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ATPS Direito Civil VI

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ANHAGUERA EDUCACIONAL LTDA. 
CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE SANTO ANDRÉ. 
Curso de Direito 
 
 
ELISABETE APARECIDA RIBEIRO JOSÉ 
EMILY LUIZA DA SILVA 
LUCIANA BACANELI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DE POSSE. EFEITOS DA POSSE E PROPRIEDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santo André 
2016 
2 
 
NOME: ELISABETE APARECIDA RIBEIRO JOSÉ RA: 1299271718 
NOME: EMILY LUIZA DA SILVA RA: 6453341714 
NOME: LUCIANA BACANELI RA: 6277252162 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DE POSSE. EFEITOS DA POSSE E PROPRIEDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atividade Prática Supervisionada (ATPS), do 
Centro Universitário Anhanguera de Santo 
André, 7º Semestre do Curso de Direito no 
componente curricular Direito Civil VI, sob 
orientação da Professora Silmara Helena 
Fuzaro Saidel. 
 
 
 
 
 
Santo André 
2016 
3 
 
 SUMÁRIO 
 
ETAPA 01 – CLASSIFICAÇÃO DA POSSE ........................................................................ 5 
PASSO 01 .................................................................................................................................. 5 
1. Propriedade, Posse E Domínio. Comentários Acerca de Decisões Jurisprudenciais ............. 5 
1.1. Propriedade .......................................................................................................................... 5 
1.2. Posse .................................................................................................................................... 5 
1.3. Domínio ............................................................................................................................... 6 
PASSO 02 – POR ELIZABETE APARECIDA RIBEIRO JOSÉ ....................................... 7 
2. Diferenças Entre Propriedade, Posse e Domínio .................................................................... 7 
2.1. Propriedade .......................................................................................................................... 7 
2.2. Posse .................................................................................................................................... 7 
2.3. Domínio ............................................................................................................................... 8 
REFERENCIAS ......................................................................................................................... 9 
PASSO 02 – POR EMILY LUIZA DA SILVA .................................................................... 10 
2. Diferenças Entre Propriedade, Posse e Domínio .................................................................. 10 
2.1. Propriedade ........................................................................................................................ 10 
2.2. Posse .................................................................................................................................. 10 
2.3. Domínio ............................................................................................................................. 11 
REFERENCIAS ....................................................................................................................... 12 
PASSO 02 – POR LUCIANA BACANELI .......................................................................... 13 
2. Diferenças Entre Propriedade, Posse e Domínio .................................................................. 13 
2.1. Propriedade ........................................................................................................................ 13 
2.2. Posse .................................................................................................................................. 13 
2.3. Domínio ............................................................................................................................. 14 
REFERENCIAS ....................................................................................................................... 15 
 
ETAPA 02 – EFEITOS DA POSSE E PROPRIEDADE .................................................... 16 
PASSO 01 ................................................................................................................................ 16 
1. Comparativo Alteração da Lei n.º 911/69 Com O Advento da Lei n.º 10.931/04 ............... 16 
PASSO 02 – POR ELIZABETE APARECIDA RIBEIRO JOSÉ ..................................... 17 
2. Forma de Financiamento Que Assume A Posse Do Bem Alienado E Efeitos Práticos Da 
Transferência Deste Bem ......................................................................................................... 17 
4 
 
3. Transmissão Da Propriedade Do Bem Alienado Ao Financiado E Efeitos Desta 
Transferência ............................................................................................................................ 17 
4. Tipo de Contrato E Local de Registro Do Contrato De Alienação Fiduciária de Imóveis .. 17 
5. Alienação Fiduciária de Veículos, Tipo de Contrato E Local De Registro .......................... 18 
6. Constituição em Mora, Forma Utilizada Em Consonância Com A Legislação Em Vigor .. 18 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 19 
PASSO 02 – POR EMILY LUIZA DA SILVA .................................................................... 20 
2. Forma Que O Financiado Assume A Posse Do Bem E Efeitos Práticos Da Transferência 
Do Bem ..................................................................................................................................... 20 
3. Transferência Do Bem Alienado Ao Financiado ................................................................. 20 
4. Contrato Para Caracterização Da Alienação Fiduciária Em Imóveis ................................... 20 
5. Alienação Fiduciária De Veículos, Contrato E Registro ...................................................... 20 
6. Constituição Em Mora De Acordo Com A Legislação Vigente .......................................... 20 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 22 
PASSO 02 – POR LUCIANA BACANELI .......................................................................... 23 
2. Forma Que O Financiado Assume A Posse Do Bem E Efeitos Práticos Da Transferência 
Do Bem ..................................................................................................................................... 23 
3. Transferência Do Bem Alienado Ao Financiado ................................................................. 24 
4. Contrato Para Caracterização Da Alienação Fiduciária ....................................................... 24 
5. Alienação Fiduciária De Veículos, Contrato E Registro ...................................................... 24 
6. Constituição Em Mora De Acordo Com A Legislação Vigente .......................................... 24 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 25 
ANEXOS .................................................................................................................................. 26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
ETAPA 01 – CLASSIFICAÇÃO DA POSSE 
 
PASSO 01 
 
 
1. Propriedade, Posse E Domínio. Comentários Acerca de Decisões Jurisprudenciais 
 
1.1. Propriedade 
 
“TRIBUTÁRIO. ISS. LOCAÇÃO DE BEM IMÓVEL. PROPRIEDADE DO 
LOCADOR NÃODEMONSTRADA. SÚMULA 7/STJ. 1. Acompanhando 
entendimentodo STF, o Tribunal de origem firmou entendimento no sentido de que o 
ISS não incide sobre a locação de bem imóvel, cuja propriedade seja do locador. 
Ressaltou, todavia, que não houve nenhuma demonstração por parte da recorrente 
da propriedade dos imóveis. 2. Com efeito, a modificação da conclusão a que checou 
a Corte de origem, de modo a acolher a alegação, de que "os referidos bens por ela 
locados e sublocados são de sua propriedade e não de terceiros" demandaria 
reexame do acervo fático-probatório dos autos, o que é inviável em sede de recurso 
especial, sob pena de violação da Súmula7 do STJ. Agravo regimental improvido.” 
(STJ - AgRg no AREsp: 243468 RS 2012/0217805-5, Relator: Ministro HUMBERTO 
MARTINS, Data de Julgamento: 07/02/2013, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de 
Publicação: DJe 19/02/2013) 
 
O presente, ressaltou sobre a questão do ISS sobre a locação do bem imóvel pelo 
locador, caso atípico, pois este detém a propriedade, de forma que a situação fática ocorreu por 
se tornar inviável em sede de recurso especial para a temática. Parafraseando, o locador detinha 
a propriedade do imóvel. 
 
Relembrando que o detentor da propriedade ele pode gozar e usufruir de seu bem, 
inclusive podendo buscá-lo caso seja necessário, como de exemplo comum, o caso do locatário 
que deixaria de pagar o aluguel, o proprietário poderia reintegrá-lo para que o ônus venha a ser 
cessado. 
 
1.2. Posse 
 
6 
 
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. POSSE. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. A medida 
liminar de reintegração de posse é concedida, dentre outros requisitos, se não houver 
decorrido mais de ano e dia desde o esbulho. Todavia, no caso, inviável o 
deferimento, pois a prova carreada ao feito demonstra a chamada posse velha. 
NEGADO SEGUIMENTO AO RECURSO. DECISÃO MONOCRÁTICA. (Agravo de 
Instrumento Nº 70068219591, Vigésima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, 
Relator: Walda Maria Melo Pierro, Julgado em 10/02/2016).” 
(TJ-RS - AI: 70068219591 RS, Relator: Walda Maria Melo Pierro, Data de 
Julgamento: 10/02/2016, Vigésima Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da 
Justiça do dia 15/02/2016) 
 
No presente caso, ressalta-se a figura do locador, o qual é o possuidor do imóvel pelo 
período que perdurar sua locação, mediante o pagamento de um valor acordado. 
 
Quanto a reintegração, entra na situação fática que poderá ser pedido a medida desde 
que o tempo não tenha decorrido o período de um ano e um dia do esbulho, na presença ementa, 
fora impossível a aceitação, entrando nos efeitos da posse velha, tendo em vista que a data do 
esbulho para o pedido, acabou por decorrer um período maior de um ano e um dia. 
 
1.3. Domínio 
 
“APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO REIVINDICATÓRIA - REQUISITOS - 
TITULARIDADE DO DOMÍNIO - IMÓVEL - INDIVIDUALIZAÇÃO - AUSÊNCIA. 
A ação reivindicatória é ação real, que visa a restituição da coisa (posse), com 
fundamento na propriedade e no direito de seqüela inerente a ela. Extrai-se do art. 
1.228 do CC/2002, como requisitos para a propositura da ação reivindicatória, que 
o autor tenha titularidade do domínio sobre a coisa reivindicada, que a mesma seja 
individuada, identificada e esteja injustamente em poder do réu.” 
(TJ-MG - AC: 10241020027942002 MG, Relator: Cabral da Silva, Data de 
Julgamento: 04/08/2015, Câmaras Cíveis / 10ª CÂMARA CÍVEL, Data de 
Publicação: 14/08/2015) 
 
O caso em tela trata quanto a uma ação reivindicatória, que visa a restituição da posse 
do bem, porém para que haja a propositura desta ação, o Relator, ressalta que é imprescindível 
que o autor possua a titularidade do domínio sobre a coisa, fruto de tal reivindicação. 
 
 
7 
 
PASSO 02 
 
POR ELISABETE APARECIDA RIBEIRO JOSE 
 
 
2. Diferenças Entre Propriedade, Posse E Domínio 
 
2.1. Propriedade 
 
Dispõe o Código Civil sobre posse: art. 1.196 – “Todo aquele que tem de fato o 
exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes a propriedade”. 
 
Para Silva (2012), propriedade, “mais conceituada como instituição jurídica, é 
compreendida como o próprio direito exclusivo ou o poder absoluto e exclusivo que, em caráter 
permanente, se tem sobre a coisa que a pertence”. 
 
Encontramos no Código Civil disposto no art. 1.228 – “O proprietário tem a faculdade 
de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente 
a possua ou detenha”. 
 
Propriedade indicaria toda relação jurídica de apropriação de um certo bem corpóreo 
ou incorpóreo. (DINIZ, 2012). 
 
“Propriedade é o gênero que compreende o domínio, como espécie, abrangendo toda 
sorte de dominialidades, de dominação ou de senhorio individual sobre coisas corpóreas e 
incorpóreas. É o conjunto de direito reais e pessoais”. (SILVA, 2012). 
 
Para Gonçalves (2013) o direito de propriedade é definido como sendo “o poder 
atribuído a uma pessoa de usar, gozar e dispor de um bem, corpóreo ou incorpóreo, em sua 
plenitude dentro dos limites estabelecidos na lei, bem como de reivindicá-lo de quem 
injustamente o detenha”. 
 
2.2. Posse 
 
8 
 
Segundo Silva (2012) ”genericamente, posse exprime o uso e gozo de direitos, sem 
qualquer relação com a coisa corpórea”. 
 
Gonçalves (2013) ao invocar Savigny caracteriza posse como sendo “a conjunção de 
dois elementos: o corpus, elemento objetivo que consiste na detenção física da coisa, e o 
animus, elemento subjetivo, que se encontra na intenção de exercer sobre a coisa um poder no 
interesse próprio e de defende-la contra a intervenção de outrem”. 
 
Gonçalves (2013) esclarece ainda que “não é propriamente opinio seu cogitatio domini 
- propriamente a convicção de ser dono, mas animus domini ou animus sibi habensi – vontade 
de tê-la como sua, de exercer o direito de propriedade como se fosse o seu titular”. 
 
Conclui que se faltar o corpus inexiste a posse e se faltar o animus, nos existe posse e 
sim detenção. (GONÇALVES, 2013. P. 50). 
 
Importante destacar que Savigny defende a teoria subjetiva da posse. 
 
Fazendo um contraponto Gonçalves (2013) cita Ihering que defende a teoria de que 
para caracterizar posse basta o corpus. 
 
Para Ihering “tem a posse quem se comporta como dono, e nesse comportamento já 
está incluído o animus”, trata-se da teoria objetiva da posse. 
 
2.3. Domínio 
 
Considerando o sentido etimológico significa o direito de propriedade que se tem sobre 
bens imóveis. (SILVA, 2012). 
 
Ainda de acordo com Silva (2012), domínio e propriedade são vocábulos que não 
devem ser confundidos, desde que possuem sentido próprio. 
 
“Domínio compreende somente os direitos reais, direito de propriedade, encarado 
somente em relação as coisas materiais ou corpóreas”. (SILVA, 2012). 
 
9 
 
REFERENCIAS 
 
 
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. 29 ed. São Paulo: Saraiva, 2012. 
 
EDITORA SARAIVA. Vade Mecum Saraiva. Obra Coletiva de autoria da Editora Saraiva com 
a Colaboração de CURIA,L.R.; CESPEDES,L.; NICOLETTI, J. 19 ed. São Paulo: 
Saraiva, 2015. 
 
GONÇALVES, Carlos Roberto. Civil Brasileiro: Direito das Coisas. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 
2013, v.5. 
 
SILVA, De Plácido e. Vocabulário Jurídico Conciso. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense, 
2012.p.613. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
PASSO 2 
 
POR EMILY LUIZA DA SILVA 
 
 
2. Diferenças Entre Propriedade, Posse E Domínio 
 
2.1. Propriedade 
 
Silva (2012), conceitua a propriedade como uma instituição jurídica, a compreendendo 
como o próprio direito exclusivo ou mesmo o poder absoluto exclusivo, que por meio do caráterpermanente e tido sobre a coisa que lhe pertence. 
 
Para Gomes (2008) a propriedade é um direito complexo, absoluto, perpétuo e 
exclusivo. 
 
O Código Civil por meio de seu art. 1.228, disserta que a proprietário possui o direito 
para o uso, gozo, disposição sobre a coisa, e inclusive o direito de reavê-la de qualquer pessoa 
que venha a possuir de forma injusta ou mesmo a detenha. 
 
Gonçalves (2013) define o direito à propriedade como o poder que é atribuído a uma 
pessoa para que ela possa usar, gozar e dispor de um bem, podendo este ser corpóreo ou 
incorpóreo, em sua plenitude e dentro dos limites que a lei regra, podendo inclusive vir a 
reivindicá-los de quem injustamente o detenha. 
 
2.2. Posse 
 
Para Aquino, o conceito de posse não se confunde com o de propriedade, tendo em 
vista que essa está fundamentada por meio de uma relação de direito, de modo que a propriedade 
tem sua fundamentação por meio de uma relação de fato. 
 
Silva (2012), tece de forma genérica que a posse exprime o uso de gozo ou de direitos, 
sem que haja qualquer relação junto a coisa corpórea. 
 
11 
 
2.3. Domínio 
 
Para Silva (2012), em sentido etimológico vem a significar o direito de propriedade 
obtido sobre os bens imóveis. O doutrinador salienta em sua obra que o domínio e a propriedade 
são expressões que não podem ser confundidas, pois possuem sentido próprio. 
 
O domínio compreende somente os direitos reais, o direito de propriedade, tido 
somente com relação a coisas materiais ou corpóreas (SILVA, 2012). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
 
AQUINO, Álvaro Antônio Sagulo Borges de. A Posse e seus Efeitos. São Paulo: Editora Atlas 
 
SILVA. D.P. Vocabulário Jurídico Conciso. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2012. 
 
GONÇALVES. C.R. Direito Civil Brasileiro 5. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2013, v.5. 
 
GOMES, Orlando. Direitos Reais. 19. Rio de Janeiro: Forense, 2008. Edição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
PASSO 02 
 
POR LUCIANA BACANELI 
 
 
2. Diferença Entre Propriedade Posse E Domínio 
 
2.1. Propriedade 
 
A propriedade é o direito real concedido a uma pessoa a denominando como 
“proprietária”, para todos os fins, podendo usar gozar e dispor desta coisa, podendo buscar os 
direitos a reavê-la caso seja por outrem injustamente possuída ou detida. 
 
Para o ilustre doutrinador Gomes, a conceitua como um direito complexo, absoluto, 
perpetuo e exclusivo. 1 
 
De Plácido e Silva, lecionam que a propriedade é a condição que se encontra a coisa, 
pertencendo em caráter próprio e exclusivo, a determinada pessoa, sendo assim a pertinência 
exclusiva da coisa, atribuída a tal pessoa.2 
 
2.2. Posse 
 
O conceito de posse não se confunde com o de propriedade, pois está fundamentada 
em uma relação de direito, enquanto a propriedade é fundamentada sobre uma relação de fato. 
3 Nesta linha ao dissertar-se sobre a posse, não se diz que a pessoa será proprietária de algo, e 
sim que irá daquilo que o proprietário lhe deu o direito a usar, ou a Lei força de lei teve o direito 
ao uso. 
 
 
1 GOMES, Orlando. Direitos Reais. 19. Rio de Janeiro: Forense, 2008. Edição. 
2 SILVA, De Plácido e. Vocabulário Jurídico conciso/ De Plácido e Silva; atualizado Nagib Slaibi Filho e 
Priscila Pereira Vasques Gomes. – 3 ed. Rio de Janeiro: Forense 2002. p. 487. 
3 AQUINO, Álvaro Antônio Sagulo Borges de. A Posse e seus Efeitos, p. 39. São Paulo: Editora Atlas 
14 
 
De Plácido e Silva, expressa a posse de forma genérica como algo que exprime o uso 
e gozo de direitos, sem que haja qualquer relação com a coisa corpórea. 4 
 
2.3. Domínio 
 
O domínio, vem a ser a propriedade ou o direito de propriedade obtido sobre os bens 
imóveis, em sentido mais amplo, trata-se sobre a soma de poder ou de direito, que se obtém 
sobre uma coisa ou uma pessoa. 
 
De Plácido e Silva, leciona que propriedade e domínio são expressões que não devem 
ser fruto de confusão, pois: 
 
“...propriedade é o gênero, que compreende o domínio, como espécie, abrangendo 
toda sorte de dominialidades, de dominação ou de senhorio individual sobre coisas 
corpóreas ou incorpóreas. É o conjunto de direitos reais e pessoais. 
Domínio, no entanto, compreende somente os direitos reais, ou seja, o direito de 
propriedade encarado somente em relação às coisas materiais ou corpóreas.”5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 SILVA, De Plácido e. Vocabulário Jurídico conciso/ De Plácido e Silva; atualizado Nagib Slaibi Filho e 
Priscila Pereira Vasques Gomes. – 3 ed. Rio de Janeiro: Forense 2002. p. 465. 
5 Ibid. p. 234. 
15 
 
REFERENCIAS 
 
 
AQUINO, Álvaro Antônio Sagulo Borges de. A Posse e seus Efeitos. São Paulo: Editora Atlas 
 
GOMES, Orlando. Direitos Reais. 19. Rio de Janeiro: Forense, 2008. Edição. 
 
SILVA, De Plácido e. Vocabulário Jurídico conciso/ De Plácido e Silva; atualizado Nagib 
Slaibi Filho e Priscila Pereira Vasques Gomes. – 3 ed. Rio de Janeiro: Forense 2002. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ETAPA 02 – EFEITOS DA POSSE E PROPRIEDADE 
 
PASSO 01 
 
 
1. Comparativo Alteração Da Lei n.º 911/69 Com O Advento Da Lei n.º 10931/04 
 
 A Lei de nº 10931 veio alterar a redação do artigo terceiro do decreto Lei nº 911/69, vindo 
a suprimir a purgação da mora, sendo assim autorizou que o credor venha a cobrar a totalidade 
caso o financiado entre em mora. 
 
 Neste caso se tem que aludida lei veio a ser mais benéfica as instituições, pois são mais 
enérgicas ao devedor, podendo este inclusive ter seu bem apreendido com mais facilidade; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
PASSO 02 
 
POR ELISABETE APARECIDA RIBEIRO JOSE 
 
 
2. Forma De Financiamento Que Assume A Posse Do Bem Alienado E Efeitos Práticos Da 
Transferência Deste Bem 
 
O art. 66 da Lei 4.728/65 dispõe que: 
 
“Art. 66. A alienação fiduciária em garantia transfere ao credor o domínio resolúvel 
e a posse indireta da coisa móvel alienada, independentemente da tradição efetiva do 
bem, tornando-se o alienante ou devedor em possuidor direto e depositário com todas 
as responsabilidades e encargos que lhe incumbem de acordo com a lei civil e penal. 
” 
 
Nesta forma o financiado assume a posse do bem, mediante o cumprir de uma 
obrigação negociada, neste caso a propriedade deste bem está junto ao credor, sendo que a posse 
só poderá ser transferida com a anuência deste. 
 
3. Transmissão Da Propriedade Do Bem Alienado Ao Financiado, E Efeitos Desta 
Transferência 
 
Conforme o disposto na pergunta anterior, quando ao financiamento a posse do bem 
fica junto ao financiado até que haja o cumprimento da obrigação, que no caso seria o pagar a 
quantia devidamente acordada, caso haja a quitação o credor dará a anuência para a baixa do 
gravame e a propriedade será então do financiado. 
 
4. Tipo De Contrato E Local De Registro Do Contrato De Alienação Fiduciária De Imóveis 
 
A Lei de nº 9.514/97 rege quanto ao pacto do contrato de alienação fiduciária de bem 
imóvel, sendo que o bem fica como garantia para o cumprimento da obrigação e a 
documentaçãoserá registrada junto ao cartório de imóveis. 
 
18 
 
5. Alienação Fiduciária De Veículos, Tipo De Contrato E Local De Registro 
 
Neste caso é realizado um contrato de alienação fiduciária com bem móvel em 
garantia, quanto ao registro, anteriormente era realizado em cartório, porém em outubro de 2015 
o STF julgou desnecessário este procedimento. 
 
6. Constituição Em Mora, Forma Utilizada Em Consonância Com A Legislação Em Vigor 
 
A mora é caracterizada quando o devedor não realiza o cumprimento de sua obrigação 
junto ao devedor, por sua culpa. Para que haja a configuração da mora de faz necessária a 
presença do elemento subjetivo e o elemento objetivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERENCIAS 
 
ÂMBITO JURÍDICO. Alienação fiduciária na prática. Disponível em: http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=658. 
Acesso em: 01 abr 2016. 
 
JUSBRASIL. Lei 9514/97. Acesso em: http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11308072/lei-n-
9514-de-20-de-novembro-de-1997. Acesso em 01 abr 2016. 
 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. STF reconhece desnecessidade de registro em cartório 
de alienação fiduciária de veículo. Acesso em 01 abr 2016. 
 
PORTAL NACIONAL DE DIREITO DO TRABALHO. As formas de constituir o devedor em 
mora. Disponível em: http://www.pelegrino.com.br/doutrina/ver/descricao/580. 
Acesso em 02 abr 2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
PASSO 02 
 
POR EMILY LUIZA DA SILVA 
 
 
2. Forma Que O Financiado Assume A Posse Do Bem E Efeitos Práticos Da Transferência 
Do Bem 
 
Quando celebrado o financiamento a transmissão do bem é feita ao credor, de forma 
que a obrigação seja cumprida por parte do devedor, o qual usufrui de forma direta sobre a 
posse do bem, como uma espécie de depositário, ou seja, o financiado pode usufruir deste bem 
e em troca realiza a sua obrigação. 
 
3. Transferência Do Bem Alienado Ao Financiado 
 
O bem alienado é transferido ao financiado, após este realizar o cumprimento de sua 
obrigação, no caso a obrigação de “pagar”, passando de possuidor a proprietário deste bem. 
 
4. Contrato Para Caracterização Da Alienação Fiduciária Em Imóveis 
 
Em consonância com a Lei nº 9.514/97, dispõe que todas as tratativas acerca do 
financiamento deverão ser positivas, sendo a pratica do mercado a pacto de um contrato de 
alienação fiduciária de bem imóvel, o qual deverá ser devidamente registrado perante um 
cartório de imóveis. 
 
5. Alienação Fiduciária De Veículos, Contrato E Registro 
 
Para que haja a alienação fiduciária de veículo, é realizado um contrato de alienação 
fiduciária com bem móvel em garantia, quanto a necessidade de registro em cartório, desde 
outubro de 205, por decisão do Supremo Tribunal Federal deixou de ser necessária. 
 
6. Constituição Em Mora De Acordo Com A Legislação Vigente 
 
21 
 
A mora é caracterizada com o não cumprimento da obrigação por parte do devedor de 
forma que seja configurado desde haja a configuração de um elemento objetivo e um elemento 
objetivo e um subjetivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
ÂMBITO JURÍDICO. Alienação fiduciária na prática. Disponível em: 
http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=658. Acesso em: 01 
abr 2016. 
 
JUSBRASIL. Lei 9514/97. Acesso em: 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11308072/lei-n-9514-de-20-de-novembro-de-1997. 
Acesso em 01 abr 2016. 
 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. STF reconhece desnecessidade de registro em 
cartório de alienação fiduciária de veículo. Acesso em 01 abr 2016. 
 
PORTAL NACIONAL DE DIREITO DO TRABALHO. As formas de constituir o 
devedor em mora. Disponível em: http://www.pelegrino.com.br/doutrina/ver/descricao/580. 
Acesso em 02 abr 2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
PASSO 02 
 
POR LUCIANA BACANELI 
 
 
2. Forma Que O Financiado Assume A Posse Do Bem E Efeitos Práticos Da Transferência 
Do Bem 
 
No caso do financiamento a transmissão do bem é realizada ao credor (financiador) 
para que haja a garantia do cumprimento da obrigação por parte deste devedor, usufruindo da 
posse direta deste bem, pela qualidade de depositário, sendo assim, o financiado usufrui deste 
bem e em troca mantém o cumprimento de sua obrigação. Pelo período que perdurar o contrato, 
ou seja, até que este compromisso seja cumprido e o financiado venha a ser proprietário deste 
bem, ele fica vedado de transferi-lo a terceiro por contra própria, sem que haja a anuência do 
órgão financiador. 6 
 
Comparativo: 
 
A Luz da lei 4728,65, teve seu art. 66 alterado pela Lei 10931/04, referente a posse do 
bem 
 
“Art. 66. A alienação fiduciária em garantia transfere ao credor o domínio resolúvel 
e a posse indireta da coisa móvel alienada, independentemente da tradição efetiva do 
bem, tornando-se o alienante ou devedor em possuidor direto e depositário com todas 
as responsabilidades e encargos que lhe incumbem de acordo com a lei civil e penal”. 
 
No tocante a propriedade o aludido § 2 do art. 911/69 trata quanto a propriedade neste 
mesmo artigo, sendo ratificado em momento anterior pela nova lei. 
 
“§ 2º Se, na data do instrumento de alienação fiduciária, o devedor ainda não for 
proprietário da coisa objeto do contrato, o domínio fiduciário desta se transferirá ao 
credor no momento da aquisição da propriedade pelo devedor, independentemente 
de qualquer formalidade posterior. ” 
 
6 Âmbito Jurídico. Alienação fiduciária na prática. Disponível em: http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=658. Acesso em: 01 abr 2016. 
24 
 
 
3. Transferência Do Bem Alienado Ao Financiado 
 
Consoante o disposto acima, o bem alienado será transferido ao financiado, após ao 
cumprimento da obrigação que fora acordada entre ambos, sendo assim ele passa de possuidor 
e proprietário. 
 
4. Contrato Para Caracterização Da Alienação Fiduciária 
 
Quanto à disposição da referida pergunta, será compactuado um contrato de alienação 
fiduciária de bem imóvel, em consonância com a Lei nº 9.514/97, dispondo de todas as 
tratativas acerca no referido financiamento, e de acordo com o inciso I do art. 8º desta mesma 
lei, a transação deverá ser registrada perante o cartório de imóveis para que sejam tomadas as 
medidas pertinentes a situação alienatória junto ao imóvel.7 
 
5. Alienação Fiduciária De Veículos, Tipo De Contrato E Registro 
 
Para a alienação fiduciária de veículo é tecido um contrato de alienação fiduciária em 
garantia de bem móvel, em 21 de outubro de 2015 o STF reconheceu a desnecessidade do 
registro em cartório por esta espécie de financiamento.8 
 
6. Constituição Em Mora Consoante A Legislação Vigente 
 
A caracterização da mora ocorre quando o devedor não cumprir com sua obrigação 
junto ao órgão credor, por sua culpa. Sua configuração depende de um elemento objetivo (não 
realização do pagamento no tempo, local e modo convencionado) e um subjetivo (o não 
cumprimento voluntário do devedor com a obrigação). 9 
 
 
 
7 Jusbrasil. Lei 9514/97. Acesso em: http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11308072/lei-n-9514-de-20-de-novembro-de-1997. Acesso em 01 abr 2016. 
8 Supremo Tribunal Federal. STF reconhece desnecessidade de registro em cartório de alienação fiduciária de 
veículo. Acesso em 01 abr 2016. 
9 Portal Nacional de Direito do Trabalho. As formas de constituir o devedor em mora. Disponível em: 
http://www.pelegrino.com.br/doutrina/ver/descricao/580. Acesso em 02 abr 2016. 
25 
 
REFERENCIAS 
 
 
ÂMBITO JURÍDICO. Alienação fiduciária na prática. Disponível em: http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=658. 
Acesso em: 01 abr 2016. 
 
JUSBRASIL. Lei 9514/97. Acesso em: http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11308072/lei-n-
9514-de-20-de-novembro-de-1997. Acesso em 01 abr 2016. 
 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. STF reconhece desnecessidade de registro em cartório 
de alienação fiduciária de veículo. Acesso em 01 abr 2016. 
 
PORTAL NACIONAL DE DIREITO DO TRABALHO. As formas de constituir o devedor em 
mora. Disponível em: http://www.pelegrino.com.br/doutrina/ver/descricao/580. 
Acesso em 02 abr 2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
CONTRATO DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BEM IMÓVEL (LEI Nº 
9.514/97) 
 
 
IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES CONTRATANTES 
 
 
FIDUCIÁRIA: (Nome da FIDUCIÁRIA), C.N.P.J nº (...........), com 
Inscrição Estadual nº (...............), sediada na Rua (...............................), nº (...), 
bairro (..............), Cidade (...................), Cep nº (.................), no Estado (....), 
devidamente representada neste ato por (nome do representante legal da 
FIDUCIÁRIA), (Nacionalidade), (Estado civil), (Profissão), Carteira de 
Identidade nº (........................) e C.P.F. nº (.........................), residente e 
domiciliado na Rua (................................), nº (....), bairro (................), Cidade 
(....................), Cep nº (....), no Estado (....), que a este subscreve; 
 
FIDUCIANTE: (Nome completo do FIDUCIANTE), (Nacionalidade), 
(Estado civil) (Profissão), Carteira de Identidade nº (......................) e C.P.F. nº 
(........................), residente e domiciliado na Rua (.................................), nº (....), 
bairro (...........), Cidade (..................), Cep nº (...................), no Estado (.....);(1) 
 
AVALISTA 1: (Nome completo do avalista 1), (Nacionalidade), (Estado 
civil) (Profissão), Carteira de Identidade nº (...................) e C.P.F. nº 
(.....................), residente e domiciliado na Rua (...................................), nº (......), 
bairro (.............), Cidade (....................), Cep nº (...................), no Estado (....); 
 
AVALISTA 2: (Nome completo do avalista 2), (Nacionalidade), (Estado 
civil) (Profissão), Carteira de Identidade nº (....................) e C.P.F. nº 
(.......................), residente e domiciliado na Rua (........................), nº (....), bairro 
(..............), Cidade (...................), Cep (.....................), no Estado (.....). 
 
As partes acima identificadas têm, entre si, justo e acertado o presente 
Contrato de Compra e Venda de Imóvel com Alienação Fiduciária(2), que se 
regerá pelas cláusulas seguintes e pelas condições de preço, forma e termo de 
pagamento descritas no presente. 
 
DO OBJETO DO CONTRATO 
 
Cláusula 1ª. O presente instrumento tem como OBJETO o financiamento 
para a aquisição pelo FIDUCIANTE do seguinte bem imóvel (......................) 
(Descrever o bem a ser adquirido), mediante contrato de compra e venda firmado 
com a vendedora (.........................) (Denominação ou Razão Social da firma 
vendedora do bem objeto do contrato), C.N.P.J nº (...............), situada na Rua 
ANEXO 01 
27 
 
(.........................), nº (......), Cidade (....................), no Estado (....), pela quantia 
de R$ (.......) (Valor total do bem). 
 
Parágrafo primeiro. Para a realização do financiamento determinado no 
caput da presente cláusula, a FIDUCIÁRIA depositará o valor integral do preço 
do bem, R$ (.......) (valor expresso), na seguinte conta do FIDUCIANTE, conta nº 
(............), Banco (....), Agência (...............), no prazo de (....) dias após a assinatura 
do presente contrato. 
 
Parágrafo segundo. O pagamento pelo FIDUCIANTE do financiamento 
recebido, ocorrerá nos termos do disposto nas cláusulas 3ª e 4ª deste instrumento. 
 
Parágrafo terceiro. Este contrato reger-se-á pelos ditames do Código Civil, 
Lei 10.406/02, da Lei nº 9.514/97, que dispõe acerca do Sistema de Financiamento 
Imobiliário, com as alterações introduzidas pela Medida Provisória nº 221/34, 
bem como do Decreto-Lei nº 911, que trata da Alienação Fiduciária. 
 
DA ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA 
 
Cláusula 2ª. A fim de oferecer garantia das obrigações principais e 
acessórias constantes deste instrumento, o FIDUCIANTE transfere à 
FIDUCIÁRIA, em alienação fiduciária, o bem imóvel identificado na cláusula 1ª 
deste contrato. 
 
Parágrafo primeiro. Nos termos do art. 23 da Lei nº 9.514, a fim de se 
constituir a propriedade fiduciária do imóvel descrito na cláusula anterior, 
proceder-se-á ao registro do presente contrato no competente Registro de Imóveis, 
junto à escritura do referido imóvel. 
Parágrafo segundo. O registro referido no parágrafo anterior será realizado 
até (.....) após sua assinatura pelas partes. 
 
DO VALOR DA DÍVIDA E ENCARGOS 
 
Cláusula 3ª. A FIDUCIÁRIA entregará ao FIDUCIANTE, através de 
cheque (Dados e o nome do banco) ou carta de crédito, o valor de R$ (.....) (Valor 
Expresso), a ser utilizado no pagamento do valor do bem identificado na cláusula 
1ª, e que passará a ser devido pelo FIDUCIANTE, como principal, à 
FIDUCIÁRIA. 
 
Cláusula 4ª. O FIDUCIANTE, por meio deste, confirma-se como devedor 
da FIDUCIÁRIA pelo valor que desta recebeu, consoante determinação da 
cláusula anterior, obrigando-se desde já a se submeter aos seguintes acréscimos: 
28 
 
juros, comissões, correção monetária, imposta sobre operações financeiras 
incidente sobre este instrumento. 
 
DAS PRESTAÇÕES E DO PAGAMENTO 
 
Cláusula 5ª. O valor, totalizando o principal e encargos, fixados nas 
cláusulas 3ª e 4ª, serão pagos pelo FIDUCIANTE em (....) prestações, iguais, 
sucessivas e mensais, vencendo-se a primeira no dia (....), e as demais parcelas, 
em dia igual, nos meses subseqüentes ao vencimento da primeira. 
 
Cláusula 6ª. Como forma de controlar o pagamento das parcelas devidas 
pelo FIDUCIANTE, a FIDUCIÁRIA emitirá em seu favor um boleto contendo 
avisos-recibos para cada uma das prestações definidas neste instrumento, devendo 
referido boleto ser apresentado pelo FIDUCIANTE quando for efetuar o 
pagamento de cada parcela, que deverá ser realizado nas seguintes instituições: 
(Local ou instituições financeiras onde o pagamento deverá ser efetuado). A 
quitação se dará por autenticação mecânica, equivalendo-se a cada uma das 
prestações pagas. 
 
Cláusula 7ª. Com o pagamento da dívida e demais encargos, definidos nas 
cláusulas 3ª e 4ª deste contrato, resolvem-se, consoante determinação do art. 25 
da Lei nº 9.514/97, a propriedade fiduciária do imóvel. 
 
Parágrafo primeiro. No prazo de trinta dias, a contar da data de liquidação 
da dívida, o FIDUCIÁRIO fornecerá o respectivo termo de quitação ao 
FIDUCIANTE, sob pena de multa em favor deste, equivalente a meio por cento 
ao mês, ou fração, sobre o valor do contrato. 
 
Parágrafo segundo. À vistado termo de quitação de que trata o parágrafo 
anterior, o oficial do competente Registro de Imóveis efetuará o cancelamento do 
registro da propriedade fiduciária. 
 
DA INADIMPLÊNCIA E DA MORA 
 
Cláusula 8ª. Se vencida, e não quitada qualquer das parcelas do 
financiamento, constituído em mora o FIDUCIANTE, consolidar-se-á, nos 
termos dispostos no parágrafo primeiro da presente cláusula a propriedade do 
imóvel em nome do fiduciário. 
 
Parágrafo primeiro. Após o prazo de (.....) do seu vencimento, o 
FIDUCIANTE será intimado, a requerimento da FIDUCIÁRIA, pelo oficial do 
competente Registro de Imóveis, a satisfazer, no prazo de quinze dias, a prestação 
vencida e as que se vencerem até a data do pagamento, os juros convencionais, as 
29 
 
penalidades e os demais encargos contratuais, os encargos legais, inclusive 
tributos, as contribuições condominiais imputáveis ao imóvel, além das despesas 
de cobrança e de intimação, consoante determinação do art. 26, § 1º, da Lei nº 
9.514/97. 
 
Parágrafo segundo. Purgada a mora no Registro de Imóveis, convalescerá 
o contrato de alienação fiduciária. 
 
Parágrafo terceiro. Responde o FIDUCIANTE pelo pagamento dos 
impostos, taxas, contribuições condominiais e quaisquer outros encargos que 
recaiam ou venham a recair sobre o imóvel, cuja posse tenha sido transferida para 
a FIDUCIÁRIA, nos termos do desta cláusula, até a data em que a FIDUCIÁRIA 
vier a ser imitido na posse 
 
Parágrafo quarto. Decorrido o prazo de que trata o parágrafo 1º deste 
contrato, sem a purgação da mora, o oficial do competente Registro de Imóveis, 
certificando esse fato, promoverá a averbação, na matrícula do imóvel, da 
consolidação da propriedade em nome da FIDUCIÁRIA, à vista da prova do 
pagamento por esta, do imposto de transmissão inter vivos. 
 
Cláusula 9ª. Uma vez consolidada a propriedade em seu nome, a 
FIDUCIÁRIA, no prazo de trinta dias, contados da data do registro de que trata o 
parágrafo quarto da cláusula anterior, promoverá leilão público para a alienação 
do imóvel, de acordo com o procedimento determinado pelo art. 27 da Lei nº 
9.514/97, a fim de obter os valores compreendidos nas cláusulas 3ª e 4ª deste 
instrumento, compreendidos os valores determinados no § 3º do referido art. 27. 
 
Parágrafo primeiro. Para efeito de venda em leilão público, considerar-se-
á o valor mínimo do imóvel em R$ (.....) (valor expresso), sendo lícita sua 
atualização de acordo com o valor de mercado à época do leilão. 
 
Parágrafo segundo. O FIDUCIANTE pagará à FIDUCIÁRIA, a título de 
taxa de ocupação do imóvel, por mês ou fração, valor correspondente a um por 
cento do valor a que se refere o parágrafo anterior, computado e exigível desde a 
data da alienação em leilão até a data em que a FIDUCIÁRIA vier a ser imitida 
na posse do imóvel 
 
Cláusula 10ª. Em ocorrendo a mora do FIDUCIANTE, lhe serão cobrados, 
na data da quitação de sua dívida, encargos à taxa máxima que estiver sendo 
utilizada pela FIDUCIÁRIA e que, em hipótese alguma, será inferior às taxas 
estipuladas neste instrumento. 
 
 
30 
 
DAS AÇÕES JUDICIAIS 
 
 Cláusula 11ª. Ficarão à mercê da FIDUCIÁRIA, as ações e os direitos 
constantes no Decreto-lei nº 911, de 1969, bem como da lei 9.514, de 1997, e 
legislação posterior aplicável. 
 Parágrafo único. Caso seja proposta a ação de cobrança, o 
FIDUCIANTE ficará, também, responsável pelo pagamento das custas, demais 
despesas e honorários de advogado. 
 
 
DA QUITAÇÃO ANTECIPADA 
 
 Cláusula 12ª. Excluindo a situação em que a rescisão antecipada for 
decorrente de inadimplência, a liquidação deste contrato, antes da data de seu 
vencimento, fica condicionada à concordância dada pela FIDUCIÁRIA. 
 
DOS AVALISTAS 
 
 Cláusula 13ª. Os AVALISTAS se obrigam da mesma maneira que o 
IDUCIANTE. 
 
DA RESCISÃO 
 
 Cláusula 14ª. O descumprimento, por qualquer das partes, das 
cláusulas aqui constantes dará ensejo à rescisão do presente. 
 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
 Cláusula 15ª. Assegura-se ao FIDUCIANTE, enquanto adimplente, a 
livre utilização, por sua conta e risco, do imóvel objeto da alienação fiduciária; 
 
 Cláusula 16ª. Nos termos do art. 38 da Lei nº 9.514/97, o presente 
instrumento particular tem o caráter de escritura pública para todos os fins de 
Direito. 
 
DO FORO 
 
Cláusula 17ª. Para dirimir quaisquer controvérsias oriundas do 
CONTRATO, as partes elegem o foro da comarca de (............); 
 
Por estarem assim justos e contratados, firmam o presente instrumento, 
em duas vias de igual teor, juntamente com 2 (duas) testemunhas. 
 
31 
 
(Local, data e ano). 
 
(Nome e assinatura do Representante legal da FIDUCIÁRIA) 
 
(Nome e assinatura do FIDUCIANTE) 
 
(Nome e assinatura do Avalista 1) 
 
(Nome e assinatura do Avalista 2) 
 
(Nome, RG e assinatura da Testemunha 1) 
 
(Nome, RG e assinatura da Testemunha 2) 
 
 
Fonte: http://sitecontabil.com.br/modelos_contrato/0163.htm

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