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AULA 20 PG 1 CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS AULA 20 PG 2 CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS Este material é parte integrante da disciplina “Construção de Edifícios” oferecido pela UNINOVE. O acesso às atividades, as leituras interativas, os exercícios, chats, fóruns de discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente de aprendizagem on-line. AULA 20 PG 3 CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS Sumário AULA 20• COBERTURAS DE EDIFICAÇÕES E SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO NOS PROJETOS DE ENGENHARIA CIVIL E ARQUITETURA DE EDIFÍCIOS URBANOS. ................... 4 Tipos de coberturas ..................................................................................................................... 5 Sistema estrutural........................................................................................................................ 8 Sistema de captação de água ..................................................................................................... 8 Materiais ...................................................................................................................................... 9 Naturais ....................................................................................................................................... 9 Artificiais .................................................................................................................................... 10 Ecotelhados............................................................................................................................... 11 Telhados vivos .......................................................................................................................... 11 Terraços-jardins ........................................................................................................................ 11 Telhado de estrutura de madeira ............................................................................................... 11 Manutenção............................................................................................................................... 12 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................. 14 AULA 20 PG 4 CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS AULA 20• COBERTURAS DE EDIFICAÇÕES E SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO NOS PROJETOS DE ENGENHARIA CIVIL E ARQUITETURA DE EDIFÍCIOS URBANOS. Esta aula está dividida em duas partes: a primeira, sobre coberturas, encerrando a temática “Fechamento de edifícios”; a segunda trata-se do conteúdo do seminário presencial “Segurança contra incêndio nos projetos de engenharia civil e arquitetura de edifícios urbanos” apresentado no dia 05 de dezembro de 2009. Os diversos tipos de coberturas definem o fechamento zenital do edifício. Elas possuem a função principal de proteção da edificação contra a ação da intempérie, podendo prover conforto térmico, iluminação natural e valorização estética interna ou estética da construção. A eficiência do fechamento e a sua durabilidade dependem do projeto da estrutura de suporte da cobertura, da qualidade do material empregado e da qualidade da execução e os procedimentos metodológicos de impermeabilização. Na aula 16 foram estudados os tipos de revestimentos disponíveis no mercado nacional da Construção Civil. A cobertura não deixa de ser uma espécie de “revestimento” que “cobre” o edifício por cima, tampando-o. As funções da cobertura são parecidas com as funções do cabelo no corpo humano. O cabelo tem função de proteger a cabeça das intempéries e a cobertura do edifício também! A principal função das coberturas é a vedação e proteção do interior da edificação contra a penetração de raios solares, chuva, vento, ladrões etc. (). Outras funções como a ventilação e o conforto termoacústico são coadjuvantes no desempenho das coberturas. Conhecer os principais tipos de coberturas e os procedimentos normativos da segurança contra incêndio nos projetos de engenharia civil e arquitetura de edifícios urbanos. AULA 20 PG 5 CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS Nesta aula serão apresentados os tópicos principais dos aspectos do projeto de coberturas usuais em edifícios da construção civil no Brasil. Diversos textos complementares são indicados para obter dados técnicos sobre cada tópico da aula, entretanto, são leituras obrigatórias: Tipos de coberturas As coberturas podem ser classificadas quanto à forma, ao sistema estrutural e ao tipo de elementos de fechamento (). Acesse a plataforma de estudo para realizar leitura complementar AULA 20 PG 6 CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS As coberturas são formadas por três sistemas (): estrutural, de fechamento e de captação de águas pluviais. Esses sistemas requerem um estudo cuidadoso de projeto em função: do material utilizado, da extensão (área de cobertura) a ser fechada, do tipo de uso da edificação, do padrão estético desejado, da altura da edificação (quanto maior a altura, maior a incidência de ventos fortes). O sistema estrutural é selecionado em função do tamanho da área a ser coberta, do carregamento ao qual será exposto, do sistema estrutural da edificação e de sua ocupação (finalidade). A estrutura da cobertura deve suportar as ações: gravitacional (peso próprio da cobertura e de seus elementos de ligação, da água da chuva e neve), eólica (pressão dinâmica do vento), térmica (esforços causados pela dilatação e contração pela variação térmica) e acidentais (peso de pessoas e equipamentos para limpeza e reparos). O projeto da estrutura da cobertura é um projeto estrutural que deve seguir as diretrizes das normas brasileiras de projeto de estruturas conforme o material estrutural usado e os possíveis carregamentos da estrutura da cobertura (). Acesse a plataforma de estudo para realizar leitura complementar AULA 20 PG 7 CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS A não-observância aos critérios normativos do projeto estrutural implica riscos de acidentes estruturais graves. O desabamento da cobertura pode também causar desabamento das edificações vizinhas ou da própria edificação que não suportará a carga de impacto em consequência da queda da estrutura. Qualquer colapso estrutural implica responsabilidade civil e criminal do engenheiro responsável pelo projeto da cobertura e do proprietário da edificação que contratou os serviços de engenharia civil. Veja alguns acidentes estruturais de coberturas nas referências dos próximos “textos complementares” e dos vídeos do “saiba mais”. Acesse a plataforma de estudo para realizar leitura complementar AULA 20 PG 8 CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS Sistema estrutural Os sistemas estruturais mais usuais são as treliças, que podem ser planas (tesouras) ou espaciais, e as placas de concreto que servem de lajes de cobertura (terraços) ou de base de jardins (terraços-jardins e “telhados vivos”). As cascas são sistemas estruturais usados em construções especiais, por exemplo o Memorial da América Latina (São Paulo, SP) ( e ), a Igreja da Pampulha (Belo Horizonte, MG) () e o Senado (Brasília, DF) ( e ). Usualmente, as treliças são projetadas em madeira () ou em aço (liga de ferro e carbono) (). As ligações entre as barras da treliça podem ser pregadas (madeira),parafusadas (madeira ou aço) ou soldadas (aço). Elas são os pontos críticos da estrutura porque estão sujeitas à fadiga, causada por esforços cíclicos (pressão dinâmica do vento), e à agressividade ambiental causada por umidade e pela atmosfera química. Enquanto o aço é suscetível à corrosão, a madeira é suscetível à deterioração biológica, principalmente nos nós, em que há maior risco de infiltração. Daí a necessidade de vistoria periódica e manutenção constante das treliças metálicas e de madeira. Usualmente, as placas e as cascas são projetadas em concreto. Elas devem ter impermeabilização eficiente e revestimentos que protejam o concreto da agressividade ambiental. Sistema de captação de água O conceito de sustentabilidade na construção de edifícios acrescentou mais um objetivo às coberturas: a captação de águas pluviais para o seu reúso. Em 2007 foi promulgada a Lei Estadual n. 12.526 que obriga a implantação de sistema para a captação e retenção de águas pluviais coletadas por telhados, coberturas, terraços e pavimentos descobertos, em lotes de área impermeabilizada superior a 500 m² no Estado de São Paulo. No mesmo ano foi publicada a norma brasileira NBR 15527, que apresenta os requisitos que as coberturas em áreas urbanas devem ter para a captação de água de chuva para fins não potáveis. Acesse a plataforma de estudo para realizar leitura complementar AULA 20 PG 9 CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS Materiais As coberturas podem ser projetadas com um único tipo de material ou podem ser mistas (). Geralmente elas são mistas, uma vez que a estrutura é projetada em madeira ou aço e o fechamento é de material cerâmico, compósitos (mistura de cimento Portland ou resinas e fibras) ou plástico. Naturais Os telhados naturais são feitos de fibras naturais mortas (). Usualmente a estrutura desses telhados é de madeira estrutural ou até mesmo de bambu (cobertura temporária). Acesse a plataforma de estudo para realizar leitura complementar AULA 20 PG 10 CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS As vantagens são puramente estéticas: o estilo de arquitetura rústica e a integração da construção à natureza. As vantagens técnicas não existem, uma vez que a manutenção periódica é semestral (). Em razão da baixa resistência ao fogo e facilidade de combustão, é obrigatória a instalação de splinders (dispositivo de irrigação) para dificultar a ignição. Artificiais A apresenta os tipos principais de telhas artificiais, as telhas industrializadas mais usadas no Brasil, frequentemente notadas nos centros urbanos. Para o conhecimento das dimensões, formas, cálculo de consumo e declividade mínima de telhado para uso, é obrigatória a leitura da referência indicada nos “textos complementares” abaixo. Acesse a plataforma de estudo para realizar leitura complementar AULA 20 PG 11 CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS Ecotelhados Os ecotelhados são aqueles que contribuem para a sustentabilidade do meio ambiente por meio da redução do consumo de energia para manter o conforto termoacústico interno da edificação. Eles possuem vegetação viva que cobre toda a estrutura plana da cobertura (“telhados vivos”) ou parte dela (“telhados-jardins”). Telhados vivos A vegetação verde cobre a superfície total da cobertura, que pode ser plana horizontal ou inclinada. • Principais vantagens: absorção de parte da água pluvial precipitada, reduzindo os riscos de enchentes; conforto térmico (redução da temperatura interna da edificação); redução do consumo de energia elétrica em razão do uso de ar condicionado; conforto acústico (redução da reverberação). • Principais desvantagens: projeto de impermeabilização para impedir a penetração da água do solo nas frestas, reentrâncias (ligação laje-parede) e laje. Terraços-jardins A vegetação cobre parcialmente a superfície de uma cobertura plana horizontal. O terraço pode conter apenas um “jardim” ou pode conter uma área de convivência e lazer com elementos construídos entre as plantações, formando uma espécie de solário. Telhado de estrutura de madeira A estrutura de madeira () é a mais comum para sustentar a cobertura de edificações de pequeno e médio porte, sobretudo as residenciais de habitações populares. A estrutura de Acesse a plataforma de estudo para realizar leitura complementar AULA 20 PG 12 CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS madeira pode sustentar telhas cerâmicas, de fibrocimento ou as ecotelhas. Por essas razões, o telhado de estrutura de madeira merece maior destaque. Figura : Componentes típicos de um telhado de estrutura de madeira. Fonte: ITCnet, 2008. Disponível em: http://www.itc.etc.br/itc_informa_det.asp?intPaginaAtual=1&idreg=66. Acesso em: 03 nov. 2009. Os componentes (elementos estruturais e de fixação), a geometria, as características de montagem, a escolha da madeira apropriada a cada elemento estrutural etc. são apresentados em dez capítulos 100% ilustrados passo a passo no hipertexto ilustrado de WATANABE (2009a) e (2009b). Essas referências estão indicadas como leitura obrigatória, nos “textos complementares”no final da aula. Recomenda-se assistir aos vídeos indicados no “saiba mais” abaixo. Eles são essenciais para este tópico da aula! Manutenção A apresenta as atividades de manutenção de coberturas que devem ser rotinas para assegurar o desempenho satisfatório. AULA 20 PG 13 CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS Remoção de vegetação, lodo, etc., que contribuem para a deterioração da cobertura (exceto os “telhados vivos”); Atividades Tabela 2: Atividades de manutenção de coberturas. 1 vez/semestre imediatamente 1 vez/ano Limpeza e vistoria dos sistemas de captação e escoamento de águas pluviais; Verificação dos pontos críticos do telhado, tais como: cumeeira e final de espigão; Limpeza dos elementos de ventilação; Substituição de elementos deteriorados (desgaste ou dano); Renovação da impermeabilização Freqüência 1 vez/semestre 1 vez/ano 1 vez/ano Acesse a plataforma de estudo para realizar leitura complementar Sites Recomendados http://www.cbca-ibs.org.br http://www.abai.org.br http://www.abal.org.br http://www.abceram.org.br http://www.abcp.org.br http://www.abipa.org.br http://www.abividro.org.br http://www.anicer.com.br http://www.ccb.org.br AULA 20 PG 14 CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS REFERÊNCIAS AZEREDO, H. A. O edifício até sua cobertura. 2. ed. 7ª impressão. São Paulo: Edgard Blüscher, 2008. CICHINELLI, G. Coberturas metálicas. Téchne, São Paulo, vol. 145, 2009. Reportagens. Disponível em: <http://www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/145/coberturas-geracao-leve- 131692-1.asp>. Acesso em: 30 out. 2009. Mãos à obra: Cobertura (Parte 1). Programa 17. Direção de Carlos Nascimbeni. Produção de Norma Mantovanini. Coordenação de Danyel M. Fonseca. São Paulo: TVN, 1998. 1 vídeo (9min54s), son., color. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=OYimxbInnow&feature=PlayList&p=514FF61178AD631 6&playnext=1&playnext_from=PL&index=33>. Acesso em: 24 out. 2009. Mãos à obra: Cobertura (Parte 2). Programa 17. Direção de Carlos Nascimbeni. Produção de Norma Mantovanini. Coordenação de Danyel M. Fonseca. São Paulo: TVN, 1998. 1 vídeo (6min27s), son., color. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=V6RbzyVqd- M&feature=PlayList&p=514FF61178AD6316&playnext=1&playnext_from=PL&index=34>. Acessoem: 24 out. 2009. Mãos à obra: Cobertura (Parte 3). Programa 17. Direção de Carlos Nascimbeni. Produção de Norma Mantovanini. Coordenação de Danyel M. Fonseca. São Paulo: TVN, 1998. 1 vídeo (7min30s), son., color. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=x5qGaSBPmi0&feature=PlayList&p=514FF61178AD63 16&playnext=1&playnext_from=PL&index=35>. Acesso em: 24 out. 2009. Cobertura de policarbonato reduz o calor em 20%. Bonde, Londrina, 23 mar. 2009. Construção. Hipertexto. Disponível em: <http://www.bonde.com.br/bonde.php?id_bonde=1-32--38- 20090323>. Acesso em: 30 out. 2009. Coberturas naturais deixam áreas de lazer mais rústicas. Bonde, Londrina, 13 fev. 2009. Arquitetura. Hipertexto. Disponível em: <http://www.bonde.com.br/bonde.php?id_bonde=1-32--24- 20090213>. Acesso em: 30 out. 2009. FIGUEROLA, V. Coberturas. Téchne, São Paulo, vol. 86, 2004. Reportagens. Disponível em: <http://www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/86/artigo32727-1.asp>. Acesso em: 30 out. 2009. 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Captação de água de chuva já é obrigatória no Estado de São Paulo. Jornal O Serrano, Serra Negra, SP, 17 jan. 2007. Notícia Local. Disponível em: <http://www.oserrano.com.br/mais.asp?tipo=Local&id=468>. Acesso em: 06 nov. 2009. SÃO PAULO (Estado). Decreto nº 12.526, de 2 de janeiro de 2007. Estabelece normas para a contenção de enchentes e destinação de águas pluviais. Diário Oficial do Estado de São Paulo, Poder Legislativo, São Paulo, SP, 03 jan. 2007. Seção 117 (1), p. 7. Disponível em: <http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/132505/lei-12526-07-sao-paulo-sp>. Acesso em: 06 nov. 2009. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12800: “Telha de fibrocimento, tipo pequenas ondas – Especificação”. Rio de Janeiro, 1993. 3 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12820: “Telha de fibrocimento, tipo pequenas ondas”. Rio de Janeiro, 1993. 3 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12825: “Telha de fibrocimento, tipo canal”. Rio de Janeiro, 1993. 3 p. 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Disponível em: <http://www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/148/telhados-verdes-coberturas-verdes- projetadas-no-brasil-oferecem-sistemas-diferenciados-144157-1.asp>. Acesso em: 30 out. 2009. CLARO, A. et al. Utilização da madeira na construção civil. In: ARQ 5661 – Tecnologia de Edificação I. Florianópolis: CTC/UFSC, 2009. Disponível em: <http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2009-1/casa_madeira/utilizacao.html>. Acesso em: 06 nov. 2009. Cupins. TV Diário, Mogi das Cruzes/Suzano/Poá, 12 set. 2009. Diário Ecologia. Reportagem. Vídeo. Produção de Mirielly de Castro. Coordenação de Marcelo Carloni. 1 vídeo (7min46s), son., color. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=CSS5ipTHKsU>. Acesso em: 05 nov. 2009. Telhas shingle. RBS TV, Porto Alegre, 12 jul. 2009. Casa e cia. Video. 1 vídeo (5min49s), son., color. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=wBoJUTyQ4vk>. Acesso em: 05 nov. 2009.
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