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MANUAL PRIMEIROS SOCORROS PARA LEIGOS

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Ambulatório 
Câmpus Passo Fundo/2016 
MANUAL BÁSICO DE 
PRIMEIROS SOCORROS 
2 
 
TELEFONES ÚTEIS 
 
Serviço de Atendimento móvel de urgência SAMU – 192 
Bombeiros – Resgate – 193 
Hospital São Vicente de Paula (Emergência) – (54) 3316-4003 
Hospital da Cidade (Emergência) – (54) 2103-3426 
Hospital Beneficente Dr. César Santos (Hospital Municipal) – (54) 3316-4500 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
ATENÇÃO 
 
Em casos de urgência e/ou emergência no Câmpus1, procure auxílio conforme 
a sequência2: 
 
 
1º Ambulatório do Câmpus; 
 
 
 
 
2º Chefia de Gabinete; 
 
 
 
 
3º Direção ou Coordenadores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1
 Conforme abordagem específica de cada situação de urgência e/ou emergência (descritos neste 
manual). 
2
 Deve-se primeiramente encaminhar a vítima até o Ambulatório do câmpus, caso o setor esteja 
fechado, procure auxílio com a Chefia de Gabinete, na ausência desta, procure a Direção ou um dos 
Coordenadores. 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Nem neste mundo nem fora dele, nada é possível pensar que possa ser considerado 
como bom sem limitação, a não ser uma só coisa: boa vontade.” 
Immanuel Kant 
5 
 
SUMÁRIO 
 
1. VERTIGEM E DESMAIO ................................................................................................ 6 
2. SANGRAMENTO NASAL – EPISTAXE ............................................................................. 8 
3. ASFIXIA ....................................................................................................................... 9 
4. HEMORRAGIA ........................................................................................................... 11 
5. FERIMENTOS............................................................................................................. 13 
6. FRATURAS ................................................................................................................ 16 
7. ENTORSE, LUXAÇÃO E CONTUSÃO............................................................................. 19 
8. QUEIMADURAS ......................................................................................................... 21 
9. CONVULSÃO ............................................................................................................. 25 
10. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR) ..................................................................... 27 
11. BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS ................................................................................. 33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
1. VERTIGEM E DESMAIO 
 
O que é? 
A vertigem e o desmaio caracterizam situações parecidas, cuja diferença está 
basicamente relacionada à intensidade do quadro. Em um quadro de vertigem há uma 
diminuição da força, visão turva e sensação iminente de perda da consciência. No 
desmaio há uma fraqueza muscular generalizada e perda da consciência, associada a 
palidez, pulso rápido e fraco e suor. 
 
Quais são as possíveis causas? 
 
 Ambientes com aglomeração de pessoas e com ventilação 
inadequada; 
 Fome; 
 Emoções fortes; 
 Dor intensa; 
 Circulação sanguínea insuficiente até o cérebro, etc. 
 
O que fazer3? 
 
 Na vertigem: sente a vítima e peça para que ela coloque a cabeça 
entre os joelhos, o socorrista deve fazer uma pressão (com sua mão) 
na nuca para baixo, enquanto a vítima deve forçar sua cabeça para 
cima por alguns segundos, isso irá aumentar o fluxo sanguíneo ao 
cérebro. 
 
 
 
 
 No desmaio: eleve as pernas da vítima – para aumentar o fluxo 
sanguíneo até o cérebro, vire a cabeça da vítima para o lado – 
evitando asfixia por refluxo, areje o ambiente, afrouxe roupas 
 
3
 Em qualquer situação de urgência ou emergência em que a vítima estiver consciente procure mantê-la 
calma. 
7 
 
apertadas. Se a vítima não acordar em torno de dois minutos, procure 
socorro médico/hospitalar. 
 
Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/clinica-geral/o-que-fazer-em-casos-de-
desmaio/625/# 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
2. SANGRAMENTO NASAL – EPISTAXE 
 
 
O que é? 
 
É a perda sanguínea pela cavidade nasal, ocorre com relativa frequência, pois 
como a cavidade nasal é intensamente vascularizada existe muita fragilidade local 
facilitando a ruptura de vasos. 
 
Quais são as possíveis causas? 
 
 Deformidades anatômicas; 
 Inalação de produtos químicos; 
 Inflamação ocasionada por sinusite crônica, rinite alérgica ou 
irritantes ambientais; 
 Corpos estranhos; 
 Tumores intranasais; 
 Utilização de medicamentos nasais; 
 Cirurgias prévias; 
 Trauma (incluindo assoar o nariz com força excessiva); 
 Fatores sistêmicos como problemas cardíacos, leucemias, etc. 
O que fazer? 
 Aperte as laterais do nariz contra o septo (osso que separa as narinas) 
por alguns minutos; 
 Mantenha a vítima sentada, com a cabeça levemente inclinada para 
frente (para evitar que o sangue seja engolido); 
 Não coloque nada nas narinas; 
 Avise a vítima para não assoar o nariz quando o sangramento parar, 
pois o vaso sanguíneo poderá romper novamente. Caso o 
sangramento persista, procure atendimento médico/hospitalar. 
 
 
Fonte: http://vivomaissaudavel.com.br/saude/primeiros-socorros/nariz-sangrando-
requer-calma-ao-socorrer/ 
9 
 
3. ASFIXIA 
 
O que é? 
É a obstrução mecânica das vias aéreas da vítima, quando algo causa um 
“engasgo” capaz de impedir a respiração. Caso não se atenda rapidamente a vítima a 
asfixia pode evoluir para uma parada cardiorrespiratória e levar a morte. 
 
O que fazer? 
Aplique a manobra de HEIMLICH. Técnica que tem por objetivo expulsar o 
corpo estranho que está causando a asfixia, pois a partir desta técnica se elimina o ar 
que está ainda nos pulmões, provocando uma “tosse artificial”. Consiste nos seguintes 
passos: 
 Verifique se a vítima está realmente engasgada, ou seja, não consegue 
falar, apresenta sinais de que está sufocando (mãos na garganta), 
agitação, a pele começa a ficar roxa; 
 Chamar o SAMU (ligar 192); 
 Posicione-se atrás da vítima que deve estar em pé, abrace-a em torno 
do abdômen, para dar maior sustentação passe uma de suas pernas 
entre as pernas da vítima: 
 
 
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAg3IAL/manobra-heimlich 
 Puxe a pessoa para cima rápida e vigorosamente em torno de 5 vezes, 
caso a vítima fique inconsciente inicie as manobras de reanimação 
cardiorrespiratória (item 10 do manual) até que chegue o socorro 
especializado. 
OBS.: Esta manobra pode ser aplicada em crianças maiores de um ano 
e adultos. 
Asfixia em mulheres grávidas e pessoas obesas 
 Chamar o SAMU (ligar 192); 
 Nestes casos, deve-se REALIZAR COMPRESSÕES TORÁCICAS e não 
abdominais. 
10 
 
Asfixia em bebês 
 Chamar o SAMU (ligar 192); 
 Deve-se realizar 5 tapotagens com a criança virada para baixo e 5 
compressões torácicas (conforme figura abaixo) até que o objeto que 
causou o sufocamento seja expulso ou até o bebe perder a 
consciência, se isso ocorrer inicie as manobras de reanimação 
cardiorrespiratória (item 10 do manual). 
 
 
Fonte: http://baudasreceitas.net.br/o-que-fazer-quando-a-criancas-se-engasga-com-comida/11 
 
4. HEMORRAGIA 
 
 
O que é e quais os tipos de hemorragia? 
É a lesão em um vaso sanguíneo, levando a um sangramento. A hemorragia 
pode ser interna ou externa e dependendo do volume de sangue perdido pode levar a 
morte. A hemorragia externa pode ser subdividida em três tipos: 
 Arterial: o sangue é vermelho brilhante e sua saída é intermitente; 
 Venosa: o sangue é vermelho escuro e sua saída é contínua; 
 Capilar: o sangue sai em pequena quantidade. 
 
Fonte: http://www.lifesavers.com.br/r/Controle-de-Sangramento-11.html 
 
 
O que fazer? 
 Proteja-se, se não houver luva, use um saco plástico ou similar; 
 Identifique o local exato da hemorragia, pois o sangue pode se 
espalhar e podemos atender um local errado; 
 Dobre um pano limpo e pressione o local; 
 Não fique retirando o pano para “espiar” se parou o sangramento, pois 
isso dificulta a coagulação no local, se o pano estiver muito 
encharcado apenas coloque outro por cima e continue a pressão; 
 Se a hemorragia ocorrer em um membro superior ou inferior, 
mantenha-o elevado, fazendo compressão indireta no mesmo vaso em 
local distante do ferimento; 
12 
 
 
Fonte: http://hospitaldachapada.com.br/novo/?m=201504 
 Encaminhe a vítima para atendimento médico/hospitalar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
5. FERIMENTOS 
 
 
Quais os tipos de ferimentos? 
Há basicamente dois tipos de ferimentos, os fechados e os abertos. 
 
1. Ferimentos Fechados: a pele da vítima não é rompida. Podem 
apresentar: inchaço, hematoma e equimose (extravasamento de vasos 
capilares). Causados por trauma de diversos tipos, como queda, 
pancada, etc. 
 
2. Ferimentos Abertos: há rompimento da pele. Podem ser causados a 
partir de um corte, uma perfuração, uma escoriação (atrito da pele), 
amputação, laceração (ex. mordidas de animais) e esmagamento. 
 
O que fazer? 
1. Ferimentos fechados: avaliar a extensão do ferimento, a forma como foi 
causado e o estado em que se encontra a vítima, se houver dificuldade 
para caminhar, ou movimentar algum membro, tontura, dor aguda – 
encaminhar para atendimento médico/hospitalar, caso contrário pode-se 
aplicar gelo local envolto em um pano limpo para alívio da dor. 
 
2. Ferimentos Abertos: 
 
2.1 Superficiais: como o sangramento normalmente é discreto pode-se 
lavar o local com água e sabão e proteger com atadura ou mesmo um 
pano limpo, NÃO retirar corpos estranhos (vidro, felpas, metal) a 
menos que saiam com facilidade durante a própria lavagem do local. 
Caso permaneçam corpos estranhos procure atendimento 
médico/hospitalar. 
 
 
Fonte: http://pt.wikihow.com/Cuidar-de-Ferimentos-Superficiais 
14 
 
 
Fonte: http://pt.wikihow.com/Cuidar-de-Ferimentos-Superficiais 
 
2.2 Perfurantes: a pele e os tecidos subjacentes sofrem uma perfuração 
causada por um objeto. Como proceder: 
 Atenção – a maioria deste tipo de ferimento não permite uma 
avaliação da profundidade da lesão, ou seja, até onde o objeto 
perfurou; 
 NUNCA retire o objeto perfurante e procure atendimento 
médico/hospitalar. 
 
 
Fonte: http://abordagempolicial.com/2010/09/instrumentos-perfurantes-cortantes-e-contundentes/ 
 
2.3 Avulsão da Pele: ferimento em que ocorre deslocamento da pele. Em 
uma avulsão pequena proceda da seguinte forma: 
 Lave o local com água e sabão; 
 Caso a pele ainda esteja presa recoloque esta pele em sua 
posição correta e pressione o local. 
SE O FERIMENTO FOR EXTENSO e a avulsão da pele for total, não 
havendo possibilidade de recolocá-la, deve-se transportar a vítima e 
a pele até o hospital, procedendo da seguinte forma: 
 Quando possível lave a pele com água; 
 Proteja esta pele em um pano limpo; 
15 
 
 Coloque a pele em um saco plástico e feche (amarre); 
 Coloque o saco contendo a pele em uma caixa de isopor ou 
outro recipiente com gelo em cubos ou britado; 
 NUNCA coloque em contato direto com gelo. 
 
 
Avulsão da pele do couro cabeludo. Fonte: 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-51752012000100003 
 
2.4 Amputação de Membros: ferimento em que há a separação de um 
membro do corpo causada por objetos cortantes, esmagamento ou 
forças de tração. Proceda da seguinte forma: 
 Controle a hemorragia – protegendo o local com pano limpo e 
NÃO FAÇA TORNIQUETE; 
 Se possível lave o membro amputado; 
 Proteja o membro amputado com um pano limpo; 
 Coloque-o em um saco plástico e feche (amarre); 
 Coloque o saco contendo o membro amputado em uma caixa 
de isopor ou outro recipiente com gelo em cubos ou britado; 
 NUNCA coloque o membro amputado em contato direto com 
gelo; 
 Transportar a vítima e o membro amputado o mais rápido 
possível para o hospital. 
 
 
 
 
 
 
16 
 
6. FRATURAS 
 
 
O que é e quais os tipos de fraturas? 
É a quebra da continuidade do osso. A fratura pode ser fechada – quando não 
houve rompimento da pele, ou seja, o osso não aparece; ou pode ser exposta – 
sempre que o osso aparecer a partir do rompimento da pele. 
 
 
Fonte: http://portalradiologia.blogspot.com.br/p/blog-page_19.html 
 
Quais as possíveis causas? 
A fratura pode ser causada por pancada direta, impacto violento, rotação 
repentina, etc. Devemos ficar atentos, pois além do osso outras estruturas ao redor 
podem ser prejudicadas, como tecidos, vasos, tendões. 
 
Quais os sinais e sintomas? 
Na fratura fechada podemos observar os seguintes sinais e sintomas: dor 
intensa no local, inchaço, hematoma, o membro permanece em uma posição anormal, 
dificuldade ou impossibilidade de movimentar o membro. No caso da fratura exposta o 
osso estará aparente, além de termos a possibilidade de ocorrer hemorragia pela 
ruptura de vasos. 
 
O que fazer? 
Fratura fechada: 
 Procure não movimentar o membro afetado; 
 Se possível imobilize o membro com uma madeira ou um papelão, 
prendendo com panos ou similares, evitando assim aumentar o risco 
de lesões internas; 
 NUNCA ofereça nenhum tipo de líquido ou alimento a vítima; 
 Encaminhe a vítima para atendimento médico/hospitalar. 
 
17 
 
 
Fonte: Manual de Primeiros Socorros para leigos – SAMU/2013. 
 
 
 
Fonte: Manual de Primeiros Socorros para leigos – SAMU/2013. 
 
 
Fratura exposta 
 
Vítima consciente: 
 Verifique se há hemorragia, se houver faça pressão no vaso com pano 
limpo; 
 Se possível imobilize o membro afetado com madeira, papelão ou 
revistas, fixe com panos (nunca fixar sobre o local afetado) – sem 
apertar em demasia. Lembre-se de sempre respeitar a posição em que 
o osso foi encontrado, ou seja, NUNCA MECHA NO OSSO; 
 Proteja o local em que o osso estiver exposto com um pano limpo; 
 NUNCA ofereça nenhum tipo de líquido ou alimento a vítima; 
 Encaminhe a vítima para atendimento médico/hospitalar. 
 
Vítima inconsciente: 
 Chame a Ambulância – SAMU (ligue 192); 
 Verifique pulso e respiração, na ausência destes inicie as manobras de 
reanimação cardiorrespiratória (item 10 do manual); 
 Se houver hemorragia pressione o vaso com um pano limpo, mas 
NUNCA MECHA NO OSSO, apenas o proteja com um pano limpo; 
 Continue as manobras de reanimação até retornarem os movimentos 
respiratórios e batimentos cardíacos ou até a chegada da ambulância 
para transporte e atendimento da vítima; 
 Lembre-se de DELEGAR FUNÇÕES: solicite que alguém ligue para 
ambulância, enquanto você verifica pulso e respiração, já vá 
18 
 
observando sehá hemorragia e peça a alguém para controlá-la. Enfim, 
organize o atendimento para que o socorro seja eficaz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
7. ENTORSE, LUXAÇÃO E CONTUSÃO 
 
 
O que é o entorse? 
É uma lesão dos ligamentos de uma articulação, sem que ocorra o 
deslocamento das superfícies articulares, conhecido também como torção. Ocorrem 
normalmente nos joelhos e tornozelos. 
 
 
Fonte: http://midiasport.com.br/artigos/ver/trail-running-entorse-de-tornozelo--prevencao 
 
O que é a luxação? 
É o desencaixe de um osso de sua articulação, associada à luxação pode 
ocorrer a ruptura de ligamentos. 
 
 
Fonte: http://www.fisioterapiaparatodos.com/p/dor-nos-dedos/trauma-nos-dedos/ 
 
O que é a contusão? 
É uma lesão provocada por um impacto forte nos tecidos moles do corpo. 
 
 
 
Fonte: http://www.avogel.pt/condicao/musculos-articulacoes/hematomas/ 
 
20 
 
Quais os sinais e sintomas em caso de entorse, luxação e contusão? 
 Dor que pode variar de intensidade; 
 Deformidade local; 
 Inchaço; 
 Movimentos limitados; 
 Hematoma e equimose. 
 
O que fazer em caso de entorse, luxação ou contusão? 
 Solicite que a vítima repouse; 
 Imobilize o membro; 
 Se possível mantenha-o elevado; 
 Aplique gelo no local; 
 Encaminhe para atendimento médico/hospitalar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
8. QUEIMADURAS 
 
O que são queimaduras? 
São lesões que podem ser produzidas por agentes físicos térmicos – calor ou 
frio, irradiação – raios solares, ou ainda podem ser produzidas por agentes químicos – 
ácidos ou soluções básicas fortes como, por exemplo, a soda cáustica. 
 
Como são classificadas as queimaduras? 
As queimaduras podem ser classificadas de acordo com a extensão e com a 
profundidade que atingem os tecidos. A classificação quanto à extensão das 
queimaduras mais utilizada é a chamada “Regra dos Nove”, proposta por Wallace. 
Assim, calcula-se a extensão da queimadura conforme a figura abaixo: 
 
 
Fonte: http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/queima.htm 
 
 
Quanto à profundidade a classificação das queimaduras é a seguinte: 
 
 QUEIMADURAS DE 1º GRAU 
Ocorre na epiderme – camada mais externa da pele. O local 
apresenta-se inchado, vermelho e a vítima sente ardor e 
hipersensibilidade local. 
22 
 
 
Fonte: http://www.mdsaude.com/2008/08/queimaduras-fotos.html 
 
O que fazer? 
 Resfrie o local com água fria, nunca gelada; 
 Ofereça água para a vítima. 
 
 QUEIMADURAS DE 2º GRAU 
Atinge a epiderme e a derme, bastante dolorida, ocorre formação de 
bolhas, inchaço. 
 
Fonte: http://www.mdsaude.com/2008/08/queimaduras-fotos.html 
 
O que fazer? 
 Resfriar o local com água fria em abundância; 
 Não fure as bolhas porque elas protegem o local contra 
infecção e podem acelerar a cicatrização; 
 Se houver alguma coisa presa à pele, não tente retirar; 
 Não coloque nenhum tipo de creme, pasta de dente ou 
outra substância na queimadura; 
 Proteja o local atingido e encaminhe para atendimento 
médico/hospitalar. 
 
 QUEIMADURAS DE 3º GRAU 
Há uma destruição de todas as camadas da pele, atingindo até mesmo 
órgãos – podendo levar a morte. Sua coloração pode variar desde 
23 
 
branca, avermelhada, escura ou carbonizada. Ela é indolor devido à 
destruição das terminações nervosas no local, porém a área ao redor 
é dolorosa por normalmente apresentar queimaduras de primeiro e 
segundo grau. 
 
 
Fonte: http://www.mdsaude.com/2008/08/queimaduras-fotos.html 
 
O que fazer? 
 Proceda da mesma forma que agiria em uma queimadura 
de primeiro e segundo graus; 
 Se ainda houver fogo na vítima, abafe o fogo com um 
cobertor ou casaco; 
 Cubra o local atingido com um pano limpo; 
 Encaminhe a vítima rapidamente para atendimento 
médico/hospitalar. 
 
 QUEIMADURAS DE 4º GRAU 
Caracteriza-se pela carbonização, havendo uma completa destruição 
dos tecidos. Frequentemente ocorrem em queimaduras elétricas e 
podem ser mais graves do que aparentam, visto que podem ocorrer 
lesões internas. Nestes casos haverá uma ferida de entrada que estará 
carbonizada e onde a eletricidade deixou o corpo haverá uma ferida 
de saída que exibe bordas explosivas. 
 
Fonte: http://pt.slideshare.net/CorenmsConselhoRegEnfermagem/tratamento-emergencial-em-
queimaduras-enf-cida-amaral-22765855 
24 
 
O que fazer? 
 Quando a queimadura for decorrente de choque elétrico, 
verifique se a fonte de energia já foi desligada, caso não seja 
possível desligá-la afaste a vítima da corrente utilizando um 
mau condutor de energia, como madeira, pedaços de tecidos 
fortes; 
 Chame a Ambulância – SAMU (ligue 192); 
 Verifique se a vítima sofreu parada cardiorrespiratória, se 
necessário inicie as manobras de reanimação (conforme o item 
10 do manual); 
 Caso os batimentos e a respiração retornem ao normal, 
lateralize a cabeça da vítima e aguarde a chegada do socorro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
9. CONVULSÃO 
 
 
O que é a convulsão? 
É uma descarga elétrica anormal que ocorre no cérebro, tendo como 
consequência uma contratura involuntária de todo o corpo ou de parte dele. 
 
Quais os tipos de convulsões? 
Elas podem ser de dois tipos: 
 Parciais ou focais: apenas um hemisfério cerebral é atingido, assim as 
contraturas podem ocorrer em apenas uma parte do corpo (ex.: em 
um braço); 
 Generalizadas: quando os dois hemisférios cerebrais são atingidos, as 
contraturas envolvem todo o corpo. 
 
 
Convulsão generalizada 
Fonte: http://www.medicinanet.com.br/m/conteudos/revisoes/4006/crise_convulsiva_febril.htm 
 
Quais as possíveis causas? 
 Genéticas; 
 Febre alta (principalmente em crianças menores de cinco anos); 
 Traumatismo craniano; 
 Hipertensão; 
 Tumor cerebral; 
 Alergias; 
 Abstinência de drogas, etc. 
 
O que fazer em uma convulsão parcial? 
 Encaminhe a vítima para atendimento médico/hospitalar, pois a 
convulsão pode evoluir para generalizada. 
 
 
26 
 
O que fazer em uma convulsão generalizada? 
 Proteja a vítima para que não se machuque – coloque algo sob sua 
cabeça – pode ser um casaco; 
 Tente lateralizar a cabeça da vítima, pois ela pode vomitar e aspirar o 
conteúdo para os pulmões; 
 Não coloque nada em sua boca e NUNCA TENTE SEGURAR SUA 
LÍNGUA; 
 Afaste objetos dela, como mesas, cadeiras; 
 A crise pode durar em torno de dois a três minutos, após a vítima pode 
estar um pouco sonolenta, mantenha sua cabeça lateralizada; 
 Encaminhe a vítima para atendimento médico/hospitalar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
10. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR) 
 
 
O que é? 
É a cessação dos batimentos cardíacos associada à parada respiratória. Após a 
PCR a vítima perde a consciência entre 10 e 15 segundos devido à ausência da 
circulação sanguínea cerebral. Desta forma, a reanimação cardiorrespiratória deve 
começar imediatamente, pois em cerca de 3 minutos a lesão cerebral começa a 
ocorrer. 
 
Quais as possíveis causas? 
 Doenças cardíacas; 
 Hemorragias; 
 Choque elétrico; 
 Doenças pulmonares; 
 Alergias; 
 Uso de drogas; Afogamentos, etc. 
 
O que fazer? 
 
Parada cardiorrespiratória em adultos 
 Vítima inconsciente – não responde ao toque e nem responde ao 
chamado em voz alta; 
 Chame SAMU (ligue 192); 
 Verifique presença de pulso – palpe a artéria carótida (não ultrapasse 
10 segundos para verificar): 
 
 
Palpação da artéria carótida. Fonte: 
http://www.unpa.edu.mx/~blopez/SoftwareEnfermeria/SE/sitios2012/presionpulso/pulsos.html 
 
 
 
28 
 
 Na ausência de pulso, deite a vítima com a barriga para cima em uma 
superfície dura; 
 Inicie suporte básico de vida4 - faça 30 compressões torácicas, 
conforme a técnica: 
 
 
Técnica das compressões torácicas (massagem cardíaca): 
 
1. Você deve ficar de joelhos, ao lado da vítima e seus braços 
devem ficar esticados; 
2. Coloque uma mão sobre a outra entre os mamilos da vítima; 
3. Utilize o peso do seu corpo (sempre mantendo os braços 
esticados) e faça pressão sobre o tórax (entre os mamilos) até 
você perceber que ele abaixa um pouco (aproximadamente 5 
centímetros). 
4. Atenção: a frequência da massagem é de no mínimo 100 
compressões/minuto até no máximo 120 compressões/minuto. 
 
 
 
Fonte: http://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-
doencas/568097/parada+cardiorrespiratoria+o+que+fazer.htm 
 
 Examine se há algo obstruindo as vias aéreas (corpo estranho) e 
remova5; 
 Em seguida aplique duas ventilações, conforme a técnica: 
 
 
4
 De acordo com as novas diretrizes da American Heart Association (AHA) 2010 de suporte básico de 
vida foram alteradas a sequência de atendimento em PCR de A-B-C para C-A-B (C – Compressão torácica 
externa; A – Via Aérea e B – Respiração Boca a Boca). Desta forma, deve-se iniciar as compressões 
torácicas antes das ventilações, tal alteração aumentou a taxa de sobrevivência das vítimas de PCR. 
5
 Remova o corpo estranho utilizando seu dedo indicador em “gancho”. Atenção: somente remova o 
material que causa a obstrução se for bem visível e de fácil acesso. 
29 
 
 
 
Técnica da ventilação (respiração boca a boca) 
 
1. Se não houver algo obstruindo a respiração – incline a cabeça 
da vítima e eleve o queixo (NÃO INCLINE a cabeça da vítima 
para trás se houver suspeita de trauma cervical); 
2. Após feche as narinas da vítima com os dedos da mão que 
está na frente; 
3. Inspire profundamente, coloque seus lábios sobre a boca da 
vítima e insufle (faça uma proteção entre os seus lábios e os 
da vítima, pegue um pedaço de saco plástico e fure com o 
dedo, coloque-o na boca da vítima, cada vez que você for 
realizar a respiração, seus lábios não tocarão os da vítima). 
 
 
 
Inclinação da cabeça e elevação do queixo 
Fonte: http://pt.slideshare.net/sousamarina/supoerte-bsico-de-vida 
 
 
 
 
 
Respiração boca a boca 
Fonte: http://pt.slideshare.net/alinenegromonte/parada-cardiorrespiratoria-17147834 
 
 
 A duração de cada ventilação boca a boca aplicada é de 1 segundo; 
 Mantenha 30 compressões para 2 ventilações; 
30 
 
 Continue realizando as manobras de reanimação cardiorrespiratória 
até retornarem os batimentos cardíacos e movimentos respiratórios 
da vítima ou até a chegada do socorro especializado. 
 
Parada cardiorrespiratória em lactentes e crianças6 
 Vítima inconsciente – não responde ao toque e nem responde ao 
chamado em voz alta; 
 Chame SAMU (ligue 192); 
 Verifique presença de pulso – palpe a artéria carótida em crianças e 
lactentes palpe a artéria braquial (não ultrapasse 10 segundos para 
verificar): 
 
 
Palpação da artéria braquial em lactentes. Fonte: 
http://www.iqm.unicamp.br/sites/default/files/23.03%20e%2030.03_No%C3%A7%C3%B5es%20de%20
Primeiros%20Socorros%20_Rosana%20e%20Tha%C3%ADs_1.pdf 
 
 Na ausência de pulso, deite a vítima com a barriga para cima em uma 
superfície dura; 
 Em lactentes realizar a compressão torácica 1 cm abaixo da linha 
intermamilar: 
 
6
 De acordo com American Heart Association (AHA) 2010 são considerados lactentes – bebês menores 
de 1 ano e crianças – aquelas de 1 ano até a idade do início da puberdade (adolescência) definida como 
desenvolvimento de mamas nas meninas e pelos axilares nos meninos; a partir daí, o tratamento é igual 
ao ofertado aos adultos. 
 
31 
 
 
Local de compressão torácica em lactentes (menores de 1 ano). Fonte: 
http://pt.slideshare.net/mercialisieux/reanimacao-neonatal-1751007 
 
 A melhor técnica de compressão torácica em lactentes é a que se 
utilizam os dois dedos polegares com as mãos circundando o corpo do 
bebê: 
 
 
Compressão torácica utilizando os dois dedos polegares do socorrista. Fonte: 
http://pt.slideshare.net/mercialisieux/reanimacao-neonatal-1751007 
 
 Em crianças deve-se realizar a compressão torácica utilizando a palma 
de uma mão na região intermamilar: 
 
 
Compressão torácica em crianças. Fonte: http://www.tuasaude.com/como-fazer-massagem-cardiaca/ 
 
 Tanto em lactentes quanto em crianças realizar 100 
compressões/minuto, com profundidade de 4 cm em lactentes e 
crianças maiores até 5 cm; 
32 
 
 Examine se há algo obstruindo as vias aéreas (corpo estranho) e 
remova; 
 Em seguida aplique duas ventilações – em lactentes a ventilação 
(respiração boca a boca) deve abranger a boca e nariz da vítima; 
 Lembre-se de inclinar a cabeça e elevar o queixo para facilitar a 
ventilação do lactente e criança em parada cardiorrespiratória; 
 Manter a mesma recomendação utilizada para os adultos de 30 
compressões cardíacas para cada 2 ventilações; 
 Continue realizando as manobras de reanimação cardiorrespiratória 
até retornarem os batimentos cardíacos e movimentos respiratórios 
da vítima ou até a chegada do socorro especializado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
11. BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS 
 
 
NASI, Luiz Antônio; et al. Rotinas em Pronto Socorro. 2ª Ed. Porto Alegre: Artmed. 
2005. 
HAZINSKI, Mary Fran; et al. Destaques das Diretrizes da American Heart Association. 
2010. Disponível em < https://www.heart.org/idc/groups/heart-
public/@wcm/@ecc/documents/downloadable/ucm_317343.pdf >. Acesso em: 13 de 
abril 2016. 
ROCHA, Marta Peres Sobral; et al. Suporte Básico de Vida e Socorros de Emergência. 
AVM Instituto. Brasília/DF. 2011. 
SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA – SAMU. Manual de Primeiros 
Socorros para Leigos. Sistema Único de Saúde (SUS). 2013.

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