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Desafio Profissional Empresa Aguilar

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CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM PROCESSOS GERENCIAIS 
3ª SÉRIE 
DESAFIO PROFISSIONAL
DISCIPLINAS NORTEADORAS: CONTABILIDADE BÁSICA; GESTÃO DE 
CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS; FINANÇAS E ORÇAMENTO; MATEMÁTICA FINANCEIRA E PROJETOS DE EMPRESAS.
Nome - RA
Tutor presencial: XX
Tutora a distância: XX
Cidade
2018
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
Neste Desafio Profissional utilizou-se como subsídio para a sua construção as seguintes disciplinas: Contabilidade Básica, Gestão de Custos e Formação de Preços, Finanças e Orçamento, Matemática Financeira e Projetos de Empresas.
O objetivo foi o de compreender conceitos, ferramentas e estratégias para auxiliar a Aguilar Ltda. em sua reestruturação contábil, financeira e produtiva.
Trata-se de uma empresa familiar que está no mercado há quarenta anos e que atende uma parcela substancial do território nacional, no segmento de bolsas, carteiras e malas de viagens tanto para homens quanto para mulheres. Porém, na contemporaneidade, notou-se alguns rumos que podem levar a empresa a falência. A contratação de uma consultoria foi de fundamental relevância para identificar problemas que deverão ser sanados para manter a empresa Aguilar Ltda. no mercado.
Para isso, neste Desafio Profissional foram tratados temas envolvendo Regime de Caixa e Regime de Competência, os gastos da empresa receberam classificação para realização de análises corretas, foi dado auxílio à gestão na formação do preço de venda utilizando como ferramenta o mark-up, foram tratados de alguns conceitos como juros simples, amortização, fluxo de caixa etc. a fim de auxiliar o financeiro sobre a utilização de recursos próprios ou realizar empréstimo para abertura de uma nova filial e, por fim, realizou-se a Análise SWOT, a qual possibilitou verificar as forças, fraquezas, ameaças e oportunidades da Aguilar Ltda., como subsídio para abertura da nova filial.
A partir dos passos propostos é possível direcionar a empresa num caminho mais satisfatório para atingir os resultados desejados.
Passo 1: Regime de Caixa e Regime de Competência
Conforme exposto, a consultoria detectou que na empresa Aguilar Ltda., não existe definido de forma clara o regime utilizado para a realização dos lançamentos. Ora utiliza-se o Regime de Caixa, ora o Regime de Competência. Primeiro, é preciso definir os conceitos, para entender a aplicabilidade de cada um e as suas diferenças.
Segundo Paula (2013) no Regime de Caixa o registro do documento é feito na data de pagamento ou recebimento, como se fosse uma conta bancária. Portanto, no Regime de Caixa, pagamentos e recebimentos são reconhecidos na escrituração contábil apenas quando o pagamento é efetivado, ou recebido, mediante dinheiro ou equivalente. (PORTAL CONTABILIDADE, 2018).
Sabe-se que alguns aspectos da legislação fiscal permitem a utilização deste regime para fins tributários. No entanto, o Regime de Competência não pode ser substituído por uma organização pelo Regime de Caixa, pois se o fizesse estaria violando um princípio contábil, ou seja, o Princípio da Competência. (PORTAL CONTABILIDADE, 2018).
O Princípio da Competência determina que transações / eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do pagamento ou recebimento.
O Regime de Competência designa o registro do evento na data que ele ocorreu, isto é, o registro do documento é realizado na data do fator gerador, na medida em quer não importa quando será recebido ou pago. (PAULA, 2013).
A diferença, portanto, entre os dois regimes é que o de Caixa considera a data que o dinheiro, efetivamente, entrou ou saiu do caixa da empesa, enquanto o de Competência considera a data da compra ou venda (fator gerador, sem que tenha havido recebimento / pagamento).
A pergunta é: qual regime seria mais indicado para a empresa Aguilar Ltda.? Conforme menciona a literatura a resposta correta é a junção dos dois regimes. Segundo Paula (2013) tanto o Regime de Caixa quanto o Regime de Competência são complementares, isto é, ambos são importantes na análise e gestão das finanças. Estes dois métodos são utilizados pelos gestores das áreas contábil e financeira.
Para entender a importância da utilização dos dois regimes, é preciso ter em mente os demonstrativos financeiros por eles gerados. Por meio do Regime de Competência confecciona-se a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). Trata-se de um dos mais importantes relatórios de gestão de uma empresa. Toda atividade precisa ser apurada cujos resultados servem para conhecer o resultado líquido. É na DRE que aparecem de forma detalhada à movimentação das contas, e confrontando as receitas com as despesas tem-se a resultante do exercício, ou Lucro Líquido ou Prejuízo Líquido do Exercício. A DRE é gerada no final de cada exercício e o seu objetivo, além de apresentar como foi formado o resultado do período, é de completar o Balanço Patrimonial com o saldo resultante do exercício, sendo contabilizado na conta Lucros ou Prejuízos Acumulados. (IUDÍCIBUS et al., 1998).
A partir do Regime de Caixa confecciona-se a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC). Por meio deste relatório observam-se as entradas e saídas, o que permite saber como está a saúde financeira da organização. A DFC afere e interpreta as variações dos saldos do disponível, permitindo conhecer o fluxo de caixa e a capacidade do negócio de gerar receitas. A DFC explica aonde se empregou o lucro gerado no período. É uma ferramenta que se preocupa em buscar o equilíbrio entre entradas e saídas de caixa, avaliando a capacidade de pagamento, antes de assumir compromissos, evitando negócios malsucedidos.
A Tabela 1 mostra a diferença entre os regimes de Competência e de Caixa. Imagine uma situação hipotética, na qual um cliente deveria pagar R$1.000,00 por mês, num período de seis meses. Porém, por algum motivo houve atraso no pagamento, o qual foi feito integralmente no último mês. A imagem mostra como tal situação é assinalada na DRE (por meio do Regime de Competência) e na DFC (segundo o Regime de Caixa):
Tabela 1. Diferença entre Regime de Competência e Regime de Caixa.
	
	
	DRE
	
	
	
	Mês 1
	Mês 2
	Mês 3
	Mês 4
	Mês 5
	Mês 6
	R$1.000,00
	R$1.000,00
	R$1.000,00
	R$1.000,00
	R$1.000,00
	R$1.000,00
	
	
	DFC
	
	
	
	Mês 1
	Mês 2
	Mês 3
	Mês 4
	Mês 5
	Mês 6
	
	
	
	
	
	R$6.000,00
Fonte: Elaborado pelo autor (2018).
Nota-se que na DRE assinala-se a data em que ocorreu o fator gerador e na DFC assinala-se o momento no qual o recebimento (ou pagamento) efetivamente aconteceu.
Portanto, conclui-se que é necessário a Aguilar Ltda. utilizar estes dois regimes contábeis, bem como fazer o uso dos relatórios gerados por cada um deles, os quais são a DRE e DFC, pois são relatórios complementares e cada um deles permite realizar análises distintas.
Passo 2: Classificação de gastos
De acordo com a consultoria contratada verificou-se os gastos mais relevantes da empresa, os quais estão apresentados no Quadro 1 a seguir:
Quadro 1. Gastos da empresa.
	Gastos mais relevantes da Aguilar Ltda.
	Matéria-prima utilizada na produção; 
Material em estoque; 
Aluguel do prédio da fábrica; 
Aluguel do prédio do escritório; 
Salário dos colaboradores do administrativo;
Salário dos colaboradores da produção;
Compra de um novo caminhão para as entregas; 
Um forte vento acabou por destelhar um dos barracões da produção.
Fonte: Souza (2018, p. 5).
Para classificar de forma correta cada um dos itens apontados no Quadro 1 em custos, despesas, investimento ou perda, primeiramente é preciso conceituar cada um dos termos.
Segundo Rodrigues (2016) gasto é um vocábulo que define todas as saídas de dinheiro da empresa. Porém, os gastos são divididos em custos, despesas, investimentos e movimentos não operacionais.
Os custos são aqueles relacionados diretamente com a produção, ou seja, atrelam-se a atividade fim da empresa, portanto, quanto mais se vende, mais estes gastos (custos) aumentam. Para identificaros custos, basta ter em mente o seguinte: tudo o que é gasto para levar o serviço / produto ao cliente é custo. (RODRIGUES, 2016).
Por exemplo, a energia elétrica quando utilizada para fabricar um dado produto, é considerada custo. Porém, não é alocada como custo num comércio, na medida em que não é utilizada na fabricação do produto.
As despesas relacionam-se aos gastos relacionados ao comercial e administração da empresa. São áreas essenciais para o negócio, porém não se ligam diretamente a produção. São exemplos: pró-labore da diretoria; gastos com marketing; salários da administração e comercial; material de escritório; aluguel de escritório do administrativo; telefone fixo e celular de vendas e administrativo. 
Os investimentos, segundo Rodrigues (2016) são os gastos realizados com o objetivo de trazer mais receita ou melhorar a imagem da organização. São exemplos aquisição de maquinário para aumento da produção e carro para fazer entregas.
Os gastos não operacionais são aqueles atípicos, ou seja, que não fazem parte do negócio. As perdas são gastos incorridos anormal e inesperadamente, como em casos de incêndio, desabamento, etc.
Depois de verificar a conceituação dos vocábulos, O Quadro 2 mostra os principais gastos da empresa classificados em custo, despesa, investimento e perda.
Quadro 2. Classificação dos gastos na Aguilar Ltda.
	Custo
	Despesa
	Investimento
	Perda
	- Matéria-prima utilizada na produção; 
- Salário dos colaboradores da produção;
- Aluguel do prédio da fábrica;
- Material em estoque.
	- Aluguel do prédio do escritório;
- Salário dos colaboradores do administrativo;
	- Compra de um novo caminhão para as entregas. 
	- Um forte vento acabou por destelhar um dos barracões da produção.
Fonte: Elaborado pelo autor (2018).
Passo 3: Composição do preço de venda
O mark-up é um índice aplicado sobre custo de um dado produto ou serviço a fim de formar o preço de venda. O preço deve ser suficiente para cobrir custos, despesas e impostos e, ainda, gerar o lucro esperado para manter a empresa em atividade. (MORAES, 2016).
Para cálculo do mark-up é preciso conhecer alguns valores que incidem sobre o produto, os quais são: ICMS da venda, PIS e COFINS, Comissão do Vendedor, Despesas Administrativas e Lucro desejado. A partir daí tem-se o Custo Total da Venda (CTV).
A partir dos dados apresentados no presente Desafio, tem-se o seguinte:
(+) ICMS da venda = 18%
(+) PIS e COFINS	= 4,65%
(+) Comissão do Vendedor = 2,5%
(+) Despesas Administrativas = 6%
(+) Lucro desejado = 20%
(=) CTV (Custo Total da Venda) = 51,15%
Sabe-se que o valor da venda da bolsa é de R$100,00 (valor do produto final, o qual é considerado 100%). Como o valor de custo não é apontado no Desafio, este deverá ser calculado. Se o CTV corresponde a 51,15% e o valor final de venda da bola é de R$100,00 o CTV em reais da bolsa é de R$51,15.
Como observou-se, somam-se todas as despesas e impostos ao percentual de lucro estabelecido, no caso, essa somatória ficou no total de 51,15%, ou seja, o Custo Total da Venda (CTV). Com o resultado obtido do CTV, é possível fazer o cálculo do mark-up divisor a partir da seguinte fórmula:
MKD = (PV – CTV) /100
MKD = (100 – 51,15) /100
MKD = 48,85 /100
MKD = 0,4885
Em que MKD = mark-up divisor e PV = preço da venda.
Desta forma, o preço de venda (PV) se dá da seguinte maneira:
PV= PC /MKD
PV=51,15/0,4885
PV=104,71
Em que PC = preço de custo
O preço da venda fica, portanto, estabelecido em R$104,71 (pode ser arredondado para 105,00) considerando o preço de custo no valor de R$51,15.
Caso seja utilizada a fórmula do mark-up multiplicador, temos:
MKM	= 1 /MKD
MKM	= 1 /0,4885
MKM	= 2,0470
Em que MKM = mark-up multiplicador
A partir daí o preço da venda pode ser estabelecido:
PV = PC x MKM
PV = R$ 51,15 x 2,05
PV = R$ 104,70
Observa-se, portanto, o mesmo valor utilizando tanto o mark-up divisor quanto o mark-up multiplicador. Fica fácil desta forma verificar o preço de venda dos demais produtos, cujos valores de incidência (PIS, Cofins, comissões, etc.) são os mesmos, alterando somente o preço de custo, específico de cada produto.
Para corroborar se a atribuição do preço está correta, basta montar um demonstrativo de resultado, conforme segue:
Tabela 2. Demonstrativo de Resultado.
	PV
	= R$ 105,00
	100%
	(-) PC
	= R$ 51,30
	48,85%
	(-) ICMS da venda
	= R$ 18,90
	18%
	(-) PIS e COFINS
	= R$ 4,88
	4,65%
	(-) Comissão do vendedor
	= R$ 2,60
	2,5%
	(-) Despesas administrativas
	= R$ 6,30
	6%
	(=) Lucro
	= R$ 21,00
	20%
Fonte: Elaborado pelo autor (2018).
Com a atribuição do preço de venda em R$105,00 da bolsa feminina modelo pais, a empresa conseguirá cobrir todos os custos e ainda obter 20% de lucro, o qual é de R$21,00 para este modelo.
Passo 4: Relatório à diretoria financeira
Com o intuito de auxiliar a Sra. Brígida na tomada de decisão sobre lançar mão de valores próprios da empresa que estão aplicados ou tomar este valor emprestado de uma instituição financeira, algumas terminologias são importantes para conhecer o melhor procedimento a ser efetivado.
Primeiramente, vamos a conceituação de juros simples. Trata-se de um acréscimo calculado sobre o valor inicial de uma aplicação financeira ou de uma compra feita a crédito, por exemplo. O valor é chamado de capital e a esse valor é aplicada uma correção, chamada de taxa de juros, a qual é expressa em porcentagem. Este tipo de juros é calculado considerando o período em que o capital é emprestado ou aplicado.
Os juros compostos tratam-se da aplicação de juros sobre juros, ou seja, os juros compostos são aplicados ao montante de cada período. Juros compostos são utilizados amplamente pelo sistema financeiro, na medida em que oportuniza uma rentabilidade melhor. A taxa de juros é sempre aplicada ao somatório do capital no fim de cada mês. Diferente dos juros simples, em que a taxa de juros é calculada sobre o mesmo valor (capital), nos juros compostos o valor se altera a cada período, pois os juros compostos são aplicados nos juros sobre juros.
O vocábulo montante, chamado também de valor acumulado, é a soma do capital inicial com o juro produzido num dado período de tempo, ou seja, quando se aplica um capital, a uma taxa periódica de juro por um determinado tempo, o valor acumulado chama-se montante. Já, capital, é apenas o valor aplicado ou emprestado, segundo aponta Lacerda (2011).
O Desconto Simples, também denominado Desconto Simples Comercial ou Desconto Simples "Por Fora", refere-se aos juros simples calculados sobre o Valor Nominal de um título. O desconto comercial refere-se a uma convenção secularmente aceita e utilizada de forma ampla nas operações comerciais e bancárias de curto prazo. O Desconto Comercial Simples tem como fundamento o Juro Simples, desta maneira todas as operações são baseadas nele. (WIKIPEDIA, 2018).
A taxa nominal é uma a taxa de juros na qual a unidade referencial de seu tempo não coincide com a unidade de tempo dos períodos de capitalização. A taxa nominal é sempre fornecida em termos anuais, e os períodos de capitalização podem ser semestrais, trimestrais, mensais ou diários.
Taxa efetiva é a taxa de juros em que a unidade referencial de seu tempo coincide com a unidade de tempo dos períodos de capitalização. Taxas equivalentes são taxas de juros fornecidas em unidades de tempo distintas que ao serem aplicadas a um mesmo principal durante um mesmo prazo, produzem um mesmo montante acumulado no final daquele prazo, por meio do regime de juros compostos. As taxas proporcionais são taxas de juros fornecidas em unidades de tempo diferentes que, ao serem aplicadas a um mesmo principal durante um mesmo prazo, produzem um mesmo montante acumulado no final daquele prazo, utilizando o regime de juros simples. (RIGONATTO, 2018).
Agora, vamos a conceituação, função e aplicabilidade de Valor Presente e Valor Futuro. O Valor Presente também é conhecido como valor atuallíquido, ou seja, trata-se do valor que se possui hoje, no presente. Pode, também, ser calculado caso você saiba quanto será uma parcela a ser recebida ou paga a qualquer momento no futuro. Os Valores Futuros medem os fluxos de caixa no final da vida do projeto, é também o valor que você receberá em uma certa data. As técnicas de valor presente medem os fluxos de caixa no início da vida de um projeto (tempo zero), em que se considera exatamente o dinheiro que se tem nas mãos hoje. O valor futuro de um montante presente é encontrado aplicando-se juros compostos num determinado período.
O fluxo de caixa pode ser considerado um instrumento básico de planejamento financeiro, cujo objetivo é o de apurar e projetar o saldo disponível para que haja sempre capital de giro na organização, para aplicação ou eventuais gastos. No fluxo de caixa devem ser registrados todos os recebimentos e todos os pagamentos previstos para, se possível, até o último pagamento e recebimento conhecido, ou o máximo de horizonte satisfatório às necessidades da empresa. (SEBRAE, 2017).
A amortização é o processo de extinção de uma dívida por meio de pagamentos periódicos, que são realizados em função de um planejamento, de maneira que cada prestação corresponde a soma do reembolso do capital ou dos juros do saldo devedor (juros sempre são calculados sobre o saldo devedor), podendo ainda ser o reembolso de ambos. Os principais sistemas de amortização são: sistema de pagamento único (há um único pagamento de capital + juros no final do período estabelecido; sistema de pagamento variável (acontece diversos pagamentos diferenciados durante o período); sistema americano (há um único pagamento ao final do período, no entanto os juros são calculados em várias fases no decorrer do período; sistema de amortização constante ou SAC (em geral é o mais utilizado e os juros e o capital são calculados uma única vez e divididos para o pagamento em diversas parcelas no decorrer do período; sistema price ou francês (utilizado em geral em financiamentos de bens de consumo, todas as parcelas são iguais e com os juros já embutidos); sistema de amortização misto (o financiamento é calculado pelos métodos SAC e price e faz-se uma média aritmética das prestações desses dois sistemas, originando o valor da prestação do sistema misto). (DUARTE, 2018).
Certamente, após conhecer as terminologias aqui citadas e as suas especificidades, a Sra. Brígida terá um conhecimento mais profundo para decidir entre a viabilidade do uso dos recursos próprios (que estão aplicados) ou tomar o valor de uma instituição financeira.
Passo 5: Análise SWOT
Análise estratégica ocorre quando se verifica minuciosamente os pontos fortes e fracos de uma organização. Este tipo de análise denomina-se Análise SWOT. É um processo de avaliação dos pontos fortes (Strengths) e dos pontos fracos (Weaknesses) de um determinado negócio sob a luz das oportunidades (Opportunities) e das ameaças (Threats) em seu ambiente. Vale ressaltar que as forças e fraquezas remetem-se ao ambiente interno (aquilo que pode mudado pela empresa) e as oportunidades e ameaças relacionam-se ao ambiente externo.
Segue Análise SWOT para auxiliar a Aguilar Ltda. na abertura de uma nova filial:
Quadro 3. Análise SWOT para abertura de filial da Aguilar Ltda.
	AMBIENTE INTERNO
	
	Forças
	Fraquezas
	- Contratação de consultoria para diagnosticar a causa de perda na lucratividade do empreendimento;
- Identificação de pontos que devem ser melhorados, como definição do regime contábil e necessidade de utilizar, por exemplo, o mark-up para atribuição de preço no produto final;
- Conhecimento sobre os pontos fortes e fracos a fim de iniciar uma ação para a melhoria do empreendimento como um todo;
- Possibilidade de compra de maquinário novo para operação da nova filial;
- Compreensão de novos conceitos que auxiliarão na melhor direção da empresa.
- Qualidade do produto;
- Facilidade de pagamento;
- Flexibilidade de customização das peças.
- Atendimento de parcela substancial do território nacional.
	- Redução na lucratividade devido falhas em alguns processos;
- Maquinário antigo que carece de manutenção constante e para por problemas técnicos;
- Atribuição de preço do produto final pelo “achismo”, sem considerar variáveis importantes para atribuição de preço.
	AMBIENTE EXTERNO
	
	Oportunidades
	Ameaças
	- Gosto pelas mulheres e homens por bolsas e carteiras;
- Turismo em destaque na contemporaneidade, o que promove a aquisição de elementos para viagem, como malas;
- Ano de Copa do Mundo, muitas pessoas com planos para viagem devido os jogos, período em que a empresa pode utilizar para garantir um excelente período de vendas.
	- Mercado cada vez mais competitivo;
- Aumento do valor da matéria-prima;
- Custos com logística;
- Aumento dos impostos.
Fonte: Elaborado pelo autor (2018).
CONCLUSÃO
Após identificar os pontos que necessitam atenção, as propostas aqui tratadas podem auxiliar na tomada de decisões mais adequadas por parte da gestão. No que se refere ao regime contábil utilizado pela organização foi proposto utilizar de forma simultânea o Regime de Caixa e o Regime de Competência, já que as resultantes destas duas ferramentas (DRE e DFC) permitem análises distintas e ambas são de suma importância para o negócio.
Os gastos da empresa também foram classificados, a fim de auxiliar na construção de outros relatórios importantes, por isso deve-se alocar cada gasto de forma correta, isto é, como custo, despesa, investimento ou perda. 
A fim de evitar “achismos” na formação do preço, o que muitas vezes pode levar o preço final a não cobrir os preços de operação (custo total envolvendo a fabricação do produto) explicou-se a gerência o conceito de mark-up e como aplica-lo. Desta forma, é importante ter algumas informações em mãos para a formação do preço utilizando esta metodologia, como o preço de custo, ICMS da venda, Pis e Cofins, comissão do vendedor, despesas administrativas e o lucro desejado.
A partir das informações dadas no Desafio, verificou-se o preço de custo da bolsa feminina modelo pais, para a partir de aí determinar o preço utilizado o mark-up multiplicador ou divisor.
Também é importante considerar que a Aguilar Ltda. pretende abrir uma nova filial, para tanto, é preciso identificar a melhor opção para a obtenção de recursos: capital próprio ou empréstimo de instituição financeira? Para tanto, elaborou-se um relatório a Sra. Brígida, contendo informações importantes para auxiliá-la nesta decisão.
Por fim realizou-se a Análise SWOT, de forma que a nova empresa, por meio desta análise, tem em mãos informações estratégicas, as quais são: forças e fraquezas (fazem parte do ambiente interno e são situações que podem ser mudadas) e ameaças e oportunidades (não se tem controle sobre, na medida em que faz parte do ambiente externo, mas é interessante conhecer estas variáveis para conhecer como agir numa dada situação).
Seguindo os passos aqui descritos a Aguilar Ltda. tem condições de seguir sua história no mercado e alcançar o sucesso desejado com a abertura da nova filial.
REFERÊNCIAS
DUARTE, M. Amortização. Disponível em <https://www.infoescola.com/economia/amortizacao/>. Acessos em 10 abr. 2018.
IUDÍBICIUS, S. de, et. al. Contabilidade Introdutória. 9. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
LACERDA, R. Montante, capital e juros simples. Disponível em < https://mathfinanceira.com.br/2011/07/02/montante-e-capital/>. Acessos em 10 abr. 2018.
MORAES. I. O que é Markup? Disponível em < http://www.contabeis.com.br/noticias/30248/o-que-e-markup/>. Acessos em 10 abr. 2018.
PAULA, G. B. Regime de Caixa e Regime de Competência. Disponível em < https://www.treasy.com.br/blog/diferenca-entre-regime-de-caixa-e-regime-de-competencia/>. Acessos em 10 abr. 2018.
PORTAL CONTABILIDADE. Os princípios de contabilidade. Disponível em < http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/principiosfundamentais.htm>. Acessos em 10 abr. 2018.
RIGONATTO,M. Taxa efetiva e taxa real. Disponível em < http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/taxa-efetiva-taxa-real.htm>. Acessos em 10 abr. 2018.
RODRIGUES, F. Gastos, custos, despesas e investimentos: você sabe como diferenciar? Disponível em < https://asseinfo.com.br/blog/gastos-custos-despesas-investimentos/>. Acessos em 10 abr. 2018.
SEBRAE. Fluxo de caixa: o que é e como implementar. Disponível em < http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/fluxo-de-caixa-o-que-e-e-como-implantar,b29e438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD>. Acessos em 10 abr. 2018.
SOUZA E. C. Desafio Profissional de Tecnologia em Processos Gerenciais. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2018, p. 10. Disponível em: www.anhanguera.edu.br/cead. Acessos em 10 abr. 2018.
WIKIPEDIA. Desconto comercial simples. Disponível em < https://pt.wikipedia.org/wiki/Desconto_comercial_simples>. Acessos em 10 abr. 2018.

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