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Apostila de Economia. Prof. Leonel

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1.1) Sistemas de Produção: 
 
1.1.1)​ ​Oficina Artesanal 
Modo de produção individual. O artesão cuida de todas as etapas da produção.                         
Desde a seleção da matéria prima até o produto final. Além disso, ainda vendia seus                             
produtos, sabia o que o consumidor queria por ter mais contato com o mesmo. Começam a                               
surgir pequenos burgos onde os artesãos vendem os produtos que eles produziam e com a                             
consequente expansão desse comércio começa­se a ter um outro modelo de produção que                         
se chama Putting Out. 
 
1.1.2) Putting Out 
Os artesãos possuiam as ferramentas necessárias ao processo de produção, no                     
entanto, dependiam dos burgueses para intermediar a comunicação entre eles, os artesãos,                       
e os consumidores. Além disso, os comerciantes, em alguns casos eram responsáveis pelo                         
fornecimento de matéria prima. Portanto, só restava ao artesão cuidar da produção e das                           
ferramentas de trabalho.  
 
1.1.3) Manufatura Capitalista 
Busca­se a organização das atividades e a divisão do processo em várias etapas                         
para o aumento da produtividade. A divisão profissional do trabalho foi substituida pela                         
divisão técnica do trabalho, isto é, a exclusividade profissional dominante nas oficinas de                         
artesanato foi substituida pela distribuição de funções nas oficinas de manufaturas                     
modernas. Começam a surgir as leis de marcado e os salários começam a oscilar de                             
acordo com as demandas. 
 
1.1.4) Indústria Capitalista 
Modo de produção coletivo e complexo e surgimento da classe assaláriada.Evolução                     
nos meios de produção pois as máquinas começam a substituir a mão de obra e,                             
consequentemente, o aumento da produção a baixos custos. Surgem novos setores                     
dedicados a produção dos equipamentos termomecânicos e comça a aparecer o conceito                       
de ​bem de capital​. 
Bem de capital ou bens de produção: Equipamentos, instalações ou serviços                     
necessários para a produção de outros bens. São máquinas, ferramentas, equipamentos                     
que são utilizados para produzir outros produtos para consumo. É valido ressaltar que o                           
bem de capital não é diretamente incorporado no produto final, no entanto, o produtor de                             
bens de capital possui seu lucro.  
 
1.2 Análise do Processo Social da Produção 
“​A separação, o fracionamento de tarefas é essencial para a formação de uma                         
cadeia hierárquica e isso está diretamente relacionado com o aumento da produtividade” 
 
1.2.1) Divisão Social da Produção 
Nesta etapa ocorre a segmentação social da produção. 
 
1.2.1.1) Setor Primário (rural) 
Está relacionado com a produção através da exploração de recursos naturais                     
como, por exemplo, mineração, pesca, pecuária e extrativismo. É um setor muito                       
vulnerável pois depende dos fenômenos naturais ­ clima. Não geram muita riquezas                       
tanto na produção quanto na exportação pois estes produtos não possuem valor                       
agregado.  
 
1.2.1.2) Setor Secundário (ubano) 
Setor da economia que transforma os produtos primários em produtos                   
industrializados ­ roupas, automóveis, máquinas eletrônicos etc. Como há                 
conhecimentos tecnológicos agregado aos produtos do setor secundário, o lucro                   
obtido através da comercialização é mais expressivo e exportação desses produtos                     
geram riquezas.  
 
1.2.1.3)Setor Terciário (urbano) 
Setor econômico que está relacionado a prestação de serviço e na prática do                         
comércio. Por definição, é aquele que produz os bens intangíveis (serviços) e                       
também o destino final dos produtos produzidos pelos setores primário e secundário                       
(comércio). Constitui­se como uma das mais importantes atividades da economia                   
atual pois manifesta­se em nível global, regional e local que envolve pequenas                       
trocas até complexas transações entre multinacionais. O setor terciário é muito                     
abrangente, algumas práticas de comércio e serviço são: Turismo e Lazer,                     
Restaurante, Educação, Hospitais, Serviços administrativos e etc.  
 
obs: ​Com o avanço e consolidação do sistema capitalista, bem como a difusão do processo de                               
globalização, o setor terciário é o que atualmente mais cresce no mundo. O advento da chamada                               
Economia de Mercado propiciou que países desenvolvidos e alguns emergentes empregassem mais                       
de 70% de seus trabalhadores no setor terciário. Além disso, quase tudo passa por essa área, em um                                   
processo denominado por ​terciarização econômica​. A concentração de mão de obra na área de                           
comércio e principalmente de serviços deve­se a inúmeros fatores. Dentre eles, podemos citar: o                           
crescimento da complexidade da economia, a dependência maior dos trabalhadores em serviços (como                         
creches, escolas, assistências etc.) em função do menor tempo disponível e especialização das                         
empresas em serviços muito específicos. No entanto, dentre todos os fatores responsáveis pelo                         
crescimento do setor terciário, destaca­se a mecanização do campo e da atividade industrial (setores                           
primário e secundário). Essas áreas passaram a empregar em uma quantidade intensamente menor e                           
em um nível de qualificação bem mais exigente, transportando a maior parte da massa de assalariados                               
para o comércio e os serviços.  
 
1.2.2)​ ​Divisão Técnica da Produção 
O progresso tecnológico resultante do aparecimento de novos instrumentos de                   
trabalho ou o aperfeiçoamento dos existentes requer uma elevação da habilidade de seu                         
manejo. A divisão técnica do trabalho permite a especialização dos trabalhadores em                       
determinadas atividades e a separação dos diferentes tipos de funções laboriais dentro de                         
uma determinada unidade econômica de forma que aumente a sua eficácia pela                       
acumulação de experiência e o desenvolvimento de uma determinadas habilidades. No                     
entanto, ​os trabalhadores individuais que se especializam em profissões estão vulneráveis a                       
uma reorganização econômica associada com "produtos cíclicos" voláteis e o desenvolvimento                     
de novas indústrias. 
 
 
 
1.2.3)​ ​Divisão da Produção Social   
Nas sociedades de classes, as relações de propriedade são expressões jurídicas                     
das relações de produção, assim as relações de produção são relações entre classes                         
sociais, proprietários e não­proprietários (mão de obra).   
Exemplo de sala de aula: “Os capitalistas são aqueles que utlizam de capital para                           
trabalhar ­ dono de alguma empresa, por exemplo. Os trabalhadores são aqueles que                         
oferecem sua mão de obra” 
“O C.E.O. da vale é um trabalhador, no entanto ele é socialmente mais capitalista                           
que um dono de bar”.   
 
1.3) Necessidades Humanas:  
Os indivíduos possuem necessidades que precisamser satisfeita para que haja a                       
garantia de sua sobrevivência. Como exemplo, temos a necessidade do alimento e da                         
respiração que são essenciais a vida e se caracterizam como ​necessidades de natureza                         
biológica​. ​Além disso existem as necessidades que estão relacionadas com a existência                       
social do indivíduo ­ iPod, celular, notebook ­ e relacionadas ao seu ​espirito (música, leitura                             
etc). Somado a isso, como os indivíduos vivem em sociedades, surgem algumas                       
necessidades de cunho coletivo que são: educação, transporte coletivo, saneamento, saúde                     
e etc.  
Para satisfazer essas necessidades as pessoas precisam consumir como, por                   
exemplo, pão, casa, carros. No entanto, é valido ressaltar que a satisfação dessas                         
necessidades não se dá apenas através de objetos materiais mas através de serviços                         
(Saúde, transporte, educação). Em suma, a satisfação das necessidades individuais e                     
coletivas são feitas através do consumo de bens e serviços e esses bens e serviços                             
compõe a produçãom econômica que obtida através dos fatores de produção (recursos                       
produtivos).  
 
1.4) Recursos Produtivos 
 
1.4.1) Mão de Obra 
Nem todos os membros de nossa sociedade são membroativos da produção. Daí                       
temos a ​população dependente que são os jovens e idosos e a ​população não dependente                             
que são os indivíduos que possuem entre 16 e 65 anos e estão aptos a produção. No                                 
entanto, nem todos os indivíduos da população não dependente produzem                   
necessariamente ­ portador de necessidades especiais, gestantes, e aqueles envolvidos no                     
processo educacional (escola, faculdade, …) 
A tecnologia é excludente de mão­de­obra o que gera um fenômeno camado                       
desemprego tecnológico. Na época em que surgiram as primeiras máquinas, a mão de obra                           
era escassa, no entanto, hoje tem­se um excedente dela. Por conta disso, as chamadas                           
profissões marginais surgiram tais quais: flanelinha e ambulantes que são modos não                       
institucionais da produção. Aspecto interessante a ser destacados é que esses excedentes                       
de mão de obra diminui a pressão por aumento do salário.   
 
1.4.2) Recursos Naturais 
Conjunto de recursos naturais utilizados no processo de produção. Compreende as                     
fontes reais de terra, água, ar, plantas, animais, minerais e energia. No Brasil, há                           
disponibilidade crescente, isto é, temos como expandir a produção dependendo do recurso                       
natural ­ há potencial.  
1.4.3) Capital 
É a denominação dada a equipamentos e instalações do processo de produção.  
“ex. a sala de aula é um capital social ­ não produz porém forma engenheiros”. A                               
tendencia é aumentar os meios de produção e ampliar a capacidade de consumo.  
Capital técnico​ divide­se em capital fixo e capital circulante. 
Capital fixo​: são os meios de produção que podem ser utilizados várias vezes,                         
embora sofram algum desgaste com o passar do tempo e o uso (edifícios, equipamentos,                           
meios de transporte, etc). 
Capital circulante​: são os meios de produção incorporados no processo produtivos de                       
outros bens que desaparecem por inteiro após a sua utilização, ex: matérias primas,                         
combustíveis, etc. 
Capital financeiro​ divide­se em capital próprio e capital alheio 
Capital próprio​: são os meios financeiros que pertencem aos proprietários da unidade                       
produtiva é o processo de auto financiamento. 
Capital alheio​: são os meios financeiros disponibilizados por terceiros que não                     
pertençam à unidade produtiva, como por exemplo o acesso a crédito bancário, etc. 
Capital humano​: conjunto de aptidões humanas (skills, know how) que permitem a                       
capacidade de trabalho inclui a experiência e os conhecimentos dos indivíduos. O capital                         
humano é valorizado sempre que existem investimentos na formação ou na saúde dos recursos                           
humanos. 
Capital natural​: conjuntos dos recursos naturais disponíveis. Deve se promovida uma                     
utilização racional do capital natural para não ser posto em causa o desenvolvimento                         
sustentável do planeta (sustentabilidade) 
1.4.4) Curva de Possibilidade de Produção 
Expressa a capacidade máxima de produção de uma sociedade supondo pleno                     
emprego dos recursos dos fatores que se dispõem no momento. Devido a escassesz de                           
recursos, a produção total de um país tem seu limite máximo, isto é, quando todos os                               
recurso disponíveis estão empregados (todos os trabalhadores empregados e não possui                     
capacidade ociosa)  
 
 
Alternativas de Produção  Máquinas (Milhares)  Alimentos(Toneladas) 
A  25  0 
B  20  30 
C  15  47,5 
D  10  60 
E  0  70 
 
Podemos traçar uma curva ABCDE que indica todas as possibilidades de produção                       
dessa economia hipotética. Em qualquer ponto ​sobre a curva​, significa que a economia ira                           
operar em ​pleno emprego​. Em qualquer ponto interno a curva podemos dizer que a                           
economia está operando com capacidade ociosa ­ ​os fatores de produção estão sendo                         
subutilizados​. Em um ponto ​acima da curva​, representa­se uma combinação impossível de                       
produção​. Vale destacar que o deslocamento da curva para direita ou para cima significa                           
que a economia está em crescimento.   
 
1.5) Sistema Produtivo Simplificado  
​O processo produtivo tem origem em 4 fatores que são: Trabalho qualificado,                         
trabalho não­qualificado, recursos naturais e capital. Estes 4 elementos podem dão origem                       
a uma unidade produtiva.  
 
1.5.1) Circulação do Sistema Econômico 
O fluxo real, o fluxo monetário e o mercado são os elementos fundamentais do                           
sistema econômico. O funcionamento desse sistema se caracteriza pelo permanente                   
trânsito dos fluxos real e monetário, tanto no sentido do mercado como no sentido contrário.                             
A circulação corresponde a esses fenômenos do sistema. Essa idéia de circulação no                         
sistema econômico amplia­se com um outro conceito, o de sistema econômico fechado. O                         
sistema econômico fechado é aquele que não mantém relações econômicas com outros                       
sistemas. Nesse sistema econômico, todos os bens e serviços de consumo da produção                         
das empresas são vendidos, não havendo formação de estoque. Dessa forma, o nosso                         
sistema econômico será formado pelas empresas e pelas famílias.  
O ​aparelho produtivo contrata, junto às famílias, os fatores de produção (trabalho,                       
capital etc.), originando­se aí o fluxo monetário. Por outro lado, o aparelho produtivo                         
organiza os fatores de produção de que agora dispõe e estabelece o fluxo real, que                             
equivale à oferta de bens e de serviços produzidos. Esses dois fluxos se encontram no                             
mercado, onde as famílias trocam sua renda (oufluxo monetário) pelo produto (fluxo real)                           
para satisfazer suas necessidades. No mercado os fluxos trocam de mãos: o fluxo real                           
passa para as mãos das famílias, onde será consumido (pois se trata de bens e serviços),                               
enquanto o fluxo monetário passa para as mãos do aparelho produtivo, como pagamento                         
pelos bens e serviços vendidos. 
   
 
É valido destacar que ambos os fluxos precisam de um  controle.  
­ Fluxo monetário:  política monetário 
­ Fluxo real: política fiscal  
 
 
1.5.2) Formas de Remuneração 
A remuneração por capital ​consiste na retribuição ao sócio pelo investimento                     
pessoal realizado e mantido na empresa. Considerando que as quotas e ações possuem                         
um valor patrimonial, já que representam uma parte da empresa, é justo que o sócio receba                               
uma retribuição para não retirar o investimento da empresa. A remuneração por capital é                           
feita na forma de lucros ou por dividendos, juros sobre o capital o capital próprio ou pela                                 
valorização da empresa, que embora não realizada financeiramente representa acréscimo                   
ao patrimônio do sócio. 
A remuneração por trabalho ​é a o que um funcionário recebe por dedicar sua                           
mão­de­obra, talento e intelecto em benefício da empresa que o contratou. Esta                       
remuneração pode ser feita de diversas formas: salário, bônus, etc. 
 
1.6) Mercados:  
É caracterizado por dois componentes: oferta e procura. A oferta, representa um                       
certo bem ofertado num período de tempo por um determinado preço. A procura é conjunto                             
de consumidores demandantes de um determinado produto que representa a quantidade de                       
certo produto consumido em um período de tempo a um determinado preço.  
 
 
É importante ressaltar que o ponto de equilíbrio é sempre uma meta que se tenta                             
alcançar e é por esse motivo que a economia apresenta ciclos e não se comporta de uma                                 
forma padrão, estática.   
 
1.6.1) Competição Perfeita 
Tipo de concorrência de mercado em que há um grande número de vendedores                         
(empresas) e de compradores. Assim, por esse número ser grande, nenhuma organização                       
por si só pode influenciar o nível de oferta de mercado e, consequentemente, os                           
compradores não alteram o preço de equilíbrio. Atualmente, não existe mercado tipicamente                       
de concorrência perfeita. O mercado dos produtos hortifrutigranjeiros é o exemplo que mais                         
e aproxima a esse tipo de mercado.O conjunto das empresas é quem determina a oferta de                               
mercado, determinando também o preço de equilíbrio enquanto interage com a demanda.                       
Independentemente da quantidade que uma empresa produz, essa empresa terá                   
obrigatoriamente que vender a sua produção ao preço determinado pelo mercado. Bem                       
como o preço é determinado pelo mercado, cada empresa aceitará o preço como um dado                             
fixo sobre o qual não pode influir e, a partir desse preço de equilíbrio, cada empresa                               
individual produzirá a quantidade que indica a sua curva de oferta, que será condicionada                           
pelos custos de produção. 
As principais características desse tipo de mercado são: 
● Homogeneidade do produto​: supõe­se que não existe diferença entre os produtos; 
● Transparência do mercado: todos os participantes têm pleno conhecimento das condições                     
gerais em que opera o mercado, tais como lucros, preços, etc; 
● Liberdade de entrada e saída de empresa​s: facilidade da empresa em entrada e saída da                             
atividade, não existindo barreiras à entrada no mercado; 
● Não intervenção do Estado​: o Estado não intervém, deixando o mercado regular­se através da                           
chamada "mão invisível da concorrência". Os preços são definidos pelo livre jogo da oferta e                             
demanda. Assim, o equilibrio seria sempre alcançado tanto a curto, como a médio e longo                             
prazo; 
● Mercado Atomizado: composto de um número expressivo de agentes (grande número de                       
produtores e demandantes do produto), como se fossem átomos; 
● Não existem lucros anormais ou lucros extraordinários a longo prazo: isto é, a fração do lucro                               
que está acima do lucro médio do mercado), mas apenas os chamados lucros normais, que                             
representam a remuneração implícita do empresário (seu custo de oportunidade ou o que ele                           
ganharia se aplicasse seu capital em outra atividade, segundo a rentabilidade média de                         
mercado). 
condição de e equilíbrio de longo prazo = receita média = receita marginal=custo marginal = custo                               
médio  
 
1.6.2) Competição Imperfeita 
Tipo de concorrência ​em que existe pelo menos uma empresa ou consumidor com                         
poder suficiente para influenciar o preço de mercado e a quantidade transacionada. São                         
exemplos de situações de concorrência imperfeita os ​oligopólios e a ​concorrência                     
monopolística​, estruturas de mercado que se situam entre a concorrência perfeita e o                         
monopólio. Uma situação de concorrência imperfeita pode ocorrer também quando existe                     
poder de influência dos preços de um ou de um número reduzido de consumidores –                             
acontece por exemplo entre os produtores agrícolas e a grande distribuição, situação em                         
que o reduzido número de distribuidores em comparação com o elevado número de                         
produtores, a que se junta a grande diferença de dimensão, confere à grande distribuição                           
um forte poder negocial. 
Algumas características deste tipo de estruturas de mercado são: 
● Existência de produtos diferenciados (as empresas procuram introduzir               
determinadas características nos seus produtos de dorma a diferenciá­los                 
dos concorrentes e de forma a criar pequenos nichos de mercado);  
● Existência de preços distintos para cada um dos produtos (esta diferenciação                     
de preços está diretamente relacionada com a diferenciação dos produtos,                   
permitindo às empresas serem ‘fazedores de preços’ em lugar de apenas                     
‘tomadores de preços’ como acontece na concorrência perfeita). 
 
1.6.3) Concorrência Monopolística 
A Concorrência Monopolística é uma forma de ​concorrência imperfeita e                   
corresponde a uma situação em que existem numerosas ​empresas no ​mercado mas que                         
oferecem produtos ou ​serviços não totalmente homogêneos e, por isso, não totalmente                       
substituíveis. Numa situação deste tipo, cada uma das ​empresas possui algum poder de                         
mercado para influenciar o ​preço dos seus próprios produtos ou ​serviços​. De fato, no seu                             
produto particular, diferenciado dos produtos dos restantes ​concorrentes​, cada ​empresa                   
funciona como um pequeno ​monopólio – a maior ou menor proximidade de uma situação de                             
monopólio depende do grau de diferenciação (e, portanto, do grau de substituição) existenteentre os diferentes produtos oferecidos: se esse grau de substituição é reduzido, a                         
concorrência será maior e se está mais próximo da ​concorrência perfeita​; se o grau de                             
substituição é elevado, a ​concorrência será mais reduzida e se está mais próximo de uma                             
situação de ​monopólio​. 
ponto de maximização de lucros  RMg=Cmg 
1.6.4) Oligopólio 
Um Oligopólio corresponde a uma estrutura de mercado de ​concorrência imperfeita​,                     
caracterizada pelo fato do mercado ser dominado por um número reduzido de empresas                         
produtoras. Num oligopólio, os bens produzidos podem ser homogêneos ou apresentar                     
alguma diferenciação sendo que, geralmente, a concorrência se efetua mais ao nível de                         
fatores como a qualidade, o serviço pós­venda, a fidelização ou a imagem, e não tanto ao                               
nível do preço. Uma característica importante dos oligopólios é o fato de estarem em                           
setores com fortes barreiras à entrada, sejam elas os elevados custos de entrada, a                           
existência de uma escala mínima de eficiência muito elevada, a existência de fortes                         
economias de experiência, as limitações legais, ou outras. Os oligopólios são muito                       
comuns, sendo muito frequente encontrá­los em alguns setores da indústria, transportes e                       
comunicações, nos quais as barreiras à entrada são elevadas. 
obs​: São termos recorrentes: Oligopsônio e Monopsônio. O primeiro, é uma ​estrutura de                         
mercado caracterizada por haver um número pequeno de compradores. O segundo, é                       
estrutura de mercado caracterizada por haver um único comprador para o produto de vários                           
vendedores 
 
2) Macroeconomia 
2.1) Principais Objetivos Macroeconômicos  
● Produção: Alto nível de crescimento da produção 
● Emprego: Alto nível de emprego com pouco desemprego involuntário 
● Estabilidade de preço: trata do controle inflacionário visando evitar o aumento dos                       
preços de maneira drástica. 
● Distruibuição de renda: Visa distribuir renda de forma equitativa entre a população e                         
poder usar como instrumento a poliítica fiscal.  
2.2) Instrumentos da Política monetária:  
● Política Monetária: Controle da oferta para a determinação de taxas, redução de                       
juros, ampliação do prazo de concessão de crédito. Trata do volume de massa                         
monetária. 
● Política Fiscal: gastos públicos e impostos 
Nível de gastos em função do nível de tributação e impostos pelo governo. Para estimular o                               
comércio pode­se diminuir tributos ou aumentar os gastos. (diminuição de tributos é mais                         
efetivo, dá  seus efeitos mais rapidamente.  
obs: ​as ações do governo geralmente são uma combinação de políticas monetárias e                         
fiscais.  
● Política de preço  
Ajuste salarial ocorre apenas uma vez ao ano ao passo que os preços mudam a todo                               
momento. 
Oferta e Demanda Agregada 
● Oferta agregada  
​É a quantidade total de bens e serviços que as empresas de um país estão                               
dispostas a produzir e vender em um determinado período, dados os preços, a capacidade                           
produtiva (que depende da tecnologia e os fatores produtivos disponíveis), os custos e as                           
condições do mercado. ​Representa os efeitos do produto sobre o nível do preço. Nível de                             
preços e custos, produção potencial, capital, trabalho e tecnologia são as variáveis que                         
deslocam a curva OA. 
 
Um aumento do nível esperado dos preços deslocam a curva para cima 
● Demanda agregada  
É totalidade de bens e serviços (demanda total) que numa determinada economia os                         
consumidores, as empresas e o Estado, estão ​dispostos a comprar​, a um determinado                         
nível de preço. Em determinado momento, ​representa o efeito do nível de preço sobre o                             
produto. É derivada das condições de equilíbrio do mercado de bens e do mercado                           
financeiro. As variáveis que influenciam nesta curva são as políticas fiscais e monetárias.                         
Políticas governamentais podem estimular o deslocamento da DA.  
 
A um dado de níveis de preços, os gastos do governo deslocam a curva para a                               
direita. A diminuição da moeda nominal diminui o produto deslocando a curva para a                           
esquerda.  
 
 
O equilibrio é dado pela intersecção da curva de oferta agregada com a de demanda                             
agregada. Nos pontos A, A’ e A’’ os mercados de trabalho, de bens e financeiros estão                               
todos em equilíbrio.  
Obs: ​Empresas possuem alto custo de manutenção, dessa forma é melhor que produzam                         
em larga escala. Com o aumento da demanda e com preços elevados, os produtores                           
podem aumentar a sua capacidade produtiva.  
 
 
 
Produto Interno Bruto e  
● PIB 
É a soma de todos os bens e serviços produzidos em um país num espaço de                               
tempo. Isso inclui do café na padaria aos apartamentos de luxuosos. O consumo depende                           
dos salários e dos juros. Se as pessoas ganham mais e pagam menos juros nas                             
prestações, o consumo é maior e o PIB cresce. Com salário baixo e juro alto, o gasto                                 
pessoal cai e o PIB também. Por isso os juros altos atrapalham o crescimento do país. Os                                 
investimentos das empresas também influenciam no PIB. Se as empresas crescem,                     
compram máquinas, expandem atividades, contratam trabalhadores, elas movimentam a                 
economia. Os juros altos também atrapalham aqui: os empresários não gastam tanto se                         
tiverem de pagar muito pelos empréstimos para investir. 
PIB= C+I+G+X­M 
C representa o consumo privado 
I é a totalidade de investimentos realizada no período 
G equivale aos gastos do governo 
X é o volume de exportações 
M é o volume de importações 
● PIB real x PIB nominal 
O ​PIB nominal usa os preços correntes para atribuir um valor à produção de bens e                               
serviços da economia. O ​PIB rea​l usa preços constantes do ano­base para atribuir um                           
valor à produção de bens e serviços da economia. Como o PIB real não é afetado pela                                 
variação dos preços, as variações do PIB real refletem apenas mudanças nas                       
quantidades produzidas, e portanto é uma medida da produção de bens e serviços da                           
economia. E por fim, uma vez que a maior finalidade de se medir o PIB é medir o                                   
desempenho da economia como um todo, uma vez que o PIB real mede a produção de                               
bens e serviços da economia, reflete a capacidade do produto satisfazer as                       
necessidades das pessoas. Assim, o PIB real indica o bem­estar econômico de forma                         
melhor que o PIB nominal 
● PIB potencial  
O Produto Interno Bruto (PIB) potencial costuma ser entendido como a capacidade                       
de oferta de uma economia. Ou como a capacidade produtiva instalada da economia.                         
Também pode ser definidocomo a capacidade de crescimento da economia sem causar                         
pressões inflacionárias ­ se a economia crescer além do PIB potencial, surgem pressões                         
inflacionárias. Para mensurá­lo, há várias medidas indiretas, como capacidade instalada da                     
indústria, infra­estrutura, geração de energia elétrica, etc., mas faltam medidas diretas, e os                         
resultados dependem fortemente das metodologias escolhidas. Vários métodos são usados                   
para calcular essa variável e todos são considerados problemáticos, uma vez que ela não é                             
observável no mundo real. 
● PNB  
Produto Nacional Bruto (PNB) refere­se a soma de todas as riquezas produzidas por                         
uma nação durante determinado período, seja em território nacional ou não. Assim,                       
empresas brasileiras que tenham fábricas no exterior também se somam a este indicador. O                           
PIB difere do Produto Nacional Bruto (PNB) basicamente pela renda líquida enviada ao                         
exterior (RLEE). Essa é desconsiderada no cálculo do PIB, e considerada no cálculo do                           
PNB, inclusive porque o PNB é gerado a partir da soma do PIB mais entradas e saídas de                                   
capital.O RLEE representa a diferença entre recursos enviados ao exterior (pagamento de                       
fatores de produção internacionais alocados no país) e os recursos recebidos do exterior a                           
partir de fatores de produção que, sendo do país considerado, encontram­se em atividade                         
em outros países.Assim, caso um país possua empresas atuando em outros países, mas                         
proíba a instalação de transnacionais no seu território, terá uma renda líquida enviada ao                           
exterior negativa. Em geral, países desenvolvidos possuem PNB maior do que o PIB,                         
mostrando assim que a soma da produção nacional é mais forte do que a soma da riqueza                                 
produzida em território nacional, que inclui as empresas estrangeiras localizadas ali. 
 
Tipos de investimentos 
O ​investimento induzido se refere aos gastos de investimento que são induzidos                         
pela variação e/ou pelo nível corrente de atividade econômica (vendas, PIB, grau de                         
utilização da capacidade, etc). Sendo assim, o investimento induzido corresponde ao                     
investimento em ampliação da capacidade produtiva existente. Quando ocorre uma                   
aceleração do crescimento econômico, o investimento induzido aumenta pois os                   
empresários procuram ajustar o tamanho da sua capacidade produtiva ao crescimento                     
esperado das vendas. O investimento induzido é, portanto, fortemente pró­ciclico; e deve se                         
reduzir de maneira significativa face a uma retração do nível de atividade.   
O ​investimento autônomo se refere aos gastos de investimento que são, em larga                           
medida, independentes da variação e/ou do nível corrente de atividade econômica. Em                       
suma, o investimento autônomo corresponde ao investimento em modernização da                   
capacidade produtiva existente, ou seja, trata­se do investimento que está associado a                       
atividade de inovação tecnológica. Esse tipo de investimento envolve um grau maior de                         
incerteza do que o investimento em ampliação da capacidade, mas não depende tão                         
fortemente da conjuntura econômica como o investimento em ampliação de capacidade. 
 
Ciclo virtuoso da economia  
O conceito do ciclo econômico refere­se às flutuações da atividade econômica a                         
longo prazo. O ciclo envolve uma alternância de períodos de crescimento relativamente                       
rápido do produto (recuperação e prosperidade), com períodos de relativa estagnação ou                       
declínio (contração ou recessão). Os ciclos econômicos são caracterizados por um                     
movimento de um grande número de atividades econômicas e não somente pelo movimento                         
de uma única variável, tal como o PIB real, embora essas flutuações são geralmente                           
medidas em termos de variação do Produto Nacional (PIB ou PNB). 
● gastos < arrecadação ­ Política de retração/contração  
● gastos > arrecadação ­ Política de expansão/recuperação 
É valido ressaltar que algumas vezes a arrecadação diminui devido ao baixo nível de                             
atividade econômica, os gastos continuam altos e as arrecadações baixas. Isso não                       
significa que não é uma política expansionista. No entanto, para se ter política                         
expansionista, o governo, em um dado momento, precisa de investir mais do que arrecadar.  
● PMgC 
Propensão Marginal ao Consumo (PMgC) é um valor que varia entre 0 e 1, que                             
expressa o comportamento dos agentes de uma determinada economia em relação a                       
renda obtida. Quanto mais propensos estes forem a consumir, maior será o valor da                           
PMgC. Por exemplo, numa economia em que seus agentes estão dispostos a                       
comprometer 70% da sua renda com o consumo, a PMgC é igual a 0,7. O conceito                               
de Propensão Marginal ao Consumo é de grande valia quando observa­se o                       
multiplicador keynesiano (M = 1 /1 ­ PMgC), do qual este é uma das variáveis.                             
Quanto maior for o seu valor, maior será a renda final da economia em análise – o                                 
consumo (demanda) estimula a produção, que emprega cada vez mais os meios de                         
produção disponíveis, empregando mais pessoas, que consumirão mais, formando um                   
ciclo virtuoso. PMgC= razão entre a variação do consumo adicional em decorrência da                         
variação de ​renda disponíve adicional​. Isto é: 
PMgC = ΔC/ΔYd 
Lado monetário da economia 
Com a criação dos Estados nacionais aparece o papel­moeda. Cada Estado passou a                           
emitir seu papel­moeda, sendo este lastreado em ouro (padrão­ouro). O ouro, contudo, era                         
um metal com reservas limitadas na natureza, e como a capacidade de emitir moeda estava                             
vinculada à quantidade de ouro existente, o padrão­ouro passou a apresentar um obstáculo                         
à expansão das economias nacionais e do comércio internacional, ao impor um limite à                           
oferta monetária. Dessa forma, a partir de 1920 o padrão­ouro foi abandonado, e a emissão                             
de moeda passou a ser livre, ou a critério das autoridades monetárias de cada país. Assim,                               
a moeda passa a ser aceita por força de lei, denominando­se moeda de curso forçado ou                               
moeda fiduciária (de fidúcia, confiança), não sendo lastreada em metais preciosos. 
● Tipos de Moedas 
Moedas metálicas​: Emitidas pelo Banco Central, constituem pequena parcela da                   
oferta monetária e visam facilitar as operações de pequeno valor e/ou com unidade                         
monetária fracionada (troco). 
Papel­moeda​: Também emitido pelo Banco Central, representa parcela significativa                 
da quantidade de dinheiro em poder do público. O papel­moeda e as moedas metálicas em                             
poder do público (famílias e empresas) são denominadas moeda manual. 
Moeda escritural​: É representada pelos depósitos avista (depósitos em conta                     
corrente) nos bancos comerciais (é a moeda contábil, escriturada nos bancos comerciais). 
● Conceito de meios de pagamento 
Os meios de pagamento (MP) constituem o total de moeda à disposição do setor                             
privado não bancário, de liquidez imediata, ou seja, que pode ser utilizada imediatamente                         
para efetuar transações. A liquidez da moeda é a capacidade que ela tem de ser um ativo                                 
prontamente disponível e aceito para as mais diversas transações. Os meios de pagamento                         
em sua forma tradicional são dados pela soma da moeda em poder do público mais os                               
depósitos a vista nos bancos comerciais. Ou seja, pela soma da moeda manual e da moeda                               
escritural. 
  M1 = MP = Moeda em poder público + Depósitos a vista 
M2 = M1 + Depósito à prazo 
M3 = M2 + Depósito de poupança 
M4 = M3 + Títulos Privados 
Os meios de pagamento representam, então, quanto a coletividade tem de moeda                       
"física" (metálica e papel) com o público ou no cofre das empresas somado a quanto ela                               
tem em conta corrente nos bancos. Enfim, é a moeda que não está rendendo juros, aquela                               
que não está aplicada em contas ou ativos remunerados. Note­se, também, que o conceito                           
econômico de moeda é representado apenas pela moeda que está com o setor privado não                             
bancário, ou seja, excluem­se os próprios bancos comerciais, e a moeda que está com as                             
autoridades monetárias. Nesse sentido, os depósitos a vista ou em conta corrente não são                           
dinheiro dos bancos, mas dinheiro que pertence ao público não bancário. O dinheiro que                           
pertence aos bancos são seus encaixes (caixa dos bancos comerciais) e suas reservas                         
(quanto os bancos comerciais mantêm depositado junto ao Banco Central). Também não                       
são considerados, na definição tradicional de meios de pagamento, as cadernetas de                       
poupança e os depósitos a prazo nos bancos comerciais (captados via CDBs ­ Certificados                           
de Depósitos Bancários), por duas razões: não são de liquidez imediata e são remunerados,                           
isto é, rendem juros. 
  Os meios de pagamento, conceituados como moeda de liquidez imediata, que não                       
rendem juros, também são chamados, na literatura mais específica de ​M1​. Para alguns                         
objetivos, os economistas incluem como moeda a chamada quase­moeda 1 ­ ​ativo que tem                           
alta liquidez (embora não tão imediata) e que rende juros, como os títulos públicos, as                             
cadernetas de poupança, os depósitos a prazo e alguns títulos privados, como letras de                           
câmbio e letras imobiliárias. Os meios de pagamento, no conceito M1, também são                         
chamados de ativos ou haveres monetários. Os demais ativos financeiros, que rendem                       
juros, são chamados de ativos ou haveres não monetários. 
 
obs: ​Ativo ­ é o total de bens de uma empresa ou pessoa. A riqueza de uma pessoa é                                     
medida pelo total de ativos que ela possui (Patrimônios, bens, commodities, ações, títulos,                         
dinheiro). ​Passivos ​­ São todos as dívidas e obrigações de uma pessoa ou empresa(alguel,                           
diversão, vestimenta, aluguel, impostos, tranportes, empréstimos).  
 
Instrumentos da Política Monetária 
● Encaixe compulsório 
Este mecanismo tem a capacidade de influenciar o crédito disponível bem como as                         
taxas de juro cobradas. É por meio do depósito compulsório que os bancos ficam obrigados                             
a depositar em uma conta no próprio Banco Central parte dos recursos captados de seus                             
clientes nos depósitos à vista, a prazo ou poupança. O sistema do depósito compulsório                           
está presente em praticamente todos os países, é a forma encontrada pelo poder público de                             
controlar as ações dos bancos impedindo que estes apliquem todo o dinheiro que lhe é                             
confiado pelos correntistas, arriscando perder ou diminuir consideravelmente o patrimônio                   
dos particulares que se utilizam dos bancos para guardar suas economias. O BC tem a                             
escolha de reduzir ou aumentar os valores do compulsório, sendo que ao reduzi­lo, os                           
bancos ficam com mais capital disponível para investir por meio de empréstimo aos seus                           
clientes. Com mais dinheiro disponível, os bancos geralmente diminuem seus juros, ou em                         
momentos de maior escassez de divisas, impede que desapareçam as fontes de crédito                         
para o consumidor e para as empresas. 
● Encaixe Voluntário  
São as reservas em moedas ou em títulos mantidas no BACEN sem obrigação legal.                           
Encaixe voluntário = Encaixe total ­ Encaixe compulsório  
● Mercado aberto (Open Market)  
Este instrumento, considerado um dos mais eficazes​, consegue equilibrar a oferta                     
de moeda e regular a taxa de juros em curto prazo. A compra e venda dos títulos públicos                                   
se dá pelo Banco Central. De acordo com a necessidade de expandir ou reter a                             
circulação de moedas do mercado, as autoridades monetárias competentes resgatam ou                     
vendem esses títulos. Se existe a necessidade de diminuir a taxa de juros e aumentar a                               
circulação de moedas, o Banco Central compra (resgata) títulos públicos que estejam em                         
circulação. Se a necessidade for inversa, ou seja, aumentar a taxa de juros e diminuir a                               
circulação de moedas, o Banco Central vende (oferta) os títulos disponíveis. 
Portanto, os títulos públicos são considerados ativos de renda fixa, tornando­se                     
uma boa opção de investimento para a sociedade. Outra finalidade dos títulos públicos é                           
a de captar recursos para o financiamento da dívida pública, bem como financiar                         
atividades do Governo Federal, como por exemplo, Educação, Saúde e Infra­estrutura. 
● Redesconto 
Os chamados empréstimos de assistência à liquidez são utilizados pelos bancos                     
comerciais somente quando existe uma insuficiência de caixa (fluxo de caixa), ou seja,                         
quando a demanda de recursos depositados não cobrem suas necessidades.Quando a                     
intenção do Banco Central é de injetar dinheiro no mercado, ele baixa a taxa de juros                               
para estimular os bancos comerciais a pegar estes empréstimos. Os bancos comerciais                       
por sua vez, terão mais disponibilidade de crédito para oferecer ao mercado,                       
consequentemente a economia aquece. E quando o Banco Central tem por necessidade                       
retirar dinheiro do mercado, as taxas de juros concedidas para estes empréstimos são                         
altas, desestimulando os bancos comercias a pegá­los. Desta forma, os bancos                     
comerciais que precisam cumprir com suas necessidades imediatas, enxugam as linhas                     
de crédito, disponibilizando menos crédito ao mercado, com isso a economia                     
desadecelera. 
● Persuasão Moral 
Os bancos centraistêm como função supervisionar o sistema bancário e                     
financeiro,influenciam os sistemas de liquidação e de pagamentos, principalmente como                   
fornecedores deuma variedade de serviços de liquidação e de pagamentos para outros                       
bancos. Esses serviçosdevem ser confiáveis, para estarem disponíveis mesmo quando                   
os mercados nos quais elesfuncionem estiverem em crise. Eles não devem, nunca, ser a                           
origem de tais crises. 
Na prática, a maioria dos bancos centrais usa a persuasão moral em suas                         
atividades diárias de vigilância. A persuasão é uma estratégia de comunicação que                       
consiste em utilizar recursoslógico­racionais ou simbólicos para induzir alguém a aceitar                     
uma ideia, uma atitude, ourealizar uma ação. Existem, por exemplo, formas de pressionar                         
os bancos para que ofereçam linhas de crédito para pequenos empresários e pessoas de                           
baixa renda. Uma delas seria através da persuasão moral implícita, onde o Banco Central                           
influencia a atuação dos bancos por meio de pressão para que o sistema bancário possa                             
ser mais acessível. Uma outra forma seria por meio de leis sobre divulgação financeira. 
● Política Cambial  
A política cambial tem como principal objetivo manter o equilíbrio no fluxo de                         
entrada e saída de moeda estrangeira de tal forma que a taxa de câmbio possa se                               
manter em um patamar que atenda os interesses do governo no cenário econômico que                           
o país se encontra. Existem momentos em que o governo adota medidas para valorizar o                             
real (o dólar fica mais barato). Existem momentos em que o governo adota medidas que                             
desvalorizam o real (o dólar fica mais caro). Muitas vezes as variações cambiais são um                             
efeito colateral de outras políticas econômicas. O objetivo é sempre buscar um equilíbrio,                         
evitando alterações bruscas da taxa de câmbio e dos preços influenciados por ela. Estas                           
mudanças bruscas sempre prejudicam as empresas, população e governo. É papel do                       
Banco Central adotar medidas para evitar a volatilidade que é a variação rápida do valor                             
da moeda. 
Existem três regimes de câmbio diferentes que os governos podem adotar:  
Câmbio flutuante ­ ​O preço da moeda estrangeira é determinada pelas leis da                         
oferta e demanda sem interferência do BACEN. Quando a oferta de dólares no país é                             
muito grande, seu preço tende a cair. Quando existem poucos dólares em diante a muito                             
interesse pela moeda o preço tende a subir. Neste regime o Banco Central não fica                             
comprando e vendendo dókares para influenciar no preço da moeda. O próprio mercado                         
tende a encontrar o equilíbrio e uma taxa de câmbio justa.  
Câmbio fixo ­ Neste tipo de regime, o BACEN está sempre comprando e                           
vendendo dólares para evitar a variação do seu preço. Para utilizar o câmbio fixo, é                             
necessário que o país tenha uma grande reserva de dólares. Quando falta dinheiro o país                             
se vê obrigado a pedir empréstimos internacionais já que não pode imprimir dólares.  
Câmbio híbrido ­ ​É a mistura do câmbio fixo e flutuante. Entre 1994 e 199 o                               
Brasil utilizou o regime híbrido através das bandas cambiais. O governo estabelecia um                         
valor mínimo e um valor máximo para o dólar e deixava o preço flutuar nessa faixa. O                                 
BACEN intervia no câmbio comprando e vendendo dólares para manter o preço entre a                           
banda cambial estabelecida.  
● Efeitos da alta do dólar na economia:  
­  Real desvalorizado (dólar caro) > Inflação sobe 
Muito do que é produzido e consumido no Brasil possui o preço cotado em dólar,                             
exemplo: trigo, soja, milho, café, etc. Quando o real está desvalorizado nossos produtos                         
se tornam mais atrativos no exterior elevando as exportações e isto pode afetar a oferta                             
destes produtos para o consumidor brasileiro, pressionando os preços. Muito do que é                         
produzido no Brasil (eletrônicos, veículos, máquinas) ultilizam matéria prima importada e                     
ficam mais caros quando o dólar se valoriza frente ao real. Com produtos importados                           
mais caros, a população tende a procurar os produtos nacionais similares. A demanda                         
nem sempre acompanha a capacidade das empresas de produzirem mais e por isto a                           
demanda maior diante a uma oferta pequena faz os preços dos produtos nacionais                         
aumentarem.  
­ Real desvalorizado (dólar caro) > Balança comercial sobe 
O real mais barato torna os produtos brasileiros mais baratos no exterior. As                         
empresas brasileiras exportam mais e recebem dólares como forma de pagamento. Já os                         
importados ficam mais caros, as pessoas e as empresas importam menos e com isto                           
menos dólares saem do Brasil. E isso favorece a balança comercial, que é o indicador                             
econômico que representa a relação entre o total de exportações e importações de bens                           
e serviços de um país num determinado período. Mais exportações também representam                       
a entrada de mais dólares e com isto o governo tem a oportunidade de aumentar suas                               
reservas em dólares, o país acumula mais riquezas que podem ser utilizadas para                         
investimentos fazendo o país crescer. O problema é que todos estes movimentos são                         
muito lentos. Quando o dólar fica mais caro a inflação tende a aumentar rapidamente                           
enquanto as exportações podem demorar muito tempo para trazer riquezas para o país. 
­ Real desvalorizado (dólar caro) > PIB sobe 
As empresas brasileiras tendem a produzir mais e investir mais para atender a                         
demanda das exportações. Isso faz a economia do país crescer sem depender da                         
demanda interna.Este efeito também demora muito para acontecer e depende de outras                       
condições favoráveis. Uma taxa de câmbio favorável não é o único ponto necessário para                           
que um país possa crescer. Nossos produtos não são competitivos lá fora devido a outros                             
p​roblemas como falta de infraestrutura para transporte dos produtos, baixa produtividade,                     
impostos e burocracia elevada para quem deseja exportar. 
 
● Balança de Pagamentos 
O balanço de pagamentos de um país é o registro sistemático das transações econômicas,                           
durante um período de tempo, entre os seus residentes e os residentes do resto do mundo                               
(FMI).  Os registros no BP são normalmente efetuados em dólares norte americanos.  
­ Balança de Transações Corrente  
A Balança de Transações Correntes é uma das componentes da ​Balança de                       
Pagamentos de um determinado país e inclui a ​Balança Comercial​, a Balança de Serviços,                           
os rendimentos de investimentos e as transferências unilaterais. A Balança de Transações                       
correntes corresponde,desta forma, ao rendimento líquido de um país: no caso de                         
apresentar um saldo positivo (ou superavit), contribui para a acumulação de créditos sobre                         
o exterior; no caso de apresentar um saldo negativo (ou déficit), contribui para a                           
acumulação de dívida ao exterior. Terá sido a acumulação persistente de déficits da                         
Balança de Transações Correntes em diversos países europeus uma das principais razões                       
para a grave crise econômica registada na Europa a partir de 2008. A balança pode ser                               
superavitária: País recebe recursos para: 1) pagamento de compromissos assumidos                   
anteriormente; 2) investimento do país no exterior e 3) aumentar reservas. Deficitária: País                         
possui necessidade de: 1) investimentos estrangeiros; 2) contrair empréstimos no exterior e                       
3) diminuir reservas.  
­ Balança de Serviços 
A Balança de Serviços registra as transações internacionais como intangíveis ou                     
invisíveis. Compreende os chamados serviços de não fatores. Quando o país (residentes)                       
vende serviços (transporte, royalities, aluguel de equipamentos, serviços governamentais,                 
etc) ao resto do mundo (não­residentes), a BS registra uma receita em dólares. Quando o                             
país (residentes) compra serviços do resto do mundo (não­residentes), a BS registra uma                         
despesa em dólares. 
­ Transações Unilaterais 
Registra as transações internacionais que não envolvem obrigações como                 
contrapartida. Destacam­se: recursos destinados a reparações de guerra, transferências de                   
legados e heranças, doações particulares e governamentais em bens ou dinheiro,                     
pagamentos de pensões a cidadãos nacionais residindo no exterior, ajudas de indivíduos,                       
de entidades filantrópicas e de governos a populações afetadas por calamidades naturais                       
(ajuda humanitária), e remessas enviadas por migrantes que trabalham no exterior.  
  
● Balanço de Capitais 
Esta balança comporta as exportações e importações de capitais (correspondendo                   
as primeiras a diminuições das dívidas ou aumento dos créditos face ao exterior, e as                             
segundas a aumentos de dívidas ou diminuições dos créditos face ao exterior) efetuadas                         
anualmente entre os residentes e os não­residentes de um determinado país. Diz respeito a                           
transações propriamente financeiras, como, por exemplo, investimento direto estrangeiro ou                   
créditos externos recebidos. É comum efetuar­se a divisão desta balança nas suas                       
componentes de curto prazo e de longo prazo. A relevância desta distinção reside no fato                             
de, contrariamente aos movimentos de capitais de curto prazo, os de longo prazo                         
apresentarem uma certa estabilidade ao longo do tempo. Também é frequente a separação                         
entre os movimentos de capitais privados e oficiais. A balança de capitais forma, juntamente                           
com a balança de transações correntes, a balança de pagamentos. 
 
­ Capitais Autônomos 
Investimentos Diretos Líquidos Empréstimos e Financiamentos Amortizações,             
Capitais de Curto Prazo 
­ Capitais Compensatórios  
a) Contas de Caixa: Haveres e obrigações a curto prazo no exterior  
b) Empréstimos de Regularização do FMI: quando o país tem problemas de liquidez                         
internacional. Não constituem direito dos países­membro do FMI e, portanto sua obtençao                       
se dá sob condicionantes. Assim o país tem de se submeter a uma série de exigências.  
c) Atrasados Comerciais (quando o país não paga suas obrigações na data do vencimento.                           
Um lançamento nessa conta nada mais é que a decretação da moratária do país). Se                             
houver superavit no Saldo Total da Balança de Pagamento (STBP), as resevas têm                         
acréscimo no período analisado. Se houver déficit, uma possibilidade é o país perder                         
reservas. Se não dispuser de reservas suficientes para cobrir para o déficit ou não quiser                             
dispor delas, pode receber um empréstimo de regularização do FMI, desde que se submeta                           
a um programa de ajustes de acordo com as regras impostas pelo FMI. Se isso não é                                 
possível, as obrigações vencidas e não pagas são lançadas como atrasados. Quando                       
vence um empréstimo e o país não paga, debita­se na conta de amortizações (como se                             
fosse pago) e credita­se na conta atrasados. Quando o pagamento for feito, debita­se na                           
conta atrasados e credita­se na conta de caixa. 
­ Capitais Reservados  
São os meios de pagamento de que dispõem as autoridades monetárias de um país                           
ou o montante de moeda estrangeira de que dispõe o país. Originam­se de superávits nos                             
balanços de pagamentos e destinam­se a cobrir eventuais déficits das contas                     
internacionais. 
­ Capitais Condensados  
 
 
Microeconomia 
Demanda e Oferta: O conceito de elasticidade 
● Bens inelásticos 
● Fatores determinantes da elasticidade da demanda 
­ Bens essenciais x Bens supérfulos 
­ Quantidade de renda  
­ Substituibilidade  
­ Tempo 
● Fatores determinantes da elasticidade da oferta 
­ Custo e a possibilidade de estocagem 
­ Processo Produtivo 
Custo Fixo e Custo Variável 
Podemos definir os ​custos fixos como aqueles que não sofrem alterações                     
influenciadas pelo volume de produção. Apesar do nome, não se pode afirmar que estes                           
custos – que podem também ser classificados como “custos de estrutura” – jamais estarão                           
sujeitos a qualquer modificação. Um exemplo clássico é o aluguel, que pode sofrer                         
reajustes em determinados momentos e ainda assim continuar pertencendo ao grupo dos                       
custos fixos, já que tais reajustes não estarão relacionados às oscilações na produção da                           
empresa. Além do aluguel, são também classificados como custos fixos os serviços de                         
vigilância e segurança, gastos com telefonia, limpeza, manutenção e afins.  
Os ​custos variáveis​, por sua vez, estão diretamente ligados à produção da                       
empresa, sofrendo alterações de um período para outro. O melhor exemplo deste tipo de                           
custo vem das matérias­primas: quanto mais se produz, mais material é utilizado e,                         
portanto, maior é o gasto. Ainda que o volume de produção permaneça estável por algum                             
tempo, o custo com esses materiais não será enquadrado como fixo, pelo simples fato de                             
não deixar de estar atrelado à produção. Outros exemplos de custos variáveis são a                           
mão­de­obra direta, comissões e fretes de venda e insumos diretos. A energia elétrica,                         
embora costumeiramente seja classificada como um custo variável, faz parte de um grupo                         
de gastos que se enquadra nas duas categorias: há a parte variável, que diz respeito à                               
energia consumida na produção, mas há também a parte fixa, relacionada aos setores                         
administrativos da empresa  
  Abril  Maio   JunhoMatéria Prima  R$ 50,00  R$ 50,00  R$ 50,00 
Telefone   R$ 10.000,00  R$ 10.000,00  R$ 10.000,00 
Comissão de 
vendas 
R$ 150,00  R$ 150,00  R$ 150,00 
Vigilância  R$ 5.000,00  R$ 5.000,00  R$ 5.000,00 
Produção(un)  4.500  3.000  7.000 
Custo Fixo  R$ 15.000,00  R$ 15.000,00  R$ 15.000,00 
Custo Variável  R$ 900.000,00  R$ 600.000,00  R$ 1.400.000,00 
Custo Variável 
(unitário) 
R$ 200,00  R$ 200,00  R$ 200,00 
Custo Fixo 
(unitário) 
R$ 3,33  R$ 5,00  R$ 2,14 
 
Os custos fixos, no exemplo, são representados pela soma do telefone com a                         
segurança e os variáveis pela mão­de­obra e as comissões de venda (que são,                         
logicamente, multiplicadas pelas unidades produzidas). Ao observarmos os valores obtidos,                   
podemos perceber facilmente a oscilação dos custos variáveis de acordo com a quantidade                         
de unidades produzidas e como os custos fixos permanecem inalterados mesmo com as                         
mudanças nos números da produção. Se desejarmos obter o custo unitário de cada                         
produto, a lógica se inverte: como o custo variável é obtido com base na produção, este                               
permanecerá constante, enquanto o custo fixo unitário sofrerá oscilação. Podemos                   
perceber, observando o mês de maio, que quanto menor a produção, maior será o custo                             
fixo unitário. 
­ Custo Total Médio (CTM) : ​É o custo de produção de cada unidade padrão                           
produzida. Podemos obtê­lo dividindo o custo total (CT) pelo o número de unidades                         
produzidas.  
­ Custo Fixo Médio (CFM): ​custo fixo total dividido pela quantidade total produzida. O                         
CFM diminui com o número de quantidades produzidas  
­ Custo Variável Médio (CVM): ​custo variável total dividido pela quantidade total                     
produzida. 
­ Custo Marginal (CMg): ​mede quanto o custo total de uma empresa aumenta                       
quando aumenta­se a produção de mais uma unidade. O custo marginal é                       
importante para para identificarmos se vale à pena produzir mais uma unidade de                         
um produto ou não. O CMg aumenta com o número de quantidades produzidas   
Importante: ​No ponto em que as curvas de custo marginal e custo total médio se                             
cruzarem, teremos o nível de escala eficiente, ou seja, quando o CMg é igual ao CTM,                               
temos a situação em que o mercado está em equilíbrio. A escala eficiente de produção é o                                 
nível de produção em que se tem o menor custo por unidade padrão.  
 
 
 
 
Bibliografia:  
http://knoow.net/cienceconempr/economia 
https://portogente.com.br/portopedia 
http://knoow.net/cienceconempr/economia/concorrencia­imperfeita/ 
http://politicamonetaria.webnode.com.br/redesconto­bancario/ 
­ Economia UFRGS

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