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9 - Centrífugas Operações Unitárias I Profs. Tania Klein e Ricardo Medronho 9.1 - Introdução 2 famílias: decantadoras e filtrantes Decantadoras Filtrantes 9.1 - Introdução As centrífugas decantadoras podem ser: � tubulares � de cesto � de passes múltiplos � de discos de parafuso transportador (sem fim)� de parafuso transportador (sem fim) Faixas de operação: � Centrífugas Industriais: 1.500 g < b < 20.000 g e 1.500 < rpm <18.000 � Ultracentrífugas: 40.000 g < b <1.000.000 g e 20.000 < rpm <100.000 CentrífugasCentrífugas tubulares de discosde passes múltiplos Centrífugas Tubulares Centrífugas de Cesto Centrífugas de Passes Múltiplos Centrífugas de Discos Centrífugas de Sem-Fim Intensidade do Campo Centrífugo: O Fator g � Fator g: onde vtce vtg são as velocidades terminais da partícula nos campos centrífugo e gravitacional, respectivamente, r é a distância da partícula ao eixo de rotação e ω é a velocidade angular (tem que ser usada em radianos por segundo) g r v v gfator g c t t 2ω == � Exemplo: centrífuga tubular de 10,5 cm de diâmetro girando a 15000 rpm ⇒ da 2a. equação acima: ωrad/s = 1571 rad/s e, da 1a. equação, o factor g na parede lateral interna da centrífuga é 13205. Isto é, a aceleração centrífuga na parede é 13205 vezes a aceleração gravitational: 13205 x g, 30/ rpm srad piω ω = Centrífuga Factor g Velocidade (rpm) Tubular 13000-20000 13000-18000 Passes Múltiplos 6000-11500 5000-10000 Faixas Usuais do Factor g e de Velocidades Angulares para Centrífugas Industriais Passes Múltiplos 6000-11500 5000-10000 Disc os 5000-13000 3000-15000 Sem-Fim 1500-5000 1500-6000 Ultracentrífugas 4 x 104-106 2 x 104-105 9.2 - A Eficiência Granulométrica e o Diâmetro de Corte para Centrífugas Tubulares A eficiência granulométrica é dada pela razão entre as áreas das coroas entre R2 e r e R1 e R2: � = �22 − �2�22 − �12 (1) 9.2 - A Eficiência Granulométrica e o Diâmetro de Corte para Centrífugas Tubulares Considerando regime de Stokes para partículas esféricas, a velocidade de stokes se aplica com b=ω2r: Integrando do lado esquerdo de r a R e do lado direito de �� = � � = (�� − �)�2� 218� (2) Integrando do lado esquerdo de r a R2 e do lado direito de t=0 até t=tr : Onde tr é o tempo de residência dado por: � ���2� = (�� − �)�2 218� � � ��0 ∴ �� �2� = (�� − �)�2 218� �� (3) �� = �� (4) 9.2 - A Eficiência Granulométrica e o Diâmetro de Corte para Centrífugas Tubulares Onde V é o volume útil da centrífuga tubular e Q é a vazão volumétrica de alimentação da centrífuga. Rearranjando a equação (3):�2� = ��� �(�� − �)�2 2�18�� ∴ �2 = �22��� �− (�� − �)�2 2�9�� (5) Substituindo r2 na expressão de G (equação 1), temos: �2� = ��� �(�� − �)� �18�� ∴ �2 = �22��� �− (�� − �)� �9�� (5) � = �22�22 − �12 #1 − ��� �− (�� − �)�2 2�9�� $ �%�% ≤ 100 (6) � = 1 �%�% > 100 9.2 - A Eficiência Granulométrica e o Diâmetro de Corte para Centrífugas Tubulares Para partículas com diâmetro igual ou maior a d100, temos que G=1 e r=R1. Substituindo r=R1 na equação (3) ou G=1 na equação (6), temos: 100 = ) 18��(�� − �)�2� �� �2�1 (7) Para partículas com d=d50, G=0,5. Substituindo esses valores na equação (6), temos: 100 = ) 18��(�� − �)�2� �� �2�1 (7) 50 = ) 9��(�� − �)�2� �� + 21 + (�1 �2⁄ )2. (8) 9.2 - A Eficiência Granulométrica e o Diâmetro de Corte para Centrífugas Tubulares Substituindo o valor de d50 (equação 8) na equação (6), obtemos G em função apenas de R1, R2 e d50: � = 11 − /�102 11 − �0,5 + 0,5 3�1�24 2 / 500 2 5 �%�% ≤ 100 (9)� = 11 − /�1�202 11 − �0,5 + 0,5 3 �1�242 / 50025 �%�% ≤ 100 (9) � = 1 �%�% > 100 9.3 - Mudança de escala (Scale-up/down) de Centrífugas Rearranjando a equação (8), podemos explicitar a vazão volumétrica:� = (�� − �) 5029� �2��� + 21 + (�1 �2⁄ )2. × 2727 � = 2 (�� − �)7 50218� 8999:999;� �2�7 �� + 21 + (� �⁄ )2.899999:99999; (10) Identificamos assim dois parâmetros: vtg50 e Σ. O primeiro representa a velocidade terminal com a qual uma partícula com d=d50 sedimentaria num campo gravitacional e tem, portanto, unidade de LT-1. O segundo é identificado como um parâmetro da centrífuga e tem unidade de área (L2). � = 2 (�� − �)7 50218� 8999:999;��7 50 �2�7 �� + 21 + (�1 �2⁄ )2.899999:99999; Σ (10) 9.3 - Mudança de escala (Scale-up/down) de Centrífugas Assim, podemos escrever: Para centrífugas tubulares, temos: � = 2 ��750 Σ (11) Para centrífugas tubulares, temos: Σ = <(�22 − �12)=�27 �� + 21 + (�1 �2⁄ )2. (12) 9.3 - Mudança de escala (Scale-up/down) de Centrífugas Para centrífugas de tipos diferentes, a expressão de Σ é diferente. Em centrífugas de disco, por exemplo, temos: Σ = 2<�2�(�23 − �13)37 �7> (13) Onde n é o número de discos e R1, R2 e θ encontram-se ilustrados abaixo. = 37 �7> (13) 9.3 - Mudança de Escala (Scale-up/down) de Centrífugas Para duas centrífugas diferentes operando a vazões diferentes, podemos escrever: �1 = 2 ��7501 Σ1 e �2 = 2 ��7502 Σ2 (14) Para que ambas as centrífugas operem com o mesmo d50, basta que vtg50,1 = vtg50,2. Desta forma:�1 Σ1 = �2Σ2 (15) A condição d50,1 = d50,2 que gerou a equação (15) é suficiente para garantir ET1 = ET2 ? 9.3 - Mudança de escala (Scale-up/down) de Centrífugas Para avaliarmos a influência da vazão no diâmetro de corte, podemos considerar duas centrífugas iguais (Σ1=Σ2) operando a vazões diferentes:�1 ��7501 = �2 ��7502 ∴ �1 5012 = �2 5022 ou �2�1 = B 502 501C 2 (16 ) Concluímos então que, em centrífugas: Ao contrário do que ocorre em hidrociclones, onde � ��7501 = � ��7502 ∴ � 5012 = � 5022 ou ��1 = B 501C (16 ) 50 ∝ E� ⟹ � ↑ ⇒ 50 ↑ ⇒ IJ ↓ 50 ∝ E1/�8999:999;equação � Stokes50⟹� ↑ ⇒ 50 ↓ ⇒ IJ ↑ Exemplo Uma centrífuga tubular está tratando 2L/s de uma suspensão aquosa de aragonita (ρs=3g/cm 3). Pede-se calcular a eficiência total de separação, sabendo-se que: R1=20cm, R2=30cm, L=80cm, ω=10.000rpm e y=(d/3) 0,8 (d em µm). (ρ=1g/cm3 e μ=0,01g/cm s). Solução:Solução: a) Calculando parâmetros e padronizando as unidades:� = 10000��U = 10000 <30 = 1047�% /� � = 2=� = 2000VU3� � = <(�22 − �12)= = <(900 − 400)80 = 125664VU3 Exemplo b) Estratégia de resolução: Como Rf=0, desejo calcular ET : IJ = � � W = � �( ≤ 100) W + � W1W( 100 ) W( 100 ) 0 1 0 Preciso de: y(d100) e a expressão para G(y) quando d≤d100. Para calcular y(d100), basta conhecer d100, que posso obter da equação 7: IJ = � � W = � �( ≤ 100) W + � WW( 100 )00 100 = ) 18��(�� − �)�2� �� �2�1 = ) 18 × 0,01 × 2000(3 − 1)10472125664 �� 3020 = 0,23μm Exemplo Assim: A expressão para G(y) quando d≤d100 é dada pela equação 9, W( 100) = ylim = 30,233 40,8 = 0,128 A expressão para G(y) quando d≤d100 é dada pela equação 9, para qual precisa-se conhecer d50 que pode ser obtido pela equação 8: 50 = ) 9��(�� − �)�2� �� 2�22�22 + �12 = ) 9 × 0,01 × 2000(3 − 1)10472125664 �� 2 × 900900 + 400 = 0,15μm Exemplo A equação 9 para G(d≤d100) fica (onde d=3y 1,25): � = 11 − /�1�202 11 − �0,5 + 0,5 3 �1�242 / 50025 1 ] 20 2 33W1,2542^ � = 11 − /�1�202 11 − �0,5 + 0,5 3 ��24 5 � = 11 − /203002 _` ]1 − �0,5 + 0,53203042 3 3W1,250,15 42 ab^ � = 1,8c1 − (0,722)400y2,5d Exemplo Agora podemos calcular ET : IJ = � � W10 IJ = � 1,8c1 − (0,722)400y2,5d W +� W10,128 I = � � W0 IJ = � 1,8c1 − (0,722)400y2,5d W +� W10,1280,1280 IJ = 0,041 + 0,872 = 0,913 IJ = 91,3%
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