Prévia do material em texto
Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 1 TTRRAADDUUÇÇÕÕEESS EE RREEVVIISSÕÕEESS RRTTSS CCOOMM AA SSAAÍÍDDAA DDAA LLUUAA Tielle St. Clare Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 2 Tradução: Ceila Sarita Revisão: Jossi Slavic Comunidade RTS – ORKUT ________________________________________ RESUMO: Há três anos trabalhando como assistente pessoal de um homem-lobo, Caitlin não acreditava que existisse alguma coisa que pudesse surpreendê-la. Quando se encontra confinada num quarto de hotel durante dois dias com seu perversamente atraente chefe, se dá conta do quanto estava enganada. A lua está saindo e só existe uma coisa que satisfará o lobo do interior de Luc... Sexo. Muito sexo. É um sacrifício que Caitlin está desejando realizar. Porém quando emoções mais selvagens e profundas vêm à superfície, ela teme que não possa sair do quarto com o coração intacto. Capítulo I — Estamos o quê? Caitlin não se sobressaltou com seu chefe. Após três anos sabia que o temperamento de Luc saltava para fora com força, porém desaparecia rapidamente. Também sabia que sua ira não era dirigida contra ela. Ela era somente a mensageira. — Quarentena... - Ela repetiu com paciência. Desde os focos de pneumonia asiática há alguns anos, as organizações mundiais de saúde tomavam precauções imediatas quando apareciam novos vírus. — Todo o hotel está isolado durante quarenta e oito horas. O vírus Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 3 tem um período de incubação de vinte e quatro horas. Examinarão todos nós e se estivermos bem e não mostramos sintomas, poderemos ir. — Não podem nos manter aqui sem mais. — Sim, eles podem. Noventa por cento das pessoas que contraem esta enfermidade morre em três dias. Todo mundo está em estado de pânico, e dado que os dois últimos casos estiveram relacionados com este hotel, colocaram em quarentena todo o edifício. Somente os oficiais sanitários poderão entrar e com trajes protetores. Luc passou os dedos pelo cabelo negro e começou a dar voltas. Suas longas pernas o levaram através da suíte com passos furiosos antes que girasse rapidamente e se voltasse para ela. — Temos que ir para o norte. — A brilhante cintilação de seus olhos azuis avisava sobre as agitadas emoções que fluíam através dele. Caitlin podia entender sua preocupação. Sua futura esposa estava à sua espera. A cerimônia de casamento era dentro de três dias. — Não se preocupe. Fiz os planos com tempo para absorver possíveis atrasos. Chegaremos a tempo. — Não entende. Não podemos ficar. — Não temos escolha, — argumentou ela. Sabia que ele não gostava de ficar trancado, mas a suíte que ocupavam possuía bastante espaço, suficiente para ter certa privacidade e um pouco de liberdade. — E não se preocupe. É uma simples análise de sangue para determinar a presença de um vírus. Não notarão nada diferente em seu sangue — disse ela, no caso dessa ser sua preocupação. — Não podemos ficar, — ele repetiu e algo em seu tom alertou Caitlin. Ele não estava brincando ou queixando. Estava mortalmente sério. Tinha que ter uma razão. Ela esperou. Finalmente Luc suspirou. — Amanhã a noite é lua cheia. O estômago de Caitlin se contraiu. A lua cheia era o único momento em que os homens-lobo não podiam controlar suas mudanças. Isso queria dizer que em algum momento da noite seguinte, Luc, o terceiro homem da Alcatéia do Norte, teria pêlos e cresceriam nele dentes muito grandes. — Tenho que ir embora. Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 4 Caitlin negou com a cabeça. — Têm guardas ao redor de todo o edifício. Estão realmente aterrorizados com este último foco. — Ela mordeu o lábio e iniciou seu próprio caminho ao redor do quarto. — E eles têm seus dados. Se conseguisse sair o buscariam, e isso poderia conduzi-los à alcatéia. — A segurança da alcatéia era sempre a prioridade. — Então devo ir a toda pressa ou vamos ter que explicar como apareceu um lobo solto dentro de um hotel da cidade. — Ele esfregou a testa. Ela quase podia ver formar a dor de cabeça produto da tensão. — Só Deus sabe que tipo de danos poderia causar num lugar como este. Caitlin sabia por ter falado com membros da alcatéia que eles somente possuíam vagas lembranças de seus momentos como lobo. A paixão e energia do animal permaneciam, mas os detalhes eram nebulosos. — Não há uma forma de deter a mudança? Ou atrasá-la? Luc negou com a cabeça. — Não, a lua o controla. — Suspirou. — E isso quer dizer que, com a saída da lua amanhã à noite, serei um lobo completo. Seus caminhos se cruzaram no meio da suíte. Ela olhou-o, notando outra vez sua beleza puramente masculina. O longo cabelo negro flutuando até os ombros, os fascinantes ângulos e sombras das maçãs do rosto e seu firme queixo, mas eram seus olhos os que a chamavam. Olhos preocupados e que a olhavam procurando respostas. — Chame Fallon, — sugeriu Caitlin. — Desde que se converteu no Alfa, ele parece ter respostas para tudo. Luc sorriu desagradavelmente e concordou. — Parece ter fragmentos de ocultos conhecimentos que não considera apropriado compartilhar com o resto de nós até o preciso momento em que os necessitamos. — Luc pegou o celular e marcou a linha direta com o líder da alcatéia de lobos. Não querendo ouvir as escondidas a conversa, mas sabendo que podiam precisar dela, Caitlin se afastou um pouco enquanto Luc realizava as cerimoniosas saudações dos lobos. Depois, Luc lhe informou da situação. — Então, há algo que possa deter uma mudança provocada Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 5 pela lua cheia? — Ele esperou. A confusão o fez semicerrar os olhos. Olhou-a. — Hum, não acredito que vá funcionar, — disse ele, baixando a voz. — Estou com Caitlin. Não estou seguro de que ela esteja preparada para isso. Caitlin se endireitou, jogando seus ombros para trás e erguendo em toda sua estatura. Embora ela não fosse uma mulher lobo, a Alcatéia se convertera em sua família além de seu patrão. Faria o que fosse necessário para defender À alcatéia. — Fallon quer falar contigo. — Luc lhe ofereceu o telefone e rapidamente se retirou. Qual era essa misteriosa atividade? Ele precisava se alimentar de seu sangue? Isso soava parecido a uma cura de vampiros e dado que vampiros e homens lobo eram inimigos mortais há séculos, duvidava que fosse isso. — Honra para sua casa. Saúde e felicidade para seus cachorrinhos, Alfa. - Disse Caitlin. Luc se apoiou contra a parede e olhou Caitlin. Ele sempre pensara que ela era linda mas nunca se permitiu olhar para ela de uma forma sexual. Cravando agora seus olhos nela, podia ver seu exuberante corpo. Seios firmes e plenos, um traseiro com suficientes curvas para encher suas mãos. Ele ignorou o aviso de seu sexo e ouviu a conversa de Caitlin. Enquanto falava, ela continuava andando por todo o quarto. A solução do Alfa era incomum e arriscada. E requeria completa colaboração da parte de Caitlin. Luc podia ouvir o ruído surdo da voz de Fallon através do telefone. E soube o preciso momento em que ele explicou o que era necessário. Foi o momento em que as faces de Caitlin ficaram vermelhas. Ela elevou um dedo e começou morder a unha. Era um hábito que tinha quando estava pensando ou nervosa. — Sim, entendo. — Ela afirmou com a cabeça e deu meia volta. — Sim, obrigado, Alfa. — Ela fechou de repente o telefone mas permaneceu de costas a ele. — Ele explicou o que teria que fazer? Caitlin assentiu com a cabeça e lentamente se voltou para ele. — Tenho que manter o quarto frio,alimentar você com os cortes de carne mais cruas que possam nos proporcionar e... — Seu rosto voltou a avermelhar. — E fazer sexo com você quando quiser e Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 6 como quiser. * * * * * Caitlin passeou perto da beirada da cama, enrugando o luxuoso tapete. Parou ao lado da janela e olhou para fora. O claro dia de inverno se desvaneceu numa noite brilhantemente iluminada, com as luzes da cidade e das estrelas refletindo na neve recente. Era uma cena cheia de paz e não fazia nada para aliviar seus esgotados nervos. Ela concordara em fazê-lo. Tinha concordado em se oferecer a Luc e seu lobo, para o sexo. Segundo Luc, o influxo da lua começaria nas vinte e quatro horas anteriores à saída da lua cheia. Isso queria dizer que, em algum momento dessa noite, ele a chamaria. Poderia ser? Poderia de verdade fazer sexo com seu chefe? Seu amigo? O homem que amava. Seu coração soltou no peito, com esse pensamento. Ela era capaz de esconder suas emoções a maior parte do tempo, mas o que ia fazer agora? Estivera apaixonada por Luc durante quase três anos mas nunca tinha permitido que isso a afetasse, a seu trabalho ou sua relação com ele. Não era bom amar Luc. Não ganharia nada. No começo, quando tinha se unido a princípio com a Alcatéia, tinha aprendido que, embora alguns membros da alcatéia escolhessem companheiros humanos, estas uniões raramente produziam filhos. Como macho dominante, o dever de Luc com a Alcatéia requeria que se unisse com uma mulher lobo dominante e produzisse filhos fortes. Seu Alfa já havia escolhido a companheira de Luc. Desta forma Caitlin tinha aprendido a esconder seus sentimentos e manter a distância. Mas esta noite iriam estar tão juntos como podiam ficar duas pessoas. A dor em seu estômago se deslocou mais abaixo. Entre suas pernas. Antes de se retirar para seu quarto, Caitlin tinha perguntado, na tentativa de parecer prática e indiferente, pelo controle de natalidade. Dado que não tinha pensado em ter relações sexuais nesta viagem, não havia trazido camisinhas e não tomava a pílula desde que tinha mandado embora de casa seu último noivo. Luc tinha lhe assegurado que somente um verdadeiro emparelhamento entre uma humana e um homem lobo podia produzir um filho. Os verdadeiros Companheiros eram estranhos porque o lobo tinha que aceitar Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 7 completamente o humano. Os medos animais instintivos aos humanos o faziam improvável. Caitlin suspirou e continuou passeando. O controle de natalidade estava agora no final de sua lista de preocupações. Era bem mais provável um coração quebrado. A única coisa que lhe tinha ajudado a suprimir seus sentimentos por Luc era o tratamento platônico que lhe dava. Mas vê-lo olhando-a com luxúria e desejo... Somente o pensamento fazia com que os joelhos se dobrassem. O que aconteceria depois de que eles tivessem relações sexuais? Não sabia se seria capaz de partir tendo conhecido a experiência de lhe amar... Ou só serviria para reforçar a conexão que sentia com ele. Apesar de seus medos, Caitlin não podia evitar a ansiedade pela antecipação. Durante todo um dia, vinte e quatro horas, o teria, ele lhe pertenceria. E quando a lua começasse o quarto minguante e o lobo fosse contido novamente, ela teria suas lembranças. Então ela iria embora. Caitlin planejava solicitar uma transferência logo que a cerimônia de união do Luc se realizasse. Sabia que nunca poderia tê-lo, mas não era uma masoquista. Vê-lo todos os dias com a alta e elegante mulher-lobo que lhe tinham escolhido para companheira era muito doloroso para resistir. Não poderia ir. Uma vez que um humano entrava na alcatéia, ficaria, empregado em qualquer posição que o Alfa considerasse apropriada. Fallon a entenderia e lhe encontraria um novo lugar. Ela somente teria que resistir a noite, deixar que seu corpo desfrutasse de tudo, mas manter seu coração separado. Ah, sim. Caitlin deu uma palmada e respirou fortemente. Era mais de meia-noite e não sabia nada de Luc. A carne crua que ele tinha comido a deixara intranqüila, mas tinha gostado. Havia mais carne totalmente crua na pequena geladeira do hotel. Se o que Fallon havia dito era certo, o lobo necessitaria algo mais que carne. Ela abriu a porta e entrou na principal suíte. Tinham concordado em que ela teria o dormitório privado e Luc dormiria na cama da sala comum. Ela sabia que ele lhe tinha dado o dormitório de forma que tivesse um lugar para onde escapar se o lobo saísse do controle. Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 8 Quando ela entrou no dormitório, ele estava sentado, olhando fixamente para a televisão. Ele parecia calmo mas havia uma energia a seu redor que a advertiu de que ele estava lutando contra seus demônios interiores, que tratavam de tomar o controle de seu corpo. — Luc, como está? Ele não se sobressaltou quando ela falou, mas tampouco o tinha esperado. Com seus sentidos agudos, ele soubera o momento em que ela entrava no quarto, sem importar quão silenciosa fosse. — Estou bem, — disse ele sem voltar. — Está seguro? Disse que começaria em algum momento de esta noite e... — Estou bem, Caitlin. Deve ir para a cama. Chamarei se precisar. Sua voz era calma. Não havia nenhum sinal de tensão em seu corpo forte. Então viu o movimento da mão dele. Era lento e sutil enquanto cravava suas unhas no sofá de couro. Seus nódulos estavam brancos e ela viu quatro gotas diminutas que seguiam o caminho dos dedos. — Luc... — Sério, estou bem. — Desta vez ele se voltou e a olhou. Até sorriu. — Vá para a cama. Não sabendo mais o que fazer, ela assentiu e saiu do quarto. Um grunhido débil surgiu do sofá quando fechou a porta atrás dela. Não podia deixá-lo assim. O Alfa a avisara que não podia permitir que a fera tomasse o controle. Que uma vez que o animal ganhasse força, seria difícil fazê-lo retroceder. E parecia que já estava pegando firmemente Luc. Caitlin olhou fixamente para a porta durante um longo tempo antes de encontrar a resposta que precisava. Luc estava tentando lutar sozinho. Ela teria que lhe permitir o que ele duvidava em tomar. Usando a energia gerada pelos nervos, moveu-se rapidamente, tirando as roupas e colocando-as na cama. Parecia que tinha uma faixa invisível rodeando seu seio, tornando impossível que respirasse de forma profunda e calma. Seus dedos estremeceram enquanto retocava o cabelo e colocava uma nova camada de rimel. Luc provavelmente não notaria, mas esta era sua única vez com ele. Iria brilhar o mais que pudesse. Por sorte tinha uma lâmina de barbear Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 9 em sua bolsa de viagem. Uma coisa era Luc se tornar peludo. Ela não faria o mesmo. Ela terminou e ficou de pé diante do espelho do hotel. A tênue luz deu a sua pele um tom quente e dourado e fez que seu cabelo castanho avermelhado parecesse quase mogno. Seus mamilos estavam eretos e firmes. Preparados para a boca de Luc. Ela permitiu que a urgência abertamente sexual deslizasse através de seu corpo, deixando surgir todos os desejos por Luc que tinha suprimido. A umidade fluiu dentro de sua vagina e seus quadris se arquearam brandamente com um ritmo inconscientemente sensual. Antes que perdesse a coragem que tinha conseguido reunir, abriu a porta e deu um passo para fora, pronta para seduzir um lobo. Capítulo II Luc se enrijeceu quando a porta se abriu pela segunda vez. Ele a ouvira se mover no outro quarto e esperava que ela estivesse se preparando para ir para a cama. E colocado o ferrolho em sua porta. Ela tinha que permanecer afastada. Estava controlando a fera, mas com muita dificuldade. Sua presença não ajudava. Seuaroma estava deixando-o louco. Embora ela tenha ficado envergonhada e ligeiramente temerosa quando o Alfa lhe explicara o que se requeria, Luc também tinha detectado o débil perfume da excitação. Esse delicioso aroma havia aumentado durante a tarde. E o tinha feito reagir do mesmo modo. Ele sempre mantera escrupulosamente a distâncias de Caitlin. Ela era uma mulher doce e era a melhor assistente que tinha tido alguma maldita vez. Não havia jeito de estragar isso por uma breve confusão amorosa. Caitlin não era o tipo de mulher que dormia um dia com um tipo e trabalhava no dia seguinte com ele como se nada tivesse acontecido. Mas ela estava entregue a Alcatéia e faria tudo para proteger seus membros. Inclusive se envolver com um. Teria que afastá-la. Talvez houvesse outra mulher no hotel que ele pudesse usar para seus propósitos. Compensaria-a bem. Tinha que Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 10 haver alguém mais. Caitlin era especial. Ela era tanto sua amiga como sua empregada. Se ele a tocasse, mesmo sob a influência do lobo, sabia que isso alteraria sua relação para sempre. Ele se voltou em sua cadeira, preparado para lhe ordenar que se voltasse para seu quarto. — Na verdade, Caitlin, eu… Sua garganta se obstruiu, como se alguém lhe tivesse dado um murro no pescoço. Ela estava nua. Completamente exposta, diante dele. A ligeira insegurança em seus olhos deu um toque em seu coração humano e enfureceu o lobo em seu interior. Ela não se dava conta do quanto era bela? Incapaz de deter-se, ele respirou fundo, alojando seu aroma único dentro de seu corpo e mantendo-o como se fosse um presente destinado somente a ele. Seu estômago grunhiu, mas o som não era de fome física. Lambeu os lábios, antecipando seu sabor enquanto seus olhos desciam para seus curvilíneos quadris e o triangulo de pêlos vermelhos entre suas coxas. Novamente o medo e a excitação se misturaram num aroma intoxicante. O lobo dentro dele gritou, apressando-o. A fera queria Caitlin. E Luc se encontrou perguntando por que estava lutando contra o desejo de tomá-la. — Não posso fazer isso. Não contigo. — Ele disse com voz áspera, fazendo uma última tentativa de nobreza, de humanidade. Seu lábio inferior tremeu e a insegurança apareceu em seus olhos. Ela cobriu seus seios com um braço e colocou a outra mão embaixo, cobrindo seu púbis. — Sinto muito, pensei... — Não volte a se cobrir diante de mim. A rude ordem veio de um lugar instintivo em seu interior que realmente não entendeu. Caitlin saltou e deu um pequeno passo para se afastar. O humano dentro dele se sobressaltou, sabendo que a tinha assustado. O lobo em seu interior se escondeu, preparado para caçá-la se ela corresse. De alguma forma o lobo sabia que ela era seu prêmio essa noite. — Não se mova, — ordenou Luc. — Agora tenho controle sobre ele, mas se tentar correr, ele te perseguirá. Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 11 As palavras dele pareceram renovar a confiança que ela tinha quando entrou no quarto. Lentamente, baixou seus braços e deu um passo para diante. — Não vou correr. Ele moveu sua cabeça. O dilema estava decidido. Se ela se movesse, o lobo saltaria para o ataque. Se não se movia, não seria capaz de resistir a ela. — Entende o que está me acontecendo? Ela assentiu com a cabeça. — Sei o que estou fazendo, o que vamos fazer. Sua declaração aliviou algumas de suas preocupações. Ela estava ali, se não por desejo próprio, ao menos entendendo o que ia acontecer. Esperava nua diante dele e não havia outra opção exceto permitir a liberação do lobo. Não permitiria que se negasse a ele. Resignado, Luc jurou ir lentamente, controlar o lobo ao máximo. Caitlin tinha que estar aterrorizada. Que mulher humana não estaria? Mas ela estava também excitada. Podia cheirá-la. A umidade fluía ardente entre suas pernas. Estava ansioso para senti-la em sua língua. — Vá para a cama. — O som baixo, quase animal, de sua voz o avisou que estava no limite de seu controle. Apertou os punhos e lutou para conter a fera. Caitlin pensou por um momento, suficientemente longo para que ele pensasse que tinha mudado de opinião, antes de caminhar para a enorme cama que havia na suíte. Seu traseiro suave e curvado, arqueava enquanto ela se movia. Luc a seguiu. Suas mãos queimaram na vontade de pegar esse delicioso traseiro, apertá-lo enquanto introduzia seu pênis em seu sexo ou acariciava com sua língua, dentro de seu sexo. O aroma atraente de seu sexo o chamava. Sua língua virtualmente escapou de sua boca quando ela subiu pouco a pouco na cama e virou-se sobre as costas. Sem que ele pedisse, separou as pernas. A vista de seu sexo aberto enviou ferroadas de dor e necessidade a seu membro. Tinha que tê-la. Tratou de conter seus movimentos, não querendo assustá-la mais, mas o lobo estava capturando sua garganta e seus genitais, gritando por se liberar. Se Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 12 estivesse em casa ou com a Alcatéia, teria liberado o lobo e teria se deleitado com a forma do animal. Mas aqui, agora, tinha que conter lobo. Dê ao lobo o que quer, esse havia sido o conselho do Alfa. O que o lobo queria agora era Caitlin. Luc esticou a mão e deixou seus dedos vagarem sobre a carne suave e doce entre suas coxas. Mantendo seus olhos fixos nos dela, acariciou-a dos joelhos até a vulva. Sua respiração ficou difícil quando ele passou perto de seu sexo. Ele queria falar, tranqüilizá-la com palavras eróticas, sedutoras, mas o lobo arranhava sua alma, desesperado pelo sabor dela. Freando o lobo, colocou suas mãos ao redor de seus quadris e a arrastou para diante, colocando-a à beira da cama, ficando de joelhos. Ele olhou para cima. Caitlin o olhou com olhos abertos e inocentes. Um uivo surgia do fundo de sua garganta enquanto lutava contra o impulso de lançar sobre ela como uma fera voraz. A deliciosa excitação de sua vagina chegou-lhe às narinas, até que pensou em ficar louco pela necessidade de tomá-la. Não podia opor- se. Deslocou-se para frente e colocou sua boca sobre seu sexo úmido e ardente. Uma sacudida de reconhecimento eletrificou seu corpo. Ele retrocedeu. Havia algo diferente nela, mas não podia parar para analisar. Necessitava-a muito. Ele abriu os lábios e a beijou amavelmente, tamborilando-a com sua língua, capturando mais de seu sabor. O sabor ardente explodiu em sua boca. Delicioso. Forte. - Luc, por favor. Sua súplica ofegante animou-o. O lobo uivou sua vitória e o som avivou Luc, precisando conquistar e consumir. Precisando alimentar o lobo. Lentamente delineou com sua língua a carne úmida e quente dela. Ela tremeu. O lobo que havia nele sorriu. Luc se virou para trás e tratou de recuperar o controle. Seu pênis se apertava duro contra a braguilha, ansiando pela liberação. O desejo de possuí-la, de controlá- la, rasgou-o. Apertou seus dentes fortemente para evitar grunhir sua posse. O ar estava denso com o perfume do sexo dela. Ele não entendia essa vigorosa necessidade, simplesmente sabia que a necessitava. Acariciou sua vulva com sua língua, recolhendo seu sabor. A sensação foi como ter um orgasmo. Tinha que ter mais. E Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 13 mais dela. Caitlin fechou seus olhos quando suas delicadas carícias revoaram sobre seu sexo. Isto não era o que ela tinha esperado. O tinha imaginado saltando sobre ela, tomando-a com dureza, mas nunca esta lenta exploração oral. — Luc, eu… por favor… — Ela não sabia o que estava suplicando, só o que ele podia proporcionar-lhe O ligeiro tamborilar de sua língua invadiu sua vagina com fogo e necessidade. Ela apertou os lábios, tratando de reter um grito, tratando de manterparte dela separada, sabendo que com cada toque ele se introduzia mais profundamente em seu coração. Mas a exótica carícia de sua língua tornava impossível resistir. Embora soubesse que o lamentaria mais tarde, deixou seus dedos introduzirem-se em seu cabelo, tocar as suaves mechas, acariciá-la como tinha sonhado fazer tantas vezes. — Por favor, Luc, mais. Ele continuou sua terna aproximação em seu sexo. Os toques tão suaves, tão delicados, que ela pensou estar sonhando. O deslocamento comprido e lento de sua língua, subindo por sua fenda até que parou a um suspiro de seu clitóris. Ela esperou, tensa, tentando estar preparada. Mas em lugar de mover-se para diante, dirigiu-se para baixo, prosseguindo com suas carícias maliciosas. Ele afundou sua língua entre suas dobras, saboreando cada milímetro de carne, empurrando-a dentro de seu sexo. Da sua vagina verteu mais líquido, mas ela não podia sentir vergonha. Havia só prazer. Ele gemeu enquanto a saboreava. Seu óbvio deleite permitiu a ela relaxar e deleitar-se nas selvagens sensações. Ela separou suas pernas e se deslizou mais para baixo, abrindo ainda mais. Luc elevou sua cabeça e a olhou. A fome em seus olhos a sobressaltou. O ouro brilhou intensamente ao redor de suas pupilas. Luc lambeu seus lábios, assemelhando-se muito um lobo antecipando sua presa. Sua boca se torceu em um meio sorriso que enviou calafrios por todo o corpo dela. Ela não estava assustada. Mas esse sorriso lhe avisou que ele estava no comando. Ele baixo de novo a cabeça entre suas coxas dobradas e começou de novo com seu lento banquete. Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 14 Os pensamentos voavam em sua cabeça. Nada estava quieto. O calor fluía da boca dele ao corpo dela em deliciosas ondas. Ela moveu seus quadris, suplicando silenciosamente por mais. Finalmente, ele redemoinhou sua língua sobre seus clitóris para apaziguá-la. Deixou-a se desesperada por um toque mais forte. — Luc! — Sua súplica se transformou em ordem mas Luc não deixou que o apressassem. As carícias longas e lentas continuaram mescladas com ligeiras imersões de sua língua dentro de seu sexo e mais lambidas rápidas ao redor de seus clitóris. Caitlin conteve a respiração, esperando o seguinte toque. Ela se contorceu, sabendo que se tão somente pudesse mover, encontrar o seguinte toque, então alcançaria o orgasmo. As mãos dele a retiveram. Separou mais suas coxas, abrindo-a mais, cravando sua língua em sua úmida vagina. Caitlin lutou contra sua sujeição, mas ele era muito forte. — Por favor, Luc. Preciso mais. — Choramingou ela enquanto a pressão crescia. — Preciso do orgasmo. — O pranto pareceu lhe alcançar. Voltou para seus clitóris, apanhando-o brandamente entre seus lábios. Caitlin amarfanhou os lençóis enquanto ele passava a língua por seu broto sensitivo. Seu corpo se congelou por um segundo antes que a sensação explodisse. Luzes trêmulas e brilhantes surgiram desde seu núcleo, correndo velozmente para suas extremidades. Ofegando, ela ficou com o olhar fixo no teto, tentando capturar os restos de prudência que ficavam. Como tinha feito ele isso? Ela tinha tido orgasmos antes, mas nada como isso. Sentia seu corpo usado e eletrizado. Como se solo ele tivesse o poder de lhe dar agradar. Ela perdeu a consciência de quanto tempo ficou ali, só sabia que Luc continuava lambendo-a, lhe dando toquezinhos reconfortantes com sua língua. Quando o coração dela começou a se acalmar ele se levantou. Ele ficou de pé ao lado da cama, olhando fixamente suas pernas estendidas. A luz selvagem do lobo enfeitiçou seus olhos. A umidade de seu sexo permanecia ao redor de sua boca. Ele chupou os lábios e a olhou fixamente nos olhos. — Seu sabor é delicioso. — Colocou a mão sobre o sexo dela, Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 15 introduzindo um dedo em seu canal. — Terei mais. — A promessa enviou um fogo renovado em seu sexo. — Mais tarde. Agora, preciso entrar dentro de você. — Empurrou um segundo dedo dentro dela. — Posso? A pergunta a sobressaltou durante um segundo. Ela estava estendida na cama, com as pernas abertas e ele pedia permissão para tomá-la? Ele não se moveu, só esperou sua resposta. Finalmente, Caitlin assentiu com a cabeça. Ele deu um passo atrás e se despiu com uma impaciência que era lhe atemorizante. Quando ele tirou as calças, sua vara brotou livre e ela teve sua primeira visão de seu pênis completamente ereto. Oh meu Deus, como vai caber tudo isso dentro de mim? — Se mova para cima, neném — disse ele assinalando com seu queixo a cabeceira da cama. — Tenho a intenção de tomar duro e durante muito tempo, e não quero me arriscar a cair da cama. Caitlin assentiu com a cabeça e engatinhou para trás até que esteve no meio do colchão. Seus olhos nunca abandonaram seu pênis. O comprido eixo sobressaía orgulhosamente do ninho de pêlo negro. Parecia delicioso. Gerando temor. Ele engatinhou sobre a cama e se deitou ao lado dela, perto mas não tocando-a. Ela apartou seu olhar do membro dele e ele olhou-a com os olhos dilatados enquanto acolhia seu peito nas mãos e massageava o mamilo com o polegar. — Quero chupar seus preciosos seios, — sua mão descendeu por seu estômago até a parte superior de seu montículo —, passar horas com minha mão sobre sua pele, mas agora preciso estar dentro de ti. Abra suas pernas para mim, neném. — Ele continuou seu caminho descendente, deslizando seus dedos através de sua carne úmida. — Está tão molhada para mim. Tenho que ter você. Ele deu a volta e se moveu para cima até que esteve sobre ela. Apoiando uma mão nos joelhos, guiou seu pênis à entrada dela e com um impulso lento, deliberado, começou a entrar dentro dela de maneira calma. Caitlin se esticou quando as primeiras polegadas grossas a penetraram. — Chist, chist, — murmurou ele. Ela não se deu conta de que tivesse feito nenhum som. Ele colocou um beijo tranqüilizador sobre sua boca. Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 16 — Tomará. Me sustentará como nenhuma outra. — um pouco mais de seu pênis entrou dentro dela. — Está úmida, ardente e deliciosa. Ela olhou fixamente para baixo, observando o escuro eixo deslizar mais profundamente dentro de seu corpo. O calor era incrível, esquentando-a de dentro para fora. Ele não parou, só seguiu empurrando firmemente até que ela pensou que exploraria. — Todo este fogo para mim. Só para mim. — Sim — gemeu ela. — Só para você. Sussurrou palavras ardentes, selvagens contra seus lábios enquanto introduzia seu pênis dentro dela. Caitlin tentou reter cada sensação, querendo manter as lembranças, mas seus sentidos estavam sobrecarregados. Cada parte de seu corpo se sentia viva, tocada por ele. Ele introduziu as últimas polegadas, duro e rápido. Caitlin gemeu e se agarrou a seus ombros, lhe usando para estabilizar seu mundo. Ela inspirou profundamente e escutou seu corpo. Ele estava ajustado dentro dela, dilatando-a da maneira mais deliciosa. Ele afastou seus cachos emaranhados de sua cara, olhando-a fixamente nos olhos enquanto seu corpo a sujeitava, como havia dito. O calor em seu olhar fez que seus nervos se agitassem com um formigamento. Estava pronta para mais, pronta para lhe sentir bombando dentro dela. Ela envolveu seu pescoço com suas mãos e atirou dele para baixo, abrindo sua boca para ele, aceitando sua língua. Então, enquanto se beijavam, ele retrocedeu, saindo quase completamente dela antes de afundar de novo em seu interior. O ritmo era lento mas ela nunca diria controlado. O olhar em seus olhos lhe dizia que logo poderia conter a fera. A grossa cabeça de seu pênis massageava no mais fundo dela, até pensou que a deixaria louca. A constante pressão incrementava sua energia,tentando-a com uma liberação que estava um passo fora de seu alcance. — Isso, neném, — seu sussurro, sua voz baixa e rouca. Ele gemeu contra seu pescoço enquanto se introduzia dentro dela. — Deus, é tão bom. Sua gruta foi feita para mim. Suas palavras encheram sua mente, lhe fazendo impossível Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 17 pensar. O instinto tomou o controle. Necessitava mais dele. Cravou os pés no colchão e se ergueu enquanto ele empurrava para baixo, chegando satisfatoriamente profundo. Agarrou seus quadris com suas mãos, mantendo-a presa nele, mantendo-se em seu interior. — Ainda não. Quero que desfrute um pouco mais. — Saiu e voltou a empurrar uma vez mais. O prazer se mostrou em sua cara. — Quero permanecer dentro de você. — Luc, por favor. — Ela lutou contra ele. — Por favor, preciso chegar. — Ele se inclinou e chupou sua garganta. O calafrio que percorreu seu corpo a empurrou à beira do abismo. — Maldito seja, Luc. Ame-me. Um arrogante sorriso se formou de novo em seus lábios. Caitlin estava muito excitada para o ter em conta. Necessitava movimento e o necessitava já. Agarrou a cara dele entre suas mãos e levantou sua cabeça até que ele a olhou diretamente nos olhos. — Tome, — exigiu ela. — Agora. Os dourados olhos de lobo brilharam. Luc uivou como se lutasse com uma força invisível. Lentamente retrocedeu. Justo quando ela pensava que a deixaria empurrou de novo, forte e profundamente. — Sim, — gemeu Caitlin. — Assim. — Ele introduziu seu pênis dentro dela, enchendo seu sexo com compridos e famintos golpes. Caitlin fechou os olhos e empurrou com seus quadris, saindo ao encontro de seus movimentos descendentes. Sim, isto era exatamente o que necessitava. Investidas duras, profundas, dentro de sua vagina, a forte penetração massageando seus clitóris com cada impulso. O prazer que tinha permanecido fora de seu alcance se converteu em uma meta desesperada. Cravou seus dedos nas costas dele, lhe apressando para que fosse mais rápido e mais profundo. O doce agarrotamento em seu sexo cresceu cada vez que ele entrava dentro dela até que não pode conter-se. — Luc! Seu nome brotou de seus lábios quando a tensão aguda e brilhante a partiu em dois e a pos a voar. Por um breve momento, o mundo entrou em erupção com a claridade do cristal, tudo parecia mais brilhante e preciso, e em um momento se foi e tudo o que ficava Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 18 era a droga nebulosa do prazer. Ela se curvou para trás na cama, abrindo mais as pernas para lhe sujeitar mais profundo. Luc continuou seu furioso ritmo, golpeando seus corpos. Os ardentes impulsos de seu pênis arrastaram cada rastro de calor de seu sexo. Outro orgasmo diminuto a golpeou, comovendo seu já débil organismo. Com um gemido, Luc se introduziu nela uma última vez. A cálida liberação de seu orgasmo fluiu em ardentes jorros dentro de seu sexo. Caitlin subiu seus joelhos, se pressionando contra suas costelas, prendendo-o mais profundo em seu interior. * * * * * Caitlin se desenroscou do sonolento abraço de Luc quando o sol se filtrava através das cortinas debilitado pela névoa pesada e gelada que abraçava a cidade. Estremeceu, imaginando o frio que fazia além de seu santuário. Luc resmungou um protesto incoerente quando ela se apartou, mas a deixou ir. As pontadas de dor dos músculos que acabava de forçar lhe fizeram mover lentamente, deslizando fora do alto colchão e colocando seus pés cautelosamente sobre o chão. Suas pernas tremeram quando ela empurrou para levantar. Seu corpo, cansado e bem amado, impelia-a a permanecer na cama mas precisava estar um momento a sós. Necessitava um momento afastada de Luc para assimilar a entristecedora realidade do que tinha ocorrido. A noite tinha passado em uma bruma de sensualidade. Quando não tinha estado tomando-a ativamente, tinha acariciado sua pele e sussurrado ardentes palavras de amor em seu ouvido. Inclusive agora, podia ouvir sua voz lhe dizendo quão bela era, quão sexy, quão duro a tomava. Havia duas dores dentro de seu corpo, diferentes mas igualmente poderosos. Uma em seu sexo, ansioso das deliciosas sensações que só Luc parecia capaz de criar. O segundo em seu coração, uma dor que sabia que seguiria quando ele se afastasse. A lógica lhe dizia que não era Luc o que lhe estava fazendo amor, que o desejo emanava das necessidades do lobo, mas isso não detinha seu coração de entesourar a experiência, de se agarrar a ele dentro de seu corpo. Forçou-se a si mesma a se afastar. O sussurro da pele nos lençóis lhe alertou de que ele estava acordando. Embora tivesse Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 19 passado a noite nua, lhe aceitando em seu corpo, uma súbita onda de acanhamento flutuou sobre ela. Inclinou-SE e recolheu a camisa que Luc tinha arrojado. Isso serviria até que pudesse conseguir uma camisola. Envolveu a camisa ao redor dos ombros e começou a abotoá-la quando um fragor procedente da cama a fez parar. O grunhido baixo, animal, não era humano. Embora sabendo que Luc nunca lhe faria mal, uma onda de temor regou seu corpo. Lentamente, sabendo que o lobo reagiria aos movimentos repentinos, girou. Luc a vigiava com os olhos acesos e os lábios firmemente apertados. — Luc? — Não se cubra nunca quando estiver perto de mim, — disse ele em um tom baixo, quase ameaçador. — tire isso. Ele deu a volta e começou a engatinhar sobre a cama. Como se a espreitasse, preparado para saltar ao ataque. Engoliu em seco profundamente e se recordou que este era Luc, seu amigo e agora seu amante. Com dedos trementes, apartou o tecido de seus ombros e deixou cair ao chão. Luc parou à beira da cama. Um sorriso amplo se formou em seus lábios como se encontrasse satisfação em que ela obedecesse. — Eu sozinha ia limpar-me, — disse ela, sentindo a semente dele escorrer por seu corpo. — Mais tarde. Volta para a cama. — apoiou-se sobre seus calcanhares expondo seu pênis duro aos olhos dela. — Tenho necessidade de ti. Vendo essa vara maciça levantar para ela, Caitlin sentiu a resposta em seu sexo. E uma fome diferente. Lambeu os lábios e olhou-o fixamente por um momento. — Poderia… chupar - ofereceu ela com uma voz duvidosa. Enquanto fazia a oferta descobriu que realmente queria fazê-lo. Queria esse pênis grosso em sua boca. Dar-lhe o mesmo prazer que ele lhe tinha dado. Uma voz feminina longamente reprimida lhe disse que ela poderia nublar a mente dele com tantas sensações que só poderia pensar nela. — E o fará, neném, mas primeiro quero seu delicioso broto outra vez. Passou muito tempo desde que estive em você. — Ele estendeu sua mão. Caitlin pôs seus dedos na palma e lhe permitiu que Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 20 atirasse dela. — Sinto-me tão bem quando estou sepultado dentro de você. As suaves palavras a seduziram de volta para cama. Com a guia de suas mãos, rodou sobre suas costas e separou-lhe as pernas. Não houve preliminares, mas seu corpo não necessitava. Pressionou seu pênis contra sua abertura e ela esteve molhada e pronta para recebê-lo. Ela gemeu enquanto sua grossa vara deslizava dentro de seu corpo. Estaria dolorida quando tudo isto terminasse, mas no momento queria tudo o que ele pudesse lhe dar. — Isso é carinho. Deixe-me tê-la outra vez. — Sim. — Preocupada que suas emoções se mostrassem com muita facilidade, fechou os olhos enquanto ele enterrava profundamente o pênis em sua vagina. Luc olhou para a incrível mulher embaixo ele. Desejava que abrisse os olhos para que pudesse ver o avelã brilhar quando ela descobrisse sua paixão. Parte de sua alma queria, necessitava, empurrar forte, socar o corpo dela e reclamá-lo como dele. Luc escutoua voz mais tranqüila no interior de seu cérebro que lhe sussurrava que estar dentro dela era suficiente no momento. Depositou beijos macios, quentes, em seu pescoço e garganta, acariciou seu cabelo. Seduzir em vez de tomar. — Tão sexy, — murmurou ele contra sua pele, as palavras de amor brotando de sua língua sem cessar. Era como se tudo o que alguma vez houvesse dito a uma mulher fosse prática para Caitlin. Algo apareceu em sua consciência, lhe dizendo que essa selvagem compulsão de tomá-la, amá-la, não era normal. Tinha que ser o lobo e sua necessidade. Certamente qualquer mulher produziria a mesma reação. Mas enquanto olhava Caitlin a seu lado, uma tranqüila voz em sua cabeça lhe advertia de que ela era diferente. Especial. Ela arqueou seu pescoço, pedindo silenciosamente mais e Luc sentiu-a e seu pênis endurecer ainda mais. Ela não entendia quão vulnerável era nessa posição. O lobo dentro dele grunhiu ante a postura submissa. Não pôde resistir. Agachou-se e mordiscou a pele dela, sabendo que deixaria uma débil marca. O delicioso gosto lhe Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 21 recordou o sabor de seu sexo. Deslizou sua língua sobre a marca, suavizando a diminuta ferida. Sua vagina se endureceu ao redor do pênis como se também sentisse o pausado golpe de sua língua. Lentamente começou A mover-se dentro dela. O comprido e pesado deslizamento de seu pênis enchendo-a uma e outra vez impeliu a ir mais forte e mais profundo. Mas ele se conteve, querendo seus suspiros tanto como seus gritos. Continuou a lenta e profunda penetração, adorando cada centímetro de sua vagina com a verga. Perdeu a noção do tempo, sabendo unicamente que o sol estava saindo e que Caitlin estava debaixo dele. Seus delicados gemidos e as suaves contrações em torno de sua verga lhe avisaram que ela estava chegando. Observou o movimento através de todo seu corpo, finalizando com o calor que chegou seus surpreendidos olhos verdes.O silencioso clímax disparou o seu e ele jogo a cabeça para trás e gemeu. Longos instantes mais tarde, desabou sobre a cama, esmagando-a contra o colchão. O quarto estava silenciosa a seu redor. Ele jazia sobre ela, seu pênis semi-ereto e ainda encravado dentro de seu sexo. O lobo lhe empurrava a tomá-la de novo, mas Luc rechaçou os obrigações do animal. Esticou, preparando-se para lutar pelo controle do corpo que compartilhavam. Surpreendentemente, o lobo retrocedeu. Como se estivesse contente agora que tinham tido Caitlin. Luc soube que agora tinha que aproveitar da situação. Embora o sol tivesse saído, o lobo ainda sentiria a chamada da lua até que saísse de novo essa noite. Isso significava doze horas mais. Caitlin precisaria descansar. Um suave ronco atraiu sua atenção. Sorriu. O triunfo masculino encheu seu peito enquanto a olhava dormir. Tinha-a deixado exausta. Ele deslizou fora dela e pela cama, seu pênis endurecendo enquanto olhava suas pernas lassas e sua semente gotejando até o colchão. Uma estranha possesividade que nunca tinha sentido com nenhuma outra mulher lhe retorceu as entranhas. Queria-a, de novo. Saiu da cama, percorrendo o quarto silenciosamente, para não incomodar Caitlin. Precisava dormir. Cada volta que dava pelo quarto o aproximava mais da cama. Como uma Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 22 dor física precisava estar perto dela, tocá-la. Os músculos de seu pescoço se endureceram e rodou sua cabeça e ombros para tentar aliviar a tensão. Tinha batalhado com os desejos do lobo antes, mas nunca tinha sido como isto. Finalmente, incapaz de lutar por mais tempo, Luc engatinhou de volta para a cama e atraiu Caitlin para seus braços. Ela grunhiu brandamente mas apertou-se contra ele, colocando sua cabeça em seu peito. Seus cachos revoltosos fizeram cócegas seu nariz mas adorou a sensação. Fechou seus olhos e desfrutou do delicioso aroma de seu cabelo. O lobo suspirou de prazer. Não havia forma em que pudesse dormir, havia muita energia fluindo por seu corpo, mas lhe daria tanto tempo quanto pudesse antes que o lobo demandasse mais desta mulher. Capítulo 3 A ligeira batida na porta tirou Caitlin do aturdido estupor em que se encontrava. Cambaleou fora da cama e cruzou o quarto. Doía- lhe todo o corpo mas tinha a satisfação de saber que tinha tido êxito. A saída da lua tinha começado e com ela o lobo iniciaria sua lenta retirada. Caitlin tinha poucas lembranças claras das passadas vinte e quatro horas, sua mente, corpo e espírito tinham sido consumidos por Luc e por sua necessidade de fazer retroceder o lobo. Conforme se tinha ido aproximando a saída da lua, sua forma de fazer amor se tornara mais feroz, pedindo mais, dando mais. Pálidas marcas de suas mãos, seus lábios, seus dentes, decoravam sua pele. Ela tremeu enquanto recordava um beliscão no ombro quando ele a tinha montado por atrás, entrando fortemente em sua vagina. Ela ouviu Luc se mexendo na cama e soube que a estava olhando. Não fez nenhum movimento para colocar roupa, não depois da última vez que o tinha tentado. O ligeiro toque na porta se repetiu e solicitou uma resposta. Cada quatro horas perguntavam aos hóspedes do hotel como se Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 23 sentiam. Até agora, ninguém no hotel tinha mostrado sinais do vírus. Ela se ocultou detrás da porta e abriu uma fresta. — Boa tarde, senhorita Bennett. Como estão vocês esta noite? — O assistente, com um traje branco e uma máscara, saudou-a com olhos alegres. — Estou fazendo minha ronda e trazendo o jantar. — Ele piscou. — Espero não estar interrompendo. — Está bem. — O cansaço a reclamou e ela se apoiou contra a porta. Ofereceu um débil sorriso e apartou seu cabelo enredado do rosto. — Algum de vocês mostra algum dos sintomas da lista? Algum prurido?— Caitlin negou com a cabeça. — Tosse? Extremidades intumescidas? — De novo respondeu negativamente. — E preciso ver seu marido, só para confirmar que ele também goza de boa saúde. Caitlin lançou um olhar para a cama. Nada indicava que Luc fosse um homem-lobo, mas tampouco estava completamente segura de que parecesse humano. Parecia selvagem: sua barba mais escura, seus olhos como o dourado misterioso dos lobos. Ela elevou suas sobrancelhas em uma pergunta silenciosa. Com um suspiro, Luc se estirou e enrolou um lençol ao redor da cintura. Quando esteve coberto mínimamente, ela abriu a porta, mantendo-se oculta detrás dela. O assistente só deu um passo dentro do quarto e viu Luc. Era todo um quadro: comprido cabelo negro caindo ao redor de seus ombros, seu peito nu brilhando com o suor do ato sexual recente, e os lençóis cobrindo seus quadris e apenas mascarando sua ereção. — Hum, sim, senhor, é bom ver que gozam de boa saúde. — Ambos gozamos de excelente saúde. E estamos ocupados. O homem percorreu com o olhar Luc até chegar ao lençol que parecia cada vez menos cobrir seu pênis ereto. — Sim, posso ver. Deixarei a comida aqui fora. — Ele se voltou para sair. — Deixarei que voltem para... sua... bem, seja o que for. Ele saltou fora da porta e a fechou de um golpe. Caitlin se voltou e olhou Luc. — Tinha que fazer isso? — O que? Fazê-lo saber que tinha interrompido enquanto estava trepando com minha mulher? Sim. Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 24 A declaração abertamente possessiva tirou o ar de seu peito. Ela olhou fixamente o homem sexy e frustrou-se durante um momento, enquanto tentava determinar como podia escapar do hotel sem topar com o assistente. Que constrangedor! Sair do quarto com o coração intacto era impossível. Esperava que ao menos pudesse manter sua dignidade. Luc arqueou as sobrancelhas e a olhou, o calor de seu olhar alcançando-aatravésdo quarto e entrando em seu peito. Ele ainda a queria. O sol se pôs; a lua tinha saído, mas o lobo teria ainda o controle. Caitlin deixou cair a cabeça contra a porta e fechou seus olhos. Era tão belo. O poder de seu espírito completando a perfeição física para lhe fazer irresistível. Maldita seja, não podia olhar. Era muito doloroso. Nunca poderia tê-lo, e sua imagem estava gravada em fogo na sua memória. Uma estranha dor se desencadeou dentro de Luc enquanto Caitlin fechava os olhos e se apoiava contra a porta. Não eram ciúmes. Caitlin lhe pertencia. Ele sabia e logo o aceitaria . Mas algo na forma como tinha fechado os olhos, quando tinha entrado nela, quando lhe tinha feito amor, rasgava-lhe o coração. Como se estivesse tentando evitar olhá-lo. Ou estivesse imaginando outro enchendo seu corpo. Sua lógica animal lhe assegurou que era dela, tinha-a marcado com seus dentes, seu aroma e sua semente, mas o humano reconhecia os sinais. Durante toda sua união, em cada toque e cada carícia, havia algo que faltava. Tinha-lhe permitido tomá-la em qualquer forma que ele tinha desejado, mas ainda sentia como se ela se reservasse. Ela era dela. Pertencia-lhe. Quando as palavras apareceram em sua cabeça, deu conta de que eram verdade. Ela era sua companheira. Cada estranha emoção que o tinha assaltado se esclareceu. Por isso ela tinha parecido familiar a primeira vez que ele tinha chupado seu delicioso sexo. Ela era a que estava destinada para ele. Sua Verdadeira Companheira. Ela não o entendia ainda, mas logo o faria. Luc apartou os lençóis que tinha utilizado a contragosto para cobrir e caminho fora da cama. Estava fazendo outra vez. Ocultando seus olhos. Ocultando-se dele. Estava correndo. Sim, não fisicamente, mas emocionalmente. Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 25 Um grunhido surgiu do fundo de sua garganta. E não vinha do lobo. Ele rastreou seu perfume através do quarto, detendo uns centímetros diante dela. Seus olhos se abriram de repente quando lhe colocou as mãos nos quadris. Em um rápido movimento, elevou-a e deslizou seu pênis entre suas coxas separadas. Um líquido ardente gotejou de sua vagina e cobriu sua vara. Todo seu calor, todo seu fogo, pertencia-lhe. E ela o admitiria. Ela ficou sem fôlego quando ele deslizou seus dedos sobre seu sexo, introduzindo-os ligeiramente em sua carne aberta. Impulsionou a vara entre suas coxas, adorando a sensação da carne dela ao redor dele. — Em quem pensa quando a tomo?— grunhiu em seu ouvido. Ela agitou sua cabeça, para afastá-lo, mas ele não o permitiria. Alguém estava em sua cabeça, em seu coração, e descobriria quem. — Em quem pensa quando te encho com meu pênis? — perguntou ele. Ela gemeu quando ele empurrou, sem entrar, só movendo-se entre suas coxas, roçando ligeiramente contra seus clitóris. Não era suficiente. Precisava unir-se a ela, algum instinto fora de seu controle, inclusive do controle do lobo, ordenava-lhe que entrasse nela. Luc separou suas pernas e empurrou o pênis dentro de sua vagina. As escorregadias paredes de seu passadiço lhe disseram que ela queria. Ele a girou pela cintura e segurou as mãos dela com a sua. Com um movimento lento, deliberado, colocou sua palma contra a porta, e depois moveu seus quadris para trás. Ela lhe pertencia. Ele a tinha reclamado, ela tinha aceito seu pênis e sua semente. Agora, ele tiraria qualquer outro amante de sua mente. — Você gosta quando a tomo por atrás, não é?— perguntou ele, começando com um impulso lento e enérgico dentro de seu sexo. — Não é assim, meu bem? — Sim, — gemeu ela. Ela gritaria antes que ele tivesse terminado. Continuou deslizando dentro dela, escutando os ofegos de Caitlin enquanto o aceitava. Acolhia-o tão perfeitamente. Mas não se atrasou. Empurrou Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 26 intensamente, deixando que a sujeição úmida de sua vagina o atraísse dentro dela mais forte e mais duro. Ainda não era suficiente. Necessitava que ela gritasse seu nome, precisava ouvir a verdade de seus lábios. — A quem você deseja? Que pênis quer dentro de seu apertado grelinho? — Suas unhas se cravaram na porta quando a empurrava com suas sólidas arremetidas. — me diga, minha preciosa Caitlin, quem você quer que a tome?— perguntou, sua resposta vital de repente para sua existência. — Você — gemeu ela, empurrando seu traseiro contra seu estômago. — Só você. — Diga-me isso - ordenou ele. Separou os lábios e conteve o uivo ameaçador. Pertencia-lhe e, maldita seja, diria isso. — Só você. Quero só você. — Mais, neném. Me diga de novo, diga... Não entendia a razão mas seu desejo, sua necessidade, não eram suficientes. Não podia voltar atrás. Entrou dentro de seu sexo uma e outra vez, precisando liberar sua semente em seu interior mas necessitando inclusive de palavras. Continuou reclamando sua resposta. — Diga-me isso Caitlin. Vamos, neném. Sabe o que preciso ouvir. — Amo-o — soluçou ela, apoiando-se contra a parede. — Amo-o. Por favor, Luc. Sua admissão afrouxou o medo dentro dele, uma emoção que não tinha reconhecido até que se desvaneceu. O lobo grunhiu sua satisfação. — De novo. — Amo-o. Ele a virou e colocou seus dedos em seu montículo, deslocando-os para baixo para brincar com o clitóris. Toque suaves, ligeiros e a sentiu tremer em seus braços. Ela se curvou contra a parede. Ele a agarrou antes que caísse e a levou para cama. Ela se agarrou a ele, afrouxando a tensão em seu interior um pouco mais. Enquanto a colocava sobre o colchão voltou a introduzir seu pênis dentro dela. Tomou. Como tinha feito todo o fim de semana. Suas pernas se curvaram ao redor de suas coxas, lhe Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 27 espremendo e lhe atraindo mais profundamente. — diga-me isso - Mordeu sua garganta, deixando uma marca para que o mundo visse. — diga-me isso repetiu ele. — Amo você. Luc, amo você. As palavras apaziguaram o animal de seu interior. E deram paz ao humano. Ele a montou mais profundo, afundando no corpo dela, que estava feito para o acolher, até que ouviu seu grito devastado. Não era um gemido incoerente. Foi seu nome o que disseram seus lábios quando ela alcançou o clímax. Arrojando a cabeça para trás, uivou quando sua semente alagou o ventre de sua companheira. Capítulo 4 Caitlin despertou de novo quando o sol roçou seu travesseiro. Ela trocou de posição na cama e gemeu quando seus músculos se rebelaram, lhe gritando pelo excesso de uso. Enquanto seu corpo choramingava, sua mente corria A toda velocidade. Nada tinha sentido. O lobo se retirou pouco depois da saída da lua, mas Luc não tinha perdido paixão, tomando-a toda a noite. Até que finalmente ficaram adormecidos com a chegada do amanhecer. Ela virou a cabeça e olhou. Luc jazia perto dela, acordado e olhando-a. Os olhos dourados do lobo tinham desaparecido e havia retornado o familiar e vibrante azul. Sentiu como a cor subia a suas bochechas. Todas as coisas que tinham feito juntos voltaram em um relâmpago. Embora algumas das lembranças estivessem nubladas pela paixão, outras eram claras como o cristal: os explosivos orgasmos, seus gritos pedindo mais, e a voz de Luc, murmurando brandamente seu prazer por estar dentro dela. Incrivelmente seu sexo vibrou de antecipação. Seu rubor aumentou. — Bom dia, — disse ela, sua áspera voz matinal lhe recordando que a realidade estava há poucos minutos. Mantendo-se tão tranqüila como pôde, inspirou profundamente, esperando acalmar as mariposas furiosas que tinham invadido seu estômago. — Bom dia. — O trovão profundo de sua saudação enviou Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 28 um novo formigamento em seu sexo.— Como se sente?— Deslizou sua mão sobre sua bochecha, uma ação terna considerando a dura união com a qual se satisfizera ao longo da noite. — Estou bem, — assegurou ela. E estava. Fisicamente, estava dolorida e cansada, mas se recuperaria. Seu coração, quem sabe. Como tinha temido, ter relações sexuais com Luc tinha partido seu coração. Ele penteou o cabelo dela com os dedos, cravando os olhos no seu rosto como se nunca a tivesse visto antes. O intenso escrutínio lhe fez sentir incômoda. E a emoção em seus olhos era muito tentadora. Era muito fácil imaginar que significava algo mais. Não podia se permitir acreditar isso. Ela conhecia Luc. Sua lealdade estava com a Alcatéia. Nunca permitiria que nada interferisse com a União de Companheiros. Não podia permanecer ali mais tempo, tinha que ir, salvar o que ficava de seu coração. — Melhor eu ir tomar um banho — anunciou energicamente, voltando para sua voz de assistente eficiente. — Vão nos chamar breve com os resultados das provas e poderemos ir. — Jogou para atrás os lençóis e saiu da cama. — Caitlin, espere. Ela se deteve uns poucos passos mais à frente. Teve que reunir mais valor de que pensava para voltar. Luc se sentou na cama, parecendo maravilhoso e confundido. E um pouco doído. — Temos que estar preparados quando levantarem a quarentena. — Tragou saliva com força. — Sua companheira o está esperando no norte. — Mas sobre a última noite... Tinha que evitar que dissesse algo doce. As lembranças já seriam muito difíceis de suportar. Não necessitava banalidades. Não dele. Endireitou suas costas e lhe ofereceu um sorriso tenso. — Estou contente de ter ajudado a Alcatéia desta forma. Luc ficou olhando quando entrou quase correndo em seu dormitório. Ajudar a Alcatéia? A dor lhe apunhalou no centro do peito. Seus gemidos de prazer não tinham sido para ajudar a Alcatéia. Seus orgasmos não tinham sido para ajudar a Alcatéia. E seus juramentos Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 29 de amor não tinham tido nada que ver com a Alcatéia. Ele olhou encolerizado a porta fechada. Caitlin estava tentando pô-lo para correr. Obviamente não entendia que quando a gente escapava de um predador, o predador perseguia. * * * * * Caitlin matraqueou impacientemente com seus dedos sobre os braços dobrados enquanto percorria acima e abaixo o vestíbulo situado fora da Câmara do Alfa. Embora fosse um homem moderno, Fallon mantinha os sinais do passado. O quartel geral da Alcatéia era um labirinto de salões e corredores, rituais e cerimônias complexas. Uma porta se abriu ao final do salão e entrou Luc. Uma delicada fêmea beta o seguia. Sorriu provocativamente quando se virou e caminhou na outra direção. Caitlin olhou o evidente meneio de seus quadris enquanto saía. — Chamaram-nos já? — perguntou Luc enquanto se aproximava. Tirou seu cabelo úmido da gola de seu traje. Acabava de sair da ducha, Caitlin podia cheirar o sabão nele, e possivelmente da cama de alguma sexy mulher-lobo...? Luc tinha contido a sublevação primária do lobo, mas Caitlin sabia que as coisas se tornaram sensuais e selvagens na Alcatéia nos dias ao redor da lua cheia. Havia mais saltos de cama em cama entre homens-lobo sem emparelhar que em um grupo de coelhinhos. E o pensamento de que Luc podia ter ficado dez horas com ela, e logo passado à cama de outra mulher, fazia que lhe arrepiasse o pêlo da nuca. Uma possesividade que não tinha experimentado antes fluiu por seu peito. Caitlin sentiu que os lábios lhe retiravam em um grunhido. Parou antes de emitir algum som. Era uma reação que havia visto muitas vezes entre os Membros da Alcatéia. Mas ela não era um membro da Alcatéia. Era humana. Tinha que recordar a si mesma que ser humano significava que não podia ter a única coisa que ansiava, Luc. Depois de hoje, ele pertenceria a outra. Como humana, lhe permitia ser testemunha de tudo com exceção das cerimônias privadas. Como amiga de Luc, esperaria que assistisse sua Cerimônia de União. Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 30 A União de Companheiros era um ritual similar a um casamento humano mas com menos restrições. Permitia aos lobos envoltos ter amantes, sempre que as crianças que nascessem da união viessem do casal unido. Ela encontrava a cerimônia singela e elegante. Mas isso era antes que soubesse que ia ser testemunha da de Luc. Um profundo grunhido brotou livre, escapando entre seus dentes fortemente apertados. A sua companheira não importaria se ele saltasse na cama de uma bonita mulher-lobo, mas, por alguma razão, esse pensamento fazia que Caitlin queria rasgar a garganta de alguém. Preferivelmente a de Luc. — O que ocorre? — perguntou Luc, olhando-a com olhos preocupados. — Nada. Estou contente de ver que está ainda aliviando as necessidades do lobo. - As palavras saíram afetadas e tensas mas Caitlin não pôde as deter, nem o tom. A confusão cruzou seu rosto. Então percorreu com o olhar o salão, seguindo a fêmea com os olhos. — Não se preocupe, neném. Tomei banho porque estava com o calor da viagem. Não para eliminar o perfume de outra. Caitlin disse a si mesma que não lhe importava, mas isso não evitou que inspirasse profundamente para ver se podia detectar algum aroma alheio, qualquer resíduo de perfume. — O Alfa os verá agora. — O anúncio do Secretário deteve qualquer conversa. Ou análise por parte de Caitlin. Não deveria lhe importar se Luc se deitava com cada fêmea da Alcatéia. Não era assunto dela. Quande Caitlin não se moveu, Luc pôs a mão em suas costas e a empurrou para diante. Supunha que esta audiência era sua preparação final para a União de Companheiros, mas em lugar disso, Luc ia dizer ao Alfa que não podia unir-se com a adorável mulher- lobo da outra alcatéia. E que tinha tomado uma humana por companheira. Fallon não ficaria feliz com a mudança de planos. Entraram no quarto e Luc imediatamente se dirigiu ao Lobo Alfa. Com um movimento que tinha pouco a ver com a humildade e muito com o respeito, Luc se apoiou em um joelho e baixou os olhos. Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 31 — Saudações, meu Alfa. Renovo meu voto de proteger sua Alcatéia, sua companheira, e sua pessoa e me inclino ante sua sabedoria. — Levante-se. Luc seguiu sua ordem e ficou em pé. — Essas palavras se entopem em sua garganta, não? — perguntou Fallon com um sorriso. Luc aceitou a mão que lhe oferecia com uma risada ofegante. — Só quando chego na parte da «sabedoria». Cresci com você, primo. E sei exatamente que classe de sabedoria você tem. Os brilhos nos olhos de Fallon acalmaram Luc. Fallon era o Lobo Alfa. Era também um amigo. Entenderia. — Temos que conversar. Confusão e um pouco de preocupação se refletiram na expressão de Fallon. Então assentiu. Voltou-se para Caitlin e segurou sua mão. — Uma vez mais cumpriu sua tarefa com toda segurança. Obrigado, Caitlin. Ele a saudou com um beijo educado na face. — Estou contente de ter ajudado a Alcatéia. — Caitlin inclinou a cabeça. Aí estava essa frase outra vez. Luc sentiu que seu lábio superior se retraía, mas cautelosamente o baixou. Fez a única coisa que podia, pensar nas palavras que ela tinha gritado quando ele havia se introduzido em seu corpo. Amo-o, Luc. — Poderia me dedicar uns minutos de seu tempo, Alfa, quando a cerimônia acabar? — Certamente, querida. Luc não pôde evitar pôr os olhos em branco. Fallon era apenas três anos mais velho que ele, o que o fazia só seis anos mais velho que Caitlin. O tom paternal e sua atitude não eram apropriados para sua idade. — Fallon, preciso falar-lhe agora, — anunciou Luc, usando um tom imperativo que poucos se atreveriam a empregardiretamente com um Alfa. Fallon arqueou as sobrancelhas com uma pergunta. — É importante — acrescentou Luc, sabendo que Fallon reconheceria a seriedade. Fallon assentiu. Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 32 — OH, bem, já chegou. — Todos os que se encontravam na sala se voltaram para uníssono para saudar Luc. Seu cabelo caía solto por suas costas. Luc se inclinou de modo receoso, mas rápido, ansioso por ter um aparte com Fallon. — - Como tem passado, Caitlin? Está adorável. Sempre está adorável, certamente, mas mesmo assim. Fez algo diferente no cabelo? Caitlin negou com a cabeça. — Bom, há algo diferente em você. Só que não posso dizer exatamente o que é. Tinha passado o fim de semana transando com um homem- lobo… Luc guardou para si uma resposta sarcástica. — Fallon, — disse Luc com os dentes apertados. — Merina, — Fallon se dirigiu à sua companheira. — Importaria-se em dar uma volta com Caitlin enquanto Luc me explica isso que é tão malditamente importante? Merina assentiu e Luc pôde enfim levar Fallon a um canto afastadado quarto. — Temos um problema — começou Luc. — Imaginei. Qual? — Não posso prosseguir com a cerimônia. — O que?! A rude pergunta foi como um disparo dentro da sala. Luc dirigiu o olhar para onde estavam Caitlin e Merina. Ambas as mulheres estavam olhando em sua direção. — Vai me dizer por que está brincando com uma união em que ambas as alcatéias estiveram de acordo e que tem um grande potencial para aumentar a força de ambas as descendências? Embora Fallon tivesse mantido baixa a voz, não havia nenhum engano sobre sua intensidade. Luc olhou fixa e diretamente nos olhos de Fallon, quase desafiando o outro lobo. — Caitlin é minha companheira. Ele viu como se abria a boca de Fallon. E não pôde evitar um sorriso. Não era habitual que alguém pilhasse o Lobo Alfa por surpresa. — Como não notou isto antes? — exigiu Fallon depois de um Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 33 momento de dúvida. — supõe-se que uma verdadeira companheira biológica é óbvia para o homem-lobo. Como não notou isto? — Mantive-me afastado dela. Você foi quem disse que não me atasse com os empregados. E não o fiz. Não, até este fim de semana quando estávamos juntos... que tudo se tornou claro como cristal. — Há alguma possibilidade de que se tenha enganado? Luc entendia a relutância de Fallon, mas ele sabia a verdade. — Não. — Possivelmente só é luxúria residual da lua, combinada com sua avaliação. Isso poderia fazer com que... Luc negou com a cabeça. — Quando chegamos e fui ao meu quarto, Angelina estava me esperando. Nua. — Todos os homens-lobo machos na Alcatéia entendiam o significado desse convite. Angelina era conhecida por suas habilidades orais. Podia tirar o cromo de um pára-choque chupando-o. — Deixei-a. Os olhos de Fallon se dilataram. — Deixou-a. — Exatamente. — Odeio interromper… — disse Merina. Ambos os homens se sobressaltaram. Não a tinham ouvido aproximar-se. — Mas estava escutando às escondidas e pensei que deveria sabê-lo, tem um assunto mais para tratar. — aproximou-se e sussurrou. — Sua pequena consorte está grávida de pouco tempo. Seu corpo está cheio atividade. Foi o momento de Luc para ficar atônito e sem fala. Grávida? Um bebê? Embora ele não tivesse dúvidas disso, um Verdadeiro Emparelhamento só se podia se provar pelo nascimento de descendência. Que ela já tivesse concedido ajudaria muito que a Alcatéia a aceitasse. Esta era uma prova concreta de que ela era a companheira que lhe estava destinada. Os três lobos se voltaram e olharam Caitlin. Como se sentisse sua avaliação, ela os olhou. — O que há? — Oh, não, — respondeu Fallon depois de um momento. Deixou o pequeno grupo e caminhou ao lado dela. — Você tinha também algo importante que queria discutir comigo. Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 34 Caitlin pensou em adiar, mas tinha a atenção de Fallon. — Sim. — Sabendo que a audição superior de Luc lhe facilitaria ouvir às escondidas, mas confiando na cortesia natural do lobo, baixou sua voz e falou. — Quando a Cerimônia tiver terminado, eu gostaria de discutir uma mudança. — De que diabos está falando? Caitlin se virou para ouvir a furiosa pergunta de Luc. Só lhe faltou empurrar Fallon para tomar Caitlin pelos ombros. — Você é minha companheira e o filho que leva é meu, assim tire da cabeça a idéia de ir a qualquer lugar que não seja para casa comigo. — Isso sim foi sutil, — resmungou Merina. Luc a ignorou. Igualmente Caitlin. — O que disse? — Você ouviu. E não tente mudar de assunto. O lugar de uma mulher é com seu companheiro. Havia uma ferocidade em seus olhos que não tinha visto nunca antes, e que não tinha nada que ver com o lobo. Ela deu um passo atrás e lhe olhou. — Do que está falando? O que é tudo isto sobre companheiros e...? — Sua mente assimilou a conversa. Pousou sua mão sobre o estômago. — Disse filho? Fallon se aproximou e colocou seu braço ao redor da cintura dela. Caitlin não sabia se era para confortá-la ou para evitar que se lançasse sobre Luc. — Sim, querida, parece que você e Luc estão destinados a serem companheiros. Verdadeiros Companheiros. Está grávida. — M...Mas… — A surpresa obstruiu as palavras em sua garganta. — Pensei que os humanos não podiam unir-se aos homens- lobo. Pensei — disse, recuperando a compostura e olhando sobre o ombro do Alfa para Luc, porque lhe tinha dado essa informação... que não podiam nascer crianças dessas uniões. — Disse-lhe que era estranho, mas que se o humano e o lobo estavam destinados a ser companheiros, então podia acontecer... — Luc se inclinou para diante, olhando-a fixamente. Por um momento ela quase se afastou mas deteve-se. Luc não lhe faria mal, não importava o quão intimidante queria aparecer. — Não entendo qual é Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 35 o problema, — continuou ele. — Ama-me. Você mesma disse. Caitlin se endireitou, tentando recordar quando lhe havia dito essas palavras. Tinha sido tão cuidadosa em manter seus sentimentos ocultos. Ou pensou isso. Mas parecia que, em algum momento, havia dito a Luc. Provavelmente quando estavam transando. Como se isso tivesse importância. — Não vou ser sua companheira só porque esse animal que está dentro de você gosta de transar comigo — estalou, esquecendo por um momento que Fallon e Merina estavam escutando. Então se decidiu, que diabos importava? Fallon sabia o que acontecera este fim de semana. Tinha sido sua sugestão. E obviamente Merina sabia também. — Mereço mais que um homem que se casa comigo por uma urgência biológica! Luc moveu sua cabeça e a olhou fixamente como se ela estivesse falando em chinês. — O que? Toda a cólera escapou de seu corpo e ela negou com a cabeça tristemente. — Luc, você e eu sabemos que não foi você quem teve relações sexuais comigo durante todo o fim de semana. Foi esse maldito lobo. Mas essa não é uma razão para estarmos juntos. Durante os outros vinte e nove dias do mês estaria longe de mim. — Mas é o que quero. — Não, não é. Ele colocou suas mãos sobre os homens dela, mantendo-a firmemente sob seu olhar fixo. — Caitlin, o lobo me esporeava mas tive controle completo sobre ele todo o fim de semana. Do primeiro momento que minha boca tocou seu sexo... Caitlin sufocou, logo se sentiu aliviada ao ver que Merina e Fallon se afastaram. — Eu sabia exatamente o que estava fazendo. Querida, o lobo só me deu a força para fazer amor todo o fim de semana. O desejo era completamente meu. Você é a mulher que quero. Caitlin tentou refrear os pensamentos que formavam redemoinhos em sua cabeça. — Nuncapensou assim antes — assinalou ela. Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 36 Ele elevou as mãos dela até seus lábios. — Sempre soube que você era alguém especial. Não podia permitir que você soubesse que eu ia me unir com outra mulher. Mas então o lobo te escolheu como sua companheira e eu soube que não havia ninguém mais para mim. Seu coração doía pelo anseio de acreditar. — Possivelmente vocês gostariam de continuar esta discussão... em particular — sugeriu Fallon. — Sairei para dar nossas explicações à outra alcatéia. Um Emparelhamento Verdadeiro tem prioridade sobre uma união típica. Caitlin se permitiu ser guiada, abandonando o salão com destino ao dormitório de Luc. A enorme cama de quatro colunas que dominava o quarto capturou sua atenção. Um elaborado entalhe de lobos correndo Através de um prado decorava a cabeceira. Ela saiu de seus braços e se afastou um passo. — Está certo disto? Está renunciando um montão de coisas. Nunca será Alfa, não com uma companheira humana. E é possível que nossos filhos não sejam capazes de se transformarem. Luc sorriu e estendeu a mão, afastando-lhe o cabelo do rosto. — Não tenho desejo de ser o Alfa. Fallon é muito forte e saudável para abandonar essa posição antes que seja velho e grisalho. E no que diz respeito a nossos filhos... — Ele negou com a cabeça. — Não me importa se poderão se transformar ou não. Serão perfeitos tal e como serão. Exatamente igual a sua mãe. Seu coração amoleceu. — Oh, Luc. Ele se inclinou e a beijou. Foi suave e gentil. Nada como os beijos profundos e dominantes que lhe tinha dado ao longo de todo o fim de semana. Havia algo doce e decididamente sensual na ligeira pressão de seus lábios sobre os dela. Ele abriu sua boca mas não tentou empurrar com a língua. Os delicados beijos fizeram que o coração lhe doesse. Ele provou a boca dela como se nunca tivesse saboreado nada tão delicioso e queria saborear. Seus corpos se moveram juntos, as pernas dela se abriram automaticamente para abraçar sua ereção. As mãos dele deslizaram brandamente sobre as costas e os quadris, voltando a marcar o território que tinha reclamado. Pulverizou beijos ardentes sobre o Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 37 pescoço e o peito dela, ainda suave e gentil, os ligeiros toques tão excitantes como as carícias fortes e vigorosas de antes. — Necessito-a — sussurrou ele contra sua pele. — passou muito tempo desde que estive dentro de você. Ele ergueu sua cabeça e a olhou. A silenciosa pergunta estava escrita em seus olhos. Estava-lhe deixando saber que este não era o lobo necessitando conforto. Este era o homem pedindo para estar com ela. — Faça amor comigo, Luc. No pesado silêncio do quarto, ele a despojou de suas roupas, acariciando cada centímetro de pele conforme ia sendo revelado. Quando ela esteva nua, tirou suas roupas e a levou a cama. Ele a situou no centrou e colocou seus membros, separando suas pernas, massageando os músculos cansados do interior de suas coxas, afrouxando os nós de seus músculos com seus dedos mágicos. Caitlin o olhou enquanto a tocava. Seus movimentos eram lentos e sonhadores. E enfocados unicamente nela. E quando esteve relaxada e lassa, ele se deitou a seu lado e lambeu os picos de seus seios, serenando as sensitivas pontas com sua língua antes de morder gentilmente os insolentes mamilos. Beijou-a pelo corpo deslizando para baixo, seguindo com sua língua as costelas e o ventre dela. Ele acariciou sua pele com os lábios e a língua, com palavras e louvores, lhe falando de sua beleza e do delicioso sabor que enchia sua boca. Sabendo que seu coração estava seguro, Caitlin se permitiu afundar em seu poder uma vez mais. Lambeu a suave curva de seu estômago e depois colocou um beijo gentil no alto de seu sexo, como se o agradecesse e lhe pedisse permissão para adorá-la. Momentos mais tarde ela sentiu o suave toque de sua língua através de seus clitóris. Seu toque foi tão terno e carinhoso que levou lágrimas aos olhos dela. Cada toque era novo, cada carícia doce. Era como se ele estivesse rendendo comemoração a seu sexo. O prazer se fortaleceu lentamente com carícias lânguidas e toques, até que colocou seus lábios sobre seus clitóris e mamou suavemente. O doce de sua boca enviou uma dor inimaginável ao seu centro. Ela elevou seus quadris, tentado conseguir mais, tentando encontrar a liberação. Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 38 — Luc, por favor, — gemeu ela. — Posso entrar dentro de você? — perguntou ele, beijando seu estômago e suas costelas. — Ou está muito dolorida? — Não. Ele se reclinou para trás e deteve sua progressão ascendente. Embora se movesse com sua habitual graça, ela sentiu a tensão crescer em seu corpo e percebeu que ele pensava que ela o estava rechaçando. — Não, não estou muito dolorida — disse ela, deslizando suas mãos em seu peito. — Necessito de você. — A tensão escapou de seu corpo e seu alívio ficou parcialmente mascarado pela arrogância que lhe era própria. Moveu-se sobre ela, cobrindo seus seios e seu pescoço com beijos, pressionando finalmente seus lábios com os seus. Ela abriu sua boca e aceitou ansiosamente sua língua. Beijos largos e narcóticos fizeram girar sua cabeça. Queria-o, necessitava-o, mas ele se conteve. Sabendo instintivamente do que ele necessitava, ela separou as pernas, abrindo sua vagina para ele. — Venha para dentro de mim, — murmurou ela, e ele esteve ali, grosso e duro, a cabeça de seu pênis deslizando dentro de seu sexo. Horas de sexo desesperado tinham ensinado seu corpo a aceitar. A desejar as sensações que só ele podia criar. Mas isto não era um emparelhamento frenético. Ele a amava com toques ternos e palavras suaves. Caitlin sentiu a lenta ascensão de seu orgasmo, uma onda larga e poderosa que começava em seu sexo e se deslocava Através de seu corpo, alagando sua alma com amor e necessidade. — Luc! — Ela se agarrou em seus ombros, tratando de manter-se neste mundo. Ele empurrou nela uma e outra vez, seus músculos movendo sob suas mãos. Sentiu-o chegar em seu interior, e depois o peso de seu corpo sobre o dela. Enquanto ela esperava que seu coração alcançasse um ritmo razoável, olhou para o teto. Luc pensava que tudo estava decidido, mas ainda havia coisas que discutir. Ele a desejava mas o que tinha que... — Amo-a. — Ele acompanhou a declaração murmurada com Tielle St. Clare – Com a Saída da Lua 39 um beijo suave no ombro dela. — O que? Ele elevou a cabeça e a olhou com olhos cintilantes. — Só estava pensando que eu não lhe havia dito e que lhe poderia perguntar isso. Então queria dizer isso, te amo... — Oh. Ele fez uma careta e se elevou apoiando sobre os cotovelos. — Você também poderia me dizer o mesmo. — Você falou que eu já o disse — Olhou-o com perspicácia. — E quando supõe que fiz essa declaração? Luc sorriu e uns traçados de vermelho mancharam suas bochechas. — Bom, querida, parece que confessaria qualquer coisa sob o influxo de um sexo realmente ardente. Beijou-a e moveu a cabeça. — Não qualquer coisa. Só a verdade. — Diga-me isso - disse ele. Ela escutou a necessidade oculta depois da arrogante ordem. — Te amo, Luc. Só você. FIM