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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● SERD 
 
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ANATOMIA: SISTEMA GENITAL 
 
 A reprodução humana é o evento biológico responsável pela perpetuação da espécie Humana. Os órgãos 
envolvidos com essa função se reúnem para constituir o Sistema Genital. Na Espécie Humana, em razão do 
Dismorfismo Sexual, identificamos dois conjuntos desses órgãos denominados: Sistema Genital Masculino; e Sistema 
Genital Feminino. 
 
 
SISTEMA GENITAL MASCULINO 
 O sistema genital masculino pode ser dividido em órgãos internos e externos. 
 Órgãos genitais masculinos Internos: 
 Testículo 
 Epidídimo 
 Ducto deferente 
 Ducto ejaculatório 
 Uretra prostática e membranosa 
 Próstata 
 Glândula seminal 
 Glândula bulbouretral 
 
 Órgãos genitais masculinos externos: 
 Pênis e uretra esponjosa 
 Escroto 
 
TESTÍCULO 
O testículo é um órgão par, de formato ovoide, responsável pela espermatogênese. Está localizado, ao 
nascimento, em uma bolsa musculo-cutânea denominada escroto, presa à região anterior do períneo, logo por trás do 
pênis. 
Suas principais funções são: 
 Espermatogênese: produção das células reprodutivas masculinas, os espermatozoides. Temperatura requerida 
35 graus. 
 Endócrina: produz e secreta para o sangue o hormônio testosterona, responsável pelo desenvolvimento dos 
caracteres sexuais secundários. 
 
É dividido, para estudo anatômico, em: 
 Faces medial (plana) e lateral (convexa) 
 Margens anterior e posterior 
 Polos superior e inferior 
Arlindo Ugulino Netto; Lívia Tafnes Almeida de Araújo. 
MÓDULO: SISTEMA ENDÓCRINO, REPRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO 2016 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● SERD 
 
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A coloração do testículo é branco nacarado, devendo-se à cápsula conjuntiva que o reveste, denominada túnica 
albugínea. Esta túnica envia séptulos para seu interior subdividindo-o em lóbulos. Devemos identificar as seguintes 
estruturas no testículo: 
 Séptulos 
 Lóbulos 
 Túbulos seminíferos contorcidos e retos 
 Rede testicular 
 Dúctulos eferentes 
 Mediastino do testículo: hilo 
 
 
OBS: Produção, condução e Armazenamento dos espermatozoides: 
 
 
EPIDIDIMO 
O epidídimo é um órgão tubular localizado sobre a margem posterior do testículo com função de armazenar os 
espermatozoides até o momento da ejaculação. 
 Está dividido, anatomicamente, em: 
 Cabeça: porção dilatada do órgão, recebe os dúctulos eferentes trazendo os espermatozoides produzidos no 
testículo. 
 Corpo 
 Cauda: parte afilada do órgão e responsável por sua função. 
 
DUCTO DEFERENTE 
O ducto deferente é um longo e fino ducto, de paredes espessas, o qual continua a cauda do epidídimo, 
conduzindo os espermatozoides em direção à cavidade pélvica para desembocá-los no ducto ejaculatório. Tem 
comprimento aproximado de 30 cm, podendo ser facilmente palpado, compondo o funículo espermático, antes de 
penetrar através do anel inguinal superficial, no canal inguinal através do qual alcançará à pelve. 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● SERD 
 
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OBS: Canal inguinal: consiste em uma região anatômica 
em formado de um canal oblíquo, com 3 a 5 cm de 
extensão, o qual atravessa a parede do abdome, ligando, 
no homem, o escroto a cavidade pélvica. Este tubo abre-
se, inferiormente para o escroto através do anel inguinal 
superficial, e superiormente para a pelve pelo anel 
inguinal profundo. Através deste canal atravessam um 
conjunto de estruturas anatômicas denominado funículo 
espermático. 
 
 Hérnias inguinais: 
 HI Indireta: ocorre quando uma alça intestinal ou parte do omento maior, sofre uma protrusão através do 
anel inguinal profundo e canal inguinal podendo alcançar o escroto, sendo portanto contida no interior do 
funículo espermático. Corresponde à 75% das hérnias inguinais. É de origem congênita. 
 HI Direta: ocorre quando um dos componentes abdominais sofre uma protrusão através da parede 
posterior do canal inguinal para o seu interior, sendo independente do funículo espermático. 
Corresponde à 35% das hérnias inguinais. É adquirida. 
 
FUNÍCULO ESPERMÁTICO 
O funículo espermático consiste no conjunto de estruturas anatômicas e seus envoltórios relacionadas ao 
testículo, os quais atravessam o canal inguinal. 
 Seus componentes são: 
 Ducto deferente 
 A. testicular 
 A. do ducto deferente 
 A. cremastérica 
 Plexo venoso anterior (pampiniforme) 
 Plexo venoso posterior 
 Ramo genital do N. Gênitofemoral 
 
O ducto deferente, após atravessar o 
anel inguinal profundo, separa-se dos outros 
componentes do funículo espermático, descendo 
pela parede lateral da pelve, sob o peritônio 
parietal. Após cruzar os vasos ilíacos cruza 
também o ureter, por diante, e segue 
medialmente para baixo em direção ao fundo da 
bexiga como um tubo dilatado, a ampola do 
ducto deferente. Ao alcançar o fundo bexiga 
situa-se por trás desta, por diante do reto, e 
medialmente a vesícula seminal correspondente. 
Por fim dirige-se para a base da próstata, onde 
seu calibre estreita-se para unir-se em ângulo 
agudo com o ducto da glândula seminal. 
 
 
 
 Vasectomia: é um método cirúrgico comum para esterilizar 
homens. São realizadas incisões na parte superior do escroto e os ductos 
deferentes são localizados, incisados, e ligados em dois pontos. A produção 
dos espermatozoides continua normal, porém, eles não alcançam os ductos 
ejaculatórios e a uretra. Assim o líquido ejaculado consiste apenas das 
secreções das glândulas anexas. Os espermatozoides não expelidos 
degeneram no epidídimo e parte proximal do ducto deferente. 
 
 
 
DUCTO EJACULATÓRIO 
É um curto ducto de 2cm de comprimento constituído pela fusão entre o ducto deferente e o ducto da glândula 
seminal. Começa na base da próstata e terminam ao desembocar o sêmen na porção prostática da uretra a cada lado 
do utrículo, em uma dilatação da crista uretral denominada de colículo seminal. 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● SERD 
 
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URETRA MASCULINA 
A uretra masculina tem a função de conduzir a urina e o sêmen. É mais longa que a feminina e apresenta 
curvaturas que devem ser respeitadas durante passagem das sondas vesicais. Suas divisões são: 
 Prostática (cerca de 4cm): inicia no óstio interno da uretra, em nível do colo da bexiga, atravessando toda a 
próstata da base ao ápice. Nesta porção, identificamos uma elevação mediana, a crista uretral, sendo que, em 
sua parte média identificamos o colículo seminal, onde desembocam os ductos ejaculatórios. A cada lado da 
crista e do colículo identificamos um sulco, o seio prostático, no qual desembocam os ductos das glândulas 
prostáticas. 
 Membranosa (1 cm): é a menor porção da uretra, ligando a uretra prostática e esponjosa entre si. Além de 
menor, é também o segmento mais estreitado da uretra. Atravessa o diafragma urogenital, sendo circundada 
pelo M. esfíncter da uretra (que dá o controle voluntário à micção). Curva-se anteriormente para penetrar no 
corpo esponjoso do pênis. Esta curvatura associada a sua pouca espessura faz com que seja suscetível a 
ruptura, como por exemplo, na passagem de uma sonda sem a necessária habilidade. 
 Esponjosa: é a maior porção da uretra. Atravessa o bulbo, corpo e glande do corpo esponjoso do pênis. Em sua 
passagem pelo bulbo desembocam os óstios dos ductos das glândulas bulbo-uretrais. Em nível da glande 
apresenta uma dilatação, a fossa navicular. Na glande abre-se para o meio externo através do óstio externo 
da uretra. Normalmente curva, torna-se retilínea na ereção. 
 
GLÂNDULAS/VESÌCULAS SEMINAIS 
É um órgão membranoso, par, com 
fundo cego voltado superiormente, e sua 
extremidade inferiorafilada para constituir o 
seu ducto. Cada vesícula apresenta em média 
7,5cm de comprimento. Tem como função a 
elaboração do líquido seminal para ser 
adicionado aos espermatozoides 
Estão situadas entre o fundo da 
bexiga e o reto, com sua extremidade superior 
divergente em relação com o ducto deferente, 
e as extremidades inferiores para a base da 
próstata. 
 
PRÓSTATA 
A próstata é um órgão impar e 
mediano, de natureza mista: parte glandular e 
parte muscular. No adulto a próstata mede 
30mm de altura, 40mm de largura e 25mm de 
espessura. Seu peso corresponde à 20g. 
Quanto a sua forma, assemelha-se a 
um cone curto, achatado no sentido ântero-
posterior e apresentando seu ápice 
arredondado. Sua base está voltada para 
cima em relação direta com o colo da bexiga, 
e seu ápice está voltado para baixo em 
contato com o diafragma urogenital. 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● SERD 
 
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A função da próstata baseia-se na secreção prostática, que corresponde a 20% do volume do sêmen, e é 
responsável por ativar os espermatozoides, neutralizar a acidez presente na uretra masculina e na vagina, dar a 
aparência láctea ao sêmen e também lhe conferir o odor característico, semelhante ao odor de castanhas frescas. 
A localização está localizada na cavidade pélvica, por baixo da bexiga, por cima do diafragma pélvico, por trás 
da sínfise púbica, por diante do reto, através do qual pode ser facilmente palpada. Envolve a uretra prostática e o ducto 
ejaculatório. 
A próstata apresenta para estudo 
anatômico as seguintes porções: base, 
ápice, faces, posterior, anterior, e 
inferolaterais. 
 Base: em relação com o colo da 
bexiga, é atravessada em sua 
parte central pela uretra. 
 Ápice: repousa sobre o M. 
esfíncter da uretra, sendo 
circundado pelas margens 
mediais dos Mm. Levantadores 
do ânus. 
 Face Posterior: repousa sobre a 
ampola do reto, podendo ser 
palpada através do reto. É 
dividida em dois lobos através de 
um sulco mediano. Nela 
penetram os ductos ejaculatórios. 
 
 Exame físico prostático: o toque 
retal fornece informações sobre o 
volume, consistência, presença 
de irregularidades, limites, 
sensibilidade e mobilidade da 
próstata. Devido à íntima relação 
anatômica entre a próstata e o 
reto, torna-se fácil o acesso á 
glândula através do mesmo. A 
consistência normal da próstata é 
semelhante à da cartilagem alar 
maior, a da ponta do nariz. 
 
 Hiperplasia Prostática Benigna: Apesar de muitos portadores de hiperplasia benigna confirmada por biópsia não 
apresentarem sintomas, a metade dos homens de 60 anos se queixa de alguma dificuldade urinária. Depois dos 
80 anos, esse número cresce para 90%. Os sintomas da hiperplasia têm causas obstrutivas e/ou de 
armazenagem. Estão relacionados com as obstruções: retardo para iniciar a micção, interrupção involuntária 
e diminuição da “força” do jato, sensação de esvaziamento incompleto, gotejamento no final e micção em dois 
tempos. Os problemas de armazenamento provocam premência e aumento da frequência das micções 
(especialmente durante a noite), incontinência, dores na bexiga ou na uretra ao urinar. Homens com poucos 
sintomas, que acordam à noite uma ou duas vezes para urinar, não necessitam de tratamento, mas precisam ser 
acompanhados com toques retais e determinações periódicas do PSA. O PSA é uma proteína presente no 
líquido prostático, a qual responde a qualquer alteração na próstata, inclusive ao toque retal. Seu valor normal é 
de 2 a 4 ng/ml e se o resultado for entre 4 e 10 já há suspeita de hiperplasia. 
 
PÊNIS 
 O pênis é o órgão de cópula masculino, impar, de aspecto cilíndrico em estado de flacidez, porém durante a 
ereção torna-se prismático triangular. Representa órgão comum para saída do sêmen e urina. É formado por três 
cilindros de tecido erétil – corpo esponjoso e os corpos cavernosos – delimitados por tecido fibroso, e revestidos por 
pele, fina, pigmentada, e distensível. Está localizado por cima do escroto, entre a sínfise púbica e o ânus. 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● SERD 
 
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Apresenta para estudo anatômico uma raiz e um corpo. 
 Raiz: é representada pelo bulbo e pelos ramos do pênis, formações correspondentes as extremidades 
posteriores das estruturas eréteis do pênis. Está fixa pelos ramos aos ossos da pelve, e através do bulbo ao 
diafragma pélvico. 
 Corpo: corresponde a parte livre, pendente do pênis, sendo constituída pela demais porções dos corpos 
cavernosos e esponjoso, e recoberta por pele. 
 
Os Tecidos Eréteis são formações lacunares as quais se enchem de sangue durante a ereção, e assim 
conferem ao pênis a rigidez exigida para a cópula. É representado pelos corpos cavernosos e esponjoso. 
 Corpos Cavernosos: são estruturas pares, unidas anteriormente para formar o corpo do pênis, posteriormente 
divergem entre si constituindo os ramos do pênis, através dos quais fixam o órgão aos ossos ísquio e pube. Sua 
extremidade anterior é arredondada e se ajusta à base da glande. 
 Corpo Esponjoso: estrutura impar, atravessada em toda sua extensão pela uretra esponjosa. Apresenta duas 
extremidades, uma distal, a Glande, e outra proximal, o Bulbo. Aloja-se em um sulco da superfície inferior dos 
corpos cavernosos. 
 
Dentre outras estruturas do pênis, temos: 
 Glande: apresenta um aspecto cônico. Está ajustado sobre a extremidade anterior dos corpos cavernosos. 
Superiormente apresenta uma margem saliente e arredondada, a coroa da glande. Proximalmente a coroa há 
uma constrição, o colo da glande, em nível do ápice da glande nota-se uma abertura em fenda, o óstio externo 
da uretra. Possui grande concentração de terminações nervosas, por isso é importante para a estimulação física 
do pênis durante a cópula. 
 Prepúcio: corresponde a uma dupla camada de pele, a qual recobre a glande em toda sua extensão. O Frênulo 
do prepúcio é uma prega mediana que parte da porção inferior da camada profunda do prepúcio para a glande, 
fixando-se nas proximidades do óstio da uretra. 
 Bulbo: corresponde a dilatação proximal do corpo esponjoso, de forma cônica. Está fixado ao diafragma 
urogenital através de uma cápsula fibrosa denominada ligamento do bulbo. Neste segmento do corpo esponjoso 
penetra a uretra para em seguida atravessá-lo por toda sua extensão. O bulbo do pênis entra na constituição da 
raiz do pênis fixando-o na pelve. 
 
 Fimose: é uma condição verificada quando o prepúcio apresenta um estreitamento acentuado, sendo 
impossibilitado de deslizar posteriormente sobre a glande, fazendo com que a mesma permaneça sempre 
recoberta. Essa alteração dificulta a higiene, e normalmente causa desconforto durante a cópula. A correção da 
fimose se dá através de um processo cirúrgico, com anestesia local, denominado postectomia. 
 
ESCROTO 
 O escroto consiste em uma bolsa músculo-cutânea, impar e mediana, responsável por conter, os testículos, os 
epidídimos, e a porção inicial dos ductos deferentes. Está localizado por trás do pênis, por diante e abaixo da sínfise 
púbica. Está aderido à região púbica, ao períneo, região inguinal, e ao pênis. 
 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● SERD 
 
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OBS: A palavra “escroto” provém do latim scrotum (bolsa) e refere o saco, a bolsa cutânea que envolve os testículos. A 
expressão “bolsa escrotal” não pode ser considerada um erro, pois o adjetivo escrotal restringe, especifica o significado 
de bolsa. Ou seja, visto existirem vários tipos de bolsas, essa refere-se unicamente à bolsa que envolve os testículos. 
 
O escroto é constituído de Pele e uma túnica muscular lisa, a túnica 
dartos. 
 Pele: fina, bem pigmentada e apresenta pelos após à puberdade, é 
marcada por uma crista mediana, a Rafe do escroto,a qual 
corresponde ao septo que, internamente, subdivide está bolsa em dois 
compartimentos. 
 Túnica Dartos: está firmemente aderida à pele, sua contração modifica 
o aspecto do escroto, tornando-o curto e enrugado. Tal função de 
enrugar é possível devido a associação da Túnica Dartos com o 
músculo cremaster, que são faixas de fibras do músculo abdominal 
oblíquo interno. A contração da Túnica Dartos também é importante 
para a espermatogênese, pois possibilita uma temperatura constante 
(35
o
C) para os testículos. 
 
Internamente, em um corte axial, é possível observar o septo do 
escroto, um tabique mediano responsável por subdividir o escroto em dois 
compartimentos, cada um deles contendo um dos testículos, um epidídimo e o 
correspondente ducto deferente. 
 
 Criptorquidia: Nos últimos meses da vida intrauterina, os testículos formados no interior do abdômen devem 
migrar para a bolsa escrotal, seguindo um caminho que passa pelo canal inguinal. A criptorquidia ocorre quando 
um deles ou os dois ficam parados em algum ponto desse caminho por causa de hérnias ou anomalias na 
conformação do abdômen inferior. Essa alteração do percurso tem importância porque, para viabilizar a 
produção de espermatozoides, os testículos precisam estar 1°C, 1,5°C abaixo da temperatura corpórea. 
Assim que a criança nasce, é importante verificar se existe ou não criptorquidia. Se os testículos não estiverem 
situados na bolsa escrotal, a conduta é observar como evolui o caso durante um ano, um ano e meio, porque 
eles podem migrar naturalmente. Caso contrário, o menino deve corrigir a anomalia precocemente para 
preservar a função germinativa. 
 
 
SISTEMA GENITAL FEMININO 
O sistema genital feminino pode ser dividido em órgãos internos e externos. 
 Órgãos genitais femininos internos: 
 Ovários 
 Tubas Uterinas 
 Útero 
 Vagina 
 
 Órgãos genitais femininos externos: 
 Pudendo Feminino 
 
OVÁRIOS 
O ovário é um órgão par, com 3cm de comprimento; 2cm de largura; e 1,5cm de espessura. Apresenta forma 
comparável a de uma amêndoa. Antes da Ovulação, apresenta cor rosada e aspecto liso; após Sucessivas Ovulações, 
cor acinzentada e aspecto rugoso. 
 Suas funções são: 
 Produção dos Óvulos 
 Produção e Secreção dos Hormônios: estrogênios e Progesterona. 
 
OBS: 
 Corpo Lúteo: se origina após a ovulação. 
 Corpo Albicans: cicatriz fibrosa resultado da regressão do corpo lúteo. 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● SERD 
 
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Apresenta para Estudo Anatômico: 02 Faces; 02 Margens; e 02 Extremidades. 
 Face Medial 
 Face Lateral 
 Margem Livre 
 Margem mesovárica: presa a uma expansão do Lig. Largo do Útero, o Mesovário. Esta margem representa o 
Hilo do Ovário, por onde passam as Aa. e Vv. Ováricas. 
 Extremidade Tubária: voltada para cima, está dirigida para Tuba Uterina. 
 Extremidade Uterina: Voltada para baixo, está dirigida para o Útero. 
 
Está localizado na cavidade pélvica, por trás do ligamento largo do útero, e logo abaixo da tuba uterina. Os 
Ovários não apresentam revestimento Peritoneal. Os meios de fixação do ovário são: 
 Lig. Suspensor do Ovário: une o Ovário a parede da Pelve. 
 Lig. Útero-Ovárico (Ligamento próprio do ovário): une o Ovário ao Útero. 
 
TUBAS UTERINAS 
É um órgão par, de forma tubular, implantadas no ângulo Látero-Superior do Útero, e do ponto de Implantação, 
se estendem lateralmente em direção às paredes da Pelve. Apresentam um calibre irregular, e 10cm de extensão. 
Além de sua ligação ao Útero, as Tubas Uterinas apresentam como meio de fixação uma prega do Ligamento 
Largo do Útero, a mesosalpinge. 
Comunicações: 
 Com a Cavidade Uterina: através do Óstio Uterino da Tuba. 
 Com a Cavidade Peritonial: através do Óstio Abdominal da Tuba. 
 
ÚTERO 
O útero é um órgão oco, em forma de pera, impar e 
mediano. É predominante muscular, o que favorece a sua 
função, pois cabe ao mesmo, abrigar e proteger o zigoto, e 
ainda acompanhar seu desenvolvimento durante todas as 
fases de sua evolução, até o nascimento. Durante o parto, o 
componente muscular ainda exerce importante papel na 
expulsão do novo ser vivo para o meio externo através do 
canal do parto. 
Está localizado no centro da Cavidade Pélvica, por 
trás da Bexiga Urinária, e por diante do Reto. Apresenta 
para estudo Anatômico as seguintes porções: Fundo; 
Corpo; Istmo; e Colo. 
 Fundo: corresponde a parte do órgão situada acima 
do ponto de implantação das Tubas Uterinas. Nas 
mulheres que já engravidaram apresenta aspecto 
convexo. 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● SERD 
 
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 Corpo: é a principal porção do órgão, estende-se desde o ponto de implantação das tubas uterinas até uma 
região estreitada denominada istmo. Apresenta para estudo 02 faces separadas através de duas margens 
laterais. 
o Face Anterior: plana 
o Face Posterior: abaulada 
 Istmo: apresenta-se como uma região estrangulada localizada abaixo do corpo. 
 Colo: é a porção mais inferior do Útero. Apresenta duas porções, a supravaginal e vaginal. A parte vaginal do 
colo, projeta-se na Vagina onde se abre através do óstio do útero. 
 
Na porção superior das margens 
do Útero se implantam as Tubas Uterinas. 
Neste nível encontramos os óstios 
uterinos das Tubas para comunicar a luz 
da Tuba com a cavidade uterina. 
 Quanto aos meios de fixação do 
útero, destacamos: 
 Ligamento Largo: prega de 
reflexão do Peritônio, que estende 
das paredes da Cavidade Pélvica 
até as Margens Laterais do Útero 
 Ligamento Redondo: cordões 
fibrosos, que partem de cada lado 
da margem lateral do útero, 
abaixo da implantação das tubas 
uterinas, para, através do canal 
inguinal, alcançarem a face 
profunda dos lábios maiores da 
vulva. 
 Ligamento Útero-Sacral: Partem 
da região inferior da face posterior 
do corpo do útero, até o Osso 
Sacro. 
 
 
Quanto à estratigrafia do útero, temos: 
 Perimétrio: Camada externa representada pelo Peritônio que Reveste o Útero. 
 Miométrio: Camada Média, constituída por Músculo Liso. Corresponde a mais espessa das camadas que 
formam as paredes do Útero. Determina a elasticidade necessária para o órgão acompanhar o aumento do feto 
durante a gestação. 
 Endométrio: Camada Interna, mensalmente sofre modificações (torna-se mais espessa e vascularizada) para 
receber o Zigoto. Não havendo a fecundação essa modificações do Endométrio descamam e são eliminadas 
sobre a forma de Menstruação. 
 
A cavidade uterina apresenta um aspecto triangular com base superior, em nível do corpo, e fusiforme na 
região do colo. Nos ângulos superiores da cavidade Uterina identificamos os óstio uterinos das tubas. 
 
VAGINA 
A vagina é um tubo músculo-mebranoso, impar e mediano, o qual Representa o Órgão de Cópula Feminino. 
Apresenta para estudo Anatômico 02 Paredes: Anterior e Posterior, justapostas. A parede Anterior da Vagina é mais 
curta, em razão de sua relação com o colo do útero. 
A Vagina se comunica superiormente com a cavidade do útero, através do óstio do útero, inferiormente se 
comunica com o meio externo, através do óstio da vagina. 
 
OBS: Nas virgens, o óstio da vagina é parcialmente fechado 
pela presença de uma membrana conjuntiva, de pouca 
espessura, revestida por mucosa, pobremente inervada e 
vascularizada, o hímen. Após a primeira relação sexual, o 
hímen é rompido (na maioria das mulheres), restando apenas 
seus fragmentos, as carúnculas himenais, em sua margem 
de inserção. 
 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● SERD 
 
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PUDENDO FEMININO (VULVA) 
O pudendo (ou vulva) está representado pelas seguintes estruturas: 
 Monte Púbico: elevação mediana situada por dianteda Sínfise Púbica. É constituída por tecido adiposo, 
revestido por cútis, na qual após a puberdade verifica-se a presença de pelos. 
 Lábios Maiores: duas pregas cutâneas alongadas, que delimitam entre si uma fenda mediana, a rima do 
pudendo. Os Lábios Maiores apresenta uma face medial lisa, e outra lateral com pelos após a puberdade. 
 Lábios Menores: duas pregas cutâneas 
lisas, situadas medialmente aos Lábios 
Maiores, delimitam entre si o vestíbulo 
da vagina, onde identificamos: 
 Óstio da uretra; 
 Óstio da vagina; 
 Óstios dos ductos das 
glândulas vestibulares. 
 Clitóris: órgão erétil feminino, homólogo 
ao pênis masculino. É constituído, por 
dois ramos fixos aos ramos inferiores 
dos púbis, unindo-se medianamente 
para formar o corpo do clitóris, 
terminando em uma dilatação anterior, a 
glande do clitóris, identificada, no 
ponto em que se unem superiormente 
os lábios menores. 
 Bulbo do Vestíbulo: Formado por duas 
massas pares de tecido erétil, situados 
profundamente aos Lábios Menores da 
Vulva, envolvidos pelo M. 
Bulbocavernoso. Quando cheios de 
sangue, dilatam-se e desta forma 
proporcionam maior contato entre o 
pênis e o Óstio da vagina. 
 
Destacamos, ainda, as glândulas anexas do pudendo feminino. Este conjunto de glândulas visa promover a 
lubrificação, tornando úmidos as estruturas associadas à cópula feminina, favorecendo assim a relação sexual. 
 Glândulas vestibulares maiores: glândula esférica, par, de tamanho próximo ao de uma ervilha, situadas 
profundamente no vestíbulo da vagina, onde abrem-se seus ductos. 
 Glândulas vestibulares menores: apresentam-se em número variável, com ductos diminutos, os quais se 
abrem no vestíbulo da vagina, entre o óstio da uretra e o óstio da vagina. 
 
 
ROTEIRO PARA ESTUDO PRÁTICO 
 
 
OVÁRIOS 
 Extremidade tubaria 
 Extremidade uterina 
 Ligamento útero-ovárico 
 Ligamento suspensor do ovário 
 
 
 
 
 
TUBAS UTERINAS 
 Istmo da tuba uterina; 
 Ampola da tuba uterina; 
 Infundíbulo da tuba uterina 
 Fímbria ovárica 
 
 
 
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ELEMENTOS DE SUSTENTAÇÃO 
 Ligamento largo do útero 
 Mesossalpinge 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÚTERO 
 Fundo do útero 
 Corpo do útero, 
 Istmo do útero, 
 Óstio do útero 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ELEMENTOS DE SUSTENTAÇÃO DO ÚTERO 
 Ligamento largo do útero 
 Ligamento redondo do útero 
 
 
VAGINA 
 Parede posterior 
 Parede anterior 
 
 
VULVA 
 Monte púbico 
 Lábios maiores 
 Lábios menores 
 Óstio externo da uretra 
 Óstio da vagina (hímen) 
 Clitóris 
 Bulbo do vestíbulo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TESTÍCULOS 
 Túnica albugínea 
 Face lateral 
 Face medial 
 Pólo superior 
 Pólo inferior 
 Margem anterior 
 Margem posterior 
 
EPIDÍDIMO 
 Cabeça 
 Corpo 
 Cauda 
 Ducto deferente 
 
 
URETRA 
 Porção prostática 
 Porção membranosa 
 Porção esponjosa 
 
 
 
PRÓSTATA 
 
 
 
GLÂNDULA SEMINAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PÊNIS 
 Bulbo do pênis 
 Corpo cavernoso 
 Corpo esponjoso 
 Glande do pênis 
 Óstio externo da uretra 
 Prepúcio do pênis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ESCROTO 
 Pele do escroto 
 Septo do escroto 
 Rafe do escroto

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