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Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 
 
1 
 
 
 
 
TTRRAADDUUÇÇÕÕEESS EE RREEVVIISSÕÕEESS RRTTSS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CCOOMM AA SSAAÍÍDDAA DDAA LLUUAA 
 
Tielle St. Clare 
 
 
 
 
 
 
Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 
 
2 
 
 
 
Tradução: Ceila Sarita 
Revisão: Jossi Slavic 
Comunidade RTS – ORKUT 
________________________________________ 
 
 
RESUMO: 
 Há três anos trabalhando como assistente pessoal de um homem-lobo, 
Caitlin não acreditava que existisse alguma coisa que pudesse surpreendê-la. 
Quando se encontra confinada num quarto de hotel durante dois dias com seu 
perversamente atraente chefe, se dá conta do quanto estava enganada. 
 A lua está saindo e só existe uma coisa que satisfará o lobo do interior de 
Luc... Sexo. Muito sexo. É um sacrifício que Caitlin está desejando realizar. 
Porém quando emoções mais selvagens e profundas vêm à superfície, ela teme que 
não possa sair do quarto com o coração intacto. 
 
 
 Capítulo I 
 
 — Estamos o quê? 
 Caitlin não se sobressaltou com seu chefe. Após três anos 
sabia que o temperamento de Luc saltava para fora com força, porém 
desaparecia rapidamente. Também sabia que sua ira não era dirigida 
contra ela. Ela era somente a mensageira. 
 — Quarentena... - Ela repetiu com paciência. Desde os focos 
de pneumonia asiática há alguns anos, as organizações mundiais de 
saúde tomavam precauções imediatas quando apareciam novos vírus. 
 — Todo o hotel está isolado durante quarenta e oito horas. O vírus 
Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 
 
3 
tem um período de incubação de vinte e quatro horas. Examinarão 
todos nós e se estivermos bem e não mostramos sintomas, 
poderemos ir. 
 — Não podem nos manter aqui sem mais. 
 — Sim, eles podem. Noventa por cento das pessoas que 
contraem esta enfermidade morre em três dias. Todo mundo está em 
estado de pânico, e dado que os dois últimos casos estiveram 
relacionados com este hotel, colocaram em quarentena todo o 
edifício. Somente os oficiais sanitários poderão entrar e com trajes 
protetores. 
 Luc passou os dedos pelo cabelo negro e começou a dar 
voltas. Suas longas pernas o levaram através da suíte com passos 
furiosos antes que girasse rapidamente e se voltasse para ela. 
 — Temos que ir para o norte. — A brilhante cintilação de 
seus olhos azuis avisava sobre as agitadas emoções que fluíam através 
dele. 
Caitlin podia entender sua preocupação. Sua futura esposa estava à 
sua espera. A cerimônia de casamento era dentro de três dias. 
 — Não se preocupe. Fiz os planos com tempo para absorver 
possíveis atrasos. Chegaremos a tempo. 
 — Não entende. Não podemos ficar. 
 — Não temos escolha, — argumentou ela. Sabia que ele não 
gostava de ficar trancado, mas a suíte que ocupavam possuía bastante 
espaço, suficiente para ter certa privacidade e um pouco de 
liberdade. — E não se preocupe. É uma simples análise de sangue 
para determinar a presença de um vírus. Não notarão nada diferente 
em seu sangue — disse ela, no caso dessa ser sua preocupação. 
 — Não podemos ficar, — ele repetiu e algo em seu tom 
alertou Caitlin. Ele não estava brincando ou queixando. Estava 
mortalmente sério. Tinha que ter uma razão. Ela esperou. Finalmente 
Luc suspirou. — Amanhã a noite é lua cheia. 
 O estômago de Caitlin se contraiu. A lua cheia era o único 
momento em que os homens-lobo não podiam controlar suas 
mudanças. Isso queria dizer que em algum momento da noite 
seguinte, Luc, o terceiro homem da Alcatéia do Norte, teria pêlos e 
cresceriam nele dentes muito grandes. 
 — Tenho que ir embora. 
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4 
 Caitlin negou com a cabeça. 
 — Têm guardas ao redor de todo o edifício. Estão realmente 
aterrorizados com este último foco. — Ela mordeu o lábio e iniciou 
seu próprio caminho ao redor do quarto. — E eles têm seus dados. 
Se conseguisse sair o buscariam, e isso poderia conduzi-los à alcatéia. 
 — A segurança da alcatéia era sempre a prioridade. 
 — Então devo ir a toda pressa ou vamos ter que explicar 
como apareceu um lobo solto dentro de um hotel da cidade. — Ele 
esfregou a testa. Ela quase podia ver formar a dor de cabeça produto 
da tensão. — Só Deus sabe que tipo de danos poderia causar num 
lugar como este. 
 Caitlin sabia por ter falado com membros da alcatéia que eles 
somente possuíam vagas lembranças de seus momentos como lobo. 
A paixão e energia do animal permaneciam, mas os detalhes eram 
nebulosos. 
 — Não há uma forma de deter a mudança? Ou atrasá-la? 
 Luc negou com a cabeça. 
 — Não, a lua o controla. — Suspirou. — E isso quer dizer 
que, com a saída da lua amanhã à noite, serei um lobo completo. 
 Seus caminhos se cruzaram no meio da suíte. Ela olhou-o, 
notando outra vez sua beleza puramente masculina. O longo cabelo 
negro flutuando até os ombros, os fascinantes ângulos e sombras das 
maçãs do rosto e seu firme queixo, mas eram seus olhos os que a 
chamavam. Olhos preocupados e que a olhavam procurando 
respostas. 
 — Chame Fallon, — sugeriu Caitlin. — Desde que se 
converteu no Alfa, ele parece ter respostas para tudo. 
 Luc sorriu desagradavelmente e concordou. 
 — Parece ter fragmentos de ocultos conhecimentos que não 
considera apropriado compartilhar com o resto de nós até o preciso 
momento em que os necessitamos. — Luc pegou o celular e marcou 
a linha direta com o líder da alcatéia de lobos. 
Não querendo ouvir as escondidas a conversa, mas sabendo que 
podiam precisar dela, Caitlin se afastou um pouco enquanto Luc 
realizava as cerimoniosas saudações dos lobos. 
 Depois, Luc lhe informou da situação. 
 — Então, há algo que possa deter uma mudança provocada 
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5 
pela lua cheia? — Ele esperou. A confusão o fez semicerrar os olhos. 
Olhou-a. — Hum, não acredito que vá funcionar, — disse ele, 
baixando a voz. — Estou com Caitlin. Não estou seguro de que ela 
esteja preparada para isso. 
 Caitlin se endireitou, jogando seus ombros para trás e 
erguendo em toda sua estatura. Embora ela não fosse uma mulher 
lobo, a Alcatéia se convertera em sua família além de seu patrão. Faria 
o que fosse necessário para defender À alcatéia. 
 — Fallon quer falar contigo. — Luc lhe ofereceu o telefone e 
rapidamente se retirou. 
Qual era essa misteriosa atividade? Ele precisava se alimentar de seu 
sangue? Isso soava parecido a uma cura de vampiros e dado que 
vampiros e homens lobo eram inimigos mortais há séculos, duvidava 
que fosse isso. 
 — Honra para sua casa. Saúde e felicidade para seus 
cachorrinhos, Alfa. - Disse Caitlin. 
 Luc se apoiou contra a parede e olhou Caitlin. Ele sempre 
pensara que ela era linda mas nunca se permitiu olhar para ela de uma 
forma sexual. Cravando agora seus olhos nela, podia ver seu 
exuberante corpo. Seios firmes e plenos, um traseiro com suficientes 
curvas para encher suas mãos. Ele ignorou o aviso de seu sexo e 
ouviu a conversa de Caitlin. Enquanto falava, ela continuava 
andando por todo o quarto. A solução do Alfa era incomum e 
arriscada. E requeria completa colaboração da parte de Caitlin. 
 Luc podia ouvir o ruído surdo da voz de Fallon através do 
telefone. E soube o preciso momento em que ele explicou o que era 
necessário. Foi o momento em que as faces de Caitlin ficaram 
vermelhas. Ela elevou um dedo e começou morder a unha. Era um 
hábito que tinha quando estava pensando ou nervosa. 
 — Sim, entendo. — Ela afirmou com a cabeça e deu meia 
volta. — Sim, obrigado, Alfa. — Ela fechou de repente o telefone 
mas permaneceu de costas a ele. 
— Ele explicou o que teria que fazer? 
 Caitlin assentiu com a cabeça e lentamente se voltou para ele. 
 — Tenho que manter o quarto frio,alimentar você com os 
cortes de carne mais cruas que possam nos proporcionar e... — Seu 
rosto voltou a avermelhar. — E fazer sexo com você quando quiser e 
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6 
como quiser. 
* * * * * 
 Caitlin passeou perto da beirada da cama, enrugando o 
luxuoso tapete. Parou ao lado da janela e olhou para fora. O claro dia 
de inverno se desvaneceu numa noite brilhantemente iluminada, com 
as luzes da cidade e das estrelas refletindo na neve recente. Era uma 
cena cheia de paz e não fazia nada para aliviar seus esgotados nervos. 
 Ela concordara em fazê-lo. Tinha concordado em se oferecer a 
Luc e seu lobo, para o sexo. 
 Segundo Luc, o influxo da lua começaria nas vinte e quatro 
horas anteriores à saída da lua cheia. Isso queria dizer que, em algum 
momento dessa noite, ele a chamaria. Poderia ser? Poderia de 
verdade fazer sexo com seu chefe? Seu amigo? 
 O homem que amava. 
 Seu coração soltou no peito, com esse pensamento. Ela era 
capaz de esconder suas emoções a maior parte do tempo, mas o que 
ia fazer agora? Estivera apaixonada por Luc durante quase três anos 
mas nunca tinha permitido que isso a afetasse, a seu trabalho ou sua 
relação com ele. Não era bom amar Luc. Não ganharia nada. No 
começo, quando tinha se unido a princípio com a Alcatéia, tinha 
aprendido que, embora alguns membros da alcatéia escolhessem 
companheiros humanos, estas uniões raramente produziam filhos. 
Como macho dominante, o dever de Luc com a Alcatéia requeria que 
se unisse com uma mulher lobo dominante e produzisse filhos fortes. 
Seu Alfa já havia escolhido a companheira de Luc. 
 Desta forma Caitlin tinha aprendido a esconder seus 
sentimentos e manter a distância. Mas esta noite iriam estar tão juntos 
como podiam ficar duas pessoas. A dor em seu estômago se deslocou 
mais abaixo. Entre suas pernas. 
 Antes de se retirar para seu quarto, Caitlin tinha perguntado, 
na tentativa de parecer prática e indiferente, pelo controle de 
natalidade. Dado que não tinha pensado em ter relações sexuais nesta 
viagem, não havia trazido camisinhas e não tomava a pílula desde que 
tinha mandado embora de casa seu último noivo. Luc tinha lhe 
assegurado que somente um verdadeiro emparelhamento entre uma 
humana e um homem lobo podia produzir um filho. Os verdadeiros 
Companheiros eram estranhos porque o lobo tinha que aceitar 
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7 
completamente o humano. Os medos animais instintivos aos 
humanos o faziam improvável. 
 Caitlin suspirou e continuou passeando. O controle de 
natalidade estava agora no final de sua lista de preocupações. Era 
bem mais provável um coração quebrado. A única coisa que lhe tinha 
ajudado a suprimir seus sentimentos por Luc era o tratamento 
platônico que lhe dava. Mas vê-lo olhando-a com luxúria e desejo... 
Somente o pensamento fazia com que os joelhos se dobrassem. O 
que aconteceria depois de que eles tivessem relações sexuais? Não 
sabia se seria capaz de partir tendo conhecido a experiência de lhe 
amar... 
 Ou só serviria para reforçar a conexão que sentia com ele. 
 Apesar de seus medos, Caitlin não podia evitar a ansiedade 
pela antecipação. Durante todo um dia, vinte e quatro horas, o teria, 
ele lhe pertenceria. 
 E quando a lua começasse o quarto minguante e o lobo fosse 
contido novamente, ela teria suas lembranças. 
 Então ela iria embora. Caitlin planejava solicitar uma 
transferência logo que a cerimônia de união do Luc se realizasse. 
Sabia que nunca poderia tê-lo, mas não era uma masoquista. Vê-lo 
todos os dias com a alta e elegante mulher-lobo que lhe tinham 
escolhido para companheira era muito doloroso para resistir. Não 
poderia ir. Uma vez que um humano entrava na alcatéia, ficaria, 
empregado em qualquer posição que o Alfa considerasse apropriada. 
Fallon a entenderia e lhe encontraria um novo lugar. 
 Ela somente teria que resistir a noite, deixar que seu corpo 
desfrutasse de tudo, mas manter seu coração separado. Ah, sim. 
 Caitlin deu uma palmada e respirou fortemente. Era mais de 
meia-noite e não sabia nada de Luc. A carne crua que ele tinha 
comido a deixara intranqüila, mas tinha gostado. Havia mais carne 
totalmente crua na pequena geladeira do hotel. Se o que Fallon havia 
dito era certo, o lobo necessitaria algo mais que carne. 
 Ela abriu a porta e entrou na principal suíte. Tinham 
concordado em que ela teria o dormitório privado e Luc dormiria na 
cama da sala comum. Ela sabia que ele lhe tinha dado o dormitório 
de forma que tivesse um lugar para onde escapar se o lobo saísse do 
controle. 
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8 
 Quando ela entrou no dormitório, ele estava sentado, olhando 
fixamente para a televisão. Ele parecia calmo mas havia uma energia a 
seu redor que a advertiu de que ele estava lutando contra seus 
demônios interiores, que tratavam de tomar o controle de seu corpo. 
— Luc, como está? 
 Ele não se sobressaltou quando ela falou, mas tampouco o 
tinha esperado. Com seus sentidos agudos, ele soubera o momento 
em que ela entrava no quarto, sem importar quão silenciosa fosse. 
 — Estou bem, — disse ele sem voltar. 
 — Está seguro? Disse que começaria em algum momento de 
esta noite e... 
 — Estou bem, Caitlin. Deve ir para a cama. Chamarei se 
precisar. 
 Sua voz era calma. Não havia nenhum sinal de tensão em seu 
corpo forte. Então viu o movimento da mão dele. Era lento e sutil 
enquanto cravava suas unhas no sofá de couro. Seus nódulos estavam 
brancos e ela viu quatro gotas diminutas que seguiam o caminho dos 
dedos. 
 — Luc... 
 — Sério, estou bem. — Desta vez ele se voltou e a olhou. Até 
sorriu. — Vá para a cama. 
 Não sabendo mais o que fazer, ela assentiu e saiu do quarto. 
 Um grunhido débil surgiu do sofá quando fechou a porta atrás 
dela. Não podia deixá-lo assim. O Alfa a avisara que não podia 
permitir que a fera tomasse o controle. Que uma vez que o animal 
ganhasse força, seria difícil fazê-lo retroceder. E parecia que já estava 
pegando firmemente Luc. 
 Caitlin olhou fixamente para a porta durante um longo tempo 
antes de encontrar a resposta que precisava. Luc estava tentando lutar 
sozinho. Ela teria que lhe permitir o que ele duvidava em tomar. 
 Usando a energia gerada pelos nervos, moveu-se rapidamente, 
tirando as roupas e colocando-as na cama. Parecia que tinha uma 
faixa invisível rodeando seu seio, tornando impossível que respirasse 
de forma profunda e calma. Seus dedos estremeceram enquanto 
retocava o cabelo e colocava uma nova camada de rimel. Luc 
provavelmente não notaria, mas esta era sua única vez com ele. Iria 
brilhar o mais que pudesse. Por sorte tinha uma lâmina de barbear 
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9 
em sua bolsa de viagem. Uma coisa era Luc se tornar peludo. Ela não 
faria o mesmo. 
 Ela terminou e ficou de pé diante do espelho do hotel. A 
tênue luz deu a sua pele um tom quente e dourado e fez que seu 
cabelo castanho avermelhado parecesse quase mogno. Seus mamilos 
estavam eretos e firmes. Preparados para a boca de Luc. Ela permitiu 
que a urgência abertamente sexual deslizasse através de seu corpo, 
deixando surgir todos os desejos por Luc que tinha suprimido. A 
umidade fluiu dentro de sua vagina e seus quadris se arquearam 
brandamente com um ritmo inconscientemente sensual. 
 Antes que perdesse a coragem que tinha conseguido reunir, 
abriu a porta e deu um passo para fora, pronta para seduzir um lobo. 
 
 
 
Capítulo II 
 
 
 Luc se enrijeceu quando a porta se abriu pela segunda vez. Ele 
a ouvira se mover no outro quarto e esperava que ela estivesse se 
preparando para ir para a cama. E colocado o ferrolho em sua porta. 
 Ela tinha que permanecer afastada. Estava controlando a fera, 
mas com muita dificuldade. Sua presença não ajudava. Seuaroma 
estava deixando-o louco. Embora ela tenha ficado envergonhada e 
ligeiramente temerosa quando o Alfa lhe explicara o que se requeria, 
Luc também tinha detectado o débil perfume da excitação. Esse 
delicioso aroma havia aumentado durante a tarde. E o tinha feito 
reagir do mesmo modo. 
 Ele sempre mantera escrupulosamente a distâncias de Caitlin. 
Ela era uma mulher doce e era a melhor assistente que tinha tido 
alguma maldita vez. Não havia jeito de estragar isso por uma breve 
confusão amorosa. Caitlin não era o tipo de mulher que dormia um 
dia com um tipo e trabalhava no dia seguinte com ele como se nada 
tivesse acontecido. Mas ela estava entregue a Alcatéia e faria tudo 
para proteger seus membros. Inclusive se envolver com um. 
 Teria que afastá-la. Talvez houvesse outra mulher no hotel que 
ele pudesse usar para seus propósitos. Compensaria-a bem. Tinha que 
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10 
haver alguém mais. Caitlin era especial. Ela era tanto sua amiga como 
sua empregada. Se ele a tocasse, mesmo sob a influência do lobo, 
sabia que isso alteraria sua relação para sempre. 
 Ele se voltou em sua cadeira, preparado para lhe ordenar que 
se voltasse para seu quarto. 
 — Na verdade, Caitlin, eu… 
 Sua garganta se obstruiu, como se alguém lhe tivesse dado um 
murro no pescoço. 
 Ela estava nua. Completamente exposta, diante dele. A ligeira 
insegurança em seus olhos deu um toque em seu coração humano e 
enfureceu o lobo em seu interior. Ela não se dava conta do quanto 
era bela? 
 Incapaz de deter-se, ele respirou fundo, alojando seu aroma 
único dentro de seu corpo e mantendo-o como se fosse um presente 
destinado somente a ele. Seu estômago grunhiu, mas o som não era 
de fome física. Lambeu os lábios, antecipando seu sabor enquanto 
seus olhos desciam para seus curvilíneos quadris e o triangulo de 
pêlos vermelhos entre suas coxas. 
 Novamente o medo e a excitação se misturaram num aroma 
intoxicante. O lobo dentro dele gritou, apressando-o. A fera queria 
Caitlin. E Luc se encontrou perguntando por que estava lutando 
contra o desejo de tomá-la. 
 — Não posso fazer isso. Não contigo. — Ele disse com voz 
áspera, fazendo uma última tentativa de nobreza, de humanidade. 
 Seu lábio inferior tremeu e a insegurança apareceu em seus 
olhos. Ela cobriu seus seios com um braço e colocou a outra mão 
embaixo, cobrindo seu púbis. 
 — Sinto muito, pensei... 
 — Não volte a se cobrir diante de mim. 
 A rude ordem veio de um lugar instintivo em seu interior que 
realmente não entendeu. Caitlin saltou e deu um pequeno passo para 
se afastar. O humano dentro dele se sobressaltou, sabendo que a 
tinha assustado. O lobo em seu interior se escondeu, preparado para 
caçá-la se ela corresse. De alguma forma o lobo sabia que ela era seu 
prêmio essa noite. 
 — Não se mova, — ordenou Luc. — Agora tenho controle 
sobre ele, mas se tentar correr, ele te perseguirá. 
Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 
 
11 
 As palavras dele pareceram renovar a confiança que ela tinha 
quando entrou no quarto. Lentamente, baixou seus braços e deu um 
passo para diante. 
 — Não vou correr. 
 Ele moveu sua cabeça. O dilema estava decidido. Se ela se 
movesse, o lobo saltaria para o ataque. Se não se movia, não seria 
capaz de resistir a ela. 
 — Entende o que está me acontecendo? 
 Ela assentiu com a cabeça. 
 — Sei o que estou fazendo, o que vamos fazer. 
 Sua declaração aliviou algumas de suas preocupações. Ela 
estava ali, se não por desejo próprio, ao menos entendendo o que ia 
acontecer. Esperava nua diante dele e não havia outra opção exceto 
permitir a liberação do lobo. Não permitiria que se negasse a ele. 
 Resignado, Luc jurou ir lentamente, controlar o lobo ao 
máximo. Caitlin tinha que estar aterrorizada. Que mulher humana 
não estaria? Mas ela estava também excitada. Podia cheirá-la. A 
umidade fluía ardente entre suas pernas. Estava ansioso para senti-la 
em sua língua. 
 — Vá para a cama. — O som baixo, quase animal, de sua voz 
o avisou que estava no limite de seu controle. Apertou os punhos e 
lutou para conter a fera. 
 Caitlin pensou por um momento, suficientemente longo para 
que ele pensasse que tinha mudado de opinião, antes de caminhar 
para a enorme cama que havia na suíte. Seu traseiro suave e curvado, 
arqueava enquanto ela se movia. Luc a seguiu. Suas mãos queimaram 
na vontade de pegar esse delicioso traseiro, apertá-lo enquanto 
introduzia seu pênis em seu sexo ou acariciava com sua língua, 
dentro de seu sexo. 
 O aroma atraente de seu sexo o chamava. Sua língua 
virtualmente escapou de sua boca quando ela subiu pouco a pouco na 
cama e virou-se sobre as costas. Sem que ele pedisse, separou as 
pernas. 
 A vista de seu sexo aberto enviou ferroadas de dor e 
necessidade a seu membro. Tinha que tê-la. Tratou de conter seus 
movimentos, não querendo assustá-la mais, mas o lobo estava 
capturando sua garganta e seus genitais, gritando por se liberar. Se 
Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 
 
12 
estivesse em casa ou com a Alcatéia, teria liberado o lobo e teria se 
deleitado com a forma do animal. Mas aqui, agora, tinha que conter 
lobo. Dê ao lobo o que quer, esse havia sido o conselho do Alfa. 
 O que o lobo queria agora era Caitlin. 
 Luc esticou a mão e deixou seus dedos vagarem sobre a carne 
suave e doce entre suas coxas. Mantendo seus olhos fixos nos dela, 
acariciou-a dos joelhos até a vulva. Sua respiração ficou difícil quando 
ele passou perto de seu sexo. Ele queria falar, tranqüilizá-la com 
palavras eróticas, sedutoras, mas o lobo arranhava sua alma, 
desesperado pelo sabor dela. 
 Freando o lobo, colocou suas mãos ao redor de seus quadris e 
a arrastou para diante, colocando-a à beira da cama, ficando de 
joelhos. Ele olhou para cima. Caitlin o olhou com olhos abertos e 
inocentes. Um uivo surgia do fundo de sua garganta enquanto lutava 
contra o impulso de lançar sobre ela como uma fera voraz. A 
deliciosa excitação de sua vagina chegou-lhe às narinas, até que 
pensou em ficar louco pela necessidade de tomá-la. Não podia opor-
se. Deslocou-se para frente e colocou sua boca sobre seu sexo úmido 
e ardente. 
 Uma sacudida de reconhecimento eletrificou seu corpo. Ele 
retrocedeu. Havia algo diferente nela, mas não podia parar para 
analisar. Necessitava-a muito. Ele abriu os lábios e a beijou 
amavelmente, tamborilando-a com sua língua, capturando mais de 
seu sabor. O sabor ardente explodiu em sua boca. Delicioso. Forte. 
 - Luc, por favor. Sua súplica ofegante animou-o. O lobo 
uivou sua vitória e o som avivou Luc, precisando conquistar e 
consumir. Precisando alimentar o lobo. 
 Lentamente delineou com sua língua a carne úmida e quente 
dela. Ela tremeu. O lobo que havia nele sorriu. Luc se virou para trás 
e tratou de recuperar o controle. Seu pênis se apertava duro contra a 
braguilha, ansiando pela liberação. O desejo de possuí-la, de controlá-
la, rasgou-o. Apertou seus dentes fortemente para evitar grunhir sua 
posse. 
 O ar estava denso com o perfume do sexo dela. Ele não 
entendia essa vigorosa necessidade, simplesmente sabia que a 
necessitava. Acariciou sua vulva com sua língua, recolhendo seu 
sabor. A sensação foi como ter um orgasmo. Tinha que ter mais. E 
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13 
mais dela. 
 Caitlin fechou seus olhos quando suas delicadas carícias 
revoaram sobre seu sexo. 
 Isto não era o que ela tinha esperado. O tinha imaginado 
saltando sobre ela, tomando-a com dureza, mas nunca esta lenta 
exploração oral. 
 — Luc, eu… por favor… — Ela não sabia o que estava 
suplicando, só o que ele podia proporcionar-lhe 
 O ligeiro tamborilar de sua língua invadiu sua vagina com fogo 
e necessidade. Ela apertou os lábios, tratando de reter um grito, 
tratando de manterparte dela separada, sabendo que com cada toque 
ele se introduzia mais profundamente em seu coração. Mas a exótica 
carícia de sua língua tornava impossível resistir. Embora soubesse 
que o lamentaria mais tarde, deixou seus dedos introduzirem-se em 
seu cabelo, tocar as suaves mechas, acariciá-la como tinha sonhado 
fazer tantas vezes. 
 — Por favor, Luc, mais. 
 Ele continuou sua terna aproximação em seu sexo. Os toques 
tão suaves, tão delicados, que ela pensou estar sonhando. O 
deslocamento comprido e lento de sua língua, subindo por sua fenda 
até que parou a um suspiro de seu clitóris. Ela esperou, tensa, 
tentando estar preparada. Mas em lugar de mover-se para diante, 
dirigiu-se para baixo, prosseguindo com suas carícias maliciosas. Ele 
afundou sua língua entre suas dobras, saboreando cada milímetro de 
carne, empurrando-a dentro de seu sexo. Da sua vagina verteu mais 
líquido, mas ela não podia sentir vergonha. Havia só prazer. 
 Ele gemeu enquanto a saboreava. Seu óbvio deleite permitiu a 
ela relaxar e deleitar-se nas selvagens sensações. Ela separou suas 
pernas e se deslizou mais para baixo, abrindo ainda mais. Luc elevou 
sua cabeça e a olhou. A fome em seus olhos a sobressaltou. O ouro 
brilhou intensamente ao redor de suas pupilas. 
 Luc lambeu seus lábios, assemelhando-se muito um lobo 
antecipando sua presa. Sua boca se torceu em um meio sorriso que 
enviou calafrios por todo o corpo dela. Ela não estava assustada. 
 Mas esse sorriso lhe avisou que ele estava no comando. Ele baixo de 
novo a cabeça entre suas coxas dobradas e começou de novo com 
seu lento banquete. 
Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 
 
14 
 Os pensamentos voavam em sua cabeça. Nada estava quieto. 
O calor fluía da boca dele ao corpo dela em deliciosas ondas. Ela 
moveu seus quadris, suplicando silenciosamente por mais. 
Finalmente, ele redemoinhou sua língua sobre seus clitóris para 
apaziguá-la. Deixou-a se desesperada por um toque mais forte. 
 — Luc! — Sua súplica se transformou em ordem mas Luc não 
deixou que o apressassem. 
 As carícias longas e lentas continuaram mescladas com ligeiras 
imersões de sua língua dentro de seu sexo e mais lambidas rápidas ao 
redor de seus clitóris. Caitlin conteve a respiração, esperando o 
seguinte toque. Ela se contorceu, sabendo que se tão somente 
pudesse mover, encontrar o seguinte toque, então alcançaria o 
orgasmo. As mãos dele a retiveram. Separou mais suas coxas, 
abrindo-a mais, cravando sua língua em sua úmida vagina. 
 Caitlin lutou contra sua sujeição, mas ele era muito forte. 
 — Por favor, Luc. Preciso mais. — Choramingou ela 
enquanto a pressão crescia. — Preciso do orgasmo. — O pranto 
pareceu lhe alcançar. Voltou para seus clitóris, apanhando-o 
brandamente entre seus lábios. Caitlin amarfanhou os lençóis 
enquanto ele passava a língua por seu broto sensitivo. 
 Seu corpo se congelou por um segundo antes que a sensação 
explodisse. Luzes trêmulas e brilhantes surgiram desde seu núcleo, 
correndo velozmente para suas extremidades. 
 Ofegando, ela ficou com o olhar fixo no teto, tentando 
capturar os restos de prudência que ficavam. Como tinha feito ele 
isso? Ela tinha tido orgasmos antes, mas nada como isso. Sentia seu 
corpo usado e eletrizado. Como se solo ele tivesse o poder de lhe dar 
agradar. 
 Ela perdeu a consciência de quanto tempo ficou ali, só sabia 
que Luc continuava lambendo-a, lhe dando toquezinhos 
reconfortantes com sua língua. Quando o coração dela começou a se 
acalmar ele se levantou. 
 Ele ficou de pé ao lado da cama, olhando fixamente suas 
pernas estendidas. A luz selvagem do lobo enfeitiçou seus olhos. A 
umidade de seu sexo permanecia ao redor de sua boca. Ele chupou 
os lábios e a olhou fixamente nos olhos. 
 — Seu sabor é delicioso. — Colocou a mão sobre o sexo dela, 
Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 
 
15 
introduzindo um dedo em seu canal. — Terei mais. — A promessa 
enviou um fogo renovado em seu sexo. — Mais tarde. Agora, preciso 
entrar dentro de você. — Empurrou um segundo dedo dentro dela. 
 — Posso? 
 A pergunta a sobressaltou durante um segundo. Ela estava 
estendida na cama, com as pernas abertas e ele pedia permissão para 
tomá-la? Ele não se moveu, só esperou sua resposta. Finalmente, 
Caitlin assentiu com a cabeça. 
 Ele deu um passo atrás e se despiu com uma impaciência que 
era lhe atemorizante. Quando ele tirou as calças, sua vara brotou 
livre e ela teve sua primeira visão de seu pênis completamente ereto. 
Oh meu Deus, como vai caber tudo isso dentro de mim? 
 — Se mova para cima, neném — disse ele assinalando com 
seu queixo a cabeceira da cama. — Tenho a intenção de tomar duro e 
durante muito tempo, e não quero me arriscar a cair da cama. 
 Caitlin assentiu com a cabeça e engatinhou para trás até que 
esteve no meio do colchão. Seus olhos nunca abandonaram seu 
pênis. O comprido eixo sobressaía orgulhosamente do ninho de pêlo 
negro. Parecia delicioso. Gerando temor. 
 Ele engatinhou sobre a cama e se deitou ao lado dela, perto 
mas não tocando-a. Ela apartou seu olhar do membro dele e ele 
olhou-a com os olhos dilatados enquanto acolhia seu peito nas mãos 
e massageava o mamilo com o polegar. 
 — Quero chupar seus preciosos seios, — sua mão descendeu 
por seu estômago até a parte superior de seu montículo —, passar 
horas com minha mão sobre sua pele, mas agora preciso estar dentro 
de ti. Abra suas pernas para mim, neném. — Ele continuou seu 
caminho descendente, deslizando seus dedos através de sua carne 
úmida. — Está tão molhada para mim. Tenho que ter você. 
 Ele deu a volta e se moveu para cima até que esteve sobre ela. 
Apoiando uma mão nos joelhos, guiou seu pênis à entrada dela e 
com um impulso lento, deliberado, começou a entrar dentro dela de 
maneira calma. Caitlin se esticou quando as primeiras polegadas 
grossas a penetraram. 
 — Chist, chist, — murmurou ele. 
 Ela não se deu conta de que tivesse feito nenhum som. 
 Ele colocou um beijo tranqüilizador sobre sua boca. 
Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 
 
16 
 — Tomará. Me sustentará como nenhuma outra. — um 
pouco mais de seu pênis entrou dentro dela. — Está úmida, ardente e 
deliciosa. 
 Ela olhou fixamente para baixo, observando o escuro eixo 
deslizar mais profundamente dentro de seu corpo. O calor era 
incrível, esquentando-a de dentro para fora. Ele não parou, só seguiu 
empurrando firmemente até que ela pensou que exploraria. 
 — Todo este fogo para mim. Só para mim. 
 — Sim — gemeu ela. — Só para você. 
 Sussurrou palavras ardentes, selvagens contra seus lábios 
enquanto introduzia seu pênis dentro dela. Caitlin tentou reter cada 
sensação, querendo manter as lembranças, mas seus sentidos estavam 
sobrecarregados. Cada parte de seu corpo se sentia viva, tocada por 
ele. 
 Ele introduziu as últimas polegadas, duro e rápido. Caitlin 
gemeu e se agarrou a seus ombros, lhe usando para estabilizar seu 
mundo. Ela inspirou profundamente e escutou seu corpo. Ele estava 
ajustado dentro dela, dilatando-a da maneira mais deliciosa. 
 Ele afastou seus cachos emaranhados de sua cara, olhando-a 
fixamente nos olhos enquanto seu corpo a sujeitava, como havia dito. 
 O calor em seu olhar fez que seus nervos se agitassem com 
um formigamento. Estava pronta para mais, pronta para lhe sentir 
bombando dentro dela. 
 Ela envolveu seu pescoço com suas mãos e atirou dele para 
baixo, abrindo sua boca para ele, aceitando sua língua. Então, 
enquanto se beijavam, ele retrocedeu, saindo quase completamente 
dela antes de afundar de novo em seu interior. 
 O ritmo era lento mas ela nunca diria controlado. O olhar em 
seus olhos lhe dizia que logo poderia conter a fera. A grossa cabeça 
de seu pênis massageava no mais fundo dela, até pensou que a 
deixaria louca. A constante pressão incrementava sua energia,tentando-a com uma liberação que estava um passo fora de seu 
alcance. 
 — Isso, neném, — seu sussurro, sua voz baixa e rouca. Ele 
gemeu contra seu pescoço enquanto se introduzia dentro dela. — 
Deus, é tão bom. Sua gruta foi feita para mim. 
 Suas palavras encheram sua mente, lhe fazendo impossível 
Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 
 
17 
pensar. O instinto tomou o controle. Necessitava mais dele. Cravou 
os pés no colchão e se ergueu enquanto ele empurrava para baixo, 
chegando satisfatoriamente profundo. Agarrou seus quadris com suas 
mãos, mantendo-a presa nele, mantendo-se em seu interior. 
 — Ainda não. Quero que desfrute um pouco mais. — Saiu e 
voltou a empurrar uma vez mais. O prazer se mostrou em sua cara. 
— Quero permanecer dentro de você. 
 — Luc, por favor. — Ela lutou contra ele. — Por favor, 
preciso chegar. — Ele se inclinou e chupou sua garganta. O calafrio 
que percorreu seu corpo a empurrou à beira do abismo. — Maldito 
seja, Luc. Ame-me. 
 Um arrogante sorriso se formou de novo em seus lábios. 
Caitlin estava muito excitada para o ter em conta. Necessitava 
movimento e o necessitava já. Agarrou a cara dele entre suas mãos e 
levantou sua cabeça até que ele a olhou diretamente nos olhos. 
 — Tome, — exigiu ela. — Agora. 
 Os dourados olhos de lobo brilharam. Luc uivou como se 
lutasse com uma força invisível. Lentamente retrocedeu. Justo 
quando ela pensava que a deixaria empurrou de novo, forte e 
profundamente. 
 — Sim, — gemeu Caitlin. — Assim. — Ele introduziu seu 
pênis dentro dela, enchendo seu sexo com compridos e famintos 
golpes. Caitlin fechou os olhos e empurrou com seus quadris, saindo 
ao encontro de seus movimentos descendentes. Sim, isto era 
exatamente o que necessitava. Investidas duras, profundas, dentro de 
sua vagina, a forte penetração massageando seus clitóris com cada 
impulso. 
 O prazer que tinha permanecido fora de seu alcance se 
converteu em uma meta desesperada. Cravou seus dedos nas costas 
dele, lhe apressando para que fosse mais rápido e mais profundo. O 
doce agarrotamento em seu sexo cresceu cada vez que ele entrava 
dentro dela até que não pode conter-se. 
 — Luc! 
 Seu nome brotou de seus lábios quando a tensão aguda e 
brilhante a partiu em dois e a pos a voar. Por um breve momento, o 
mundo entrou em erupção com a claridade do cristal, tudo parecia 
mais brilhante e preciso, e em um momento se foi e tudo o que ficava 
Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 
 
18 
era a droga nebulosa do prazer. Ela se curvou para trás na cama, 
abrindo mais as pernas para lhe sujeitar mais profundo. 
 Luc continuou seu furioso ritmo, golpeando seus corpos. Os 
ardentes impulsos de seu pênis arrastaram cada rastro de calor de seu 
sexo. Outro orgasmo diminuto a golpeou, comovendo seu já débil 
organismo. Com um gemido, Luc se introduziu nela uma última vez. 
 A cálida liberação de seu orgasmo fluiu em ardentes jorros 
dentro de seu sexo. Caitlin subiu seus joelhos, se pressionando contra 
suas costelas, prendendo-o mais profundo em seu interior. 
* * * * * 
 Caitlin se desenroscou do sonolento abraço de Luc quando o 
sol se filtrava através das cortinas debilitado pela névoa pesada e 
gelada que abraçava a cidade. Estremeceu, imaginando o frio que 
fazia além de seu santuário. 
 Luc resmungou um protesto incoerente quando ela se apartou, 
mas a deixou ir. As pontadas de dor dos músculos que acabava de 
forçar lhe fizeram mover lentamente, deslizando fora do alto colchão 
e colocando seus pés cautelosamente sobre o chão. Suas pernas 
tremeram quando ela empurrou para levantar. Seu corpo, cansado e 
bem amado, impelia-a a permanecer na cama mas precisava estar um 
momento a sós. Necessitava um momento afastada de Luc para 
assimilar a entristecedora realidade do que tinha ocorrido. 
 A noite tinha passado em uma bruma de sensualidade. 
Quando não tinha estado tomando-a ativamente, tinha acariciado sua 
pele e sussurrado ardentes palavras de amor em seu ouvido. Inclusive 
agora, podia ouvir sua voz lhe dizendo quão bela era, quão sexy, quão 
duro a tomava. 
 Havia duas dores dentro de seu corpo, diferentes mas 
igualmente poderosos. Uma em seu sexo, ansioso das deliciosas 
sensações que só Luc parecia capaz de criar. O segundo em seu 
coração, uma dor que sabia que seguiria quando ele se afastasse. A 
lógica lhe dizia que não era Luc o que lhe estava fazendo amor, que 
o desejo emanava das necessidades do lobo, mas isso não detinha seu 
coração de entesourar a experiência, de se agarrar a ele dentro de seu 
corpo. 
 Forçou-se a si mesma a se afastar. O sussurro da pele nos 
lençóis lhe alertou de que ele estava acordando. Embora tivesse 
Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 
 
19 
passado a noite nua, lhe aceitando em seu corpo, uma súbita onda de 
acanhamento flutuou sobre ela. Inclinou-SE e recolheu a camisa que 
Luc tinha arrojado. Isso serviria até que pudesse conseguir uma 
camisola. Envolveu a camisa ao redor dos ombros e começou a 
abotoá-la quando um fragor procedente da cama a fez parar. O 
grunhido baixo, animal, não era humano. 
 Embora sabendo que Luc nunca lhe faria mal, uma onda de 
temor regou seu corpo. Lentamente, sabendo que o lobo reagiria aos 
movimentos repentinos, girou. Luc a vigiava com os olhos acesos e 
os lábios firmemente apertados. 
 — Luc? 
 — Não se cubra nunca quando estiver perto de mim, — disse 
ele em um tom baixo, quase ameaçador. — tire isso. Ele deu a volta 
e começou a engatinhar sobre a cama. Como se a espreitasse, 
preparado para saltar ao ataque. 
 Engoliu em seco profundamente e se recordou que este era 
Luc, seu amigo e agora seu amante. Com dedos trementes, apartou o 
tecido de seus ombros e deixou cair ao chão. Luc parou à beira da 
cama. Um sorriso amplo se formou em seus lábios como se 
encontrasse satisfação em que ela obedecesse. 
 — Eu sozinha ia limpar-me, — disse ela, sentindo a semente 
dele escorrer por seu corpo. 
 — Mais tarde. Volta para a cama. — apoiou-se sobre seus 
calcanhares expondo seu pênis duro aos olhos dela. — Tenho 
necessidade de ti. 
 Vendo essa vara maciça levantar para ela, Caitlin sentiu a 
resposta em seu sexo. E uma fome diferente. Lambeu os lábios e 
olhou-o fixamente por um momento. 
 — Poderia… chupar - ofereceu ela com uma voz duvidosa. 
Enquanto fazia a oferta descobriu que realmente queria fazê-lo. 
Queria esse pênis grosso em sua boca. Dar-lhe o mesmo prazer que 
ele lhe tinha dado. Uma voz feminina longamente reprimida lhe disse 
que ela poderia nublar a mente dele com tantas sensações que só 
poderia pensar nela. 
 — E o fará, neném, mas primeiro quero seu delicioso broto 
outra vez. Passou muito tempo desde que estive em você. — Ele 
estendeu sua mão. Caitlin pôs seus dedos na palma e lhe permitiu que 
Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 
 
20 
atirasse dela. — Sinto-me tão bem quando estou sepultado dentro de 
você. 
 As suaves palavras a seduziram de volta para cama. Com a 
guia de suas mãos, rodou sobre suas costas e separou-lhe as pernas. 
Não houve preliminares, mas seu corpo não necessitava. Pressionou 
seu pênis contra sua abertura e ela esteve molhada e pronta para 
recebê-lo. 
 Ela gemeu enquanto sua grossa vara deslizava dentro de seu 
corpo. Estaria dolorida quando tudo isto terminasse, mas no 
momento queria tudo o que ele pudesse lhe dar. 
 — Isso é carinho. Deixe-me tê-la outra vez. 
 — Sim. — Preocupada que suas emoções se mostrassem com 
muita facilidade, fechou os olhos enquanto ele enterrava 
profundamente o pênis em sua vagina. 
 Luc olhou para a incrível mulher embaixo ele. Desejava que 
abrisse os olhos para que pudesse ver o avelã brilhar quando ela 
descobrisse sua paixão. 
 Parte de sua alma queria, necessitava, empurrar forte, socar o 
corpo dela e reclamá-lo como dele. Luc escutoua voz mais tranqüila 
no interior de seu cérebro que lhe sussurrava que estar dentro dela 
era suficiente no momento. Depositou beijos macios, quentes, em 
seu pescoço e garganta, acariciou seu cabelo. Seduzir em vez de 
tomar. 
 — Tão sexy, — murmurou ele contra sua pele, as palavras de 
amor brotando de sua língua sem cessar. Era como se tudo o que 
alguma vez houvesse dito a uma mulher fosse prática para Caitlin. 
Algo apareceu em sua consciência, lhe dizendo que essa selvagem 
compulsão de tomá-la, amá-la, não era normal. 
 Tinha que ser o lobo e sua necessidade. Certamente qualquer 
mulher produziria a mesma reação. Mas enquanto olhava Caitlin a 
seu lado, uma tranqüila voz em sua cabeça lhe advertia de que ela era 
diferente. Especial. 
 Ela arqueou seu pescoço, pedindo silenciosamente mais e Luc 
sentiu-a e seu pênis endurecer ainda mais. Ela não entendia quão 
vulnerável era nessa posição. O lobo dentro dele grunhiu ante a 
postura submissa. Não pôde resistir. Agachou-se e mordiscou a pele 
dela, sabendo que deixaria uma débil marca. O delicioso gosto lhe 
Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 
 
21 
recordou o sabor de seu sexo. Deslizou sua língua sobre a marca, 
suavizando a diminuta ferida. 
 Sua vagina se endureceu ao redor do pênis como se também 
sentisse o pausado golpe de sua língua. Lentamente começou A 
mover-se dentro dela. O comprido e pesado deslizamento de seu 
pênis enchendo-a uma e outra vez impeliu a ir mais forte e mais 
profundo. Mas ele se conteve, querendo seus suspiros tanto como 
seus gritos. Continuou a lenta e profunda penetração, adorando cada 
centímetro de sua vagina com a verga. Perdeu a noção do tempo, 
sabendo unicamente que o sol estava saindo e que Caitlin estava 
debaixo dele. 
 Seus delicados gemidos e as suaves contrações em torno de 
sua verga lhe avisaram que ela estava chegando. Observou o 
movimento através de todo seu corpo, finalizando com o calor que 
chegou seus surpreendidos olhos verdes.O silencioso clímax disparou 
o seu e ele jogo a cabeça para trás e gemeu. Longos instantes mais 
tarde, desabou sobre a cama, esmagando-a contra o colchão. 
 O quarto estava silenciosa a seu redor. Ele jazia sobre ela, seu 
pênis semi-ereto e ainda encravado dentro de seu sexo. O lobo lhe 
empurrava a tomá-la de novo, mas Luc rechaçou os obrigações do 
animal. Esticou, preparando-se para lutar pelo controle do corpo que 
compartilhavam. Surpreendentemente, o lobo retrocedeu. Como se 
estivesse contente agora que tinham tido Caitlin. 
 Luc soube que agora tinha que aproveitar da situação. Embora 
o sol tivesse saído, o lobo ainda sentiria a chamada da lua até que 
saísse de novo essa noite. Isso significava doze horas mais. 
 Caitlin precisaria descansar. 
 Um suave ronco atraiu sua atenção. Sorriu. 
 O triunfo masculino encheu seu peito enquanto a olhava 
dormir. Tinha-a deixado exausta. 
 Ele deslizou fora dela e pela cama, seu pênis endurecendo 
enquanto olhava suas pernas lassas e sua semente gotejando até o 
colchão. Uma estranha possesividade que nunca tinha sentido com 
nenhuma outra mulher lhe retorceu as entranhas. 
 Queria-a, de novo. Saiu da cama, percorrendo o quarto 
silenciosamente, para não incomodar Caitlin. Precisava dormir. Cada 
volta que dava pelo quarto o aproximava mais da cama. Como uma 
Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 
 
22 
dor física precisava estar perto dela, tocá-la. 
 Os músculos de seu pescoço se endureceram e rodou sua 
cabeça e ombros para tentar aliviar a tensão. Tinha batalhado com os 
desejos do lobo antes, mas nunca tinha sido como isto. 
 Finalmente, incapaz de lutar por mais tempo, Luc engatinhou 
de volta para a cama e atraiu Caitlin para seus braços. Ela grunhiu 
brandamente mas apertou-se contra ele, colocando sua cabeça em seu 
peito. 
 Seus cachos revoltosos fizeram cócegas seu nariz mas adorou 
a sensação. Fechou seus olhos e desfrutou do delicioso aroma de seu 
cabelo. O lobo suspirou de prazer. Não havia forma em que pudesse 
dormir, havia muita energia fluindo por seu corpo, mas lhe daria 
tanto tempo quanto pudesse antes que o lobo demandasse mais desta 
mulher. 
 
Capítulo 3 
 
 
 A ligeira batida na porta tirou Caitlin do aturdido estupor em 
que se encontrava. Cambaleou fora da cama e cruzou o quarto. Doía-
lhe todo o corpo mas tinha a satisfação de saber que tinha tido êxito. 
 A saída da lua tinha começado e com ela o lobo iniciaria sua 
lenta retirada. Caitlin tinha poucas lembranças claras das passadas 
vinte e quatro horas, sua mente, corpo e espírito tinham sido 
consumidos por Luc e por sua necessidade de fazer retroceder o 
lobo. 
 Conforme se tinha ido aproximando a saída da lua, sua forma 
de fazer amor se tornara mais feroz, pedindo mais, dando mais. 
 Pálidas marcas de suas mãos, seus lábios, seus dentes, decoravam 
sua pele. Ela tremeu enquanto recordava um beliscão no ombro 
quando ele a tinha montado por atrás, entrando fortemente em sua 
vagina. 
 Ela ouviu Luc se mexendo na cama e soube que a estava 
olhando. Não fez nenhum movimento para colocar roupa, não 
depois da última vez que o tinha tentado. 
 O ligeiro toque na porta se repetiu e solicitou uma resposta. 
Cada quatro horas perguntavam aos hóspedes do hotel como se 
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23 
sentiam. Até agora, ninguém no hotel tinha mostrado sinais do vírus. 
Ela se ocultou detrás da porta e abriu uma fresta. 
 — Boa tarde, senhorita Bennett. Como estão vocês esta noite? 
— O assistente, com um traje branco e uma máscara, saudou-a com 
olhos alegres. — Estou fazendo minha ronda e trazendo o jantar. — 
Ele piscou. — Espero não estar interrompendo. 
 — Está bem. — O cansaço a reclamou e ela se apoiou contra 
a porta. Ofereceu um débil sorriso e apartou seu cabelo enredado do 
rosto. 
 — Algum de vocês mostra algum dos sintomas da lista? 
Algum prurido?— Caitlin negou com a cabeça. — Tosse? 
Extremidades intumescidas? — De novo respondeu negativamente. 
 — E preciso ver seu marido, só para confirmar que ele 
também goza de boa saúde. 
 Caitlin lançou um olhar para a cama. Nada indicava que Luc 
fosse um homem-lobo, mas tampouco estava completamente segura 
de que parecesse humano. Parecia selvagem: sua barba mais escura, 
seus olhos como o dourado misterioso dos lobos. Ela elevou suas 
sobrancelhas em uma pergunta silenciosa. Com um suspiro, Luc se 
estirou e enrolou um lençol ao redor da cintura. Quando esteve 
coberto mínimamente, ela abriu a porta, mantendo-se oculta detrás 
dela. O assistente só deu um passo dentro do quarto e viu Luc. Era 
todo um quadro: comprido cabelo negro caindo ao redor de seus 
ombros, seu peito nu brilhando com o suor do ato sexual recente, e 
os lençóis cobrindo seus quadris e apenas mascarando sua ereção. 
 — Hum, sim, senhor, é bom ver que gozam de boa saúde. 
 — Ambos gozamos de excelente saúde. E estamos ocupados. 
 O homem percorreu com o olhar Luc até chegar ao lençol que 
parecia cada vez menos cobrir seu pênis ereto. 
 — Sim, posso ver. Deixarei a comida aqui fora. — Ele se 
voltou para sair. — Deixarei que voltem para... sua... bem, seja o que 
for. 
 Ele saltou fora da porta e a fechou de um golpe. 
 Caitlin se voltou e olhou Luc. 
 — Tinha que fazer isso? 
 — O que? Fazê-lo saber que tinha interrompido enquanto 
estava trepando com minha mulher? Sim. 
Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 
 
24 
 A declaração abertamente possessiva tirou o ar de seu peito. 
Ela olhou fixamente o homem sexy e frustrou-se durante um 
momento, enquanto tentava determinar como podia escapar do hotel 
sem topar com o assistente. Que constrangedor! 
 Sair do quarto com o coração intacto era impossível. Esperava 
que ao menos pudesse manter sua dignidade. 
 Luc arqueou as sobrancelhas e a olhou, o calor de seu olhar 
alcançando-aatravésdo quarto e entrando em seu peito. Ele ainda a 
queria. O sol se pôs; a lua tinha saído, mas o lobo teria ainda o 
controle. Caitlin deixou cair a cabeça contra a porta e fechou seus 
olhos. Era tão belo. O poder de seu espírito completando a perfeição 
física para lhe fazer irresistível. Maldita seja, não podia olhar. Era 
muito doloroso. Nunca poderia tê-lo, e sua imagem estava gravada 
em fogo na sua memória. 
 Uma estranha dor se desencadeou dentro de Luc enquanto 
Caitlin fechava os olhos e se apoiava contra a porta. Não eram 
ciúmes. Caitlin lhe pertencia. Ele sabia e logo o aceitaria . Mas algo na 
forma como tinha fechado os olhos, quando tinha entrado nela, 
quando lhe tinha feito amor, rasgava-lhe o coração. Como se 
estivesse tentando evitar olhá-lo. 
 Ou estivesse imaginando outro enchendo seu corpo. 
 Sua lógica animal lhe assegurou que era dela, tinha-a marcado 
com seus dentes, seu aroma e sua semente, mas o humano reconhecia 
os sinais. Durante toda sua união, em cada toque e cada carícia, havia 
algo que faltava. Tinha-lhe permitido tomá-la em qualquer forma que 
ele tinha desejado, mas ainda sentia como se ela se reservasse. 
 Ela era dela. Pertencia-lhe. 
 Quando as palavras apareceram em sua cabeça, deu conta de 
que eram verdade. Ela era sua companheira. Cada estranha emoção 
que o tinha assaltado se esclareceu. Por isso ela tinha parecido 
familiar a primeira vez que ele tinha chupado seu delicioso sexo. Ela 
era a que estava destinada para ele. Sua Verdadeira Companheira. 
 Ela não o entendia ainda, mas logo o faria. Luc apartou os 
lençóis que tinha utilizado a contragosto para cobrir e caminho fora 
da cama. Estava fazendo outra vez. Ocultando seus olhos. 
Ocultando-se dele. Estava correndo. Sim, não fisicamente, mas 
emocionalmente. 
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25 
 Um grunhido surgiu do fundo de sua garganta. E não vinha do 
lobo. 
 Ele rastreou seu perfume através do quarto, detendo uns 
centímetros diante dela. Seus olhos se abriram de repente quando lhe 
colocou as mãos nos quadris. Em um rápido movimento, elevou-a e 
deslizou seu pênis entre suas coxas separadas. Um líquido ardente 
gotejou de sua vagina e cobriu sua vara. Todo seu calor, todo seu 
fogo, pertencia-lhe. E ela o admitiria. 
 Ela ficou sem fôlego quando ele deslizou seus dedos sobre seu 
sexo, introduzindo-os ligeiramente em sua carne aberta. Impulsionou 
a vara entre suas coxas, adorando a sensação da carne dela ao redor 
dele. 
 — Em quem pensa quando a tomo?— grunhiu em seu 
ouvido. Ela agitou sua cabeça, para afastá-lo, mas ele não o 
permitiria. Alguém estava em sua cabeça, em seu coração, e 
descobriria quem. — Em quem pensa quando te encho com meu 
pênis? — perguntou ele. 
 Ela gemeu quando ele empurrou, sem entrar, só movendo-se 
entre suas coxas, roçando ligeiramente contra seus clitóris. 
 Não era suficiente. Precisava unir-se a ela, algum instinto fora 
de seu controle, inclusive do controle do lobo, ordenava-lhe que 
entrasse nela. Luc separou suas pernas e empurrou o pênis dentro de 
sua vagina. As escorregadias paredes de seu passadiço lhe disseram 
que ela queria. 
 Ele a girou pela cintura e segurou as mãos dela com a sua. 
Com um movimento lento, deliberado, colocou sua palma contra a 
porta, e depois moveu seus quadris para trás. 
 Ela lhe pertencia. Ele a tinha reclamado, ela tinha aceito seu 
pênis e sua semente. Agora, ele tiraria qualquer outro amante de sua 
mente. 
 — Você gosta quando a tomo por atrás, não é?— perguntou 
ele, começando com um impulso lento e enérgico dentro de seu sexo. 
— Não é assim, meu bem? 
 — Sim, — gemeu ela. 
 Ela gritaria antes que ele tivesse terminado. Continuou 
deslizando dentro dela, escutando os ofegos de Caitlin enquanto o 
aceitava. Acolhia-o tão perfeitamente. Mas não se atrasou. Empurrou 
Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 
 
26 
intensamente, deixando que a sujeição úmida de sua vagina o atraísse 
dentro dela mais forte e mais duro. 
 Ainda não era suficiente. Necessitava que ela gritasse seu 
nome, precisava ouvir a verdade de seus lábios. 
 — A quem você deseja? Que pênis quer dentro de seu 
apertado grelinho? — Suas unhas se cravaram na porta quando a 
empurrava com suas sólidas arremetidas. — me diga, minha preciosa 
Caitlin, quem você quer que a tome?— perguntou, sua resposta vital 
de repente para sua existência. 
 — Você — gemeu ela, empurrando seu traseiro contra seu 
estômago. — Só você. 
 — Diga-me isso - ordenou ele. Separou os lábios e conteve o 
uivo ameaçador. Pertencia-lhe e, maldita seja, diria isso. 
 — Só você. Quero só você. 
 — Mais, neném. Me diga de novo, diga... 
 Não entendia a razão mas seu desejo, sua necessidade, não 
eram suficientes. Não podia voltar atrás. Entrou dentro de seu sexo 
uma e outra vez, precisando liberar sua semente em seu interior mas 
necessitando inclusive de palavras. Continuou reclamando sua 
resposta. 
 — Diga-me isso Caitlin. Vamos, neném. Sabe o que preciso 
ouvir. 
 — Amo-o — soluçou ela, apoiando-se contra a parede. — 
Amo-o. Por favor, Luc. 
 Sua admissão afrouxou o medo dentro dele, uma emoção que 
não tinha reconhecido até que se desvaneceu. O lobo grunhiu sua 
satisfação. 
 — De novo. 
 — Amo-o. 
 Ele a virou e colocou seus dedos em seu montículo, 
deslocando-os para baixo para brincar com o clitóris. Toque suaves, 
ligeiros e a sentiu tremer em seus braços. 
 Ela se curvou contra a parede. Ele a agarrou antes que caísse e 
a levou para cama. Ela se agarrou a ele, afrouxando a tensão em seu 
interior um pouco mais. Enquanto a colocava sobre o colchão voltou 
a introduzir seu pênis dentro dela. Tomou. Como tinha feito todo o 
fim de semana. Suas pernas se curvaram ao redor de suas coxas, lhe 
Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 
 
27 
espremendo e lhe atraindo mais profundamente. 
 — diga-me isso - Mordeu sua garganta, deixando uma marca 
para que o mundo visse. — diga-me isso repetiu ele. 
 — Amo você. Luc, amo você. 
 As palavras apaziguaram o animal de seu interior. E deram paz 
ao humano. 
 Ele a montou mais profundo, afundando no corpo dela, que 
estava feito para o acolher, até que ouviu seu grito devastado. Não 
era um gemido incoerente. Foi seu nome o que disseram seus lábios 
quando ela alcançou o clímax. Arrojando a cabeça para trás, uivou 
quando sua semente alagou o ventre de sua companheira. 
 
 
Capítulo 4 
 
 Caitlin despertou de novo quando o sol roçou seu travesseiro. 
Ela trocou de posição na cama e gemeu quando seus músculos se 
rebelaram, lhe gritando pelo excesso de uso. Enquanto seu corpo 
choramingava, sua mente corria A toda velocidade. Nada tinha 
sentido. O lobo se retirou pouco depois da saída da lua, mas Luc não 
tinha perdido paixão, tomando-a toda a noite. 
 Até que finalmente ficaram adormecidos com a chegada do 
amanhecer. 
 Ela virou a cabeça e olhou. Luc jazia perto dela, acordado e 
olhando-a. Os olhos dourados do lobo tinham desaparecido e havia 
retornado o familiar e vibrante azul. Sentiu como a cor subia a suas 
bochechas. Todas as coisas que tinham feito juntos voltaram em um 
relâmpago. Embora algumas das lembranças estivessem nubladas 
pela paixão, outras eram claras como o cristal: os explosivos 
orgasmos, seus gritos pedindo mais, e a voz de Luc, murmurando 
brandamente seu prazer por estar dentro dela. Incrivelmente seu sexo 
vibrou de antecipação. Seu rubor aumentou. 
 — Bom dia, — disse ela, sua áspera voz matinal lhe 
recordando que a realidade estava há poucos minutos. Mantendo-se 
tão tranqüila como pôde, inspirou profundamente, esperando 
acalmar as mariposas furiosas que tinham invadido seu estômago. 
 — Bom dia. — O trovão profundo de sua saudação enviou 
Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 
 
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um novo formigamento em seu sexo.— Como se sente?— Deslizou 
sua mão sobre sua bochecha, uma ação terna considerando a dura 
união com a qual se satisfizera ao longo da noite. 
 — Estou bem, — assegurou ela. E estava. Fisicamente, estava 
dolorida e cansada, mas se recuperaria. Seu coração, quem sabe. 
 Como tinha temido, ter relações sexuais com Luc tinha 
partido seu coração. 
 Ele penteou o cabelo dela com os dedos, cravando os olhos 
no seu rosto como se nunca a tivesse visto antes. O intenso 
escrutínio lhe fez sentir incômoda. E a emoção em seus olhos era 
muito tentadora. Era muito fácil imaginar que significava algo mais. 
Não podia se permitir acreditar isso. 
 Ela conhecia Luc. Sua lealdade estava com a Alcatéia. Nunca 
permitiria que nada interferisse com a União de Companheiros. 
 Não podia permanecer ali mais tempo, tinha que ir, salvar o 
que ficava de seu coração. 
 — Melhor eu ir tomar um banho — anunciou energicamente, 
voltando para sua voz de assistente eficiente. — Vão nos chamar 
breve com os resultados das provas e poderemos ir. — Jogou para 
atrás os lençóis e saiu da cama. 
 — Caitlin, espere. 
 Ela se deteve uns poucos passos mais à frente. Teve que reunir 
mais valor de que pensava para voltar. Luc se sentou na cama, 
parecendo maravilhoso e confundido. E um pouco doído. 
 — Temos que estar preparados quando levantarem a 
quarentena. — Tragou saliva com força. — Sua companheira o está 
esperando no norte. 
 — Mas sobre a última noite... 
 Tinha que evitar que dissesse algo doce. As lembranças já 
seriam muito difíceis de suportar. Não necessitava banalidades. Não 
dele. Endireitou suas costas e lhe ofereceu um sorriso tenso. 
 — Estou contente de ter ajudado a Alcatéia desta forma. 
 Luc ficou olhando quando entrou quase correndo em seu 
dormitório. 
 Ajudar a Alcatéia? A dor lhe apunhalou no centro do peito. 
Seus gemidos de prazer não tinham sido para ajudar a Alcatéia. Seus 
orgasmos não tinham sido para ajudar a Alcatéia. E seus juramentos 
Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 
 
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de amor não tinham tido nada que ver com a Alcatéia. 
 Ele olhou encolerizado a porta fechada. 
 Caitlin estava tentando pô-lo para correr. Obviamente não 
entendia que quando a gente escapava de um predador, o predador 
perseguia. 
* * * * * 
 Caitlin matraqueou impacientemente com seus dedos sobre os 
braços dobrados enquanto percorria acima e abaixo o vestíbulo 
situado fora da Câmara do Alfa. Embora fosse um homem moderno, 
Fallon mantinha os sinais do passado. O quartel geral da Alcatéia era 
um labirinto de salões e corredores, rituais e cerimônias complexas. 
 Uma porta se abriu ao final do salão e entrou Luc. Uma 
delicada fêmea beta o seguia. Sorriu provocativamente quando se 
virou e caminhou na outra direção. Caitlin olhou o evidente meneio 
de seus quadris enquanto saía. 
 — Chamaram-nos já? — perguntou Luc enquanto se 
aproximava. Tirou seu cabelo úmido da gola de seu traje. Acabava de 
sair da ducha, Caitlin podia cheirar o sabão nele, e possivelmente da 
cama de alguma sexy mulher-lobo...? 
 Luc tinha contido a sublevação primária do lobo, mas Caitlin 
sabia que as coisas se tornaram sensuais e selvagens na Alcatéia nos 
dias ao redor da lua cheia. Havia mais saltos de cama em cama entre 
homens-lobo sem emparelhar que em um grupo de coelhinhos. E o 
pensamento de que Luc podia ter ficado dez horas com ela, e logo 
passado à cama de outra mulher, fazia que lhe arrepiasse o pêlo da 
nuca. 
 Uma possesividade que não tinha experimentado antes fluiu 
por seu peito. Caitlin sentiu que os lábios lhe retiravam em um 
grunhido. Parou antes de emitir algum som. Era uma reação que 
havia visto muitas vezes entre os Membros da Alcatéia. Mas ela não 
era um membro da Alcatéia. Era humana. Tinha que recordar a si 
mesma que ser humano significava que não podia ter a única coisa 
que ansiava, Luc. 
 Depois de hoje, ele pertenceria a outra. Como humana, lhe 
permitia ser testemunha de tudo com exceção das cerimônias 
privadas. Como amiga de Luc, esperaria que assistisse sua Cerimônia 
de União. 
Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 
 
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 A União de Companheiros era um ritual similar a um 
casamento humano mas com menos restrições. Permitia aos lobos 
envoltos ter amantes, sempre que as crianças que nascessem da união 
viessem do casal unido. 
 Ela encontrava a cerimônia singela e elegante. Mas isso era 
antes que soubesse que ia ser testemunha da de Luc. 
 Um profundo grunhido brotou livre, escapando entre seus 
dentes fortemente apertados. A sua companheira não importaria se 
ele saltasse na cama de uma bonita mulher-lobo, mas, por alguma 
razão, esse pensamento fazia que Caitlin queria rasgar a garganta de 
alguém. Preferivelmente a de Luc. 
 — O que ocorre? — perguntou Luc, olhando-a com olhos 
preocupados. 
 — Nada. Estou contente de ver que está ainda aliviando as 
necessidades do lobo. - As palavras saíram afetadas e tensas mas 
Caitlin não pôde as deter, nem o tom. 
 A confusão cruzou seu rosto. Então percorreu com o olhar o 
salão, seguindo a fêmea com os olhos. 
 — Não se preocupe, neném. Tomei banho porque estava com 
o calor da viagem. Não para eliminar o perfume de outra. 
 Caitlin disse a si mesma que não lhe importava, mas isso não 
evitou que inspirasse profundamente para ver se podia detectar algum 
aroma alheio, qualquer resíduo de perfume. 
 — O Alfa os verá agora. — O anúncio do Secretário deteve 
qualquer conversa. Ou análise por parte de Caitlin. Não deveria lhe 
importar se Luc se deitava com cada fêmea da Alcatéia. Não era 
assunto dela. 
 Quande Caitlin não se moveu, Luc pôs a mão em suas costas e 
a empurrou para diante. Supunha que esta audiência era sua 
preparação final para a União de Companheiros, mas em lugar disso, 
Luc ia dizer ao Alfa que não podia unir-se com a adorável mulher-
lobo da outra alcatéia. E que tinha tomado uma humana por 
companheira. Fallon não ficaria feliz com a mudança de planos. 
 Entraram no quarto e Luc imediatamente se dirigiu ao Lobo 
Alfa. Com um movimento que tinha pouco a ver com a humildade e 
muito com o respeito, Luc se apoiou em um joelho e baixou os 
olhos. 
Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 
 
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 — Saudações, meu Alfa. Renovo meu voto de proteger sua 
Alcatéia, sua companheira, e sua pessoa e me inclino ante sua 
sabedoria. 
 — Levante-se. 
 Luc seguiu sua ordem e ficou em pé. 
 — Essas palavras se entopem em sua garganta, não? — 
perguntou Fallon com um sorriso. 
 Luc aceitou a mão que lhe oferecia com uma risada ofegante. 
 — Só quando chego na parte da «sabedoria». Cresci com você, 
primo. E sei exatamente que classe de sabedoria você tem. 
 Os brilhos nos olhos de Fallon acalmaram Luc. Fallon era o 
Lobo Alfa. Era também um amigo. Entenderia. 
 — Temos que conversar. 
 Confusão e um pouco de preocupação se refletiram na 
expressão de Fallon. Então assentiu. Voltou-se para Caitlin e segurou 
sua mão. 
 — Uma vez mais cumpriu sua tarefa com toda segurança. 
Obrigado, Caitlin. 
 Ele a saudou com um beijo educado na face. 
 — Estou contente de ter ajudado a Alcatéia. — Caitlin 
inclinou a cabeça. 
 Aí estava essa frase outra vez. Luc sentiu que seu lábio 
superior se retraía, mas cautelosamente o baixou. Fez a única coisa 
que podia, pensar nas palavras que ela tinha gritado quando ele havia 
se introduzido em seu corpo. Amo-o, Luc. 
 — Poderia me dedicar uns minutos de seu tempo, Alfa, 
quando a cerimônia acabar? 
 — Certamente, querida. 
 Luc não pôde evitar pôr os olhos em branco. Fallon era 
apenas três anos mais velho que ele, o que o fazia só seis anos mais 
velho que Caitlin. O tom paternal e sua atitude não eram apropriados 
para sua idade. 
 — Fallon, preciso falar-lhe agora, — anunciou Luc, usando 
um tom imperativo que poucos se atreveriam a empregardiretamente 
com um Alfa. Fallon arqueou as sobrancelhas com uma pergunta. — 
É importante — acrescentou Luc, sabendo que Fallon reconheceria a 
seriedade. Fallon assentiu. 
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 — OH, bem, já chegou. — Todos os que se encontravam na 
sala se voltaram para uníssono para saudar Luc. 
 Seu cabelo caía solto por suas costas. Luc se inclinou de 
modo receoso, mas rápido, ansioso por ter um aparte com Fallon. — 
 - Como tem passado, Caitlin? Está adorável. Sempre está adorável, 
certamente, mas mesmo assim. Fez algo diferente no cabelo? 
 Caitlin negou com a cabeça. 
 — Bom, há algo diferente em você. Só que não posso dizer 
exatamente o que é. 
 Tinha passado o fim de semana transando com um homem-
lobo… 
 Luc guardou para si uma resposta sarcástica. 
 — Fallon, — disse Luc com os dentes apertados. 
 — Merina, — Fallon se dirigiu à sua companheira. — 
Importaria-se em dar uma volta com Caitlin enquanto Luc me 
explica isso que é tão malditamente importante? 
 Merina assentiu e Luc pôde enfim levar Fallon a um canto 
afastadado quarto. 
 — Temos um problema — começou Luc. 
 — Imaginei. Qual? 
 — Não posso prosseguir com a cerimônia. 
 — O que?! 
 A rude pergunta foi como um disparo dentro da sala. Luc 
dirigiu o olhar para onde estavam Caitlin e Merina. Ambas as 
mulheres estavam olhando em sua direção. 
 — Vai me dizer por que está brincando com uma união em 
que ambas as alcatéias estiveram de acordo e que tem um grande 
potencial para aumentar a força de ambas as descendências? 
 Embora Fallon tivesse mantido baixa a voz, não havia nenhum 
engano sobre sua intensidade. 
 Luc olhou fixa e diretamente nos olhos de Fallon, quase 
desafiando o outro lobo. 
 — Caitlin é minha companheira. 
 Ele viu como se abria a boca de Fallon. E não pôde evitar um 
sorriso. Não era habitual que alguém pilhasse o Lobo Alfa por 
surpresa. 
 — Como não notou isto antes? — exigiu Fallon depois de um 
Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 
 
33 
momento de dúvida. — supõe-se que uma verdadeira companheira 
biológica é óbvia para o homem-lobo. Como não notou isto? 
 — Mantive-me afastado dela. Você foi quem disse que não me 
atasse com os empregados. E não o fiz. Não, até este fim de semana 
quando estávamos juntos... que tudo se tornou claro como cristal. 
 — Há alguma possibilidade de que se tenha enganado? 
 Luc entendia a relutância de Fallon, mas ele sabia a verdade. 
 — Não. 
 — Possivelmente só é luxúria residual da lua, combinada com 
sua avaliação. Isso poderia fazer com que... 
 Luc negou com a cabeça. 
 — Quando chegamos e fui ao meu quarto, Angelina estava me 
esperando. Nua. — Todos os homens-lobo machos na Alcatéia 
entendiam o significado desse convite. Angelina era conhecida por 
suas habilidades orais. Podia tirar o cromo de um pára-choque 
chupando-o. — Deixei-a. 
 Os olhos de Fallon se dilataram. 
 — Deixou-a. 
 — Exatamente. 
 — Odeio interromper… — disse Merina. Ambos os homens 
se sobressaltaram. Não a tinham ouvido aproximar-se. — Mas estava 
escutando às escondidas e pensei que deveria sabê-lo, tem um 
assunto mais para tratar. — aproximou-se e sussurrou. — Sua 
pequena consorte está grávida de pouco tempo. Seu corpo está cheio 
atividade. 
 Foi o momento de Luc para ficar atônito e sem fala. Grávida? 
Um bebê? Embora ele não tivesse dúvidas disso, um Verdadeiro 
Emparelhamento só se podia se provar pelo nascimento de 
descendência. Que ela já tivesse concedido ajudaria muito que a 
Alcatéia a aceitasse. Esta era uma prova concreta de que ela era a 
companheira que lhe estava destinada. 
 Os três lobos se voltaram e olharam Caitlin. Como se sentisse 
sua avaliação, ela os olhou. 
 — O que há? 
 — Oh, não, — respondeu Fallon depois de um momento. 
Deixou o pequeno grupo e caminhou ao lado dela. — Você tinha 
também algo importante que queria discutir comigo. 
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34 
 Caitlin pensou em adiar, mas tinha a atenção de Fallon. 
 — Sim. — Sabendo que a audição superior de Luc lhe 
facilitaria ouvir às escondidas, mas confiando na cortesia natural do 
lobo, baixou sua voz e falou. — Quando a Cerimônia tiver 
terminado, eu gostaria de discutir uma mudança. 
 — De que diabos está falando? 
 Caitlin se virou para ouvir a furiosa pergunta de Luc. Só lhe 
faltou empurrar Fallon para tomar Caitlin pelos ombros. 
 — Você é minha companheira e o filho que leva é meu, assim 
tire da cabeça a idéia de ir a qualquer lugar que não seja para casa 
comigo. 
 — Isso sim foi sutil, — resmungou Merina. 
 Luc a ignorou. Igualmente Caitlin. 
 — O que disse? 
 — Você ouviu. E não tente mudar de assunto. O lugar de uma 
mulher é com seu companheiro. 
 Havia uma ferocidade em seus olhos que não tinha visto 
nunca antes, e que não tinha nada que ver com o lobo. Ela deu um 
passo atrás e lhe olhou. 
 — Do que está falando? O que é tudo isto sobre 
companheiros e...? — Sua mente assimilou a conversa. Pousou sua 
mão sobre o estômago. — Disse filho? 
 Fallon se aproximou e colocou seu braço ao redor da cintura 
dela. Caitlin não sabia se era para confortá-la ou para evitar que se 
lançasse sobre Luc. 
 — Sim, querida, parece que você e Luc estão destinados a 
serem companheiros. Verdadeiros Companheiros. Está grávida. 
 — M...Mas… — A surpresa obstruiu as palavras em sua 
garganta. — Pensei que os humanos não podiam unir-se aos homens-
lobo. Pensei — disse, recuperando a compostura e olhando sobre o 
ombro do Alfa para Luc, porque lhe tinha dado essa informação... 
que não podiam nascer crianças dessas uniões. 
 — Disse-lhe que era estranho, mas que se o humano e o lobo 
estavam destinados a ser companheiros, então podia acontecer... — 
Luc se inclinou para diante, olhando-a fixamente. Por um momento 
ela quase se afastou mas deteve-se. Luc não lhe faria mal, não 
importava o quão intimidante queria aparecer. — Não entendo qual é 
Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 
 
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o problema, — continuou ele. — Ama-me. Você mesma disse. 
 Caitlin se endireitou, tentando recordar quando lhe havia dito 
essas palavras. Tinha sido tão cuidadosa em manter seus sentimentos 
ocultos. Ou pensou isso. Mas parecia que, em algum momento, havia 
dito a Luc. Provavelmente quando estavam transando. 
 Como se isso tivesse importância. 
 — Não vou ser sua companheira só porque esse animal que 
está dentro de você gosta de transar comigo — estalou, esquecendo 
por um momento que Fallon e Merina estavam escutando. Então se 
decidiu, que diabos importava? Fallon sabia o que acontecera este fim 
de semana. Tinha sido sua sugestão. E obviamente Merina sabia 
também. — Mereço mais que um homem que se casa comigo por 
uma urgência biológica! 
 Luc moveu sua cabeça e a olhou fixamente como se ela 
estivesse falando em chinês. 
 — O que? 
 Toda a cólera escapou de seu corpo e ela negou com a cabeça 
tristemente. 
 — Luc, você e eu sabemos que não foi você quem teve 
relações sexuais comigo durante todo o fim de semana. Foi esse 
maldito lobo. Mas essa não é uma razão para estarmos juntos. 
Durante os outros vinte e nove dias do mês estaria longe de mim. 
 — Mas é o que quero. 
 — Não, não é. 
 Ele colocou suas mãos sobre os homens dela, mantendo-a 
firmemente sob seu olhar fixo. 
 — Caitlin, o lobo me esporeava mas tive controle completo 
sobre ele todo o fim de semana. Do primeiro momento que minha 
boca tocou seu sexo... 
 Caitlin sufocou, logo se sentiu aliviada ao ver que Merina e 
Fallon se afastaram. 
 — Eu sabia exatamente o que estava fazendo. Querida, o lobo 
só me deu a força para fazer amor todo o fim de semana. O desejo 
era completamente meu. Você é a mulher que quero. 
 Caitlin tentou refrear os pensamentos que formavam 
redemoinhos em sua cabeça. 
 — Nuncapensou assim antes — assinalou ela. 
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 Ele elevou as mãos dela até seus lábios. 
 — Sempre soube que você era alguém especial. Não podia 
permitir que você soubesse que eu ia me unir com outra mulher. Mas 
então o lobo te escolheu como sua companheira e eu soube que não 
havia ninguém mais para mim. 
 Seu coração doía pelo anseio de acreditar. 
 — Possivelmente vocês gostariam de continuar esta 
discussão... em particular — sugeriu Fallon. — Sairei para dar nossas 
explicações à outra alcatéia. Um Emparelhamento Verdadeiro tem 
prioridade sobre uma união típica. 
 Caitlin se permitiu ser guiada, abandonando o salão com 
destino ao dormitório de Luc. A enorme cama de quatro colunas que 
dominava o quarto capturou sua atenção. Um elaborado entalhe de 
lobos correndo Através de um prado decorava a cabeceira. Ela saiu 
de seus braços e se afastou um passo. 
 — Está certo disto? Está renunciando um montão de coisas. 
Nunca será Alfa, não com uma companheira humana. E é possível 
que nossos filhos não sejam capazes de se transformarem. 
 Luc sorriu e estendeu a mão, afastando-lhe o cabelo do rosto. 
 — Não tenho desejo de ser o Alfa. Fallon é muito forte e 
saudável para abandonar essa posição antes que seja velho e grisalho. 
E no que diz respeito a nossos filhos... — Ele negou com a cabeça. 
— Não me importa se poderão se transformar ou não. Serão 
perfeitos tal e como serão. Exatamente igual a sua mãe. 
 Seu coração amoleceu. 
 — Oh, Luc. 
 Ele se inclinou e a beijou. Foi suave e gentil. Nada como os 
beijos profundos e dominantes que lhe tinha dado ao longo de todo o 
fim de semana. Havia algo doce e decididamente sensual na ligeira 
pressão de seus lábios sobre os dela. Ele abriu sua boca mas não 
tentou empurrar com a língua. Os delicados beijos fizeram que o 
coração lhe doesse. Ele provou a boca dela como se nunca tivesse 
saboreado nada tão delicioso e queria saborear. 
 Seus corpos se moveram juntos, as pernas dela se abriram 
automaticamente para abraçar sua ereção. As mãos dele deslizaram 
brandamente sobre as costas e os quadris, voltando a marcar o 
território que tinha reclamado. Pulverizou beijos ardentes sobre o 
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37 
pescoço e o peito dela, ainda suave e gentil, os ligeiros toques tão 
excitantes como as carícias fortes e vigorosas de antes. 
 — Necessito-a — sussurrou ele contra sua pele. — passou 
muito tempo desde que estive dentro de você. 
 Ele ergueu sua cabeça e a olhou. A silenciosa pergunta estava 
escrita em seus olhos. Estava-lhe deixando saber que este não era o 
lobo necessitando conforto. Este era o homem pedindo para estar 
com ela. 
 — Faça amor comigo, Luc. 
 No pesado silêncio do quarto, ele a despojou de suas roupas, 
acariciando cada centímetro de pele conforme ia sendo revelado. 
Quando ela esteva nua, tirou suas roupas e a levou a cama. 
 Ele a situou no centrou e colocou seus membros, separando 
suas pernas, massageando os músculos cansados do interior de suas 
coxas, afrouxando os nós de seus músculos com seus dedos mágicos. 
Caitlin o olhou enquanto a tocava. Seus movimentos eram lentos e 
sonhadores. E enfocados unicamente nela. 
 E quando esteve relaxada e lassa, ele se deitou a seu lado e 
lambeu os picos de seus seios, serenando as sensitivas pontas com 
sua língua antes de morder gentilmente os insolentes mamilos. 
Beijou-a pelo corpo deslizando para baixo, seguindo com sua língua 
as costelas e o ventre dela. 
 Ele acariciou sua pele com os lábios e a língua, com palavras e 
louvores, lhe falando de sua beleza e do delicioso sabor que enchia 
sua boca. Sabendo que seu coração estava seguro, Caitlin se permitiu 
afundar em seu poder uma vez mais. 
 Lambeu a suave curva de seu estômago e depois colocou um 
beijo gentil no alto de seu sexo, como se o agradecesse e lhe pedisse 
permissão para adorá-la. Momentos mais tarde ela sentiu o suave 
toque de sua língua através de seus clitóris. Seu toque foi tão terno e 
carinhoso que levou lágrimas aos olhos dela. 
 Cada toque era novo, cada carícia doce. Era como se ele 
estivesse rendendo comemoração a seu sexo. O prazer se fortaleceu 
lentamente com carícias lânguidas e toques, até que colocou seus 
lábios sobre seus clitóris e mamou suavemente. O doce de sua boca 
enviou uma dor inimaginável ao seu centro. Ela elevou seus quadris, 
tentado conseguir mais, tentando encontrar a liberação. 
Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 
 
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 — Luc, por favor, — gemeu ela. 
 — Posso entrar dentro de você? — perguntou ele, beijando 
seu estômago e suas costelas. — Ou está muito dolorida? 
 — Não. 
 Ele se reclinou para trás e deteve sua progressão ascendente. 
Embora se movesse com sua habitual graça, ela sentiu a tensão 
crescer em seu corpo e percebeu que ele pensava que ela o estava 
rechaçando. 
 — Não, não estou muito dolorida — disse ela, deslizando suas 
mãos em seu peito. — Necessito de você. — A tensão escapou de 
seu corpo e seu alívio ficou parcialmente mascarado pela arrogância 
que lhe era própria. 
 Moveu-se sobre ela, cobrindo seus seios e seu pescoço com 
beijos, pressionando finalmente seus lábios com os seus. Ela abriu 
sua boca e aceitou ansiosamente sua língua. Beijos largos e narcóticos 
fizeram girar sua cabeça. Queria-o, necessitava-o, mas ele se conteve. 
 Sabendo instintivamente do que ele necessitava, ela separou as 
pernas, abrindo sua vagina para ele. 
 — Venha para dentro de mim, — murmurou ela, e ele esteve 
ali, grosso e duro, a cabeça de seu pênis deslizando dentro de seu 
sexo. 
 Horas de sexo desesperado tinham ensinado seu corpo a 
aceitar. A desejar as sensações que só ele podia criar. Mas isto não era 
um emparelhamento frenético. Ele a amava com toques ternos e 
palavras suaves. Caitlin sentiu a lenta ascensão de seu orgasmo, uma 
onda larga e poderosa que começava em seu sexo e se deslocava 
Através de seu corpo, alagando sua alma com amor e necessidade. 
 — Luc! — Ela se agarrou em seus ombros, tratando de 
manter-se neste mundo. 
 Ele empurrou nela uma e outra vez, seus músculos movendo 
sob suas mãos. Sentiu-o chegar em seu interior, e depois o peso de 
seu corpo sobre o dela. 
 Enquanto ela esperava que seu coração alcançasse um ritmo 
razoável, olhou para o teto. Luc pensava que tudo estava decidido, 
mas ainda havia coisas que discutir. 
 Ele a desejava mas o que tinha que... 
 — Amo-a. — Ele acompanhou a declaração murmurada com 
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um beijo suave no ombro dela. 
 — O que? 
Ele elevou a cabeça e a olhou com olhos cintilantes. 
 — Só estava pensando que eu não lhe havia dito e que lhe 
poderia perguntar isso. Então queria dizer isso, te amo... 
 — Oh. 
 Ele fez uma careta e se elevou apoiando sobre os cotovelos. 
 — Você também poderia me dizer o mesmo. 
 — Você falou que eu já o disse — Olhou-o com perspicácia. 
— E quando supõe que fiz essa declaração? 
 Luc sorriu e uns traçados de vermelho mancharam suas 
bochechas. 
 — Bom, querida, parece que confessaria qualquer coisa sob o 
influxo de um sexo realmente ardente. 
 Beijou-a e moveu a cabeça. 
 — Não qualquer coisa. Só a verdade. 
 — Diga-me isso - disse ele. 
 Ela escutou a necessidade oculta depois da arrogante ordem. 
 — Te amo, Luc. Só você. 
 
FIM

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