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Aula108 Direito Civil Aula 11

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DIREITO CIVIL – Analista Judiciário do Superior Tribunal de Justiça 
PROFESSOR – LAURO ESCOBAR 
Prof. Lauro Escobar www.pontodosconcursos.com.br 11
AULA 11 
 
DIREITO DAS SUCESSÕES 
SUCESSÃO EM GERAL: LEGÍTIMA E TESTAMENTÁRIA 
Itens específicos dos editais em geral e que serão abordados nesta 
aula: Direito das Sucessões. Da sucessão em geral: legítima e 
testamentária. Sucessão legítima. Abertura. Ordem de vocação hereditária. 
Aceitação e renúncia. Herança jacente. Sucessão testamentária. Cláusulas 
restritivas. Legados. Aquisição e efeitos dos legados. Substituições. 
Fideicomisso. Inventário e Partilha. 
 
 
Meus Amigos e Alunos 
Esta é a nossa última aula. Trata-se da etapa final de nossos estudos. 
Mais uma vez, aproveito a oportunidade para enviar a todos um grande 
abraço, como se eu estivesse aí com vocês, desejando tudo de bom para 
vocês. Muitas ALEGRIAS e SUCESSO nesta empreitada que vocês se 
propuseram. 
CONTEÚDO ESQUEMÁTICO DA AULA 
1. Conceito � conjunto de normas que disciplinam a transferência do patrimônio de 
alguém (bens, direitos e obrigações), depois de sua morte, em virtude de lei ou 
testamento. Refere-se apenas às pessoas naturais (a extinção da pessoa jurídica não 
está em seu âmbito). A sucessão é uma forma de aquisição da propriedade. 
2. Conteúdo 
• Sucessão em Geral (arts. 1.784/1.828, CC). 
• Sucessão Legítima (arts. 1.729/1.756, CC). 
• Sucessão Testamentária (arts. 1.757/1.990, CC). 
• Inventário e Partilha (arts. 1.991/2.027, CC). 
3. Sucessão em Geral 
• Fonte – A lei é a sua única fonte. O testamento pode até indicar o 
destinatário da sucessão. Mas ele não é pleno (há muitas restrições ao direito 
de testar) e também não é causa geradora de novas disposições sucessórias. 
• Abertura – ocorre com a morte do de cujus (real ou presumida). De cujus: 
pessoa de cuja sucessão se trata. Lugar da abertura: último domicílio do 
falecido (art. 1.785, CC). 
• Transmissão (princípio da saisine) →→→ posse imediata. 
• Herança – é o patrimônio do de cujus. Trata-se de uma universalidade de 
direito. Não é suscetível de divisão em partes materiais (indivisível até a 
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partilha) e é equiparada a um bem imóvel, enquanto permanecer como tal. 
Compreende todos os direitos que não se extinguem com a morte. Integram-
na bens móveis e imóveis, direitos, obrigações e ações. Abrange coisas 
futuras. Excluem-se as coisas que se não se desligam da pessoa (direito à 
personalidade, tutela, curatela, obrigações intuitu personae, etc.). Sucessão 
X Herança. Sucessão mortis causa é o modo de transmitir a herança. 
Herança é o conjunto de bens, direitos e obrigações que se transmitem aos 
herdeiros e legatários. É considerada pelo Direito brasileiro (em virtude de 
ficção legal) como um bem imóvel. 
• Herdeiros – são os sucessores do de cujos. Dividem-se em a) legítimos: 
instituídos pela lei e relacionados em uma ordem de preferência; b) 
necessários: descendentes, ascendentes e cônjuge; c) testamentários: 
designados pelo falecido em testamento. 
• Capacidade Sucessória – capacidade para adquirir os bens no momento da 
morte. Todas as pessoas concebidas ou já nascidas, no momento da abertura 
da sucessão. Exceções: 
• Indignidade: incapacidade sucessória que priva alguém de receber a 
herança (arts. 1.814/1.818, CC). Herdeiro que comete atos ofensivos à 
pessoa ou à honra do de cujus, ou atentou contra sua liberdade de testar, 
reconhecida em sentença judicial. Pode propor ação judicial quem tem 
interesse na declaração da indignidade. Encontra fundamento na presumida 
vontade do de cujus que excluiria o herdeiro se houvesse feito declaração de 
última vontade. 
• Aceitação � ato unilateral, indivisível, incondicional, não havendo 
retratação. Pode ser expressa (declaração escrita) ou tácita (herdeiro pratica 
atos compatíveis com a sua condição hereditária). A aquisição da herança se 
dá com a morte do de cujus; a aceitação apenas consolida esta aquisição, 
retroagindo ao tempo da abertura da sucessão. 
• Renúncia � ato unilateral, indivisível e solene (não se presume; é expresso: 
por escritura pública ou por termo nos autos) pelo qual o herdeiro declara 
não aceitar a herança. Deve respeitar eventuais direitos de credores. É 
irretratável, mas se admite a retração em casos de violência, erro ou dolo. 
Só pode ocorrer após a abertura da sucessão. Tem efeito retroativo, pois é 
como se o renunciante jamais fosse chamado à sucessão. A renúncia válida é 
a abdicativa: cessão pura, simples e gratuita. 
• Cessão � transferência de parte ideal da herança a outrem (e não de um 
bem determinado). 
4. Espécies de Sucessão 
a) Legítima – ocorre quando alguém morre sem deixar testamento (ab 
intestato). Divisão dos bens de acordo com a determinação legal. 
b) Testamentária – ocorre por ato de vontade. O testamento é o instrumento da 
vontade, destinado a produzir as consequências jurídicas com a morte de 
testador. Subdivide-se em: a título universal e a título singular (legado). 
c) Sucessão por cabeça – ocorre quando todos os herdeiros são do mesmo 
grau. Cada herdeiro do mesmo grau corresponde uma quota igual na herança. A 
herança é dividida entre todos os herdeiros aos quais é deferida. 
d) Sucessão por estirpe – concorrem, na sucessão, descendentes que tenham 
com o de cujus graus de parentesco diferentes, ou quando a partilha, em vez de 
se fazer igualmente entre pessoas, faz-se entre certos grupos de descendentes, 
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grupos constituídos pelos descendentes do herdeiro do grau mais próximo. A 
sucessão por estirpe dá-se na linha reta descendente (filho representa o pai na 
sucessão do avô); excepcionalmente na linha transversal (sobrinho representa o 
pai na sucessão do irmão), mas nunca na linha reta ascendente. 
5. SUCESSÃO LEGÍTIMA. Tem seu fundamento no Direito de Família. 
Ordem de Vocação Hereditária: 
a) Descendentes (filhos, netos, bisnetos, etc.) – em concorrência com o 
cônjuge sobrevivente (salvo se este for casado com o falecido no regime da 
comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens; ou se, no regime 
da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares). 
A herança pode distribuir-se por cabeça ou por estirpe. Regra geral: os filhos 
sucedem por direito próprio e por cabeça. O grau mais próximo exclui o mais 
remoto. 
b) Ascendentes (pais, avós, bisavós, etc.) – Não havendo ninguém na classe 
dos descendentes, herdam os ascendentes, em concorrência com o cônjuge 
sobrevivente. O grau mais próximo exclui o mais remoto. A herança é dividida 
por linha e graus. Não há direito de representação na linha ascendente. 
c) Cônjuge sobrevivente (também chamado de supérstite). Não se aplica se 
estiver separado judicialmente ou de fato há mais de dois anos. Direito do 
cônjuge, qualquer que seja o regime de bens: direito real de habitação, desde 
que se trate do único bem daquela natureza a inventariar. Os companheiros 
também possuem direito sucessório, mas somente participarão quanto aos bens 
adquiridos onerosamente na constância da união estável. 
d) Colaterais até 4° grau – ordem preferencial: irmão (2° grau); sobrinho (3° 
grau); tio (3° grau); sobrinho-neto (4° grau); tio-avô (4° grau) e primo-irmão 
(4° grau). O grau mais próximo exclui o mais remoto (se houver irmão e 
sobrinhos, herdam os irmãos; se houver sobrinhos e primos, herdam os 
sobrinhos). Caso especial: existência de um tio e de um sobrinho � neste caso 
todos dois são parentes de 3° grau, mas apenas o sobrinho herdará. Na 
sucessão dos colaterais pode haver direitode representação no tocante aos 
sobrinhos. Os irmãos unilaterais (só por parte de mãe ou de pai), concorrendo 
com bilaterais (irmãos por parte de pai e de mãe) herdam a metade do que 
couber a estes. 
e) Municípios, Distrito Federal ou União – não são herdeiros, não lhes sendo 
dado o direito saisine (não haverá posse direta dos bens da herança no momento 
da morte, como ocorre com os demais herdeiros). Há a necessidade de 
declaração de herança jacente (herdeiros não são conhecidos ou são conhecidos, 
mas renunciaram) e vacante (foi proclamada judicialmente como “de ninguém”). 
6. Direito de Representação (ou estirpe) – a lei chama certos parentes do falecido 
a suceder em todos os direitos, em que ele sucederia, se vivesse (art. 1.851, CC). 
Ocorre apenas na sucessão legítima. Ocorre na linha reta descendente, 
excepcionalmente na transversal ou colateral, mas nunca na ascendente. 
7. SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA – a transmissão hereditária se opera por ato de 
última vontade, revestido da solenidade requerida por lei. É limitada, pois deve-se 
respeitar a legítima dos herdeiros necessários. 
a) Testamento: é negócio jurídico personalíssimo, unilateral, solene e 
revogável pelo qual alguém dispõe no todo ou em parte de seu patrimônio para 
depois de sua morte. Permite a instituição de herdeiro (sucessor a título universal) 
ou legatário (sucessor a título singular). Capacidade para testar: maiores de 16 
anos. Não podem testar os incapazes e os que não tiverem o pleno discernimento. 
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A capacidade é avaliada no momento em que o testamento é elaborado (se o 
testador ficar incapaz posteriormente, não se invalida o testamento). Exceções: 
filhos ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas 
estas ao abrir a sucessão; fundações cuja criação foi determinada pelo de cujus 
em testamento. 
b) Deserdação – ato unilateral pelo qual o de cujus exclui da sucessão, 
mediante testamento com expressa declaração de causa, herdeiro 
necessário, privando-o de sua legítima, por ter praticado alguma conduta 
prevista na lei como causa. Além do testamento é necessária a propositura de 
ação judicial. Deserdação X Indignidade. Deserdação: motivo ocorrido em vida 
do testador; refere-se somente a herdeiros necessários; feita por testamento, pela 
própria pessoa de cuja sucessão se trata. Indignidade: pode ser declarada com 
fundamento em atos posteriores ao falecimento do autor da herança; refere-se a 
qualquer herdeiro legítimo ou testamentário, bem como ao legatário; ação 
proposta por um interessado mediante ação ordinária. Em ambas as situações 
exige-se uma sentença judicial. 
c) Formas de Testamento 
 1) Ordinário 
a) Público: arts. 1.864 a 1.867, CC. Obs.: o cego somente pode 
testar desta forma. 
b) Cerrado: arts. 1.868 a 1.875, CC. 
c) Particular: arts. 1.876 a 1.880, CC. 
 2) Especial 
a) Marítimo ou Aeronáutico. 
b) Militar. 
Observação: testamento conjuntivo é aquele em que duas pessoas, em 
um mesmo ato de última vontade, dispõem de seus bens. Ele é proibido, seja 
simultâneo (ambos dispõem em benefício de terceiro); recíproco (os 
testadores instituem um ao outro como beneficiário) ou correspectivo (quando 
o benefício outorgado por um dos testadores, ao outro, retribui vantagem 
correspondente). 
d) Inexecução do testamento 
1) Revogação: é o ato pelo qual o testador manifesta sua vontade de 
modificar total ou parcialmente o testamento anterior. 
2) Rompimento: quando sobrevêm descendentes ao testador que não 
os tinha ou não os conhecia; quando o testador descobre a existência de 
herdeiros necessários até então ignorados; no caso de reconhecimento de filho 
(voluntária ou judicialmente). 
3) Caducidade. 
4) Nulidade e anulabilidade. 
e) Codicilo – ato de última vontade, com menos solenidades (basta ser 
escrito e assinado) pelo qual o disponente traça diretrizes sobre assuntos de 
pequeno valor (pequenas doações, roupas, forma de enterro, etc.). 
f) Legado – disposição testamentária a título singular em que o testador 
deixa a pessoa estranha ou não à sucessão legítima um ou mais objetos 
individualizados ou certa quantia em dinheiro integrantes da herança. O legatário 
precisa pedir ao herdeiro a entrega da coisa legada e não responde pelas dívidas 
da herança. Nada impede que o testador, ao atribuir o legado, estabeleça algumas 
condições. 
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g) Direito de Acrescer – vários herdeiros ou legatários, pela mesma 
disposição testamentária, forem conjuntamente chamados à herança em quinhões 
determinados, e qualquer deles não puder (faleceu) ou não quiser aceitá-la 
(renunciou), sua parte acrescerá à dos outros coerdeiros ou colegatários (salvo 
se o testador nomear um substituto: neste caso não haverá direito de acrescer). 
h) Substituição. É o direito que o testador tem de escolher substituto para o 
herdeiro ou o legatário de primeiro grau. Espécies: 
1) Vulgar ou Ordinária: o testador indica outra pessoa no lugar do 
herdeiro ou do legatário nomeado, caso um ou outro não possa ou não queira 
receber a herança ou o legado. Espécies: a) singular (quando se nomeia um 
só substituto ao herdeiro ou legatário); b) plural (quando são vários os 
substitutos simultâneos); c) recíproca (quando o testador ao instituir uma 
pluralidade de herdeiros, os declara substitutos uns dos outros). 
2) Fideicomissária: o testador impõe a um herdeiro ou legatário 
(chamado fiduciário) a obrigação de, por sua morte, a certo tempo ou sob 
certa condição, transmitir a outro (chamado fideicomissário), a herança ou o 
legado. Há dois beneficiários: inicialmente o fiduciário; depois, por algum 
motivo previsto, há a transmissão ao fideicomissário. 
3) Compendiosa: é um misto de substituição vulgar com a 
fideicomissária. O testador dá substituto ao fiduciário ou ao fideicomissário, 
prevendo que um ou outro não queira ou não possa aceitar a herança. 
INVENTÁRIO 
1. Conceito – é um processo judicial, de caráter contencioso, que visa 
relacionar, descrever, avaliar todos os bens pertencentes ao de cujus ao tempo de sua 
morte, para distribuí-los entre seus sucessores. Se houver um testamento ou algum 
interessado incapaz deve-se proceder ao inventário judicial. No entanto, se todos 
forem capazes e houver consenso entre eles, pode-se fazer o inventário e a partilha 
por escritura pública. Esta será o documento hábil para o registro imobiliário 
posterior. Todos os interessados devem comparecer no Tabelionato, acompanhados 
de advogado (um para todos ou cada um com o seu). 
2. Inventariança – Juiz nomeia um inventariante, a quem caberá a 
administração e representação (ativa e passiva) do espólio. Só pode haver um 
inventariante; é um encargo pessoal, sujeito, entretanto, à fiscalização dos herdeiros, 
do Juiz e do Ministério Público. Há uma ordem preferencial para sua escolha. 
3. Arrolamento – é um processo de inventário simplificado, caracterizado pela 
redução de atos formais ou de solenidades. É possível a sua realização quando os 
herdeiros forem maiores e capazes e for conveniente fazer uma partilha amigável, que 
é homologada pelo Juiz, mediante prova de quitação de tributos. 
4. Sonegados – é a ocultação dolosa de bens que devem ser inventariados ou 
levados à colação. Pode ser praticada pelo inventariante (quando omite 
intencionalmente bens e valores ao prestar as primeira e as últimas declarações) ou 
pelos herdeiros (que não indicam bens em seu poder). Pena perda do direito sobre o 
bem sonegado, que é devolvido ao monte e partilhado aos outros herdeiros, como se 
o sonegador nunca tivesse existido. Prescrição– 10 anos e deve ser ajuizada no foro 
do inventário e pode ser proposta pelos herdeiros legítimos, testamentários e 
credores. 
5. Colação – Os herdeiros que foram agraciados com doações em vida, 
deverão, no prazo de 10 dias, apresentar esses bens, a fim de que se verifique se não 
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houve prejuízo à legítima dos herdeiros necessários. Dá-se o nome de colação ao ato 
de retorno ao monte a ser partilhado das liberalidades feitas pelo de cujus, antes de 
sua morte, a seus descendentes. Seu fim é igualar a legítima destes herdeiros, 
havendo uma conferência dos bens. É dever imposto ao herdeiro, pois, segundo a lei, 
a doação dos pais aos filhos importa em adiantamento de legítima. 
6. Pagamento de Dívidas – antes da partilha, poderão os credores do espólio 
requerer ao juízo do inventário o pagamento de dívidas. Só serão partilhados os bens 
e valores que restarem depois de pagas as dívidas. A cobrança das dívidas faz-se, em 
regra, pela habilitação do credor ao inventário. Não sendo impugnada a dívida vencida 
e exigível, o Juiz declarará habilitado o credor e mandará que se faça a separação do 
dinheiro ou bens, para o seu pagamento. 
PARTILHA 
1. Conceito – a herança, até à partilha, é uma universalidade, legalmente 
indivisível. A partilha é a divisão oficial do apurado durante o inventário entre os 
sucessores do de cujus. Tem natureza meramente declaratória. A partilha pode ser 
judicial (realizada no processo de inventário quando não houver acordo ou sempre 
que um dos herdeiros seja menor ou incapaz) ou amigável (acordo entre os 
interessados, desde que maiores e capazes). A partilha amigável é homologada e a 
judicial julgada por sentença. A partilha pode ser feita também por escritura pública 
(se todos os interessados forem capazes e estiverem de acordo). 
2. Formal de Partilha – passado em julgado a sentença, receberão os 
herdeiros os bens que lhe tocarem e um formal de partilha que um documento para 
ser levado a registros composto de diversas peças. 
3. Sobrepartilha – é uma nova partilha (partilha adicional) de bens que por 
determinadas razões não puderam ser divididos entre os herdeiros, como exemplo: 
quando parte da herança consistir em bens remotos do lugar do inventário, litigiosos, 
ou de liquidação morosa ou difícil; ou quando houver bens sonegados e quaisquer 
outros bens da herança que se descobrirem depois da partilha. 
EXERCÍCIOS 
As questões adiante seguem o padrão que o CESPE/UnB 
também costuma usar (embora nem sempre), julgando as 
assertivas e colocando CERTO ou ERRADO. 
QUESTÃO 01 (CESPE/UnB – Defensor Público/AM) Cíntia foi nomeada, 
por testamento público, herdeira de Clóvis. Como ela faleceu antes do 
testador, Clóvis revogou parcialmente o testamento, por instrumento 
particular, nomeando as filhas de Cíntia suas herdeiras. Diante dessa 
situação hipotética, julgue os itens a seguir. 
a) A capacidade para adquirir por testamento pressupõe a existência do 
herdeiro, ou legatário, à época da morte do testador. Tendo falecido antes o 
herdeiro, perde validade a cédula testamentária. 
b) A revogação parcial do testamento, como efetivada na hipótese, visando 
a substituição da herdeira anteriormente nomeada e já falecida, é nula de 
pleno direito. 
COMENTÁRIOS: 
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a) Certo. Capacidade (ou legitimação) sucessória é a capacidade da pessoa 
para receber os bens deixados pelo de cujus no tempo da abertura da 
sucessão (art. 1.787, CC). São seus pressupostos: morte do autor da herança, 
sobrevivência do sucessor (no caso a sucessora, Cíntia, morreu antes) e 
herdeiro humano. 
b) Certo. Pois a revogação do testamento somente poderia ser feita por 
meio de outro testamento e nunca por instrumento particular. Não se 
respeitando a forma prevista em lei, o ato é nulo. 
QUESTÃO 02 (CESPE/UnB – Defensor Público/AM) No que concerne ao 
Direito das Sucessões, julgue os itens a seguir. 
a) Aberta a sucessão pela morte, o acervo hereditário é transmitido, desde 
logo, aos herdeiros legítimos e testamentários, que passam a exercer, por 
direito próprio, a posse e o domínio sobre os bens deixados, em regime de 
condomínio universal com os demais sucessores, até que ocorra a partilha. 
b) A mulher casada em regime de comunhão universal de bens não concorre 
com os filhos em relação à herança do marido, cabendo-lhe a meação dos 
bens deixados por este. 
c) Falecendo uma pessoa casada sob o regime da separação de bens, na 
falta de descendentes ou ascendentes, a sucessão será deferida ao cônjuge 
sobrevivente se não estava separado judicialmente ou de fato por mais de 
dois anos. 
COMENTÁRIOS: 
a) Certo. É o que determina os artigos 1.784 e 1.791, ambos do CC. 
b) Certo. Se o regime for da comunhão universal, o cônjuge não será 
herdeiro em concorrência com os descendentes, mas tem assegurada a sua 
meação (art. 1.929, CC). 
c) Certo. É o que determina os arts. 1.830 e 1.838, ambos do CC. 
QUESTÃO 03 (UnB/CESPE – Juiz de Direito Substituto/SE – 2007) 
Acerca do direito das sucessões, julgue os itens a seguir. 
a) Nas disposições testamentárias, o testador pode exigir um encargo para 
que o contemplado possa receber o legado ou a herança, sendo que esse 
ônus não deve ser superior à liberalidade. 
b) Se o legatário vier a falecer antes do testador, a cláusula testamentária 
que o beneficia, independentemente de qualquer declaração quanto à 
eventual substituição do legatário, é automaticamente transferida a seus 
herdeiros. 
c) O companheiro sobrevivente é herdeiro necessário e participa da 
sucessão do outro quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência da 
união estável. Esse companheiro concorre com os filhos comuns do de cujus 
e com os ascendentes desse e, na inexistência de todos eles, tem direito à 
totalidade da herança. 
COMENTÁRIOS: 
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a) Certo. O testador pode instituir condições, termos e encargos ao 
beneficiário (art. 1.897, CC). No caso trata-se do encargo ou modo. As regras 
aplicáveis são as da parte geral do Código (arts. 121 a 137). 
b) Errado. Segundo o art. 1.939, inciso V, CC, se o legatário falecer antes 
do testador haverá a caducidade do legado. Isto porque presume-se que o 
testador deseja beneficiar uma determinada pessoa e não os seus herdeiros. 
Além do mais, não cabe direito de representação quanto aos legados. No 
entanto a cláusula pode não caducar se o testador consignar expressamente 
no testamento, dispondo que os bens irão aos herdeiros do legatário se este 
morrer antes. Neste caso o testador estará instituindo substitutos para o 
legatário. 
c) Errado. De fato o companheiro pode concorrer com os filhos comuns do 
de cujus e com os ascendentes deste, quanto aos bens adquiridos 
onerosamente na vigência da união estável (art. 1.790, I e II, CC). No 
entanto, na falta de descendentes e ascendentes, o companheiro concorrerá 
com os outros parentes sucessíveis. Somente se não houver parentes 
sucessíveis, terá direito à totalidade da herança (art. 1.790, III e IV, CC). 
QUESTÃO 04 (CESPE/UnB – TJ/ES – Analista em Direito – 2011) Com 
referência a (...) e sucessão, julgue o próximo item. 
a) No que tange à capacidade para suceder, é correto afirmar que, com a 
abertura da sucessão, a herança se transmite imediatamente aos herdeiros, 
que passam a ser titulares de direitos adquiridos, aplicando-se a lei vigente 
à época da morte do autor da herança. 
COMENTÁRIOS: 
a) Certo. Capacidade (oulegitimação) sucessória é a capacidade da pessoa 
para receber os bens deixados pelo de cujus. Dispõe o art. 1.784, CC que 
aberta a sucessão (que se dá com a morte do de cujus) a herança transmite-
se de imediato aos herdeiros (princípio da saisine). A lei aplicável é a vigente à 
época da morte do autor da herança (abertura da sucessão), nos termos do 
art. 1.787, CC. 
QUESTÃO 05 (CESPE/UnB – Ordem dos Advogados do Brasil – 2007) 
Em relação ao tema Sucessões (legítima e testamentária), julgue os 
itens que se seguem. 
a) A renúncia a herança é um ato irrevogável, por isso, se todos os 
herdeiros, de qualquer classe, renunciarem à herança, esta será, desde logo, 
declarada vacante. 
b) O herdeiro necessário é deserdado por seu ascendente quando o testador 
deixa de contemplá-lo em seu testamento. 
c) Ocorre a sucessão por cabeça quando outra pessoa é chamada a suceder 
em lugar do herdeiro, em virtude de pré-morte, deserdação ou indignidade. 
d) Codicilo é negócio jurídico unilateral mortis causa, escrito, mediante o 
qual o autor da herança dispõe de bens de pouco valor ou de particular valor 
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sentimental, de forma menos solene e, portanto, mais singela que o 
testamento. 
e) Desde a abertura da sucessão, pertence ao legatário a coisa certa, 
existente no acervo, salvo se o legado estiver sob condição suspensiva, não 
se deferindo de imediato a posse da coisa legada nem podendo o legatário 
nela entrar por autoridade própria. 
COMENTÁRIOS: 
a) Certo. Renúncia é um ato jurídico unilateral pelo qual o herdeiro declara 
expressamente que não aceita a herança a que tem direito, abrindo mão de 
sua titularidade. Ela é irrevogável, nos termos do art. 1.812, CC. Acrescenta o 
art. 1.823, CC que quando todos os chamados a suceder renunciarem à 
herança, será esta desde logo declarada vacante. 
b) Errado. Nos termos do art. 1.964, CC, somente com expressa declaração 
de causa pode a deserdação ser ordenada em testamento. Principalmente no 
tocante aos herdeiros necessários. Já para excluir da sucessão os herdeiros 
colaterais, basta que o testador disponha de seu patrimônio sem os 
contemplar (nem é necessária a deserdação em si). 
c) Errado. Ocorre a sucessão por cabeça quando todos os herdeiros estão 
no mesmo grau (ex.: pessoa morre deixando três filhos; pessoa morre 
deixando apenas cinco netos, etc.). A herança é dividida entre todos os 
herdeiros de forma igual. Quando outra pessoa é chamada a suceder em lugar 
do herdeiro, em virtude de pré-morte, deserdação ou indignidade é chamado 
de substituição hereditária. 
d) Certo. Trata-se do conceito do codicilo, regulado pelos arts. 1.881/1.885, 
CC. 
e) Certo. Nos termos do art. 1.923, CC. 
QUESTÃO 06 (CESPE/UnB) Quanto ao direito sucessório, julgue os 
itens abaixo. 
a) Com a morte, os bens do falecido transmitem-se imediatamente aos seus 
herdeiros, extinguindo-se os direitos personalíssimos e transmitindo-se os 
demais aos herdeiros e legatários. 
b) O legatário detém legitimidade para requerer em juízo a sucessão 
provisória do ausente. 
c) Na hipótese de comoriência dos cônjuges, sem descendentes, o 
patrimônio de cada um dos comorientes deverá ser recebido pelos seus 
respectivos herdeiros. 
d) Na hipótese de morrer o avô e renunciando à sua sucessão um dos seus 
três filhos, os netos do de cujus e filhos do renunciante receberão a herança 
que a este caberia, invocando o direito de representação. 
e) A partilha decorrente de inventário por morte não pode ser amigável se 
algum dos herdeiros for incapaz. 
COMENTÁRIOS: 
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a) Certo. Art. 1.784, CC. 
b) Certo. Nos termos dos arts. 26 e 27, II, CC. Art. 26. Decorrido um ano 
da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante ou 
procurador, em se passando três anos, poderão os interessados requerer que 
se declare a ausência e se abra provisoriamente a sucessão. Art. 27. Para o 
efeito previsto no artigo anterior, somente se consideram interessados: (...) II 
- os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários. Assim, o legatário, 
considerado “interessado”, por ser um herdeiro testamentário, tem 
legitimidade par requerer a sucessão provisória. 
c) Certo. Interpretação do art. 8°, CC. 
d) Errado. Se o filho renunciar, sua quota se transmite aos outros 
herdeiros da mesma classe, no caso os seus irmãos (os outros filhos do de 
cujus). Trata-se do direito de acrescer. Portanto, os descendentes do 
renunciante não herdam por representação. 
e) Certo. Interpretação do art. 2.015, CC, a contrário senso. 
TESTES DE OUTRAS BANCAS EXAMINADORAS 
(gabarito comentado ao final) 
01) (CESPE – OAB/SP – 2008) A sucessão da pessoa natural ocorre 
com 
a) o testamento. 
b) a abertura do inventário. 
c) a finalização do inventário. 
d) a partilha. 
e) morte do sucedido. 
02) (ESAF/2010 – Fiscal de Rendas - Prefeitura do Rio de Janeiro 
ISS/RJ) Sobre a herança de pessoa viva podemos afirmar que: 
a) pode ser objeto de cessão de direitos. 
b) pode ser objeto de cessão, desde que condicionada ao falecimento do de 
cujus. 
c) pode ser objeto de cessão, desde que a isso não se oponha tal pessoa. 
d) pode ser objeto de cessão para satisfação dos atuais credores. 
e) não pode ser objeto de cessão. 
03) Segundo o disposto no art. 1.784, CC, aberta a sucessão, a herança 
transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários. 
Até o momento da partilha, os bens do falecido são considerados 
imóveis, 
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a) indivisíveis, coletivos da espécie universalidade de fato, inalienáveis e em 
condomínio. 
b) divisíveis, coletivos da espécie universalidade de direito, inalienáveis e em 
condomínio. 
c) indivisíveis, coletivos da espécie universalidade de direito, alienáveis e em 
condomínio. 
d) indivisíveis, coletivos da espécie universalidade de direito, inalienáveis e 
em condomínio. 
04) Bernardo faleceu, deixando uma soma de dinheiro depositada em 
banco, ações de uma companhia, dois automóveis e os utensílios 
domésticos de sua residência, no valor total de R$ 300.000,00. Neste 
caso, pode-se afirmar que: 
a) a cessão de direitos hereditários, pelo herdeiro de Bernardo, pode ser feita 
por instrumento particular, sendo a herança, sob cogitação, móvel, embora 
indivisível, até a partilha. 
b) a cessão de direitos hereditários, pelo herdeiro de Bernardo, deve ser feita 
por escritura pública, sendo a herança, sob cogitação, imóvel, mas divisível, 
até a partilha. 
c) a cessão de direitos hereditários, pelo herdeiro de Bernardo, pode ser feita 
por instrumento particular, sendo a herança, sob cogitação, móvel e divisível, 
podendo ser antecipada a partilha. 
d) a cessão de direitos hereditários, pelo herdeiro de Bernardo, deve ser feita 
por escritura pública, sendo a herança, sob cogitação, imóvel e indivisível, até 
a partilha. 
05) Assinale a alternativa CORRETA: 
a) o direito à sucessão aberta é considerado bem móvel, desde que nela 
somente haja bens móveis. 
b) o direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel, podendo ser 
alienado por instrumento particular. 
c) é ineficaz a disposição, sem prévia autorização do Juiz da sucessão, por 
qualquer herdeiro, de bem componente do acervo hereditário, pendente de 
indivisibilidade. 
d) o direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel, mas somente pode 
haver alienação ou cessão após a partilha. 
06) Assinale a alternativa CORRETA,de acordo com o Código Civil. 
a) O coerdeiro, da constância do processo de inventário, só poderá ceder a 
título oneroso a sua quota hereditária a pessoa estranha à sucessão depois de 
respeitado o direito de preferência do(s) outro(s) coerdeiro(s). 
b) A herança de pessoa viva pode ser objeto de contrato, desde que feito o 
negócio mediante escritura pública. 
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c) Não há como conviver, na mesma sucessão, suas duas modalidades 
(legítima e testamentária). 
d) O cônjuge sobrevivente e o companheiro(a) sobrevivente são sempre 
considerados herdeiros necessários. 
07) Estão legitimados a suceder, na sucessão legítima: 
a) os já nascidos, os concebidos e a prole eventual de pessoas já existentes. 
b) as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da 
sucessão. 
c) apenas as pessoas já nascidas com vida ao tempo da abertura da 
sucessão. 
d) as pessoas físicas e jurídicas existentes ao tempo da abertura da sucessão. 
08) Com relação à sucessão, assinale a opção INCORRETA. 
a) a sucessão abre-se no lugar do último domicílio do falecido. 
b) a companheira participa da sucessão do outro, apenas em relação aos 
bens adquiridos onerosamente na constância da união. 
c) o nascituro tem vocação hereditária. 
d) pessoas jurídicas não podem receber por sucessão causa mortis. 
09) A aceitação da herança: 
a) jamais pode ser tácita. 
b) é presumida pelo fato de haver o herdeiro promovido o funeral do de 
cujus. 
c) só se configura com a habilitação do herdeiro em inventário. 
d) não se configura quando o herdeiro promove a cessão gratuita, pura e 
simples, da herança, aos demais herdeiros. 
10) (Defensoria Pública do Estado de São Paulo – 2006) Com relação à 
herança é CORRETO afirmar: 
a) pode haver renúncia parcial. 
b) a renúncia da herança pode se dar por instrumento particular. 
c) não pode haver aceitação tácita. 
d) a transmissão da herança se dá a contar da aceitação do herdeiro. 
e) não se pode aceitar a herança sob condição. 
11) (CESPE - OAB/SP – 2008) Não comporta condição o ato de: 
a) mútuo. 
b) compra e venda. 
c) aceitação ou repúdio à herança. 
d) doação. 
e) locação. 
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12) Assinale a alternativa CORRETA: 
a) o cônjuge sobrevivente por ser herdeiro facultativo pode ser afastado da 
sucessão pela via testamentária. 
b) os colaterais por serem herdeiros necessários nunca podem ser afastados 
da sucessão. 
c) são herdeiros necessários os descendentes, ascendentes e o cônjuge. 
d) são herdeiros necessários os descendentes e os ascendentes, somente. 
13) (CESPE - OAB/SP – 2007) No caso de sucessão causa mortis, das 
classes de pessoas citadas abaixo, não comporá aquela dos “herdeiros 
necessários”. 
a) pais do sucedido. 
b) irmãos do sucedido. 
c) cônjuge do sucedido. 
d) filho adotivo do sucedido. 
e) avós do sucedido. 
14) Antônio é divorciado de Maria, com quem teve dois filhos, José e João, 
hoje maiores e casados. Depois do divórcio e da partilha de bens, Antônio 
passou a viver maritalmente com Beatriz, com a qual não teve descendentes. 
Enquanto mantinha união estável com Beatriz, o pai de Antônio faleceu, 
tornando-se este, então, único herdeiro de vasto patrimônio imobiliário, que 
acabou por não usufruir em virtude de ter falecido três dias depois de seu pai. 
Com base nestas informações, assinale a alternativa CORRETA: 
a) os bens de Antônio, havidos antes do falecimento do pai, serão 
partilhados aos dois filhos do primeiro casamento (José e João) e os havidos 
por herança de seu pai, serão partilhados à companheira (Beatriz). 
b) os bens de Antônio, havidos antes do falecimento do pai, caberão metade 
à ex-mulher (Maria) e metade aos dois filhos nascidos naquele casamento 
(José e João), enquanto que os bens havidos por herança do pai, caberão 
metade à companheira (Beatriz) e metade aos dois filhos (José e João). 
c) Beatriz terá direito à metade do que couber a cada um dos filhos (José e 
João). 
d) todos os bens caberão aos dois filhos (José e João). 
15) Tratando-se de Direito das Sucessões, marque a opção 
INCORRETA. 
a) a companheira, quando concorrer com filhos comuns, tem direito à metade 
do que couber a cada um deles. 
b) o direito à sucessão aberta pode ser objeto de cessão por escritura pública, 
observado o direito de preferência do coerdeiro. 
c) o testamento público, lavrado no cartório de notas, pode ser revogado por 
testamento marítimo. 
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d) extingue-se em cinco anos o direito de impugnar a validade do 
testamento, contado o prazo da data do seu registro. 
16) Companheiro, na concorrência com colateral de 3° grau do 
falecido, na sua sucessão quanto aos bens onerosamente adquiridos 
na vigência da união estável, fará jus a: 
a) 1/2 do que couber ao colateral. 
b) 1/3 daquela herança. 
c) 1/4 daquela herança. 
d) quota equivalente ao que, legalmente, couber ao colateral. 
e) 1/6 do que couber ao colateral. 
17) (Fundação Getúlio Vargas/SEFAZ-RJ – ICMS/RJ – 2008) Quanto 
aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, a 
companheira participará da sucessão do companheiro, se concorrer 
com descendentes, só da herança do que couber a cada um deles, na 
proporção de: 
a) três quartos. 
b) um terço. 
c) um meio. 
d) dois quintos. 
e) um quarto. 
18) Configura-se o instituto da representação, no Direito das 
Sucessões, quando: 
a) por testamento ou disposição de última vontade, parentes do falecido são 
chamados a suceder herdeiros não necessários. 
b) por testamento ou disposição de última vontade, o falecido nomeia 
representantes para os herdeiros menores, confiando-lhes, enquanto durar a 
menoridade, a guarda e administração dos bens herdados. 
c) a lei determinar que certos herdeiros, menores ou incapazes, sejam 
representados, nos atos da vida civil, por tutores, curadores ou por aqueles 
que detenham o poder familiar como decorrência de determinação judicial. 
d) a lei chama certos parentes do falecido a suceder em todos os direitos, em 
que ele sucederia, se vivesse. 
19) Assinale a alternativa CORRETA: 
a) aberta a sucessão, não tendo descendentes ou ascendentes sucessíveis, o 
companheiro ou companheira sobrevivente, terá direito à totalidade da 
herança. 
b) quando o herdeiro renuncia ao quinhão da herança a que tinha direito, os 
seus sucessores podem representá-lo na herança. 
c) os herdeiros colaterais somente serão chamados a suceder na ausência de 
cônjuge sobrevivente. 
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d) o direito de representação dá-se na linha reta descendente, mas nunca na 
ascendente. 
20) (Magistratura de São Paulo – 2007) Considere as seguintes 
situações: 
I. João morreu sem deixar cônjuge, convivente, descendentes e mãe, mas 
tendo irmãos, pai e avó materna vivos → seu único herdeiro legítimo é seu 
pai. 
II. Antônio faleceu sem deixar descendentes, cônjuge, convivente e 
ascendentes; dois de seus irmãos eram ainda vivos; Pedro, filho de irmão 
já falecido, também é herdeiro legítimo de Antônio por representação. 
III. Paulo faleceu sem deixar descendentes, cônjuge, convivente, 
ascendentes, irmãos e sobrinhos; seus herdeiros legítimos são dois tios e o 
filho de um terceiro tio já falecido. 
IV. Joaquim, José e Manoel são os únicos sobrinhos de Luís, que morreusem deixar descendentes, cônjuge, convivente, ascendentes e irmãos; os 
dois primeiros são irmãos e o terceiro primo deles e, como sucessores 
legítimos, herdam por cabeça. 
Estão CORRETAS: 
a) todas as conclusões. 
b) apenas as conclusões I e III. 
c) apenas as conclusões II e IV. 
d) todas as conclusões estão erradas. 
e) apenas as conclusões I, II e IV. 
21) É CORRETO afirmar que o testamento público, de acordo com o 
Código Civil de 2002: 
a) exige a presença de 03 (três) testemunhas para o ato. 
b) é sempre escrito manualmente e nunca mecanicamente. 
c) é a única forma permitida ao cego. 
d) é aquele que só pode ser feito nas dependências de um tabelionato. 
e) se o testador não souber assinar não poderá testar desta forma. 
22) (CESPE - OAB/SP – 2008) Não é característica própria aos 
testamentos: 
a) solenidade. 
b) não-conjuntivo. 
c) unilateralidade. 
d) irrevogabilidade. 
e) personalíssimo. 
23) (Fundação Getúlio Vargas - Fiscal de Rendas do Estado do Mato 
Grosso do Sul – 2006) O Código Civil veda o testamento: 
a) nuncupativo militar. 
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b) marítimo. 
c) conjuntivo. 
d) hológrafo. 
e) militar. 
24) (Fundação Getúlio Vargas/ICMS-RJ – SEFAZ – 2008) O testamento 
particular pode ser escrito de próprio punho. São requisitos essenciais 
à sua validade que seja lido e assinado por quem o escreveu, na 
presença de pelo menos: 
a) duas testemunhas. 
b) seis testemunhas. 
c) quatro testemunhas. 
d) cinco testemunhas. 
e) três testemunhas. 
25) Romper-se-á o testamento se: 
a) o testador dispuser de sua metade, não contemplando herdeiros 
necessários de cuja existência saiba. 
b) ocorrer superveniência de descendente sucessível ao testador, que não 
tinha ou não o conhecia quando testou. 
c) o testador manifestar vontade contrária à que se encontra expressa no 
anterior. 
d) herdeiro nomeado desamparou o autor da herança, sendo descendente 
seu, com o intuito de atentar contra sua vida. 
26) Em relação à herança, é CORRETO afirmar que: 
a) os atos de aceitação ou de renúncia da herança são irrevogáveis. 
b) os herdeiros necessários são apenas os descendentes e os ascendentes. 
c) o testamento público deve ser presenciado, pelo menos, por 03 (três) 
testemunhas, sob pena de nulidade. 
d) os herdeiros necessários podem ser deserdados, de acordo com a vontade 
do testador. 
27) (OAB/MG – 2005) É absolutamente incapaz, para atuar como 
testemunha testamentária: 
a) o cego. 
b) o testamenteiro. 
c) o funcionário do cartório em que se lavra a disposição de última vontade. 
d) o estrangeiro. 
28) Sobre o direito de representação na sucessão legítima, é 
INCORRETO afirmar que: 
a) na linha ascendente nunca há direito de representação. 
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b) se uma herdeira for declarada indigna, sua filha não herda no seu lugar. 
c) na linha transversal só há direito de representação em favor do sobrinho 
do falecido. 
d) na linha descendente há direito de representação. 
29) (Magistratura de São Paulo/2009 – Concurso 182) O direito de 
representação: 
a) verifica-se na linha reta descendente e ascendente. 
b) inexiste na linha colateral. 
c) implica divisão por estirpe. 
d) implica divisão por cabeça. 
30) Sobre a Sucessão Legítima, é INCORRETO afirmar: 
a) deixando o falecido apenas uma avó materna, uma avó paterna e um avô 
paterno, a herança será dividida em três partes iguais. 
b) descendentes, ascendentes e cônjuge do falecido têm direito à parte 
legítima da herança, por serem herdeiros necessários. 
c) com a morte do seu marido existe a possibilidade de a viúva concorrer na 
herança com filhos do falecido, ainda que não sejam descendentes dela. 
d) na sucessão colateral, cada irmão bilateral herda o dobro do que cada 
irmão unilateral. 
31) (OAB/SP – 2007) Sobre Sucessão Legítima em favor da viúva, é 
ERRADO afirmar que: 
a) ainda que concorra com filhos exclusivos do falecido, a viúva, mesmo 
casada sob o regime da separação obrigatória de bens, tem direito real de 
habitação relativamente ao único imóvel deixado pelo de cujus. 
b) casada sob o regime da separação convencional, a viúva herdará a 
propriedade dos bens particulares do de cujus, concorrendo com os filhos 
exclusivos este, em igualdade de quotas. 
c) concorrendo com o irmão do falecido, a esposa herdará todo o 
patrimônio, qualquer que seja o regime de bens. 
d) não havendo descendentes, os ascendentes herdarão o patrimônio em 
concorrência com a viúva. 
e) não há diferença quanto ao fato de a viúva ser ou não a mãe de todos os 
cinco filhos do seu falecido marido. 
32) (OAB/CESPE – 2008.3) A respeito da sucessão legítima, assinale a 
opção INCORRETA. 
a) a existência de herdeiros na classe dos descendentes afasta da sucessão 
os ascendentes. 
b) o consorte supérstite herdará a totalidade da herança na ausência de 
descendentes e ascendentes. 
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c) os herdeiros colaterais são herdeiros necessários. 
d) na união estável, não tendo o de cujus descendentes, mas somente 
ascendentes, o convivente sobrevivo concorrerá, quanto aos bens adquiridos 
onerosamente na vigência da convivência, a um terço do montante 
hereditário. 
33) (OAB/Paraná III - 2004) Analise as afirmativas abaixo e, em 
seguida, assinale a alternativa CORRETA: 
I. Príamo e Hécuba eram casados pelo regime da participação final nos 
aquestos. Do casamento resultou o nascimento de um único filho. Príamo 
morre em 5 de dezembro de 2004. Hécuba, cônjuge sobrevivente, não 
concorrerá com os descendentes de Príamo na herança deste último, mas 
terá direito à meação sobre os bens adquiridos onerosamente na vigência 
da sociedade conjugal. 
II. Andrômaca era casada com Heitor pelo regime da separação absoluta 
de bens, decorrente de pacto antenupcial. Ambos os pais de Heitor, bem 
como seu avô paterno, morreram em um acidente de automóvel em 2003. 
Um ano depois Heitor vem a falecer, sem deixar descendentes. Os dois 
avós maternos e a avó paterna de Heitor ainda estão vivos. A herança de 
Heitor será dividida da seguinte forma: 50% para Andrômaca, 12,5% para 
cada um dos avós maternos e 25% para a avó paterna. 
a) ambas as afirmativas estão incorretas. 
b) somente a afirmativa I está correta. 
c) somente a afirmativa II está correta. 
d) ambas as afirmativas estão corretas. 
34) “A” elabora testamento cerrado deixando a quota disponível de seu 
patrimônio a dois sobrinhos “X” e “Y”, designando aos nomeados o quinhão de 
cada um. Um ano depois, em razão de uma discussão entre os familiares 
envolvendo o testador e os beneficiários, “A” elabora novo testamento público, 
deixando os mesmos bens a uma prima. Após dois anos, muito doente e 
recebendo zelosa dedicação dos sobrinhos em sua enfermidade, “A” revoga 
expressamente, por outro testamento, sem estabelecer quaisquer novas 
disposições testamentárias e vem a falecer. 
ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: 
a) a herança será recolhida toda á sucessão legítima, de acordo com a 
ordem de vocação hereditária, já que a vontade revogatória subsiste como 
expressão da última vontade do falecido. 
b) o testamento cerrado jamais se considera revogado pelo segundo ato do 
testado, pois só se permite a revogação quando feita por testamento 
revogatório na mesma forma pela qual foi feito o testamento primitivo, no 
caso a revogação só poderia ter sido feita pela forma cerrada também. 
Assim, os sobrinhos permanecem como os beneficiáriosda deixa 
testamentária. 
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c) o testamento cerrado foi revogado tacitamente pelo público, o qual, por 
sua vez, foi revogado pelo terceiro ato de última vontade. Como o último 
testamento não dispôs sobre os bens de forma diversa ou incompatível ao 
primeiro, e tendo sido expressamente revogado o segundo ato, fica 
revigorado o testamento primitivo. Por essa razão, os sobrinhos receberão 
cada qual o seu quinhão. 
d) o testamento, na qualidade de ato de última vontade, pode ser revogado 
de forma expressa, quando o testador o declarar sem efeito, no todo ou em 
parte; de forma tácita, quando fizer novas disposições que não 
correspondam às antigas sem mencionar que as revoga, ou quando alienar 
a coisa legada; ou de forma presumida, quando ocorrer superveniência de 
descendente do testador, que não tinha ou desconhecia. Sendo expressa 
ou tácita a revogação pode ser efetuada por novo testamento ou por 
codicilo. Assim, os sobrinhos prevalecem como beneficiários. 
35) Um herdeiro poderá ser excluído da sucessão: 
a) em nenhuma hipótese. 
b) se atentar contra a honra da pessoa que sucedeu. 
c) na tentativa contra a vida de outro interessado na sucessão. 
d) se ocorreu a cogitação do atentado contra a vida da pessoa que sucede. 
36) O herdeiro necessário poderá ser privado da legítima: 
a) mediante simples determinação do autor da herança consignada em 
testamento público. 
b) através de ação proposta pelo Ministério Público no caso de homicídio 
contra a vida daquele. 
c) por interessados na sucessão que detenham a maioria das quotas 
legitimarias. 
d) por intermédio de ação aforada por qualquer interessado na sucessão na 
hipótese de fraude ou violência que inibiu o falecido de dispor livremente de 
seus bens em testamento. 
37) (CESPE - OAB/SP – 2008) Assinale a opção CORRETA a respeito da 
deserdação. 
a) a deserdação pode ser ordenada em testamento válido. 
b) não há previsão legal que autorize o descendente a deserdar o ascendente. 
c) a legislação civil brasileira admite a deserdação imotivada. 
d) a deserdação dos descendentes pelos ascendentes em razão de ofensa 
física exige prévia decisão da justiça penal. 
38) Caio falece na cidade de São Paulo e deixa testamento cerrado. Tício, seu 
melhor amigo, encontra na residência do “de cujus” o testamento. Tício abre o 
testamento e descobre que fora nomeado como legatário do único bem 
deixado pelo “de cujus”, um apartamento na mencionada cidade. Caio não 
tinha nenhum herdeiro: 
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a) Tício deverá pleitear a abertura do inventário, juntando prova de sua 
condição o testamento de Caio. 
b) Tício deverá requerer a homologação judicial do testamento, pedido este 
que será deferido pelo Juiz, requerendo posteriormente o início do processo 
de inventário. 
c) o testamento não será considerado válido na medida em que Tício não 
poderia tê-lo deslacrado, cabendo a herança á Municipalidade de São Paulo. 
d) Tício deverá simplesmente requerer a transferência da propriedade junto 
ao Registro de Imóveis mediante apresentação do testamento. 
39) (Magistratura – São Paulo – Concurso 173) A abertura da sucessão 
hereditária ocorre com o falecimento do de cujus, mas há que se 
considerar como INCORRETO: 
a) que a mulher casada pelo regime da separação parcial, recebendo a 
herança de seu pai, não pode recusá-la sem autorização marital. 
b) que a renúncia à herança não pode ser tácita ou presumida. 
c) que a aceitação da herança não pode ser condicional, nem dependendo de 
termo. 
d) que a aceitação da herança não pode ser presumida ou tácita. 
40) Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos 
herdeiros legítimos e testamentários. Até o momento da partilha, os 
bens do falecido são considerados imóveis, 
a) indivisíveis, coletivos da espécie universalidade de fato, inalienáveis e em 
condomínio. 
b) divisíveis, coletivos da espécie universalidade de direito, inalienáveis e em 
condomínio. 
c) indivisíveis, coletivos da espécie universalidade de direito, alienáveis e em 
condomínio. 
d) indivisíveis, coletivos da espécie universalidade de direito, inalienáveis e 
em condomínio. 
41) (Magistratura – Minas Gerais – 2004) Considerando o atual Código 
Civil no tocante ao Direito das Sucessões, assinale a alternativa 
INCORRETA. 
a) os descendentes, os ascendentes e o cônjuge são herdeiros necessários. 
b) o coerdeiro não poderá ceder sua quota hereditária a pessoa estranha à 
sucessão, se outro coerdeiro a quiser, tanto por tanto. 
c) na sucessão testamentária, quando contemplados os filhos ainda não 
concebidos de pessoas indicadas pelo testador, os bens da herança serão 
confiados a curador nomeado pelo Juiz e, se decorridos 03 (três) anos da 
abertura da sucessão não for concebido o herdeiro esperado, os bens 
reservados caberão aos demais herdeiros testamentários. 
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d) somente é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevivente se, ao 
tempo da morte do outro, não estavam separados judicialmente, nem 
separados de fato há mais de 02 (dois) anos, salvo prova, neste caso, de que 
essa convivência se tornara impossível sem culpa do sobrevivente. 
e) são anuláveis as disposições testamentárias inquinadas de erro, dolo ou 
coação, extinguindo-se em 04 (quatro) anos o direito de anular a disposição, 
contados de quando o interessado tiver conhecimento do vício. 
42) (Procurador do Estado de Goiás – 2005) Um homem morreu deixando 
viúva e três filhos solteiros. Estes, após darem procuração ao advogado para 
requerimento do inventário, renunciaram expressamente a herança. Assim 
procedendo, a herança, em sua totalidade, acabou sendo recolhida em favor 
da mãe viúva. A propósito da natureza e das consequências tributárias da 
renúncia, assinale a alternativa VERDADEIRA. 
a) a renúncia foi para favorecer e, assim, corresponde à cessão gratuita de 
direitos hereditários, motivo pelo qual deve-se pagar o respectivo imposto. 
b) houve aceitação da herança, ao dar procuração ao advogado para o 
inventário. Assim, aceita a herança, não seria possível a renúncia abdicativa, 
mas a translativa, motivo pelo qual deve-se pagar o imposto. 
c) no caso o recolhimento da herança pela mãe em virtude da renúncia dos 
filhos constitui ato entre vivos que não será novamente tributado. 
d) aceita a herança, torna-se definitiva a transmissão ao herdeiro e a 
renúncia posterior não invalidou esta transmissão, motivo pelo qual deve o 
ato ser tributado. 
43) (AFR – ICMS/SP – 2006) São herdeiros necessários: 
a) os descendentes, os ascendentes e os colaterais até o terceiro grau. 
b) apenas os descendentes e ascendentes. 
c) os descendentes e os colaterais até quarto grau. 
d) apenas o cônjuge sobrevivente, se o regime de casamento for o da 
comunhão universal de bens. 
e) os descendentes, os ascendentes e o cônjuge sobrevivente, qualquer que 
seja o regime de bens do casamento. 
44) (OAB/SP – 2007) Sobre Sucessão Testamentária, é ERRADO 
afirmar: 
a) o instituto da redução das disposições testamentárias é aplicado para as 
hipóteses de avanço do testamento na parte legítima dos herdeiros 
necessários. 
b) há direito de representação na sucessão testamentária. 
c) o pai pode testar metade de seu patrimônio ao filho primogênito “A”, 
enquanto a outra metade será igualmente dividida entre o próprio “A” e o 
filho caçula “B”. 
d) uma pessoa com 16 (dezesseis) anos pode testar normalmente.DIREITO CIVIL – Analista Judiciário do Superior Tribunal de Justiça 
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e) o analfabeto pode fazer testamento de forma pública. 
45) (Magistratura do Estado do Paraná – 2007) Em 10 de janeiro de 
1976, Antônio e Bruna se casaram pelo regime da comunhão universal de 
bens. Do casamento resultou o nascimento de dois filhos: César e Daniela. 
César se casou com Eliana em 05 de maio de 2001, pelo regime da separação 
parcial de bens, sendo que do casamento resultou o nascimento de dois filhos, 
Fábio e Gabriela. César morreu no dia 1o de abril de 2006, sem deixar bens a 
inventariar. Antônio faleceu hoje, 17 de junho de 2007, deixando um único 
bem a inventariar: uma casa, que herdou de seus pais e que vale R$ 
240.000,00. Diante dos fatos narrados, assinale a alternativa CORRETA: 
a) eventual renúncia de Daniela à herança deixada por seu pai aproveitará 
aos filhos de César, mas não beneficiará Bruna. 
b) Eliana herdará, por direito de representação, um terço do quinhão que 
caberia a César na sucessão de Antônio. 
c) Bruna herdará, por direito próprio, um terço do patrimônio deixado por 
Antônio, sem prejuízo de sua meação. 
d) Bruna herdará, por direito próprio, a quarta parte do patrimônio deixado 
por Antônio, sem prejuízo de sua meação. 
46) (OAB/SP 2007) Sobre o Direito das Sucessões, assinale a 
alternativa ERRADA. 
a) viúva, que fora casada em separação convencional com o de cujus, tem 
direito de concorrer com os filhos exclusivos do falecido na sucessão deste. 
b) o pai pode deixar toda a parte disponível de sua herança para um de seus 
dois filhos. 
c) para excluir da sucessão o irmão, basta que o testador disponha de seu 
patrimônio sem o contemplar. 
d) aplica-se o direito de representação à linha ascendente. 
47) (OAB/SP 2007) Sobre a possibilidade de realização de inventário, 
partilha, separação consensual e divórcio consensual, por via 
administrativa assinale a alternativa ERRADA. 
a) havendo testamento, não se pode utilizar a via administrativa para o 
inventário. 
b) a via administrativa é uma opção e não uma imposição às partes. 
c) a fixação amigável de alimentos entre cônjuges exige a via judicial. 
d) o divórcio consensual, não havendo filhos menores ou incapazes do casal, 
poderá ser realizado por escritura pública. 
48) (OAB/SP – 2009) O testador tem ampla liberdade de testar, desde que 
preserve a legítima dos herdeiros necessários. Além de ser permitida a 
instituição de herdeiro e legatário em primeiro grau, a norma jurídica autoriza-
lhe indicar substituto (sucessor de segundo grau) para recolher os bens da 
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herança, na falta de herdeiro ou legatário nomeado, em virtude de falecimento 
antes da abertura da sucessão, de renúncia, ou de exclusão, ou após o 
herdeiro ou legatário indicado em primeiro lugar, que, nesse caso, passará os 
bens transmitidos pelo de cujus, depois de certo tempo, a um substituto (Maria 
Helena Diniz. Curso de Direito Civil brasileiro. Direito das Sucessões, Vol. VI, 21.ª ed. Saraiva, 
2007 – com adaptações). Considerando as ideias do texto acima e os 
dispositivos do Código Civil relativos ao direito das sucessões, assinale 
a opção CORRETA. 
a) é permitida a substituição hereditária de mais de um grau. 
b) a substituição vulgar consiste na indicação da pessoa que deve ocupar o 
lugar do herdeiro, ou legatário, que não quer ou não pode aceitar a 
liberalidade. 
c) substituição recíproca consiste na instituição de herdeiro ou legatário com 
a obrigação de, por sua morte, a certo tempo ou sob condição 
preestabelecida, transmitir a uma outra pessoa a herança. 
d) no usufruto testamentário, o testador poderá contemplar pessoas incertas 
ou ainda sem existência. 
49) (CESPE - OAB/SP – 2008) Assinale a opção CORRETA a respeito 
das sucessões: 
a) codicilo é ato jurídico unilateral de última vontade, escrito, pelo qual o 
autor da herança pode dispor sobre o seu enterro. 
b) o legatário sucede o autor da herança a título universal. 
c) considerada a ordem de vocação hereditária, os irmãos do falecido são 
herdeiros necessários. 
d) a pessoa jurídica detém capacidade testamentária ativa. 
50) (CESPE/UnB – 2008) Em relação à sucessão legítima e 
testamentária, assinale a opção CORRETA. 
a) a renúncia a herança é um ato irrevogável, por isso, se todos os 
herdeiros, de qualquer classe, renunciarem à herança, esta será, desde logo, 
declarada vacante. 
b) o herdeiro necessário é deserdado por seu ascendente quando o testador 
deixa de contemplá-lo em seu testamento. 
c) no inventário e partilha, a omissão involuntária dos bens da herança pelo 
inventariante configura sonegação de bens e o sujeita a apresentar os bens 
que omitiu, e a pagar perdas e danos aos demais herdeiros. 
d) ocorre a sucessão por cabeça, ou substituição hereditária, quando outra 
pessoa é chamada a suceder em lugar do herdeiro, em virtude de pré-
morte, deserdação ou indignidade. 
51) (Magistratura de São Paulo/2009 – Concurso 182) Quanto ao direito 
sucessório brasileiro, a família matrimonial e a família fundada na união 
estável diferem: 
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a) apenas em relação à participação do sobrevivente na legítima e à 
influência do momento de aquisição do bem herdado pelo sobrevivente. 
b) apenas em relação à situação do sobrevivente na ordem de vocação 
hereditária, à influência do momento de aquisição do bem herdado pelo 
sobrevivente e à concorrência com os demais herdeiros. 
c) apenas em relação à influência do momento de aquisição do bem herdado 
pelo sobrevivente e à concorrência com os demais herdeiros. 
d) em relação à participação do sobrevivente na legítima, à influência do 
momento de aquisição do bem herdado pelo sobrevivente, à situação do 
sobrevivente na ordem de vocação e à concorrência com os demais 
herdeiros. 
52) (UnB/CESPE – Juiz de Direito Substituto/PI – 2007) Quanto ao 
direito das sucessões, assinale a opção CORRETA. 
a) O pacto sucessório é expressamente vedado pelo ordenamento jurídico 
brasileiro, pois é nulo de pleno direito o contrato que tenha por objeto os 
bens do espólio. Ademais, a herança é direito indivisível, e os bens que a 
constituem são uma universalidade, por isso, os herdeiros não poderão 
validamente fazer qualquer convenção quanto aos bens da herança 
enquanto não for ultimado o inventário. 
b) Considera-se aberta a sucessão no lugar do falecimento do autor da 
herança ou, quando este é desconhecido, no lugar onde se encontrar a 
maior parte dos bens a serem inventariados. 
c) Havendo herdeiros legítimos, o autor da herança poderá dispor por 
testamento de um terço de seu patrimônio, a chamada parte disponível, pois 
a outra parte, a legítima, será necessariamente entregue a esses herdeiros. 
d) O credor que se sentir prejudicado pela renúncia do herdeiro poderá, 
mediante autorização do Juiz, aceitar a herança em nome do renunciante. 
Quitadas as dívidas do renunciante e se houver saldo, prevalece a renúncia 
quanto ao remanescente, que será devolvido aos demais herdeiros. 
e) Considere que o autor de uma herança seja casado pelo regime da 
separação de bens e não tenha deixado descendentes, deixando o cônjuge 
sobrevivente, e como ascendentes, os pais e a avó materna. Nessa hipótese, 
serão chamados a suceder os ascendentes, por direito próprio, e a herança 
será divida em três partes iguais. 
53) (UnB/CESPE - Juiz de Direito Substituto/AC – 2008) Quanto ao 
direito das sucessões, assinale a opção CORRETA. 
a) Na sucessão legítimae na testamentária, ocorre o direito de acrescer, 
quando a herança for renunciada e, por conseguinte, forem chamados 
automaticamente à vocação hereditária os herdeiros do renunciante. 
b) Dá-se a sucessão por direito de representação quando certas pessoas são 
chamadas a suceder parente mais próximo do autor da herança, desde que 
esse parente esteja na condição de pré-morto, ausente ou incapaz de 
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suceder. A representação é restrita à sucessão legítima e ocorre na linha 
descendente. 
c) Se uma pessoa em estado de viuvez falecer sem ter elaborado 
testamento conhecido e deixar dois filhos, sendo um pré-morto, e três 
netos, esses descendentes herdam por direito próprio e cada um deles 
recebe quota igual da herança. 
d) A sucessão testamentária decorre de expressa manifestação de última 
vontade, por meio de testamento, no qual o autor da herança tem total 
liberdade de dispor de seus bens e alterar a ordem da vocação hereditária. 
Ainda que contenha cláusula proibindo a sua revogação, quando a 
manifestação de vontade for de natureza exclusivamente patrimonial, o 
testamento público pode ser feito por intermédio de procurador com poderes 
especiais. 
GABARITO COMENTADO – OUTRAS BANCAS EXAMINADORAS 
01) Alternativa correta: letra “e”. A abertura da sucessão da pessoa 
natural se dá no momento da constatação da morte comprovada do de cujus 
(sucedido). Os herdeiros sucedem o morto no momento de sua morte. 
Transmite-se de forma automática e imediata o domínio e a posse da herança, 
mesmo que eles não tenham ciência do fato (Princípio da Saisine). 
02) Alternativa correta: letra “e”. Cessão de herança (art. 1.793 e 
parágrafos, CC) é a transferência que o herdeiro (legítimo ou testamentário) 
faz a outrem do quinhão hereditário (no todo ou em parte dele) que lhe 
compete, após a abertura da sucessão. Como a sucessão somente se abre 
após a morte do autor da herança, conclui-se que não pode haver cessão de 
herança de pessoa estiver viva. Até porque o art. 426, CC proíbe que a 
herança de pessoa viva seja objeto de contrato. Falecendo o autor da herança, 
esta se transmite de imediato aos herdeiros, permanecendo em estado de 
indivisão até a partilha final. Durante este período (entre a abertura da 
sucessão e a partilha final) um herdeiro pode ceder seus direitos hereditários a 
terceiros. 
03) Alternativa correta: letra “d”. A herança também é chamada de 
espólio ou monte. Ela constitui uma universalidade de bens sem 
personalidade jurídica, um patrimônio único, um conjunto de direitos (ativo) e 
deveres (as dívidas, o passivo), representado pelo inventariante, até a 
homologação da partilha. É uma universalidade de direito (vejam os arts 1.791 
e 91, CC). Para os efeitos legais a sucessão aberta é tida como imóvel (art. 
80, II, CC). Há alguns direitos que não se transmitem por herança (ex: direitos 
personalíssimos, usufruto, etc.). No tocante às dívidas, os herdeiros só 
respondem até os limites da herança. É indivisível até à partilha, tratando-se 
de um condomínio forçado. Cada coerdeiro possui uma parte ideal da 
herança. O coerdeiro não pode vender ou hipotecar parte determinada de 
coisa comum ao espólio, mas pode ceder os direitos hereditários 
concernentes à sua parte ideal. No entanto os demais coerdeiros possuem 
direito de preferência. 
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04) Alternativa correta: letra “d”. Como vimos em aula e na questão 
anterior, mesmo havendo apenas bens móveis na herança, ela continua sendo 
considerada como bem imóvel por determinação legal (ainda que os bens 
individualizados sejam, de fato, móveis). Os bens são inalienáveis e indivisíveis 
(art. 1.791 e parágrafo único, CC) até a partilha. No entanto é possível a 
cessão de direitos em relação a estes bens. A cessão só poderá ser feita por 
escritura pública, conforme determinação dos artigos 1.793 e 166, IV, CC. 
05) Alternativa correta: letra “c”. O art. 1.793, §3°, CC, declara como 
ineficaz (nula) a disposição de bem componente do acervo da herança 
enquanto pendente a indivisibilidade (antes da partilha), se esta for realizada 
sem a devida autorização judicial. Como vimos a herança é considerada como 
um bem imóvel (art. 80, II, CC), independentemente dos bens nela contidos. 
Portanto a letra “a” está errada. A herança é inalienável, podendo haver 
cessão, sendo que esta pode ser feita antes da partilha (art. 1.793, CC – letras 
“b” e “d” erradas). 
06) Alternativa correta: letra “a”. A cessão onerosa de quota da herança 
só pode ser feita a pessoa estranha depois de oferecida aos coerdeiros, para 
que exerçam o direito de preferência, tanto por tanto, conforme determinação 
do art. 1794, CC. Como vimos, é proibida a herança de pessoa viva, também 
chamada de pacta corvina (art. 426, CC), em qualquer hipótese (letra “b” está 
errada). Uma pessoa pode deixar parte de sua herança para uma determinada 
pessoa (sucessão testamentária) e o resto ser partilhado como sucessão 
legítima; assim pode coexistir, na mesma sucessão, suas duas modalidades de 
sucessão: legítima e testamentária (letra “c” está errada). O companheiro não 
é considerado como herdeiro necessário. A relação dos herdeiros necessários 
está no artigo 1.845, CC (letra “d” está errada). 
07) Alternativa correta: letra “b”. Legitimidade sucessória é a aptidão de 
uma pessoa para receber a herança do “de cujus”. Observem que todas as 
pessoas mencionadas nas alternativas podem receber herança, de uma forma 
geral. Mas notem que no cabeçalho da questão o examinador menciona em 
sucessão legítima. Neste caso, por força do art. 1.798, CC, só estão 
legitimadas a receber herança as pessoas nascidas e as já concebidas (já têm 
seu direito patrimonial em estado potencial, faltando-lhes ainda personalidade 
jurídica material). A pessoa ainda não concebida (prole eventual – letra “a”) e 
a pessoa jurídica podem herdar, mas apenas se houver previsão 
testamentária, com base no art. 1.799, inciso I, CC (sucessão testamentária). 
Observem que a letra “c” não estaria errada (está incompleta), não fosse a 
expressão “apenas”. 
08) Alternativa incorreta: letra “d”. As pessoas jurídicas podem suceder 
causa mortis, desde que a sucessão seja testamentária (art. 1.799, inciso II, 
CC). A letra “a” está certa nos termos do art. 1.785, CC. A letra “b” está 
correta nos termos do art. 1.790, CC. A letra ”c” está correta nos termos do 
art. 1.798, CC. 
09) Alternativa correta: letra “d”. A aceitação da herança é um ato 
jurídico unilateral, expresso ou tácito, pelo qual o herdeiro manifesta sua 
vontade de receber a herança. A aceitação tácita decorre da prática de atos 
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próprios de herdeiro. Não se considera como aceitação tácita os atos oficiosos 
(ex: funeral do de cujus), os atos meramente conservatórios dos bens, 
administração e guarda provisória. Também não importa aceitação a cessão 
gratuita (pura e simples) da herança aos demais coerdeiros (isto é, a renúncia 
abdicativa), conforme previsão contida no art. 1.805, CC. 
10) Alternativa correta: letra “e”. Isto porque o art. 1.808, CC prevê que 
não se pode aceitar ou renunciar a herança em parte, sob condição ou a 
termo. Por este mesmo fundamento a letra “a” está errada (não pode haver 
renúncia parcial). A letra “b” está errada, pois o art. 1.806, CC determina que 
a renúncia da herança deve constar expressamente de instrumento público ou 
termo judicial. Assim, a contrário senso, a renúncia da herança não se podedar por instrumento particular. A letra “c” está errada, pois o art. 1.805, CC 
permite a aceitação tácita, quando resultar de atos próprios de herdeiro (ex: 
cobrança de dívida do espólio, transporte de bens de herança para o seu 
domicílio, etc.). Finamente a letra “d” está errada, pois a transmissão dos bens 
se dá assim que é aberta a sucessão (ou seja, com a morte do de cujus – art. 
1.784, CC). Trata-se da aplicação do Princípio da Saisine. 
11) Alternativa correta: letra “c”. Em algumas hipóteses, ligadas 
diretamente a normas de direito público, nosso direito não aceita que se 
coloquem condições. Estes atos geralmente estão presentes no Direito de 
Família e das Sucessões e são chamados de atos puros. Exemplos: condição de 
não se casar, condição para se reconhecer filhos, de emancipação, de exílio ou 
morada perpétua em determinado lugar, mudança de religião (atenta contra a 
liberdade de consciência assegurada pela Constituição), proibição de exercer 
determinada profissão. Entre estes atos estão também a aceitação ou a 
renúncia da herança. Estes atos devem ser puros e simples, sem condições. 
Neste sentido é o art. 1.808, CC: não se pode aceitar ou renunciar a herança 
em parte, sob condição ou a termo. 
12) Alternativa correta: letra “c”. O art. 1.845, CC, determina que são 
herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge do 
autor da herança. Esses herdeiros têm direito à metade dos bens da herança 
(legítima), só podendo ser afastado da sucessão por indignidade ou por 
deserdação. A letra “a” está errada, pois considera o cônjuge como herdeiro 
facultativo. A letra “b” está errada, pois os colaterais não são herdeiros 
necessários; alem disso a expressão “nunca” também torna a alternativa 
incorreta. Na letra “d” a expressão “somente” é que torna a questão errada. 
13) Alternativa correta: letra “b”. Apenas um cuidado, pois a questão 
deseja que se assinale a hipótese em que a pessoa não é herdeira necessária. 
São herdeiros necessários (art. 1.845, CC): descendentes (inclui-se o filho 
adotivo, pois a lei proíbe qualquer discriminação quanto a origem da filiação), 
descendentes (pais, avós, etc.) e cônjuge. Logo, por exclusão, os irmãos 
(colaterais em segundo grau) não são herdeiros necessários. 
14) Alternativa correta: letra “d”. O companheiro sobrevivente, nos 
termos do art. 1.790, CC, só tem direito à sucessão dos bens adquiridos de 
forma onerosa na constância da união estável, pelo outro companheiro. Como 
no problema os bens foram adquiridos de forma gratuita (herança), a 
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companheira de Antônio (Beatriz) nada terá direito. Maria também nada 
receberá, pois já era divorciada de Antônio quando o mesmo herdou. Portanto 
somente os filhos de Antônio herdarão. Se os bens fossem adquiridos 
onerosamente na constância da união estável, aí sim Beatriz teria direito à 
meação e ainda receberia, como herança, metade do que coubesse a cada um 
dos filhos de Antônio. Nesta hipótese a alternativa “c” estaria correta. 
15) Alternativa incorreta: letra “a”. A sucessão do companheiro está 
prevista no art. 1.790, CC, abrangendo apenas os bens adquiridos 
onerosamente na constância da união estável. O inciso I, do citado artigo, 
garante à companheira uma quota equivalente à que por lei for atribuída aos 
filhos comuns do casal. Ela receberia metade do que coubesse aos demais 
filhos, se estes fossem descendentes apenas do autor da herança. A 
alternativa fala em filhos comuns, por isso está errada. Como vimos em 
questões anteriores pode haver a cessão de direitos hereditários, respeitando-
se o direito de preferência (letra “b” correta). Um testamento, seja ele qual 
for, pode ser revogado por outro, também seja ele qual for, não havendo uma 
hierarquia entre os testamentos (letra “c” correta). Registrado um testamento, 
o prazo para impugná-lo é de cinco anos (letra “d” correta – art. 1.859, CC). 
16) Alternativa correta: letra “b”. Vamos recordar. Um companheiro 
participará na sucessão do outro quanto aos bens adquiridos onerosamente, na 
constância da união estável (art. 1.790, CC): a) se concorrer com filhos 
comuns terá direito a mesma quota destes; b) se concorrer com descendentes 
só do autor da herança (o de cujus), terá direito à metade do que couber a 
cada filho; c) se concorrer com outros parentes sucessíveis (ascendentes ou 
colaterais) terá direito a um terço da herança; não havendo parentes 
sucessíveis, terá direito à totalidade da herança. No caso o companheiro está 
concorrendo com colateral – que pode ser de 2º grau (irmãos), 3º grau (tios e 
sobrinhos) ou 4º grau (primos e tios-avô). Portanto, na questão proposta, o 
companheiro terá direito a 1/3 da herança, dos bens adquiridos onerosamente 
na vigência da união estável. 
17) Alternativa correta: letra “c”. A questão poderia ser mais clara. Isto 
porque o art. 1.790, CC trata de forma diferente duas situações: a) se os filhos 
forem comuns o companheiro terá uma quota igual a deles (inciso I); b) se os 
filhos forem só do autor da herança caberá ao companheiro metade do que 
couber a cada um dos filhos (inciso II). Como a questão coloca a frase “só da 
herança do que couber a cada um deles” e não há alternativa se referindo à 
quota igual (apenas frações), por exclusão, ficamos com a hipótese “um meio”. 
Reforçamos: esta questão se refere a um concurso muito importante e por isso 
deveria ser bem mais elaborada para evitar erros de interpretação. Mas não 
foi... Nem por isso foi anulada. Portanto devemos ter muito cuidado... 
18) Alternativa correta: letra “d”. Nos termos do disposto no art. 1.851, 
CC a herança pode ser deferida por direito próprio (ou seja, ao herdeiro mais 
próximo) ou por representação (quando se é chamado pela lei, a receber no 
lugar de um herdeiro pré-morto, que era mais próximo do de cujus). Quem 
herda por representação, herda por estirpe, recebendo o que receberia o 
representado, se vivo fosse. Lembrem-se que somente haverá o direito de 
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representação na sucessão legítima (e não na testamentária). Vejam os 
comentários da próxima questão, que completam a presente questão. 
19) Alternativa correta: letra “d”. Dá-se o direito de representação 
quando a lei chama certos parentes do falecido a suceder em todos os direitos, 
em que ele sucederia, se vivesse (art. 1.851, CC). A representação só é 
admitida na linha reta descendente (art. 1.852, CC) e na linha transversal 
(também chamada de colateral), em favor dos filhos de irmãos do falecido 
(sobrinhos), quando com irmãos deste concorrerem (art. 1.853, CC). Não há 
direito de representação na linha ascendente. Como vimos, o companheiro 
somente terá direito à totalidade dos bens na sucessão no caso de não haver 
descendentes, ascendentes e colaterais (letra “a” está errada). Quando há a 
renúncia, o quinhão correspondente à parte do renunciante acrescenta aos 
demais herdeiros do de cujus (herdeiros da mesma classe – direito de 
acrescer) e não aos sucessores do renunciante. Os descendentes do 
renunciante, neste caso, não herdam por representação (letra “b” errada). 
Lembrando que a renúncia é um ato irretratável e irrevogável. Os colaterais 
herdam no caso de não haver descendentes, ascendentes e cônjuge do de 
cujus. Repartem a herança com o companheiro do falecido. Não havendo 
companheiro herdam na totalidade (letra “c” errada). 
20) Alternativa correta: letra “e”. Estão corretas as afirmações I, II e IV. 
A questão, muito bem elaborada, trata sobre a representação. A afirmação I 
está correta, pois na linha ascendente não há representação (art. 1.852, CC). 
Se o

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