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Biocombustíveis e combustíveis alternativos


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Combustíveis alternativos: uma visão panorâmica
Eduardo Falabella Sousa-Aguiar
CENPES/CB/Petrobras e 
Escola de Química (UFRJ)
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INTRODUÇÃO
OS COMBUSTÍVEIS XTL
DIMETILÉTER (DME)
BIODIESEL TRADICIONAL 
HBIO
MISTURAS E OUTROS
 CONCLUSÕES
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INTRODUÇÃO
OS COMBUSTÍVEIS XTL
DIMETILÉTER (DME)
BIODIESEL TRADICIONAL 
HBIO
MISTURAS E OUTROS
 CONCLUSÕES
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 As exigências ambientais por combustíveis cada vez mais limpos, os quais requerem ausência de enxofre, conteúdo mínimo de aromáticos e mínima geração de óxidos de nitrogênio, fuligem e hidrocarbonetos não-reagidos, vêm modificando, de maneira bastante drástica, os tradicionais objetivos da indústria do refino 
 Durante anos, tal indústria primou pela busca de aumento de conversão e seletividade a gasolina e destilados médios, principalmente quando petróleos pesados, apresentando inconveniente grau API e baixa reatividade para formação de produtos nobres, eram empregados como matéria prima 
 A preocupação ambiental foi, nesta época, de importância secundária.
INTRODUÇÃO
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 As novas regulamentações com respeito ao meio ambiente obrigaram os refinadores a rever seus propósitos 
 Embora seja possível reduzir contaminantes tais como compostos de enxofre, nitrogênio e aromáticos introduzindo-se uma nova unidade de hidrotratamento do óleo e ou derivados, tais unidades requerem muita energia e diminuem consideravelmente a eficiência energética da refinaria, sem mencionar o seu custo elevado de instalação (CAPEX) e operação (OPEX) 
 Estima-se que a CAPEX de uma nova refinaria, que na sua forma tradicional oscila entre 12000-14000 dólares por barril diário, dependendo do grau de sofisticação requerido, sobe verticalmente para 18000-20000 US$/bbl, quando há necessidade de unidades de hidrotratamento. 
INTRODUÇÃO
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 Ademais, em face de seu alto consumo energético, é bastante possível que uma melhoria na qualidade do ar seja levada a cabo às custas de um aumento de efeito estufa devido às emissões ocorridas durante a produção deste mesmo diesel 
 Portanto, a busca por matérias primas alternativas tais como gás natural e material oriundo da biomassa, vem-se tornando uma obrigatoriedade.
Cada matéria prima potencialmente interessante
 e cada tipo de combustível alternativo apresenta 
vantagens e desvantagens
INTRODUÇÃO
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 Espera-se, pois, que o modelo energético praticado atualmente no mundo, onde o petróleo predomina, venha a sofrer consideráveis modificações, tornando-se cada vez maior a contribuição, por exemplo, do gás natural 
 Admite-se que um modelo híbrido, no qual as duas fontes coexistirão, seja a melhor solução transitória para a economia do futuro, totalmente baseada no hidrogênio 
 Tal modelo admite as transformações químicas do gás natural em derivados similares aos obtidos do petróleo (diesel, gasolina, nafta petroquímica), levando o gás natural a uma comercialização mais fácil, num evidente mercado de “commodities”. 
 O modelo admite, ainda, a inclusão de combustíveis oriundos de biomassa, numa etapa posterior à do gás natural.
INTRODUÇÃO
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O modelo híbrido
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INTRODUÇÃO
OS COMBUSTÍVEIS XTL
DIMETILÉTER (DME)
BIODIESEL TRADICIONAL 
HBIO
MISTURAS E OUTROS
 CONCLUSÕES
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Gás de
Síntese
Petróleo
Sintético
Parafínico
Matéria
Prima
ETAPAS DO
PROCESSO
Oxigênio
Diesel – 75%
Nafta – 20%
GLP – 5% 
PROCESSOS XTL
Matérias primas potenciais:
Gás Natural (GTL)
Carvão (CTL)
Biomassa (BTL)
Petróleo pesado, coque, 
outros (XTL)
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PROCESSOS XTL
Diesel XTL apresenta características muito superiores às do diesel convencional
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COMBUSTÍVEIS XTL SÃO MENOS POLUENTES
PROCESSOS XTL
Chart9
		100		62
		100		54
		100		92
		100		71
diesel convencional
diesel FT
Emissões (%)
Sheet1
				diesel convencional		diesel FT
		HC		100		62
		CO		100		54
		NOx		100		92
		Particulados		100		71
Sheet1
		
diesel convencional
diesel FT
Emissões (%)
Sheet2
		
Sheet3
		
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PLANTAS DE GTL E CTL
Projetos Industriais em Operação
OBS. Em junho de 2006 partiu a planta do Catar, com tecnologia SASOL a partir de GN e capacidade anunciada de 36000b/d.
		Proprietário/
Empreendedor
		Local
		Produto
		Capacidade
Bpd
		Carga
		Processo
		Ano
		PetroSA
		Mossel Bay,
África do Sul
		Combustíveis e Produtos Especiais
		36 000
		Gás Natural
		Sasol
		1992
		Sasol I, II, III
		Sasolburg, África do Sul
		Combustíveis e Produtos Especiais
		170 000
		Carvão
		Sasol
		1955, 1999
		Shell
		Bintulu, Malásia
		Produtos Especiais
		12 500
		Gás Natural
		Shell-SMDS
		1993, Reinício 2000
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INTRODUÇÃO
OS COMBUSTÍVEIS XTL
DIMETILÉTER (DME)
BIODIESEL TRADICIONAL 
HBIO
MISTURAS E OUTROS
 CONCLUSÕES
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APLICAÇÕES DO DME
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APLICAÇÕES DO DME
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PROPRIEDADES DO DME
Alto número de cetano (60)
Calor de combustão: 6,900 kcal/kg
Características físico-químicas similares às do propano
e butano, principais componentes do GLP
Não há emissão de particulados nem
de SOx durante a queima
Não afeta a camada de ozônio
Substância não-tóxica
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CARACTERÍSTICAS DO DME
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ROTAS PARA PRODUÇÃO DE DME
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Atualmente existem plantas de demonstração da produção de DME no Japão, China e Coréia; China já tem uma unidade comercial de 110000t/a.
Novos projetos estão sendo implementados na Rússia, Irã e Suécia;
DME NO MUNDO
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INTRODUÇÃO
OS COMBUSTÍVEIS XTL
DIMETILÉTER (DME)
BIODIESEL TRADICIONAL 
HBIO
MISTURAS E OUTROS
CONCLUSÕES
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Biodiesel 
1ª máquina diesel
 O motor desenvolvido por Rudolf Diesel, em 1891, usava como matéria prima óleos vegetais;
 Durante a guerra, franceses e belgas propuseram o uso da reação de transesterificação com metanol ou etanol para suplantar problemas de viscosidade do óleo vegetal puro;
 No Brasil, em 1983, Carioca et al., já produziam biodiesel em escala piloto a partir de óleos variados tais como canola e soja.
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NO BRASIL : Lei nº 11.097, de 13 de janeiro de 2005 - biodiesel é um “biocombustível derivado de biomassa renovável para uso em motores a combustão interna com ignição por compressão ou, conforme regulamento, para geração de outro tipo de energia, que possa substituir parcial ou totalmente combustíveis de origem fóssil”. 
Biodiesel 
 
 Segundo ASTM (PS 121/99) : Biodiesel é “um combustível composto de ésteres mono-alquilados de ácidos graxos de cadeia longa obtidos de óleos vegetais ou gorduras animais”
1ª máquina diesel
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Biodiesel 
1ª máquina diesel
H
H
Diesel :
υ = 2,5 a 5,5 cSt
Triglicerídeo :
υ = 30 a 40 cSt
Biodiesel :
υ = 4 a 7 cSt
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Biodiesel 
Adequação à faixa de propriedades do diesel :
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Biodiesel 
ROTAS DE PRODUÇÃO
BTL
Craqueamento catalítico
Esterificação – a apartir do ácido graxo
Transesterificação – a partir do óleo
Catálise Homogênea – ácida ou alcalina
Catálise Heterogênea
Cata´lise Enzimática
Supercrítica
V. Combinado – Transesterificação+Esterificação
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Biodiesel 
Catálise Homogênea (Processo Connemann)
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Biodiesel 
Catálise Heterogênea – Processo Esterfip-H
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Craqueamento
Trabalhos pioneiros ocorrem na China, na década de 70, usando óleo de soja e de tungue, obtendo diesel por pirólise.
Em 1981, desenvolvimento conjunto entre a UFCe e o CENPES produz diesel por craqueamento de óleo de algodão.
Em 1983, Petrobras realizou testes na refinaria REMAN, na sua unidade FCC, usando uma mistura de gasóleo e óleo de soja (10%) a 482C. Os resultados revelaram:
Cerca de 69% de rendimento em combustíveis líquidos
Boa qualidade do diesel produzido.
 Contudo, preços dos óleos vegetais na época desencorajaram a continuidadedos estudos.
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INTRODUÇÃO
OS COMBUSTÍVEIS XTL
DIMETILÉTER (DME)
BIODIESEL TRADICIONAL 
HBIO
MISTURAS E OUTROS
CONCLUSÕES
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O processo envolve uma hidroconversão catalítica da mistura de frações de diesel e óleo de origem renovável, em um reator de HDT, sob condições controladas de alta temperatura e pressão de hidrogênio. 
Assim, o óleo vegetal é transformado em hidrocarbonetos parafínicos lineares, similares aos existentes no óleo diesel de petróleo.
 Esses compostos contribuem para a melhoria da qualidade do óleo diesel final, destacando-se o aumento do número de cetano, que garante melhor qualidade de ignição, e a redução da densidade e do teor de enxofre.
HBIO
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HBIO
RENDIMENTO DO HBIO
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HBIO
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INTRODUÇÃO
OS COMBUSTÍVEIS XTL
DIMETILÉTER (DME)
BIODIESEL TRADICIONAL 
HBIO
MISTURAS E OUTROS
CONCLUSÕES
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Emulsões Diesel-Água
Emulsificantes vêm sendo estudados com o objetivo de misturar-se água ao diesel, visando a diminuir emissões (NOX) e aumentar a eficiência do motor.
Misturas Diesel/Etanol
Desde os trabalhos de Meiring (1978), vem-se buscando adicionar etanol ao diesel. Verificou-se que a adição de 15% de etanol parece não alterar a potência do motor.
Uso de co-solvente de óleo vegetal não-comestível
Pesquisas que buscam gerar misturas estáveis contendo etanol, diesel e um co-solvente, ou ainda etanol, óleo vegetal e co- solvente.
MISTURAS E OUTROS
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Ação de co-solvente
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INTRODUÇÃO
OS COMBUSTÍVEIS XTL
DIMETILÉTER (DME)
BIODIESEL TRADICIONAL 
HBIO
MISTURAS E OUTROS
 CONCLUSÕES
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CONCLUSÕES
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CONCLUSÕES
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CONCLUSÕES
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