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(3) aula UV VIS pag 50 84 03122016

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VI.8. Detectores usados em espectrômetros UV-VIS.
 VI.9. Tipos de instrumentos.
VI.10. Aplicação da espectroscopia em análise de substâncias inorgânicas e
orgânicas.
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VI.8. Detectores de radiação: Transdutores
Propriedades dos Transdutores de radiação
 Alta sensibilidade  razão Sinal / Ruido  Produz sinal elétrico fácil de ser amplificado
Baixo nível de ruído elétrico.
 Resposta rápida para baixos níveis de energia em uma ampla faixa de .
 Resposta linear: Sinal elétrico produzido dever ser diretamente proporcional à potência
radiante P do feixe, como mostrado na equação abaixo:
S = K x P + K’ 
S =K x P
Onde,
S é a resposta elétrica do detector (corrente, voltagem ou carga). K (constante de
proporcionalidade) mede a sensibilidade do detector em termos de sua resposta elétrica por
unidade de potência radiante de entrada. K´ é a constante de resposta (conhecida como corrente
de escuro).
Produzem corrente (I) ou voltagem (V)
proporcional A REM (P) que atinge suas 
superfícies 
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VI.8.1. Detectores comuns para a espectroscopia de 
absorção
Tipo Faixa de , nm
 Detectores de fótons (fotoelétricos) 
• Fototubos 150 -1000
• Tubos fotomultiplicadores 150 - 1000
• Fotodiodos de silício 350 – 1.100
 Detectores térmicos (fotocondução)
• Termopares 600 – 20.000
• Bolômetros 600 – 20.000
• Células pneumáticas 600 – 40.000
• Células piroelétricas 100 – 20.000
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a) Fototubo
(cátodo; -)
(ânodo; +)
Fóton (REM)(E= h)
e-
 Fotoemissivo: A energia radiante é transformada em corrente elétrica pelo
efeito fotoelétrico. Sendo que o número de elétrons ejetados do cátodo é
proporcional à intensidade da radiação que atinge a sua superfície. Aplica-se
uma V aplicada (90V). Assim, todos os elétrons ejetados são coletados no
ânodo para fornecer uma corrente (fotocorrente) proporcional à intensidade
da radiação.
material 
fotoemissivo
K, Na ou
PbO amplificador
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b) Tubos Fotomultiplicadores (TFM)
 Seu fotocátodo é similar em construção ao fototubo. Porém, o
TFM apresenta uma série de eletrodos denominados dinodos (1 a
9) e 1 ânodo. Nos dinodos ocorre o processo de multiplicação de
elétrons secundários (amplificação da corrente). Sendo que, para
cada fóton incidente gera-se entre 105 a 107elétrons.
Fotocorrente é 
proporcional a P da REM
elétrons
secundários
fotoelétrons
106e-
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c) Fotodiodos ou diodos pn de silício
Fotocorrente é 
proporcional a 
potência do feixe 
incidente
 Os fotodiodos de silício são semicondutores de junção pn.
 Basicamente, os fótons “UV-Vis” ao atingirem a superfície do diodo
(camada de depleção da junção pn) acarretam a formação de elétrons e
vacâncias adicionais aumentando a condutividade.
Semicondutor tipo “n”
Excesso de vacância (buraco)Elétron livre para conduzir
As Ga
Semicondutor tipo “p”
fótons
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d) Detectores com Arranjos de Diodos
Fotocorrente é 
proporcional a 
potência do feixe 
incidente
 São constituídos por cerca de 1.000 ou mais fotodiodos de silício,
dispostos lado a lado em uma única lâmina (chip) de silício.
 Vantagens: cada  difratado atinge um detector. O que permite, além
de obter medidas simultâneas de vários , obter espectros completos num
período de tempo curto e com elevada resolução espectral (1 nm).
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VI.9. Instrumentação para medidas de absorção 
UV/VIS
 Fotômetros
 O λ usado nas análises é
selecionado de modo
discreto ou descontínuo;
 A selecção do λ usado é
efetuada por filtros que
limitam a radiação incidente
a uma determinada banda de
comprimentos de onda.
 Espectrofotômetros
 O λ usado nas análises é
selecionado em faixas limitadas,
de forma contínua e variável
em toda a zona do espectro;
tornando possível registrar o
espectro de absorção (UV-Vis).
 A selecção do λ usado é
efetuada por um
monocromador.
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VI.9. Tipos de Instrumentos
a) Feixe único
 Desvantagens: Variações na resposta do detector e na fonte de radiação a cada
λ, pois não há compensação para qualquer alteração em qualquer dos
componentes dos espectrofotômetros.
 As vantagens principais dos espectrofotômetros de feixe simples são:
 Baixo custo
 Fácil de trabalhar.
 Uteis para métodos de análises, a apenas um , de sistemas com apenas uma
substância a analisar. Pág. 59
Modo de utilização:
1. Depois de ligar o equipamento, esperar cerca de ½ hora, para garantir a
estabilização térmica dos componentes eléctricos.
2. O dispositivo de leitura é inicialmente zerado com o compartimento da
amostra vazio de forma que o obturador bloqueie o feixe e nenhuma
radiação atinja o detector (calibração de 0% T ou ajuste de 0% T ).
3. Procede-se ao acerto do 0 de absorvância ou 100%T colocando no trajeto
ótico uma célula com o “branco” (solução com composição semelhante à da
amostra em que está ausente a espécie a determinar)
4. Procede-se, então, à leitura de soluções de calibração e amostras utilizando a
mesma célula do “branco”.
b) Instrumentos de feixe único
Pág. 60
VI.9. Tipos de espectrofotômetros
Feixe Duplo 
b.2. com feixes 
separados no tempo
b.) Feixe Duplo
b.1. Feixes separados 
no espaço
Pág. 61
Vantagem sobre feixe único: compensa flutuações na potência
radiante da fonte, pois as medidas de P (radiação que passa pela
cubeta da amostra) e P0 (cubeta do branco) são efetuadas
simultaneamente.
 Possibilitam o traçado dos espectros de modo automático
(rapidez):
a) As duas células são preenchidas com o “branco”. O
equipamento corrige todos os valores de absorvância para
zero (0).
b) Substitui-se a solução do branco pela amostra e procede-se
ao traçado do espectro.
Instrumentos de feixe duplo
Pág. 62
VI.10. Aplicações da Espectrometria de absorção no 
UV e Visível
E requerida para 
Transformação é igual 
h do fóton absorvido
fóton 
absorvido
Ocorre uma 
Transformação
“quântica”
na molécula
Pág. 63
Como ocorre a absorção de radiação? 
n *
Níveis
ocupados
n
*

*
n *
 *
 *
 *
Níveis não
ocupados
E
ne
rg
ia
 *
200-700nm
Pág. 64
Transições Eletrônicas: regras de seleção
Ligação simples
 Transições proibidas: são transições que possuem pouca
probabilidade de ocorrerem, quando ocorrem geram pequenos
ombros no gráfico, ou picos de intensidade muito baixa.
 D = 2S + 1, onde S é a soma
de todos os spins dos
elétrons (+½ e -½).
 D = 2 x [(+1/2) + (-1/2)] + 1
D = 1  estado singleto
 D = 2 x [(+1/2) + (+1/2)] + 1
 D = 3  estado tripleto
Pág. 65
Magnitude das absortividades molares e a 
Probabilidade de ocorrer a absorção
O λ está relacionado a
energia de transição.
 o Ɛ indica a
probabilidade de ocorrer
a transição.
Em resumo, mesmo quando um fóton tem a energia 
apropriada para promover uma certa transição, esta transição 
pode não ocorrer para algumas moléculas.
Pág. 66
IV.10.1. Aplicações qualitativas:
a) absorção de espécies inorgânicas
 A Absorção por transferência
de cargas ocorre entre um
grupo doador de elétrons ligado
a um receptor de elétrons.
 Quando excitado o elétron do
doador (ligante) é transferido
para um orbital do aceptor
(metal).
 As absortividades, geralmente,
são altas (>10.000) (alta
sensibilidade).
Pág. 67
b) Aplicações qualitativas da espectrometria de absorção de
substâncias orgânicas no UV-Vis
A utilidade desta espectroscopia para a elucidação estrutural
de moléculas orgânicas é relativamente limitada. Porém, é
possível obter a partir dos espectros de UV/Vis, as
respostas às seguintes questões:
1) A molécula apresenta ligações múltiplas?
2) No caso de haver mais de uma ligação π, elas são
conjugadas?
3) A molécula é aromática?
Pág. 68b.1. Absorção por compostos orgânicos: importância da conjugação 
(dienos)
 A conjugação de ligações duplas
desloca o máximo de absorção para
maiores  (deslocamento
batocrômico). Além disso, há um
aumento na intensidade da banda.
CH3-(CH=CH)n-CH3
n=3
n=4
n=5
A
B
C
Pág. 69
Como a conjugação causa o efeito batocrômico
 Quando duas ligações duplas estão conjugadas, os quatro orbitais
atômicos p combinam-se para produzirem quatro orbitais
moleculares  (dois ligantes e dois anti-ligantes).
 Assim, a transição eletrônica energeticamente mais favorável *
ocorre do orbital ocupado mais energético (HOMO) para o orbital
anti-ligante de menor energia (LUMO), ou seja, menor E, maior
.
HOMO
LUMO
en
er
gi
a
en
er
gi
a
Pág. 70
Absorção por compostos orgânicos: Conjugação 
(dienos e auxocromos)
4-metoxi-butin-3-eno
Benzeno fenol íon fenóxido anilina íon anilínium
max = 255nm 270nm 287nm 280nm 254nm 
Pág. 71
 Exemplos de outros sistemas de elétrons  conjugados que atuam
como cromóforos e absorvem na região entre 200-800 nm.
(aldeídos insaturados, cetonas e compostos aromáticos).
max = 222nm
 =18.000
max = 300nm
 =100
b.1.1. Exemplos de substâncias que absorvem no UV-Vis
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b.1.2. Absorção por compostos orgânicos: efeito da
conjugação nas transições eletrônicas
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Homoanular
cisoide
Heteroanular
transoide
Valor básico ()  253 nm 214 nm
Incrementos para:
grupo alquila ou resíduo de anel +05 +05
conjugação estendida por dupla ligação +30 +30
dupla ligação exocíclica +05 +05
dieno conjugado homoanular +39 +39
Agrupamentos polares
-OCOCH3 +00 +00
-OR +06 +06
-SR +30 +30
-Cl, -Br +05 +05
-NR2 +60 +60
b.1.3. Regras empíricas: Woodward-Fieser
para dienos
Pág. 74
Regras de Woodward-Fieser para dienos
Pág. 75
VI.10.2. Aplicações em análise quantitativa baseadas 
em medidas de absorção
Métodos de análise quantitativa.
Método da curva analítica.
 Por cálculo direto.
Titulação fotométrica ou espectrométrica
Analise multicomponente.
Pág. 76
Aplicações em análise quantitativa baseadas 
em medidas de absorção
Método da curva analítica.
Pág. 77
Aplicações em análise quantitativa baseadas em 
medidas de absorção
 Método direto: Calcula-se a concentração da amostra pela
medida da sua absorbância e da solução padrão em
condições idênticas.
Pág. 78
Análise de uma mistura
 A absorbância de uma solução, em qualquer , é a soma das
absorbâncias de todas as espécies presentes em solução.
a) Existe uma superposição significativa dos espectros em todas as
regiões.
b) Existem regiões nas quais cada componente representa a
contribuição principal para a absorbância.
A = xb[X] + Yb[X] + Zb[X] + ...
a) b)
ab
so
rb
ân
ci
a
ab
so
rb
ân
ci
a
X X y
’
’’y
Pág. 79
Análise de uma mistura: o que fazer quando os 
espectros se superpõem significativamente
Aplica-se uma análise, feita pelo método dos mínimos quadrados.
absorbância Ti=ATi/b[Ti] V=AV/b[V] absorbância
absorbância do padrão mistura absortividade molar calculada
 Titânio Vanadio Am Titânio Vanadio Acalc [Acalc-AM]2
390 0,895 0,326 0,651 678,0 172,5 0,85052 3,98E-02
430 0,884 0,497 0,743 669,7 263,0 0,93266 3,60E-02
450 0,694 0,528 0,665 525,8 279,4 0,80512 1,96E-02
470 0,481 0,512 0,547 364,4 270,9 0,63529 7,80E-03
510 0,173 0,374 0,314 131,1 197,9 0,32894 2,23E-04
SOMA 1,03E-01
padrões concentrações na mistura
[Ti] M SOLVER
0,00132 [Ti] 0,001 0,67mM
[V] M [V] 0,001 1,123mM
0,00189
cubeta
Acalc = Tib[Ti]proposta + Vb[V]proposta
Acalc = (678x1x0,001)+(172,5x1x0,001)
Acalc = 0,85052
cm
1
Pág. 80
Análise de uma mistura quando os espectros 
estão parcialmente resolvidos
Pág. 81
Análise de misturas absorventes: Ponto 
isosbéstico
Pág. 82
Referências
 PAVIA, D. L., LAMPMAN, G. M.; KRIZ, G. S., 
Introduction Spectroscopy, 3a edição, Brooks/Cole, 2001 
 SILVERSTEIN, R. M. & WEBSTER, F. X., 
Identificação Espectrométrica de Compostos Orgânicos, 6a
edição, LTC. Rio de Janeiro, RJ, 2001. 
 SOLOMONS, T.W.G. & FRYHLE, C., Química 
Orgânica, Volumes 1 e 2 , 7a edição, LTC. Rio de 
Janeiro, RJ, 2001.
 BRUICE, P. Y. , Química Orgânica, Volumes 1 e 2, 4a
edição, Pearson/Prentice Hall, 2006.
Pág. 83
ANEXO 1: Cálculo da resolução
Solução de KMnO4
R = /    501,613/ (800 – 415) = 501,613 / 385 = 1,302nm
Pág. 84

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