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DIREITO CIVIL I - Das pessoas

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DIREITO CIVIL I
Ianny Cristina de Campos O e Carvalho
UNIDADE 3
LIVRO I
DAS PESSOAS
TÍTULO I
DAS PESSOAS NATURAIS
CAPÍTULO I
DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE
Direito Civil I
Conceito de pessoa natural
 Designação atribuída às pessoas físicas – ser humano que possui atributos físicos, psíquicos e morais - e tem personalidade jurídica, sendo titular de direitos e obrigações.)
Direito Civil I
Art. 1º. Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil 
 
 Capacidade: medida da personalidade (habilidade para figurar em uma relação jurídica)
Capacidade de direito: (aquisição e gozo de direitos)
Capacidade de fato ou capacidade de ação: de exercer, por si só, os atos da vida civil
 
Direito Civil I
CAPACIDADE DE DIREITO
+
CAPACIDADE DE FATO
=
CAPACIDADE PLENA
Direito Civil I
Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
Personalidade = Valor jurídico/atributo
 “A personalidade é pressuposto para a inserção e atuação da pessoa na ordem jurídica.”
Carlos Roberto Gonçalves 
Direito Civil I
Situação jurídica do nascituro:
Teoria natalista 
 a personalidade somente se inicia com o nascimento com vida. Tem como desdobramento a teoria da personalidade condicional vista a existência de uma condição suspensiva – o nascimento com vida.
Direito Civil I
Teoria concepcionista
Admite a existência da personalidade mesmo antes do nascimento, desde a concepção
Direito Civil I
O fim da personalidade se dá com a morte real ou natural.
Morte presumida
Ausência
Comoriência
Direito Civil I
Direitos de personalidade são:
Oponíveis erga omnes – exercidos em face de todos
Indisponíveis – deles não se pode dispor
Vitalícios – acompanham a pessoa por toda a vida
Intransmissíveis – não se transmitem aos herdeiros ou a terceiro
Essenciais – vinculam-se à natureza humana
Direito Civil I
Incapacidade: 
 (Sistema de proteção dos incapazes). 
É a restrição legal ao exercício dos atos da vida civil.
Espécies: absoluta e relativa
ATENÇÃO!!!.: No direito brasileiro não existe incapacidade de direito. 
Direito Civil I
Incapacidade Absoluta
 Proibição total do exercício, por si só, do direito.
 Necessita de representação 
 Atos passíveis de nulidade (Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: 1 — celebrado por pessoa absolutamente incapaz;)
Direito Civil I
Direito Civil I
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CÓDIGO CIVIL 1916
 Art. 5º.
 São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:
Os menores 16 anos
Os Loucos de todo gênero
Os surdos-mudos que não puderem exprimir sua vontade
Os ausentes, declarados tais por ato do juiz
CÓDIGO CIVIL 2002
 Art. 3º. 
 São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:
Os menores 16 anos
Os que por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos;
Os que mesmo por causa transitória não puderem exprimir sua vontade
MENORES DE 16 ANOS
CRITÉRIO PARA FIXAÇÃO: DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL E DISCERNIMENTO.
Direito Civil I
OS PRIVADOS DO NECESSÁRIO DISCERNIMENTO POR ENFERMIDADE OU DEFICIÊNCIA MENTAL
Insanidade deve ser permanente ou duradoura
Não considera os intervalos lúcidos
Sujeitos a interdição – seu representante será o curador. 
Direito Civil I
OS QUE MESMO POR CAUSA TRANSITÓRIA, NÃO PUDEREM EXPRIMIR SUA VONTADE
Causa transitória (mal súbito, embriaguez não habitual, hipnose)
Não se sujeitam a interdição
Direito Civil I
Incapacidade Relativa
Permite que o incapaz pratique atos da vida civil, desde que assistido, sob pena de anulabilidade.
Direito Civil I
Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido;
III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;
IV - os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial.
Direito Civil I
 OS MAIORES DE DEZESSEIS E MENORES DE DEZOITO ANOS;
O ordenamento jurídico considera sua vontade, por isso oferece-lhe proteção condicionada:
 Art. 180 do CC. O menor, entre dezesseis e dezoito anos, não pode, para eximir-se de uma obrigação, invocar a sua idade se dolosamente a ocultou quando inquirido pela outra parte, ou se, no ato de obrigar-se, declarou-se maior. 
Direito Civil I
 Os maiores de 16 anos e menores de 18 podem praticar determinados atos sem assistência:
Ser testemunha
Aceitar mandato
Fazer testamento
Exercer empregos públicos para os quais não for exigida maioridade
Casar (com autorização de ambos pais ou responsáveis)
Ser eleitor
Celebrar contrato de trabalho
Direito Civil I
OS ÉBRIOS HABITUAIS, OS VICIADOS EM TÓXICOS, E OS QUE, POR DEFICIÊNCIA MENTAL, TENHAM O DISCERNIMENTO REDUZIDO;
Deficiente mental com discernimento reduzido= fronteiriços.
Gradação para debilidade mental
Havendo necessidade de interdição o juiz deverá fixar os limites da curatela
Direito Civil I
OS EXCEPCIONAIS, SEM DESENVOLVIMENTO MENTAL COMPLETO;
Excepcional = indivíduo com deficiência mental (índice de inteligência significativamente abaixo do normal); ou sensorial que comprometa seu discernimento.
 Atenção!!! os surdos que receberam educação adequada e puderem exprimir sua vontade são capazes. 
Direito Civil I
OS PRÓDIGOS
Aquele que dissipa o seu patrimônio desvairadamente (risco de redução à miséria)
Desvio de personalidade
Necessita declaração judicial (interdição)
A interdição só interfere em atos de disposição e oneração patrimonial
Direito Civil I
A situação jurídica dos índios
A nova ordem estabelecida pelo CC de 2002, não mais classifica os índios como relativamente incapazes, como fazia o Código de 1916, remete a questão para a legislação especial. 
É a Lei 6001/73 (Estatuto do Índio) que regula sua situação jurídica
Direito Civil I
Até se adaptarem à civilização, os índios ficarão sujeitos à tutela da União, nesse caso, serão absolutamente incapazes. 
São nulos os negócios celebrados entre um índio e pessoa estranha à comunidade indígena, sem a participação da FUNAI. 
Todavia, se o índio revelar consciência e conhecimento do ato praticado e, ao mesmo tempo, tal ato não o prejudicar, o negócio será válido. 
Direito Civil I
Requistos necessários à plena capacidade do índio oriundo de comunidades não integradas à civilização, consoante a Lei 6001/73, artigo 9º:
Idade mínima de 21 anos
Conhecimento da língua portuguesa
Habilitação para o exercício de atividade útil à comunidade nacional
Razoável compreensão dos usos e costumes da comunhão nacional
Seja liberado por ato judicial, diretamente, ou por ato da Funai homologado pelo órgão judicial.
Direito Civil I
 Segundo Carlos Roberto Gonçalves, os índios são classificados em:
Isolados: quando vivem em grupos desconhecidos
Em vias de integração: quando em contato intermitente ou permanente com grupos estranhos, conservado condições de vida nativa, mas aceitando algumas práticas e modos de existência comuns aos demais setores da comunhão nacional, da qual dependem cada vez mais para seu sustento.
Direito Civil I
Integrados: quando incorporados à comunhão nacional e reconhecidos no pleno exercícios dos direitos civis*, mesmo que conservem usos, costumes e características de sua cultura. 
* Nesta hipótese o índio é tido como um brasileiro como todos os demais, não havendo influência sua origem. 
Direito Civil I

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