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apostila Gestão da Qualidade e Produtividade

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Prévia do material em texto

Gestão da Qualidade 
e da Produtividade
Wagner Teixeira dos Santos
Adaptada por Oscar Bombanatti (setembro/2012)
APRESENTAÇÃO
É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Gestão da Qualidade 
e da Produtividade, parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao aprendizado 
dinâmico e autônomo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar 
aos(às) alunos(as) uma apresentação do conteúdo básico da disciplina.
A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidis-
ciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail.
Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br, 
a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso, 
bem como acesso a redes de informação e documentação.
Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suple-
mento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para 
uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal.
A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar!
Unisa Digital
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 5
1 HISTÓRICO, CONCEITOS, PRINCÍPIOS E ESTRATÉGIA DE 
IMPLEMENTAÇÃO DA GESTÃO DA QUALIDADE .............................................................7
1.1 Histórico ..............................................................................................................................................................................7
1.2 Conceitos ............................................................................................................................................................................8
1.3 Princípios ............................................................................................................................................................................9
1.4 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................10
1.5 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................10
2 ESTRATÉGIA DE IMPLEMENTAÇÃO DA GESTÃO DA QUALIDADE ................... 11
2.1 Definição da Unidade de Negócio .........................................................................................................................12
2.2 Definição da Política e dos Objetivos da Qualidade .......................................................................................13
2.3 Gerenciamento e Mapeamento de Processos...................................................................................................14
2.4 Padronização dos Processos .....................................................................................................................................17
2.5 Delineamento do SGQ ................................................................................................................................................18
2.6 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................19
2.7 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................19
3 SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE .............................................................................. 21
3.1 Requisitos Gerais ...........................................................................................................................................................21
3.2 Documentação ..............................................................................................................................................................22
3.3 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................25
3.4 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................26
4 RESPONSABILIDADE DA DIREÇÃO ......................................................................................... 27
4.1 Comprometimento da Direção ...............................................................................................................................27
4.2 Foco no Cliente ..............................................................................................................................................................27
4.3 Política da Qualidade ..................................................................................................................................................28
4.4 Planejamento .................................................................................................................................................................29
4.5 Responsabilidade, Autoridade e Comunicação ................................................................................................30
4.6 Análise Crítica pela Direção ......................................................................................................................................31
4.7 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................32
4.8 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................33
5 GESTÃO DE RECURSOS ................................................................................................................... 35
5.1 Provisão de Recursos ...................................................................................................................................................35
5.2 Recursos Humanos ......................................................................................................................................................35
5.3 Infraestrutura .................................................................................................................................................................36
5.4 Ambiente de Trabalho ................................................................................................................................................36
5.5 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................37
5.6 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................38
6 REALIZAÇÃO DO PRODUTO ........................................................................................................ 39
6.1 Planejamento da Realização do Produto ............................................................................................................39
6.2 Processos Relacionados a Clientes .........................................................................................................................39
6.3 Projeto e Desenvolvimento ......................................................................................................................................40
6.4 Aquisição .........................................................................................................................................................................416.5 Produção e Fornecimento de Serviço ..................................................................................................................42
6.6 Controle de Dispositivos de Medição e Monitoramento ..............................................................................43
6.7 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................44
6.8 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................46
7 MEDIÇÃO, ANÁLISE, MELHORIA E CERTIFICAÇÃO DO SISTEMA DE 
GESTÃO DA QUALIDADE ................................................................................................................ 47
7.1 Generalidades ................................................................................................................................................................47
7.2 Medição e Monitoramento .......................................................................................................................................47
7.3 Controle de Produto não Conforme ......................................................................................................................51
7.4 Análise de Dados ..........................................................................................................................................................51
7.5 Melhorias .........................................................................................................................................................................52
7.6 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................54
7.7 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................55
8 CERTIFICAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE ................................... 57
8.1 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................60
8.2 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................60
9 PRODUTIVIDADE - CONCEITO E APLICAÇÃO ................................................................. 61
9.1 Generalidades ................................................................................................................................................................61
9.2 Produtividade: Conceito e Aplicação ....................................................................................................................61
9.3 Processo: Conceito e Aplicação ...............................................................................................................................63
9.4 Controle de Processo: Conceito e Aplicação na Produtividade e Qualidade ........................................64
9.5 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................65
9.6 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................66
10 FERRAMENTAS E MÉTODOS DA QUALIDADE ............................................................. 67
10.1 Generalidades .............................................................................................................................................................67
10.2 O Ciclo PDCA de Controle de Processo (Método Gerencial) .....................................................................69
10.3 Ferramentas da Qualidade: para uso Específico e no Método de Solução de Problemas .............74
10.4 Método de Solução de Problemas: Oito Etapas .............................................................................................80
10.5 Resumo do Capítulo .................................................................................................................................................81
10.6 Atividades Propostas ................................................................................................................................................82
11 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................ 83
RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS ..................................... 85
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................. 91
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
5
INTRODUÇÃO
Hoje em dia, estamos vivenciando um cenário em que a qualidade não significa apenas controle de 
produção, ou a qualidade inerente de bens e serviços, ou o uso de ferramentas e métodos de gestão, ou 
mesmo uma assistência técnica adequada. Ampliando o entendimento, o conceito de qualidade total ou 
gestão de qualidade passou a significar um modelo de gerenciamento que busca a eficiência e a eficácia 
das organizações. O fato é que a gestão da qualidade influencia o ser humano em sua maneira de pensar 
e agir, pois compreende uma visão macro da existência humana. 
O Total Quality Control (TQC), iniciado pelos japoneses há aproximadamente meio século, originou 
o Controle para Gestão e, posteriormente, o conceito da Gestão da Qualidade Total (GQT), o qual foi 
adotado em diversas organizações do mundo. O GQT possui uma gama de ações que normalmente pos-
sibilita às organizações superar as constantes crises no mundo dos negócios, pois permite a resolução de 
problemas através da criatividade e comprometimento dos trabalhadores. Outro ponto de destaque do 
GQT é proporcionar às organizações a facilidade em adequar o sistema de gestão da qualidade, confor-
me os modelos da “família ISO 9000”.
A norma ABNT NBR ISO 9001:2008 e a ABNT NBR ISO 14001:2004 são conhecidas como normas 
genéricas de sistemas de gestão, sendo que:
ƒƒ genérico: significa que a mesma norma pode ser aplicada a qualquer tipo de organização, 
grande ou pequena, seja qual for seu produto, inclusive quando ela é, na verdade, um serviço, 
em qualquer setor de atividade e seja qual for seu meio de negócio, podendo ser uma adminis-
tração pública ou um departamento do governo;
ƒƒ sistema de gestão: refere-se a tudo o que a organização faz para gerenciar seus processos e 
atividades.
Objetiva-se, aqui, mostrar a importância de um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) com base 
na norma ABNT NBR ISO 9001:2008, incorporando a esse modelo de sistema de gestão algumas das fer-
ramentas gerencias do GQT.
Wagner Teixeira dos Santos
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7
Caro(a) aluno(a), apesar de o conceito de 
qualidade ser conhecido há milhares de anos, 
somente de modo recente a qualidade apareceu 
como uma função gerencial, a qual se ampliou e 
atualmente é considerada uma ferramenta essen-
cial para o sucesso estratégico das organizações. 
A história e evolução do entendimento da qua-
lidade como gestão passou por quatro estágios 
marcantes: inspeção do produto, controle esta-
tístico da qualidade, garantia da qualidade e ges-
tão estratégica da qualidade. O GQT alavancou os 
princípios da gestão da qualidade e possibilitou a 
abordagem da qualidade no âmbito estratégico 
dos negócios, criando um antagonismo favorável 
às organizações que possuíam um SGQ versus os 
tradicionais modelos de controle de qualidade. 
Igualmente, o código de defesa do consumidor 
e as normas internacionais, comoa “família ISO 
9000”, revolucionaram o conceito de qualidade, 
consolidando-o em todos os pontos do negócio.
Com o aparecimento das normas BS 4891 
e BS 5179, as quais tinham caráter de código de 
práticas, sem qualquer aplicação em situações 
contratuais, mas que, em 1979, orientaram o 
surgimento da norma BS 5750, que continha, na 
sua parte 1, uma especificação para sistema da 
qualidade e, nas partes 2 e 3, especificações para 
sistemas de inspeção, foi possível utilizar a parte 
1 da BS 5750 em relações contratuais. Essas nor-
mas contribuíram para um padrão de referência 
internacional para normalização de sistemas da 
qualidade e permitiram ao British Standard Insti-
tute (BSI) iniciar um processo de certificação de 
terceira parte, para avaliar e cadastrar empresas 
que estivessem em conformidade com o requisi-
to dessa norma.
Em 1987, a ISO lançou a família de normas 
ISO 9000, profundamente baseada em normas 
britânicas da qualidade e nas experiências e con-
tribuições de especialistas e representantes de di-
versos países, a qual conseguiu superar barreiras 
de terminologia, conceitos e práticas e chegar a 
um resultado que podemos considerar histórico 
e um marco na evolução da garantia da gestão 
da qualidade. Em 1994, foi realizada a primeira 
revisão geral, com o objetivo de melhorar a sua 
interpretação e garantir a inclusão dos aspectos 
preventivos da qualidade. Em 2000, ocorreu a 
segunda revisão, mais significativa, tendo maior 
ênfase não só os aspectos industriais de manufa-
tura, mas também os de serviços (MARSHALL JU-
NIOR et al., 2006). 
Em 2008, a norma ABNT NBR ISO 9001:2008 
passou por uma nova revisão, contudo sem alte-
rações significativas com relação à versão 2000. 
O protocolo da ISO requer que todas as normas 
sejam revisadas a cada cinco anos, para determi-
nar se elas devem ser confirmadas, revisadas ou 
aperfeiçoadas. 
HISTÓRICO, CONCEITOS, PRINCÍPIOS E 
ESTRATÉGIA DE IMPLEMENTAÇÃO DA 
GESTÃO DA QUALIDADE
1
1.1 Histórico
Wagner Teixeira dos Santos
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8
Segundo a norma ABNT NBR ISO 9000:2005 
– Sistemas de gestão da qualidade: Fundamentos 
e vocabulário, qualidade significa: grau no qual 
um conjunto de características inerentes satisfaz 
a requisitos. É importante que você compreenda 
de forma clara que um sistema de gestão é um 
conjunto organizado de recursos e “regras” que 
faz com que um ser permaneça vivo; em outras 
palavras, sistema é composto de vários subsiste-
mas (partes), que trabalham de maneira harmôni-
ca para atender a um objetivo comum para o qual 
o sistema foi criado. Já a ABNT NBR ISO 9001:2008 
define SGQ como: “Sistema para estabelecer po-
líticas e objetivos, e para atingir estes objetivos 
para dirigir e controlar uma organização, no que 
diz respeito à Qualidade.”
Devido à necessidade de padrões interna-
cionais de engenharia, no período pós-guerra, foi 
realizada uma reunião em Londres, Inglaterra, em 
1946, com representantes de 25 países, os quais 
decidiram criar uma organização internacional 
com a finalidade de facilitar, em nível mundial, a 
coordenação e a unificação de normas industriais. 
Com sede em Genebra, Suíça, essa organização 
começou a funcionar oficialmente em 23 de feve-
reiro de 1947, com a denominação International 
Organization for Standardization (ISO) ou Organi-
zação Internacional de Padronização.
1.2 Conceitos
Não é raro alguém notar a falta de corres-
pondência entre a sigla oficial ISO e o nome In-
ternational Organization for Standardization, pois 
deveria ser IOS. O fato é que ‘iso’ é uma palavra 
derivada do grego isos, significando “igual”, a qual 
deu origem ao prefixo ‘iso-’, utilizado em grande 
quantidade de termos (por exemplo, isométrico, 
isômero e isonomia). Além disso, a sigla é válida 
nos dois idiomas oficiais da organização interna-
cional: inglês e francês. 
A “família ISO 9000” é composta de quatro 
normas, conforme Tabela 1, e é nesse arranjo que 
a Norma ABNT NBR ISO 9001:2008 é o ponto de 
partida, uma vez que ela fixa as bases para a cons-
trução dos SGQs, pois sem a terminologia não há 
base consistente para estabelecer parâmetros 
para a desejada padronização. O objetivo da ter-
minologia é limitar a variedade de interpretações, 
permitindo fixar termos comuns, como referên-
cias para negociação de contratos (MARANHÃO, 
2006).
Saiba maisSaiba mais
As normas da família ABNT NBR ISO 9001:2008, relacionadas abaixo, foram desenvolvidas para apoiar organizações, de todos 
os tipos e tamanhos, na implementação e operação de sistemas de gestão da qualidade eficazes.
A ABNT NBR ISO 9001:2008 descreve os fundamentos de sistemas de gestão da qualidade e estabelece a terminologia para 
estes sistemas.
A ABNT NBR ISO 9001:2008 especifica requisitos para um sistema de gestão da qualidade, onde uma organização precisa 
demonstrar sua capacidade para fornecer produtos que atendam os requisitos do cliente e os requisitos regulamentares apli-
cáveis, e objetiva aumentar a satisfação do cliente.
A ABNT NBR ISO 9001:2008 fornece diretrizes que consideram tanto a eficácia como a eficiência do sistema de gestão da 
qualidade. O objetivo desta norma é melhorar o desempenho da organização e a satisfação dos clientes e das outras partes 
interessadas.
A ABNT NBR ISO 19011 fornece diretrizes sobre auditoria de sistemas de gestão da qualidade e ambiental.
Juntas elas formam um conjunto coerente de normas sobre sistema de gestão da qualidade, facilitando a compreensão mú-
tua no comércio nacional e internacional. (ABNT, 2005).
AtençãoAtenção
Qualidade significa grau no qual um conjunto de 
características inerentes satisfaz a requisitos.
Gestão da Qualidade e da Produtividade
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9
Neste tópico, irei apresentar a você os oito 
princípios de gestão da qualidade, os quais for-
mam a base para as normas de SGQ da “família 
ISO 9000”. A ABNT NBR ISO 9001:2008 esclarece 
que os oito princípios de gestão da qualidade 
têm como objetivo ajudar as organizações a al-
cançarem um sucesso sustentado e a ABNT NBR 
ISO 9001:2008 ainda reforça que tais princípios, se 
utilizados com sucesso pela Alta Direção, resulta-
rão em melhoria de desempenho, em benefícios 
financeiros, na criação de valor e no aumento de 
estabilidade.
A seguir, listarei os oito princípios de gestão 
da qualidade conforme descrito na ABNT NBR ISO 
9001:2008, os quais são:
1. Foco no cliente: organizações de-
pendem de seus clientes e, portanto, 
é recomendável que atendam às ne-
cessidades atuais e futuras do cliente, 
Número Título Finalidade
ABNT NBR ISO 
9001:2008
Sistemas de Gestão da Qualidade – 
Fundamentos e vocabulário
Estabelecer os fundamentos e o vocabulário da 
qualidade.
ABNT NBR ISO 
9001:2008
Sistemas de Gestão da Qualidade – 
Requisitos
Especificar os requisitos de SGQs para uma 
organização “produzir” produtos conformes e obter 
satisfação dos clientes. É a única norma de natureza 
contratual da série 9000.
ABNT NBR ISO 
9001:2008
Sistemas de Gestão da Qualidade 
– Diretrizes para melhorias de 
desempenho
Prover guia para SGQs, incluindo melhorias 
contínuas, para satisfação dos clientes e outras 
partes interessadas.
ABNT NBR ISO 
19011:2002
Diretrizes para auditoria de SGQ e 
gestão ambiental
Prover requisitos e diretrizes para processos de 
auditoria (SGQ/Sistema de Gestão Ambiental – 
SGA).
Tabela 1 – A série de normas ISO 9000.
1.3 Princípios
Saiba maisSaiba mais
“Estes oito princípios de gestão da qualidade formam a 
base para as normas de sistema de gestão da qualida-
de na família ABNT NBR ISO 9001:2008.” (ABNT, 2005).
seus requisitos e procurem exceder as 
expectativas;
2. Liderança: líderes estabelecem uma 
unidade de propósito e o rumo da or-
ganização. Convém que eles crieme 
mantenham o ambiente interno, no 
qual as pessoas possam ficar totalmen-
te envolvidas no propósito de alcançar 
os objetivos da organização;
3. Envolvimento de pessoas: pessoas 
de todos os níveis são a base de uma 
organização e seu total envolvimento 
possibilita que as suas habilidades se-
jam usadas para o benefício da organi-
zação;
4. Abordagem de processo: um resul-
tado desejado é alcançado mais efi-
cientemente quando as atividades e os 
recursos relacionados são gerenciados 
como um processo;
5. Abordagem de sistema para a ges-
tão: identificar, entender e gerenciar os 
processos inter-relacionados, como um 
sistema, contribui para a eficácia e efi-
ciência da organização no sentido de 
esta alcançar os seus objetivos;
Wagner Teixeira dos Santos
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
10
6. Melhoria contínua: melhoria contínua 
do desempenho global da organização 
deve ser um objetivo permanente da 
organização;
7. Tomada de decisão baseada em fa-
tos: decisões eficazes são baseadas na 
análise de dados e informações;
8. Benefícios mútuos nas relações com 
os fornecedores: uma organização e 
seus fornecedores são interdependen-
tes e uma relação de benefícios mútuos 
aumenta a capacidade de ambos em 
agregar valor.
AtençãoAtenção
ABNT NBR ISO 9004:2010 ainda reforça que tais 
princípios, se utilizados com sucesso pela Alta Di-
reção, resultarão em melhoria de desempenho, 
em benefícios financeiros, na criação de valor e 
no aumento de estabilidade.
1.4 Resumo do Capítulo
Caro(a) aluno(a), neste capítulo aprendemos um pouco mais sobre a importância das normas, que 
são uma decisão estratégia da empresa para obter sua metodologia como gerenciamento organizacio-
nal, e dos 8 princípios de gestão, os quais podem ser usados pela Alta Direção para conduzir a organiza-
ção à melhoria do seu desempenho e formam a base para as normas de SGQ.
DicionárioDicionário
ABNT NBR: Associação Brasileira de Normas Técni-
cas – Norma Brasileira.
1. Comente sobre a frase: “o cliente tem sempre razão”.
2. Quais são os 8 principais princípios de gestão da qualidade?
1.5 Atividades Propostas
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
11
Aqui, você irá aprender que a implementa-
ção do SGQ com base na “família ISO 9000” obe-
dece ao princípio da abordagem por processo, 
conforme sistemática apresentada na Figura 1.
ESTRATÉGIA DE IMPLEMENTAÇÃO DA 
GESTÃO DA QUALIDADE 2
Figura 1 – Metodologia de implementação do SGQ.
 Fonte: Mello et al. (2008).
AtençãoAtenção
Quando se trata da família ISO 9000, isso signi-
fica ABNT NBR ISO 9000:2005, ABNT NBR ISO 
9001:2008 e ABNT NBR ISO 9004:2010.
Wagner Teixeira dos Santos
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
12
Assim sendo, toda organização é composta 
por diversas unidades de negócio, ou seja, a uni-
dade de negócios é uma unidade organizacional, 
com definição de autoridade sobre processos 
afins e responsabilidades sobre os resultados 
operacionais, que contribui para a realização da 
missão da empresa.
2.1 Definição da Unidade de Negócio
O comprometimento pessoal é vital para o 
sucesso da unidade de negócio e poderia estar 
representado em termos de: missão, fornecedo-
res, insumos, macroprocesso, produtos e clientes, 
conforme apresentado na Figura 2.
AtençãoAtenção
Toda organização é composta por diversas uni-
dades de negócio e, quando se trata de sistema, 
significa interação de processos.
Saiba maisSaiba mais
 “A abordagem do sistema de gestão da qualidade 
incentiva as organizações a analisar os requisitos do 
cliente, definir os processos que contribuem para a 
obtenção de um produto que é aceitável para o clien-
te e manter estes processos sob controle.” (ABNT, 2005).
Figura 2 – Definição da unidade de negócio.
 Fonte: Mello et al. (2008). 
DicionárioDicionário
Negócio: em economia, negócio é referido como 
um comércio ou empresa, que é administrado por 
pessoa(s) para captar recursos financeiros para ge-
rar bens e serviços.
Gestão da Qualidade e da Produtividade
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13
2.2 Definição da Política e dos Objetivos da Qualidade
Primeiramente, precisamos entender que 
visão, missão e política são termos distintos e não 
abordam o mesmo assunto (MELLO et al., 2008):
ƒƒ visão: a visão expressa o sonho da alta 
direção de como ela deseja que a sua 
empresa se encontre dentro de uma ou 
meia década. É uma imagem futura que 
inspira, motiva e que, de certa maneira, 
determina a orientação e os tipos de 
ação que serão levadas a efeito no pre-
sente (REBOUÇAS, 2011). Deve consti-
tuir um fator que possa gerar entusias-
mo entre todos os integrantes e deve 
ser disseminada para todos os níveis e 
indivíduos da organização (REBOUÇAS, 
2011);
ƒƒ missão: é o compromisso e dever da or-
ganização com as partes interessadas, 
ou seja, os stakeholders, grupos de inte-
resse, os quais podem ser influenciados 
ou influenciar a operação produtiva. Os 
stakeholders são classificados como: in-
ternos (empregados da operação) ou 
externos (sociedade, grupos comunitá-
rios, acionistas, fornecedores, clientes e 
consumidores);
ƒƒ política: uma política da qualidade re-
flete intenções e diretrizes globais de 
uma organização, relativas à qualida-
de, expressas pela alta direção. Assim, o 
processo de formulação da política da 
qualidade deve levar em consideração 
a visão e a missão da organização, bem 
como o estudo da situação estratégica 
em relação aos seus concorrentes e ao 
mercado, para que possa servir como 
uma diretriz para futuras ações geren-
ciais.
Saiba maisSaiba mais
Requisitos para sistemas de gestão da qualidade são 
especificados na ABNT NBR ISO 9001:2008. Estes re-
quisitos são genéricos e aplicáveis às organizações 
de qualquer setor da indústria ou econômico, inde-
pendentemente da categoria do produto ofertado. 
A ABNT NBR ISO 9001:2008 não estabelece requisitos 
para produtos. (ABNT, 2005).
Um objetivo da qualidade indica o que pre-
tendemos atingir, enquanto a meta nos informa o 
quanto e quando pretendemos atingir esse obje-
tivo. A ABNT NBR ISO 9001:2008 determina que os 
objetivos da qualidade sejam instituídos nas fun-
ções e níveis pertinentes da organização, mensu-
ráveis e consistentes com a política da qualidade. 
É interessante que os objetivos da qualidade de-
vam ser: mensurável, compreensível, abrangente, 
aplicável, atingível, mantida com facilidade e eco-
nômica. A Tabela 2 apresenta exemplos de objeti-
vos e metas da qualidade.
Wagner Teixeira dos Santos
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
14
Empresa WH
Objetivos Metas
ƒƒ Atender aos compromissos assumidos com 
os clientes. ƒƒCumprir 90% de entrega mensal de nossos produtos.
ƒƒ Prevenir a ocorrência de não conformidades.
ƒƒReduzir em 40% ao ano as devoluções de campo;
ƒƒReduzir em 50% as falhas em lotes pilotos para cada 
novo produto lançado.
ƒƒ Melhorar continuamente os processos.
ƒƒPossuir 95% de fornecedores com qualidade 
assegurada em dois anos;
ƒƒReduzir em 10% ao ano o número de reclamações de 
clientes;
ƒƒAumentar o faturamento em 15% ao ano.
Fonte: Mello et al. (2008).
A ABNT NBR ISO 9001:2008 define processo 
como: conjunto de atividades inter-relacionadas 
ou interativas que transformam entradas em saí-
das. Na realidade, tudo o que acontece na Terra, 
tudo que percebemos ou fazemos é um proces-
Tabela 2 – Objetivos e metas da qualidade.
Saiba maisSaiba mais
 “A política da qualidade fornece uma estrutura para 
estabelecer e analisar criticamente os objetivos da 
qualidade.” (ABNT, 2005).
2.3 Gerenciamento e Mapeamento de Processos
so. A cada processo, identificamos a presença de 
três agentes: entrada, transformação e resultado 
da transformação.O cliente é a razão de ser do 
processo. A Figura 3 exibe o que denominamos 
intuitivamente de processo.
Figura 3 – Modelo de um processo genérico.
 Fonte: Maranhão (2006).
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15
Há quatro processos centrais, fundamen-
tais, que praticamente movimentam as organiza-
ções, dos quais depende sua capacidade de pro-
porcionar expressivo valor ao cliente, além de sua 
sobrevivência e crescimento, os quais são: desen-
volver o produto/serviço; gerar pedidos; atender 
aos pedidos; e atender aos clientes. Outro concei-
to é a existência dos processos fundamentais ou 
primários, processos de apoio e processos geren-
ciais (MELLO et al., 2008); esse último é aplicável 
quando a organização parte do foco do cliente.
ƒƒ Processos primários: são os que to-
cam o cliente. Qualquer falha, o cliente 
logo identifica;
ƒƒ Processos de apoio: são os que cola-
boram com os processos primários na 
obtenção do sucesso junto aos clientes;
ƒƒ Processos gerenciais: são os que exis-
tem para coordenar as atividades de 
apoio e dos processos primários.
Embora os processos possuam característi-
cas comuns, eles podem variar expressivamente 
quanto aos termos de modo de operação, con-
forme seu estágio de evolução, sua inter-relação 
com outros processos e a natureza específica dos 
resultados produzidos. Além das características 
comuns, os processos também compõem a estru-
tura organizacional por meio de uma hierarquia 
(MELLO et al., 2008):
ƒƒ macroprocesso: é um processo que 
geralmente envolve mais de uma fun-
ção na estrutura organizacional e sua 
operação tem impacto significativo no 
modo como a organização funciona;
ƒƒ processo: é um conjunto de atividades 
sequenciais (conectadas), relacionadas 
e lógicas, que tomam uma entrada com 
um fornecedor, acrescentam valor a 
esta e produzem uma saída (resultado) 
para o consumidor;
ƒƒ atividades: são as coisas que ocorrem 
dentro do processo ou subprocesso;
ƒƒ tarefa ou operação: é uma parte espe-
cífica do trabalho, ou melhor, o menor 
microenfoque do processo, podendo 
ser um único elemento e/ou subcon-
junto de uma atividade.
Para o atendimento de todas as dimensões 
que envolvem os processos de uma organização, 
fazem-se necessários a identificação e o gerencia-
mento dos processos inter-relacionados e intera-
tivos, evento denominado “abordagem de pro-
cesso” pela “família ISO 9000” (MELLO et al., 2008).
Apesar de toda a potencialidade, a aborda-
gem por processos ainda não está devidamente 
compreendida pelas organizações. A gestão or-
ganizacional com foco na abordagem por proces-
sos provoca grandes melhorias na forma em que 
as atividades são realizadas, proporcionando às 
organizações oferecerem produtos e serviços de 
qualidade, aplicando processos eficientes e efica-
zes para produzi-los e vendê-los. Em meio aos di-
versos benefícios em adotar uma abordagem por 
processos, podemos citar os seguintes:
ƒƒ aproximar o funcionamento da organi-
zação aos inúmeros exemplos existen-
tes na natureza, tornando-a mais eficaz 
e eficiente possível, mais sinérgica;
ƒƒ identificar, com precisão, quais são os 
clientes de cada processo;
ƒƒ alinhar os processos com a missão, a vi-
são e a estratégia;
ƒƒ identificar e solucionar problemas e im-
plementar melhorias;
ƒƒ facilitar o alinhamento e a consistência 
da arquitetura organizacional;
ƒƒ viabilizar as necessidades de mudanças 
na organização;
ƒƒ auxiliar a identificação de inconsistên-
cias, duplicidades e omissões;
ƒƒ possibilitar a visualização de interações 
com entidades externas.
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16
Além das vantagens relacionadas, a abor-
dagem de processo proporciona a utilização 
do Ciclo PDCA (Plan-Do-Check-Act ou Planejar-
-Fazer-Verificar-Agir). O ciclo PDCA, também co-
nhecido como ciclo de Shewhart, seu idealizador, 
ou como ciclo de Deming, o responsável por seu 
desenvolvimento e conhecimento, é um método 
gerencial para promoção da melhoria contínua e 
reflete, em suas quatro fases, a base da filosofia 
do melhoramento contínuo. Praticando-as de for-
ma cíclica e ininterrupta, acaba-se por promover 
a melhoria contínua e sistemática nas organiza-
ções, consolidando a padronização das práticas. 
As quatro fases são mostradas na Figura 4 e expli-
cadas a seguir.
O ciclo PDCA é um método de controle 
de processo que permite o gerenciamento para 
manter e também possibilitar a melhoria contí-
nua em qualquer processo que estiver sendo ana-
lisado. É importante destacar que ‘método’ é uma 
palavra de origem grega e é a junção das palavras 
‘meta’ (cujo significado é “além de”) e ‘hodos’ (sig-
nifica “caminho”); dessa forma, ‘método’ pode ser 
entendido como o caminho para se chegar além 
do ponto em que você se encontra (melhoria con-
tínua) (CAMPOS, 2004).
 Figura 4 – Ciclo PDCA.
 Fonte: Mello et al. (2008).
ƒƒ Planejar (Plan): estabelecer os objeti-
vos e processos necessários para alcan-
çar os resultados de acordo com os re-
quisitos dos clientes e com as políticas 
da organização;
ƒƒ Executar (Do): implementar os proces-
sos. Nessa etapa, é essencial o treina-
mento no trabalho decorrente da fase 
de planejamento;
ƒƒ Verificar (Check): monitorar e medir 
os processos e produtos em relação às 
políticas, objetivos e requisitos para o 
produto e registrar os resultados. Nessa 
etapa, a partir dos dados coletados na 
execução, compara-se o resultado al-
cançado com a meta planejada;
ƒƒ Atuar corretivamente (Act): tomar 
ações para continuamente melhorar o 
desempenho do processo. Esta é a eta-
pa em que você detecta desvios e atua 
no sentido de fazer correções definiti-
vas, de modo que o problema nunca 
volte a ocorrer. 
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17
Objetiva-se, com a aplicação do PDCA, a 
melhoria contínua de cada processo, proporcio-
nando a melhoria do macroprocesso e, conse-
quentemente, a melhoria contínua do SGQ (MEL-
LO et al., 2008).
O Ciclo PDCA, como será visto no capítulo 
10, também é muito utilizado para manutenção 
e resolução de problemas ocorridos em qualquer 
processo (CAMPOS, 2004).
Saiba maisSaiba mais
“Uma organização que adota a abordagem de proces-
so gera confiança na capacidade de seus processos e 
na qualidade de seus produtos, e fornece uma base 
para melhoria contínua.” (ABNT, 2005).
2.4 Padronização dos Processos
Objetiva o complemento do mapeamento 
dos processos críticos, o fornecimento dos de-
talhes a respeito da operacionalização de cada 
atividade, definindo quem, onde, como, quando 
e por que é imprescindível a padronização dos 
processos. Tal padronização busca atender a dois 
objetivos (MELLO et al., 2008):
ƒƒ obter resultados previsíveis em proces-
sos repetitivos, garantindo assim a qua-
lidade previsível aos clientes;
ƒƒ proporcionar e manter o domínio tec-
nológico das organizações.
A padronização dos processos é realizada 
mediante dois tipos de padrões (MELLO et al., 
2008):
ƒƒ padrões de sistemas: são documen-
tos instituídos para assuntos que dizem 
respeito à organização e suas interfa-
ces. Exemplo: organograma, procedi-
mento de aquisição, procedimento de 
controle de documento, procedimento 
de projeto;
ƒƒ padrões técnicos: são documentos 
instituídos para assuntos técnicos rela-
cionados direta ou indiretamente a um 
produto ou processo. Exemplo: espe-
cificação de matéria-prima, desenhos 
técnicos de componente, planos de 
controle, folha de processo.
Saiba maisSaiba mais
 “Frequentemente, a saída de um processo resulta-
rá diretamente na entrada doprocesso seguinte. A 
identificação sistemática e a gestão dos processos 
empregados na organização e, particularmente, as 
interações entre tais processos são conhecidas como 
‘abordagem de processos’.” (ABNT, 2005).
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Após a definição do mapeamento dos pro-
cessos e a definição da padronização, deve-se 
descrever o SGQ. Para tanto, utilizaremos como 
base a norma ABNT NBR ISO 9001:2008. A Tabela 
3 apresenta os processos das etapas de padroni-
zação e delineamento do SGQ.
2.5 Delineamento do SGQ
DicionárioDicionário
Delineamento: esboço.
Etapa de padronização
(exemplos de processos)
Etapa de delineamento
ƒƒControle de documentos;
ƒƒ Projeto e desenvolvimento de produtos;
ƒƒControle de processos produtivos;
ƒƒAquisição;
ƒƒ Planejamento e Controle da Produção (PCP);
ƒƒVendas e serviços associados (pós-vendas);
ƒƒ Instalação de obras;
ƒƒAdmissão e demissão de funcionários;
ƒƒContas a pagar e a receber;
ƒƒ Treinamento;
ƒƒCustos industriais;
ƒƒ Recebimento de materiais;
ƒƒ Inspeção de produtos;
ƒƒDefinição do organograma organizacional;
ƒƒ Identificação de produtos.
ƒƒ Controle de registros;
ƒƒ Elaboração do manual da qualidade;
ƒƒ Definição de autoridades e responsabilidades 
(descrição de cargos);
ƒƒ Análise crítica do sistema da qualidade pela alta 
direção;
ƒƒ Planejamento da qualidade;
ƒƒ Controle de dispositivos de medição e 
monitoramento;
ƒƒ Rastreabilidade de produtos;
ƒƒ Propriedade do cliente;
ƒƒ Preservação do produto;
ƒƒ Análise de dados e técnicas estatísticos;
ƒƒ Auditoria interna da qualidade;
ƒƒ Medição da satisfação do cliente;
ƒƒ Controle de produto não conforme;
ƒƒ Ação corretiva e ação preventiva;
ƒƒ Melhoria contínua.
Tabela 3 – Processos das etapas de padronização e delineamento do SGQ.
Fonte: Mello et al. (2008).
AtençãoAtenção
O mapeamento de processos é extremamente 
importante para o bom funcionamento do SGQ, 
pois “o modelo de um sistema de gestão da quali-
dade é baseado em processos.” (ABNT, 2005).
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Caro(a) aluno(a), nós vimos neste capítulo que um sistema de gestão é formado pela interação 
dos processos organizacionais, os quais são divididos nos seguintes níveis: Processo de Gestão, Processo 
Produtivo e Processo de Apoio. Vimos também que um negócio é parte da economia de um país e tem 
como objetivo a obtenção de lucro. Aprendemos que a política da qualidade de uma organização é o 
que a direciona para a visão que a alta direção almeja alcançar.
Você pôde aprender a importância do uso do PDCA em todos os processos, bem como no SGQ da 
empresa. Lembrando que, frequentemente, a saída de um processo resultará diretamente na entrada do 
processo seguinte. A identificação sistemática e a gestão dos processos empregados na organização e, 
particularmente, as interações entre tais processos são conhecidas como “abordagem de processos”.
É muito importante para obter um bom SGQ o mapeamento dos processos, ou seja, identificar to-
dos os processos com suas atividades para adequá-los conforme os padrões normativos.
2.6 Resumo do Capítulo
2.7 Atividades Propostas
1. Faça um diagrama com a interação de processos de uma indústria gráfica e defina ferramentas 
para monitorar e medir esse sistema. 
2. O que reflete a política da qualidade de uma organização?
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21
Caro(a) aluno(a), agora apresentarei a você 
a estrutura e documentação do sistema de ges-
tão, ou seja, quais são as etapas necessárias para 
SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE3
3.1 Requisitos Gerais
implementação do SGQ, e o emprego do ciclo 
PDCA para definir a sua lógica operacional, con-
forme exemplo apresentado na Figura 5. 
Figura 5 – Fluxograma da lógica operacional.
Mapear os Processos
- Finalidade (produto)
- Escopo de aplicação
- Interações
- Métodos e critérios
- Controle e medidas
- Provimento de recursos
- Indicadores de desempenho
Monitorar o Processo e Medir os 
Resultados
Analisar os resultados
Planejar e Implementar Ações de 
Melhoria
 Fonte: Maranhão (2006).
O SGQ deve focar a satisfação do cliente 
com produtos adequados. Para tanto, a organiza-
ção deve identificar os processos necessários e a 
sua aplicação por toda a organização e determi-
nar a sequência e interação desses processos. A 
Figura 6 é um exemplo de sequência e interação 
dos processos. 
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22
Figura 6 – Sequência e interação dos processos.
 Fonte: Maranhão (2006).
O SGQ também deve determinar critérios 
e métodos necessários para assegurar que a ope-
ração e o controle desses processos sejam efi-
cazes; assegurar a disponibilidade de recursos e 
informações necessárias para apoiar a operação 
e o monitoramento desses processos; monitorar, 
medir e analisar esses processos; e implementar 
ações necessárias para atingir os resultados pla-
nejados e a melhoria contínua desses processos. 
DicionárioDicionário
Critérios: discernimento crítico.
Saiba maisSaiba mais
 “Convém que a alta administração institua uma orga-
nização orientada para o cliente:
a) definindo sistemas e processos que possam ser cla-
ramente entendidos, geridos e melhorados tanto em 
eficácia quanto em eficiência, e
b) assegurando a operação eficaz e eficiente e o con-
trole de processos, bem como as medidas e os dados 
usados para determinar o desempenho satisfatório da 
organização.” (ABNT, 2010).
Além disso, o SGQ deve contemplar a iden-
tificação e o controle de processos terceirizados, 
caso a organização opte em adquirir externamen-
te algum processo que afete a conformidade do 
produto (MARANHÃO, 2006).
3.2 Documentação
Generalidades
Com relação à documentação do SGQ, saiba 
que ela pode variar de acordo com o tamanho da 
organização e tipo de atividades, a complexidade 
dos processos e suas interações e com a compe-
tência do pessoal. No entanto, de um modo geral, 
a documentação do SGQ deve incluir: declarações 
documentadas da política da qualidade e dos ob-
jetivos da qualidade; Manual da Qualidade (MQ); 
procedimentos; registros da qualidade; e outros 
documentos necessários à organização para as-
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23
segurar o planejamento, a operação e o controle 
eficazes de seus processos. É importante enfatizar 
que a documentação pode estar em qualquer for-
ma ou tipo de mídia. A Figura 7 é uma das formas 
de ilustrar os documentos do SGQ.
Figura 7 – Triângulo da documentação.
 Fonte: Maranhão (2006).
AtençãoAtenção
Com relação à documentação do SGQ, saiba que 
ela pode variar de acordo com o tamanho da or-
ganização e tipo de atividades.
AtençãoAtenção
O MQ é o documento que descreve o escopo do 
SGQ.
Manual da Qualidade (MQ)
O MQ é o documento que descreve o esco-
po do SGQ em sua íntegra, especificando e/ou re-
ferenciando os demais documentos e a descrição 
de interação entre os processos do SGQ. O MQ 
pode ser utilizado para a organização demonstrar 
o seu SGQ para clientes ou fornecedores. Há dois 
tipos de MQ, conforme Tabela 4.
Tipos de MQ Fundamentação na norma
Autossuficiente (stand alone) O MQ inclui os procedimentos documentados.
Referência (roadmap) O MQ faz referência aos procedimentos documentados.
Tabela 4 – Tipos de MQ.
Fonte: Mello et al. (2008).
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Controle de Documentos
Os documentos do SGQ devem ser contro-
lados. Para tanto, deve ser instituído um procedi-mento que defina os seguintes controles (MARA-
NHÃO, 2006):
a) aprovar documentos quanto à sua ade-
quação, antes da sua emissão;
b) analisá-los criticamente, atualizá-los 
quando necessário e reaprovar docu-
mentos;
c) assegurar que alterações e a situação 
da revisão atual dos documentos sejam 
identificadas;
d) assegurar que as versões pertinentes 
de documentos aplicáveis estejam dis-
poníveis nos locais de uso;
e) assegurar que os documentos perma-
neçam legíveis e prontamente identifi-
cáveis;
f ) assegurar que documentos de origem 
externa sejam identificados e que sua 
distribuição seja controlada;
g) prevenir o uso não intencional de docu-
mentos obsoletos e aplicar identifica-
ção adequada nos casos em que forem 
retidos por qualquer propósito.
Saiba maisSaiba mais
“Para prover documentação que satisfaça as necessidades e expectativas das partes interessadas, convém que a 
administração considere:
- requisitos contratuais do cliente e de outras partes interessadas;
- adoção de normas internacionais, nacionais, regionais e de setores industriais;
- requisitos estatutários e regulamentares pertinentes;
- decisões tomadas pela organização;
- fontes de informação externa pertinentes para o desenvolvimento das competências da organização, 
- informações a respeito das necessidades e expectativas de partes interessadas.” (ABNT, 2010).
Saiba maisSaiba mais
 “Convém que a geração, o uso e o controle da docu-
mentação sejam avaliados quanto à eficácia e eficiên-
cia da organização em relação a critérios.” (ABNT, 2010).
Controle de Registros
Os registros da qualidade podem ser usados 
para documentar a rastreabilidade do produto, 
avaliar fornecedores, fornecer evidências de veri-
ficações/monitoramento de produto e evidenciar 
ações preventivas e ações corretivas. Os registros 
da qualidade, por serem um tipo especial de do-
cumento, não necessitam de revisão, uma vez 
que eles apresentam uma atividade realizada e 
não precisam ser atualizados. A principal diferen-
ça entre registro da qualidade e documento é que 
o registro relaciona-se ao passado (registro de 
uma atividade/qualidade realizada ou praticada), 
enquanto o documento relaciona-se ao presente 
e ao futuro (como tenho que fazer a minha ativi-
dade e como irei fazê-la quando ela vier a ser me-
lhorada). A implementação dos registros requer 
a instituição de um procedimento documentado 
para definir os seguintes controles (MELLO et al., 
2008):
ƒƒ Identificação: código ou título pelo 
qual o registro é conhecido;
ƒƒ Armazenamento: a forma e o local 
onde os registros são guardados, como, 
por exemplo, pasta suspensa, pasta A-Z 
etc.;
ƒƒ Proteção: o tipo de proteção neces-
sária para impedir uma possível perda 
ou deterioração do registro, como, por 
exemplo, backup distante de campos 
magnéticos, em ambiente com tempe-
ratura controlada etc.;
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ƒƒ Recuperação: a forma ou ordem como 
os registros são recuperados para con-
sulta depois de armazenados, como, 
por exemplo, por data, mês, número se-
quencial, código, diretório etc.;
DicionárioDicionário
Backup: cópia de segurança.
ƒƒ Tempo de retenção: o tempo necessá-
rio que o registro deve ser mantido para 
fins de comprovação da qualidade pra-
ticada, como, por exemplo, seis meses, 
cinco anos etc.;
ƒƒ Descarte: a forma de disposição do re-
gistro da qualidade depois de vencido 
o tempo de retenção, como, por exem-
plo, incineração.
3.3 Resumo do Capítulo
Caro(a) aluno(a), neste capítulo, você aprendeu a importância de:
• Mapear processos e estabelecer seqüência e interação entre os mesmos;
• Assegurar o controle e operação desses processos, incluindo disponibilidade de recursos, infor-
mação, métodos de monitoramento, com objetivo de atingir suas saídas planejadas (serão des-
dobrados posteriormente);
• Assegurar controle sobre os processos terceirizados. (ABNT, 2008). 
Também vimos tópicos importantes, como:
ƒƒ política da qualidade;
ƒƒ manual da qualidade;
ƒƒ procedimentos documentados e registros 
definidos pela norma;
ƒƒ documentos (procedimentos e instruções) 
e registros, definidos pela organização, 
necessários para assegurar o efetivo pla-
nejamento, operação e controle dos seus 
processos.
Aprendemos que controle de documentos significa:
ƒƒ procedimento documentado;
ƒƒ análise crítica, atualização, aprovação e legibilidade. Alterações e revisão identificadas;
ƒƒ disponibilidade nos pontos de uso;
ƒƒ prevenir o uso não intencional de versões obsoletas (identificar documentos obsoletos);
ƒƒ incluir documentos de origem externa, determinados pela organização como necessários.
Saiba maisSaiba mais
 “Convém que o acesso à documentação para o pes-
soal na organização e para outras partes interessadas 
seja assegurado, com base na política de comunica-
ção da organização.” (ABNT, 2010).
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Quanto aos registros, aprendemos que são evidências de algo que necessitava ser feito e, para que 
haja controle sobre os registros, é necessário:
• Procedimento documentado;
• Registros definidos com o propósito de 
evidenciar a conformidade com os re-
quisitos e a efetiva operação do Sistema 
devem ser controlados;
• Pronta identificação e recuperação, pro-
teção, retenção e legibilidade. (ABNT, 
2008).
AtençãoAtenção
Um procedimento documentado deve ser elabo-
rado para controlar os documentos.
Um procedimento documentado deve ser elabo-
rado para controlar os registros.
3.4 Atividades Propostas
1. Qual é a finalidade do controle dos registros? Responda à tabela a seguir.
Controle dos registros Finalidade
Identificação
Legibilidade
Guarda
Proteção
Recuperação desejada
Tempo de retenção
Descarte
2. O que descreve o manual da qualidade?
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RESPONSABILIDADE DA DIREÇÃO4
A identificação da alta direção da empresa 
pode mudar de acordo com o tamanho da orga-
nização e tipo de atividades. Independentemente 
da organização, a alta direção deve ser compos-
ta pelo(s) principal(is) executivo(s), ou seja, o(s) 
executivo(s) que possui(em) autonomia para a 
disponibilização dos recursos. A eficácia do SGQ 
está diretamente ligada ao comprometimento da 
alta direção, o qual pode ser evidenciado pelos 
seguintes pontos (MELLO et al., 2008): 
a) a comunicação à organização da impor-
tância em atender aos requisitos dos 
clientes, como também aos requisitos 
regulamentares e estatutários;
4.1 Comprometimento da Direção
DicionárioDicionário
Evidenciado: dados que apoiam a existência ou a 
veracidade de alguma coisa (ABNT, 2005).
b) a instituição da política da qualidade;
c) a garantia de que os objetivos da quali-
dade são instituídos;
d) a condução de análises críticas do SGQ;
e) a garantia da disponibilidade de recur-
sos.
4.2 Foco no Cliente
As organizações dependem de seus clien-
tes e, portanto, é recomendável que atendam às 
necessidades atuais e futuras e aos requisitos do 
cliente e procurem exceder as expectativas (MA-
RANHÃO, 2006).
Um SGQ eficaz deve assegurar a satisfação 
do cliente. Para tanto, é dever da alta direção as-
segurar que os requisitos do cliente são determi-
nados e atendidos com o objetivo de aumentar, 
ou melhor, melhorar continuamente a sua satis-
fação. Deve-se ressaltar que clientes exigem pro-
dutos com características que satisfaçam as suas 
necessidades e expectativas. Essas necessidades 
e expectativas são expressas nas especificações 
de produto e são, geralmente, designadas como 
requisitos do cliente (MARANHÃO, 2006).
Wagner Teixeira dos Santos
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28
A política da qualidade é a “porta de entra-da” do SGQ, sendo de responsabilidade da alta di-
reção assegurar que a política seja apropriada ao 
propósito da organização, incluindo um compro-
metimento com o atendimento aos requisitos e 
com a melhoria contínua da eficácia do SGQ, pro-
porcionando uma estrutura para a instituição e a 
análise crítica dos objetivos da qualidade; ela de-
verá ser comunicada, entendida e executada nos 
diversos níveis hierárquicos da organização, além 
de analisada criticamente para a manutenção de 
sua adequação (MELLO et al., 2008).
Ao elaborar a política da qualidade, convém 
que a organização considere as seguintes ques-
tões: atender aos objetivos dos stakeholders, ou 
seja, das partes interessadas da organização; a 
política deve permitir que todos saibam o que fa-
Saiba maisSaiba mais
Convém que a alta administração considere ações como:
 - instituir visão, políticas e objetivos estratégicos consistentes com o propósito da organização;
- conduzir a organização por meio de exemplos, para desenvolver confiança entre as pessoas;
- comunicar os valores e a direção da organização com relação à qualidade e ao sistema de gestão da qualidade;
- participar em projetos de melhoria, buscando novos métodos, soluções e produtos;
- obter realimentação direta sobre a eficácia e eficiência do sistema de gestão da qualidade;
- identificar os processos de realização do produto que agregam valor para a organização;
- identificar os processos de apoio que influenciam na eficácia e eficiência dos processos de realização;
- criar um ambiente que encoraje o envolvimento e o desenvolvimento das pessoas;
- fornecer a estrutura e os recursos necessários para apoiar os planos estratégicos da organização. (ABNT, 2010).
“É conveniente que a política da qualidade de uma organização seja uma parte consistente, e de igual importância, das 
políticas e estratégias globais da organização.” (ABNT, 2010).
“O sucesso da organização depende do entendimento e da satisfação das necessidades e expectativas, atuais e futuras, dos 
clientes e dos usuários finais, atuais e potenciais, bem como do entendimento e consideração das necessidades e expecta-
tivas de outras partes interessadas.” (ABNT, 2010).
4.3 Política da Qualidade
DicionárioDicionário
Política: a razão, a moral, a prudência, a experiên-
cia, o sabor de administrar os diversos interesses e 
necessidades sociais a favor da coletividade.
zer; e explicitar o desejo da organização em rela-
ção à qualidade. A seguir, um exemplo de política 
da qualidade (VIEIRA FILHO, 2007):
ƒƒ Clientes: atender a seus clientes com 
produtos de qualidade;
ƒƒ Empregados: desenvolver e capacitar 
seus empregados para um melhor de-
sempenho profissional e pessoal em 
um ambiente favorável à participação, 
criatividade e inovação;
ƒƒ Melhoria contínua: buscar continua-
mente a melhoria de seus processos;
ƒƒ Sucesso duradouro: ter visão de com-
petitividade nos negócios.
AtençãoAtenção
A eficácia do SGQ está diretamente ligada ao com-
prometimento da alta direção.
A política da qualidade é a “porta de entrada” do SGQ.
Um SGQ eficaz deve assegurar a satisfação do cliente.
Um SGQ deve ter objetivos e metas bem definidos.
Gestão da Qualidade e da Produtividade
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4.4 Planejamento
“Planejar é definir aquilo que deve ser fei-
to para que a meta seja atingida.” (VIEIRA FILHO, 
2007).
Saiba maisSaiba mais
 “O planejamento estratégico da organização e a política da qualidade proporcionam uma estrutura para o estabelecimen-
to de objetivos da qualidade.” (ABNT, 2010).
“É recomendável que os objetivos sejam capazes de ser medidos para facilitar uma análise crítica eficaz e eficiente pela 
administração.” (ABNT, 2010).
“É recomendável que esse planejamento enfoque a definição dos processos necessários para se atingir eficaz e eficiente-
mente os objetivos da qualidade e requisitos da organização, consistentes com a estratégia da organização.” (ABNT, 2010).
Objetivos da Qualidade
É impossível gerenciar aquilo que não é me-
dido; em outras palavras, só gerenciamos aquilo 
que medimos. Para tanto, a alta direção deve de-
finir a qualificação (relacionada com a realização 
do produto) e a quantificação (mensuração) dos 
objetivos da qualidade, os quais devem ser insti-
tuídos e consistentes com a política da qualidade 
(MARANHÃO, 2006).
Os objetivos da qualidade fundamentam 
a melhoria contínua e as análises críticas da alta 
direção e devem ser comunicados nas funções e 
níveis pertinentes, para que os colaboradores da 
organização contribuam para o seu atendimento. 
Convém que esses objetivos sejam desdobrados, 
analisados e revisados sistematicamente. A Tabe-
la 5 é um exemplo de desdobramento de objetivo 
e meta.
Tabela 5 – Desdobramento das metas da empresa WHBS.
Motivo Devoluções Setor responsável
Meta
Valor Prazo
Erro de especificação 0,4% Engenharia 0,2% Junho de 2010
Montagem errada 0,5% Produção 0,1% Junho de 2010
Componente fora do especificado – 
fabricação interna 0,4% Processos 0,1% Outubro de 2010
Componente fora do especificado – 
fabricação interna 0,6%
Controle de 
Qualidade do 
Recebimento
0,3% Setembro de 2010
Outros 0,1% – 0,1% Dezembro de 2010
Total 2% – 0,8% Dezembro de 2010
Fonte: Mello et al. (2008).
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Planejamento da Qualidade
“O planejamento da Qualidade envolve 
identificar que padrões da qualidade são relevan-
tes para o projeto e determinar como atingi-los.” 
Convém que o gerenciamento da qualidade con-
temple os seguintes pontos: definir os requisitos 
que satisfaçam as especificações do cliente; de-
finir a equipe e suas responsabilidades; desen-
volver os procedimentos e padrões; e monitorar 
o desempenho (MARSHALL JUNIOR et al., 2006).
DicionárioDicionário
Mensuração: medição.
Estratégico: alguma coisa bem planejada, bem 
pensada.
Especificações: documento que estabelece requi-
sitos (ABNT, 2005).
Documento: dados significativos e o meio no qual 
a informação está contida (ABNT, 2005).
Requisito: necessidade ou expectativa que é ex-
pressa, geralmente, de forma implícita ou obriga-
tória (ABNT, 2005).
Em relação ao planejamento do SGQ em 
si, este deve assegurar o atendimento de todos 
os elementos do sistema de gestão e, caso haja 
necessidade de mudanças no sistema, elas são 
planejadas e implementadas, objetivando a ma-
nutenção da sua integridade (MARANHÃO, 2006).
AtençãoAtenção
É impossível gerenciar aquilo que não é medido.
“O planejamento da Qualidade envolve identifi-
car que padrões da qualidade são relevantes para 
o projeto e determinar como atingi-los.”
4.5 Responsabilidade, Autoridade e Comunicação
Caro(a) aluno(a), saiba que a alta direção 
da organização deve garantir que (MARANHÃO, 
2006):
ƒƒ as responsabilidades, autoridades e 
suas inter-relações sejam definidas e 
comunicadas para toda a organização;
ƒƒ os canais de comunicação apropriados 
sejam instituídos na organização e que 
seja efetuada comunicação com rela-
ção à eficácia do SGQ.
Adicionalmente, são deveres da alta dire-
ção indicar e formalizar um membro da adminis-
tração para ser o seu representante, o qual terá a 
responsabilidade de gerenciar, monitorar, avaliar 
e coordenar o SGQ (MELLO et al., 2008).
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4.6 Análise Crítica pela Direção
O Ciclo PDCA é um método gerencial am-
plamente empregado e, quando praticado de 
forma cíclica e ininterrupta, acaba por promover 
a melhoria contínua e sistemática nas organi-
zações, consolidando assim a padronização das 
práticas para a melhoria contínua dos processos. 
Girar o ciclo PDCA significa obter previsibilidade 
nos processos e melhoria do SGQ; a previsibilida-
de acontece peloatendimento aos elementos do 
SGQ, pois, quando a melhoria é evidente, adota-
-se o método planejado, fundamentando ainda 
mais o SGQ adotado. Para que o PDCA atue como 
uma ferramenta de melhoria contínua no SGQ, é 
preciso criar uma cultura de esforços e padroniza-
ção em toda a organização. A alta direção preci-
sa ter coragem para mudar, sendo essencial criar 
massa crítica em toda a organização, não poden-
do os colaboradores ou mesmo a alta administra-
ção agir no PDCA sozinho (MARSHALL JUNIOR et 
al., 2006).
Figura 8 – Esforços para melhoria contínua do SGQ.
Saiba maisSaiba mais
“Convém que sejam dadas responsabilidade e autoridade às pessoas na organização de forma que possam contribuir para 
o atendimento aos objetivos da qualidade e para instituir seu envolvimento, motivação e comprometimento.” (ABNT, 2010).
“Convém que a alta administração desenvolva a atividade de análise crítica pela administração indo além da verificação da 
eficácia e eficiência do sistema de gestão da qualidade, tornando-a um processo que se estenda para toda a organiza-
ção, avaliando também a eficiência do sistema.” (ABNT, 2010).
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A análise crítica pela direção é grande ins-
trumento do SGQ, o centro nervoso, com a com-
petência suficiente para tornar a organização 
mais competitiva. Como uma das atividades-
-chave, a análise crítica proporciona que se anali-
sem os dados das diferentes medições efetuadas, 
objetivando uma eventual mudança de rumo em 
relação à política, estratégias, planos, objetivos, 
metas e indicadores. O processo da análise crítica 
deve obrigatoriamente obedecer às informações 
de entrada e incluir as decisões de saídas, confor-
me segue (MARANHÃO, 2006):
ƒƒ as entradas para a análise crítica pela 
direção devem incluir informações so-
bre:
ƒƒ resultados de auditorias;
ƒƒ realimentação do cliente;
ƒƒ desempenho de processo e confor-
midade de produto;
ƒƒ situação das ações preventivas e 
corretivas;
DicionárioDicionário
Eficiência: consiste em alcançar a eficácia (atingir 
o resultado planejado) com o menor recurso pos-
sível.
Eficácia: alcançar os resultados planejados, os ob-
jetivos, a meta.
ƒƒ acompanhamento das ações das 
análises críticas anteriores da dire-
ção;
ƒƒ mudanças planejadas que possam 
afetar o SGQ;
ƒƒ recomendações para melhoria;
ƒƒ as saídas da análise crítica pela dire-
ção devem incluir quaisquer decisões e 
ações relacionadas a:
ƒƒ melhoria da eficácia do SGQ e de 
seus processos;
ƒƒ melhoria do produto em relação 
aos requisitos do cliente e necessi-
dades de recursos.
4.7 Resumo do Capítulo
Caro(a) aluno(a), lembre-se de que a alta direção deve demonstrar comprometimento com o SGQ, 
por meio de:
ƒƒ conscientizar pela necessidade de atendimento aos requisitos dos clientes e requisitos legais;
ƒƒ estabelecer a política da qualidade;
ƒƒ assegurar o estabelecimento dos objetivos para a qualidade;
ƒƒ analisar criticamente o sistema de gestão da qualidade;
ƒƒ assegurar a disponibilidade de recursos.
Os pontos principais de um SGQ são (ABNT, 2008):
ƒƒ assegurar o “Foco no Cliente” como abordagem fundamental da organização;
ƒƒ identificar os requisitos do cliente, entendendo suas necessidades e expectativas, presentes e 
futuras, esforçando-se para excedê-las, como meio para atingir e incrementar a satisfação do 
cliente.
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Lembre-se de que a política da qualidade de uma organização deve (ABNT, 2008):
ƒƒ ser adequada aos propósitos da organização;
ƒƒ ser continuamente analisada e mantida como tal;
ƒƒ ter compromisso com a conformidade aos requisitos dos clientes e requisitos legais;
ƒƒ constituir base para a adequação e consecução dos objetivos para a qualidade;
ƒƒ ser difundida e compreendida pela organização.
Lembre-se de que, sempre antes de qualquer decisão, é preciso haver um bom planejamento.
Neste capítulo aprendemos, também, sobre os objetivos da qualidade, sendo que estes devem 
(ABNT, 2008):
ƒƒ incluir os objetivos necessários para o atendimento aos requisitos do produto;
ƒƒ ser cascateados para todas as funções e níveis pertinentes;
ƒƒ ser mensuráveis e consistentes com a política da qualidade.
Todas as etapas devem ser bem planejadas, devendo haver (ABNT, 2008):
ƒƒ Planejamento do sistema focado na manutenção da sua “vocação” (requisitos 4.1) e na conse-
cução dos objetivos para a qualidade;
ƒƒ Manutenção da integridade do sistema quando as alterações necessárias forem implementa-
das.
Em um SGQ, a alta direção deve definir responsabilidades e autoridades e comunicar para a organi-
zação; sendo que é necessário que a alta direção realize periodicamente a análise crítica para que o SGQ 
funcione adequadamente, a qual terá com resultados (ABNT, 2008):
ƒƒ decisões e ações para a melhoria da eficácia do sistema de gestão, e melhoria dos produtos em 
relação aos requisitos dos clientes;
ƒƒ recursos necessários.
4.8 Atividades Propostas
1. Quais são as responsabilidades de um Representante da Direção?
2. Qual é a fundamentação dos objetivos da qualidade?
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GESTÃO DE RECURSOS5
5.1 Provisão de Recursos
O funcionamento, a melhoria contínua do 
SGQ e a consequente satisfação do cliente estão 
diretamente atrelados à necessidade de a alta di-
reção prover recursos, os quais são sempre finitos 
e normalmente escassos, enquanto as demandas 
são ilimitadas. Três são as classes de recursos para 
atendimento ao SGQ: recursos humanos, infraes-
trutura e ambiente de trabalho (MARANHÃO, 
2006).
AtençãoAtenção
É dever da alta direção prover recursos necessário 
para o SGQ.
5.2 Recursos Humanos
Para obter Qualidade, é preciso treinar, trei-
nar, treinar e continuar treinando. Os colaborado-
res que executam atividades que afetam a qua-
lidade do produto devem ser competentes, com 
base em: educação, treinamento, habilidades e 
experiência apropriados (MARANHÃO, 2006).
Educação (formação apropriada), treina-
mento, habilidade e experiência são definidos 
como (MELLO et al., 2008):
ƒƒ Educação: subtende-se o período de 
graduação que a pessoa adquiriu ao 
longo de sua vida, desde o ensino bá-
sico, médio, superior, podendo chegar 
até o doutorado;
ƒƒ Treinamento: é o ato ou processo de 
fornecer ou receber instrução para uma 
habilidade, profissão ou ocupação par-
ticular, como cursos de pequena carga 
horária, como, por exemplo, metrolo-
gia, auditoria interna, leitura de mudan-
ças etc.;
ƒƒ Habilidade: é a capacidade que uma 
pessoa possui (especialmente manual 
ou física) de fazer algo bem feito, tal 
como atender a um cliente, liderar uma 
equipe gerencial, operar um equipa-
mento; 
ƒƒ Experiência: é o conhecimento prático 
obtido por meio de fatos ou eventos, 
considerados fonte de conhecimento, 
tal como as capacitações adquiridas 
pelo trabalho em dada atividade por 
um longo período de tempo.
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A alta direção deve prover recursos neces-
sários para a realização dos processos, tais como: 
edifícios, espaço de trabalho e instalações asso-
ciadas, equipamentos de processo, logísticas de 
transportes, matérias-primas, entre outros (MA-
RANHÃO, 2006).
5.3 Infraestrutura
Saiba maisSaiba mais
“Convém que sejam incluídos recursos para a operação e a melhoria do sistema de gestão da qualidade, bem como a satisfa-
ção dos clientes e outras partes interessadas.” (ABNT, 2010).
“Convém que seja considerada a análise das necessidades das competências tanto atuais quanto esperadas em comparação 
às competências já existentes na organização.” (ABNT, 2010).
“Fenômenos naturais que não podem ser controlados podeminfluenciar na infra-estrutura. Convém que o plano para a 
infra-estrutura considere a identificação e redução de riscos associados, incluindo estratégias para proteger os interesses das 
partes interessadas.” (ABNT, 2010).
5.4 Ambiente de Trabalho
A organização deve determinar e adminis-
trar as condições do ambiente de trabalho ne-
cessárias para alcançar a conformidade com os 
requisitos do produto, abrangendo os seguintes 
fatores (MARANHÃO, 2006):
a) fatores tecnológicos: segurança, salu-
bridade, tecnologia etc.;
b) fatores psicológicos ou emocionais: 
relacionamento interpessoal, confian-
ça, humor etc.
DicionárioDicionário
Competência: é a capacidade de mobilizar os 
conhecimentos, valores e decisões para agir de 
modo pertinente numa determinada situação.
Infraestrutura: instalações, equipamentos e servi-
ços necessários para a operação de uma organiza-
ção (ABNT, 2005).
Instalações: conjunto de aparelhos, peças ou aces-
sórios que compõem determinada utilidade.
Salubridade: saudável, higiênico, benéfico.
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Caro(a) aluno(a), aqui você aprendeu sobre:
• Recursos necessários para implementação e manutenção do Sistema de Gestão, bem como con-
tinuamente melhorar sua eficácia;
• Assegurar a satisfação dos Clientes através do atendimento aos seus requisitos. (ABNT, 2008).
Vimos também a importância dos seguintes tópicos referentes à qualificação de um profissional 
em um SGQ (ABNT, 2008):
ƒƒ Determinar os requisitos de competência para aqueles cujas funções podem afetar a conformi-
dade do produto aos seus requisitos;
ƒƒ Quando aplicável, prover treinamento ou outra ação para suprir as carências. Assegurar eficácia 
das ações tomadas;
ƒƒ Assegurar que todos estejam conscientes em relação à importância de suas atividades e como 
contribuem para a consecução dos objetivos;
ƒƒ Registros (2º), evidenciando competência.
Lembre-se de que a infraestrutura “inclui edificações, área de trabalho, utilidades, equipamentos de 
processos e serviços suporte (transporte, comunicações e informática) e a Alta Direção deve determinar, 
prover e manter a infra-estrutura necessária para assegurar atendimento aos requisitos dos produtos.” 
(ABNT, 2008).
Quando se tratar de ambiente de trabalho para o SGQ, lembre-se de que isso (ABNT, 2008):
ƒƒ Inclui as condições sob as quais o trabalho é desempenhado, tais como: ruído, temperatura, 
umidade, luminosidade;
ƒƒ Determina e gere as condições para o ambiente de trabalho, necessárias para assegurar aten-
dimento aos requisitos dos produtos.
5.5 Resumo do Capítulo
Saiba maisSaiba mais
“Na criação de um ambiente de trabalho adequado, sendo uma combinação de fatores humanos e físicos, convém que sejam 
incluídas considerações a:
- métodos criativos de trabalhos e oportunidades para aumentar o envolvimento e identificar o potencial das pessoas na 
organização;
- regras e orientações de segurança, incluindo o uso de equipamentos de proteção;
- ergonomia;
- localização do espaço de trabalho;
- interação social;
- instalações de apoio para as pessoas na organização;
- calor, umidade, luminosidade, ventilação, e;
- higiene, limpeza, barulho, vibração e poluição.” (ABNT, 2010).
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5.6 Atividades Propostas
1. Segundo a ABNT NBR ISO 9001:2008, quais são os fatores de avaliação para identificar se uma 
pessoa é competente para a realização de uma determinada atividade?
2. Quem deve prover os recursos necessários na organização?
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O princípio da abordagem por processo, ou 
seja, a sequência e interação dos processos, deve 
ser utilizado no planejamento da realização do 
produto. É conveniente que o planejamento da 
realização do produto seja documentado através 
de um Plano da Qualidade e que a saída desse 
planejamento seja adequada ao método de ope-
ração da organização. Quando apropriado, o pla-
nejamento da realização do produto deve deter-
minar o seguinte (MELLO et al., 2008):
a) objetivos da qualidade e requisitos para 
o produto;
REALIZAÇÃO DO PRODUTO6
6.1 Planejamento da Realização do Produto
b) a necessidade para instituir processos e 
documentos e prover recursos específi-
cos para o produto;
c) verificação, validação, monitoramento, 
inspeção e atividades de ensaios reque-
ridos, específicos para o produto, bem 
como critério para a aceitação do pro-
duto; 
d) registros necessários para fornecer evi-
dência de que o processo de realização 
e o produto resultante atendam aos re-
quisitos.
6.2 Processos Relacionados a Clientes
Os requisitos relacionados ao produto a ser 
entregue ao cliente devem determinar: os requi-
sitos especificados pelo cliente, incluindo os re-
quisitos para entrega e para atividades de pós-en-
trega; os requisitos não declarados pelo cliente, 
mas necessários para o uso especificado ou para 
o uso pretendido, conhecido; os requisitos estatu-
tários e regulamentares relacionados ao produto; 
e qualquer requisito adicional determinado pela 
organização (MARANHÃO, 2006).
Partindo da premissa de que “o que é com-
binado não é caro”, é imprescindível que a orga-
nização analise criticamente os requisitos rela-
cionados ao produto. Essa análise crítica deve ser 
realizada antes de a organização assumir o com-
promisso de fornecer um produto para o cliente 
(por exemplo, submissão de ofertas, aceitação de 
contratos ou pedidos, aceitação de alterações em 
contratos ou pedidos). Objetiva-se aqui evitar er-
ros de interpretação de requisitos, evitando assim 
prejuízos desnecessários (MARANHÃO, 2006).
DicionárioDicionário
Monitoramento: observar, em determinado perío-
do de tempo, se as condições de um objeto/equi-
pamento estão dentro dos padrões.
Premissa: uma proposição que ajuda a chegar 
numa conclusão.
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Fechando os processos relacionados a clien-
tes, a organização deve prover um ou mais canais 
de comunicação eficazes com o cliente, objeti-
vando a: informações do produto; tratamento 
de indagações, contratos ou pedidos, incluindo 
complementos; e realimentação do cliente, in-
cluindo reclamações (MARANHÃO, 2006).
AtençãoAtenção
É imprescindível que a organização analise criti-
camente os requisitos relacionados ao produto.
6.3 Projeto e Desenvolvimento
O SGQ deve abranger o projeto e desenvol-
vimento de produto e/ou serviço, visando a me-
lhorar as suas condições, minimizar os riscos e fa-
cilitar o monitoramento. Para tanto, é necessária 
uma abordagem específica dos projetos, a fim de 
resguardar os seus conceitos essenciais. O projeto 
de um novo produto e/ou serviço deve ser enten-
dido como um processo, com entradas e saídas 
bem definidas. O conceito do ciclo PDCA pode ser 
aplicado objetivando o planejamento, execução, 
controle e eventuais correções do projeto (MAR-
SHALL JUNIOR et al., 2006).
A qualidade do projeto é discernida em 
duas dimensões: a primeira se relaciona com a 
qualidade dos resultados do projeto, o produto 
em si; e a segunda se refere à qualidade dos pro-
cessos internos do projeto, a saber (MARSHALL 
JUNIOR et al., 2006):
ƒƒ produto do projeto: propriedades e 
funções que caracterizam um produto;
ƒƒ projeto ou trabalho: que deve ser feito 
com o objetivo de obter um produto de 
acordo com as funções especificadas.
O projeto deve atender à definição das di-
mensões do “produto do projeto” e do “projeto”. 
Qualquer falha irá influenciar de forma expressi-
va o resultado e gerenciamento do projeto. Essas 
dimensões devem se refletir no planejamento, na 
garantia e no controle da qualidade. Tanto o SGQ 
quanto o gerenciamento de projetos devem estar 
pautados

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