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VI.8. Detectores usados em espectrômetros UV-VIS. VI.9. Tipos de instrumentos. VI.10. Aplicação da espectroscopia em análise de substâncias inorgânicas e orgânicas. Pág. 51 VI.8. Detectores de radiação: Transdutores Propriedades dos Transdutores de radiação Alta sensibilidade razão Sinal / Ruido Produz sinal elétrico fácil de ser amplificado Baixo nível de ruído elétrico. Resposta rápida para baixos níveis de energia em uma ampla faixa de . Resposta linear: Sinal elétrico produzido dever ser diretamente proporcional à potência radiante P do feixe, como mostrado na equação abaixo: S = K x P + K’ S =K x P Onde, S é a resposta elétrica do detector (corrente, voltagem ou carga). K (constante de proporcionalidade) mede a sensibilidade do detector em termos de sua resposta elétrica por unidade de potência radiante de entrada. K´ é a constante de resposta (conhecida como corrente de escuro). Produzem corrente (I) ou voltagem (V) proporcional A REM (P) que atinge suas superfícies Pág. 52 VI.8.1. Detectores comuns para a espectroscopia de absorção Tipo Faixa de , nm Detectores de fótons (fotoelétricos) • Fototubos 150 -1000 • Tubos fotomultiplicadores 150 - 1000 • Fotodiodos de silício 350 – 1.100 Detectores térmicos (fotocondução) • Termopares 600 – 20.000 • Bolômetros 600 – 20.000 • Células pneumáticas 600 – 40.000 • Células piroelétricas 100 – 20.000 Pág. 53 a) Fototubo (cátodo; -) (ânodo; +) Fóton (REM)(E= h) e- Fotoemissivo: A energia radiante é transformada em corrente elétrica pelo efeito fotoelétrico. Sendo que o número de elétrons ejetados do cátodo é proporcional à intensidade da radiação que atinge a sua superfície. Aplica-se uma V aplicada (90V). Assim, todos os elétrons ejetados são coletados no ânodo para fornecer uma corrente (fotocorrente) proporcional à intensidade da radiação. material fotoemissivo K, Na ou PbO amplificador Pág. 54 b) Tubos Fotomultiplicadores (TFM) Seu fotocátodo é similar em construção ao fototubo. Porém, o TFM apresenta uma série de eletrodos denominados dinodos (1 a 9) e 1 ânodo. Nos dinodos ocorre o processo de multiplicação de elétrons secundários (amplificação da corrente). Sendo que, para cada fóton incidente gera-se entre 105 a 107elétrons. Fotocorrente é proporcional a P da REM elétrons secundários fotoelétrons 106e- Pág. 55 c) Fotodiodos ou diodos pn de silício Fotocorrente é proporcional a potência do feixe incidente Os fotodiodos de silício são semicondutores de junção pn. Basicamente, os fótons “UV-Vis” ao atingirem a superfície do diodo (camada de depleção da junção pn) acarretam a formação de elétrons e vacâncias adicionais aumentando a condutividade. Semicondutor tipo “n” Excesso de vacância (buraco)Elétron livre para conduzir As Ga Semicondutor tipo “p” fótons Pág. 56 d) Detectores com Arranjos de Diodos Fotocorrente é proporcional a potência do feixe incidente São constituídos por cerca de 1.000 ou mais fotodiodos de silício, dispostos lado a lado em uma única lâmina (chip) de silício. Vantagens: cada difratado atinge um detector. O que permite, além de obter medidas simultâneas de vários , obter espectros completos num período de tempo curto e com elevada resolução espectral (1 nm). Pág. 57 VI.9. Instrumentação para medidas de absorção UV/VIS Fotômetros O λ usado nas análises é selecionado de modo discreto ou descontínuo; A selecção do λ usado é efetuada por filtros que limitam a radiação incidente a uma determinada banda de comprimentos de onda. Espectrofotômetros O λ usado nas análises é selecionado em faixas limitadas, de forma contínua e variável em toda a zona do espectro; tornando possível registrar o espectro de absorção (UV-Vis). A selecção do λ usado é efetuada por um monocromador. Pág. 58 VI.9. Tipos de Instrumentos a) Feixe único Desvantagens: Variações na resposta do detector e na fonte de radiação a cada λ, pois não há compensação para qualquer alteração em qualquer dos componentes dos espectrofotômetros. As vantagens principais dos espectrofotômetros de feixe simples são: Baixo custo Fácil de trabalhar. Uteis para métodos de análises, a apenas um , de sistemas com apenas uma substância a analisar. Pág. 59 Modo de utilização: 1. Depois de ligar o equipamento, esperar cerca de ½ hora, para garantir a estabilização térmica dos componentes eléctricos. 2. O dispositivo de leitura é inicialmente zerado com o compartimento da amostra vazio de forma que o obturador bloqueie o feixe e nenhuma radiação atinja o detector (calibração de 0% T ou ajuste de 0% T ). 3. Procede-se ao acerto do 0 de absorvância ou 100%T colocando no trajeto ótico uma célula com o “branco” (solução com composição semelhante à da amostra em que está ausente a espécie a determinar) 4. Procede-se, então, à leitura de soluções de calibração e amostras utilizando a mesma célula do “branco”. b) Instrumentos de feixe único Pág. 60 VI.9. Tipos de espectrofotômetros Feixe Duplo b.2. com feixes separados no tempo b.) Feixe Duplo b.1. Feixes separados no espaço Pág. 61 Vantagem sobre feixe único: compensa flutuações na potência radiante da fonte, pois as medidas de P (radiação que passa pela cubeta da amostra) e P0 (cubeta do branco) são efetuadas simultaneamente. Possibilitam o traçado dos espectros de modo automático (rapidez): a) As duas células são preenchidas com o “branco”. O equipamento corrige todos os valores de absorvância para zero (0). b) Substitui-se a solução do branco pela amostra e procede-se ao traçado do espectro. Instrumentos de feixe duplo Pág. 62 VI.10. Aplicações da Espectrometria de absorção no UV e Visível E requerida para Transformação é igual h do fóton absorvido fóton absorvido Ocorre uma Transformação “quântica” na molécula Pág. 63 Como ocorre a absorção de radiação? n * Níveis ocupados n * * n * * * * Níveis não ocupados E ne rg ia * 200-700nm Pág. 64 Transições Eletrônicas: regras de seleção Ligação simples Transições proibidas: são transições que possuem pouca probabilidade de ocorrerem, quando ocorrem geram pequenos ombros no gráfico, ou picos de intensidade muito baixa. D = 2S + 1, onde S é a soma de todos os spins dos elétrons (+½ e -½). D = 2 x [(+1/2) + (-1/2)] + 1 D = 1 estado singleto D = 2 x [(+1/2) + (+1/2)] + 1 D = 3 estado tripleto Pág. 65 Magnitude das absortividades molares e a Probabilidade de ocorrer a absorção O λ está relacionado a energia de transição. o Ɛ indica a probabilidade de ocorrer a transição. Em resumo, mesmo quando um fóton tem a energia apropriada para promover uma certa transição, esta transição pode não ocorrer para algumas moléculas. Pág. 66 IV.10.1. Aplicações qualitativas: a) absorção de espécies inorgânicas A Absorção por transferência de cargas ocorre entre um grupo doador de elétrons ligado a um receptor de elétrons. Quando excitado o elétron do doador (ligante) é transferido para um orbital do aceptor (metal). As absortividades, geralmente, são altas (>10.000) (alta sensibilidade). Pág. 67 b) Aplicações qualitativas da espectrometria de absorção de substâncias orgânicas no UV-Vis A utilidade desta espectroscopia para a elucidação estrutural de moléculas orgânicas é relativamente limitada. Porém, é possível obter a partir dos espectros de UV/Vis, as respostas às seguintes questões: 1) A molécula apresenta ligações múltiplas? 2) No caso de haver mais de uma ligação π, elas são conjugadas? 3) A molécula é aromática? Pág. 68b.1. Absorção por compostos orgânicos: importância da conjugação (dienos) A conjugação de ligações duplas desloca o máximo de absorção para maiores (deslocamento batocrômico). Além disso, há um aumento na intensidade da banda. CH3-(CH=CH)n-CH3 n=3 n=4 n=5 A B C Pág. 69 Como a conjugação causa o efeito batocrômico Quando duas ligações duplas estão conjugadas, os quatro orbitais atômicos p combinam-se para produzirem quatro orbitais moleculares (dois ligantes e dois anti-ligantes). Assim, a transição eletrônica energeticamente mais favorável * ocorre do orbital ocupado mais energético (HOMO) para o orbital anti-ligante de menor energia (LUMO), ou seja, menor E, maior . HOMO LUMO en er gi a en er gi a Pág. 70 Absorção por compostos orgânicos: Conjugação (dienos e auxocromos) 4-metoxi-butin-3-eno Benzeno fenol íon fenóxido anilina íon anilínium max = 255nm 270nm 287nm 280nm 254nm Pág. 71 Exemplos de outros sistemas de elétrons conjugados que atuam como cromóforos e absorvem na região entre 200-800 nm. (aldeídos insaturados, cetonas e compostos aromáticos). max = 222nm =18.000 max = 300nm =100 b.1.1. Exemplos de substâncias que absorvem no UV-Vis Pág. 72 b.1.2. Absorção por compostos orgânicos: efeito da conjugação nas transições eletrônicas Pág. 73 Homoanular cisoide Heteroanular transoide Valor básico () 253 nm 214 nm Incrementos para: grupo alquila ou resíduo de anel +05 +05 conjugação estendida por dupla ligação +30 +30 dupla ligação exocíclica +05 +05 dieno conjugado homoanular +39 +39 Agrupamentos polares -OCOCH3 +00 +00 -OR +06 +06 -SR +30 +30 -Cl, -Br +05 +05 -NR2 +60 +60 b.1.3. Regras empíricas: Woodward-Fieser para dienos Pág. 74 Regras de Woodward-Fieser para dienos Pág. 75 VI.10.2. Aplicações em análise quantitativa baseadas em medidas de absorção Métodos de análise quantitativa. Método da curva analítica. Por cálculo direto. Titulação fotométrica ou espectrométrica Analise multicomponente. Pág. 76 Aplicações em análise quantitativa baseadas em medidas de absorção Método da curva analítica. Pág. 77 Aplicações em análise quantitativa baseadas em medidas de absorção Método direto: Calcula-se a concentração da amostra pela medida da sua absorbância e da solução padrão em condições idênticas. Pág. 78 Análise de uma mistura A absorbância de uma solução, em qualquer , é a soma das absorbâncias de todas as espécies presentes em solução. a) Existe uma superposição significativa dos espectros em todas as regiões. b) Existem regiões nas quais cada componente representa a contribuição principal para a absorbância. A = xb[X] + Yb[X] + Zb[X] + ... a) b) ab so rb ân ci a ab so rb ân ci a X X y ’ ’’y Pág. 79 Análise de uma mistura: o que fazer quando os espectros se superpõem significativamente Aplica-se uma análise, feita pelo método dos mínimos quadrados. absorbância Ti=ATi/b[Ti] V=AV/b[V] absorbância absorbância do padrão mistura absortividade molar calculada Titânio Vanadio Am Titânio Vanadio Acalc [Acalc-AM]2 390 0,895 0,326 0,651 678,0 172,5 0,85052 3,98E-02 430 0,884 0,497 0,743 669,7 263,0 0,93266 3,60E-02 450 0,694 0,528 0,665 525,8 279,4 0,80512 1,96E-02 470 0,481 0,512 0,547 364,4 270,9 0,63529 7,80E-03 510 0,173 0,374 0,314 131,1 197,9 0,32894 2,23E-04 SOMA 1,03E-01 padrões concentrações na mistura [Ti] M SOLVER 0,00132 [Ti] 0,001 0,67mM [V] M [V] 0,001 1,123mM 0,00189 cubeta Acalc = Tib[Ti]proposta + Vb[V]proposta Acalc = (678x1x0,001)+(172,5x1x0,001) Acalc = 0,85052 cm 1 Pág. 80 Análise de uma mistura quando os espectros estão parcialmente resolvidos Pág. 81 Análise de misturas absorventes: Ponto isosbéstico Pág. 82 Referências PAVIA, D. L., LAMPMAN, G. M.; KRIZ, G. S., Introduction Spectroscopy, 3a edição, Brooks/Cole, 2001 SILVERSTEIN, R. M. & WEBSTER, F. X., Identificação Espectrométrica de Compostos Orgânicos, 6a edição, LTC. Rio de Janeiro, RJ, 2001. SOLOMONS, T.W.G. & FRYHLE, C., Química Orgânica, Volumes 1 e 2 , 7a edição, LTC. Rio de Janeiro, RJ, 2001. BRUICE, P. Y. , Química Orgânica, Volumes 1 e 2, 4a edição, Pearson/Prentice Hall, 2006. Pág. 83 ANEXO 1: Cálculo da resolução Solução de KMnO4 R = / 501,613/ (800 – 415) = 501,613 / 385 = 1,302nm Pág. 84
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