Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fundac¸a˜o Centro de Cieˆncias e Educac¸a˜o Superior a Distaˆncia do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educac¸a˜o Superior a Distaˆncia do Estado do Rio de Janeiro Ca´lculo IV – EP3 – Tutor Exerc´ıcio 1: Uma laˆmina D e´ limitada pelo gra´fico de x = y2 e pela reta x = 4. A densidade de massa da laˆmina no ponto (x, y) e´ proporcional a` distaˆncia do ponto ao eixo y. Ache: a) a massa total da laˆmina; b) o centro de massa (x, y). Soluc¸a˜o: a) A forma da laˆmina D e´: x y y D x = y2 x = 4 −2 2 4 Podemos descrever D como tipo II, isto e´, D : { −2 ≤ y ≤ 2 y2 ≤ x ≤ 4 . Como a densidade em (x, y) e´ propor- cional a` distaˆncia de (x, y) ao eixo y enta˜o δ(x, y) = kx, onde k e´ o coeficiente de proporcionalidade. A massa da laˆmina e´: M = ∫∫ D δ(x, y) dA = k ∫∫ D x dA = ∫ 2 −2 ∫ 4 y2 x dxdy = k ∫ 2 −2 [ x2 2 ]4 y2 dy = k 2 ∫ 2 −2 ( 16− y4) dy = k 2 [ 16y − y 5 5 ]2 −2 = k 2 · 2 ( 32− 32 5 ) = 128 5 k u.m. Ca´lculo IV – EP3 Tutor 2 b) Sabemos que x = ∫∫ D x δ(x, y) dA M = k ∫∫ D x2 dA M e y = ∫∫ D y δ(x, y) dA M = k ∫∫ D xy dA M . Como a func¸a˜o f(x, y) = xy e´ ı´mpar na varia´vel y e D tem simetria em relac¸a˜o ao eixo x enta˜o∫∫ D f(x, y) dxdy = ∫∫ D xy dA = 0. Logo, y = 0. Temos, ∫∫ D x2 dA = ∫ 2 −2 ∫ 4 y2 x2 dxdy = ∫ 2 −2 [ x3 3 ]4 y2 dy = 1 3 ∫ 2 −2 ( 64− y6) dy = 1 3 [ 64y − y 7 7 ]2 −2 = 1 3 · 2 ( 128− 128 7 ) = 512 7 . Logo, x = 512 7 k 128 5 k = 20 7 . Assim, o centro de massa de D e´ o ponto (x, y), onde x = 20/7 e y = 0. Exerc´ıcio 2: Calcule a massa da chapa D = {(x, y) | 1 ≤ x2 + y2 ≤ 9 , x ≥ 0 , y ≥ 0} sabendo que a densidade superficial e´ dada por δ(x, y) = 13− x2 − y2. Soluc¸a˜o: O esboc¸o da chapa D e´: x y D 1 1 3 3 A massa da chapa e´: M = ∫∫ D δ(x, y) dxdy = ∫∫ D ( 13− x2 − y2) dxdy . Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Ca´lculo IV – EP3 Tutor 3 Passando para coordenadas polares, temos: { dxdy = r drdθ x2 + y2 = r2 . Enta˜o, M = ∫∫ Drθ ( 13− r2) r drdθ = ∫∫ Drθ ( 13r − r3) drdθ onde Drθ e´ dado por Drθ : { 0 ≤ θ ≤ pi/2 1 ≤ r ≤ 3 . Logo, M = ∫ pi/2 0 ∫ 3 1 ( 13r − r3) drdθ = ∫ pi/2 0 [ 13r2 2 − r 4 4 ]3 1 dθ = [( 13 · 9 2 − 81 4 ) − ( 13 2 − 1 4 )] ∫ pi/2 0 dθ = 16pi u.m. Exerc´ıcio 3: Uma laˆmina ocupa a regia˜o circular x2 + y2 ≤ 2y mas fora do c´ırculo x2 + y2 = 1. Determine o centro de massa se a densidade for inversamente proporcional a` distaˆncia do ponto a` origem. Soluc¸a˜o: O esboc¸o da laˆmina D e´: x y D r = 2 sen θ r = 1 (−√3/2, 1) (√ 3/2, 1/2 ) pi/6 2 1 1 Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Ca´lculo IV – EP3 Tutor 4 Determinando os pontos de intersec¸a˜o dos c´ırculos, obtemos (√ 3/2 , 1/2 ) e (−√3/2 , 1) ou (1, pi/6) e (1, 5pi/6) em coordenadas polares. Logo a descric¸a˜o de D em coordenadas polares e´ dada por Drθ : { pi/6 ≤ θ ≤ 5pi/6 1 ≤ r ≤ 2 sen θ . A densidade em (x, y) e´ dada por δ(x, y) = k√ x2 + y2 onde k e´ o coeficiente de proporcionalidade. Logo, a massa M e´ dada por: M = ∫∫ D δ(x, y) dxdy = k ∫∫ D 1√ x2 + y2 dxdy = k ∫∫ Drθ 1 r · r drdθ = k ∫ 5pi/6 pi/6 ∫ 2 sen θ 1 drdθ = k ∫ 5pi/6 pi/6 (2 sen θ − 1) dθ = k [ − 2 cos θ − θ ]5pi/6 pi/6 = k [( 2 cos pi 6 − 5pi 6 ) − ( −2 cos pi 6 − pi 6 )] = 2k 3 (3 √ 3− pi) u.m. O centro de massa (x, y) e´ dado por Mx = k ∫∫ D x√ x2 + y2 dxdy e My = k ∫∫ D y√ x2 + y2 dxdy. Como a func¸a˜o x√ x2 + y2 e´ ı´mpar na varia´vel x e D tem simetria em relac¸a˜o ao eixo y enta˜o∫∫ D x√ x2 + y2 dxdy = 0. Logo, x = 0. Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Ca´lculo IV – EP3 Tutor 5 Temos ∫∫ D y√ x2 + y2 dxdy = ∫∫ Drθ r sen θ r r drdθ = ∫ 5pi/6 pi/6 ∫ 2 sen θ 1 r sen θ drdθ = ∫ 5pi/6 pi/6 [ r2 2 ]2 sen θ 1 sen θ dθ = ∫ 5pi/6 pi/6 ( 2 sen2 θ − 1 2 ) sen θ dθ = ∫ 5pi/6 pi/6 ( 2− 2 cos2 θ − 1 2 ) sen θ dθ = ∫ 5pi/6 pi/6 ( 3 2 − 2 cos2 θ ) sen θ dθ = [ −3 2 cos θ + 2 3 cos3 θ ]5pi/6 pi/6 = ( −3 2 cos 5pi 6 + 2 3 cos3 5pi 6 ) − ( −3 2 cos pi 6 + 2 3 cos3 pi 6 ) = 3 2 cos pi 6 − 2 3 cos3 pi 6 + 3 2 cos pi 6 − 2 3 cos3 pi 6 = 2 · 3 2 · √ 3 2 − 2 · 2 3 (√ 3 2 )3 = 3 √ 3 2 − √ 3 2 = √ 3 . Logo, y = k √ 3 2k 3 (3 √ 3− pi) = 3 √ 3 2(3 √ 3− pi) . Assim, o centro de massa e´ (x, y) = ( 0, 3 √ 3 2(3 √ 3− pi) ) . Exerc´ıcio 4: Encontre o momento polar de ine´rcia em relac¸a˜o a` origem de uma placa fina que cobre a regia˜o que esta´ dentro da cardio´ide r = 1 − cos θ e fora da circunfereˆncia r = 1, se a func¸a˜o densidade em cada ponto da placa for inversamente proporcional ao quadrado da distaˆncia do ponto a` origem. Soluc¸a˜o: O esboc¸o de D e´: Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Ca´lculo IV – EP3 Tutor 6 x y D r = 1− cos θ r = 1 −1 1 1−2 Da figura, veˆ-se que o aˆngulo polar θ varia de pi/2 (no ponto (0, 1)) ate´ 3pi/2 (no ponto (0,−1)). Fixando θ, θ ∈ [pi/2, 3pi/2], vemos que o raio vetor r varia de r = 1 ate´ r = 1 − cos θ. Enta˜o, a descric¸a˜o de D em coordenadas polares e´ dada por Drθ : { pi/2 ≤ θ ≤ 3pi/2 1 ≤ r ≤ 1− cos θ . O momento de ine´rcia polar e´ dado por I0 = ∫∫ D ( x2 + y2 ) δ(x, y) dxdy onde δ(x, y) = k(√ x2 + y2 )2 = kx2 + y2 , com k > 0. Passando para coordenadas polares, temos I0 = k ∫∫ Drθ ( r2 ) 1 r2 r drdθ = k ∫ 3pi/2 pi/2 ∫ 1−cos θ 1 r drdθ = k ∫ 3pi/2 pi/2 [ r2 2 ]1−cos θ 1 dθ = k 2 ∫ 3pi/2 pi/2 (−2 cos θ + cos2 θ) dθ = k 2 [ −2 sen θ + 1 2 ( θ + sen 2θ 2 )]3pi/2 pi/2 = k 2 ( 4 + pi 2 ) = k 4 (8 + pi) . Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Ca´lculo IV – EP3 Tutor 7 Exerc´ıcio 5: Determine o momento de ine´rcia em relac¸a˜o ao eixo x, para a laˆmina D limitada pela para´bola x = −y2 e pela reta x + y + 2 = 0, se a densidade e´ dada por δ(x, y) = 2. Soluc¸a˜o: Determinando os pontos de intersec¸a˜o das curvas, temos (−4, 2) e (−1,−1). Assim, o esboc¸o de D e´: x y D x = −2− y x = −y2 (−4, 2) (−1,−1) 2 Descrevendo D como tipo II, temos D : { −1 ≤ y ≤ 2 −2− y ≤ x ≤ −y2 . O momento de ine´rcia em relac¸a˜o ao eixo x e´ dado por: Ix = ∫∫ D y2δ(x, y) dxdy = 2 ∫∫ D y2dxdy = 2 ∫ 2 −1 ∫ −y2 −2−y y2dxdy = 2 ∫ 2 −1 y2 (− y2 + 2 + y) dy = 2 ∫ 2 −1 ( y3 + 2y2 − y4) dy = 2 [ y4 4 + 2y3 3 − y 5 5 ]2 −1 = 2 [( 4 + 16 3 − 32 5 ) − ( 1 4 − 2 3 + 1 5 )] = 63 10 . Exerc´ıcio 6: Mostre que o momento polar de ine´rcia em relac¸a˜o a` origem de uma placa fina ho- mogeˆnea, que tem a forma da circunfereˆncia r = 2a cos θ e´ igual a 3 2 Ma2, onde M e´ a massa total da placa. Soluc¸a˜o: De r = 2a cos θ temos r2 = 2ar cos θ donde x2 + y2 = 2ax ou (x− a)2 + y2 = a2. Assim, o esboc¸o da placa D esta´ representado na figura a seguir. Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Ca´lculo IV – EP3 Tutor 8 x y D a 2a Da figura, vemos que oaˆngulo polar θ varia de −pi/2 a pi/2 e o raio vetor r varia de 0 a 2a cos θ. Enta˜o a descric¸a˜o de D em coordenadas polares e´: Drθ : { −pi/2 ≤ θ ≤ pi/2 0 ≤ r ≤ 2a cos θ . O momento de ine´rcia polar e´: I0 = ∫∫ D ( x2 + y2 ) δ(x, y) dA = δ ∫∫ D ( x2 + y2 ) dA pois D e´ homogeˆnea. Passando para coordenadas polares, temos: I0 = δ ∫∫ Drθ ( r2 ) r drdθ = ∫ pi/2 −pi/2 ∫ 2a cos θ 0 r3 drdθ = δ ∫ pi/2 −pi/2 [ r4 4 ]2a cos θ 0 dθ = 4δa4 ∫ pi/2 −pi/2 cos4 θ dθ = 4δa4 ∫ pi/2 −pi/2 ( 1 + cos 2θ 2 )2 dθ = δa4 ∫ pi/2 −pi/2 ( 1 + 2 cos 2θ + cos2 2θ ) dθ ∗ = δa4 2 ∫ pi −pi ( 1 + 2 cosu + cos2 u ) du = δa4 2 [ u + 2 senu + 1 2 ( u + sen 2u 2 )]pi −pi = 3δpia4 2 . Como D e´ homogeˆnea, enta˜o M = δA(D) donde M = δpia2. Logo, I0 = 3 2 Ma2, como quer´ıamos demonstrar. ∗ Pois u = 2θ o que implica du = 2 dθ. Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ
Compartilhar