em questão e, se o 
causador o fez involuntariamente ou por algum motivo . 
 
6) FGV - 2011 - PC-RJ - PERITO LEGISTA - TOXICOLOGIA Assinale a 
alternativa que completa o fragmento a seguir: 
A Toxicologia Forense estuda _____ 
A) os mecanismos das intoxicações. 
B) a classificação química dos venenos. 
C) as reações tóxicas e os venenos causadores destas reações. 
D) o mecanismo da morte causada pelos agentes biológicos. 
E) os processos de degradação orgânica após a morte do indivíduo. 
 
RESPOSTA C. A questão deu em outras palavras o objeto da toxicologia forense 
que eu defini acima “a Toxicologia Forense é a ciência que estuda os efeitos 
nocivos das substâncias químicas no mundo vivo” 
 
 
Existe uma grande variedade de amostras que podem ser analisadas em 
toxicologia forense, tais como órgãos colhidos na autópsia, fluídos biológicos 
obtidos do cadáver ou do vivo, produtos orgânicos e inorgânicos suspeitos 
(líquidos, sólidos, vegetais, etc.). Conforme a especificidade do caso e o tipo de 
análise pretendida, são realizadas a seleção e colheita das amostras mais 
adequadas. A estas não pode ser adicionado qualquer preservante ou 
conservante, devendo o seu acondicionamento e remessa obedecer a critérios 
de garantia da cadeia de custódia, passos fundamentais à preservação da prova 
e correta realização da perícia. Assim, na conservação das amostras devem ser 
eliminados todo e quaisquer fatores de contaminação e, para o seu 
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acondicionamento deve-se atender às condições de luz, umidade e calor - 
fontes prováveis de reações de oxidação ou hidrólise que podem acelerar a 
decomposição da maioria dos xenobióticos. Essa fase é chamada pré-analítica 
(coleta, identificação e transporte da amostra). Para a realização dos exames 
toxicológicos as amostras podem ser: 
- sangue: uma dos materiais mais importantes em uma análise 
toxicológica, uma vez que os valores de referência disponíveis (níveis 
terapêuticos, tóxicos, etc) é obtido nesse fluido biológico. No caso do indivíduo 
morto são inúmeros os locais de coleta. A retirada de sangue da cavidade 
cardíaca tem a vantagem de permitir a coleta de grande quantidade e a 
desvantagem de ser uma amostra heterogênea. Por exemplo, a coleta de 
sangue cardíaco a partir do ventrículo direito com o uso de seringa acaba 
drenando sangue pulmonar, da veia cava inferior e do fígado. Uma vantagem 
para contornar isso é coleta de sangue da veia femoral. 
- fígado: considerado a melhor matriz depois do sangue. Particularmente 
útil quando a coleta de sangue não é possível, o que pode ocorrer em virtude 
de um estado de decomposição mais avançado, da ação do fogo ou de uma 
perda intensa de sangue. 
- urina: por ser uma matriz de composição simples, a urina é 
relativamente fácil de analisar. Entretanto apresenta valor interpretativo muito 
pobre quando não analisada em conjunto com outros tipos de amostras, já que 
as concentrações urinárias de uma substância variam enormemente em função 
de fatores como desidratação, ingestão de água, pH da urina e taxa de 
metabolismo. Além disso a excreção da maioria das substâncias se dá 
essencialmente através de metabólitos, os quais muitas vezes não são 
exclusivos de uma única substância, podendo ser produtos de biotransformação 
comuns a outros compostos do mesmo grupo. 
- estômago e conteúdo gástrico: várias substâncias são administradas via 
oral, o que justifica que a coleta e a análise do estômago e de seu conteúdo 
sejam rotina para casos post mortem. 
- outras amostras: o cérebro por ser o alvo de ação de inúmeros tóxicos e 
sua posição afastada o torna menos propenso ao fenômeno de difusão post 
mortem. Entretanto, seu uso ainda é limitado pelo fato de poder haver variação 
considerável de uma dada substância entre as diferentes regiões cerebrais e 
ainda haver poucos estudos sobre essas concentrações. Os pulmões são órgãos 
cuja análise pode ser interessante para a detecção de substâncias inaladas. Já 
os rins e a bile podem ser interessantes para a detecção de metabólitos. 
É importante saber que a putrefação do corpo degrada substâncias de 
interesse toxicológico tanto pela ação de fatores ambientais, como temperatura 
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e umidade quanto pelos microorganismos. O uso de humor vítreo é altamente 
recomendadonesses casos, tendo em vista que tem um comportamento bem 
isolado e, portanto, menos suscetível a tais alterações. 
 
7) FUNCAB/MEDICO LEGISTA/PCES/ 2013 Havendo suspeita de morte 
relacionada com a presença de compostos químicos lesivos ao organismo, deve-
se realizar o exame toxicológico. Nesses casos, a coleta do sangue deverá ser 
feita: 
A) nas cavidades cardíacas. 
B) nas veias femorais. 
C) na bexiga. 
D) no estômago. 
E) na veia cava inferior. 
 
 
RESPOSTA B. A vantagem do sangue coletado nesse local é sua posição 
afastada da cavidade toracoabdominal, estando, portanto, menos sujeito aos 
problemas de redistribuição e difusão post mortem. A desvantagem é a 
limitação da quantidade de material. 
 
 
O exame toxicológico deve ser capaz de detectar qualquer substância 
química exógena presente no material objeto da perícia. O fato de existir um 
elevado número de substâncias potencialmente tóxicas constitui uma limitação 
importante na realização destas perícias, pelo fato de que a maior parte dos 
laboratórios dirigem a sua investigação na procura daqueles que, segundo a 
casuística da respectiva área de atividade, estão implicados na maior parte dos 
casos. Para a seleção dos tóxicos a serem pesquisados, é fundamental a 
informação sobre o evento (policial, clínico, familiar) e a descrição dos achados 
da autópsia, uma vez que cada caso tem as suas próprias particularidades. 
 Quando amostras de fluidos ou tecidos biológicos são retiradas de uma 
pessoa à qual certamente foi administrada uma substância, a presença ou 
ausência da substância em uma dada amostra, bem como sua concentração, 
vai de depender da fase cinética em que a substância se encontrava no 
momento da amostragem. 
As metodologias de investigação passam por uma série de fases: rastreio, 
confirmação, quantificação e interpretação. Iniciam-se por um teste geral (que 
detecta um grande número de substâncias, permitindo fazer uma triagem de 
casos negativos) e, só numa fase posterior se recorre aos métodos de 
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confirmação (que permitem confirmar a presença de substância suspeita, bem 
como identificá-la e/ou quantificá-la). As técnicas de análise toxicológica variam 
desde os clássicos métodos não instrumentais, tais como reações volumétricas 
ou colorimétricas, até outros mais sofisticados para os quais se recorre à 
tecnologia apropriada, simples ou acoplada, como as técnicas 
espectrofotométricas (ex: espectrofotometria de absorção molecular - UV-Vis, 
de infra-vermelhos - IR ou de absorção atómica - AAS), cromatográficas (ex: 
cromatografia gasosa – GC e cromatografia líquida de alta eficiência - HPLC), 
imunoquímicas (ex: Elisa, imunoensaios com fluorescência polarizada – FPIA ou 
radioimunoensaio - RIA), e de espectrometria de massas – MS. 
 
3. DROGAS PSICOTRÓPICAS ou PSICOATIVAS 
Essas substâncias têm ação no Sistema Nervoso Central - SNC, 
interferindo na capacidade de pensamento, análise, abstração, julgamento e 
nas ações. Alguns tipos de drogas, depois de repetidas administrações, levam a 
um efeito chamado tolerância (estado de resposta reduzida a um efeito de 
uma substância) que com o tempo o usuário é levado a duas situações: 
1 - Aumenta a quantidade da droga ou aumenta o número de doses para obter 
o mesmo efeito ou; 
2 - Muda para uma substância mais forte, a fim de continuar mantendo os 
mesmos níveis de prazer. 
Em ambos os casos, reside o perigo da overdose ou superdose, ou seja, 
uma administração da droga muito forte para o organismo, cuja consequência 
pode levar o indivíduo à morte. De qualquer forma, algumas drogas causam a 
dependência física no organismo, que se ajusta à presença da droga a qual 
passa ser necessária para que ele funcione normalmente. Surgem assim, os 
transtornos de ordem fisiológica. Sem a droga, o indivíduo poderá apresentar 
crises ou a Síndrome de abstinência. Se o dependente ficar sem tomar a droga 
poderá sofrer calafrios, cãibras, sudorese, taquicardia, cefaléia entre vários 
outros sintomas. 
Em quaisquer casos é ativado o sistema de recompensa do cérebro e a 
quantidade de dopamina (neurotransmissor ligado ao prazer) aumenta no 
centro do sistema do sistema nervoso central. Como resultado a dopamina 
chega a ser dez vezes maior que a produzida por prazeres cotidianos, levando 
ao êxtase. Diante dessa ativação, o sistema de recompensa reage e diminui a 
sua sensibilidade. A partir daí, para conseguir o mesmo prazer inicial, o usuário 
tem de consumir cada vez mais. 
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O termo "vício" é muito aplicado para casos de dependência de drogas, 
que se caracteriza por um desejo obsessivo, tolerância e síndrome de 
abstinência que também se aplica para comportamentos compulsivos. 
 
3.1 Dependência física 
Consiste na necessidade presente ao nível fisiológico, o que torna 
impossível a suspensão brusca das drogas. Essa suspensão acarretaria a 
chamada crise da "abstinência". A dependência física é o resultado da 
adaptação do organismo, independente da vontade do indivíduo. A dependência 
física e a tolerância podem se manifestar isoladamente ou associadas, 
somando-se à dependência psicológica. A suspensão da droga provoca 
múltiplas alterações somáticas, causando a dramática situação do "delirium 
tremens". Isto significa que o corpo não suporta a síndrome da abstinência 
entrando em estado de pânico. Sob os efeitos físicos da droga, o organismo não 
tem um bom desenvolvimento físico e funcional. 
 
3.2 Dependência psicológica 
O indivíduo é dominado por uma forte vontade, quase incontrolável, de 
administrar a droga à qual se habituou. Existe um impulso psicológico forte 
(compulsão) para o uso contínuo da droga. Em estado de dependência 
psicológica, o indivíduo sente um impulso irrefreável, tem que fazer uso das 
drogas a fim de evitar o mal-estar. A dependência psicológica indica a 
existência de alterações psíquicas que favorece a aquisição do hábito. O hábito 
é um dos aspectos importantes a ser considerado na toxicomania, pois a 
dependência psíquica e a tolerância significam que a dose deverá ser ainda 
aumentada para se obter os efeitos desejados. Em estado de dependência 
psíquica, o desejo de tomar outra dose ou de se aplicar, transforma-se em 
necessidade, que se não satisfeita, leva o indivíduo a um profundo estado de 
angústia (estado depressivo). Esse fenômeno não deverá ser atribuído apenas 
as drogas que causam dependência psicológica. O estado de angústia, por falta 
ou privação da droga é comum em quase todos os dependentes e viciados. 
 
3.3 Sintomatologia e identificação de Dependência: 
1 - forte desejo ou compulsão para consumir a substância; 
2 - dificuldade no controle de consumir a substância em termos do seu início, 
término ou níveis de consumo; 
3 - estado de abstinência fisiológica quando o uso cessou ou foi reduzido 
(sintomas de abstinência ou uso da substância para aliviá-los); 
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4 - evidência de tolerância, de tal forma que doses crescentes da substância 
psicoativa são requeridas para alcançar efeitos originalmente produzidos por 
doses mais baixas; 
5 - abandono progressivo de prazeres ou interesses alternativos em favor do 
uso da substância psicoativa, aumento do tempo necessário para obter ou 
tomar a substância psicoativa ou para se recuperar dos seus efeitos; 
6 - persistência no uso da substância, a despeito de evidênciaclara de 
consequências manifestamente nocivas, tais como dano ao fígado por excesso 
de álcool, depressão consequente ao período de consumo excessivo da 
substância ou comprometimento cognitivo relacionado à droga. 
 
3.4 Classificação 
 De acordo com os efeitos produzidos no Sistema Nervoso Central - SNC, 
as drogas podem ser classificadas em três categorias: 
1 - Depressoras chamadas de psicolépticos; 
2 - Estimulantes tidas como psicoanalépticos e; 
3 - Perturbadoras ou psicodislépticos. 
 
PSICOLÉPTICAS (Depressoras): diminuem a atividade cerebral, alterando a 
quantidade das respostas funcionais e reflexos. Sob seu efeito, o Sistema 
Nervoso Central trabalha mais lentamente e as reações do usuário são de 
lentidão, sonolência, apatia, falta de coordenação motora, dificuldade de 
concentração e perda de memória. Estes tipos de drogas podem atuar sobre o 
estado de vigília (noolépticos), onde ficam incluídos os hipnóticos (soníferos), 
barbitúricos ou não; ou sobre o humor (timolépticos), subgrupo em que se 
incluem os neurolépticos (fenotiazina, reserpínicos e butirofenonas) e os 
tranquilizantes (meprobamato, diazepínicos). São eles o álcool, alguns 
hipnóticos que combatem a insônia, barbitúricos (Gardenal), não-barbitúricos 
(Mogadon, Dalmadorm, Dormonid, Sonebon), ansiolíticos que são calmantes 
que diminuem a ansiedade, narcóticos ou hipnoanalgésicos que apresentam 
três propriedades farmacológicas fundamentais: aliviar a dor, produzir hipnose 
e induzir à dependência. Neste grupo inclui-se os opiáceos naturais (morfina e 
codeína), os opiáceos semi-sintéticos (heroína) e os opiáceos sintéticos 
(Metadona) bem como solventes (cola de sapateiro, benzina, acetona). 
 
PSICOANALÉPTICOS (Estimulantes): são drogas que aumentam a atividade 
do Sistema Nervoso Central, alterando-o quantitativamente sua funcionalidade. 
Sob seus efeitos o usuário se sente com muita energia, disposição, pois estas 
drogas afastam o cansaço e a fome. Daí serem muito empregadas nas drogas 
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moderadoras de apetite. Produzem aumento da atividade cerebral, diminuem a 
fadiga, aumentam a percepção ficando os demais sentidos ativados. Exemplos 
dessas categoria são a cocaína, crack, cafeína, teobromina, MDMA ou ecstasy, 
anfetaminas (bolinha, arrebite) etc. 
 
PSICODISLEPTICOS (Perturbadores ou Alucinógenos): são drogas que 
agem modificando a qualidade da atividade cerebral, levando o usuário a 
alteração de sua percepcão, podendo ocorrer confusão mental, delírios, 
alucinações, despersonalização, distorção do tempo e do espaço. Tais drogas 
tem por característica principal a despersonalização em maior ou menor grau. A 
maconha (THC), o skunk, psilocibina e chá de cogumelo são alguns dos 
exemplos, além de plantas alucinógenas como o cacto chamado peyote, cujo 
princípio ativo é a mescalina, o chá-de-lírio (atropina - beladona), o cogumelo 
(espécie de fungo que parasita excremento de animais - DMT), o LSD-25 (ácido 
lisérgico) conhecido vulgarmente “doce”, anticolinérgicos (como Artane® e o 
Bentil®). 
 
4. TOXICOFILIAS 
 
 A OMS definiu toxicomania ou toxicofilia “como um estado de intoxicação 
periódica ou crônica, nociva ao indivíduo ou à sociedade, produzida pela 
repetido consumo de uma droga natural ou sintética”. As principais substâncias 
utilizadas pelos viciados são: 
 
COCAÍNA E CRACK – é um alcalóide de ação estimulante, impedindo a 
reabsorção da dopamina liberada no núcleo acumbente em uma situação de 
prazer. A droga bloqueia o processo de reciclagem da dopamina pelos neurônios 
aumentando sua duração e seus efeitos nas sinapses, o que leva à sensação de 
euforia característica da droga. O uso continuado danifica os neurônios e pode 
levar à redução dos efeitos da dopamina, provocando depressão e 
agressividade. A substância e princípio ativo natural é extraído da folha de coca 
(Erythroxylon coca) e traz a sensação de intensa euforia e poder. Se usada 
intensamente leva a uma sensação de cansaço e ansiedade, causando dilatação 
das pupilas e taquicardia, com o aumento das doses pode provocar 
irritabilidade, delírios e alucinações e a “psicose cocaínica”, bem como 
convulsões. Costuma ser injetada, cheirada (forma mais comum) ou fumada 
(pasta base da coca, também conhecida como crack que tem efeitos 
semelhantes ao pó, mas sentidos mais rapidamente). 
 
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MERLA – opção mais barata do crack, obtida a partir da pasta de coca. Seu uso 
é através de cigarros ou cachimbos, misturados com fumo ou puro. Os efeitos 
duram cerca de 15 minutos e sua sensação a princípio é de bem-estar e leveza, 
depois segue-se uma sensação desagradável e de inquietação, deixando o 
indivíduo agitado e nervoso. 
 
MACONHA - Erva cujo nome científico é Cannabis sativa (cânhamo), cujo 
princípio ativo é o delta-9-tetrahidrocanabinol (THC). A maior concentração do 
princípio ativo THC (Tetrahidrocanabinol) é encontrada na época da floração. 
Essa substância traz a sensação de bem-estar, relaxamento e vontade de rir, 
mas pode causar angústia no usuário, bem como a perda da capacidade de 
calcular tempo e espaço e prejuízo da memória e da atenção. Os olhos ficam 
avermelhados, a boca fica seca e o coração dispara e, com o uso continuado 
leva a problemas respiratórios (bronquites) e pode causar infertilidade no 
homem. A maconha é fumada em forma de cigarro (“fininho”) com o auxílio ou 
não de uma espécie de piteira conhecida como “marica”. “Skunk” é maconha 
cultivada em estufas especiais e que possui alta concentração de THC. 
 
HAXIXE: É uma resina viscosa retirada da inflorescência da “Cannabis sativa 
D”. Existem diferentes tipos de haxixe segundo sua origem (o libanês é 
vermelho, o turco é marrom, o afegão é quase negro). Encontrado como pasta 
compacta, dura, em bolas, em pó e líquida. Sua utilização mais comum é 
fumada, podendo porém, mais dificilmente ser inalada (vapores). 
 
 ANFETAMINAS - Conhecidas como “bolinhas” ou “rebites”, são drogas 
sintéticas estimulantes que provocam insônia, perda de apetite e a sensação de 
plena energia, o que faz com que o usuário fale mais rápido que o habitual. 
Ocorre a dilatação das pupilas (midríase), bem como o aumento do número de 
batimentos cardíacos (taquicardia) e podem causar degeneração de células do 
cérebro. 
 
ECSTASY OU MDMA - É uma anfetamina modificada, mas não age como uma, 
porque libera dopamina diretamente no núcleo acumbente cerebral, sem 
reabsorvê-la. Como a cocaína, impede a reabsorção da dopamina e essa ação é 
tão duradoura que o prazer pode se prolongar por horas. A droga age também 
em vários outros lugares do sistema límbico, inclusive o hipotálamo, que regula 
funções vitais. Como efeitos colaterais incluem-se taquicardia, hipertensão, 
convulsões, trombose, hemorragia cerebral, hipertermia (elevação da 
temperatura corporal acima de 40ºC), boca seca, muita sede, diminuição de 
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apetite, atenção dispersa, episódio de pânico, irritabilidade, ansiedade que 
podem levar à morte súbita. 
 
SOLVENTES INDUSTRIAIS: São líquidos e substâncias que contém 
compostos utilizados geralmente pelas crianças e adolescentes, para terem a 
sensação de “tonteira”; sendo que os mais encontrados são o thiner, éter, 
clorofórmio, benzeno, xileno, tolueno, acetona, colas (de madeira, de sapateiro, 
etc.). São utilizados diretamente de seus recipientesou em pedaços de panos, 
sacos plásticos, etc. Seus efeitos são rápidos (segundos a minutos), contudo de 
pouca duração (de 15 a 40 minutos), o que torna a estimulação inicial, seguida 
de depressão e até alucinação. Solventes contidos na cola de sapateiro podem 
causar lesões na medula, nos rins, no fígado e nos nervos periféricos (os 
usuários andam com dificuldade). 
 
COGUMELOS - Alucinógenos naturais consumidos sob a forma de chá induzem 
quem os consome a alucinações e delírios. Sob seus efeitos, os sons incomuns 
são percebidos e as cores ficam mais brilhantes, ocorre a dilatação das pupilas, 
suor excessivo, taquicardia, náuseas e vômitos. 
 
LSD-25 - São as iniciais que designam a Dietilamida do ácido lisérgico que é 
uma substância alucinógena sintetizada em laboratório (a partir da substância 
produzida pelo fungo conhecido como “esporão do centeio”). Causa distorções 
perceptivas nas cores, formas e contornos, provocando fusão dos sentidos 
(cinestesia) na qual os sons parecem adquirir formas que ficam coloridas. A 
noção de tempo e espaço é perdida. O LSD-25 tem poucos efeitos no corpo: o 
pulso pode ficar mais rápido, as pupilas dilatarem e a pessoa sentir excitação. 
Interessante desta droga é que pode causar “flashback”, ou seja, seus efeitos 
podem ser sentidos semanas depois dela ter sido consumida. Na forma de 
pontos (microgramas da droga) ou selo (papel seco geralmente estampado que 
foi embebido pela droga) seu consumo se dá pela dissolvição do micro-ponto na 
boca. 
 
OPIÁCEOS E OPIÓIDES - Ópio, morfina e heroína ativam diretamente os 
receptores das endorfinas (opióides do próprio corpo) no núcleo acumbente. A 
função delas normalmente é regular o teor final de dopamina no sistema 
nervoso central. Com a ação dessas drogas, a produção de dopamina se eleva o 
que traz a sensações de euforia e bem-estar. O ópio (Papaver somniferum) é 
um suco resinoso extraído da flor da papoula, possuindo mais de vinte e cinco 
alcalóides (p.e.: Morfina, Narcotina, Papaverina, Codeina, Tebaina, Neconina, 
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etc.). É utilizado de várias maneiras (fumado, em pílulas, injetável e como 
supositório). Produz alterações físico-sensoriais, visões e alucinações além de 
envelhecimento precoce e alterações sexuais. 
 Morfina: É solúvel em água e álcool. Seus efeitos são a ansiedade, anomalias 
do caráter, mitomania (mania de mentir), diminuição sensorial, perda do pudor, 
hepatite, lesões cerebrais (por embolia), etc. É um dos mais potentes 
analgésicos naturais. 
 Heroína (Diacetil-morfina): É uma substância depressora seminatural, obtida 
através da mistura de morfina e ácido acético, apresentado em forma de pó 
branco, cinza ou castanho; solúvel e cinco vezes mais potente que a morfina; 
sendo mais forte que a morfina quanto à dependência e inferior quanto a ação 
analgésica. Utilizada inalada ou injetável. Produz as mesmas ações 
(potencializadas) que a Morfina. Atuando sobre o sistema nervoso central, a 
droga aumenta o sono e diminui a dor, provocando um estado de torpor e 
calmaria, onde a realidade e fantasia se misturam. Ocorre a contração das 
pupilas (miose), paralisia eventual do estômago e vômitos. Como consequência, 
episódios de depressão respiratória e cardíaca podem levar o usuário ao estado 
de coma. Seu uso se dá através de injeção, fumada e cheirada. Existem 
medicamentos que são derivados da morfina (opióides), como o láudano de 
Sydenhan, elixir paregórico, xaropes e outros. 
 
INSETICIDAS CLORADOS: São substâncias que caracterizam-se pela ação 
crônica nos organismos, longa persistência e efeito residual no ambiente, com 
grande solubilidade em lipídeos onde se armazenam nos organismos, causam 
sérias lesões hepáticas e renais, atuando principalmente sobre o sistema 
nervoso central e no de defesa do organismo. Os sintomas gerais apresentados 
são: dilatação da pupila e fotofobia; pálpebras trêmulas; dores de cabeça, 
cefaléia, alucinações; intumescimento da língua; agressividade; convulsões e 
coma; se forem absorvidos por inalação apresentam tosse e edema pulmonar; 
por ingestão cólicas e diarréia; por via dérmica dermatites. 
 
INSETICIDAS FOSFORADOS: São ésteres do ácido fosfórico e seus derivados, 
constituem substâncias químicas que atuam bloqueando ou inibindo a 
colinesterase. Os efeitos são de maneira geral os seguintes: espasmos 
intestinais; estimulação das glândulas salivares e lacrimais e convulsões. Os 
sintomas gerais apresentados são: redução do diâmetro das pupilas; 
lacrimejamento e rinite aguada; sudação intensa; vômito e tonturas; dores 
musculares e caibras; pressão arterial instável; confusão mental, cólicas e 
diarréias, o aparecimento dos sintomas de intoxicação ocorre, em média, nas 
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primeiras doze horas; a morte ocorre geralmente nas primeiras 48 horas; a 
recuperação normalmente é completa se não ocorre falta de oxigenação no 
cérebro. 
 
PIRETRO E PIRETRÓIDES: O piretro é um produto de origem vegetal, 
extraído da flor do Chrysanthemum cinerariefolium, tem basicamente dois 
grupos de princípios ativos as piretrinas e cinerinas. Estas substâncias são 
pouco tóxicas por via inalatória. Por ingestão, oferecem algum risco, porém são 
rapidamente excretadas pela urina. Podem exercer irritações de pele 
dependendo da sensibilidade de cada pessoa. Pessoas mais sensíveis podem 
apresentar dores abdominais, naúseas, vômitos e algumas vezes diarréias. Em 
casos de ingestão principalmente por crianças ocorre cefaléia, incoordenação 
motora, excitação, convulsões e morte por paralisia respiratória. Os principais 
sintomas destes produtos são: dermatites e conjuntivites; parestesias 
periorbitais e labial; espirros, desânimo, tosse, febre, secreção nasal cerosa e 
obstrução nasal; eritema leve; reações de hipersensibilidade; broncoespasmos; 
excitação dos sistema nervoso; convulsão. 
 
8) FUMARC/MEDICO LEGISTA/PCMG 2013 É correto o que se afirma, 
EXCETO em: 
A) Merla é obtida a partir da pasta de coca. 
B) A cola é constituída de hidrocarbonetos de efeitos muito rápidos sobre o 
sistema nervoso, embora de pouca duração. 
C) O ópio é extraído da papoula papaver somniferum e é consumido sob a 
forma de cigarros; trata-se de produto muito usado no Brasil. 
D) O crack tem um efeito muito semelhante ao da cocaína, entretanto 
percebido mais rapidamente e com maior poder de viciar e produzir danos. 
 
 
RESPOSTA C. O erro da assertiva está no final. O processo de obtenção e 
industrialização do ópio é muito difícil, por isso é um tóxico pouquíssimo usado 
no Brasil. 
 
9) FUMARC/MEDICO LEGISTA/PCMG 2013 É correto o que se afirma, 
EXCETO em: 
A) Cola pode levar à euforia e a alucinações. 
B) Anfetaminas são usadas para evitar a sonolência, para desinibir, para 
euforizar. 
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C) Oxi é consumida pela queima das pedras em cachimbos ou cigarros, bem 
como aspirada em pó. 
D) Oxi é droga sintética, consumida em cápsulas, de custo elevado, que causa 
pouca agressão ao sistema nervoso central. 
 
RESPOSTA D. Oxidado, crack oxidado ou oxi é um tipo de droga derivada 
da cocaína de uso altamente viciante. Trata-se de uma mistura de base livre de 
cocaína oxidada, cerca de 80% da composição da droga, e combustível, entre 
eles, os de uso principal, o querosene, gasolina e diesel com cal ou 
permanganato de potássio. Suapotência é avaliada em cinco vezes maior que a 
do crack. No entanto, a droga não possui uma composição característica, pois é 
fabricada de acordo com receitas caseiras. A droga é conhecida por ter efeito 
muito mais devastador se comparado a outras substâncias utilizadas no Brasil. 
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Oxidado 
 
10) CESPE / Perito Criminal Federal (área 12) Medicina/PF 2013 Caso o 
exame toxicológico de um indivíduo seja positivo para a substância 
tetraidrocanabinol, será correto concluir que esse indivíduo fez uso de crack ou 
de outro tipo de substância do grupo da cocaína. 
 
RESPOSTA E. Tetrahidrocanabinol (THC) é o princípio ativo da maconha. 
 
 
5. ÁLCOOL 
 Devido a sua importância, vamos estudar o álcool separadamente. 
Inicalmente é preciso diferenciar embriaguez alcoólica, alcolismo e alcoolemia. 
Embriaguez alcoólica é o conjunto de manifestações neuropsicossomáticas 
resultantes da intoxicação etílica aguda, de caráter episódico e passageiro. Já o 
alcoolismo é uma síndrome psico-orgânica, caracterizada por um elenco de 
perturbações resultantes do uso imoderado do álcool e de caráter crônico. E 
alcoolemia é o resultado da dosagem de álcool etílico na circulação sanguínea. 
Dessa forma, a embriaguez é um estágio, a alcoolemia uma taxa e o 
alcoolismo, um estado. 
O álcool age na origem das fibras dopaminérgicas que chegam numa área 
no meio do cérebro chamada área tegmental ventral (começo do circuito de 
prazer). O álcool ativa diretamente os neurônios do VTA, que passam a liberar 
mais dopamina sobre o NAc. O resultado, mais uma vez, é o aumento da 
concentração de dopamina no NAc. O uso prolongado prejudica a estrutura dos 
neurônios e afeta a comunicação entre eles. 
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Agindo sobre o sistema nervoso central, o álcool é um poderoso 
depressor, cujas consequências são mudanças psíquicas, com distúrbios 
sensoriais e motores. Se ingerido em quantidade elevada, podem ocorrer 
convulsões, coma e morte por parada cardíaca ou respiratória. Essa é a droga 
mais consumida pela sociedade e causadora de muitos problemas físicos, 
mentais, familiares e sociais. 
 
5.1 Embriaguez alcoólica aguda 
A ação tóxica sobre o organismo revela-se por manifestações físicas, 
neurológicas e psíquicas. 
- Manifestações físicas: os dados somáticos são de menor interesse e se 
traduzem por congestão das conjuntivas, taquicardia, taquipnéia e hálito 
alcoólico-acético. 
- Manifestações neurológicas: estão ligadas a alterações clínicas do 
equilíbrio, da marcha e das perturbações da coordenação motora. A marcha do 
embriagado tem a denominação de marcha ebriosa, cerebelar ou em 
ziguezague. As alterações do equilíbrio manifestam-se pelo sinal de Romberg 
em que o examinador pede para o paciente permanecer em pé com os pés 
juntos, mãos ao lado do corpo e olhos fechados por um minuto. As alterações 
de coordenação motora traduzem-se por ataxia (incoordenação motora na 
orientação dos movimentos); dismetria (perturbação na medida dos 
movimentos); dissinergia ou assinergia (incoordenação da harmonia de certos 
conjuntos de movimentos); disdiadococinesia (desordem na realização de 
movimentos rápidos e opostos); disartria (distúrbio na articulação da fala). 
Também surgem fenômenos vagais como o soluço e o vômito. 
- Manifestações psíquicas: essas alterações começam de maneira 
progressiva pelas alterações do humor, do senso ético, da atenção, da senso-
percepção, do curso do pensamento e da associação de ideias. Pouco a pouco o 
indivíduo apresenta atitudes caracterizadas pelo exagero e pelo ridículo. 
Falastrão, incoveniente, avalia as coisas intempestivamente, pobre é a 
capacidade de julgamento. 
 
Fases da embriaguez: 
 
1) FASE EUFÓRICA / FASE DA EXCITAÇÃO / FASE DO MACACO- 1º 
período: de euforia com extroversão exagerada. 
2) FASE AGITADA / CONFUSÃO / FASE DO LEÃO - (perturbações 
psicosensoriais profundas), com diminuição das faculdades mentais e falta de 
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auto-controle. É a fase de maior interesse por isso é também chamada de fase 
médico-legal. 
3) PERÍODO COMATOSO / FASE DA DEPRESSÃO / FASE DO PORCO - 
caracterizado por arreflexia, atonia, midríase, pulso lento, hipotensão e 
hipotermia. 
 
11) DELEGADO DE POLICIA/PCMG/2008 Considerando as etapas clínicas 
da embriaguez alcoólica, qual delas é denominada “fase médico-legal”? 
A) Confusão. 
B) Comatosa. 
C) Excitação. 
D) Sono. 
 
RESPOSTA A. Conforme mostrado acima. 
 
Metabolismo do álcool 
 
 Após a ingestão, o álcool começa a ser absorvido pela via digestiva, 
passando diretamente para a via porta e para o fígado, indo à circulação 
sanguínea e linfática, onde vai se distribuindo pelos tecido em geral. No 
instante em que absorção se equilibra com a difusão, a concentração do álcool 
no sangue mantém-se uniforme. A isto chama-se equilíbrio de difusão. A partir 
dai, o organismo começa o processo de desintoxicação, por fases continuadas 
de oxidações, transformado-o em aldeído, ácido acético, gás carbônico e água. 
Pequeníssimas quantidades de etanol são eliminadas sem se oxidar. 
 A curva alcoólica de Calabuig (fig.01) mostra que a primeira linha (curva 
de difusão ou absorção) é ascendente e corresponde ao perído de absorção, 
durando cerca de 30 a 60 min, isso quando se trata de absorção única. Em 
casos de absorções sucessivas, teremos uma linha quebrada e escalonada, em 
face das continuadas ingestões. Um pico (nível de manutenção) no qual se tem 
a concentração máxima da alcoolemia. E uma linha descendente (curva de 
eliminação) de forma regular e gradativa que corresponde ao perído de 
desintoxicação e em que predomina o processo de oxidação, tendo início a 
partir de 1hora e 30 min da ingestão. 
 
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 Voluntária: ocorre quando o agente ingere bebidas alcoólicas a fim de 
atingir o estado de ebriedade. De acordo com o art. 28 do CP, essa 
modalidade de embriaguez não exclui a imputabilidade penal. 
 Preordenada: é uma modalidade da embriaguez voluntária, na qual o 
agente pretende atingir o estado de ebriedade a fim de melhor cometer o 
crime. No art. 61, II, I, do CP, essa modalidade de embriaguez 
caracteriza uma circunstância agravante. 
 Fortuita: ocorre em função de caso fortuito ou de força maior, situações 
nas quais o agente fica embriagado sem sua vontade. O caso fortuito 
ocorre quando, por exemplo, o agente cai em um barril de aguardente e 
consome a bebida de forma involuntária. Já por força maior pode ser 
representado quando o agente é obrigado a ingerir a bebida 
entorpecente. De acordo com o art. 28, § 1º, ocorrendo embriaguez 
completa por caso fortuito ou força maior, exclui-se a imputabilidade do 
agente se comprovado que ele não tinha capacidade de entendimento ou 
autodeterminação no momento da conduta criminosa. 
 Incompleta: situação na qual o sujeito está sob o efeito do álcool mas 
ainda consciente. 
 Completa: ocorre quando o agente não tem mais consciência e vontades 
livres. 
 
5.2 Acoolismo 
O alcoolismo tem como causa a ingestão continuada e imoderada de 
bebida alcoólica, a qual vai produzindo no paciente uma série de perturbações, 
terminando por configurar um perfil anormal não psicótico que poderia ser 
chamado de personalidade alcoolista. 
Na intoxicação crônica por etanol podem ocorrer alterações no organismo 
como transtornos digestivos,anorexia e intolerância gástrica que pode levar à 
gastrite e a úlcera gástrica, transtornos hepáticos, esteatose, hepatite alcoólica 
e cirrose. Quanto aos transtornos cardiovasculares é possível se apresentar a 
miocardite tóxica (dilatação cardíaca, favorecendo a aterosclerose), transtornos 
sanguíneos como ligeira anemia e transtornos endócrinos que podem ocasionar 
a impotência, esterilidade e outras perturbações diversas. Já os transtornos 
psíquicos, incluem-se: 
 
1) DELIRIUM TREMENS - Estado psicopático caracterizado por confusão mental, 
delírio (zoopsias, com visão de animais geralmente minúsculos), tremor, 
sudorese, debilidade dos membros inferiores e febre. No delirium tremens do 
alcoolista, por exemplo, as alucinações visuais têm uma temática 
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predominantemente de bichos e animais peçonhentos (cobras, aranhas, 
percevejos, jacarés, lagartos) e, neste caso, dá-se o nome de zoopsias, 
promovedoras de grande ansiedade e apreensão. Nas situações em que o ébrio 
se vê fora de seu próprio corpo falamos em alucinações autoscópicas, quando 
ele consegue ver cenas e objetos fora de seu campo sensorial, como enxergar 
do lado de fora da parede. 
2) ALUCINOSE ALCOÓLICA - Surge sob forma de sons inespecíficos, como 
chiados, zumbidos, ruídos de sinos, roncos, assobios ou vozes que têm as mais 
variadas características. Diálogos entre mais de um interlocutor, comentários 
sobre atos do indivíduo, críticas sobre a pessoa que alucina. Na ideia do 
alcoolizado tais vozes são provenientes do além, do sobrenatural, dos demônios 
ou de deuses, etc. 
3) DEMÊNCIA E ENCEFALOPATIA ALCOÓLICA - Trata da destruição progressiva 
da personalidade e ataques epiletiformes. 
4) ALUCINAÇÕES PERSECUTÓRIAS - É o tipo mais comum entre os paranóicos 
ou delirantes crônicos. O delírio costuma envolver a crença de estar sendo 
vítima de conspiração, traição, espionagem, perseguição, envenenamento ou 
intoxicação com drogas ou estar sendo alvo de comentários maliciosos. 
 
14) FUMARC/MEDICO LEGISTA/PCMG 2013 São perturbações neurológicas 
da intoxicação alcoólica crônica, EXCETO: 
A) Polineurite. 
B) Síndrome de Korsakow. 
C) Romberg simples e Romberg combinado. 
D) Poliencefalite superior hemorrágica de Wernicke. 
 
 
RESPOSTA C. Deixei para falar dessas alterações nesta questão. 
A) CORRETO. A polineurite é um comprometimento de vários neurônios 
periféricos por um processo degenerativo. É uma síndrome sensitivo-motora 
representada por parestesias das extremidades, hiperestesias cutâneas, 
hipoestesia superficial, mialgias, alterações de reflexo, etc. 
B) CORRETO. Também chamada de síndrome amnésica ou psicose polineurítica. 
Está caracterizada por um quadro clínico de amnésia, desorientação no tempo e 
no espaço, confabulação e sintomas da polineurite. 
C) ERRADO. Vimos que esses são tipos de testes. 
D) CORRETO. Caracterizada por sintomas resultantes de lesões por minúsculos 
focos hemorrágicos dos nervos cranianos do tronco cerebral. Seus sintomas 
são: paralisia dos músculos do globo ocular, sintomas trigeminais (nevralgia 
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facial), paralisia dos músculos faciais e, algumas vezes, disfonia, disfasia, 
tremor da língua e tremores peribucais. 
 
5.3 O álcool no CTB 
 
 O código de trânsito foi modificado em 2012, por isso é importante que 
vocês saibam esses artigos do CTB. Cuidado ao estudar por material ou 
questões antigas. 
Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância 
psicoativa que determine dependência: (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 
2008) 
 Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008) 
Art. 276. Qualquer concentração de álcool por litro de sangue ou por litro 
de ar alveolar sujeita o condutor às penalidades previstas no art. 
165. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012) 
Parágrafo único. O Contran disciplinará as margens de tolerância quando a 
infração for apurada por meio de aparelho de medição, observada a legislação 
metrológica. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012) 
 
CRIME 
 Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada 
em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que 
determine dependência: (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012) 
 Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou 
proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo 
automotor. 
 § 1o As condutas previstas no caput serão constatadas 
por: (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012) 
I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de 
sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar; 
ou (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012) 
II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da 
capacidade psicomotora. (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012) 
§ 2o A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante 
teste de alcoolemia, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros 
meios de prova em direito admitidos, observado o direito à 
contraprova. (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012) 
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§ 3o O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos testes de 
alcoolemia para efeito de caracterização do crime tipificado neste 
artigo. (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012) 
 
15) CESPE / Perito Criminal Federal (área 12) Medicina/PF 2013 Se o 
resultado do exame de alcoolemia de um indivíduo for positivo, isso significará 
que, no momento da coleta da amostra para exame, esse indivíduo apresentava 
a concentração sérica de álcool superior a 0,6 dg/L. 
 
 
RESPOSTA: E. A concentração é de 6 (seis) e não 0,6 decigramas, o que 
equivale a 0,6 gramas de álcool por litro de sangue considerada como 
embriaguez pela legislação em vigor. 
 
16) FUNCAB/MEDICO LEGISTA/PCES/ 2013 O álcool acarreta ao indivíduo 
intoxicado a perda do controle dos sentimentos éticos e morais, além de 
comportamento desinibido e sonolência. Em relação aos efeitos farmacológicos 
do álcool e suas consequências, julgue as alternativas a seguir e assinale a 
INCORRETA. 
A) Para caracterizar o crime de trânsito, basta que o exame de sangue do 
motorista alcoolizado apresente resultado igual ou superior a 6 (seis) 
decigramas de álcool por litro de sangue (6 dg/L). 
B) Uma ingestão “pesada” e regular de álcool aumenta os riscos de doença 
coronariana e arritmias cardíacas, o que contraria o senso comum de que o 
álcool sempre faz bem ao coração. 
C) O álcool pode agir nos centros termorreguladores encefálicos, produzindo 
uma sensação de calor e sudorese, o que protege o indivíduo da hipotermia em 
noites muito frias. 
D) O álcool inibe a liberação do hormônio antidiurético, o que resulta em 
aumento da diurese, podendo favorecer o indivíduo intoxicado a urinar em 
público, expondo a genitália, o que configura ato obsceno. 
E) O álcool, por ser uma substância depressora do sistema nervoso central 
(SNC), pode afetar a função sexual em homens; aumenta a libido, mas 
prejudica o desempenho, o que pode dificultar a conjunção carnal. 
 
 
RESPOSTA C. O que acontece é que o álcool aumenta o fluxo sanguíneo da pele 
- isso faz com que a pessoa sue e fique corada. O suor faz com que o calor doMEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCÍCIOS 
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corpo seja perdido, e a temperatura do corpo pode cair abaixo do normal. Isso 
somado a um ambiente frio pode matar a pessoa por hipotermia. 
 
Para terminar, vamos resolver mais algumas da VUNESP. 
 
17) VUNESP/MEDICO LEGISTA/2014/PCSP Indivíduo envolveu-se em um 
acidente automobilístico, sem vítima fatal, por avançar o sinal vermelho em 
cruzamento. Recusou-se a fazer o teste do bafômetro no local, tendo sido 
levado à delegacia e ao IML para exame de corpo de delito. Lá, foi submetido a 
exame clínico e autorizou a coleta de sangue para a dosagem bioquímica de 
álcool, a qual revelou 0,7 g/L. Frente a esse dado, é correto afirmar que 
A) irá responder apenas por infração de trânsito, por estar alcoolizado. 
B) a dosagem de álcool é mínima, sendo insuficiente para definir entre 
alcoolizado e embriaguez. 
C) não será penalizado, pois o resultado foi limítrofe, devendo ser mais bem 
caracterizado pelo exame clínico. 
D) irá responder por crime, por dirigir sob efeito do álcool. 
E) não será penalizado, pois não houve vítima fatal. 
 
RESPOSTA D. O artigo 306 do CTB diz que concentração igual ou superior a 
6dg/L (que é a mesma coisa que 0,6 gramas de álcool por litro de sangue) é 
considerada crime. E o indivíduo estava com 0,7g/L então ele irá responder pelo 
crime. 
 
18) VUNESP/MEDICO LEGISTA/2014/PCSP Com relação ao uso crônico da 
cocaína, especialmente em jovens, pode-se afirmar que 
A) eventos cardiovasculares são raramente observados pelo uso da droga. 
B) a morte súbita geralmente decorre de fenômenos tromboembólicos durante 
a injeção da droga. 
C) hipertensão arterial, lesões vasculares e suas consequências são 
relativamente comuns nesses indivíduos. 
D) não costuma deixar nenhum substrato morfológico nas vísceras, sendo um 
achado exclusivo do exame toxicológico. 
E) o órgão alvo de ação da droga é unicamente o Sistema Nervoso Central. 
 
RESPOSTA C. A morte dos usuários crônicos de cocaína é quase sempre por 
perturbações cardíacas, por isso que a resposta é C. 
 
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19) VUNESP/MEDICO LEGISTA/2014/PCSP A coleta de sangue para o 
exame toxicológico durante a necropsia pericial deverá ser feita, 
preferencialmente, da 
A) cavidade pélvica. 
B) cavidade pleural. 
C) cavidade abdominal. 
D) artéria aorta. 
E) veia femoral. 
 
RESPOSTA E. Viram como as questões se repetem? Já fizemos uma igual a 
essa. Questão bem direta. 
 
20) VUNESP/MEDICO LEGISTA/2014/PCSP A hipoplasia ou aplasia da 
medula óssea pode ser uma complicação decorrente do uso de 
A) barbitúrico. 
B) cocaína. 
C) organofosforado. 
D) maconha. 
E) heroína. 
 
RESPOSTA C. Realmente os agrotóxicos organofosforados causam a aplasia da 
medula óssea que é uma doença caracterizada pela deficiência medular. 
 
 
21) VUNESP/DELEGADO DE POLICIA/2014/PCSP Substância tóxica de 
dependência química e psíquica; é um produto sintético (diacetilmorfina), tem a 
forma de pó branco e cristalino que, após a diluição, é injetado no usuário, que 
apresenta de início euforia, disposição, alegria, mas que, ao longo do uso, 
passa a apresentar náuseas, vômitos, delírios, convulsões, bloqueio do sistema 
respiratório e morte de forma fugaz. Essa substância corresponde à(ao) 
A) maconha. 
B) morfina. 
C) LSD. 
D) cocaína. 
E) heroína. 
 
RESPOSTA E. Deu várias características da droga e perguntou qual era. O “pó 
branco” podia até confundir com a cocaína, mas “um produto sintético 
(diacetilmorfina)” não deixa dúvidas de que se trata da heroína. 
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22) VUNESP/MEDICO LEGISTA/2014/PCSP Dentre as drogas citadas, a 
mais nociva pela rápida dependência que causa no seu usuário é o(a) 
A) anfetamina. 
B) heroína. 
C) cocaína. 
D) LSD. 
E) maconha. 
 
RESPOSTA B. Mais uma sobre heroína. Realmente em poucas semanas o 
drogado torna-se dependente; com 30 dias de uso, o viciado já necessita de 
tomar uma injeção em cada duas horas. Quando vocês tiverem trabalhando nas 
delegacias verão todos esses tipos de drogas. 
 
Enfim chegamos ao final do nosso curso. Agradeço a confiança que 
depositaram em meu trabalho, vimos toda a matéria do edital e fiquei feliz com 
o reconhecimento do curso. Queria dizer que sou apenas um facilitador, o 
mérito da aprovação é todo de vocês. 
 Um grande abraço e uma excelente prova. 
 
Geraldo Miranda 
 
 
 
QUESTÕES RESOLVIDAS NESTA AULA 
 
1) CESPE / Perito Bioquímico Toxicologista/PCES2013 A Organização 
Mundial da Saúde define droga como uma substância que, após ser introduzida 
em um organismo vivo, é capaz de modificar uma ou mais de suas funções. 
 
A toxicologia avalia as lesões causadas no organismo por toxicantes e investiga 
os mecanismos envolvidos no processo. Procura identificar e quantificar as 
substâncias tóxicas presentes nos fluidos biológicos e determinar os níveis 
toleráveis no organismo. Os complexos eventos envolvidos na intoxicação, 
desde a exposição do organismo ao agente até o aparecimento de sinais e 
sintomas, podem ser classificados em 4 fases: exposição, toxicocinética, 
toxicodinâmica e fase clínica. Em conformidade com esse assunto, julgue os 
próximos itens. 
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2) CESPE - 2009 - FUB - Engenheiro de Segurança do Trabalho A fase 
toxicocinética inclui os processos envolvidos na relação entre disponibilidade 
química e a concentração do fármaco nos diferentes tecidos do organismo. Faz 
parte dessa fase a biotransformação e a excreção das substâncias químicas. 
 
3) CESPE - 2009 - FUB - Engenheiro de Segurança do Trabalho A via de 
introdução do agente tóxico no organismo, a concentração do xenobiótico e a 
susceptibilidade individual devem ser considerados na fase de exposição. 
 
4) VUNESP - 2010 - CEAGESP - Médico do Trabalho Sobre a relação entre 
uma substância química e o organismo, com base nos conceitos da Toxicologia 
Ocupacional, é correto afirmar: 
A) quanto maior a dose, menor será o efeito. 
B) quanto maior o tempo de exposição, menor será o efeito. 
C) toda e qualquer substância química presente no ambiente de trabalho, a 
priori, já significa risco. 
D) uma intoxicação pressupõe a ocorrência de um processo patológico. 
E) a absorção pelo organismo de uma determinada substância química 
independe da forma como ela é manuseada. 
 
5) FGV - 2011 - PC-RJ - Perito Legista - Toxicologia Em relação às bases 
conceituais da Toxicologia, assinale a afirmativa correta. 
A) A Toxicologia investiga aspectos legais decorrentes dos danos orgânicos 
causados por agentes biológicos. 
B) A Toxicologia estuda a relação entre o agente químico e a reação tóxica 
causada por este agente no organismo. 
C) A Toxicologia não estuda possíveis interações tóxicas dos medicamentos com 
o organismo vivo. 
D) A Toxicologia estabelece qua a dose letal média (DL50) elevada de um 
agente químico é indício de alta toxicidade, portanto, insegura para o 
organismo. 
E) A Toxicologia estabelece que o antídoto é necessariamente provido de 
atividade biológica intrínseca. 
 
6) FGV - 2011 - PC-RJ - PERITO LEGISTA - TOXICOLOGIA Assinale a 
alternativa que completa o fragmento a seguir: 
A Toxicologia Forense estuda _____ 
A) os mecanismos das intoxicações. 
B) a classificação química dos venenos.MEDICINA LEGAL TEORIA E EXERCÍCIOS 
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C) as reações tóxicas e os venenos causadores destas reações. 
D) o mecanismo da morte causada pelos agentes biológicos. 
E) os processos de degradação orgânica após a morte do indivíduo. 
 
7) FUNCAB/MEDICO LEGISTA/PCES/ 2013 Havendo suspeita de morte 
relacionada com a presença de compostos químicos lesivos ao organismo, deve-
se realizar o exame toxicológico. Nesses casos, a coleta do sangue deverá ser 
feita: 
A) nas cavidades cardíacas. 
B) nas veias femorais. 
C) na bexiga. 
D) no estômago. 
E) na veia cava inferior. 
 
8) FUMARC/MEDICO LEGISTA/PCMG 2013 É correto o que se afirma, 
EXCETO em: 
A) Merla é obtida a partir da pasta de coca. 
B) A cola é constituída de hidrocarbonetos de efeitos muito rápidos sobre o 
sistema nervoso, embora de pouca duração. 
C) O ópio é extraído da papoula papaver somniferum e é consumido sob a 
forma de cigarros; trata-se de produto muito usado no Brasil. 
D) O crack tem um efeito muito semelhante ao da cocaína, entretanto 
percebido mais rapidamente e com maior poder de viciar e produzir danos. 
 
9) FUMARC/MEDICO LEGISTA/PCMG 2013 É correto o que se afirma, 
EXCETO em: 
A) Cola pode levar à euforia e a alucinações. 
B) Anfetaminas são usadas para evitar a sonolência, para desinibir, para 
euforizar. 
C) Oxi é consumida pela queima das pedras em cachimbos ou cigarros, bem 
como aspirada em pó. 
D) Oxi é droga sintética, consumida em cápsulas, de custo elevado, que causa 
pouca agressão ao sistema nervoso central. 
 
10) CESPE / Perito Criminal Federal (área 12) Medicina/PF 2013 Caso o 
exame toxicológico de um indivíduo seja positivo para a substância 
tetraidrocanabinol, será correto concluir que esse indivíduo fez uso de crack ou 
de outro tipo de substância do grupo da cocaína. 
 
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15) CESPE / Perito Criminal Federal (área 12) Medicina/PF 2013 Se o 
resultado do exame de alcoolemia de um indivíduo for positivo, isso significará 
que, no momento da coleta da amostra para exame, esse indivíduo apresentava 
a concentração sérica de álcool superior a 0,6 dg/L. 
 
16) FUNCAB/MEDICO LEGISTA/PCES/ 2013 O álcool acarreta ao indivíduo 
intoxicado a perda do controle dos sentimentos éticos e morais, além de 
comportamento desinibido e sonolência. Em relação aos efeitos farmacológicos 
do álcool e suas consequências, julgue as alternativas a seguir e assinale a 
INCORRETA. 
A) Para caracterizar o crime de trânsito, basta que o exame de sangue do 
motorista alcoolizado apresente resultado igual ou superior a 6 (seis) 
decigramas de álcool por litro de sangue (6 dg/L). 
B) Uma ingestão “pesada” e regular de álcool aumenta os riscos de doença 
coronariana e arritmias cardíacas, o que contraria o senso comum de que o 
álcool sempre faz bem ao coração. 
C) O álcool pode agir nos centros termorreguladores encefálicos, produzindo 
uma sensação de calor e sudorese, o que protege o indivíduo da hipotermia em 
noites muito frias. 
D) O álcool inibe a liberação do hormônio antidiurético, o que resulta em 
aumento da diurese, podendo favorecer o indivíduo intoxicado a urinar em 
público, expondo a genitália, o que configura ato obsceno. 
E) O álcool, por ser uma substância depressora do sistema nervoso central 
(SNC), pode afetar a função sexual em homens; aumenta a libido, mas 
prejudica o desempenho, o que pode dificultar a conjunção carnal. 
 
17) VUNESP/MEDICO LEGISTA/2014/PCSP Indivíduo envolveu-se em um 
acidente automobilístico, sem vítima fatal, por avançar o sinal vermelho em 
cruzamento. Recusou-se a fazer o teste do bafômetro no local, tendo sido 
levado à delegacia e ao IML para exame de corpo de delito. Lá, foi submetido a 
exame clínico e autorizou a coleta de sangue para a dosagem bioquímica de 
álcool, a qual revelou 0,7 g/L. Frente a esse dado, é correto afirmar que 
A) irá responder apenas por infração de trânsito, por estar alcoolizado. 
B) a dosagem de álcool é mínima, sendo insuficiente para definir entre 
alcoolizado e embriaguez. 
C) não será penalizado, pois o resultado foi limítrofe, devendo ser mais bem 
caracterizado pelo exame clínico. 
D) irá responder por crime, por dirigir sob efeito do álcool. 
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E) não será penalizado, pois não houve vítima fatal. 
 
18) VUNESP/MEDICO LEGISTA/2014/PCSP Com relação ao uso crônico da 
cocaína, especialmente em jovens, pode-se afirmar que 
A) eventos cardiovasculares são raramente observados pelo uso da droga. 
B) a morte súbita geralmente decorre de fenômenos tromboembólicos durante 
a injeção da droga. 
C) hipertensão arterial, lesões vasculares e suas consequências são 
relativamente comuns nesses indivíduos. 
D) não costuma deixar nenhum substrato morfológico nas vísceras, sendo um 
achado exclusivo do exame toxicológico. 
E) o órgão alvo de ação da droga é unicamente o Sistema Nervoso Central. 
 
19) VUNESP/MEDICO LEGISTA/2014/PCSP A coleta de sangue para o 
exame toxicológico durante a necropsia pericial deverá ser feita, 
preferencialmente, da 
A) cavidade pélvica. 
B) cavidade pleural. 
C) cavidade abdominal. 
D) artéria aorta. 
E) veia femoral. 
 
20) VUNESP/MEDICO LEGISTA/2014/PCSP A hipoplasia ou aplasia da 
medula óssea pode ser uma complicação decorrente do uso de 
A) barbitúrico. 
B) cocaína. 
C) organofosforado. 
D) maconha. 
E) heroína. 
 
21) VUNESP/DELEGADO DE POLICIA/2014/PCSP Substância tóxica de 
dependência química e psíquica; é um produto sintético (diacetilmorfina), tem a 
forma de pó branco e cristalino que, após a diluição, é injetado no usuário, que 
apresenta de início euforia, disposição, alegria, mas que, ao longo do uso, 
passa a apresentar náuseas, vômitos, delírios, convulsões, bloqueio do sistema 
respiratório e morte de forma fugaz. Essa substância corresponde à(ao) 
A) maconha. 
B) morfina. 
C) LSD. 
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D) cocaína. 
E) heroína. 
 
22) VUNESP/MEDICO LEGISTA/2014/PCSP Dentre as drogas citadas, a 
mais nociva pela rápida dependência que causa no seu usuário é o(a) 
A) anfetamina. 
B) heroína. 
C) cocaína. 
D) LSD. 
E) maconha. 
 
GABARITO 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
C 
 
C C D B C B C D E 
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
A 
 
C A C E C D C E C 
21 22 
E 
 
B 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA USADA NESTE CURSO 
 
1. Arbenz, Guilherme Oswaldo, Medicina Legal e Antropologia Forense, 
Atheneu. 1988. 
2. Brasil, Lei 12.030 de 17 de setembro de 2009. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil 03/ Ato2007-2010/2009/Lei/L12030.htm 
Acesso em 20-02-14. 
3. Brasil, Decreto-Lei 2.848 de 7 de dezembro 1940. Código Penal. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil 03/Decreto-Lei/Del2848.htm 
Acesso em 21-01-14. 
4. Brasil, Decreto-Lei 3.689 de 03 de outubro de 1941. Código de Processo 
Penal. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil 03/Decreto-
Lei/Del3689.htm Acesso em 21-01-14. 
5. Coma, José Reverte. Antropologia Forense. Ministerio de Justicia. 
Madrid. 1999. 
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6. Couto, Rodrigo Camargos. Perícias em Medicina & Odontologia Legal. 
Medbook. 2011.7. Croce, Delton & Croce Jr., Delton. Manual de Medicina Legal - 8ª Ed. 
Saraiva. 2012. 
8. França, Genival Veloso. Medicinal Legal. Guanabara Koogan. 9ª Ed. 
2011. 
9. Hercules, Hygino de Carvalho. Medicina legal – texto e atlas. Atheneu. 
2005. 
10. Jobim, Luiz Fernando; Costa, Luis Renato, Silva, Moacyr. Identificação 
Humana. Editora Millennium. 2005. 
11. Pereira, Cleber Bidegain; Alvim, Marilia Carvalho de Mello. Manual para 
estudos craniométricos e cranioscópicos. 
12. Vanrell, Jorge Paulete. Manual de medicina legal – Tanatologia. 3 ed. 
Mizuno. 2007. 
13. Vanrell, Jorge Paulete. Odontologia legal e antropologia forense. 2 
ed. Guanabara Koogan. 2009. 
14. White, Tim D.; Black, Michael T.; Folkens, Pieter A. Human Osteology. 3 
ed. 2011.

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