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1.1) Sistemas de Produção: 1.1.1) Oficina Artesanal Modo de produção individual. O artesão cuida de todas as etapas da produção. Desde a seleção da matéria prima até o produto final. Além disso, ainda vendia seus produtos, sabia o que o consumidor queria por ter mais contato com o mesmo. Começam a surgir pequenos burgos onde os artesãos vendem os produtos que eles produziam e com a consequente expansão desse comércio começase a ter um outro modelo de produção que se chama Putting Out. 1.1.2) Putting Out Os artesãos possuiam as ferramentas necessárias ao processo de produção, no entanto, dependiam dos burgueses para intermediar a comunicação entre eles, os artesãos, e os consumidores. Além disso, os comerciantes, em alguns casos eram responsáveis pelo fornecimento de matéria prima. Portanto, só restava ao artesão cuidar da produção e das ferramentas de trabalho. 1.1.3) Manufatura Capitalista Buscase a organização das atividades e a divisão do processo em várias etapas para o aumento da produtividade. A divisão profissional do trabalho foi substituida pela divisão técnica do trabalho, isto é, a exclusividade profissional dominante nas oficinas de artesanato foi substituida pela distribuição de funções nas oficinas de manufaturas modernas. Começam a surgir as leis de marcado e os salários começam a oscilar de acordo com as demandas. 1.1.4) Indústria Capitalista Modo de produção coletivo e complexo e surgimento da classe assaláriada.Evolução nos meios de produção pois as máquinas começam a substituir a mão de obra e, consequentemente, o aumento da produção a baixos custos. Surgem novos setores dedicados a produção dos equipamentos termomecânicos e comça a aparecer o conceito de bem de capital. Bem de capital ou bens de produção: Equipamentos, instalações ou serviços necessários para a produção de outros bens. São máquinas, ferramentas, equipamentos que são utilizados para produzir outros produtos para consumo. É valido ressaltar que o bem de capital não é diretamente incorporado no produto final, no entanto, o produtor de bens de capital possui seu lucro. 1.2 Análise do Processo Social da Produção “A separação, o fracionamento de tarefas é essencial para a formação de uma cadeia hierárquica e isso está diretamente relacionado com o aumento da produtividade” 1.2.1) Divisão Social da Produção Nesta etapa ocorre a segmentação social da produção. 1.2.1.1) Setor Primário (rural) Está relacionado com a produção através da exploração de recursos naturais como, por exemplo, mineração, pesca, pecuária e extrativismo. É um setor muito vulnerável pois depende dos fenômenos naturais clima. Não geram muita riquezas tanto na produção quanto na exportação pois estes produtos não possuem valor agregado. 1.2.1.2) Setor Secundário (ubano) Setor da economia que transforma os produtos primários em produtos industrializados roupas, automóveis, máquinas eletrônicos etc. Como há conhecimentos tecnológicos agregado aos produtos do setor secundário, o lucro obtido através da comercialização é mais expressivo e exportação desses produtos geram riquezas. 1.2.1.3)Setor Terciário (urbano) Setor econômico que está relacionado a prestação de serviço e na prática do comércio. Por definição, é aquele que produz os bens intangíveis (serviços) e também o destino final dos produtos produzidos pelos setores primário e secundário (comércio). Constituise como uma das mais importantes atividades da economia atual pois manifestase em nível global, regional e local que envolve pequenas trocas até complexas transações entre multinacionais. O setor terciário é muito abrangente, algumas práticas de comércio e serviço são: Turismo e Lazer, Restaurante, Educação, Hospitais, Serviços administrativos e etc. obs: Com o avanço e consolidação do sistema capitalista, bem como a difusão do processo de globalização, o setor terciário é o que atualmente mais cresce no mundo. O advento da chamada Economia de Mercado propiciou que países desenvolvidos e alguns emergentes empregassem mais de 70% de seus trabalhadores no setor terciário. Além disso, quase tudo passa por essa área, em um processo denominado por terciarização econômica. A concentração de mão de obra na área de comércio e principalmente de serviços devese a inúmeros fatores. Dentre eles, podemos citar: o crescimento da complexidade da economia, a dependência maior dos trabalhadores em serviços (como creches, escolas, assistências etc.) em função do menor tempo disponível e especialização das empresas em serviços muito específicos. No entanto, dentre todos os fatores responsáveis pelo crescimento do setor terciário, destacase a mecanização do campo e da atividade industrial (setores primário e secundário). Essas áreas passaram a empregar em uma quantidade intensamente menor e em um nível de qualificação bem mais exigente, transportando a maior parte da massa de assalariados para o comércio e os serviços. 1.2.2) Divisão Técnica da Produção O progresso tecnológico resultante do aparecimento de novos instrumentos de trabalho ou o aperfeiçoamento dos existentes requer uma elevação da habilidade de seu manejo. A divisão técnica do trabalho permite a especialização dos trabalhadores em determinadas atividades e a separação dos diferentes tipos de funções laboriais dentro de uma determinada unidade econômica de forma que aumente a sua eficácia pela acumulação de experiência e o desenvolvimento de uma determinadas habilidades. No entanto, os trabalhadores individuais que se especializam em profissões estão vulneráveis a uma reorganização econômica associada com "produtos cíclicos" voláteis e o desenvolvimento de novas indústrias. 1.2.3) Divisão da Produção Social Nas sociedades de classes, as relações de propriedade são expressões jurídicas das relações de produção, assim as relações de produção são relações entre classes sociais, proprietários e nãoproprietários (mão de obra). Exemplo de sala de aula: “Os capitalistas são aqueles que utlizam de capital para trabalhar dono de alguma empresa, por exemplo. Os trabalhadores são aqueles que oferecem sua mão de obra” “O C.E.O. da vale é um trabalhador, no entanto ele é socialmente mais capitalista que um dono de bar”. 1.3) Necessidades Humanas: Os indivíduos possuem necessidades que precisamser satisfeita para que haja a garantia de sua sobrevivência. Como exemplo, temos a necessidade do alimento e da respiração que são essenciais a vida e se caracterizam como necessidades de natureza biológica. Além disso existem as necessidades que estão relacionadas com a existência social do indivíduo iPod, celular, notebook e relacionadas ao seu espirito (música, leitura etc). Somado a isso, como os indivíduos vivem em sociedades, surgem algumas necessidades de cunho coletivo que são: educação, transporte coletivo, saneamento, saúde e etc. Para satisfazer essas necessidades as pessoas precisam consumir como, por exemplo, pão, casa, carros. No entanto, é valido ressaltar que a satisfação dessas necessidades não se dá apenas através de objetos materiais mas através de serviços (Saúde, transporte, educação). Em suma, a satisfação das necessidades individuais e coletivas são feitas através do consumo de bens e serviços e esses bens e serviços compõe a produçãom econômica que obtida através dos fatores de produção (recursos produtivos). 1.4) Recursos Produtivos 1.4.1) Mão de Obra Nem todos os membros de nossa sociedade são membroativos da produção. Daí temos a população dependente que são os jovens e idosos e a população não dependente que são os indivíduos que possuem entre 16 e 65 anos e estão aptos a produção. No entanto, nem todos os indivíduos da população não dependente produzem necessariamente portador de necessidades especiais, gestantes, e aqueles envolvidos no processo educacional (escola, faculdade, …) A tecnologia é excludente de mãodeobra o que gera um fenômeno camado desemprego tecnológico. Na época em que surgiram as primeiras máquinas, a mão de obra era escassa, no entanto, hoje temse um excedente dela. Por conta disso, as chamadas profissões marginais surgiram tais quais: flanelinha e ambulantes que são modos não institucionais da produção. Aspecto interessante a ser destacados é que esses excedentes de mão de obra diminui a pressão por aumento do salário. 1.4.2) Recursos Naturais Conjunto de recursos naturais utilizados no processo de produção. Compreende as fontes reais de terra, água, ar, plantas, animais, minerais e energia. No Brasil, há disponibilidade crescente, isto é, temos como expandir a produção dependendo do recurso natural há potencial. 1.4.3) Capital É a denominação dada a equipamentos e instalações do processo de produção. “ex. a sala de aula é um capital social não produz porém forma engenheiros”. A tendencia é aumentar os meios de produção e ampliar a capacidade de consumo. Capital técnico dividese em capital fixo e capital circulante. Capital fixo: são os meios de produção que podem ser utilizados várias vezes, embora sofram algum desgaste com o passar do tempo e o uso (edifícios, equipamentos, meios de transporte, etc). Capital circulante: são os meios de produção incorporados no processo produtivos de outros bens que desaparecem por inteiro após a sua utilização, ex: matérias primas, combustíveis, etc. Capital financeiro dividese em capital próprio e capital alheio Capital próprio: são os meios financeiros que pertencem aos proprietários da unidade produtiva é o processo de auto financiamento. Capital alheio: são os meios financeiros disponibilizados por terceiros que não pertençam à unidade produtiva, como por exemplo o acesso a crédito bancário, etc. Capital humano: conjunto de aptidões humanas (skills, know how) que permitem a capacidade de trabalho inclui a experiência e os conhecimentos dos indivíduos. O capital humano é valorizado sempre que existem investimentos na formação ou na saúde dos recursos humanos. Capital natural: conjuntos dos recursos naturais disponíveis. Deve se promovida uma utilização racional do capital natural para não ser posto em causa o desenvolvimento sustentável do planeta (sustentabilidade) 1.4.4) Curva de Possibilidade de Produção Expressa a capacidade máxima de produção de uma sociedade supondo pleno emprego dos recursos dos fatores que se dispõem no momento. Devido a escassesz de recursos, a produção total de um país tem seu limite máximo, isto é, quando todos os recurso disponíveis estão empregados (todos os trabalhadores empregados e não possui capacidade ociosa) Alternativas de Produção Máquinas (Milhares) Alimentos(Toneladas) A 25 0 B 20 30 C 15 47,5 D 10 60 E 0 70 Podemos traçar uma curva ABCDE que indica todas as possibilidades de produção dessa economia hipotética. Em qualquer ponto sobre a curva, significa que a economia ira operar em pleno emprego. Em qualquer ponto interno a curva podemos dizer que a economia está operando com capacidade ociosa os fatores de produção estão sendo subutilizados. Em um ponto acima da curva, representase uma combinação impossível de produção. Vale destacar que o deslocamento da curva para direita ou para cima significa que a economia está em crescimento. 1.5) Sistema Produtivo Simplificado O processo produtivo tem origem em 4 fatores que são: Trabalho qualificado, trabalho nãoqualificado, recursos naturais e capital. Estes 4 elementos podem dão origem a uma unidade produtiva. 1.5.1) Circulação do Sistema Econômico O fluxo real, o fluxo monetário e o mercado são os elementos fundamentais do sistema econômico. O funcionamento desse sistema se caracteriza pelo permanente trânsito dos fluxos real e monetário, tanto no sentido do mercado como no sentido contrário. A circulação corresponde a esses fenômenos do sistema. Essa idéia de circulação no sistema econômico ampliase com um outro conceito, o de sistema econômico fechado. O sistema econômico fechado é aquele que não mantém relações econômicas com outros sistemas. Nesse sistema econômico, todos os bens e serviços de consumo da produção das empresas são vendidos, não havendo formação de estoque. Dessa forma, o nosso sistema econômico será formado pelas empresas e pelas famílias. O aparelho produtivo contrata, junto às famílias, os fatores de produção (trabalho, capital etc.), originandose aí o fluxo monetário. Por outro lado, o aparelho produtivo organiza os fatores de produção de que agora dispõe e estabelece o fluxo real, que equivale à oferta de bens e de serviços produzidos. Esses dois fluxos se encontram no mercado, onde as famílias trocam sua renda (oufluxo monetário) pelo produto (fluxo real) para satisfazer suas necessidades. No mercado os fluxos trocam de mãos: o fluxo real passa para as mãos das famílias, onde será consumido (pois se trata de bens e serviços), enquanto o fluxo monetário passa para as mãos do aparelho produtivo, como pagamento pelos bens e serviços vendidos. É valido destacar que ambos os fluxos precisam de um controle. Fluxo monetário: política monetário Fluxo real: política fiscal 1.5.2) Formas de Remuneração A remuneração por capital consiste na retribuição ao sócio pelo investimento pessoal realizado e mantido na empresa. Considerando que as quotas e ações possuem um valor patrimonial, já que representam uma parte da empresa, é justo que o sócio receba uma retribuição para não retirar o investimento da empresa. A remuneração por capital é feita na forma de lucros ou por dividendos, juros sobre o capital o capital próprio ou pela valorização da empresa, que embora não realizada financeiramente representa acréscimo ao patrimônio do sócio. A remuneração por trabalho é a o que um funcionário recebe por dedicar sua mãodeobra, talento e intelecto em benefício da empresa que o contratou. Esta remuneração pode ser feita de diversas formas: salário, bônus, etc. 1.6) Mercados: É caracterizado por dois componentes: oferta e procura. A oferta, representa um certo bem ofertado num período de tempo por um determinado preço. A procura é conjunto de consumidores demandantes de um determinado produto que representa a quantidade de certo produto consumido em um período de tempo a um determinado preço. É importante ressaltar que o ponto de equilíbrio é sempre uma meta que se tenta alcançar e é por esse motivo que a economia apresenta ciclos e não se comporta de uma forma padrão, estática. 1.6.1) Competição Perfeita Tipo de concorrência de mercado em que há um grande número de vendedores (empresas) e de compradores. Assim, por esse número ser grande, nenhuma organização por si só pode influenciar o nível de oferta de mercado e, consequentemente, os compradores não alteram o preço de equilíbrio. Atualmente, não existe mercado tipicamente de concorrência perfeita. O mercado dos produtos hortifrutigranjeiros é o exemplo que mais e aproxima a esse tipo de mercado.O conjunto das empresas é quem determina a oferta de mercado, determinando também o preço de equilíbrio enquanto interage com a demanda. Independentemente da quantidade que uma empresa produz, essa empresa terá obrigatoriamente que vender a sua produção ao preço determinado pelo mercado. Bem como o preço é determinado pelo mercado, cada empresa aceitará o preço como um dado fixo sobre o qual não pode influir e, a partir desse preço de equilíbrio, cada empresa individual produzirá a quantidade que indica a sua curva de oferta, que será condicionada pelos custos de produção. As principais características desse tipo de mercado são: ● Homogeneidade do produto: supõese que não existe diferença entre os produtos; ● Transparência do mercado: todos os participantes têm pleno conhecimento das condições gerais em que opera o mercado, tais como lucros, preços, etc; ● Liberdade de entrada e saída de empresas: facilidade da empresa em entrada e saída da atividade, não existindo barreiras à entrada no mercado; ● Não intervenção do Estado: o Estado não intervém, deixando o mercado regularse através da chamada "mão invisível da concorrência". Os preços são definidos pelo livre jogo da oferta e demanda. Assim, o equilibrio seria sempre alcançado tanto a curto, como a médio e longo prazo; ● Mercado Atomizado: composto de um número expressivo de agentes (grande número de produtores e demandantes do produto), como se fossem átomos; ● Não existem lucros anormais ou lucros extraordinários a longo prazo: isto é, a fração do lucro que está acima do lucro médio do mercado), mas apenas os chamados lucros normais, que representam a remuneração implícita do empresário (seu custo de oportunidade ou o que ele ganharia se aplicasse seu capital em outra atividade, segundo a rentabilidade média de mercado). condição de e equilíbrio de longo prazo = receita média = receita marginal=custo marginal = custo médio 1.6.2) Competição Imperfeita Tipo de concorrência em que existe pelo menos uma empresa ou consumidor com poder suficiente para influenciar o preço de mercado e a quantidade transacionada. São exemplos de situações de concorrência imperfeita os oligopólios e a concorrência monopolística, estruturas de mercado que se situam entre a concorrência perfeita e o monopólio. Uma situação de concorrência imperfeita pode ocorrer também quando existe poder de influência dos preços de um ou de um número reduzido de consumidores – acontece por exemplo entre os produtores agrícolas e a grande distribuição, situação em que o reduzido número de distribuidores em comparação com o elevado número de produtores, a que se junta a grande diferença de dimensão, confere à grande distribuição um forte poder negocial. Algumas características deste tipo de estruturas de mercado são: ● Existência de produtos diferenciados (as empresas procuram introduzir determinadas características nos seus produtos de dorma a diferenciálos dos concorrentes e de forma a criar pequenos nichos de mercado); ● Existência de preços distintos para cada um dos produtos (esta diferenciação de preços está diretamente relacionada com a diferenciação dos produtos, permitindo às empresas serem ‘fazedores de preços’ em lugar de apenas ‘tomadores de preços’ como acontece na concorrência perfeita). 1.6.3) Concorrência Monopolística A Concorrência Monopolística é uma forma de concorrência imperfeita e corresponde a uma situação em que existem numerosas empresas no mercado mas que oferecem produtos ou serviços não totalmente homogêneos e, por isso, não totalmente substituíveis. Numa situação deste tipo, cada uma das empresas possui algum poder de mercado para influenciar o preço dos seus próprios produtos ou serviços. De fato, no seu produto particular, diferenciado dos produtos dos restantes concorrentes, cada empresa funciona como um pequeno monopólio – a maior ou menor proximidade de uma situação de monopólio depende do grau de diferenciação (e, portanto, do grau de substituição) existenteentre os diferentes produtos oferecidos: se esse grau de substituição é reduzido, a concorrência será maior e se está mais próximo da concorrência perfeita; se o grau de substituição é elevado, a concorrência será mais reduzida e se está mais próximo de uma situação de monopólio. ponto de maximização de lucros RMg=Cmg 1.6.4) Oligopólio Um Oligopólio corresponde a uma estrutura de mercado de concorrência imperfeita, caracterizada pelo fato do mercado ser dominado por um número reduzido de empresas produtoras. Num oligopólio, os bens produzidos podem ser homogêneos ou apresentar alguma diferenciação sendo que, geralmente, a concorrência se efetua mais ao nível de fatores como a qualidade, o serviço pósvenda, a fidelização ou a imagem, e não tanto ao nível do preço. Uma característica importante dos oligopólios é o fato de estarem em setores com fortes barreiras à entrada, sejam elas os elevados custos de entrada, a existência de uma escala mínima de eficiência muito elevada, a existência de fortes economias de experiência, as limitações legais, ou outras. Os oligopólios são muito comuns, sendo muito frequente encontrálos em alguns setores da indústria, transportes e comunicações, nos quais as barreiras à entrada são elevadas. obs: São termos recorrentes: Oligopsônio e Monopsônio. O primeiro, é uma estrutura de mercado caracterizada por haver um número pequeno de compradores. O segundo, é estrutura de mercado caracterizada por haver um único comprador para o produto de vários vendedores 2) Macroeconomia 2.1) Principais Objetivos Macroeconômicos ● Produção: Alto nível de crescimento da produção ● Emprego: Alto nível de emprego com pouco desemprego involuntário ● Estabilidade de preço: trata do controle inflacionário visando evitar o aumento dos preços de maneira drástica. ● Distruibuição de renda: Visa distribuir renda de forma equitativa entre a população e poder usar como instrumento a poliítica fiscal. 2.2) Instrumentos da Política monetária: ● Política Monetária: Controle da oferta para a determinação de taxas, redução de juros, ampliação do prazo de concessão de crédito. Trata do volume de massa monetária. ● Política Fiscal: gastos públicos e impostos Nível de gastos em função do nível de tributação e impostos pelo governo. Para estimular o comércio podese diminuir tributos ou aumentar os gastos. (diminuição de tributos é mais efetivo, dá seus efeitos mais rapidamente. obs: as ações do governo geralmente são uma combinação de políticas monetárias e fiscais. ● Política de preço Ajuste salarial ocorre apenas uma vez ao ano ao passo que os preços mudam a todo momento. Oferta e Demanda Agregada ● Oferta agregada É a quantidade total de bens e serviços que as empresas de um país estão dispostas a produzir e vender em um determinado período, dados os preços, a capacidade produtiva (que depende da tecnologia e os fatores produtivos disponíveis), os custos e as condições do mercado. Representa os efeitos do produto sobre o nível do preço. Nível de preços e custos, produção potencial, capital, trabalho e tecnologia são as variáveis que deslocam a curva OA. Um aumento do nível esperado dos preços deslocam a curva para cima ● Demanda agregada É totalidade de bens e serviços (demanda total) que numa determinada economia os consumidores, as empresas e o Estado, estão dispostos a comprar, a um determinado nível de preço. Em determinado momento, representa o efeito do nível de preço sobre o produto. É derivada das condições de equilíbrio do mercado de bens e do mercado financeiro. As variáveis que influenciam nesta curva são as políticas fiscais e monetárias. Políticas governamentais podem estimular o deslocamento da DA. A um dado de níveis de preços, os gastos do governo deslocam a curva para a direita. A diminuição da moeda nominal diminui o produto deslocando a curva para a esquerda. O equilibrio é dado pela intersecção da curva de oferta agregada com a de demanda agregada. Nos pontos A, A’ e A’’ os mercados de trabalho, de bens e financeiros estão todos em equilíbrio. Obs: Empresas possuem alto custo de manutenção, dessa forma é melhor que produzam em larga escala. Com o aumento da demanda e com preços elevados, os produtores podem aumentar a sua capacidade produtiva. Produto Interno Bruto e ● PIB É a soma de todos os bens e serviços produzidos em um país num espaço de tempo. Isso inclui do café na padaria aos apartamentos de luxuosos. O consumo depende dos salários e dos juros. Se as pessoas ganham mais e pagam menos juros nas prestações, o consumo é maior e o PIB cresce. Com salário baixo e juro alto, o gasto pessoal cai e o PIB também. Por isso os juros altos atrapalham o crescimento do país. Os investimentos das empresas também influenciam no PIB. Se as empresas crescem, compram máquinas, expandem atividades, contratam trabalhadores, elas movimentam a economia. Os juros altos também atrapalham aqui: os empresários não gastam tanto se tiverem de pagar muito pelos empréstimos para investir. PIB= C+I+G+XM C representa o consumo privado I é a totalidade de investimentos realizada no período G equivale aos gastos do governo X é o volume de exportações M é o volume de importações ● PIB real x PIB nominal O PIB nominal usa os preços correntes para atribuir um valor à produção de bens e serviços da economia. O PIB real usa preços constantes do anobase para atribuir um valor à produção de bens e serviços da economia. Como o PIB real não é afetado pela variação dos preços, as variações do PIB real refletem apenas mudanças nas quantidades produzidas, e portanto é uma medida da produção de bens e serviços da economia. E por fim, uma vez que a maior finalidade de se medir o PIB é medir o desempenho da economia como um todo, uma vez que o PIB real mede a produção de bens e serviços da economia, reflete a capacidade do produto satisfazer as necessidades das pessoas. Assim, o PIB real indica o bemestar econômico de forma melhor que o PIB nominal ● PIB potencial O Produto Interno Bruto (PIB) potencial costuma ser entendido como a capacidade de oferta de uma economia. Ou como a capacidade produtiva instalada da economia. Também pode ser definidocomo a capacidade de crescimento da economia sem causar pressões inflacionárias se a economia crescer além do PIB potencial, surgem pressões inflacionárias. Para mensurálo, há várias medidas indiretas, como capacidade instalada da indústria, infraestrutura, geração de energia elétrica, etc., mas faltam medidas diretas, e os resultados dependem fortemente das metodologias escolhidas. Vários métodos são usados para calcular essa variável e todos são considerados problemáticos, uma vez que ela não é observável no mundo real. ● PNB Produto Nacional Bruto (PNB) referese a soma de todas as riquezas produzidas por uma nação durante determinado período, seja em território nacional ou não. Assim, empresas brasileiras que tenham fábricas no exterior também se somam a este indicador. O PIB difere do Produto Nacional Bruto (PNB) basicamente pela renda líquida enviada ao exterior (RLEE). Essa é desconsiderada no cálculo do PIB, e considerada no cálculo do PNB, inclusive porque o PNB é gerado a partir da soma do PIB mais entradas e saídas de capital.O RLEE representa a diferença entre recursos enviados ao exterior (pagamento de fatores de produção internacionais alocados no país) e os recursos recebidos do exterior a partir de fatores de produção que, sendo do país considerado, encontramse em atividade em outros países.Assim, caso um país possua empresas atuando em outros países, mas proíba a instalação de transnacionais no seu território, terá uma renda líquida enviada ao exterior negativa. Em geral, países desenvolvidos possuem PNB maior do que o PIB, mostrando assim que a soma da produção nacional é mais forte do que a soma da riqueza produzida em território nacional, que inclui as empresas estrangeiras localizadas ali. Tipos de investimentos O investimento induzido se refere aos gastos de investimento que são induzidos pela variação e/ou pelo nível corrente de atividade econômica (vendas, PIB, grau de utilização da capacidade, etc). Sendo assim, o investimento induzido corresponde ao investimento em ampliação da capacidade produtiva existente. Quando ocorre uma aceleração do crescimento econômico, o investimento induzido aumenta pois os empresários procuram ajustar o tamanho da sua capacidade produtiva ao crescimento esperado das vendas. O investimento induzido é, portanto, fortemente próciclico; e deve se reduzir de maneira significativa face a uma retração do nível de atividade. O investimento autônomo se refere aos gastos de investimento que são, em larga medida, independentes da variação e/ou do nível corrente de atividade econômica. Em suma, o investimento autônomo corresponde ao investimento em modernização da capacidade produtiva existente, ou seja, tratase do investimento que está associado a atividade de inovação tecnológica. Esse tipo de investimento envolve um grau maior de incerteza do que o investimento em ampliação da capacidade, mas não depende tão fortemente da conjuntura econômica como o investimento em ampliação de capacidade. Ciclo virtuoso da economia O conceito do ciclo econômico referese às flutuações da atividade econômica a longo prazo. O ciclo envolve uma alternância de períodos de crescimento relativamente rápido do produto (recuperação e prosperidade), com períodos de relativa estagnação ou declínio (contração ou recessão). Os ciclos econômicos são caracterizados por um movimento de um grande número de atividades econômicas e não somente pelo movimento de uma única variável, tal como o PIB real, embora essas flutuações são geralmente medidas em termos de variação do Produto Nacional (PIB ou PNB). ● gastos < arrecadação Política de retração/contração ● gastos > arrecadação Política de expansão/recuperação É valido ressaltar que algumas vezes a arrecadação diminui devido ao baixo nível de atividade econômica, os gastos continuam altos e as arrecadações baixas. Isso não significa que não é uma política expansionista. No entanto, para se ter política expansionista, o governo, em um dado momento, precisa de investir mais do que arrecadar. ● PMgC Propensão Marginal ao Consumo (PMgC) é um valor que varia entre 0 e 1, que expressa o comportamento dos agentes de uma determinada economia em relação a renda obtida. Quanto mais propensos estes forem a consumir, maior será o valor da PMgC. Por exemplo, numa economia em que seus agentes estão dispostos a comprometer 70% da sua renda com o consumo, a PMgC é igual a 0,7. O conceito de Propensão Marginal ao Consumo é de grande valia quando observase o multiplicador keynesiano (M = 1 /1 PMgC), do qual este é uma das variáveis. Quanto maior for o seu valor, maior será a renda final da economia em análise – o consumo (demanda) estimula a produção, que emprega cada vez mais os meios de produção disponíveis, empregando mais pessoas, que consumirão mais, formando um ciclo virtuoso. PMgC= razão entre a variação do consumo adicional em decorrência da variação de renda disponíve adicional. Isto é: PMgC = ΔC/ΔYd Lado monetário da economia Com a criação dos Estados nacionais aparece o papelmoeda. Cada Estado passou a emitir seu papelmoeda, sendo este lastreado em ouro (padrãoouro). O ouro, contudo, era um metal com reservas limitadas na natureza, e como a capacidade de emitir moeda estava vinculada à quantidade de ouro existente, o padrãoouro passou a apresentar um obstáculo à expansão das economias nacionais e do comércio internacional, ao impor um limite à oferta monetária. Dessa forma, a partir de 1920 o padrãoouro foi abandonado, e a emissão de moeda passou a ser livre, ou a critério das autoridades monetárias de cada país. Assim, a moeda passa a ser aceita por força de lei, denominandose moeda de curso forçado ou moeda fiduciária (de fidúcia, confiança), não sendo lastreada em metais preciosos. ● Tipos de Moedas Moedas metálicas: Emitidas pelo Banco Central, constituem pequena parcela da oferta monetária e visam facilitar as operações de pequeno valor e/ou com unidade monetária fracionada (troco). Papelmoeda: Também emitido pelo Banco Central, representa parcela significativa da quantidade de dinheiro em poder do público. O papelmoeda e as moedas metálicas em poder do público (famílias e empresas) são denominadas moeda manual. Moeda escritural: É representada pelos depósitos avista (depósitos em conta corrente) nos bancos comerciais (é a moeda contábil, escriturada nos bancos comerciais). ● Conceito de meios de pagamento Os meios de pagamento (MP) constituem o total de moeda à disposição do setor privado não bancário, de liquidez imediata, ou seja, que pode ser utilizada imediatamente para efetuar transações. A liquidez da moeda é a capacidade que ela tem de ser um ativo prontamente disponível e aceito para as mais diversas transações. Os meios de pagamento em sua forma tradicional são dados pela soma da moeda em poder do público mais os depósitos a vista nos bancos comerciais. Ou seja, pela soma da moeda manual e da moeda escritural. M1 = MP = Moeda em poder público + Depósitos a vista M2 = M1 + Depósito à prazo M3 = M2 + Depósito de poupança M4 = M3 + Títulos Privados Os meios de pagamento representam, então, quanto a coletividade tem de moeda "física" (metálica e papel) com o público ou no cofre das empresas somado a quanto ela tem em conta corrente nos bancos. Enfim, é a moeda que não está rendendo juros, aquela que não está aplicada em contas ou ativos remunerados. Notese, também, que o conceito econômico de moeda é representado apenas pela moeda que está com o setor privado não bancário, ou seja, excluemse os próprios bancos comerciais, e a moeda que está com as autoridades monetárias. Nesse sentido, os depósitos a vista ou em conta corrente não são dinheiro dos bancos, mas dinheiro que pertence ao público não bancário. O dinheiro que pertence aos bancos são seus encaixes (caixa dos bancos comerciais) e suas reservas (quanto os bancos comerciais mantêm depositado junto ao Banco Central). Também não são considerados, na definição tradicional de meios de pagamento, as cadernetas de poupança e os depósitos a prazo nos bancos comerciais (captados via CDBs Certificados de Depósitos Bancários), por duas razões: não são de liquidez imediata e são remunerados, isto é, rendem juros. Os meios de pagamento, conceituados como moeda de liquidez imediata, que não rendem juros, também são chamados, na literatura mais específica de M1. Para alguns objetivos, os economistas incluem como moeda a chamada quasemoeda 1 ativo que tem alta liquidez (embora não tão imediata) e que rende juros, como os títulos públicos, as cadernetas de poupança, os depósitos a prazo e alguns títulos privados, como letras de câmbio e letras imobiliárias. Os meios de pagamento, no conceito M1, também são chamados de ativos ou haveres monetários. Os demais ativos financeiros, que rendem juros, são chamados de ativos ou haveres não monetários. obs: Ativo é o total de bens de uma empresa ou pessoa. A riqueza de uma pessoa é medida pelo total de ativos que ela possui (Patrimônios, bens, commodities, ações, títulos, dinheiro). Passivos São todos as dívidas e obrigações de uma pessoa ou empresa(alguel, diversão, vestimenta, aluguel, impostos, tranportes, empréstimos). Instrumentos da Política Monetária ● Encaixe compulsório Este mecanismo tem a capacidade de influenciar o crédito disponível bem como as taxas de juro cobradas. É por meio do depósito compulsório que os bancos ficam obrigados a depositar em uma conta no próprio Banco Central parte dos recursos captados de seus clientes nos depósitos à vista, a prazo ou poupança. O sistema do depósito compulsório está presente em praticamente todos os países, é a forma encontrada pelo poder público de controlar as ações dos bancos impedindo que estes apliquem todo o dinheiro que lhe é confiado pelos correntistas, arriscando perder ou diminuir consideravelmente o patrimônio dos particulares que se utilizam dos bancos para guardar suas economias. O BC tem a escolha de reduzir ou aumentar os valores do compulsório, sendo que ao reduzilo, os bancos ficam com mais capital disponível para investir por meio de empréstimo aos seus clientes. Com mais dinheiro disponível, os bancos geralmente diminuem seus juros, ou em momentos de maior escassez de divisas, impede que desapareçam as fontes de crédito para o consumidor e para as empresas. ● Encaixe Voluntário São as reservas em moedas ou em títulos mantidas no BACEN sem obrigação legal. Encaixe voluntário = Encaixe total Encaixe compulsório ● Mercado aberto (Open Market) Este instrumento, considerado um dos mais eficazes, consegue equilibrar a oferta de moeda e regular a taxa de juros em curto prazo. A compra e venda dos títulos públicos se dá pelo Banco Central. De acordo com a necessidade de expandir ou reter a circulação de moedas do mercado, as autoridades monetárias competentes resgatam ou vendem esses títulos. Se existe a necessidade de diminuir a taxa de juros e aumentar a circulação de moedas, o Banco Central compra (resgata) títulos públicos que estejam em circulação. Se a necessidade for inversa, ou seja, aumentar a taxa de juros e diminuir a circulação de moedas, o Banco Central vende (oferta) os títulos disponíveis. Portanto, os títulos públicos são considerados ativos de renda fixa, tornandose uma boa opção de investimento para a sociedade. Outra finalidade dos títulos públicos é a de captar recursos para o financiamento da dívida pública, bem como financiar atividades do Governo Federal, como por exemplo, Educação, Saúde e Infraestrutura. ● Redesconto Os chamados empréstimos de assistência à liquidez são utilizados pelos bancos comerciais somente quando existe uma insuficiência de caixa (fluxo de caixa), ou seja, quando a demanda de recursos depositados não cobrem suas necessidades.Quando a intenção do Banco Central é de injetar dinheiro no mercado, ele baixa a taxa de juros para estimular os bancos comerciais a pegar estes empréstimos. Os bancos comerciais por sua vez, terão mais disponibilidade de crédito para oferecer ao mercado, consequentemente a economia aquece. E quando o Banco Central tem por necessidade retirar dinheiro do mercado, as taxas de juros concedidas para estes empréstimos são altas, desestimulando os bancos comercias a pegálos. Desta forma, os bancos comerciais que precisam cumprir com suas necessidades imediatas, enxugam as linhas de crédito, disponibilizando menos crédito ao mercado, com isso a economia desadecelera. ● Persuasão Moral Os bancos centraistêm como função supervisionar o sistema bancário e financeiro,influenciam os sistemas de liquidação e de pagamentos, principalmente como fornecedores deuma variedade de serviços de liquidação e de pagamentos para outros bancos. Esses serviçosdevem ser confiáveis, para estarem disponíveis mesmo quando os mercados nos quais elesfuncionem estiverem em crise. Eles não devem, nunca, ser a origem de tais crises. Na prática, a maioria dos bancos centrais usa a persuasão moral em suas atividades diárias de vigilância. A persuasão é uma estratégia de comunicação que consiste em utilizar recursoslógicoracionais ou simbólicos para induzir alguém a aceitar uma ideia, uma atitude, ourealizar uma ação. Existem, por exemplo, formas de pressionar os bancos para que ofereçam linhas de crédito para pequenos empresários e pessoas de baixa renda. Uma delas seria através da persuasão moral implícita, onde o Banco Central influencia a atuação dos bancos por meio de pressão para que o sistema bancário possa ser mais acessível. Uma outra forma seria por meio de leis sobre divulgação financeira. ● Política Cambial A política cambial tem como principal objetivo manter o equilíbrio no fluxo de entrada e saída de moeda estrangeira de tal forma que a taxa de câmbio possa se manter em um patamar que atenda os interesses do governo no cenário econômico que o país se encontra. Existem momentos em que o governo adota medidas para valorizar o real (o dólar fica mais barato). Existem momentos em que o governo adota medidas que desvalorizam o real (o dólar fica mais caro). Muitas vezes as variações cambiais são um efeito colateral de outras políticas econômicas. O objetivo é sempre buscar um equilíbrio, evitando alterações bruscas da taxa de câmbio e dos preços influenciados por ela. Estas mudanças bruscas sempre prejudicam as empresas, população e governo. É papel do Banco Central adotar medidas para evitar a volatilidade que é a variação rápida do valor da moeda. Existem três regimes de câmbio diferentes que os governos podem adotar: Câmbio flutuante O preço da moeda estrangeira é determinada pelas leis da oferta e demanda sem interferência do BACEN. Quando a oferta de dólares no país é muito grande, seu preço tende a cair. Quando existem poucos dólares em diante a muito interesse pela moeda o preço tende a subir. Neste regime o Banco Central não fica comprando e vendendo dókares para influenciar no preço da moeda. O próprio mercado tende a encontrar o equilíbrio e uma taxa de câmbio justa. Câmbio fixo Neste tipo de regime, o BACEN está sempre comprando e vendendo dólares para evitar a variação do seu preço. Para utilizar o câmbio fixo, é necessário que o país tenha uma grande reserva de dólares. Quando falta dinheiro o país se vê obrigado a pedir empréstimos internacionais já que não pode imprimir dólares. Câmbio híbrido É a mistura do câmbio fixo e flutuante. Entre 1994 e 199 o Brasil utilizou o regime híbrido através das bandas cambiais. O governo estabelecia um valor mínimo e um valor máximo para o dólar e deixava o preço flutuar nessa faixa. O BACEN intervia no câmbio comprando e vendendo dólares para manter o preço entre a banda cambial estabelecida. ● Efeitos da alta do dólar na economia: Real desvalorizado (dólar caro) > Inflação sobe Muito do que é produzido e consumido no Brasil possui o preço cotado em dólar, exemplo: trigo, soja, milho, café, etc. Quando o real está desvalorizado nossos produtos se tornam mais atrativos no exterior elevando as exportações e isto pode afetar a oferta destes produtos para o consumidor brasileiro, pressionando os preços. Muito do que é produzido no Brasil (eletrônicos, veículos, máquinas) ultilizam matéria prima importada e ficam mais caros quando o dólar se valoriza frente ao real. Com produtos importados mais caros, a população tende a procurar os produtos nacionais similares. A demanda nem sempre acompanha a capacidade das empresas de produzirem mais e por isto a demanda maior diante a uma oferta pequena faz os preços dos produtos nacionais aumentarem. Real desvalorizado (dólar caro) > Balança comercial sobe O real mais barato torna os produtos brasileiros mais baratos no exterior. As empresas brasileiras exportam mais e recebem dólares como forma de pagamento. Já os importados ficam mais caros, as pessoas e as empresas importam menos e com isto menos dólares saem do Brasil. E isso favorece a balança comercial, que é o indicador econômico que representa a relação entre o total de exportações e importações de bens e serviços de um país num determinado período. Mais exportações também representam a entrada de mais dólares e com isto o governo tem a oportunidade de aumentar suas reservas em dólares, o país acumula mais riquezas que podem ser utilizadas para investimentos fazendo o país crescer. O problema é que todos estes movimentos são muito lentos. Quando o dólar fica mais caro a inflação tende a aumentar rapidamente enquanto as exportações podem demorar muito tempo para trazer riquezas para o país. Real desvalorizado (dólar caro) > PIB sobe As empresas brasileiras tendem a produzir mais e investir mais para atender a demanda das exportações. Isso faz a economia do país crescer sem depender da demanda interna.Este efeito também demora muito para acontecer e depende de outras condições favoráveis. Uma taxa de câmbio favorável não é o único ponto necessário para que um país possa crescer. Nossos produtos não são competitivos lá fora devido a outros problemas como falta de infraestrutura para transporte dos produtos, baixa produtividade, impostos e burocracia elevada para quem deseja exportar. ● Balança de Pagamentos O balanço de pagamentos de um país é o registro sistemático das transações econômicas, durante um período de tempo, entre os seus residentes e os residentes do resto do mundo (FMI). Os registros no BP são normalmente efetuados em dólares norte americanos. Balança de Transações Corrente A Balança de Transações Correntes é uma das componentes da Balança de Pagamentos de um determinado país e inclui a Balança Comercial, a Balança de Serviços, os rendimentos de investimentos e as transferências unilaterais. A Balança de Transações correntes corresponde,desta forma, ao rendimento líquido de um país: no caso de apresentar um saldo positivo (ou superavit), contribui para a acumulação de créditos sobre o exterior; no caso de apresentar um saldo negativo (ou déficit), contribui para a acumulação de dívida ao exterior. Terá sido a acumulação persistente de déficits da Balança de Transações Correntes em diversos países europeus uma das principais razões para a grave crise econômica registada na Europa a partir de 2008. A balança pode ser superavitária: País recebe recursos para: 1) pagamento de compromissos assumidos anteriormente; 2) investimento do país no exterior e 3) aumentar reservas. Deficitária: País possui necessidade de: 1) investimentos estrangeiros; 2) contrair empréstimos no exterior e 3) diminuir reservas. Balança de Serviços A Balança de Serviços registra as transações internacionais como intangíveis ou invisíveis. Compreende os chamados serviços de não fatores. Quando o país (residentes) vende serviços (transporte, royalities, aluguel de equipamentos, serviços governamentais, etc) ao resto do mundo (nãoresidentes), a BS registra uma receita em dólares. Quando o país (residentes) compra serviços do resto do mundo (nãoresidentes), a BS registra uma despesa em dólares. Transações Unilaterais Registra as transações internacionais que não envolvem obrigações como contrapartida. Destacamse: recursos destinados a reparações de guerra, transferências de legados e heranças, doações particulares e governamentais em bens ou dinheiro, pagamentos de pensões a cidadãos nacionais residindo no exterior, ajudas de indivíduos, de entidades filantrópicas e de governos a populações afetadas por calamidades naturais (ajuda humanitária), e remessas enviadas por migrantes que trabalham no exterior. ● Balanço de Capitais Esta balança comporta as exportações e importações de capitais (correspondendo as primeiras a diminuições das dívidas ou aumento dos créditos face ao exterior, e as segundas a aumentos de dívidas ou diminuições dos créditos face ao exterior) efetuadas anualmente entre os residentes e os nãoresidentes de um determinado país. Diz respeito a transações propriamente financeiras, como, por exemplo, investimento direto estrangeiro ou créditos externos recebidos. É comum efetuarse a divisão desta balança nas suas componentes de curto prazo e de longo prazo. A relevância desta distinção reside no fato de, contrariamente aos movimentos de capitais de curto prazo, os de longo prazo apresentarem uma certa estabilidade ao longo do tempo. Também é frequente a separação entre os movimentos de capitais privados e oficiais. A balança de capitais forma, juntamente com a balança de transações correntes, a balança de pagamentos. Capitais Autônomos Investimentos Diretos Líquidos Empréstimos e Financiamentos Amortizações, Capitais de Curto Prazo Capitais Compensatórios a) Contas de Caixa: Haveres e obrigações a curto prazo no exterior b) Empréstimos de Regularização do FMI: quando o país tem problemas de liquidez internacional. Não constituem direito dos paísesmembro do FMI e, portanto sua obtençao se dá sob condicionantes. Assim o país tem de se submeter a uma série de exigências. c) Atrasados Comerciais (quando o país não paga suas obrigações na data do vencimento. Um lançamento nessa conta nada mais é que a decretação da moratária do país). Se houver superavit no Saldo Total da Balança de Pagamento (STBP), as resevas têm acréscimo no período analisado. Se houver déficit, uma possibilidade é o país perder reservas. Se não dispuser de reservas suficientes para cobrir para o déficit ou não quiser dispor delas, pode receber um empréstimo de regularização do FMI, desde que se submeta a um programa de ajustes de acordo com as regras impostas pelo FMI. Se isso não é possível, as obrigações vencidas e não pagas são lançadas como atrasados. Quando vence um empréstimo e o país não paga, debitase na conta de amortizações (como se fosse pago) e creditase na conta atrasados. Quando o pagamento for feito, debitase na conta atrasados e creditase na conta de caixa. Capitais Reservados São os meios de pagamento de que dispõem as autoridades monetárias de um país ou o montante de moeda estrangeira de que dispõe o país. Originamse de superávits nos balanços de pagamentos e destinamse a cobrir eventuais déficits das contas internacionais. Capitais Condensados Microeconomia Demanda e Oferta: O conceito de elasticidade ● Bens inelásticos ● Fatores determinantes da elasticidade da demanda Bens essenciais x Bens supérfulos Quantidade de renda Substituibilidade Tempo ● Fatores determinantes da elasticidade da oferta Custo e a possibilidade de estocagem Processo Produtivo Custo Fixo e Custo Variável Podemos definir os custos fixos como aqueles que não sofrem alterações influenciadas pelo volume de produção. Apesar do nome, não se pode afirmar que estes custos – que podem também ser classificados como “custos de estrutura” – jamais estarão sujeitos a qualquer modificação. Um exemplo clássico é o aluguel, que pode sofrer reajustes em determinados momentos e ainda assim continuar pertencendo ao grupo dos custos fixos, já que tais reajustes não estarão relacionados às oscilações na produção da empresa. Além do aluguel, são também classificados como custos fixos os serviços de vigilância e segurança, gastos com telefonia, limpeza, manutenção e afins. Os custos variáveis, por sua vez, estão diretamente ligados à produção da empresa, sofrendo alterações de um período para outro. O melhor exemplo deste tipo de custo vem das matériasprimas: quanto mais se produz, mais material é utilizado e, portanto, maior é o gasto. Ainda que o volume de produção permaneça estável por algum tempo, o custo com esses materiais não será enquadrado como fixo, pelo simples fato de não deixar de estar atrelado à produção. Outros exemplos de custos variáveis são a mãodeobra direta, comissões e fretes de venda e insumos diretos. A energia elétrica, embora costumeiramente seja classificada como um custo variável, faz parte de um grupo de gastos que se enquadra nas duas categorias: há a parte variável, que diz respeito à energia consumida na produção, mas há também a parte fixa, relacionada aos setores administrativos da empresa Abril Maio JunhoMatéria Prima R$ 50,00 R$ 50,00 R$ 50,00 Telefone R$ 10.000,00 R$ 10.000,00 R$ 10.000,00 Comissão de vendas R$ 150,00 R$ 150,00 R$ 150,00 Vigilância R$ 5.000,00 R$ 5.000,00 R$ 5.000,00 Produção(un) 4.500 3.000 7.000 Custo Fixo R$ 15.000,00 R$ 15.000,00 R$ 15.000,00 Custo Variável R$ 900.000,00 R$ 600.000,00 R$ 1.400.000,00 Custo Variável (unitário) R$ 200,00 R$ 200,00 R$ 200,00 Custo Fixo (unitário) R$ 3,33 R$ 5,00 R$ 2,14 Os custos fixos, no exemplo, são representados pela soma do telefone com a segurança e os variáveis pela mãodeobra e as comissões de venda (que são, logicamente, multiplicadas pelas unidades produzidas). Ao observarmos os valores obtidos, podemos perceber facilmente a oscilação dos custos variáveis de acordo com a quantidade de unidades produzidas e como os custos fixos permanecem inalterados mesmo com as mudanças nos números da produção. Se desejarmos obter o custo unitário de cada produto, a lógica se inverte: como o custo variável é obtido com base na produção, este permanecerá constante, enquanto o custo fixo unitário sofrerá oscilação. Podemos perceber, observando o mês de maio, que quanto menor a produção, maior será o custo fixo unitário. Custo Total Médio (CTM) : É o custo de produção de cada unidade padrão produzida. Podemos obtêlo dividindo o custo total (CT) pelo o número de unidades produzidas. Custo Fixo Médio (CFM): custo fixo total dividido pela quantidade total produzida. O CFM diminui com o número de quantidades produzidas Custo Variável Médio (CVM): custo variável total dividido pela quantidade total produzida. Custo Marginal (CMg): mede quanto o custo total de uma empresa aumenta quando aumentase a produção de mais uma unidade. O custo marginal é importante para para identificarmos se vale à pena produzir mais uma unidade de um produto ou não. O CMg aumenta com o número de quantidades produzidas Importante: No ponto em que as curvas de custo marginal e custo total médio se cruzarem, teremos o nível de escala eficiente, ou seja, quando o CMg é igual ao CTM, temos a situação em que o mercado está em equilíbrio. A escala eficiente de produção é o nível de produção em que se tem o menor custo por unidade padrão. Bibliografia: http://knoow.net/cienceconempr/economia https://portogente.com.br/portopedia http://knoow.net/cienceconempr/economia/concorrenciaimperfeita/ http://politicamonetaria.webnode.com.br/redescontobancario/ Economia UFRGS
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