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PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá pessoal, Esta é a nossa 10ª aula, e hoje vamos estudar dois pontos importantes de nosso edital, sendo: AULA 10: 2 Controle da administração pública. 2.1 Controles administrativo, legislativo e judiciário. 6.1 Responsabilidade civil da administração: evolução doutrinária e reparação do dano. Então, vamos ao que interessa. QUESTÕES COMENTADAS 1. (JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO – TRF 5ª REGIÃO – CESPE/2007) Os órgãos de controle interno da administração pública têm, praticamente, as mesmas competências deferidas constitucionalmente aos tribunais de contas, no que se refere ao objeto do controle das matérias sindicadas, sendo diversas somente a forma de exteriorização e as conseqüências do exercício desse controle. Comentário: Deixe-me fazer uma breve introdução, para lembramos um pouco da teoria. Com efeito, o exercício da atividade administrativa é orientado a cumprir e satisfazer o interesse coletivo. Significa dizer que a própria Administração Pública e os agentes públicos a realizam não como detentores de um direito, mas como gestores de interesses alheios. Assim, aquele que gere interesse de outrem deve prestar contas de suas atividades, sofre permanente fiscalização sobre o que faz e como faz. Dentro dessa perspectiva, a Constituição estabelece PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 2 que os Poderes sejam independentes e harmônicos entre si, de modo que se verifica a aplicação da teoria dos freios e contrapesos (check and balance). Isto é, um poder está limitado pelo outro, no sentido de que há fiscalização recíproca, além do próprio direito de fiscalizar conferido ao titular do poder, o povo. Nesse sentido, no âmbito da Administração Pública, há o denominado controle da Administração que consiste no poder de fiscalização e correção que é exercido sobre suas atividades, quer seja feita pela própria Administração, quer pelos órgãos dos Poderes Judiciário e Legislativo, com o objetivo de garantir a conformidade de sua atuação com os princípios e regras que a orientam, bem como buscar a primazia da prestação. Com efeito, conforme leciona José dos Santos Carvalho Filho1, controle da Administração Pública é “o conjunto de mecanismos jurídicos e administrativos por meio dos quais se exerce o poder de fiscalização e de revisão da atividade administrativa em qualquer das esferas de Poder”. É importante destacar que o Decreto-Lei nº 200/67 estabelece que dentre os princípios fundamentais que devem ser observados no exercício da função administrativa está o controle, consoante dispõe o art. 6º, que assim expressa: Art. 6º As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes princípios fundamentais: I - Planejamento. II - Coordenação. III - Descentralização. IV - Delegação de Competência. V - Controle. Trata-se, é verdade, de orientação conferida por força da implantação do que se denomina Administração burocrática, cujo 1 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 20ª Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009. PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 3 cerne passa pela necessidade de controle de todas as atividades desempenhadas pela Administração Pública, em diversas fases, a fim de evitar atos de corrupção, de confusão patrimonial. Mas, mais importante do que o mero controle, no sentido de não se permitir desviar dos objetivos traçados pelo ordenamento, é a busca incansável da melhoria das atividades, de modo à melhor satisfazer e realizar o interesse público. Desse modo, o controle a um só tempo permite o cumprimento do princípio da legalidade, na medida em que se permite verificar a adequação e legitimidade dos atos em relação aos vetores legais, quanto a aferir a satisfação dos objetivos e metas traçados pelo Estado em relação às políticas públicas, como também a concretização do Estado democrático e social de Direito, o qual tem por fim a busca da felicidade humana. Assim, é fácil percebemos que há diversas formas de controle, que nos leva a classificá-lo por diversos aspectos, seja tomando por consideração o órgão que o exerce, seja no tocante à natureza e alcance do controle, bem como por outros critérios, dos quais é importante destacar os seguintes: Quanto à natureza do órgão que realiza o controle, temos o controle legislativo, o judiciário e o administrativo. O controle legislativo é o empreendido por órgão que integram o Poder Legislativo, tal como o realizado pelo Congresso Nacional, por suas casas, ou mesmo pelo Tribunal de Contas no que diz respeito à atividade administrativa. O controle judiciário é a fiscalização levada a efeito por órgãos integrantes do Poder Judiciário sobre os atos da Administração Pública. Trata-se de verificação de legalidade dos atos praticados pela Administração Pública. E o controle administrativo é o poder que tem a PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 4 própria Administração de rever seus atos que, de acordo com o princípio da autotutela, lhe assegura o poder de anular os atos ilegais e revogar os que não mais forem adequados ao interesse público. Quanto ao momento de realização, o controle será prévio (preventivo), concomitante ou posterior. É prévio o controle realizado de modo preventivo, ou seja, antes do ato ser praticado, tal como a aprovação de determinados atos do Executivo pelo Legislativo (ex: nomeação de Ministro para Tribunal Superior). É concomitante quando acompanha a atuação administrativa no momento em que ela se verifica (exemplo: acompanhamento da execução orçamentária). E, é posterior quando objetiva rever os atos já praticados, para corrigi-los, desfazê-los ou apenas confirmá-los (anulação, revogação, confirmação etc). Quanto à extensão do controle, temos o controle interno e o externo. É interno o controle realizado por órgão integrante da própria Administração Pública. É externo quando realizado por órgão que não integra a estrutura da própria Administração, ou seja, quando é exercido por órgão de outro poder. Fala-se, ademais, em controle interno exterior a fim de indicar o controle realizado por órgão da Administração direta sobre entidades ou órgãos da Administração indireta. Quanto à natureza do controle, teremos o controle de legalidade e o controle de mérito. É de legalidade quando se destina a verificar a adequação, a validade, do ato no tocante ao cumprimento, à observância, aos ditames legais. É de mérito quando diz respeito aos aspectos de adequação ao interesse público, ou seja, aos aspectos de conveniência e oportunidade. PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 5 Fala-se, ainda, em controle de subordinação e controle de vinculação. O controle de subordinação é o que decorre da relação de hierarquia existente na estrutura de um ente ou entidade da Administração (exemplo recurso hierárquico), ou seja, no âmbito de seus órgãos. Já o controle de vinculação decorre da relação existente entre a Administraçãodireta e a indireta, que não há subordinação, mas uma ligação, vínculo, liame de finalidade (exemplo: recurso hierárquico impróprio). Então, o controle administrativo, como destacado, é controle que a própria Administração realiza sobre ela mesma. Decorre da prerrogativa de autotutela dos entes públicos, que permite à administração declarar a nulidade de seus próprios atos quando ilegais, ou revogá-los quando inoportunos ou inconvenientes ao interesse público. Essa prerrogativa não estava expressa no ordenamento jurídico, tendo sido reconhecida na jurisprudência por meio das Súmulas 346 e 473 do STF, as quais prescrevem: Súmula nº 346: A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos. Súmula nº 473: A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. Nesse sentido, a Lei nº 9.784/99, em seu artigo 53, expressamente, estabelece que a “Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá- PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 6 los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos”. No âmbito do controle administrativo, há ainda o controle sobre as entidades da Administração Indireta, denominado, por alguns autores, de controle interno exterior. Diz-se controle finalístico, supervisão ministerial ou controle de vinculação ou tutela, na medida em que não há subordinação entre pessoas jurídicas distintas, ou seja, não há subordinação entre as pessoas jurídicas integrantes da Administração Indireta (entidades) e os órgãos integrantes das pessoas jurídicas integrantes da Administração Direta (entes políticos). Portanto, trata-se de controle que deve ser efetivado apenas nos limites especificados em lei, ou seja, somente se admitindo diante de previsão expressa, sob pena de violação à autonomia administrativa. Nesse sentido, devemos observar que há diversos instrumentos do controle administrativo, dentre eles, temos, por exemplo, os recursos administrativos que podem ser considerados manifestações do poder de autotutela, e em especial, no que diz respeito ao administrado, do direito de petição (art. 5º, inc. XXXIV, CF/88) e da ampla defesa (art. 5º, LIV, CF/88). Os recursos administrativos em regra possuem efeito devolutivo, porém podem ter efeito suspensivo, quando a lei o prevê expressamente. O efeito suspensivo impede a fluência do prazo prescricional e torna desnecessária a tutela jurisdicional para impugnação do ato recorrido. Contudo, ninguém está obrigado a esgotar a instância administrativa através de recurso, consoante o princípio inafastabilidade ou inevitabilidade de jurisdição (art. 5º, XXXV, CF/88), segundo o qual a lei não poderá excluir da apreciação judicial ameaça ou lesão a direito, salvo no caso da justiça desportiva em que PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 7 se estabelece a necessidade de esgotamento da instância administrativa, para só então ser possível o acesso ao Judiciário. É importante destacar, nesse aspecto, que algumas leis traziam como requisito para a interposição de recurso administrativo a exigência de depósito prévio ou garantia de instância, ou seja, o recurso deveria depositar certo percentual ou valor estipulado a fim de que pudesse recorrer, sem tal depósito o recurso não era admitido por ser considerado deserto (falta de pagamento do depósito recursal). A Lei nº 9.784/99, no âmbito federal, estabeleceu que “salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo independe de caução”. Todavia, o Supremo Tribunal Federal editou a Súmula Vinculante nº 21, a qual dispõe que “é inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo”. Assim, por força do direito de petição, diversos instrumentos exemplificam a atividade de controle administrativo, tais como: Recurso hierárquico próprio meio de se impugnar decisões proferidas tanto no que se refere à legalidade quanto o mérito. É dirigido à autoridade imediatamente superior àquela que proferiu a decisão. Nesse sentido, devemos nos ater ao fato de que a Lei nº 9.784/99 (que regula o processo administrativo no âmbito federal) estabeleceu o limite de até três instâncias, salvo previsão legal específica e determinou que o recurso fosse interposto perante a própria autoridade recorrida, a qual poderá reconsiderar a decisão ou remeter o recurso para a autoridade superior competente. Recurso hierárquico impróprio, também é meio de impugnação de decisão anterior. Ocorre, no entanto, que não há um alcance amplo, trata-se de um recurso mais limitado. É que não PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 8 decorre de uma subordinação entre as entidades da Administração indireta em relação aos entes da Administração direta. É dirigido à autoridade de outro órgão não integrado na mesma hierarquia daquele que proferiu o ato ou para autoridade de órgão de pessoa distinta da autoridade recorrida. (ex., recurso contra ato de dirigente de Autarquia dirigido ao Chefe do Executivo ou ao Ministro). Por isso, denominado impróprio, já que não existe hierarquia ou subordinação no caso. Pedido de reconsideração é manifestação dirigida à autoridade que tenha proferido decisão no sentido de que a modifique conforme novos argumentos ou fatos que se expõe. Reclamação é manifestação genérica que por vezes é entendida com simples manifestação do direito de petição ou que é meio de se manifestar contra ato da Administração. Para a Profa. Di Pietro constitui gênero de manifestação do direito de petição, abrangendo qualquer ato pelo qual o administrado deduz pretensão perante a administração, visando obter o reconhecimento de um direito ou a correção de um ato que lhe cause lesão ou ameaça de lesão. O Decreto nº 20.910/32 refere-se à manifestação para assegurar o exercício de um direito e evitar a prescrição, fixando que é cabível no prazo de 1(um) ano quando a lei não prever recurso nenhum específico ou recurso sem prazo. Representação também é uma manifestação genérica no sentido de defender ou resguardar interesse geral. Diz respeito à denúncia de irregularidades feita perante a própria Administração. A Constituição faz alusão à representação, dando-lhe um caráter de instrumento de defesa do interesse coletivo, contra ilegalidades ou abusos, conforme previsto no inciso III, do §3º do artigo 37, quando trata das formas de participação do usuário na PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 9 Administração Pública2. Por vezes, o termo é tomado no sentido de denúncia, que é corolário do direito de representação, tal como estabelece o artigo 74, §2º, Constituição que permite a qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União3. Revisão é uma espécie de novo processo no qual se busca o reexame de decisão proferida anteriormente,com base na existência de fatos novos ou circunstâncias que tornem insubsistentes as razões da decisão anterior. Ressalta-se, portanto, que o controle administrativo é controle realizado por órgãos da própria Administração Pública. Assim, é controle administrativo o controle realizado no âmbito interno dos entes ou das entidades, por meio de seus diversos órgãos, observando à hierarquia ou subordinação administrativa, controle de autotutela. Como também é controle administrativo o controle realizado sob a perspectiva da vinculação, seja dentro da mesma estrutura organizacional, quando não há hierarquia entre órgãos distintos (controle realizado pela corregedoria geral em relação aos outros Ministérios), bem como o controle de resultado, finalístico, ou seja, controle de tutela realizado pelo órgão supervisor em relação à entidade da Administração Indireta. Por isso, verifica-se que a Constituição Federal estabelece as premissas do sistema de Controle Interno que basicamente terá competências assemelhadas àquelas exercidas pelo Tribunal de Contas na medida em que vai atuar em seu auxílio, conforme se depreende do art. 74 que assim dispõe: 2 III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública. 3 § 2º - Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União. PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 10 Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União; IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. § 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária. Portanto, é possível dizer que o controle interno possui competências bem similares àquelas conferidas ao controle externo realizado pelo TCU no tocante ao objeto do controle das matérias sindicadas. Todavia, sendo diversas somente a forma de exteriorização e as consequências do exercício desse controle (aplicação de multas com força de título executivo extrajudicial, por exemplo). Gabarito: Certo. 2. (PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO – MPE/AM – CESPE/2007) O controle que os chefes exercem sobre os seus subordinados, na estrutura de um órgão público, é uma modalidade de controle externo. Comentário: PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 11 O controle que um superior exerce sobre um subordinado decorre do poder hierárquico, ou seja, da estrutura de subordinação existente dentro da Administração Pública, no âmbito de seus órgãos, uma relação de hierarquia funcional. Portanto, trata- se de controle de autotutela, ou seja, controle interno. Nesse aspecto, vale transcrever a lição do Prof. Vicente Paulo no sentido de que o controle que as chefias exercem sobre os atos de seus subordinados dentro de um órgão público é classificado como controle interno. Gabarito: Errado. 3. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRAÇÃO – STM – CESPE/2011) O termo controle interno exterior pode ser utilizada para designar o controle efetuado pela administração sobre as entidades da administração indireta. Comentário: Parte da doutrina (Celso Antônio Bandeira de Mello) tem utilizado a expressão controle interno exterior para explicar o controle administrativo realizado por órgão da Administração direta sobre entidade da Administração indireta. Gabarito: Certo. 4. (SECRETÁRIO EXECUTI8VO – FUB – CESPE/2011) O controle interno da administração pública é realizado pelo Poder Judiciário, com o apoio do Poder Legislativo; o controle externo está a cargo da Controladoria Geral da República. Comentário: O Poder Judiciário e o Poder Legislativo em relação aos órgãos e entidades administrativas realizam controle externo. E não PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 12 há esse apoio, é o Tribunal de Contas quem apoio o controle legislativo a cargo do Congresso. De outro lado, no âmbito federal, a CGU realiza controle interno (interno exterior, conforme o Prof. Bandeira de Mello). Gabarito: Errado. 5. (PROCURADOR – BACEN – CESPE/2009) A CGU é órgão de controle externo. Comentário: A Controladoria Geral da União (CGU) é o órgão do Governo Federal responsável, no âmbito do Poder Executivo, a auxiliar o Presidente em temas relativos à defesa do patrimônio público e ao incremento da transparência da gestão, por meio das atividades de controle interno, auditoria pública, correição, prevenção e combate à corrupção e ouvidoria. Este órgão também deve exercer, como órgão central, a supervisão técnica dos órgãos que compõem o Sistema de Controle Interno e o Sistema de Correição e das unidades de ouvidoria do Poder Executivo Federal, prestando a orientação normativa necessária. Vê-se, com isso, que a CGU é órgão integrante do Poder Executivo Federal é tem o papel de fiscalizar os atos do próprio Executivo. Por isso, o controle realizado pela CGU é controle interno (exterior). Gabarito: Errado. 6. (ANALISTA – ADVOCACIA – EBC – CESPE/2011) A Controladoria-Geral da União (CGU) constatou que, em PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 13 determinada sindicância em curso no órgão de origem, bem como em processos administrativos disciplinares findos, a autoridade competente para aplicar as correspondentes sanções administrativas estava envolvida nos fatos em apuração e nos decididos. Nesse caso, a CGU pode avocar a sindicância em curso, até mesmo com a possibilidade de aplicar penalidade cabível, bem como requisitar outras sindicâncias, procedimentos e processos administrativos disciplinares julgados e decididos, há menos de cinco anos, por essa autoridade, a fim de reexaminá-los. Comentário: De fato, no âmbito da organização da Administração Pública Federal foi dada à CGU a prerrogativa de avocar a sindicância em curso, até mesmo com a possibilidade de aplicar penalidade cabível, bem como requisitar outras sindicâncias, procedimentos e processos administrativos disciplinares julgados e decididos, há menos de cinco anos, por essa autoridade, a fim de reexaminá-los. Gabarito: Certo. 7. (PERITO PAPILOSCÓPICO – PC/ES – CESPE/2011) O controle sobre as atividades das fundações públicas é realizado pelo Ministério Público. Comentário: Observe que, de acordo com o art. 66 do Código Civil de 2002 compete ao MinistérioPúblico realizar a veladura (fiscalização) das fundações. Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas. Obviamente que o Código Civil tem por intuito ser aplicável às pessoas jurídicas de direito privado. Portanto, tal PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 14 veladura se aplicaria às fundações públicas de direito privado, em especial, constituídas por particulares. Contudo, por força de decisão do STF, devemos compreender que o Ministério Público poderá realizar a veladura, ou seja, fiscalizar o cumprimento das funções institucionais das fundações públicas, senão vejamos: INFORMATIVO Nº 452 TÍTULO: Lei 10.406/2002, Art. 66, § 1º e Vício Material – 1 PROCESSO: ADI - 2794 ARTIGO O Tribunal julgou procedente pedido formulado em ação direta ajuizada pela Associação Nacional dos Membros do Ministério Público - CONAMP para, sem prejuízo da atribuição do Ministério Público Federal da veladura pelas fundações federais de direito público, funcionem, ou não, no Distrito Federal ou nos eventuais Territórios, declarar a inconstitucionalidade do § 1º do art. 66 da Lei 10.406/2002 (novo Código Civil) —, que prevê que o MPF velará pelas fundações que funcionarem no DF ou em Território. Inicialmente, afastou-se a alegação de ofensa ao art. 128, § 5º, da CF, ao fundamento de que tal assertiva é elidida pelo art. 129 da CF que, depois de enumerar uma série de funções institucionais do Ministério Público, admite, em seu inciso IX, que a elas se acresçam a de exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, vedadas a representação judicial e a consultoria públicas. No ponto, asseverou-se tratar-se de “norma de encerramento” que, ao não exigir explicitamente lei complementar, permite que leis ordinárias aditem novas funções às diretamente outorgadas ao Ministério Público pela CF. Por outro lado, entendeu-se que a norma impugnada discrepa do sistema constitucional de repartição de atribuições de cada corpo do Ministério Público, que corresponde substancialmente à distribuição de competência entre Justiças da União e a dos Estados e do DF, e, no qual, a área reservada ao MPF é coextensiva, mutatis mutandis, aquela da jurisdição da PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 15 Justiça Federal comum e dos órgãos judiciários de superposição — o STF e o STJ. ADI 2794/DF, rel. Min. Sepúlveda Pertence, 14.12.2006. (ADI-2794) Contudo, o CESPE aplicando apenas o disposto no Código Civil, a despeito do entendimento do STF, entendeu que é incorreta a afirmação de que o controle sobre as atividades das fundações públicas é realizado pelo Ministério Público na medida em que este provoca o controle judicial. Gabarito: Errado*. 8. (PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/RR – CESPE/2008) Os recursos administrativos constituem mecanismos de controle interno, por meio do qual a administração é provocada a fiscalizar seus próprios atos, visando ao atendimento do interesse público e a preservação da legalidade. Comentário: É importante destacar que os recursos administrativos constituem oportunidade de exercício do contraditório e da ampla defesa pelo administrado no âmbito administrativo. Nesse sentido, prevê a Lei nº 9.784/99 que os recursos tramitarão por no máximo três instâncias. Trata-se de mecanismo utilizado para levar ao conhecimento de uma autoridade superior uma decisão proferida por um subordinado, a fim de que exerça o poder de revisão sob os aspectos de legalidade e de mérito (autotutela). Ou ainda, diante de previsão legal, de levar ao conhecimento de órgão ao qual uma entidade esteja vinculada, a fim de verificar a observância da finalidade daquela entidade (tutela) Por isso, não há dúvidas de que os recursos administrativos, seja hierárquico próprio ou impróprio, são PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 16 instrumentos destinados à realização do controle interno, por meio do qual a administração é provocada a fiscalizar seus próprios atos, visando ao atendimento do interesse público e a preservação da legalidade. Gabarito: Certo. 9. (ANALISTA JUDICIÁRIO – TJ/ES – CESPE/2011) O recurso administrativo com efeito suspensivo produz, de imediato, duas consequências fundamentais: a primeira, o impedimento do curso do prazo de prescrição; a segunda, a impossibilidade jurídica de impugnação judicial do ato. Comentário: Em regra, o recurso administrativo não possui efeito suspensivo (apenas devolutivo). Nesse caso, o prazo prescricional ou o prazo decadencial continuará a correr e a questão poderá ser discutida também judicialmente. No entanto, excepcionalmente (circunstâncias de fatos que justifiquem) ou por expressa previsão legal, ao recurso poderá ser atribuído o efeito suspensivo. Tal hipótese impede o curso dos prazos (prescricional ou decadencial) e de discutir a causa judicialmente, pois ainda não há lesão ou ameaça de lesão a direito. Esse é o entendimento firmado pelo STF: EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO MANDADO DE SEGURANÇA. INTERPOSIÇÃO DE RECURSO ADMINISTRATIVO COM EFEITO SUSPENSIVO PERANTE O TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. IMPETRAÇÃO SIMULTÂNEA DE MANDADO DE SEGURANÇA. IMPOSSIBILIDADE. 1. O art. 5º, inc. I, da Lei n. 1.533/1951 desautoriza a impetração de mandado de segurança quando o ato coator puder ser impugnado por recurso administrativo provido de efeito suspensivo. 2. Agravo regimental ao qual se nega provimento. (MS 27772 AgR, Relator(a): Min. PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 17 CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em 15/04/2009, DJe-099 DIVULG 28-05-2009 PUBLIC 29-05-2009 EMENT VOL-02362-05 PP-01009) Gabarito: Certo. 10. (ADVOGADO – ECT – CESPE/2011) Os recursos administrativos, meios colocados à disposição do administrado para o reexame do ato pela administração pública, só serão dotados de efeito suspensivo quando a lei expressamente o estabelecer. Comentário: Os recursos administrativos, em regra, não possuem efeito suspensivo. Contudo, poderá ser atribuído tal efeito ao recurso por força de uma circunstância de fato (por exemplo, havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da execução) ou por expressa previsão legal. Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo. Parágrafo único. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso. Gabarito: Errado. 11. (PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/RR – CESPE/2008) Quanto ao efeito da interposição do recurso, predomina a regra da suspensividade dos efeitos do ato impugnado, tendo em vista a presunção de legalidade do ato administrativo e a sua auto-executoriedade. Comentário: PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 18 Os recursos administrativos, em regra, são dotados de efeito devolutivo, ou seja, efeito de devolver à autoridade queapreciará o recurso toda a matéria discutida e decidida pela autoridade anterior. Então, o efeito suspensivo é exceção e como tal deve atender aos requisitos legais, ser admitido por lei, ou conferido em situações excepcionais. Nesse sentido, vale citar o art. 61 da Lei nº 9.784/99 que estabelece a regra da não aplicação do efeito suspensivo, salvo em situações que se evidenciem prejuízos, senão vejamos: Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo. Parágrafo único. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso. Gabarito: Errado. 12. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/ES – CESPE/2009) O recurso hierárquico próprio é dirigido à autoridade imediatamente superior, no mesmo órgão em que o ato foi praticado, enquanto o recurso hierárquico impróprio é dirigido à autoridade de outro órgão, não inserido na mesma hierarquia do que praticou o ato, sendo que o cabimento de ambos depende de previsão legal expressa. Comentário: Observe a lição da Professora Di Pietro ao salientar que o recurso hierárquico próprio é dirigido à autoridade imediatamente superior dentro do mesmo órgão em que o ato foi praticado. Ele é PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 19 uma decorrência da hierarquia e, por isso, mesmo independe de previsão legal. Aqui temos a aplicação do princípio da autotutela. E, ademais, o recurso hierárquico impróprio é dirigido à autoridade de outro órgão não integrado na mesma hierarquia daquele que proferiu o ato. Precisamente por isso é chamado de impróprio. Aqui temos a incidência do princípio da tutela. Atenção que, para a interposição de recurso hierárquico impróprio, é necessária expressa previsão legal. No entanto, o Prof. Celso Antônio ressalva situações excepcionais em que se poderia exercer a tutela extraordinariamente, ou seja, quando a entidade estaria atuando de forma deliberadamente abusiva. Gabarito: Errado. 13. (PROCURADOR – BACEN – CESPE/2009) O órgão competente para decidir o recurso administrativo poderá, de ofício, confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua competência, mesmo quando o tema não for objeto de recurso voluntário. Da mesma maneira, não há necessidade de, na hipótese de a nova decisão agravar a situação do recorrente, dar oportunidade ao interessado para formular alegações antes da nova decisão. Comentário: O controle administrativo realizado por meio do controle interno é amplo, ou seja, é realizado sob os aspectos de legalidade e de mérito do ato administrativo. Assim, de ofício ou por meio de provocação, tal como por força de recurso administrativo, o órgão poderá rever seus atos, confirmando-os, modificando-os, anulando-os ou mesmo revogando- os, total ou parcialmente, observada a competência interna. PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 20 No entanto, se de referida decisão agravar a situação do recorrente, deverá, obrigatoriamente, ser expedido comunicado para que se manifeste, a fim de se observar os princípios constitucionais do contraditório e ampla defesa, conforme dispõe o art. 64 da Lei nº 9.784/99: Art. 64. O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua competência. Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste artigo puder decorrer gravame à situação do recorrente, este deverá ser cientificado para que formule suas alegações antes da decisão. Gabarito: Errado. 14. (AGENTE PENITENCIÁRIO – SEJUS/ES – CESPE/2009) A autarquia, embora possua personalidade jurídica própria, sujeita-se ao controle ou à tutela do ente que a criou. Comentário: De fato, como observamos há o denominado controle de tutela, ou seja, controle de finalidade que, nos termos e em conformidade com o que prevê expressamente a lei, poderá ser realizado por um órgão integrante da Administração direta sobre uma entidade da Administração indireta. Assim, as autarquias (entidades integrantes da Administração indireta) se sujeitam à denominada supervisão ministerial ou controle de tutela a ser realizado pelo ente que a criou, por meio de seus órgãos. Gabarito: Certo. PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 21 15. (PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/SE – CESPE/2010) O controle por vinculação tem caráter externo, pois, nesse caso, o poder de fiscalização e de revisão é atribuído a uma pessoa e é exercido sobre os atos praticados por pessoa diversa. Comentário: Observamos que pode ocorrer o controle de um ente ou entidade sobre seus próprios atos, denominado de controle de tutela ou hierárquico. Nesta hipótese temos um controle decorrente da subordinação administrativa, ou seja, realizando no âmbito interno de uma mesma pessoa, por meio de seus órgãos. De outro lado, temos o controle finalístico, chamado de supervisão ministerial ou controle por vinculação, que tem caráter externo, já que é o controle de um ente em uma entidade. Gabarito: Certo. 16. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MT – CESPE/2010) Denomina-se controle por vinculação, e não por subordinação, o controle exercido por um ministério sobre uma autarquia cujas atribuições lhe são afetas. Comentário: Percebem aí? É a mesma questão anterior. Então, o controle realizado por um órgão da Administração Direta, ou seja, por um ente da Administração direta sobre uma entidade da Administração Indireta é denominado controle de tutela, por vinculação ou supervisão ministerial. Gabarito: Certo. 17. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MA – CESPE/2009) A supervisão ministerial decorre do poder de autotutela da PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 22 administração pública e configura-se como modalidade especial de controle administrativo. Comentário: Então? A supervisão ministerial decorre do poder de tutela, ou seja, controle de uma pessoa sobre outra. A autotutela é controle sobre seus próprios atos, ou seja, de uma pessoa em si mesma. Gabarito: Errado. 18. (PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/RR – CESPE/2008) A CF assegura, expressamente, a ampla defesa nos processos administrativos. Comentário: Nos termos da Constituição Federal, podemos observar a garantia dado aos litigantes tanto em processo judicial quanto em processos administrativos no que diz respeito ao devido processo legal, contraditório e ampla defesa, princípios que garantem a democracia e a segurança jurídica, conforme art. 5º, incs. LIV e LV, assim expressos: LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; Gabarito: Certo. PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 23 19.(TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MT – CESPE/2010) Controle de mérito é aquele em que o órgão controlador faz o confronto entre a conduta administrativa e uma norma jurídica vigente e eficaz, que pode estar na CF ou em lei complementar ou ordinária. Comentário: O controle de mérito é verificação da adequação do ato ao interesse público, ou seja, se há conveniência e oportunidade na realização do ato. De outro lado, o controle de legalidade é a verificação de compatibilidade, de adequação da conduta e o ordenamento jurídico, seja uma lei ou a Constituição. Gabarito: Errado. 20. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TJDFT – CESPE/2008) O controle dos atos da administração pública pode ser exercido de forma interna, pelos tribunais de contas estaduais e do DF, ou de forma externa, pelo Tribunal de Contas da União e pelo Poder Judiciário. Comentário: Atenção para o seguinte: O Tribunal de Contas é órgão auxiliar do Poder Legislativo, que tem função, também típica, de realizar a fiscalização dos gastos públicos. Assim, devemos lembrar que controle interno é sempre o controle exercido pelo próprio órgão ou por órgão do mesmo poder, e controle externo é aquele realizado por órgão de outro poder. Conforme leciona Petrônio Braz, “controle interno dos atos administrativos é exercido pela própria administração através de seus próprios órgãos, em presença do poder hierárquico, visando à legalidade dos atos de que resultem o nascimento ou a extinção de PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 24 direitos e obrigações e a fidelidade funcional dos agentes administrativos”. Dessa forma, controle realizado por Tribunal de Contas é controle externo, tipo de controle legislativo-financeiro, nos termos dos arts. 70 a 75 da Constituição Federal que determina a fiscalização contábil, financeira e orçamentária a cargo do Congresso Nacional com o auxílio do Tribunal de Contas da União, conforme o seguinte: Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: Vale ressaltar que o controle judicial, por outro lado, é aquele realizado pelo Poder Judiciário no exercício de sua função típica, de modo que lhe cabe a possibilidade de anular os atos da Administração Pública (não poderá revogá-los, pois não pode substituir o administrador na decisão de mérito do ato administrativo). Então, tanto o controle realizado por Tribunal de Contas Estaduais, do DF ou da União será hipótese de controle externo. Gabarito: Errado. PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 25 21. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRT 17ª REGIÃO – CESPE/2009) O TCU integra a estrutura do Poder Legislativo e exerce a atividade auxiliar de controle externo da administração pública, da qual não faz parte o controle da legalidade dos atos administrativos, porque essa atribuição é reservada ao Poder Judiciário. Comentário: O controle externo da Administração Pública a cargo do Congresso Nacional será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, cabendo-lhe a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade e economicidade, conforme disposto no art. 70, in verbis: Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Gabarito: Errado. 22. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MA – CESPE/2009) O titular do controle externo da atividade financeira do Estado é o TCU. Comentário: Nos termos do art. 71 da CF/88, o controle externo da atividade financeira é realizado pelo Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União. PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 26 Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: Nesse sentido, a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade e economicidade será exercida pelo Congresso Nacional, conforme disposto no art. 70, in verbis: Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Observe, portanto, que o TCU é órgão auxiliar do Legislativo, que tem a função de fiscalizar os demais entes, muito embora dotado de autonomia administrativa. Assim, é competência conferida ao Tribunal de Contas a função de fiscalização financeira da Administração. Por isso, a Banca considerou a questão como correta na medida em que o Tribunal de Contas, muito embora auxiliar do Congresso Nacional, é visto como órgão independente. Gabarito: Certo.* 23. (DELEGADO DE POLÍCIA – PC/ES – CESPE/2011) O controle que o Poder Legislativo exerce sobre a administração pública limita-se às hipóteses previstas na Constituição Federal de 1988 (CF) e abrange aspectos de legalidade e de mérito do ato administrativo. Comentário: PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 27 De fato, o controle que o Poder Legislativo exerce sobre a administração pública, denominado controle político, limita-se às hipóteses previstas na Constituição Federal de 1988 (CF) e abrange aspectos de legalidade e de mérito do ato administrativo, conforme prevê o art. 71 da CF/88. A análise de mérito recai, sobretudo, no controle de economicidade quando se verifica se o órgão ou entidade procedeu de modo mais econômico em relação a aplicação de despesa pública. Gabarito: Certo. 24. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MT – CESPE/2010) Segundo a CF, o controle externo da administração pública federal é exercido pelo Tribunal de Contas da União, tanto sob os aspectos de legalidade e legitimidade quanto sob os de economicidade, aplicação de subvenções e renúncia de receitas.Comentário: Observe a sutileza, até para demonstrar o que ressaltei na questão anterior. O controle externo é exercido pelo Congresso Nacional, com auxílio do Tribunal de Contas, conforme estabelece o art. 70, CF/88, que assim dispõe: Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Gabarito: Errado. PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 28 25. (EXAME DE ORDEM – OAB – CESPE/2008) Cabe à assembléia legislativa de cada estado da Federação exercer o controle financeiro do governo estadual e das prefeituras, com o auxílio do tribunal de contas do estado respectivo. Comentário: O Controle financeiro, modalidade de controle externo, é exercido pelo Poder Legislativo. No âmbito federal é realizado pelo Congresso Nacional com o auxílio do Tribunal de Contas da União. Nos Estados e Distrito Federal é realizado pela Assembléia Legislativa e Câmara Legislativa, com o auxílio do Tribunal de Contas Estadual e Distrital, respectivamente. Outrossim, no caso dos Municípios, o controle é realizado pela Câmara de Vereadores, ou seja, Assembléia Municipal, com o auxílio do Tribunal de Contas Municipal ou Conselho de Contas Municipal onde houver, e, onde não houve,r o Poder Legislativo o exercerá sem tal auxílio ou com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado ou dos Municípios. “Municípios e Tribunais de Contas. A Constituição da República impede que os Municípios criem os seus próprios Tribunais, Conselhos ou órgãos de contas municipais (CF, art. 31, § 4º), mas permite que os Estados-membros, mediante autônoma deliberação, instituam órgão estadual denominado Conselho ou Tribunal de Contas dos Municípios (RTJ 135/457, Rel. Min. Octavio Gallotti – ADI 445/DF, Rel. Min. Néri da Silveira), incumbido de auxiliar as Câmaras Municipais no exercício de seu poder de controle externo (CF, art. 31, § 1º). Esses Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios – embora qualificados como órgãos estaduais (CF, art. 31, § 1º) – atuam, onde tenham sido instituídos, como órgãos auxiliares e de cooperação técnica das Câmaras de Vereadores. A PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 29 prestação de contas desses Tribunais de Contas dos Municípios, que são órgãos estaduais (CF, art. 31, § 1º), há de se fazer, por isso mesmo, perante o Tribunal de Contas do próprio Estado, e não perante a Assembleia Legislativa do Estado-membro. Prevalência, na espécie, da competência genérica do Tribunal de Contas do Estado (CF, art. 71, II, c/c o art. 75).” (ADI 687, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 2-2-1995, Plenário, DJ de 10-2-2006.) Gabarito: Errado. 26. (EXAME DE ORDEM – OAB – CESPE/2008) A prerrogativa atribuída ao Poder Legislativo de fiscalizar a receita, a despesa e a gestão dos recursos públicos abrange somente os atos do Poder Executivo, estando excluídos dessa apreciação os atos do Poder Judiciário. Comentário: Conforme dispõe a Constituição Federal em seu artigo 70, compete ao Congresso Nacional exercer a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e suas entidades, modelo que serve de simetria para os Estados, DF e Municípios, nos seguintes moldes: Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 30 que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: [...] Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam- se, no que couber, à organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios. Então, devemos atentar para o fato de que não só o Poder Executivo está sob a fiscalização do Poder Legislativo, como também está o Poder Judiciário. Vale ressaltar, ademais, que o Judiciário está ainda submetido, no âmbito do controle interno, à fiscalização do Conselho Nacional de Justiça, conforme art. 130-A da CF/88. Gabarito: Errado. 27. (ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – TCE/AC – CESPE/2009) A aplicação das subvenções e as renúncias de receitas estão entre os atos sujeitos à fiscalização do controle externo. Comentário: Conforme estabelece o art. 70, CF/88, o controle externo atuará mediante fiscaliza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, e será exercida pelo Congresso Nacional, com auxílio do Tribunal de Contas, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 31 Gabarito: Certo. 28. (EXAME DE ORDEM – OAB – CESPE/2008) No exercício de suas funções constitucionais, cabe ao Tribunal de Contas da União julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, bem como as contas daqueles que provocarem a perda, o extravio ou outra irregularidade que cause prejuízo ao erário público. Comentário: O Tribunal de Contas da União, conforme já observamos, é órgão auxiliar do Congresso Nacional na realização de sua atividade de fiscalização da Administração Pública, denominando- se controle externo legislativo, conforme art. 71 c/c art. 70 ambos da CF/88, que assim dispõem: Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: [...] Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Com efeito, cabe ao Tribunal de Contas da União julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, bem como as contas daqueles que provocarem a perda, o extravioou outra irregularidade que cause prejuízo ao erário público, conforme o art. 71, inc. II, da CF/88 que assim determina: PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 32 II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; Gabarito: Certo. 29. (PROCURADOR – BACEN – CESPE/2009) O controle externo será exercido pelo TCU, ao qual compete julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo poder público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário. Comentário: Essa questão é basicamente repetição da questão anterior. Tome nota dela, pois conforme o art. 71, inc. II, da CF/88, compete ao Tribunal de Contas julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público. Gabarito: Certo 30. (ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – TCE/AC – CESPE/2009) A empresa supranacional encontra-se sob a jurisdição dos órgãos de controle externo, desde que a União PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 33 detenha, de forma direta ou indireta, a maioria do capital social dessa empresa, nos termos do seu tratado constitutivo. Comentário: Novamente o mesmo ponto. Então, conforme disposto no art. 71, inc. II, da CF/88, compete ao Tribunal de Contas julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público, nestes exatos termos: II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; Para arrematar, dispõe o art. 71, inc. V, que compete ao TCU “fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo” Gabarito: Errado. 31. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRT 17ª REGIÃO – CESPE/2009) O controle financeiro exercido pelo Poder Legislativo com o auxílio do Tribunal de Contas alcança qualquer pessoa física ou entidade pública que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores públicos. Em razão do sistema de jurisdição única adotado no Brasil, as pessoas privadas, físicas ou jurídicas, estão sujeitas apenas ao controle de legalidade exercido pelo Poder Judiciário, não sendo passíveis de controle legislativo. PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 34 Comentário: Nessa questão quer se confundir os instrumentos. Como bem ressaltado, no âmbito do exercício do controle externo, levado a efeito pelo Tribunal de Contas, estará submetido à sua jurisdição qualquer pessoa, pública ou particular, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores públicos. Trata-se de jurisdição administrativa (controle legislativo), que não afasta a judicial. Podendo, por óbvio, aquele que sofrer a fiscalização do TCU e, por conseqüência, sofrer algum gravame levar à querela ao Poder Judiciário. Todavia, isso não significa que somente respondem no âmbito Judicial, conforme o sistema de unidade de jurisdição. É que também responderão perante o Tribunal de Contas da União. Gabarito: Errado. 32. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/BA – CESPE/2010) O controle financeiro exercido pelo Poder Legislativo da União, com auxílio do Tribunal de Contas da União, alcança a administração direta e indireta, bem como entidades privadas que guardem bens ou valores da União. Comentário: E aí? Mais fácil agora, não é? Então, a controle financeiro realizado pelo Legislativo, com auxílio do TCU, alcança qualquer pessoa, física ou jurídica, de direito público ou de direito privado, quando estiver envolvido dinheiro, bens ou valores provenientes da União, conforme dispõe o art. 70, parágrafo único, da CF/88, assim expresso: Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 35 legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Gabarito: Certo. 33. (ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – TCE/AC – CESPE/2009) Compete ao TCU sustar, de imediato, contratos comprovadamente lesivos ao patrimônio público. Comentário: As competências do Tribunal de Contas da União estão elencadas no art. 71 da CF/88 que assim dispõe: Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 36 III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhoriasposteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório; IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II; V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município; VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas; VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário; IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 37 X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal; XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados Nesse sentido, é importante dizer que ao TCU não cabe sustar contratos administrativos, eis que a competência é conferida diretamente ao Congresso Nacional, conforme estabelece o art. 71, §1º, verbis: § 1º - No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. Gabarito: Errado. 34. (JUIZ SUBSTITUTO – TJ/SE – CESPE/2008) O Tribunal de Contas, dentro do poder geral de cautela, tem competência para determinar a quebra de sigilo bancário do administrador público ordenador de despesa. Comentário: É entendimento do Supremo Tribunal Federal que o Tribunal de Contas da União possui legitimidade para expedir medidas cautelares com a finalidade de prevenir a ocorrência de lesão ao erário, bem como de garantir a efetividade de suas decisões (teoria dos poderes implícitos), conforme o seguinte: "(...) a atribuição de poderes explícitos, ao Tribunal de Contas, tais como enunciados no art. 71 da Lei Fundamental da República, supõe que se lhe reconheça, ainda que por implicitude, a titularidade de meios destinados a viabilizar a adoção de medidas cautelares vocacionadas a conferir real efetividade às suas deliberações finais, permitindo, assim, que se neutralizem situações de PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 38 lesividade, atual ou iminente, ao erário público. Impende considerar, no ponto, em ordem a legitimar esse entendimento, a formulação que se fez em torno dos poderes implícitos, cuja doutrina, construída pela Suprema Corte dos Estados Unidos da América, no célebre caso McCulloch v. Maryland (1819), enfatiza que a outorga de competência expressa a determinado órgão estatal importa em deferimento implícito, a esse mesmo órgão, dos meios necessários à integral realização dos fins que lhe foram atribuídos. (...) É por isso que entendo revestir-se de integral legitimidade constitucional a atribuição de índole cautelar, que, reconhecida com apoio na teoria dos poderes implícitos, permite, ao Tribunal de Contas da União, adotar as medidas necessárias ao fiel cumprimento de suas funções institucionais e ao pleno exercício das competências que lhe foram outorgadas, diretamente, pela própria Constituição da República." (MS 24.510, Rel. Min. Ellen Gracie, voto do Min. Celso de Mello, julgamento em 19-11-2003, Plenário, DJ de 19-3-2004.) Na hipótese, o contraditório e ampla defesa são diferidos, ou seja, serão realizados, no âmbito do Processo de Contas, porém posterior à medida cautelar, que inclusive pode ser empreendida sem a oitiva da parte. Vale destacar que o STF editou a Súmula Vinculante nº 03, segundo a qual “Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma ou pensão”. No entanto, dentre os poderes conferidos ao Tribunal de Contas da União não se verifica o poder de determinar a quebra de sigilo bancário, ainda que por força de medida de natureza cautelar. É que, conforme a LC nº 105/2001, o sigilo bancário somente poderá ser quebrado por determinação Judicial ou ainda PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 39 pelo Poder Legislativo ou por Comissão Parlamentar de Inquérito, desde que tal medida tenha sido aprovada pelo plenário da Casa ou da respectiva CPI. Nesse sentido, vale transcrever o Informativo 493 do Supremo Tribunal Federal que assim sintetizou a matéria: INFORMATIVO Nº 493 TÍTULO: Quebra de Sigilo Bancário e TCU PROCESSO: MS - 22801 ARTIGO O Tribunal concedeu mandado de segurança impetrado pelo BACEN do Brasil - BACEN contra ato do Tribunal de Contas da União - TCU que, ao proceder à auditoria na prestação de contas do impetrante, relativa ao exercício de 1995, determinara-lhe que fosse disponibilizado o acesso às transações do Sistema de Informações do BACEN - SISBACEN de potencial interesse ao controle externo, sob pena de multa. Entendeu-se que a Lei Complementar 105/2001, que dispôs específica e exaustivamente sobre o sigilo das operações de instituições financeiras, não conferiu ao TCU poderes para determinar a quebra do sigilo bancário de dados constantes do BACEN do Brasil. Asseverou-se que o art. 38 da Lei 4.595/64, que regulava o sigilo das operações ativas e passivas e serviços prestados pelas instituições financeiras, foi revogado pela referida lei complementar, que previu a possibilidade de quebra do sigilo bancário por determinação do Poder Judiciário, do Poder Legislativo federal, bem como das Comissões Parlamentares de Inquérito, após prévia aprovação do pedido pelo Plenário da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do plenário de suas respectivas comissões parlamentares de inquérito (LC 105/2001, artigos 3º e 4º, §§ 1º e 2º). MS 22801/DF, rel. Min. Menezes Direito, 17.12.2007. (MS-22801) Gabarito: Errado. PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 40 35. (JUIZ SUBSTITUTO – TJ/SE – CESPE/2008) Os nomeados para cargos de secretários de estado devem ter a legalidade de sua nomeação apreciada, para fins de registro, no TC do respectivo estado. Comentário: Compete ao Tribunal de Contas verificar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal,a qualquer título, ressalvado, no entanto, as nomeações para cargo de provimento em comissão, pois são de livre nomeação e exoneração. Nesse sentido, estabelece o art. 71 da CF/88 que deve ser utilizado de forma simétrica pelos Estados membros, no âmbito da Competência dos Tribunais de Contas Estaduais, assim disposto: Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório; Por isso, o Tribunal de Contas não apreciará o ato de nomeação de Secretários de Estado para fins de verificação de legalidade. Gabarito: Errado. PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 41 36. (JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO – TRF 5ª REGIÃO – CESPE/2008) O tribunal de contas, ao julgar a legalidade da concessão de aposentadoria, exerce o controle externo que lhe foi atribuído pela Constituição, estando, em tal momento, condicionado pelo princípio do contraditório. Comentário: Compete ao Tribunal de Contas apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de concessões de aposentadorias, reformas e pensões, Conforme estabelece o art. 71, inc. III, CF/88, nos seguintes termos: III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório; Na hipótese de apreciação de legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria não se assegura o contraditório e ampla defesa, pois não há anulação ou revogação de ato administrativo, na medida em que o ato de aposentadoria é complexo e só se aperfeiçoa com a homologação pelo TCU. Nesse sentido a Súmula Vinculante nº 03, que assim prescreve: Súmula Vinculante 03 - Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma ou pensão. Gabarito: Errado. PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 42 37. (ASSESSOR TÉCNICO – TCE/RN – CESPE/2009) Nos processos perante TCs, asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, inclusive a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão. Comentário: Conforme determina a súmula vinculante nº 3 do Supremo Tribunal Federal, em harmonia com a Constituição Federal, deve-se observar no âmbito do Tribunal de Contas o contraditório e ampla defesa, quando a decisão puder resultar em gravame para o administrado, conforme assim expresso: Súmula Vinculante 03 - Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma ou pensão. Gabarito: Errado. 38. (JUIZ SUBSTITUTO – TJ/SE – CESPE/2008) As decisões do TC que imputem multa têm natureza de título executivo judicial. Comentário: Trata-se de mais uma questão que busca saber as competências do Tribunal de Contas, no exercício do controle externo da Administração Pública, de que modo que a simetria constitucional seja observada pelos Estados-membros. PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 43 Diante disso, dispõe o art. 71, §3º que as decisões do Tribunal que resulte imputação débito ou multa têm eficácia de título executivo, conforme assim expresso: § 3º - As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo. É importante ressaltar que se trata de título executivo extrajudicial, ou seja, não goza de força definitiva, podendo ser, todavia, executado em processo de execução perante o Poder Judiciário, dispensando-se a ação de conhecimento. Gabarito: Errado. 39. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/ES – CESPE/2011) As decisões do Tribunal de Contas da União que importarem na aplicação de multas devem ser homologadas pelo Congresso Nacional, antes de sua cobrança judicial. Comentário: Diante disso, dispõe o art. 71, §3º que as decisões do Tribunal que resulte imputação débito ou multa têm eficácia de título executivo. Desse modo, possuem força executiva, não necessitando de homologação por parte do Congresso Nacional. Gabarito: Errado. 40. (ASSESSOR JURIDÍCO – PREF. NATAL/RN – CESPE/2008) A fiscalização financeira e orçamentária do Poder Executivo pelos tribunais de contas é uma forma de controle da administração pública pelo Poder Judiciário. Comentário: PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012 ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 44 Então, essa é fácil, não é? O Tribunal de Contas não é órgão integrante do Poder Judiciário, muito embora exerça jurisdição, trata-se de apreciação de contas públicas, exercendo o denominado controle externo legislativo. Gabarito: Errado. 41. (ASSESSOR JURIDÍCO - PREF. NATAL/RN – CESPE/2008) Os servidores públicos federais responsáveis pelo controle interno de órgãos e entidades, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, devem comunicá-la ao TCU, sob pena de responsabilidade solidária. Comentário: Determina a Constituição Federal que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário mantenham, de forma integrada, sistema de controle interno, ou seja, cada poder, no seu âmbito administrativo, terá órgão que exercerá o controle interno de suas atividades, inclusive, apoiando o controle externo em seus fins. Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União; IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ/2012
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