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wilson cano introducao a economia resenha capitulo 2

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Universidade Estadual de Campinas - Instituto de Economia
Disciplina: Introdução à Economia (CE-172) 
Profa. Dra. Ana Lucia Goncalves da Silva
Turma 2012 Noturno
Dennis Schwartz - RA: 027098
23/03/2012
Resenha do Segundo Capítulo do Livro
Cano, Wilson - Introdução à Economia, Editora Unesp, São Paulo, 2ª Edição, 2007.
1. O Processo de Produção
O segundo capítulo do livro começa com o autor reiterando a necessidade de continuar fazendo certas simplificações e de utilizar uma abordagem estática de processos que, em geral, são dinâmicos, tudo isso com efeito didático para benefício do leitor/aluno. Ele passa então a explicar como o Processo Produtivo é afetado pela evolução dos instrumentos auxiliares (bens de capital) desde as sociedades antigas, passando pelas 3 revoluções industriais (a primeira com as máquinas a vapor, a segunda marcada pelo motor a explosão e a terceira pela informática e micro-eletrônica) e como as inúmeras alternativas de produção que resultaram de todo este avanço tecnológico afetam a produtividade média dos fatores de produção e a proporção de seu emprego no processo produtivo. O autor defende que essas transformações estão gradualmente promovendo a substituição do fator mão de obra não qualificada pelo fator capital e tornando os países subdesenvolvidos cada vez mais dependentes dos países ricos.
Em seguida, Cano nos diz que as quantidades de fatores podem variar conforme a técnica de produção escolhida e cita como exemplos a indústria de panificação, o transporte ferroviário, a siderurgia, os bancos e as atividades primárias. Todos os exemplos oferecem alternativas técnicas de produção e mostram que para cada alternativa escolhida, o uso de determinados fatores pode ser mais intensivo em detrimento de outros fatores. Dessa ideia vem o conceito de Função de Produção, dada como a expressão matemática que quantifica o uso de cada um dos fatores numa determinada atividade produtiva. Esta função pode ser apresentada em termos físicos ou materiais ou ainda em termos quantitativos (de custo).
O autor segue explicando que as unidades produtores, por intermédio do processo decisório executado pelos organizadores da produção, adquirem Serviços de Fatores, como os serviços de trabalho, utilização de capital e de recursos naturais e que isso gera um fluxo real de serviços de fatores, que terá como contrapartida nominal o pagamento aos detentores dos fatores. De outro lado o fluxo real de bens e serviços finais é fornecido pelas unidades produtoras e consumido pelas famílias gerando o Valor Bruto de Produção (VBP). Deduzindo deste VBP os insumos consumidos no processo produtivo (para evitar dupla contagem) temos o Produto. O caso de um país que produz apenas pão é então usado para exemplificar estes conceitos e concluir demonstrando porque o Produto é igual à Renda. Cano segue com o exemplo detalhando as contas e acrescenta ainda a ideia de diferenciação entre Bens e Serviços Finais e Bens e Serviços Intermediários (insumos).
A seguir, o autor apresenta a Matriz de Insumo Produto de uma economia hipotética e faz a distinção entre a Matriz de Transações Intermediárias, a Matriz de Rendimentos e a Matriz de Demanda Final, que podem ser obtidas da matriz maior e também apresenta os conceitos de Renda Interna Bruta (pagamentos aos fatores de produção mais a depreciação), Produto Interno Bruto (produção física de bens e serviços finais aos preços vigentes no mercado) e Despesa Interna Bruta (dispêndio realizado ou fluxo nominal para adquirir o produto).
 
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2. Destino da Produção
Na segunda parte do capítulo, o autor apresenta o conceito de Destino da Produção, explicando que o fluxo real de bens e serviços finais vai para o mercado, onde cumpre duas finalidades, primeira a de ser vendido e assim remunerar as unidades produtoras e os fatores, e segunda a de atender a demanda existente por estes bens e serviços. É feita uma distinção importante entre o mercado de bens e serviços de consumo e o mercado de bens e serviços de capital, que apresentam características diferentes. No primeiro as unidades compradoras (consumidores) em geral não são capazes de definir os preços, que são definidos pelas unidades produtoras baseando-se no custo de produção e no lucro que elas esperam obter. Neste mercado os preços ainda podem ser influenciados por grupos manipuladores da oferta e também pela publicidade e propaganda. Já no mercado de bens de capital o destino do fluxo real de bens e serviços finais é aplicado na reposição de elementos do aparelho produtivo (Investimento de Reposição) e em sua ampliação e modernização (Investimento Líquido).
O autor fala ainda sobre o Destino do Fluxo Nominal, agrupando estes fluxos em Rendas do Trabalho (salários e ordenados) e Rendas da Propriedade (lucros, juros e aluguéis) e nomeando-os de Repartição Funcional da Renda. Uma parte dessa renda será destinada à satisfação das necessidades de seus detentores no mercado de bens e serviços de consumo e outra parte constitui a Poupança, formada pelos rendimentos das famílias que não são dedicados ao consumo mais as reservas de lucros e depreciação das unidades produtoras (empresas). Assim conclui-se que:
Renda = Consumo + Poupança.
A poupança circula pelo Mercado Financeiro ou permanece em poder das empresas que investem em bens de capital para ampliar sua produção. O autor finaliza o capítulo dizendo que o investimento líquido amplia a capacidade produtiva do sistema, o produto, a renda e também afeta a produtividade e o emprego. Ele menciona ainda que em países subdesenvolvidos certas regiões ficam à margem da economia de mercado, apresentando poupança em termos não monetários, mas sim de horas de trabalho gastas na produção e reparo dos bens de capital. O autor encerra o capítulo fazendo uma ressalva de que a relação entre poupança e investimento constitui um problema mais complexo discutido pela teoria econômica, mais especificamente por Keynes, sem dar maiores detalhes.
Achei este segundo capítulo mais fácil de ser compreendido do que o primeiro, talvez em parte por já estar mais familiarizado com os termos e conceitos básicos e pelo fato de os assuntos terem sido bem trabalhados na sala de aula. As tabelas e a matriz também tornaram os exemplos mais claros na minha opinião e facilitaram a compreensão. Apenas o último parágrafo, o que fala sobre a relação poupança e investimento ficou bastante nebuloso. Provavelmente porque não era o objetivo do autor explicar o assunto, apenas fazer menção.

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