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SEMINARIO LELÉ EDUARDO

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João da Gama Filgueiras Lima
Lelé
Biografia
Nasceu no Rio de Janeiro, dia 10 de janeiro de 1932;
Morreu em Salvador, no dia 21 de maio de 2014;
Conhecido popularmente pela alcunha de Lelé; 
Foi um arquiteto brasileiro cuja obra é reconhecida especialmente pelo conjunto de projetos que desenvolveu junto à Rede Sarah de hospitais.
Formou-se arquiteto pela Universidade do Brasil (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ), em 1955 e sob influência de Oscar Niemeyer e Nauro Esteves.
Mudou-se para Brasília ainda recém-formado, em 1957, ano em que foi iniciada a implantação do plano piloto de Lucio Costa.
Lelé e Niemeyer
Características Técnicas
As soluções de projeto, desde a implantação e volumetria do edifício até o desenvolvimento de cada detalhe construtivo e de fechamento, estão direcionadas para a interação entre os princípios da ventilação e iluminação naturais e proteção da radiação solar direta, visando ao conforto ambiental e à eficiência energética.
Foi na rede Sarah de Hospitais de Reabilitação que você conseguiu exercer de forma mais plena a proposta de uma arquitetura industrializada?
Foi, acho que sim. Graças, principalmente, a Aloysio Campos da Paz, que foi presidente da rede Sarah. Ele me deu muita autoridade, botava as coisas pra funcionar. Pudemos montar o CTRS [Centro de Tecnologia da Rede Sarah], produzindo todos os equipamentos como a cama-maca e as peças necessárias para a construção e manutenção dos hospitais da rede. Uma tecnologia projetada em função da locomoção e do bem-estar dos pacientes.
EM UMA ENTREVISTA PARA REVISTA TRIP...
Fonte: https://revistatrip.uol.com.br/trip-transformadores/joao-filgueiras-lima-o-lele
Hospital Rede Sarah, Rio de Janeiro
Especialidades
Ortopedia
Pediatria do desenvolvimento
Reabilitação 
Neurológica
Neurocirurgia
Genética Médica
Cirurgia Plástica Reparadora
Oncologia
Neuroreabilitação em Lesão Medular
Início do projeto 2001 / Conclusão da obra 2008
Área do terreno 80.000 m2 / Área construída 52.000 m2
Hospital de Reabilitação
O Auditório esférico e o Solário atirantado são os elementos esculturais de apoio.
Predominam a tipologia linear e a volumetria de grandes galpões, embora pontualmente a arquitetura revele o volume esférico do auditório e estrutura em balanço do solário.
Os blocos horizontais se conectam longitudinalmente, enquanto a interface com o exterior ocorre através do suave aclive e das grandes áreas ajardinadas.
O hospital conquista em relação ao entorno imediato, dado o tipo de coesão entre a edificação, o paisagismo e o desenho urbano
A cobertura retrátil do Auditório tem forma esférica e é composta por gomos de alumínio.
A posição excêntrica da cúpula do auditório permite a iluminação natural do palco.
Uma marquise sinuosa faz a conexão entre o bloco das internações e o auditório.
Passarela de acesso ao solário, ambientada pelo generoso espelho d'água
As coberturas curvas são características da arquitetura de Lelé para a Rede Sarah
O grande espelho d'água ladeia o bloco de internações, resguardando o hospital de possíveis inundações resultantes da variação do nível da lagoa de Jacarepaguá.
Passarelas do solário, interligadas aos dois andares do setor de internação através de lajes de estrutura metálica.
Os dois pavimentos das unidades de internação são interligados ao passeio central, que tem cobertura retrátil.
Os tetos das unidades de internação, por exemplo, são constituídos por esquadria metálica e aletas móveis de policarbonato que, ao serem abertas, possibilitam a iluminação e a ventilação naturais do ambiente. 
Sistema de insolação
Sistema de Ventilação
Parte inferior do prédio
Sistema de Ventilação
Parte superior do prédio
A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE VENTILAÇÃO: INTERAÇÃO ENTRE VENTILAÇÃO ARTIFICIAL E NATURAL
Dentre as obras do Lelé, chama a atenção a rede de Hospitais Sarah, especialmente o novo hospital Sarah Rio de Janeiro. As soluções de ventilação e iluminação naturais e seu consequente nível de desenvolvimento técnico é o nível ao que a arquitetura brasileira deve aspirar. Devido ao sistema híbrido de ventilação (natural, mecânica e artificial), à grande cobertura em formato de shed e ao novo forro de painéis basculantes, considera-se o Sarah Rio de Janeiro a principal referência e exemplo de uma constante evolução.
Centro de Exposições do Centro Administrativo da Bahia 
O edifício permanece inteiramente suspenso cinco metros acima do solo. Engasta-se em duas torres laterais idênticas, de onde partem tirantes que colaboram na estabilidade do edifício, que se desenvolve em balanços simétricos de volumes invertidos.
Em cada torre há um vazio cilíndrico cujo diâmetro mede quatro metros. Uma das torres abriga a escada; na outra torre foi instalada um elevador, que funciona por sistema hidráulico e suporta quarenta pessoas por viagem.
Elevador
Escadas
O edifício foi executado em concreto aparente armado moldado in loco. Apresenta uma planta retangular de cinquenta e dois metros de comprimento por nove metros de largura. Nele estão instalados o salão expositivo, a leste, e o anfiteatro, na extremidade oeste, cujo volume define um tronco de pirâmide invertida.
O salão expositivo tem cobertura em forma piramidal, que ilumina o recinto através de uma claraboia.
 O pé-direito médio da área expositiva mede seis metros.
Claraboia
O anfiteatro é conformado por um volume que define um tronco de pirâmide invertida, criando uma simetria invertida com o volume da cobertura da extremidade oposta. Nele, o piso desce níveis escalonados e consecutivos que moldam os degraus. Os assentos acompanham o delineado e encostam-se nos próprios degraus. Tem capacidade para cinquenta pessoas.
Anfiteatro
No piso inferior enterrado estão as dependências dos funcionários.
No piso térreo encontra-se a recepção e as áreas técnicas, como a torre de refrigeração e a subestação de energia.
Hospital Regional de Taguatinga
Localização: Setor B Sul - Taguatinga Sul, Brasília - DF, Brasil
Área: 27.69 m2 Ano do projeto: 1968
O edifício é uma barra alongada construído a partir de um sistema pré-fabricado de concreto armado. 
Longitudinalmente é definido por uma sequência de pórticos centrais cujas mísulas apoiam vigas. 
Esse sistema configura a circulação principal do edifício. 
Caixas vazadas estruturais constituem as fachadas mais extensas. 
São unidas estruturalmente e separadas verticalmente por uma viga de bordo contínua moldada in loco. 
No sentido transversal, lajes tubadas vinculam-se àquela viga de bordo e se apoiam nas vigas dos pórticos centrais.
As lajes transversais têm um metro e dez centímetros de largura. 
Técnicas construtivas
Cada grupo de três lajes totaliza três metros e trinta centímetros de largura e correspondem a um módulo de fachada.
A caixa avança em relação ao plano da fachada um metro e cinqüenta centímetros.
 
Em seu plano interno, está uma janela composta por quatro folhas de vidro dispostas assimetricamente e estruturadas por esquadrias constituídas de perfis  metálicos de tamanhos variáveis.
O partido adotado 
O partido adotado na implantação do edifício em terreno de acentuada inclinação culminou na concepção de quatro níveis. 
No primeiro nível está o bloco de internação constituído por cinco pavimentos escalonados. As lajes instituídas pelo escalonamento dos pavimentos estabeleceram os solários da hospitalização nos terraços que foram ajardinados.
Os recintos de serviços gerais ficam no segundo nível. 
No terceiro nível estão as áreas de atendimento médico: emergência, arquivo, bloco cirúrgico e obstetrício, além de outros serviços complementares. 
Esses dois últimos níveis estão conectados ao primeiro por meio de rampas e de uma prumada de circulação vertical.
No quarto nivel a edificação é desconictada do restante do conjunto e sua cobertura e e formamapor sheds pre-moldados que medem 11 metros de comprimentos assentados em forma de abóbodas de arestas.
FIM

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