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Serviço social e relações sociais capitalistas

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SERVIÇO SOCIAL E RELAÇÕES SOCIAIS CAPITALISTAS
Sumário
	
Introdução ....................................................................................................
	
4
	
Capítulo 1 - A sociedade primitiva ...............................................................
	
5
	
Capítulo 2 - Trabalho e modo de produção ................................................
	
6
	
Capítulo 3 - Capitalismo e suas relações ....................................................
	
7
	
Capítulo 4 - O Serviço Social .......................................................................
	
9
	
Considerações finais ....................................................................................
	
10
	
Referências Bibliográficas ..........................................................................
	
11
Introdução
 O presente trabalho é resultado de pesquisa, onde foram utilizados os livros estudados nas disciplinas do primeiro período do curso de serviço social na Escola de Serviço Social da Universidade Federal Fluminense em Niterói, período 2014.1, além dos conhecimentos adquiridos através de assuntos tratados em sala de aula.
 A abordagem principal do trabalho é tratar do tema: Serviço Social e as relações sociais capitalistas, preliminarmente aborda o surgimento do ser social nas comunidades primitivas, da mercadoria e as relações que se desencadearam a partir do surgimento do excedente econômico.
 Na sociedade capitalista, o objetivo principal é sempre a obtenção do lucro, isto torna as relações extremamente individualistas. A cultura, as organizações do tempo e da vida estão sempre voltadas para o consumo, existe um fetichismo onde as relações são baseadas em coisas.
 O papel do serviço social é a busca constante pela garantia dos direitos sociais do cidadão, no contexto das questões sociais que surgem na relação burguesia/proletariado.
Niterói, maio de 2014.
CAPITULO 1
A sociedade primitiva
 O ser social aparece primeiramente na sociedade primitiva. Os primatas eram nômades, com diferenciação social mínima, condição esta, que perdurou por mais de 30 mil anos, a transformação dos seres foi lenta e gradativa, tendo como importantes elementos dessa transformação o surgimento da agricultura e a domesticação dos animais, modificando aos poucos a relação das comunidades com a natureza.
 A ação do homem sobre a natureza começa então a criar uma produção de bens, e com o tempo vai melhorando seus instrumentos e entendimentos sobre a natureza, tornando-se cada vez mais produtivo, devido ao progresso e aperfeiçoamento do trabalho começa a ser produzida uma quantidade de bens que excede as suas necessidades imediatas, constituindo o excedente econômico.
 Com o excedente econômico começa a existir a possibilidade de acumular os produtos do trabalho, e também a possibilidade de trocar seus bens excedentes com outras comunidades, nascendo à mercadoria, e com ela os primeiros tipos de comércio e sinalizando o desenvolvimento das forças produtivas, surgimento das relações de produção e modo de produção capitalista.
 “A riqueza das sociedades em que domina o modo de produção capitalista aparece como uma imensa coleção de mercadorias, e a mercadoria individual como sua forma elementar” (Marx, 1983, I, 1, p.45 apud Netto, 2012, p. 91), a partir da mercadoria é que se realiza todo o contexto para o surgimento da Sociedade capitalista, pois até os dias de hoje, a riqueza se expressa através da fartura de mercadorias, de outro lado à pobreza se expressa pela falta delas.
Devido ao fetichismo, a mercadoria passa a ser então, a expressão das relações entre os homens, o modo de produção capitalista visando o lucro como seu objetivo principal, apropria-se da mais-valia, que é a parte do valor criado pela força de trabalho que excede ao valor de sua produção, movimentando os meios de produção, visando obter cada vez mais lucro.
Capitulo 2
Trabalho e modo de produção
 Segundo José Paulo Netto (2012), Na base da atividade econômica esta o trabalho - é ele que torna possível a produção de qualquer bem, criando os valores que constituem a riqueza social, através do trabalho o homem se coloca na sociedade e se objetiva como um ser social.
 O trabalho é a transformação de matérias da natureza em produtos que atendam as necessidades dos homens, ele não se realiza executando tarefas de ordem e características genéticas como em outros animais, o trabalho é atividade humana, exige habilidade e conhecimentos, isto porque ele não se realiza diretamente com o natural, ele exige a utilização de instrumentos, realizado de forma coletiva, utilizando linguagem articulada, resultando no ser social.
 Na jornada de trabalho, o trabalhador produz o equivalente a sua reprodução que é o valor do salário, e produz a mais-valia, que é o valor excedente a sua reprodução o que é extraído pelo proprietário, mas ele não percebe a diferença entre o trabalho necessário e trabalho excedente.
 É na parte do trabalho excedente (mais-valia) que o capitalista se interessa e vai cuidar da ampliação da mesma, utilizando para isto de várias formas, uma delas é aumentar a jornada de trabalho sem alterar os salários, outra é o investimento no aumento do ritmo do trabalho com a utilização de inovações tecnológicas, tornando o processo de trabalho mais ágil e eficiente, aumento o resultado da produção sem precisar aumentar a jornada do trabalhador.
 Foram necessários dois séculos para o capitalista dominar o controle do processo de trabalho, após conquista-lo esse processo ficou conhecido como produção capitalista. Onde o capitalista junta todos os seus trabalhadores assalariados no mesmo espaço trabalhando em regime de cooperação. Situação que se acentua quando surge a grande indústria.
 No modo de produção, o capitalista utiliza apenas uma parte da mais-valia para seus gastos, a outra parte ele investe na ampliação de seus negócios, com esse investimento ele amplia cada vez mais seus lucros, ou seja, a acumulação do capital na sociedade capitalista provém da exploração da mais- valia dos trabalhadores.
Capítulo 3
Capitalismo 
 Sabemos que o capital está diretamente relacionado às mercadorias e aos meios de produção, que sobrevive da exploração da força de trabalho. As mercadorias são objetos úteis, à medida que são produtos de materiais que atendem a necessidades, tornando-se valores de uso.
Os valores de uso formam o conteúdo material da riqueza, qualquer que seja a forma social desta. No tipo de sociedade a que nos propormos a estudar, os valores de uso, são, ademais, o suporte material dos valores de troca. (Marx. El capital. cap. 1 p.4, apud Iamamoto. 2014 cap. 1 p. 39).
 A mercadoria é fruto do trabalho humano, são valores, força humana de trabalho, diferenciadas não pela sua qualidade, mas pela quantidade de trabalho a ela incorporado, no movimento do capital, o mesmo passa a ser investido em mercadorias e força de trabalho, gerando valores de uso e valores de troca.
 Nas relações onde os homens trocam os produtos de seus trabalhos por objetos dos trabalhos de outros, o caráter social de seus trabalhos é a relação entre os produtos de seus trabalhos. Por trás dessa relação aparecem relações materiais entre pessoas e relações sociais entre coisas, alheias a estes produtores, nesse fetichismo da mercadoria, a igualdade dos trabalhos fica disfarçada.
 “A produção capitalista não é tão-somente produção e reprodução de mercadorias e de mais-valia: é produção e reprodução de relações sociais.” (Netto, 2012)
 Desenvolvendo-se a acumulação na relação capital/trabalho, a condição dos trabalhadores portadores da força de trabalho torna-se a cada dia mais vulnerável e pauperizada, pois desde a constituição da sociedade capitalista, o resultado da acumulação tem sido a distinção riqueza x pobreza, onde a tendência éque o salário do trabalhador piore aumentando cada vez mais a sua pobreza, à medida que num outro lado, a tendência do capitalista é o acumulo de suas riquezas.
 A Questão Social é uma expressão que, apesar de ser recente, é muito utilizada, por ser uma expressão que admite diversas interpretações e compreensões, com sentido muito amplo, mas sempre presente no debate da relação capital/trabalho.
 A expressão surgiu na Europa, no período da onda industrializante, quando a população estava em estado de pauperização absoluta, resultado do aspecto imediato da instauração do capitalismo, pela primeira vez na história a pobreza crescia na mesma proporção em que crescia a capacidade social de produzir riquezas, porém, os pauperizados não se conformaram com esta situação e protestou de diversas formas durante muito tempo.
Mas a consciência política não é o mesmo que compreensão teórica – e o movimento dos trabalhadores tardaria ainda alguns anos a encontrar os instrumentos teóricos e metodológicos para aprender a gênese, a constituição e os processos de reprodução da “questão social”. (Netto, 2001, p.45)
 O desenvolvimento capitalista produz a questão social, ao passo que a questão social é constitutiva do desenvolvimento do capitalismo. A questão social está relacionada com a sociabilidade erguida sob o comando do capital. O capital não tem nenhum compromisso social, seu objeto é apenas a acumulação de lucros, independente dos problemas sociais que isso provoque.
 
Capitulo 4
O Serviço Social 
 O Serviço Social surge na Europa, com a ascensão da sociedade burguesa no século XIX, no período após a primeira guerra mundial. A burguesia necessitava de um profissional que de forma assistencialista e com a participação da igreja atendesse as demandas da classe proletária. Dessa forma, a classe dominante exerceria certo "controle" sobre os proletários.
 A princípio a profissão era baseada na filantropia e caridade absorvendo as doutrinas da igreja católica, mas com o passar do tempo a profissão foi se estruturando, chegando hoje a uma profissão com teorias, metodologias. 
 Atualmente o Serviço Social se tornou uma profissão interventiva que busca diminuir as disparidades sociais. No Brasil, assim como na Europa, a base para o surgimento do Serviço Social foi o assistencialismo e os interesses da burguesia, aliada às doutrinas da Igreja Católica, que tinham por objetivo ampliar sua legitimidade e poder político, mas aos poucos isso vai mudando.
 Nos anos 60 a profissão questiona seus referenciais e, inicia um movimento de renovação, onde os assistentes sociais constroem um novo projeto profissional, comprometido com as demandas e interesses da população usuária dos serviços do assistente social.
 A partir desse movimento denominado Movimento de Reconceituação, os profissionais de serviço social criam para a profissão diversas linhas de pensamento e ação que se mantem presentes até hoje, os profissionais de serviço social, passam a ser além de executores de políticas sociais, para assumir posições de planejamento e gestão dessas políticas.
 Segundo Iamamoto (2014), O Serviço Social é profissão inscrita na divisão social do trabalho, por estar presente no processo da reprodução das relações sociais, exercendo atividade auxiliar no exercício do controle social.
Considerações Finais
 No processo de trabalho, os homens criam determinadas relações entre eles, (relações de produção), que, juntamente com a capacidade de produzir (forças produtivas), constituem o modo de produção. As relações de produção geram a estrutura social e a repartição da sociedade em classes. 
 Na base do capital encontra-se o lucro, além das forças produtivas, e seu instrumento essencial a força de trabalho humano. A exploração desta força de trabalho através da apropriação da mais valia geram as contradições entre as forças produtivas e as relações de produção.
[...] as relações sociais, de acordo com as quais os indivíduos produzem, as relações sociais de produção alteram-se, transformam-se com a modificação e o desenvolvimento dos meios materiais de produção, das forças produtivas. Em sua totalidade as relações de produção formam o que se chama relações sociais: a sociedade e, particularmente, uma sociedade num determinado estágio de desenvolvimento histórico, uma sociedade com um caráter distintivo e particular [...] O capital também é uma relação social de produção. É uma relação burguesa de produção, relação de produção da sociedade burguesa. (Marx, 1975, p. 60-93 apud Iamamoto, 2014, p.36)
 O assistente social no exercício de sua profissão enfrenta diversos desafios, precisa compreender e intervir nas manifestações da questão social, que surgem nas relações sociais da sociedade capitalista comprometida com as lutas sociais em prol da defesa dos direitos da classe trabalhadora.
 
			
Referências bibliográficas:
Netto, José Paulo. Economia política: uma introdução crítica. 8 ed. São Paulo: Cortez, 2012.
Netto, José Paulo. Cinco Notas a Propósito da “Questão Social”. Temporalis/Revista da Associação Brasileira de Ensino e pesquisa em Serviço Social. ABEPSS Ano 2, n3 (jan/jul.2001) Brasilia: Grafline, 2001 
 Iamamoto, Marilda Villela. Relações Sociais e serviço social no Brasil: Esboço de uma interpretação histórico metodológica – 40 ed.– São Paulo: Cortez, 2014.

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