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ITCMD - Imposto sobre Transmissão Causa Mortis ou Doação

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COMEÇANDO DO ZERO 
Direito Tributário - Aula 12 
Josiane Minardi 
1 
ITCMD – Imposto sobre Transmissão Causa Mor-
tis ou Doação 
Art. 155, I da CF e art. 35 a 42 do CTN 
Critério Material: 
 
Critério Material: Transmissão causa mortis ou doa-
ção 
 
Art. 538 Código Civil: 
 “Considera-se doação o contrato em que uma pes-
soa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio 
bens ou vantagens para o de outra”. 
 
Art. 540. A doação feita em contemplação do mere-
cimento do donatário não perde o caráter de libera-
lidade, como não o perde a doação remuneratória, 
ou a gravada, no excedente ao valor dos serviços 
remunerados ou ao encargo imposto. 
 
causa mortis, é o próprio falecimento que determi-
na a imediata transmissão desses bens ou direitos 
aos seus herdeiros ou legatários. Isto porque no 
nosso ordenamento jurídico não se admite que um 
bem não tenha proprietário ou possuidor 
 
O artigo 1.784 do novo Código Civil dispõe que 
“aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde 
logo, aos herdeiros legítimos e testamentários”. 
 
Assim, pode-se afirmar que o fato gerador do 
ITCMD ocorre na abertura da 
sucessão. 
 
Súmula Nº 112: O imposto de transmissão "causa 
mortis" é devido pela alíquota vigente ao tempo da 
abertura da sucessão. 
 
Assim, tem-se que pela abertura da sucessão se 
transmite a posse e a propriedade da herança aos 
herdeiros legítimos e testamentários (Código Civil, 
art. 1.572). 
Até a partilha, no entanto, os herdeiros têm os seus 
direitos expressos em frações ideais no conjunto 
dos bens do monte. 
Somente após a homologação da partilha é que se 
obterá a distribuição especificada, uma vez que a 
partilha tem efeito meramente declaratório e não 
atributivo da propriedade. 
 
Critério Temporal: 
 
Com relação à DOAÇÃO pode-se afirmar que o 
ITCMD deve ser recolhido no momento em que há a 
efetiva transmissão de propriedade. 
 
O artigo 1.267 do Código Civil dispõe que “a propri-
edade das coisas não se transfere pelos negócios 
jurídicos antes da tradição”. 
 
O recolhimento do ITCMD, em virtude da transmis-
são de bens em decorrência de óbito, ocorre so-
mente após a homologação do cálculo, pois em que 
pese a abertura da sucessão ser o fato gerador do 
imposto de transmissão causa mortis, neste mo-
mento não se faz surgir ainda o crédito tributário 
líquido e certo. 
 
Por essa razão, o Supremo Tribunal Federal editou 
a Súmula 114 que estabelece: “O Imposto de 
Transmissão Causa Mortis não é exigível antes da 
homologação do cálculo". 
 
A conclusão da Corte Suprema na Súmula 114 de-
corre do fato de que nem todos os bens do falecido 
que compõe o espólio integrarão a herança. 
 
Critério Espacial: 
 
Quando o ITCMD, previsto no artigo 155, inciso I da 
Carta Magna, incidir sobre a transmissão de bens 
imóveis, competirá o seu recolhimento ao Estado da 
situação do bem, ou ao Distrito Federal, conforme 
previsto no parágrafo primeiro do artigo ora mencio-
nado. Se o de cujus possuía bens em vários Esta-
dos, a cada um deles competirá o imposto, relati-
vamente à transmissão do bem nele situado. 
Se a transmissão for de bens móveis, títulos e crédi-
tos, a competência para a cobrança do respectivo 
imposto será do Estado onde se processar o inven-
tário ou arrolamento, ou onde tiver domicílio o doa-
dor, ou do Distrito Federal. 
E nos termos da Súmula 435 do STF, quando hou-
ver transmissão de ações, o imposto sobre trans-
missão causa mortis será devido ao Estado em que 
tenha sede a companhia. 
 
Todavia, a competência para a cobrança do imposto 
será regulada por lei complementar, quando o doa-
dor tiver domicílio ou residência no exterior, ou se o 
de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado 
ou teve o seu inventário processado no exterior. 
 
Sujeito Passivo: 
O artigo 42 do CTN autoriza as leis dos Estados a 
elegerem qualquer das partes envolvidas no negó-
cio como contribuintes do imposto. Entretanto, em 
se tratando de causa mortis, somente poderão ser 
contribuintes do tributo os herdeiros ou legatários, 
isto é, os beneficiados pela transmissão hereditária. 
Podendo haver responsabilidade dos tabeliães, 
escrivães ou serventuários de ofício, nos termo do 
art. 134, VI, do CTN. 
 
Base de Cálculo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
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COMEÇANDO DO ZERO 
Direito Tributário - Aula 12 
Josiane Minardi 
2 
O artigo 38 do CTN determina que a base de cálcu-
lo do ITCMD será o valor venal dos bens ou direitos 
transmitidos. O valor venal do bem é aquele valor 
pelo qual este pode ser negociado no mercado. 
 
Porém, em se tratando de causa mortis, se no curso 
do inventário o Poder Público conferir novo valor 
venal ao imóvel, será válido aquele em vigor na data 
da avaliação. 
 
Aliás, neste sentido tem-se a Súmula 113 do Su-
premo Tribunal Federal: “O imposto de transmissão 
causa mortis é calculado sobre o valor dos bens na 
data da avaliação”. 
Com relação, ao compromisso de compra e venda, 
se o bem imóvel for objeto desse contrato, o impos-
to será calculado sobre o crédito existente na aber-
tura da sucessão. 
 
Súmula 590 do STF: calcula-se o Imposto de trans-
missão causa mortis sobre o saldo credor da pro-
messa de compra e venda de imóvel, no momento 
da abertura da sucessão do promitente vendedor. 
 
artigo 155, § 1º, inciso IV da Constituição Federal, 
constata-se que as alíquotas máximas serão fixadas 
pelo Senado Federal. 
Resolução 9/92 determina que a alíquota máxima 
para o ITCMD seja de 8%. 
 
ICMS – Art. 155, II CF e LC nº 87/96 
 
Critério Material: 
 
1) Realizar operações de circulação de mercadori-
as; 
2) Prestar Serviços de Transporte Interestadual ou 
Intermunicipal; 
3) Prestar serviço de Comunicação 
4) Sobre a Energia Elétrica 
5) sobre a Importação de bens; 
1) Realizar operações de circulação de mercadori-
as: 
 
Operações: São atos ou negócios jurídicos em que 
ocorre a transmissão de um direito. 
 
Circulação: Circular para o direito significa para o 
direito mudar de titular. Se um bem ou uma merca-
doria mudam de titular, circula para efeitos jurídicos 
Assim, o simples deslocamento entre estabeleci-
mentos de um mesmo contribuinte, sem negócio 
jurídico, não enseja incidência de ICMS. 
 
Súmula 166 STJ – Não constitui fato gerador do 
ICMS o simples deslocamento de mercadorias de 
um para outro estabelecimento do mesmo contribu-
inte. 
 
 
Mercadoria: Não é qualquer bem móvel que é mer-
cadoria, mas tão só aquele que se submete à mer-
cancia. 
Toda mercadoria é bem móvel, mas nem todo bem 
móvel é mercadoria. 
Os bens negociados ou transmitidos por particula-
res, sem implicar mercancia, ou não sendo transa-
cionados com habitualidade não são mercadorias! 
 
Não incide ICMS sobre venda de bens de ativo fixo 
da Empresa. 
 
 - Programas de Computadores – Apenas incide 
ICMS sobre a circulação de cópias ou exemplares 
dos programas de computadores produzidos em 
série e comercializados no varejo como o Software 
de prateleira 
 
Não incide ICMS sobre Arrendamento mercantil de 
Aeronaves Internacionais, quando não haja circula-
ção do bem (RE 461.968). 
 
Súmula Vinculante 32 - O ICMS NÃO INCIDE SO-
BRE ALIENAÇÃO DE SALVADOS DE SINISTRO 
PELAS SEGURADORAS 
 
Serviços de Comunicação: Para que haja incidên-
cia do ICMS- comunicação é imperioso que exista 
uma fonte emissora, uma fonte receptora e uma 
mensagem transmitida pelo prestador de serviço. 
Sem esses elementos não há comunicação. 
 
A base econômica é o serviço de comunicação pro-
priamente, e não as atividades-meio realizadas e 
cobradas, assim considerados os serviços prepara-
tórios, acessórios ou auxiliares. 
 
Súmula 350 do STJ – O ICMS não incide sobre o 
serviço de habilitação celular. 
 
 
Súmula 334 do STJ – O ICMS não incide no serviço 
dos provedoresde acesso à internet. 
 
ICMS Energia Elétrica – Art. 155, § 3º da CF – 
 
Súmula 391 STJ– o ICMS incide sobre o valor da 
tarifa de energia elétrica correspondente à demanda 
de potência efetivamente utilizada. 
 
ICMS na Importação – Art. 155, § 2º, IX, “a” CF 
 
a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importa-
dos do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda 
que não seja contribuinte habitual do imposto, qual-
 
 
 
 
 
 
 
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quer que seja a sua finalidade, assim como sobre o 
serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao 
Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabe-
lecimento do destinatário da mercadoria, bem ou 
serviço 
 
Súmula 661 do STF – Na entrada de mercadoria 
importada do exterior, é legítima a cobrança do 
ICMS por ocasião do desembaraço aduaneiro. 
 
Súmula 431 do STJ – É ilegal a cobrança de ICMS 
com base no valor da mercadoria submetido ao 
regime de pauta fiscal. 
 
Critério Espacial – Art. 11 da LC 87-96 
 
1) Tratando-se mercadorias ou bens: 
A) do estabelecimento onde se encontre, no mo-
mento da ocorrência do fato gerador; 
B) onde se encontre, quando em situação irregular 
pela falta de documentação fiscal ou quando acom-
panhado de documentação inidônea, como dispuser 
a legislação tributária; 
C) o do estabelecimento que transfira a proprieda-
de, ou o título que a represente, de mercadoria por 
ele adquirida no País e que por ele não tenha transi-
tado; 
D) importado do exterior, o do estabelecimento onde 
ocorrer a entrada física 
E) importado do exterior, o do domicílio do adquiren-
te, quando não estabelecido; 
F) aquele onde seja realizada a licitação, no caso de 
arrematação de mercadoria ou bem importados do 
exterior e apreendidos ou abandonados; 
G) o do Estado onde estiver localizado o adquirente, 
inclusive consumidor final, nas operações interesta-
duais com energia elétrica e petróleo, lubrificantes e 
combustíveis dele derivados, quando não destina-
dos à industrialização ou à comercialização 
H) o do Estado de onde o ouro tenha sido extraído, 
quando não considerado como ativo financeiro ou 
instrumento cambial; 
I) o de desembarque do produto, na hipótese de 
captura de peixes, crustáceos e moluscos; 
 
2) Tratando-se de Operação de Serviço de 
Transporte: 
 
A) onde tenha início a prestação; 
B) onde se encontre o transportador, quando em 
situação irregular pela falta de documentação fiscal 
ou quando acompanhada de documentação inidô-
nea, como dispuser a legislação tributária; 
C) o do estabelecimento destinatário do serviço, na 
hipótese do inciso XIII do art. 12 e para os efeitos do 
§ 3º do art. 13; 
 
3) tratando-se de prestação onerosa de serviço 
de comunicação: 
 
A) o da prestação do serviço de radiodifusão sonora 
e de som e imagem, assim entendido o da geração, 
emissão, transmissão e retransmissão, repetição, 
ampliação e recepção; 
 
Critério Temporal – Art. 12 da LC 87-96 
 
A) da saída de mercadoria de estabelecimento de 
contribuinte, ainda que para outro estabelecimento 
do mesmo titular; 
B) do início da prestação de serviços de transporte 
interestadual e intermunicipal, de qualquer natureza; 
C) do ato final do transporte iniciado no exterior; 
D) das prestações onerosas de serviços de comuni-
cação, feita por qualquer meio, inclusive a geração, 
a emissão, a recepção, a transmissão, a retrans-
missão, a repetição e a ampliação de comunicação 
de qualquer natureza; 
 
Critério Quantitativo – Base de Cálculo – Art. 13 
da LC 87-96 
 
I - na saída de mercadoria prevista nos incisos I, III 
e IV do art. 12, o valor da operação; 
II - na hipótese do inciso II do art. 12, o valor da 
operação, compreendendo mercadoria e serviço; 
III - na prestação de serviço de transporte interesta-
dual e intermunicipal e de comunicação, o preço do 
serviço 
 
Alíquota – Art. 155, § 2º, IV e V – As alíquotas 
mínimas e máximas do ICMS 
 
serão estabelecidas por meio de Resolução do Se-
nado Federal. Proposta pelo Presidente da Repúbli-
ca ou por 1/3 dos Senadores e aprovada pela maio-
ria absoluta dos membros do Senado Federal. 
 
Características: 
 
1)Respeita o Princípio da Não-cumulatividade: Art. 
155, § 2º, I da CF; 
O STF tem negado o direito à correção monetária 
ao crédito de ICMS, forte na sua natureza escritural, 
mesmo que se trate de créditos extemporaneamen-
te escriturados. Só poderá ser corrigido caso haja 
previsão legal nesse sentido. 
A isenção ou não incidência, salvo determinação em 
contrário da legislação não implicará crédito para a 
compensação devido nas operações ou prestações 
seguintes; 
OBS: Não Há ofensa ao Princípio da Não-
cumulatividade se a legislação não consentir com a 
compensação de créditos de ICMS advindos da 
 
 
 
 
 
 
 
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Josiane Minardi 
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aquisição de bens destinados ao consumo e ao 
ativo fixo do contribuinte. 
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO 
DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. OPERAÇÕES 
DE CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA, DE UTI-
LIZAÇÃO DE SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO OU 
DE AQUISIÇÃO DE BENS DESTINADOS AO ATI-
VO FIXO E DE MATERIAIS DE USO E CONSUMO. 
IMPOSSIBLIDADE DE COMPENSAÇÃO DE CRÉ-
DITOS FISCAIS DE ICMS. LC 102/2000. OFENSA 
AO PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE. INE-
XISTÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. 
I – Não enseja ofensa ao princípio da não cumulati-
vidade a situação de inexistência de direito a crédito 
de ICMS pago em razão de operações de consumo 
de energia elétrica, de utilização de serviços de 
comunicação ou de aquisição de bens destinados 
ao ativo fixo e de materiais de uso e consumo. Pre-
cedentes. II - A modificação introduzida no art. 20, § 
5º, da LC 87/96, e as alterações ocorridas no art. 33 
da mencionada lei, não ofendem o princípio da não-
cumulatividade. Precedentes. 
III – A existência de decisão plenária, em controle 
abstrato, de que tenha resultado o indeferimento do 
pedido de medida cautelar, não impede o julgamen-
to de outros processos sobre idêntica controvérsia. 
Precedentes. IV - Agravo regimental improvido. 
 
(AI 761990 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LE-
WANDOWSKI, Primeira Turma, julgado em 
02/12/2010, DJe-020 DIVULG 31-01-2011 PUBLIC 
01-02-2011 EMENT VOL-02454-09 PP-02150) 
No mérito, o STJ, na sistemática do art. 543-C do 
CPC e da Resolução 08/2008 do STJ, confirmou 
entendimento de que "as operações de consumo de 
energia elétrica não geravam direito a creditamento 
do ICMS, sob a égide do Convênio ICMS 66/88, 
considerando-se a irretroatividade da Lei Comple-
mentar 87/96, que, em sua redação original, autori-
zava o aproveitamento imediato de crédito de ICMS 
decorrente da aquisição de energia elétrica usada 
ou consumida no estabelecimento (o que restou 
alterado pelas Leis Complementares 102/2000, 
114/2002 e 122/2006)" (REsp 977.090/ES, Rel. 
Ministro Luiz Fux, Primeira Seção, DJe 18/12/2009). 
 
6. Agravo regimental não provido. 
(AgRg nos EDcl no REsp 1166306/SP, Rel. Ministro 
BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, 
julgado em 02/12/2010, DJe 09/12/2010) 
 
Art. 33. Na aplicação do art. 20 observar-se-á o 
seguinte: 
I – somente darão direito de crédito as mercadorias 
destinadas ao uso ou consumo do estabelecimento 
nele entradas a partir de 1
o
 de janeiro de 
2020; (Redação dada pela Lcp nº 138, de 2010) 
II – somente dará direito a crédito a entrada de 
energia elétrica no estabelecimento: (Redação 
dada pela LCP nº 102, de 11.7.2000) 
 a) quando for objeto de operação de saída de 
energia elétrica; (Incluída pela LCP nº 102, de 
11.7.2000) 
b) quando consumida no processo de industrializa-
ção; (Incluída pela LCP nº 102, de 11.7.2000) 
c) quando seu consumo resultar em operação de 
saída ou prestaçãopara o exterior, na proporção 
destas sobre as saídas ou prestações totais; e (In-
cluída pela LCP nº 102, de 11.7.2000) 
 
2) Poderá ser Seletivo, em função da essencialida-
de das mercadorias e dos serviços. 
 
Imunidades Específicas do ICMS – Art. 155, § 2º , 
X da CF 
 
a) sobre operações que destinem mercadorias para 
o exterior, nem sobre serviços prestados a destina-
tários no exterior, assegurada a manutenção e o 
aproveitamento do montante do imposto cobrado 
nas operações e prestações anteriores 
b) sobre operações que destinem a outros Estados 
petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líqui-
dos e gasosos dele derivados, e energia elétrica; 
c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, 
§ 5º; 
d) nas prestações de serviço de comunicação nas 
modalidades de radiodifusão sonora e de sons e 
imagens de recepção livre e gratuita; 
 
Cabe à LC dispor sobre: (art. 155, § 2º, XII da CF) 
 
a) definir seus contribuintes; 
b) dispor sobre substituição tributária; 
c) disciplinar o regime de compensação do imposto; 
d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do 
estabelecimento responsável, o local das operações 
relativas à circulação de mercadorias e das presta-
ções de serviços; 
e) excluir da incidência do imposto, nas exportações 
para o exterior, serviços e outros produtos além dos 
mencionados no inciso X, "a" 
f) prever casos de manutenção de crédito, relativa-
mente à remessa para outro Estado e exportação 
para o exterior, de serviços e de mercadorias; 
g) regular a forma como, mediante deliberação dos 
Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e 
benefícios fiscais serão concedidos e revogados 
 
A LC nº 24/75 determinou que as isenções, incenti-
vos ocorrerão por meio de Convênio. 
Art. 1º - As isenções do imposto sobre operações 
relativas à circulação de mercadorias serão conce-
didas ou revogadas nos termos de convênios cele-
 
 
 
 
 
 
 
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Josiane Minardi 
5 
brados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito 
Federal, segundo esta Lei. 
Parágrafo único - O disposto neste artigo também 
se aplica: 
I - à redução da base de cálculo; 
II - à devolução total ou parcial, direta ou indireta, 
condicionada ou não, do tributo, ao contribuinte, a 
responsável ou a terceiros; 
III - à concessão de créditos presumidos; 
IV - à quaisquer outros incentivos ou favores fiscais 
ou financeiro-fiscais, concedidos com base no Im-
posto de Circulação de Mercadorias, dos quais re-
sulte redução ou eliminação, direta ou indireta, do 
respectivo ônus; 
V - às prorrogações e às extensões das isenções 
vigentes nesta data. 
 
Exercícios 
 
1) Lei estadual estabelece progressividade de 
alíquota do imposto sobre transmissão causa 
mortis e doação de bens e direitos (ITCMD). Nes-
te caso, segundo o Supremo Tribunal Federal: 
 
A) É incabível a progressividade de alíquotas por-
quanto é restrita aos tributos taxativamente elenca-
dos na vigente Constituição Federal. 
B) A progressividade prevista na cobrança viola o 
princípio da capacidade contributiva. 
C) É cabível a cobrança do referido imposto de for-
ma progressiva com vistas a assegurar a aferição 
da capacidade econômica do contribuinte. 
D) A progressividade na cobrança do imposto infrin-
ge o constitucional princípio da igualdade material 
tributária. 
 
2) No que respeita ao imposto sobre a 
transmissão causa mortis e doação de 
quaisquer bens ou direitos (ITCMD), cuja 
titularidade impositiva pertence aos Estados e 
ao Distrito Federal, é correto afirmar que 
 
A) terá suas alíquotas máximas fixadas por lei 
complementar. 
B) terá a competência para sua instituição 
regulada por lei complementar se o de cujus 
possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve 
seu inventário processado no exterior. 
C) relativamente a bens móveis compete ao 
Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal. 
D) relativamente a bens imóveis e respectivos 
direitos compete aos Estados onde se processar o 
inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o 
doador, ou ao Distrito Federal. 
E) terá a competência para sua instituição 
regulada por resolução do Senado Federal se o 
doador tiver domicílio ou residência no exterior. 
3) A respeito do ITCMD, assinale a opção 
correta. 
 
A) O ITCMD é considerado um tributo pessoal e, 
portanto, pode ser progressivo. 
B) A competência para a instituição do ITCMD é 
dos municípios, dos estados e do DF. 
C) A competência para a instituição do ITCMD é 
dos municípios e do DF. 
D) O STF decidiu pela constitucionalidade da 
alíquota progressiva do ITCMD, o qual é 
considerado tributo real. 
E) As alíquotas máximas do ITCMD são fixadas 
pelas assembleias legislativas dos estados. 
 
4) Na sucessão causa mortis, em arrolamento 
de bens extrajudicial por escritura pública 
lavrada em Tabelionato de Notas de Belo 
Horizonte, foro do domicílio do autor da 
herança, a transmissão objeto deste 
arrolamento, referente a bens imóveis situados 
no município de Cuiabá/MT, sujeita-se ao 
Imposto de Transmissão Causa Mortis e 
Doação – ITCD −, cuja competência será: 
 
A) Do Estado de Minas Gerais. 
B) Do Estado de Mato Grosso. 
C) Do Município de Belo Horizonte. 
D) Do Município de Cuiabá. 
E) concorrente dos Estados de Minas Gerais e 
Mato Grosso. 
 
5) A doação de dinheiro, quanto ao imposto de 
Transmissão Causa Mortis e Doação – ITCD, 
 
A) não está sujeito à tributação, porque não se 
trata de bem imóvel. 
B) se o doador, ao auferir renda, já ofereceu à 
tributação o Imposto de Renda sobre o valor que 
doou, não há tributação do ITCD. 
C) se doador e donatário têm domicílio no mesmo 
município, não há incidência do ITCD. 
D) está sujeito à tributação do ITCD, porque o 
tributo incide sobre bens imóveis e móveis. 
E) Nenhuma das respostas anteriores. 
 
6) Sabendo que um famoso jogador de futebol 
brasileiro, pessoa física, importou automóvel 
zero quilômetro da Itália, da marca Ferrari, e foi 
surpreendido com a cobrança de ICMS pelo Es-
tado onde o mesmo é domiciliado, assinale a 
alternativa correta. 
Para responder a referida questão, analise a 
súmula abaixo transcrita: 
 
SÚMULA N. 660 STF.“NÃO INCIDE ICMS NA IM-
PORTAÇÃO DE BENS POR PESSOA FÍSICA OU 
JURÍDICA QUE NÃO SEJA CONTRIBUINTE DO 
IMPOSTO”. 
 
 
 
 
 
 
 
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6 
 
A) O referido jogador deve impetrar mandado de 
segurança, com base na Súmula n. 660 editada 
pelo STF, a fim de viabilizar a defesa de seus direi-
tos perante Justiça Estadual. 
B) Com o advento da Emenda Constitucional n. 33 
de 11/12/2001, que alterou a redação do art. 155, 
inciso IX, alínea “a”, da CF/88, a pessoa física pas-
sou, expressamente, a constar como contribuinte de 
bem ou de mercadoria importada do exterior. 
C) O referido jogador deve propor ação declaratória 
de inexistência de crédito tributário, com base na 
Súmula n. 660 editada pelo STF, a fim de viabilizar 
a defesa de seus direitos perante Justiça Estadual. 
D) Nenhuma das alternativas acima está correta. 
 
7) De acordo com o disposto na Lei Complemen-
tar n.87/1996 e na Lei Complementar n.116/2003, 
o ICMS 
 
A) não incide, por expressa determinação constitu-
cional, sobre a prestação de serviço de transporte 
com início em Maceió/AL e término em Brasília/DF, 
pois o Distrito Federal não é Estado federado, nem 
é tampouco dividido em Municípios. 
B) incide sobre prestação de serviços de comunica-
ção, por qualquer meio, inclusive a geração, a emis-
são, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a 
repetição e a ampliação de comunicação de qual-
quer natureza. 
C) não incide sobre a entrada, no território do Esta-
do alagoano, de lubrificantes e combustíveis líqui-
dos,derivados de petróleo, adquiridos em operação 
interestadual, por empresa localizada no Município 
de Marechal Deodoro/AL, para uso e consumo des-
se estabelecimento adquirente. 
D) incide sobre a prestação de serviços de organi-
zação de festas (bufê) e sobre o fornecimento de 
alimentação e bebidas nelas servidos. 
E) incide sobre a entrada de bem importado do ex-
terior, por pessoa física não contribuinte habitual do 
imposto, para seu uso e consumo. 
 
8) Assinale a alternativa correta acerca do 
imposto sobre operações relativas à circulação 
de mercadorias e sobre prestações de serviços 
de transporte interestadual e intermunicipal e 
de comunicação (ICMS), segundo a disciplina 
constitucional que lhe é conferida. 
 
A) A isenção ou não incidência, salvo 
determinação em contrário da legislação, implicará 
crédito para compensação com o montante devido 
nas operações ou prestações seguintes. 
B) Poderá ser não cumulativo, compensando-se o 
que for devido em cada operação relativa à 
circulação de mercadorias ou prestação de 
serviços com o montante cobrado nas anteriores 
pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito 
Federal. 
C) Será seletivo, em função da essencialidade das 
mercadorias e dos serviços. 
D) Incidirá sobre a entrada de bem ou mercadoria 
importados do exterior por pessoa física ou 
jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual 
do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, 
assim como sobre o serviço prestado no exterior, 
cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado 
o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da 
mercadoria, bem ou serviço. 
E) Incidirá sobre operações que destinem 
mercadorias para o exterior e sobre serviços 
prestados a destinatários no exterior, assegurada a 
manutenção e o aproveitamento do montante do 
imposto cobrado nas operações e prestações 
anteriores. 
 
9) De acordo com a discriminação 
constitucional de competências tributárias, 
cabe aos Estados-membros e ao Distrito 
Federal instituir o ICMS. Sobre esse imposto, 
dadas as afirmativas abaixo, 
 
I. Não incide sobre operações de que decorra 
transferência de bens salvados de sinistro para 
companhias seguradoras. 
II. Além de operações relativas à circulação de 
mercadorias, incide também sobre a prestação de 
certos serviços, tais como transporte inframunicipal 
e interestadual de passageiros. 
III. Incide sobre operações relativas à circulação de 
livros e jornais, apenas nos casos em que se 
enquadrem como mercadorias. 
IV. O ICMS pode incidir sobre serviços que 
também ensejam a cobrança do imposto sobre 
serviços de qualquer natureza (ISS), desde que 
taxativamente previstos em lei complementar (Lei 
Complementar n. 116/2003). 
 
Verifica-se que está(ão) correta(s) apenas 
 
A) I. 
B) I e II. 
C) II e III. 
D) III e IV. 
E) I, II e IV. 
 
10) Acerca da tributação incidente sobre o 
fornecimento de água canalizada, assinale a 
alternativa correta. 
 
A) Por ser a água bem de uso comum do povo, o 
poder público não poderá exigir contraprestação 
tributária pelo fornecimento de água canalizada, 
exceto nos casos de concessão e permissão. 
 
 
 
 
 
 
 
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B) O fornecimento de água canalizada somente 
poderá sofrer a incidência de ICMS, uma vez que, 
quando canalizada, a água deixa de ser bem de 
uso comum e passa a ser mercadoria. 
C) O tratamento e a purificação de água são 
serviços sujeitos ao imposto sobre serviços de 
qualquer natureza – ISS, nos termos da Lei 
Complementar n. 116/2003. 
D) O fornecimento de água potável por empresas 
concessionárias desse serviço público não pode 
sofrer incidência do ICMS, uma vez que não 
caracteriza operação relativa à circulação de 
mercadoria. 
E) O fornecimento de água canalizada e tratada 
configura fornecimento de mercadoria com 
prestação de serviço e, portanto, pode sofrer 
incidência de ICMS ou de ISS, nos termos da lei 
complementar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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