AULA 3 AGRON. CULTURAS TEMPORÁRIAS E PERMANENTES

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SEÇÃO 1.3 - CULTURAS TEMPORÁRIAS E PERMANENTES
➢ IMPORTÂNCIA DO CICLO DE PRODUÇÃO PARA A CONTABILIDADE DA EMPRESA RURAL.
➢ CULTURAS TEMPORÁRIAS
➢ CULTURAS PERMANENTES.
➢ O IMPACTO NA CONTABILIDADE E O CORRETO REGISTRO DAS RECEITAS E DESPESAS
➢ DURAÇÃO DE UMA CULTURA / TEMPO, CONHECIDO COMO ANO AGRÍCOLA.
➢ O CICLO OPERACIONAL DE UMA EMPRESA RURAL NORMALMENTE NÃO É COINCIDENTE
COM O EXERCÍCIO SOCIAL PARA FINS TRIBUTÁRIOS.
➢ A RECEITA FEDERAL EXIGE QUE A APURAÇÃO DO LUCRO LEVE EM CONSIDERAÇÃO O ANO
FISCAL, FIXADO DE 01 DE JANEIRO A 31 DE DEZEMBRO PARA TODAS AS EMPRESAS.
➢ A PRODUÇÃO AGRÍCOLA PODE OCORRER EM UM PERÍODO QUE PODE TER INÍCIO EM UM
ANO E TERMINAR EM OUTRO ANO.
POR EXEMPLO,
• SOJA, O PLANTIO PODE OCORRER ENTRE OUTUBRO E DEZEMBRO E COM COLHEITA
PREVISTA ENTRE 100 OU 160 DIAS?
• E EM CULTURAS QUE NÃO TERÃO O SEU RESULTADO ECONÔMICO APURADO EM 31 DE
DEZEMBRO, PORQUE O PRAZO DE COLHEITA, PODE LEVAR MAIS DE UM ANO?
A EMPRESA RURAL PODE SER CLASSIFICADASEM DOIS TIPOS DE CULTURAS:
CULTURA TEMPORÁRIA OU CULTURA PERMANENTE.
CULTURAS TEMPORÁRIAS
➢ CARACTERÍSTICA PRINCIPAL DAS CULTURAS TEMPORÁRIAS: A NECESSIDADE DE REPLANTIO
APÓS A COLHEITA.
➢ SEU CICLO TERMINA COM A COLHEITA
➢ NORMALMENTE TEM O PRAZOMUITO CURTO ENTRE PLANTIO E COLHEITA.
➢ EM ALGUMAS SITUAÇÕES, TERÃO PRAZO SUPERIOR A UM ANO, MAS, NÃO TERÁ UM CICLO
SUPERIOR A TRÊS ANOS.
➢ APRESENTAM CICLO PRODUTIVO: O PLANTIO, A FORMAÇÃO E A COLHEITA.
➢ APÓS A COLHEITA, O PRODUTO GERADO IRÁ PARA ESTOQUE E A PLANTA QUE O PRODUZIU
NÃO EXISTIRÁ MAIS.
EXEMPLO DE CULTURA TEMPORÁRIA;
VERDURAS E LEGUMINOSAS, SOJA, ARROZ, FEIJÃO, MILHO, CEBOLA E FLORES.
CULTURAS PERMANENTES
➢ NÃO ESTÃO SUJEITAS A REPLANTIO APÓS A COLHEITA,
➢ GERAM PRODUTOS AGRÍCOLAS POR MAIS DE UM PERÍODO.
➢ O PRODUTO (FRUTOS) PASSA POR UM PERÍODO DE PREPARAÇÃO, CHAMADO DE PROCESSO
DE MATURAÇÃO.
➢ APRESENTAM UM PERÍODO DE MATURAÇÃO SUPERIOR A UM ANO.
EXEMPLOS DE CULTURAS PERMANENTES
➢ A PRODUÇÃO DE CAFÉ, DE CANA-DE-AÇÚCAR, DE LARANJA, DE GOIABA E QUALQUER
PRODUÇÃO CUJA PLANTA QUE GEROU O PRODUTO IRÁ PERMANECER PRODUZINDO APÓS
A COLHEITA, ATÉ QUE A PLANTA NÃO TENHA MAIS POSSIBILIDADE DE PRODUTIVIDADE.
EXEMPLO DE CICLO DE MATURAÇÃO / CULTURA PERMANENTE
➢ PRODUÇÃO DE MADEIRA PARA REFLORESTAMENTO, PALMITO E O ABACAXI. A MADEIRA DO
PLANTIO ATÉ A COLHEITA, O TEMPO DE MATURAÇÃO É CERCA DE DEZ ANOS.
➢ EMBORA A PLANTA SEJA RETIRADA COM A COLHEITA E PRODUZA UMA ÚNICA VEZ,
COMO O TEMPO DE MATURAÇÃO PARA GERAR O PRODUTO SERÁ LONGO, SERÁ
CONSIDERADA UMA CULTURA PERMANENTE.
PECUÁRIA
➢ TEREMOS CULTURA TEMPORÁRIA E CULTURA PERMANENTE.
CULTURA TEMPORÁRIA
➢ QUANDO O GADO É CRIADO COM A FINALIDADE DE ABATE.
CULTURA PERMANENTE
➢ ANIMAIS PARA REPRODUÇÃO E VACAS LEITEIRAS.
➢ O TOURO IRÁ PRODUZIR SÊMEN POR UM PERÍODO SUPERIOR A UM ANO
➢ A VACA LEITEIRA TAMBÉM IRÁ PRODUZIR POR MAIS DE UM ANO
QUE TIPO DE CULTURA SE ENCAIXA EM UMA PRODUÇÃO, VERIFICAR DOIS PONTOS:
➢ SE HÁ O REPLANTIO
➢ SE O PERÍODO DE MATURAÇÃO É LONGO.
TRATAMENTO CONTÁBIL
➢ QUANDO A EMPRESA RURAL APRESENTAR MAIS DE UMA ATIVIDADE AGRÍCOLA, ELA DEVE
PREVER EM SEU PLANO DE CONTAS O REGISTRO EM SUBCONTAS DAS CULTURAS,
SEPARANDO-AS COMO TEMPORÁRIAS E PERMANENTES.
➢ EXERCÍCIO SOCIAL - DIFERENTEMENTE DA CONTABILIDADE GERAL, NA QUAL O EXERCÍCIO
SOCIAL EQUIVALE A UM ANO DE 1º DE JANEIRO ATÉ 31 DE DEZEMBRO.
➢ NA CONTABILIDADE RURAL O EXERCÍCIO SOCIAL CORRESPONDE AO ANO AGRÍCOLA, QUE É
O PERÍODO ABRANGIDO PELOS PROCESSOS DE PLANTAÇÃO, COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO
DA SAFRA. ISSO PORQUE SUA PRODUÇÃO É SAZONAL.
➢ SE UMA PROPRIEDADE TIVER MAIS DE UMA ATIVIDADE RURAL, O EXERCÍCIO SOCIAL
CORRESPONDERÁ AO ANO AGRÍCOLA DA ATIVIDADE COM MAIOR REPRESENTATIVIDADE
ECONÔMICA.
CULTURA TEMPORÁRIA.
➢ ENQUANTO O PRODUTO NÃO É COLHIDO, OS GASTOS DEVERÃO SER ALOCADOS EM UMA
CONTA NO ATIVO CIRCULANTE CHAMADA DE “CULTURA TEMPORÁRIA EM FORMAÇÃO”,
COMO SE FOSSE UM ESTOQUE EM ANDAMENTO NAS EMPRESAS INDUSTRIAIS.
➢ NESSA CONTA SERÃO CONTABILIZADOS OS GASTOS REFERENTES AO PREPARO DA TERRA,
AOS FERTILIZANTES, À ADUBAÇÃO, À COMPRA DE SEMENTES, ENTRE OUTROS GASTOS, ATÉ
OMOMENTO DA COLHEITA.
➢ OS GASTOS SÃO APURADOS NO EXERCÍCIO EM QUE OCORRERAM
• UMA EMPRESA COM PRODUÇÃO DE SOJA, APRESENTOU OS SEGUINTES GASTOS, COM
PAGAMENTO À VISTA: FERTILIZANTE: R$5.000,00; SEMENTES: R$8.000,00; MÃO DE OBRA
DIRETA: R$15.000,00; ENERGIA ELÉTRICA DA FAZENDA: R$ 1.800,00; ARMAZENAGEM:
R$2.500,00. NA CONTABILIZAÇÃO DESSES GASTOS, TEREMOS:
• NO REGISTRO DO FERTILIZANTE:
D - CULTURA TEMPORÁRIA EM FORMAÇÃO: SOJA, R$5.000,00.
C - CAIXA: R$ 5.000,00.
• NO REGISTRO DAS SEMENTES:
D - CULTURA TEMPORÁRIA EM FORMAÇÃO: SOJA, R$8.000,00.
C - CAIXA: R$8.000,00.
• NO REGISTRO DA MÃO DE OBRA DIRETA:
D - CULTURA TEMPORÁRIA EM FORMAÇÃO: SOJA, R$15.000,00.
C - CAIXA: R$15.000,00.
• NO REGISTRO DA ENERGIA ELÉTRICA:
D - DESPESAS COM ENERGIA ELÉTRICA: R$1.800,00.
C - CAIXA: R$1.800,00.
• NO REGISTRO DA ARMAZENAGEM:
D - DESPESAS COM ARMAZENAGEM: R$2.500,00.
C - CAIXA: R$2.500,00.
➢ PRODUTO COLHIDO E ESTOCADO POR UM PERÍODO MAIOR QUE UM ANO (ATIVIDADE
AGRÍCOLA PERMITE OU COMO FERRAMENTA DE CONTROLE DO PREÇO DA SAFRA) PODERÁ
REGISTRAR O GASTO COM ARMAZENAGEM COMO CUSTO
➢ APÓS A COLHEITA, A CONTA “CULTURA TEMPORÁRIA” DEVERÁ SER BAIXADA E SEU SALDO
TRANSFERIDO PARA A CONTA ESTOQUES “PRODUTOS AGRÍCOLAS”, QUE PASSA A SER
MENSURADO E DIVULGADO CONFORME AS REGRAS DO CPC 16 - ESTOQUES.
➢ AS CULTURAS TEMPORÁRIAS NÃO SOFREM DEPRECIAÇÃO PORQUE, AO SER COLHIDO,
TEREMOS UM PRODUTO AGRÍCOLA E NÃO UMA PLANTA PORTADORA.
➢ OS CUSTOS DIRETOS IRÃO DIRETAMENTE AO PRODUTO,
➢ OS CUSTOS INDIRETOS SERÃO ALOCADOS POR MEIO DE RATEIO,
➢ DESPESAS IRÃO DIRETAMENTE PARA O RESULTADO.
CULTURAS PERMANENTES
➢ A GRANDE DIFERENÇA NO TRATAMENTO CONTÁBIL É QUE ESTAS SÃO CONTABILIZADAS NO
ATIVO NÃO CIRCULANTE – CULTURAS PERMANENTES / IMOBILIZADO.
➢ NOMOMENTO DA COLHEITA SERÁ ALOCADA NO ESTOQUE COMO “PRODUTOS AGRÍCOLAS”.
➢ COMO ESSA CULTURA PODE LEVAR ANOS, DEVE-SE ESTIMAR A VIDA ÚTIL DA CULTURA.
• CONTABILIZADA NO ATIVO NÃO CIRCULANTE,
• SERÁ CONSIDERADA UM ATIVO IMOBILIZADO
• SERÁ NECESSÁRIO CONTABILIZAR A DEPRECIAÇÃO (SE A CULTURA NÃO PRECISAR DE
REPLANTIO).
• A DEPRECIAÇÃO IRÁ SER CALCULADA EM FUNÇÃO DA QUANTIDADE DE SAFRAS QUE
SERÃO COLHIDAS DESSA PLANTA PORTADORA.
CONCEITO CPC 29 – ATIVO BIOLÓGICO E PRODUTO AGRÍCOLA.
SERÁ CONSIDERADA PLANTA PORTADORA
➢ AQUELA PLANTA VIVA QUE É UTILIZADA NA PRODUÇÃO OU NO FORNECIMENTO DE
PRODUTOS AGRÍCOLAS,
➢ É CULTIVADA PARA PRODUZIR FRUTOS POR MAIS DE UM PERÍODO,
➢ ALÉM DE TER UMA PROBABILIDADE REMOTA DE SER VENDIDA COMO PRODUTO AGRÍCOLA,
➢ EVENTUALMENTE, VENDIDA COMO SUCATA (LENHA).
➢ AS VENDAS DE SUCATA INCIDENTAIS NÃO IMPEDEM A PLANTA DE SATISFAZER À DEFINIÇÃO
DE PLANTA PORTADORA.
NÃO SERÁ CONSIDERADA PLANTA PORTADORA.,
➢ AS CULTURAS ANUAIS,
➢ AS PLANTAS CULTIVADAS PARA SEREM COLHIDAS COMO PRODUTO AGRÍCOLA,
➢ ÁRVORES CULTIVADAS PARA O USO COMOMADEIRA,
➢ E AS PLANTAS CULTIVADAS PARA A PRODUÇÃO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS,
➢ QUANDO HÁ A POSSIBILIDADE (REMOTA) DA ENTIDADE COLHER E VENDER A PLANTA COMO
PRODUTO AGRÍCOLA, EXCETO AS VENDAS DE SUCATA COMO INCIDENTAIS
FORMA DE RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO DAS PLANTAS PORTADORAS.
EM UMA PRODUÇÃO DE LARANJAS.
➢ O PÉ DE LARANJA SERÁ CONSIDERADO PLANTA PORTADORA
➢ PARA QUE ELA DÊ FRUTOS, TEREMOS O PERÍODO DE TRANSFORMAÇÃO BIOLÓGICA
➢ QUE DARÁ ORIGEM A UM ATIVO BIOLÓGICO
➢ QUE IRÁ GERAR PRODUTOS AGRÍCOLAS QUE IRÃO PARA O ESTOQUE.
➢ UM PÉ DE LARANJA ( PLANTA PORTADORA) LEVA EM MÉDIA TRÊS ANOS PARA CHEGAR À FASE
DE FLORAÇÃO, ATÉ GERAR FRUTOS, A CONTABILIZAÇÃO DE TODOS OS SEUS GASTOS DE
FORMAÇÃO IRÁ COMPOR A AQUISIÇÃO DE UM ATIVO IMOBILIZADO, COM RECONHECIMENTO
E MENSURAÇÃO PELO PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 27-ATIVO IMOBILIZADO.
➢ NO MOMENTO EM QUE OCORRER PRIMEIRA FLORAÇÃO, ESTAMOS DIANTE DO PROCESSO DE
TRANSFORMAÇÃO BIOLÓGICA DE UM ATIVO BIOLÓGICO QUE IRÁ ORIGINAR UM PRODUTO
AGRÍCOLA.
➢ O PRODUTO AGRÍCOLA SERÁ MENSURADO PELO CPC 29 – ATIVO BIOLÓGICO E PRODUTO
AGRÍCOLA.
➢ NO MOMENTO DA COLHEITA, O PRODUTO AGRÍCOLA SERÁ CONSIDERADO ESTOQUE E TERÁ A
APLICAÇÃO DE RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO DO CPC 16 – ESTOQUES.
➢ APÓS A COLHEITA, REINICIAMOS O CICLO ATÉ A FLORAÇÃO, SOB AS REGRAS DO CPC - 27 –
ATIVO IMOBILIZADO, SÓ QUE, DESSA VEZ, NÃO PARA CONTABILIZAR OS GASTOS DA
FORMAÇÃO DA PLANTA PORTADORA, MAS PARA CONTABILIZAR O DESGASTE DA PLANTA
PORTADORA.
➢ DE FORMA RESUMIDA,