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BIZU - CONTABILIDADE GERAL 
AUDITOR FISCAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – ICMS-RJ 
PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA 
 
Prof. Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 1 
 
 
Caros (as) concurseiros (as), o meu objetivo nesse BIZU é 
apresentar, em síntese, as principais informações (dicas) referentes 
ao edital que poderão cair na prova. 
 
01. MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS 
“Não há devedor sem que haja credor e não há credor sem que haja 
devedor, sendo que a cada débito corresponde um crédito de igual 
valor.” 
 
 
02. FÓRMULAS DE LANÇAMENTO: 
Lançamento de 1ª fórmula 11 1 débito para 1 crédito 
Lançamento de 2ª fórmula 12 1 débito para 2 créditos ou mais 
Lançamento de 3ª fórmula 21 2 débitos ou mais para 1 crédito 
Lançamento de 4ª fórmula 22 2 débitos ou mais para 2 créditos ou mais 
 
03. BALANÇO PATRIMONIAL 
O balanço patrimonial tem por finalidade apresentar a posição 
financeira e patrimonial da empresa em determinada data, 
representando, portanto, uma posição estática. 
Conforme artigo 178 da Lei nº 6.404/76, “No balanço, as contas 
serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que 
registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a 
análise da situação financeira da companhia”. 
O balanço é composto por três elementos básicos: Ativo, 
Passivo e Patrimônio Líquido. Sendo constituído por duas colunas: a 
coluna do lado esquerdo é denominada ativo e a do lado direito, 
passivo e patrimônio líquido. Atribui-se o lado esquerdo para o ativo e 
o direito ao passivo e patrimônio líquido por mera convenção 
contábil. 
 
 
 
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BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO PASSIVO 
 ATIVO CIRCULANTE 
 ATIVO NÃO CIRCULANTE 
• REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 
• INVESTIMENTOS 
• IMOBILIZADO 
• INTANGÍVEL 
 
 
 PASSIVO CIRCULANTE 
 PASSIVO NÃO CIRCULANTE 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
• CAPITAL SOCIAL 
• RESERVAS DE CAPITAL 
• AJUSTES DE AVALIAÇÃO 
PATRIMONIAL 
• RESERVAS DE LUCROS 
• (-) AÇÕES EM TESOURARIA 
• (-) PREJUÍZOS ACUMULADOS 
 
ATIVO – é um recurso controlado pela entidade como resultado de 
eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios 
econômicos para a entidade (Resolução CFC nº 1.374/2011). No ativo 
serão classificados os bens e direitos da entidade. 
Ativo = Bens e Direitos 
 
 PASSIVO – evidencia toda a obrigação (dívida) que a empresa tem 
com terceiros: contas a pagar, fornecedores, impostos a pagar, 
comissões a pagar, salários a pagar, financiamentos e empréstimos, 
etc. 
Passivo = Obrigações (dívidas) com terceiros 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO – Patrimônio Líquido é o interesse residual 
nos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos 
(Resolução CFC nº 1.374/2011). 
O patrimônio líquido é dividido em: capital social, reservas de capital, 
ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em 
tesouraria e prejuízos acumulados (Lei nº 6.404/76, art. 178, § 2º, 
III). 
 
 
 
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04. EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DO PATRIMÔNIO: 
 Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido 
Situações Líquidas Patrimoniais possíveis. 
� Ativo maior que Passivo 
 Situação Líquida Positiva 
A = P + PL 
� Ativo menor que Passivo 
 Situação Líquida Negativa, também conhecida como Passivo 
a Descoberto. 
A = P – PL 
� Ativo igual a Passivo 
 Situação Líquida Nula 
A = P 
 
05. ATOS E FATOS ADMINISTRATIVOS 
Atos administrativos – são acontecimentos que ocorrem na 
empresa e que não provocam alterações no patrimônio. Como por 
exemplo, assinatura de contrato de compra e venda ou contrato de 
seguro, admissão de empregado, fianças em favor de terceiros, avais 
de títulos, etc. 
Os atos administrativos não são objetos de contabilização, por não 
provocarem modificações no patrimônio. 
Fatos administrativos ou fato de gestão é qualquer negócio 
realizado pela administração que modifique o patrimônio da empresa, 
qualitativa ou quantitativamente. 
Fatos contábeis são os acontecimentos que ocorrem na empresa e 
que provocam modificações no patrimônio, sendo, portanto, objeto 
de contabilização por meio das contas patrimoniais ou das contas de 
resultado, podendo ou não alterar a situação líquida. 
Os fatos contábeis podem ser classificados em três grupos: 
1. Permutativos, qualitativos ou compensativos – não provocam 
variações no Patrimônio Líquido (PL), pois representam permutas 
(trocas) entre elementos ativos, passivos ou entre ambos 
simultaneamente. 
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Exemplos: 
• Entre contas do ativo 
Compra de mercadorias à vista: 
D - Mercadorias (aumenta o ativo) 
C - Caixa (diminui o ativo) 
 
• Entre contas do ativo e do passivo 
Compra de mercadorias a prazo: 
D - Mercadorias (aumenta o ativo) 
C - Fornecedores (aumenta o passivo) 
 
 
2. Modificativos ou quantitativos – provocam modificações 
(variações) no Patrimônio Líquido. Podem ser aumentativos ou 
diminutivos. 
Exemplos: 
• Modificativo aumentativo 
Receita de prestação de serviços recebida à vista ou a prazo: 
D - Caixa ou Clientes (aumenta o ativo) 
C - Receita de Serviços (Receita – aumenta o PL) 
 
• Modificativo diminutivo 
Apropriação de salários: 
D - Despesas de Salários (Despesa – diminui o PL) 
C - Salários a Pagar (aumenta o passivo) 
 
 
3. Mistos – envolvem, ao mesmo tempo, um fato permutativo e um 
modificativo. Também são chamados de Compostos. 
Exemplos: 
• Misto aumentativo 
Recebimento de duplicatas com juros: 
D - Caixa (aumenta o ativo) 
C - Diversos 
a Juros Ativos (Receita – aumenta o PL) 
a Duplicatas a Receber (Diminui o ativo) 
 
 
 
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• Misto diminutivo 
Recebimento de duplicatas com descontos: 
D - Diversos 
C - Duplicatas a Receber (diminui o ativo) 
Caixa (aumenta o ativo) 
Descontos Concedidos (Despesa – diminui o PL) 
 
06.DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) 
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é a apresentação 
das operações realizadas pela empresa, durante o exercício social, de 
forma resumida, destacando o resultado líquido do período, incluindo 
o que se denomina de receitas e despesas realizadas. 
Essa Demonstração evidenciará o Resultado que a empresa obteve 
(Lucro ou Prejuízo) no desenvolvimento de suas atividades no 
determinado período, o exercício social, geralmente igual a um ano. 
ESTRUTURA DA DRE: 
(=) Receita Bruta de Vendas de Mercadorias, Produtos e/ou Serviços 
(RBV) 
(-) Vendas canceladas 
(-) Abatimentos concedidos e descontos incondicionais 
(-) Impostos e contribuições incidentes sobre vendas e serviços 
• ICMS 
• PIS/PASEP E COFINS 
• ISS 
(=) Receita Líquida de Vendas (RLV) 
(-) Custo das Mercadorias ou produtos vendidos e/ou serviços prestados 
(=) Resultado Bruto (Lucro Bruto) 
(-) Despesas operacionais 
• Despesas com vendas 
• Despesas gerais e administrativas 
• Despesas financeiras, deduzidas das receitas financeiras 
• Outras despesas operacionais 
• Resultados negativos em participações societárias 
• Variações monetárias passivas 
(+) Outras Receitas Operacionais 
• Resultados positivos em participações societárias 
• Variações monetáriasativas 
• Receitas de aluguéis de imóveis 
(=) Resultado Operacional Líquido (Lucro Operacional) 
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(-) Outras Despesas (antes denominadas despesas não operacionais) 
(+) Outras Receitas (antes denominadas receitas não operacionais) 
(=) Resultado do período antes da Contribuição Social e o IR (LAIR) 
(-) Contribuição Social sobre o lucro 
(-) Provisão para o Imposto de Renda 
(=) Lucro líquido do período antes das participações (LAPIR) 
(-) Participação de debenturistas 
(-) Participação de empregados 
(-) Participação de administradores 
(-) Participação de partes beneficiárias 
(-) Contribuição para fundos de assistência e previdência social dos empregados 
(=) Lucro Líquido do período base (LL) 
(/) Número de ações 
(=) Lucro Líquido por ação 
 
07. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC) 
A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) é uma demonstração 
financeira obrigatória para todas as companhias abertas e para as 
fechadas com patrimônio líquido igual ou superior a R$ 2.000.000 na 
data do balanço. Tem como objetivo evidenciar as modificações 
ocorridas nas disponibilidades da companhia, em um determinado 
exercício financeiro. 
As atividades dos fluxos de caixa, ocorridas durante o exercício, estão 
divididas em três categorias: 
a) Atividades operacionais; 
b) Atividades de financiamento; e 
c) Atividades de investimento. 
ATIVIDADES OPERACIONAIS – envolvem todas as atividades 
relacionadas com a produção e entrega de bens e serviços e os 
eventos que não sejam definidos como atividades de investimento e 
financiamento. Relacionam-se, normalmente, com as transações que 
aparecem na Demonstração do Resultado do Exercício. 
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O montante dos fluxos de caixa decorrentes das atividades 
operacionais é um indicador de como a operação da empresa tem 
gerado suficientes fluxos de caixa para amortizar empréstimos, 
manter a capacidade operacional da entidade, pagar dividendos e 
juros sobre o capital próprio e fazer novos investimentos sem 
recorrer a fontes externas de financiamento. 
Vejamos alguns exemplos: 
Entradas: 
 Recebimentos, à vista, pela venda de mercadorias e produtos e 
pela prestação de serviços bem como pelo recebimento das 
duplicatas das vendas a prazo; 
 Recebimento de juros sobre empréstimos concedidos e sobre 
aplicações financeiras; 
 Recebimento de dividendos e juros sobre capital próprio pela 
participação no patrimônio de outras empresas; 
 Recebimento de aluguéis, royalties, direito de franquia e vendas 
de ativos produzidos ou adquiridos para esse fim (como no caso de 
vendas de carros destinados a aluguel); 
 Todos os demais recebimentos, desde que não se enquadrem 
como investimento ou financiamento. Tais como: recebimento 
decorrente de sentenças judiciais e reembolso de fornecedores. 
Saídas: 
 Pagamentos, à vista, a fornecedores de mercadorias e serviços 
bem como o pagamento de fornecedores de compras originalmente a 
prazo; 
 Pagamentos de despesas da atividade fim da empresa, tais como 
salários, aluguéis, 
 Pagamento dos juros (despesa financeira) dos financiamentos 
(comerciais e bancários) obtidos; 
 Pagamentos de tributos às três esferas de governo, bem como os 
pagamentos acessórios tais como multas, etc.; 
 
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO – são aquelas relacionadas ao 
aumento e a redução dos ativos de longo prazo (não circulante) que a 
empresa utiliza para produzir bens e serviços. Geram entradas e 
saídas de Caixa. São exemplos: 
 
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Entrada: 
 Recebimentos resultantes da venda de ativos imobilizados, 
intangíveis e outros ativos não circulantes utilizados na produção; 
 Recebimento do principal dos empréstimos concedidos (os juros 
recebidos destes empréstimos são classificados como atividade 
operacional); 
 Recebimento pela venda de participação em outras empresas; 
 Resgate do principal de aplicações financeiras não classificadas 
como equivalente de caixa. 
Saídas: 
 Aquisição (pagamento) de ativo imobilizado, intangível e 
participações em outras empresas; 
 Desembolso dos empréstimos concedidos; 
 Adiantamento de caixa e empréstimos feitos a terceiros. 
 
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO – são atividades que resultam 
em alteração no capital próprio e em endividamento da entidade. 
Relacionam-se com os empréstimos de credores e investidores à 
entidade. Podem também representar entradas ou saídas de Caixa. 
Exemplos: 
Entradas: 
 Aquisição de empréstimos e financiamentos; 
 Integralização de capital Social em dinheiro; 
 Recebimentos pela emissão de ações da empresa; 
 Recebimentos provenientes da emissão de debêntures, títulos e 
valores, hipotecas e outros empréstimos. 
Saídas: 
 Pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio ou outras 
distribuições aos donos (acionistas ou cotistas) incluindo o resgate de 
ações da própria empresa; 
 Pagamento dos empréstimos obtidos (exceto juros, pois estes são 
operacionais); 
 Pagamentos relativos à aquisição a prazo de bens de uso 
classificáveis no Ativo imobilizado. 
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 Resgate de debêntures, títulos e valores, hipotecas e outros 
empréstimos. 
 
08. DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO (DVA) 
A Demonstração do Valor Adicionado tem por objetivo evidenciar a 
riqueza econômica gerada pelas atividades da empresa (valor 
adicionado ou agregado), assim como a destinação desta riqueza, em 
um determinado exercício financeiro. É elaborada principalmente a 
partir de dados extraídos da Demonstração do Resultado do Exercício. 
A DVA evidencia as parcelas da riqueza gerada e distribuída pela 
empresa: 
Geração do Valor Adicionado 
 Receitas de vendas e receitas não operacionais; 
 Receitas de juros, aluguéis, equivalência 
patrimonial e dividendos. 
 
Destinação (distribuição) do Valor Adicionado 
 Sócios ou acionistas (dividendos distribuídos); 
 Terceiros com os quais a entidade transaciona 
(juros); 
 Empregados (salários); 
 Governo (tributos); e 
 Lucros retidos (reserva de lucros). 
 
O valor adicionado de uma empresa elaborado na forma contábil 
representa o quanto de valor ela agrega aos insumos que adquire em 
um determinado período e é obtido, de forma geral, pela diferença 
entre vendas e o total de insumos adquiridos de terceiros, menos a 
depreciação. 
 VALOR ADICIONADO = Vendas – insumos adquiridos de 
terceiros – depreciação. 
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09. AVALIAÇÃO DE ESTOQUES 
Existem vários critérios de avaliação de estoque, porém os mais 
usados e cobrados em prova são PEPS, UEPS e Media Ponderada 
móvel, vejamos cada uma deles. 
 PEPS – significa “Primeiro que Entra, Primeiro que Sai”. Por este 
critério, são atribuídos os custos mais recentes aos estoques, ou seja, 
vendem-se primeiro as unidades mais antigas. 
Com isso, o CMV retrata o valor das mercadorias adquiridas há mais 
tempo e o que resta em estoque final retrata o valor das compras 
mais recentes. 
 UEPS – significa “Último que Entra, Primeiroque Sai”. Atribuem-
se aos estoques, por este critério, os custos mais antigos. 
Com isso, o CMV obtido reflete o valor das mercadorias compradas 
mais recentemente e o estoque final retrata o valor das mercadorias 
compradas mais antigamente. 
 MÉDIA PONDERADA MÓVEL – as mercadorias estocadas serão 
sempre valoradas pela média dos custos de aquisição, sendo 
atualizados a cada compra efetuada. Este critério é denominado 
Media Ponderada Móvel porque a cada nova compra por custo 
unitário diferente dos que constam no estoque, o custo médio será 
alterado. 
Em uma economia inflacionária: 
 Pelo PEPS: O estoque e o lucro bruto são maiores (superavaliados) 
e o CMV menor (subavaliado). 
 Pelo UEPS: O estoque e o lucro bruto são menores (subavaliados) e 
o CMV maior (superavaliado). 
Dica de Prova: 
 PEPS MEDIA UEPS 
Estoque Maior Médio Menor 
CMV Menor Médio Maior 
Lucro Bruto Maior Médio Menor 
 
 
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Em uma economia deflacionária: 
 Pelo PEPS: O estoque e o lucro bruto são menores 
(subavaliados) e o CMV maior (superavaliado). 
 Pelo UEPS: O estoque e o lucro bruto são maiores 
(superavaliados) e o CMV menor (subavaliado). 
Dica de Prova: 
 PEPS MEDIA UEPS 
Estoque Menor Médio Maior 
CMV Maior Médio Menor 
Lucro Bruto Menor Médio Maior 
 
 
10. RESERVAS 
Existem dois tipos de reservas: Reserva de Lucros e Reservas 
de Capital. 
• Reservas de Lucros - São reservas advindas do lucro líquido do 
exercício. Para a constituição dessas reservas a parcela do lucro 
líquido que as corresponde permanece no Patrimônio, evitando que 
seja distribuída aos sócios na forma de dividendos. 
São Reservas de Lucros: 
1. Reserva Legal; 
2. Reservas Estatutárias; 
3. Reservas para Contingências; 
4. Reservas de Incentivos Fiscais; 
5. Reservas de Retenção de Lucros; 
6. Reservas de Lucros a Realizar; 
7. Reserva Especial para dividendos obrigatórios não 
distribuídos. 
 
 
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• Reservas de Capital – São aquelas oriundas de ganhos em 
atividades não operacionais que geram aumentos no Patrimônio 
Líquido sem transitar pelas contas de receitas normais da empresa. 
São Reservas de Capital, conforme artigo 182, § 1º da Lei nº 
6.404/76: 
1) Ágio na Emissão de Ações; 
2) Produto da Alienação de Partes Beneficiárias; 
3) Produto da Alienação de Bônus de Subscrição. 
 
11. CÁLCULO DO DIVIDENDO NA HIPÓTESE DE OMISSÃO DO 
ESTATUTO 
A princípio, os acionistas têm o direito de receber como dividendo 
mínimo obrigatório, em cada exercício, a parcela dos lucros 
estabelecida no estatuto. Todavia, a lei nº 6.404/76, art. 202, I, 
estabelece que, se houver omissão estatutária, os acionistas têm o 
direito de receber como dividendo mínimo obrigatório, em cada 
exercício, metade lucro líquido do exercício ajustado da seguinte 
forma: 
Lucro líquido do exercício 
(-) importância destinada à constituição da reserva legal 
(-) importância destinada à formação da reserva para contingências 
(+) reversão da reserva para contingências formada em exercícios 
anteriores. 
 Exemplo: 
- Lucro líquido do exercício 1.000,00 
- Reserva legal do exercício 50,00 
- Reversão de reserva para contingências 100,00 
- Reserva para contingências do exercício 150,00 
 
 
 
 
 
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Se o estatuto desta companhia for omisso a respeito do cálculo de 
dividendo mínimo obrigatório, ele será calculado da seguinte forma: 
Lucro líquido do exercício 2.000,00 
(-) reserva legal do exercício (100,00) 
(-) reserva para contingências do exercício (300,00) 
(+) reversão de reservas para contingências 200,00 
(=) lucro líquido ajustado 1.800,00 
 x 50% 
(=) dividendo mínimo obrigatório 900,00 
 
 
12. DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS 
A Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) é 
regulamentada pelo artigo 186 da Lei nº 6.404/76, como segue: 
A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados 
discriminará: 
I - o saldo do início do período, os ajustes de exercícios 
anteriores e a correção monetária do saldo inicial; 
II - as reversões de reservas e o lucro líquido do 
exercício; 
III - as transferências para reservas, os dividendos, a 
parcela dos lucros incorporada ao capital e o saldo ao fim do período. 
§ 1º Como ajustes de exercícios anteriores serão 
considerados apenas os decorrentes de efeitos da mudança de 
critério contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado 
exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos 
subsequentes. 
§ 2º A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados 
deverá indicar o montante do dividendo por ação do capital social e 
poderá ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio 
líquido, se elaborada e publicada pela companhia. 
Como afirma o § 2º, que acabamos de ver, a 
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) poderá ser 
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incluída na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 
(DMPL), portanto esta substitui aquela. 
As destinações dos Lucros serão evidenciadas na DLPA da 
seguinte forma: 
 SALDO NO INICIO DO EXERCICIO (somente se for 
prejuízo) 
 (+/-) AJUSTES DE EXERCICIOS ANTERIORES 
 Efeitos da Mudança de Critérios Contábeis 
 Retificação de Erros de Exercícios Anteriores 
 (+) REVERSÃO DE RESERVAS DE LUCROS 
 De Contingências 
 De Lucros a Realizar 
 Outras 
 (+) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 
(-) TRANSFERÊNCIAS PARA RESERVAS CONSTITUÍDAS 
NO PERÍODO (de acordo com a proposta da Administração de 
destinação dos lucros ou por disposição legal ou estatutária) 
 Reserva Legal 
 Reservas Estatutárias 
 Reservas para Contingências 
 Reserva de Incentivos Fiscais 
 Reserva de Retenção de Lucros 
Reservas de Lucros a Realizar 
Reservas de Dividendo Obrigatório não Distribuído 
(-) DIVIDENDOS A DISTRIBUIR 
Dividendos a distribuir por ação do Capital Social 
(-) PARCELA DO LUCRO INCORPORADA AO CAPITAL 
SOCIAL 
(=) SALDO NO ENCERRAMENTO DO EXERCÍCIO 
 Conforme § 2º do artigo 186 da Lei nº 6.404/76 a 
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados deverá indicar o 
montante do dividendo por ação do capital social e poderá ser 
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incluída na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, se 
elaborada e publicada pela companhia. 
 Verifica-se que a lei não obriga a publicação da DMPL, 
mas somente da DLPA. Se aquela for publicada não haverá 
necessidade da publicação desta, pois a primeira engloba a segunda. 
 
13. PRINCÍPIOS 
Conforme a Resolução CFC nº 750/93, art. 2º, “os Princípios de 
Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias 
relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento 
predominante nos universos científico e profissional de nosso País.” 
Os princípios de Contabilidade são os seguintes: 
1. Princípio da Entidade;2. Princípio da Continuidade; 
3. Princípio da Oportunidade; 
4. Princípio do Registro pelo valor Original; 
5. Princípio da Competência; 
6. Princípio da Prudência. 
 
� O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da 
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da 
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos 
patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma 
pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de 
qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por 
consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com 
aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou 
instituição. 
 
� O Princípio da CONTINUIDADE pressupõe que a Entidade 
continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a 
apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta 
circunstância. 
 
� O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se ao processo de 
mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para 
produzir informações íntegras e tempestivas. 
 
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� O Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL determina 
que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente 
registrados pelos valores originais das transações, expressos em 
moeda nacional. 
 
� O Princípio da COMPETÊNCIA determina que os efeitos das 
transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que 
se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. 
 
� O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor 
para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, 
sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a 
quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio 
líquido. 
 
 
Desejo a todos uma excelente prova!! 
Um forte abraço!! 
Otávio Souza.

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