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www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Direito Tributário - Aula 12 Josiane Minardi 1 ITCMD – Imposto sobre Transmissão Causa Mor- tis ou Doação Art. 155, I da CF e art. 35 a 42 do CTN Critério Material: Critério Material: Transmissão causa mortis ou doa- ção Art. 538 Código Civil: “Considera-se doação o contrato em que uma pes- soa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra”. Art. 540. A doação feita em contemplação do mere- cimento do donatário não perde o caráter de libera- lidade, como não o perde a doação remuneratória, ou a gravada, no excedente ao valor dos serviços remunerados ou ao encargo imposto. causa mortis, é o próprio falecimento que determi- na a imediata transmissão desses bens ou direitos aos seus herdeiros ou legatários. Isto porque no nosso ordenamento jurídico não se admite que um bem não tenha proprietário ou possuidor O artigo 1.784 do novo Código Civil dispõe que “aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários”. Assim, pode-se afirmar que o fato gerador do ITCMD ocorre na abertura da sucessão. Súmula Nº 112: O imposto de transmissão "causa mortis" é devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura da sucessão. Assim, tem-se que pela abertura da sucessão se transmite a posse e a propriedade da herança aos herdeiros legítimos e testamentários (Código Civil, art. 1.572). Até a partilha, no entanto, os herdeiros têm os seus direitos expressos em frações ideais no conjunto dos bens do monte. Somente após a homologação da partilha é que se obterá a distribuição especificada, uma vez que a partilha tem efeito meramente declaratório e não atributivo da propriedade. Critério Temporal: Com relação à DOAÇÃO pode-se afirmar que o ITCMD deve ser recolhido no momento em que há a efetiva transmissão de propriedade. O artigo 1.267 do Código Civil dispõe que “a propri- edade das coisas não se transfere pelos negócios jurídicos antes da tradição”. O recolhimento do ITCMD, em virtude da transmis- são de bens em decorrência de óbito, ocorre so- mente após a homologação do cálculo, pois em que pese a abertura da sucessão ser o fato gerador do imposto de transmissão causa mortis, neste mo- mento não se faz surgir ainda o crédito tributário líquido e certo. Por essa razão, o Supremo Tribunal Federal editou a Súmula 114 que estabelece: “O Imposto de Transmissão Causa Mortis não é exigível antes da homologação do cálculo". A conclusão da Corte Suprema na Súmula 114 de- corre do fato de que nem todos os bens do falecido que compõe o espólio integrarão a herança. Critério Espacial: Quando o ITCMD, previsto no artigo 155, inciso I da Carta Magna, incidir sobre a transmissão de bens imóveis, competirá o seu recolhimento ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal, conforme previsto no parágrafo primeiro do artigo ora mencio- nado. Se o de cujus possuía bens em vários Esta- dos, a cada um deles competirá o imposto, relati- vamente à transmissão do bem nele situado. Se a transmissão for de bens móveis, títulos e crédi- tos, a competência para a cobrança do respectivo imposto será do Estado onde se processar o inven- tário ou arrolamento, ou onde tiver domicílio o doa- dor, ou do Distrito Federal. E nos termos da Súmula 435 do STF, quando hou- ver transmissão de ações, o imposto sobre trans- missão causa mortis será devido ao Estado em que tenha sede a companhia. Todavia, a competência para a cobrança do imposto será regulada por lei complementar, quando o doa- dor tiver domicílio ou residência no exterior, ou se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no exterior. Sujeito Passivo: O artigo 42 do CTN autoriza as leis dos Estados a elegerem qualquer das partes envolvidas no negó- cio como contribuintes do imposto. Entretanto, em se tratando de causa mortis, somente poderão ser contribuintes do tributo os herdeiros ou legatários, isto é, os beneficiados pela transmissão hereditária. Podendo haver responsabilidade dos tabeliães, escrivães ou serventuários de ofício, nos termo do art. 134, VI, do CTN. Base de Cálculo: www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Direito Tributário - Aula 12 Josiane Minardi 2 O artigo 38 do CTN determina que a base de cálcu- lo do ITCMD será o valor venal dos bens ou direitos transmitidos. O valor venal do bem é aquele valor pelo qual este pode ser negociado no mercado. Porém, em se tratando de causa mortis, se no curso do inventário o Poder Público conferir novo valor venal ao imóvel, será válido aquele em vigor na data da avaliação. Aliás, neste sentido tem-se a Súmula 113 do Su- premo Tribunal Federal: “O imposto de transmissão causa mortis é calculado sobre o valor dos bens na data da avaliação”. Com relação, ao compromisso de compra e venda, se o bem imóvel for objeto desse contrato, o impos- to será calculado sobre o crédito existente na aber- tura da sucessão. Súmula 590 do STF: calcula-se o Imposto de trans- missão causa mortis sobre o saldo credor da pro- messa de compra e venda de imóvel, no momento da abertura da sucessão do promitente vendedor. artigo 155, § 1º, inciso IV da Constituição Federal, constata-se que as alíquotas máximas serão fixadas pelo Senado Federal. Resolução 9/92 determina que a alíquota máxima para o ITCMD seja de 8%. ICMS – Art. 155, II CF e LC nº 87/96 Critério Material: 1) Realizar operações de circulação de mercadori- as; 2) Prestar Serviços de Transporte Interestadual ou Intermunicipal; 3) Prestar serviço de Comunicação 4) Sobre a Energia Elétrica 5) sobre a Importação de bens; 1) Realizar operações de circulação de mercadori- as: Operações: São atos ou negócios jurídicos em que ocorre a transmissão de um direito. Circulação: Circular para o direito significa para o direito mudar de titular. Se um bem ou uma merca- doria mudam de titular, circula para efeitos jurídicos Assim, o simples deslocamento entre estabeleci- mentos de um mesmo contribuinte, sem negócio jurídico, não enseja incidência de ICMS. Súmula 166 STJ – Não constitui fato gerador do ICMS o simples deslocamento de mercadorias de um para outro estabelecimento do mesmo contribu- inte. Mercadoria: Não é qualquer bem móvel que é mer- cadoria, mas tão só aquele que se submete à mer- cancia. Toda mercadoria é bem móvel, mas nem todo bem móvel é mercadoria. Os bens negociados ou transmitidos por particula- res, sem implicar mercancia, ou não sendo transa- cionados com habitualidade não são mercadorias! Não incide ICMS sobre venda de bens de ativo fixo da Empresa. - Programas de Computadores – Apenas incide ICMS sobre a circulação de cópias ou exemplares dos programas de computadores produzidos em série e comercializados no varejo como o Software de prateleira Não incide ICMS sobre Arrendamento mercantil de Aeronaves Internacionais, quando não haja circula- ção do bem (RE 461.968). Súmula Vinculante 32 - O ICMS NÃO INCIDE SO- BRE ALIENAÇÃO DE SALVADOS DE SINISTRO PELAS SEGURADORAS Serviços de Comunicação: Para que haja incidên- cia do ICMS- comunicação é imperioso que exista uma fonte emissora, uma fonte receptora e uma mensagem transmitida pelo prestador de serviço. Sem esses elementos não há comunicação. A base econômica é o serviço de comunicação pro- priamente, e não as atividades-meio realizadas e cobradas, assim considerados os serviços prepara- tórios, acessórios ou auxiliares. Súmula 350 do STJ – O ICMS não incide sobre o serviço de habilitação celular. Súmula 334 do STJ – O ICMS não incide no serviço dos provedoresde acesso à internet. ICMS Energia Elétrica – Art. 155, § 3º da CF – Súmula 391 STJ– o ICMS incide sobre o valor da tarifa de energia elétrica correspondente à demanda de potência efetivamente utilizada. ICMS na Importação – Art. 155, § 2º, IX, “a” CF a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importa- dos do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qual- www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Direito Tributário - Aula 12 Josiane Minardi 3 quer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabe- lecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço Súmula 661 do STF – Na entrada de mercadoria importada do exterior, é legítima a cobrança do ICMS por ocasião do desembaraço aduaneiro. Súmula 431 do STJ – É ilegal a cobrança de ICMS com base no valor da mercadoria submetido ao regime de pauta fiscal. Critério Espacial – Art. 11 da LC 87-96 1) Tratando-se mercadorias ou bens: A) do estabelecimento onde se encontre, no mo- mento da ocorrência do fato gerador; B) onde se encontre, quando em situação irregular pela falta de documentação fiscal ou quando acom- panhado de documentação inidônea, como dispuser a legislação tributária; C) o do estabelecimento que transfira a proprieda- de, ou o título que a represente, de mercadoria por ele adquirida no País e que por ele não tenha transi- tado; D) importado do exterior, o do estabelecimento onde ocorrer a entrada física E) importado do exterior, o do domicílio do adquiren- te, quando não estabelecido; F) aquele onde seja realizada a licitação, no caso de arrematação de mercadoria ou bem importados do exterior e apreendidos ou abandonados; G) o do Estado onde estiver localizado o adquirente, inclusive consumidor final, nas operações interesta- duais com energia elétrica e petróleo, lubrificantes e combustíveis dele derivados, quando não destina- dos à industrialização ou à comercialização H) o do Estado de onde o ouro tenha sido extraído, quando não considerado como ativo financeiro ou instrumento cambial; I) o de desembarque do produto, na hipótese de captura de peixes, crustáceos e moluscos; 2) Tratando-se de Operação de Serviço de Transporte: A) onde tenha início a prestação; B) onde se encontre o transportador, quando em situação irregular pela falta de documentação fiscal ou quando acompanhada de documentação inidô- nea, como dispuser a legislação tributária; C) o do estabelecimento destinatário do serviço, na hipótese do inciso XIII do art. 12 e para os efeitos do § 3º do art. 13; 3) tratando-se de prestação onerosa de serviço de comunicação: A) o da prestação do serviço de radiodifusão sonora e de som e imagem, assim entendido o da geração, emissão, transmissão e retransmissão, repetição, ampliação e recepção; Critério Temporal – Art. 12 da LC 87-96 A) da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular; B) do início da prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, de qualquer natureza; C) do ato final do transporte iniciado no exterior; D) das prestações onerosas de serviços de comuni- cação, feita por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retrans- missão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza; Critério Quantitativo – Base de Cálculo – Art. 13 da LC 87-96 I - na saída de mercadoria prevista nos incisos I, III e IV do art. 12, o valor da operação; II - na hipótese do inciso II do art. 12, o valor da operação, compreendendo mercadoria e serviço; III - na prestação de serviço de transporte interesta- dual e intermunicipal e de comunicação, o preço do serviço Alíquota – Art. 155, § 2º, IV e V – As alíquotas mínimas e máximas do ICMS serão estabelecidas por meio de Resolução do Se- nado Federal. Proposta pelo Presidente da Repúbli- ca ou por 1/3 dos Senadores e aprovada pela maio- ria absoluta dos membros do Senado Federal. Características: 1)Respeita o Princípio da Não-cumulatividade: Art. 155, § 2º, I da CF; O STF tem negado o direito à correção monetária ao crédito de ICMS, forte na sua natureza escritural, mesmo que se trate de créditos extemporaneamen- te escriturados. Só poderá ser corrigido caso haja previsão legal nesse sentido. A isenção ou não incidência, salvo determinação em contrário da legislação não implicará crédito para a compensação devido nas operações ou prestações seguintes; OBS: Não Há ofensa ao Princípio da Não- cumulatividade se a legislação não consentir com a compensação de créditos de ICMS advindos da www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Direito Tributário - Aula 12 Josiane Minardi 4 aquisição de bens destinados ao consumo e ao ativo fixo do contribuinte. EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. OPERAÇÕES DE CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA, DE UTI- LIZAÇÃO DE SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO OU DE AQUISIÇÃO DE BENS DESTINADOS AO ATI- VO FIXO E DE MATERIAIS DE USO E CONSUMO. IMPOSSIBLIDADE DE COMPENSAÇÃO DE CRÉ- DITOS FISCAIS DE ICMS. LC 102/2000. OFENSA AO PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE. INE- XISTÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I – Não enseja ofensa ao princípio da não cumulati- vidade a situação de inexistência de direito a crédito de ICMS pago em razão de operações de consumo de energia elétrica, de utilização de serviços de comunicação ou de aquisição de bens destinados ao ativo fixo e de materiais de uso e consumo. Pre- cedentes. II - A modificação introduzida no art. 20, § 5º, da LC 87/96, e as alterações ocorridas no art. 33 da mencionada lei, não ofendem o princípio da não- cumulatividade. Precedentes. III – A existência de decisão plenária, em controle abstrato, de que tenha resultado o indeferimento do pedido de medida cautelar, não impede o julgamen- to de outros processos sobre idêntica controvérsia. Precedentes. IV - Agravo regimental improvido. (AI 761990 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LE- WANDOWSKI, Primeira Turma, julgado em 02/12/2010, DJe-020 DIVULG 31-01-2011 PUBLIC 01-02-2011 EMENT VOL-02454-09 PP-02150) No mérito, o STJ, na sistemática do art. 543-C do CPC e da Resolução 08/2008 do STJ, confirmou entendimento de que "as operações de consumo de energia elétrica não geravam direito a creditamento do ICMS, sob a égide do Convênio ICMS 66/88, considerando-se a irretroatividade da Lei Comple- mentar 87/96, que, em sua redação original, autori- zava o aproveitamento imediato de crédito de ICMS decorrente da aquisição de energia elétrica usada ou consumida no estabelecimento (o que restou alterado pelas Leis Complementares 102/2000, 114/2002 e 122/2006)" (REsp 977.090/ES, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira Seção, DJe 18/12/2009). 6. Agravo regimental não provido. (AgRg nos EDcl no REsp 1166306/SP, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 02/12/2010, DJe 09/12/2010) Art. 33. Na aplicação do art. 20 observar-se-á o seguinte: I – somente darão direito de crédito as mercadorias destinadas ao uso ou consumo do estabelecimento nele entradas a partir de 1 o de janeiro de 2020; (Redação dada pela Lcp nº 138, de 2010) II – somente dará direito a crédito a entrada de energia elétrica no estabelecimento: (Redação dada pela LCP nº 102, de 11.7.2000) a) quando for objeto de operação de saída de energia elétrica; (Incluída pela LCP nº 102, de 11.7.2000) b) quando consumida no processo de industrializa- ção; (Incluída pela LCP nº 102, de 11.7.2000) c) quando seu consumo resultar em operação de saída ou prestaçãopara o exterior, na proporção destas sobre as saídas ou prestações totais; e (In- cluída pela LCP nº 102, de 11.7.2000) 2) Poderá ser Seletivo, em função da essencialida- de das mercadorias e dos serviços. Imunidades Específicas do ICMS – Art. 155, § 2º , X da CF a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destina- tários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líqui- dos e gasosos dele derivados, e energia elétrica; c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º; d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita; Cabe à LC dispor sobre: (art. 155, § 2º, XII da CF) a) definir seus contribuintes; b) dispor sobre substituição tributária; c) disciplinar o regime de compensação do imposto; d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das presta- ções de serviços; e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, "a" f) prever casos de manutenção de crédito, relativa- mente à remessa para outro Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias; g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados A LC nº 24/75 determinou que as isenções, incenti- vos ocorrerão por meio de Convênio. Art. 1º - As isenções do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias serão conce- didas ou revogadas nos termos de convênios cele- www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Direito Tributário - Aula 12 Josiane Minardi 5 brados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal, segundo esta Lei. Parágrafo único - O disposto neste artigo também se aplica: I - à redução da base de cálculo; II - à devolução total ou parcial, direta ou indireta, condicionada ou não, do tributo, ao contribuinte, a responsável ou a terceiros; III - à concessão de créditos presumidos; IV - à quaisquer outros incentivos ou favores fiscais ou financeiro-fiscais, concedidos com base no Im- posto de Circulação de Mercadorias, dos quais re- sulte redução ou eliminação, direta ou indireta, do respectivo ônus; V - às prorrogações e às extensões das isenções vigentes nesta data. Exercícios 1) Lei estadual estabelece progressividade de alíquota do imposto sobre transmissão causa mortis e doação de bens e direitos (ITCMD). Nes- te caso, segundo o Supremo Tribunal Federal: A) É incabível a progressividade de alíquotas por- quanto é restrita aos tributos taxativamente elenca- dos na vigente Constituição Federal. B) A progressividade prevista na cobrança viola o princípio da capacidade contributiva. C) É cabível a cobrança do referido imposto de for- ma progressiva com vistas a assegurar a aferição da capacidade econômica do contribuinte. D) A progressividade na cobrança do imposto infrin- ge o constitucional princípio da igualdade material tributária. 2) No que respeita ao imposto sobre a transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos (ITCMD), cuja titularidade impositiva pertence aos Estados e ao Distrito Federal, é correto afirmar que A) terá suas alíquotas máximas fixadas por lei complementar. B) terá a competência para sua instituição regulada por lei complementar se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve seu inventário processado no exterior. C) relativamente a bens móveis compete ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal. D) relativamente a bens imóveis e respectivos direitos compete aos Estados onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal. E) terá a competência para sua instituição regulada por resolução do Senado Federal se o doador tiver domicílio ou residência no exterior. 3) A respeito do ITCMD, assinale a opção correta. A) O ITCMD é considerado um tributo pessoal e, portanto, pode ser progressivo. B) A competência para a instituição do ITCMD é dos municípios, dos estados e do DF. C) A competência para a instituição do ITCMD é dos municípios e do DF. D) O STF decidiu pela constitucionalidade da alíquota progressiva do ITCMD, o qual é considerado tributo real. E) As alíquotas máximas do ITCMD são fixadas pelas assembleias legislativas dos estados. 4) Na sucessão causa mortis, em arrolamento de bens extrajudicial por escritura pública lavrada em Tabelionato de Notas de Belo Horizonte, foro do domicílio do autor da herança, a transmissão objeto deste arrolamento, referente a bens imóveis situados no município de Cuiabá/MT, sujeita-se ao Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação – ITCD −, cuja competência será: A) Do Estado de Minas Gerais. B) Do Estado de Mato Grosso. C) Do Município de Belo Horizonte. D) Do Município de Cuiabá. E) concorrente dos Estados de Minas Gerais e Mato Grosso. 5) A doação de dinheiro, quanto ao imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação – ITCD, A) não está sujeito à tributação, porque não se trata de bem imóvel. B) se o doador, ao auferir renda, já ofereceu à tributação o Imposto de Renda sobre o valor que doou, não há tributação do ITCD. C) se doador e donatário têm domicílio no mesmo município, não há incidência do ITCD. D) está sujeito à tributação do ITCD, porque o tributo incide sobre bens imóveis e móveis. E) Nenhuma das respostas anteriores. 6) Sabendo que um famoso jogador de futebol brasileiro, pessoa física, importou automóvel zero quilômetro da Itália, da marca Ferrari, e foi surpreendido com a cobrança de ICMS pelo Es- tado onde o mesmo é domiciliado, assinale a alternativa correta. Para responder a referida questão, analise a súmula abaixo transcrita: SÚMULA N. 660 STF.“NÃO INCIDE ICMS NA IM- PORTAÇÃO DE BENS POR PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA QUE NÃO SEJA CONTRIBUINTE DO IMPOSTO”. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Direito Tributário - Aula 12 Josiane Minardi 6 A) O referido jogador deve impetrar mandado de segurança, com base na Súmula n. 660 editada pelo STF, a fim de viabilizar a defesa de seus direi- tos perante Justiça Estadual. B) Com o advento da Emenda Constitucional n. 33 de 11/12/2001, que alterou a redação do art. 155, inciso IX, alínea “a”, da CF/88, a pessoa física pas- sou, expressamente, a constar como contribuinte de bem ou de mercadoria importada do exterior. C) O referido jogador deve propor ação declaratória de inexistência de crédito tributário, com base na Súmula n. 660 editada pelo STF, a fim de viabilizar a defesa de seus direitos perante Justiça Estadual. D) Nenhuma das alternativas acima está correta. 7) De acordo com o disposto na Lei Complemen- tar n.87/1996 e na Lei Complementar n.116/2003, o ICMS A) não incide, por expressa determinação constitu- cional, sobre a prestação de serviço de transporte com início em Maceió/AL e término em Brasília/DF, pois o Distrito Federal não é Estado federado, nem é tampouco dividido em Municípios. B) incide sobre prestação de serviços de comunica- ção, por qualquer meio, inclusive a geração, a emis- são, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qual- quer natureza. C) não incide sobre a entrada, no território do Esta- do alagoano, de lubrificantes e combustíveis líqui- dos,derivados de petróleo, adquiridos em operação interestadual, por empresa localizada no Município de Marechal Deodoro/AL, para uso e consumo des- se estabelecimento adquirente. D) incide sobre a prestação de serviços de organi- zação de festas (bufê) e sobre o fornecimento de alimentação e bebidas nelas servidos. E) incide sobre a entrada de bem importado do ex- terior, por pessoa física não contribuinte habitual do imposto, para seu uso e consumo. 8) Assinale a alternativa correta acerca do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS), segundo a disciplina constitucional que lhe é conferida. A) A isenção ou não incidência, salvo determinação em contrário da legislação, implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes. B) Poderá ser não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal. C) Será seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços. D) Incidirá sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço. E) Incidirá sobre operações que destinem mercadorias para o exterior e sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores. 9) De acordo com a discriminação constitucional de competências tributárias, cabe aos Estados-membros e ao Distrito Federal instituir o ICMS. Sobre esse imposto, dadas as afirmativas abaixo, I. Não incide sobre operações de que decorra transferência de bens salvados de sinistro para companhias seguradoras. II. Além de operações relativas à circulação de mercadorias, incide também sobre a prestação de certos serviços, tais como transporte inframunicipal e interestadual de passageiros. III. Incide sobre operações relativas à circulação de livros e jornais, apenas nos casos em que se enquadrem como mercadorias. IV. O ICMS pode incidir sobre serviços que também ensejam a cobrança do imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS), desde que taxativamente previstos em lei complementar (Lei Complementar n. 116/2003). Verifica-se que está(ão) correta(s) apenas A) I. B) I e II. C) II e III. D) III e IV. E) I, II e IV. 10) Acerca da tributação incidente sobre o fornecimento de água canalizada, assinale a alternativa correta. A) Por ser a água bem de uso comum do povo, o poder público não poderá exigir contraprestação tributária pelo fornecimento de água canalizada, exceto nos casos de concessão e permissão. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Direito Tributário - Aula 12 Josiane Minardi 7 B) O fornecimento de água canalizada somente poderá sofrer a incidência de ICMS, uma vez que, quando canalizada, a água deixa de ser bem de uso comum e passa a ser mercadoria. C) O tratamento e a purificação de água são serviços sujeitos ao imposto sobre serviços de qualquer natureza – ISS, nos termos da Lei Complementar n. 116/2003. D) O fornecimento de água potável por empresas concessionárias desse serviço público não pode sofrer incidência do ICMS, uma vez que não caracteriza operação relativa à circulação de mercadoria. E) O fornecimento de água canalizada e tratada configura fornecimento de mercadoria com prestação de serviço e, portanto, pode sofrer incidência de ICMS ou de ISS, nos termos da lei complementar. GABARITO www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Direito Tributário - Aula 12 Josiane Minardi 8 1-C 2-A 3-D 4-B 5-D 6-B 7-E 8-D 9-A 10-D
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