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HEMATOLOGIA – AULA 07 – LEUCEMIA LINFOBLÁSTICA AGUDA (LLA) LEMBRANDO QUE: Diagnóstico e exames são IGUAIS aos da leucemia mieloide aguda! 1. CASO CLÍNICO 2 JAS, 18 anos, branco, solteiro, sexo masculino, católico, estudante e ajudante de pedreiro, natural e procedente de Ribeirão dos Índios. Queixa e duração: “Fraqueza e manchas na pele há 5 dias”. HMA: Paciente refere que há aproximadamente 1 semana vem apresentando cansaço, fraqueza e adinamia. Sem disposição e há 3 dias com petéquias e equimoses pelo corpo difusamente. Ontem teve hemorragia gengival espontânea e hoje pela manhã com percebeu manchas roxas dentro da boca. Decidiu procurar o médico, pois está com medo de sangramentos e fraco. Antecedentes pessoais: nega cirurgias prévias, sem comorbidades, sem filhos, sem alterações de desenvolvimento motor, vacinação completa e em dia. Nega uso de medicações. Hábitos e vícios: Nega. Antecedentes familiares: Mãe hipertensa controlada e pai saudável e nunca vai ao médico. Tem um irmão com 10 anos, saudável e sem queixas. História social e pessoal: mora em casa de alvenaria, com água encanada e rede de esgoto. Casa com 4 cômodos. Mora com os pais e tem quarto próprio. ISDA: Hematológico: Palidez cutânea, equimoses e petéquias pelo corpo, petéquias úmidas na boca, adenomegalias cervicais. Urológico com edema e eritema no sacro escrotal. Exame Físico Geral: REG, acianótico, anictérico, afebril, pálido (3+/4+) LOTE. PA 120X 80 mmHg, FC 100 bpm, FR 16 irpm, Peso 60 kg, Altura 1,60m, IMC 23. Com linfonodos palpáveis em cervical bilateral. Exame Físico Tórax: Normal. AC: BNF, 2T, RCR, SS. AP: MVF sem RA. Exame Físico do Abdomen: COM hepato e esplenomegalia. E lesão escrotal. OBS: No PET scan observamos a esquerda o paciente doente, e a direita ele após tratamento. Cite hipótese diagnóstica. De início quando pegamos um quadro de paciente com sangramentos (petéquias e equimoses), pensamos logo em distúrbios da coagulação. Porém, nesse caso, o paciente apresenta dados semiológicos que não batem com um quadro de distúrbio da coagulação, sendo eles: cansaço, fraqueza e adinamia As doenças de coagulação não causam esse mal estar todo. Poderíamos pensar em CIVD porque ela é uma complicação de outra doença, não uma doença propriamente dita (e ela é a única manifestação possível que sobrou de distúrbios da coagulação). De acordo com o exame físico do paciente, ele apresentava mucosas pálidas, e púrpura não dá anemia assim, ou seja, já se exclui essa possibilidade. O paciente ainda apresenta adomegalia cervical, hepatomegalia, esplenomegalia e ainda infiltração bem mais prevalente As leucemias linfoides TÊM MUITA ATRAÇÃO por mamas, ovários, testículos, SNC (santuários). As petéquias estão relacionadas à hemostasia primária, e o sangramento de mucosa está relacionado à hemostasia secundária (além disso, a CIVD mexe com hemostasia secundária) Além disso, podemos pensar que ele tem algum problema de produção sanguínea, porque as plaquetas deveriam segurar o sangramento da mucosa. Portanto com essa anamnese e exame físico, sem pedir exames, a possível hipótese diagnóstica seria: síndrome hematológica com possível distúrbio da coagulação e produção sanguínea medular. Solicite e justifique exames complementares para a hipótese diagnóstica. Primeiro um esfregaço periférico e um hemograma. Esfregaço sanguíneo: Hemograma: Eritrócitos: 3,2 x 106/mm3, Ht: 21%, Hb: 6,2 g/dl, VCM: 88, HCM: 31 Leucócitos: 1200/mm3 Neutrófilos 5% (60), linfócitos 95% (1140). Plaquetas: 28.000 / mm3 OBS: Nesse caso temos uma pancitopenia (baixa de hemácias, leucócitos e plaquetas). OBS: Basicamente existem apenas duas doenças que causam esse tipo de neutropenia: Leucemia ou aplasia medular. OBS: Esse paciente tem praticamente zero de defesa celular. Explique fisiopatologia da principal hipótese diagnóstica. Ocorre uma alteração da hematopoiese, causando parada da maturação de células, levando a um aumento de linfoblastos (mais de 20%), com anemia súbita e pancitopenia. Sugira tratamento Como a paciente está com baixa de plaquetas, deveria fazer uma transfusão de plaquetas para diminuir o sangramento, e de sangue também, e deixar a paciente em repouso (a grande quantidade de leucócitos pode causar complicações) A inflamação desencadeia a diapedese, e nesse caso a paciente apresenta 78% de células alteradas que causam inflamação, e os leucócitos poderiam causar leucostase no pulmão (a paciente apresentaria falta de ar). No esfregaço podemos encontrar blastos menores e maiores. Alguns com nucléolo e outros com vacúolo. A morfologia é muito alterada. Aqui temos LINFOBLASTOS, não mieloblastos. 2. LEUCEMIA LINFOBLÁSTICA AGUDA -se na medula óssea. igna mais comum na infância 75% dos casos ocorrendo antes dos 6 anos. 85% dos casos têm origem em células de linhagem B, os restantes em células de linhagem T. 85%. A curabilidade em adultos diminui significativamente com a idade, chegando a < 5% após os 70 anos. 2.1. lassi ca da leucemia lin lás ca a uda se und a r aniza undial de a de (modificada) Não precisamos saber a classificação, apenas saber que eles classificam como LEUCEMIA/LINFOMA porque caso o linfoma seja tão ruim quanto uma leucemia, ele é classificado como uma leucemia. Porém a diferença aqui é que NÃO EXISTEM mutações de bom prognóstico. A citogenética nesse caso serve para dizer se é pior prognóstico. O que determina o bom prognóstico do paciente com leucemia linfoide é o fator clínico do paciente (está abaixo). Neoplasias de precursores linfoides - v; 11q23); MLL rearranjado Leuce (12; 21) (p13; q22); TEL-AML1 (ETV6-RUNX1) (LLA hipodiploide) 2.2. FATORES DE MAU PROGNÓSTICO Idade: < 1 ano ou > 10 anos Sexo: Masculino Leucócitos > 30 x 109/L SNC: Blastos no líquor Citogenética: (9;22) ou (4;11) ou hipodiploidia +8, -7 Remissão: Não remitir no primeiro curso. 2.3. TRATAMENTO Suporte clínico e transfusional: É o MESMO da leucemia mieloide. 1. INDUÇÃO: Acabar com a doença Deve ter uma remissão completa, ou seja, todos os exames de diagnóstico devem ficar normais. 2. CONSOLIDAÇÃO: D “ ” ã 3. MANUTENÇÃO: Faz o tempo certo de tratamento para garantir que não escape nenhuma célula e a leucemia não retorne. Profilaxia SNC Tratamento alogênico É o transplante medular de outra pessoa. É muitas vezes a principal opção para o paciente com mais de 10 anos. 3. QUESTÕES SOBRE AMBAS AS LEUCEMIAS Paciente feminina, 23 anos, previamente hígida, vem notando hematomas aparentemente espontâneos em membros inferiores há cerca de 3 semanas. Refere também aumento importante do fluxo menstrual e gengivorragia. Na última semana passou a apresentar cansaço aos médios esforços. Seu hemograma evidencia: Leucometria de 8.000/mm3 ; Hb 7,8g/d; contagem de Plaquetas 25.000/mm3. Função renal, hepática e eletrólitos normais. TAP e PTTaalargados. Ao avaliar a hematoscopia, você observa presença de células blásticas hipergranulares (promielócitos blásticos), algumas contendo múltiplos bastonetes de Auer. QUESTÃO 1 A medida inicial mais importante é: (A) Suporte transfusional para evitar morte por CIVD. (B) Início de quimioterapia com antraciclina. (C) Esperar confirmar o diagnóstico através da imunofenotipagem do sangue periférico. (D) Iniciar dexametasona. (E) Esperar mielograma com análise citogenética. QUESTÃO 2 Em relação à estratificação do risco desta paciente é correto afirmar que: (A) É de baixo risco (B) É de risco intermediário. (C) É de alto risco. (D) É de muito alto risco. (E) Não é possível estratificar o risco com as informações disponíveis. Explicação da resposta: A estratificação de risco do paciente com leucemia promielocítica. Quando tem muitos leucócitos é ruim. Quando tem poucos leucócitos é bom. Se der mais de 10.000 leucócitos é alto risco da leucemia retornar. QUESTÃO 3 Assinale qual é o exame laboratorial que confirmaria a CIVD deste paciente: a) Fibrinogênio baixo; b) Cininogênio alto; c) Fator VIII baixo; d) Fator IX baixo; e) Fator Von Willebrand alto. Explicação da resposta: Como a paciente tem TAP e TTPA alargados, DEVE pedir o fibrinogênio, que nesse caso será baixo. QUESTÃO 4 São considerados fatores de mau prognóstico na leucemia Linfoblástica aguda do adulto, EXCETO: (A) Blastos com morfologia L2. (B) Idade avançada. (C) Fenótipo T com leucometria acima de 100.000/mm3. (D) T (9;22). (E) Tempo para atingir remissão hematológica superior a 4 semanas. Explicação da resposta: Basicamente o que a professora disse foi “Não falamos desse fator certo? Mas falamos dos outros e eles são fatores de mau prognóstico”.
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