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Paver com resíduos sólidos

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UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FRANCIELE DA SILVA DOS SANTOS 
 
 
 
ESTUDO DE VIABILIDADE DE FABRICAÇÃO DE PAVER COM RESÍDUOS SÓLIDOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LAGES SC 
2018 
FRANCIELE DA SILVA DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DE VIABILIDADE DE FABRICAÇÃO DE PAVER COM RESÍDUOS SÓLIDOS 
 
 
Trabalho de Curso submetido à Universidade do 
Planalto Catarinense para obtenção dos créditos de 
disciplina Trabalho de Conclusão de Curso 
equivalente no curso de Engenharia Civil. 
 
Orientação: Prof. Volmir Pitton. Grad. 
 
 
 
 
LAGES SC 
2018
 
FRANCIELE DA SILVA DOS SANTOS 
 
 
ESTUDO DE VIABILIDADE DE FABRICAÇÃO DE PAVER COM RESÍDUOS SÓLIDOS 
 
 
Este Trabalho de Curso foi julgado adequado para 
obtenção dos créditos da disciplina de Trabalho de 
Curso, do 9º. Semestre, obrigatória para obtenção 
do título de: 
 
ENGENHEIRO CIVIL 
 
 
 
 
Lages (SC), 02 de Junho de 2018. 
 
 
________________________________________ 
Prof. Johnny Rocha Jordan 
Professor de TCC 
___________________________________ 
Prof. Alexandre Tripolli Venção 
Coordenador do Curso de Engenharia 
Civil 
 
BANCA EXAMINADORA: 
 
 
___________________________________ 
Prof. Eng. Civil Volmir Pitton 
Orientador 
 
 
 
____________________________________ 
Prof. Maurício César Brun 
Avaliador 1 
___________________________________ 
Prof. Gastão Pericles Lopes Carsten 
Avaliador 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aos meus pais Paulo J. dos Santos e Nilda 
T. da Silva, as minhas irmãs Sabrina C. Godoi e 
Anelise S. Peixer, a meu namorado João O. Avila e 
familiares mais próximos. 
 
A todos os Professores do curso de 
Engenharia Civil da instituição Uniplac, e que se 
dedicam a nos ensinar todos os dias. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Em primeiro lugar à Deus pelo dom da vida, aos meus pais, aos meus familiares mas 
próximos, amigos e amigas adquiridos ao longo da faculdade, que sempre apoiaram e sempre 
me incentivaram. 
Em especial ao Clube das Luluzinhas, ao qual fazem parte Ana P. Ichtchuk, Andrea C. 
Flores, Luana V. , Mariana V. Dalponte e Patrícia Moraes. 
Ao Professor da disciplina de TCC Johnny Rocha Jordan, por todo conhecimento 
repassado e toda a compreensão. 
Ao Professor Volmir Pitton por me orientar neste relatório e por todo conhecimento 
repassado. 
Ao coordenador do curso de Engenharia Civil Alexandre Trípoli Venção, pela 
dedicação e atenção com os acadêmicos do curso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". 
Antoine Lavoisier 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 1 - Bloco cerâmico de vedação com furos na horizontal .................. 28 
Figura 2 - Telha francesa .............................................................................. 28 
Figura 3 - Bloco de concreto estrutural ........................................................ 29 
Figura 4 - Azulejos ....................................................................................... 30 
Figura 5 - Características .............................................................................. 33 
Figura 6 - Exemplo de blocos de concreto tipo I .......................................... 51 
Figura 7 - Exemplo de blocos de concreto tipo II ........................................ 52 
Figura 8 - Exemplo de blocos de concreto tipo III ....................................... 52 
Figura 9 - Exemplo de blocos de concreto tipo IV ....................................... 53 
Figura 10 - Cavaco de aço ............................................................................ 56 
Figura 11 - Ninhos de cavacos ...................................................................... 57 
Figura 12 - Resíduos Construção Civil forma bruta .................................... 58 
Figura 13 - Resíduos Construção Civil britado ............................................ 58 
Figura 14 - Massa mínima, por amostra de ensaio ....................................... 59 
Figura 15 - Série de peneiras ........................................................................ 60 
Figura 16 - Fôrma geminada ......................................................................... 76 
Figura 17 - Parede lateral I piloto ................................................................. 77 
Figura 18 - Parede lateral II piloto ................................................................ 77 
Figura 19 - Face superior piloto .................................................................... 78 
Figura 20 - Cavaco de bronze TM 23 ........................................................... 82 
Figura 21 - Parede lateral I bronze................................................................ 84 
Figura 22 - Parede lateral II bronze .............................................................. 84 
Figura 23 - Face superior bronze .................................................................. 84 
Figura 24 - Cavaco de aço SAE 1045 ........................................................... 90 
Figura 25 - Parede lateral I aço ..................................................................... 92 
Figura 26 - Parede lateral II aço.................................................................... 92 
Figura 27 - Face superior aço ....................................................................... 93 
Figura 28 - Parede lateral I resíduos da construção civil ............................ 100 
Figura 29 - Parede lateral II resíduos da construção civil........................... 101 
Figura 30 - Face superior resíduos da construção civil .............................. 101 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 -Ensaio 1 – Areia média. _______________________________ 61 
Tabela 2 -Ensaio 2 – Areia média. _______________________________ 62 
Tabela 3 -Ensaio 1 – Pedrisco. __________________________________ 64 
Tabela 4 -Ensaio 2 – Pedrisco. __________________________________ 65 
Tabela 5 -Ensaio 1 – Resíduos da construção civil ___________________ 66 
Tabela 6 -Ensaio 2 – Resíduos da construção civil ___________________ 67 
Tabela 7 -Ensaio 1 – Bronze TM 23 ______________________________ 69 
Tabela 8 -Ensaio 2 – Bronze TM 23 ______________________________ 70 
Tabela 9 -Ensaio 1 – AÇO SAE 1045 ____________________________ 71 
Tabela 10 -Ensaio 2 – AÇO SAE 1045 ___________________________ 72 
Tabela 11 -Traço de concreto ___________________________________ 74 
Tabela 12 -Volume de concreto _________________________________ 75 
Tabela 13 -Quantidades dos componentes _________________________ 75 
Tabela 14 -Resistência à compressão _____________________________ 79 
Tabela 15 -Resistência à compressão estimada _____________________ 79 
Tabela 16 -Índice de forma _____________________________________ 80 
Tabela 17 -Traço de concreto ___________________________________ 82 
Tabela 18 -Volume de concreto _________________________________ 83 
Tabela 19 -Quantidades dos componentes _________________________ 83 
Tabela 20 -Resistência à compressão _____________________________ 86 
Tabela 21 -Resistência à compressão estimada _____________________ 86 
Tabela22 -Índice de forma _____________________________________ 87 
Tabela 23 -Traço de concreto ___________________________________ 90 
Tabela 24 -Volume de concreto _________________________________ 91 
Tabela 25 -Quantidades dos componentes _________________________ 91 
Tabela 26 -Resistência à compressão _____________________________ 94 
Tabela 27 -Resistência à compressão estimada _____________________ 95 
Tabela 28 -Índice de forma _____________________________________ 96 
Tabela 29 -Traço de concreto ___________________________________ 99 
Tabela 30 -Volume de concreto _________________________________ 99 
Tabela 31 -Quantidades dos componentes ________________________ 100 
Tabela 32 -Resistência à compressão ____________________________ 103 
Tabela 33 -Resistência à compressão estimada ____________________ 103 
Tabela 34 -Índice de forma ____________________________________ 104 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
 
Quadro 1 - Taxas de desperdício de materiais ______________________ 25 
Quadro 2 - Classificação das classes dos resíduos da construção civil ___ 26 
Quadro 3 - Tipos de argilas ____________________________________ 27 
Quadro 4 - Classificação das classes de blocos de concreto ___________ 29 
Quadro 5 - Definições dos componentes __________________________ 33 
Quadro 6 - Sistema SAE de classificação dos aços __________________ 45 
Quadro 7 - Ligas do bronze ____________________________________ 48 
Quadro 8 - Tolerâncias dimensionais das peças de concreto ___________ 54 
Quadro 9 - Resistência característica à compressão __________________ 55 
Quadro 10 -Resistência à abrasão ________________________________ 55 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
Gráfico 1 - Curva granulométrica ensaio 1 – Areia média........................... 61 
Gráfico 2 - Curva granulométrica ensaio 2 – Areia média........................... 62 
Gráfico 3 - Curva granulométrica ensaio 1 - Pedrisco................................. 63 
Gráfico 4 - Curva granulométrica ensaio 2 - Pedrisco................................. 64 
Gráfico 5 -Curva granulométrica ensaio 1 –Resíduos da construção civil... 66 
Gráfico 6 - Curva granulométrica ensaio 2-Resíduos da construção civil... 67 
Gráfico 7 - Curva granulométrica ensaio 1 - Bronze.................................. 68 
Gráfico 8 - Curva granulométrica ensaio 2 - Bronze................................... 69 
Gráfico 9 - Curva granulométrica ensaio 1 - Aço......................................... 71 
Gráfico 10 - Curva granulométrica ensaio 1 - Aço....................................... 72 
Gráfico 11 - Amostra base e bronze TM 23................................................. 88 
Gráfico 12 - Amostra base e aço SAE 1045................................................. 97 
Gráfico 13 - Amostra Base e Resíduos da Construção Civil...................... 105 
Gráfico 14 – Comparação geral..................................................................106 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
 
RCC Resíduos da Construção Civil 
TM 
SAE 
CREA 
PVC 
PVA 
MPa 
MF 
ABNT 
NBR 
CO 
ISO 
a.C 
Termomecanica 
Society of Automotive Engineers 
Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura 
Cloreto de polivinila 
Acetato de polivinila 
Megapascal 
Modulo de finura 
Associação Brasileira de Normas Técnicas 
Norma Brasileira 
Monóxido de Carbono 
Organização Internacional de Normalização 
Antes de Cristo 
 
 
 
 
. 
RESUMO 
 
Este presente trabalho de conclusão de curso tem como tema central a viabilidade de fabricação 
de pavimentos intertravado tipo I, com resíduos da construção civil, bronze TM 23 e aço SAE 
1045. Essa pesquisa tem como foco principal na resistência à compressão dos pavers de 
concreto com resíduos. Feito uma amostra para fins de comparação com as demais amostras 
com resíduos, os quais foram confeccionados com o mesmo traço de concreto. Quanto à 
metodologia, trata-se de uma pesquisa experimental, realizadas em laboratório, que pode 
oferecer benefícios ao meio em que vivemos. A coleta das amostras foram realizadas em duas 
empresas distintas do município de Lages — SC, uma delas numa empresa de entulhos da 
construção civil e a outra numa empresa de usinagem de peças. Os dados apontam que a 
resistência à compressão, das amostras não atende exigências da norma técnica ABNT NBR 
9781:201. A amostra que deve um melhor desempenho foi com adição de rejeitos de aço SAE 
1045. 
 
Palavras-chave: Pavers; Resíduos; Compressão; 
 
ABSTRACT 
 
 
This present work of course completion has as its central theme the feasibility of fabrication of 
interlocking type I pavements, with construction waste, TM 23 bronze and SAE 1045 steel. 
This research has as main focus the compressive strength of concrete pavers with waste. A 
sample was made for purposes of comparison with the other samples with residues, which were 
made with the same concrete trace. As for the methodology, it is an experimental research, 
carried out in a laboratory, that can offer benefits to the environment in which we live. The 
samples were collected in two different companies in the municipality of Lages - SC, one of 
them in a rubble construction company and the other in a part machining company. The data 
indicate that the compressive strength of the samples does not meet the requirements of 
technical standard ABNT NBR 9781: 201. The sample that should perform better was with the 
addition of SAE 1045 steel tailings. 
 
Keywords: Pavers; Waste; Compression; 
SUMÁRIO 
1 JUSTIFICATIVA ________________________________________________________ 18 
2 PROBLEMATIZAÇÃO ___________________________________________________ 19 
3 OBJETIVO DE ESTUDO __________________________________________________ 20 
4 PROBLEMA DE PESQUISA _______________________________________________ 21 
5 OBJETIVOS ____________________________________________________________ 22 
5.1 Objetivo geral __________________________________________________________ 22 
5.2 Objetivos específicos ____________________________________________________ 22 
6 HIPÓTESE _____________________________________________________________ 23 
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS _________________________________________ 24 
7.1 Resíduos da construção civil ______________________________________________ 24 
7.1.1 Introdução ___________________________________________________________ 24 
7.1.2 Desperdício __________________________________________________________ 24 
7.1.3 A Resolução do CONAMA 307/2002 ______________________________________ 25 
7.2 Definições dos resíduos oriundos da construção civil ___________________________ 27 
7.2.1 Componentes cerâmicos ________________________________________________ 27 
7.2.2 Definição ____________________________________________________________ 27 
7.2.3 Argila _______________________________________________________________ 27 
7.3 TIJOLOS MACIÇOS E BLOCOS PARA ALVENARIA ________________________ 27 
7.4 TELHAS ______________________________________________________________ 28 
7.5 blocos de concreto ______________________________________________________ 29 
7.6 GRÊS CERÂMICOS ____________________________________________________ 30 
7.7 AZULEJO _____________________________________________________________ 30 
7.8 PLÁSTICOS ___________________________________________________________ 30 
7.8.1 Termoplásticos _______________________________________________________ 31 
7.8.2 Termofixos ___________________________________________________________ 31 
7.8.3 Elastômeros __________________________________________________________31 
7.9 ARGAMASSA _________________________________________________________ 31 
7.10 concreto _____________________________________________________________ 32 
7.10.1 Produção do concreto _________________________________________________ 32 
7.10.2 Concreto convencional ________________________________________________ 32 
7.10.3 Aglomerantes ________________________________________________________ 32 
7.10.4 Cimento ____________________________________________________________ 32 
7.10.5 Agregados __________________________________________________________ 34 
 
7.10.6 Classificação dos agregados ____________________________________________ 34 
8 GRANULOMETRIA _____________________________________________________ 35 
8.1 Agregados miúdos ______________________________________________________ 35 
8.2 Agregados graúdos ______________________________________________________ 35 
9 ADENSAMENTO ________________________________________________________ 36 
10 CURA ________________________________________________________________ 37 
11 RESÍDUOS SÓLIDOS NA SOCIEDADE ____________________________________ 38 
11.1 Tipos de resíduos sólidos ________________________________________________ 38 
11.2 Resíduos domiciliares ___________________________________________________ 38 
11.3 Resíduos orgânicos _____________________________________________________ 38 
11.4 Resíduos inorgânicos ___________________________________________________ 39 
11.5 Resíduos de limpeza urbana ______________________________________________ 39 
11.6 Resíduos especiais _____________________________________________________ 39 
12 BENEFÍCIOS DA REDUÇÃO E REAPROVEITAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 40 
13 FERRO _______________________________________________________________ 41 
13.1 A História do Ferro ____________________________________________________ 41 
13.2 Definição ____________________________________________________________ 41 
13.3 Fabricação do aço _____________________________________________________ 42 
13.4 Ferro – gusa __________________________________________________________ 42 
13.5 Características do aço __________________________________________________ 43 
13.6 Tipos de aço __________________________________________________________ 43 
13.6.1 Aços carbono ________________________________________________________ 43 
13.6.2 Aços liga ___________________________________________________________ 43 
13.7 Aço de alta resistência a corrosão atmosférica _______________________________ 44 
13.8 Aço inoxidável ________________________________________________________ 44 
13.9 Classificação do aço ____________________________________________________ 45 
13.9.1 Aço SAE 1045 _______________________________________________________ 45 
14 BRONZE ______________________________________________________________ 46 
14.1 A História da bronze____________________________________________________ 46 
14.2 Estanho ______________________________________________________________ 46 
14.3 Cobre _______________________________________________________________ 47 
14.4 Características do bronze ________________________________________________ 47 
14.5 Bronze TM 23 _________________________________________________________ 48 
15 PAVERS _______________________________________________________________ 50 
 
15.1 Histórico _____________________________________________________________ 50 
15.2 Pavimento intertravado _________________________________________________ 50 
15.2.1 Intertravamento ______________________________________________________ 50 
15.3 Peça de concreto ______________________________________________________ 51 
15.4 CARACTERÍSTICAS ___________________________________________________ 51 
15.4.1 Formatos ___________________________________________________________ 51 
15.4.2 Tipo I ______________________________________________________________ 51 
15.4.3 Tipo II _____________________________________________________________ 51 
15.4.4 Tipo III _____________________________________________________________ 52 
15.4.5 Tipo IV _____________________________________________________________ 52 
15.5 FABRICAÇÃO ________________________________________________________ 53 
15.5.1 MATERIAIS _________________________________________________________ 53 
15.6 Dimensões e tolerâncias _________________________________________________ 54 
15.7 Resistência característica à compressão ____________________________________ 54 
15.8 Absorção de àgua ______________________________________________________ 55 
15.9 Resistência à abrasão ___________________________________________________ 55 
16 METODOLOGIA _______________________________________________________ 56 
17 GRANULOMETRIA ____________________________________________________ 59 
17.1 Amostragem __________________________________________________________ 59 
17.2 Classificação dos agregados _____________________________________________ 59 
17.3 Aparelhagem __________________________________________________________ 60 
17.4 Ensaio areia média _____________________________________________________ 61 
17.5 Relatórios dos ensaios __________________________________________________ 61 
17.6 Ensaio pedrisco _______________________________________________________ 63 
17.6.1 Relatórios dos ensaios _________________________________________________ 63 
17.7 Ensaio Resíduos da construção civil _______________________________________ 66 
17.7.1 Relatórios dos ensaios _________________________________________________ 66 
17.8 Ensaio bronze TM 23 ___________________________________________________ 68 
17.8.1 Relatórios dos ensaios _________________________________________________ 68 
17.9 Ensaio aço SAE 1045 ___________________________________________________ 71 
17.9.1 Relatórios dos ensaios _________________________________________________ 71 
18 FABRICAÇÃO DOS PAVIMENTOS INTERTRAVADOS ______________________ 74 
18.1 Pavers sem resíduos ____________________________________________________ 74 
18.1.1 Procedimento ________________________________________________________ 74 
 
18.1.2 Traço do Concreto ____________________________________________________ 74 
18.1.3 Volume de concreto para amostras _______________________________________ 74 
18.1.4 Dosagem experimental ________________________________________________ 75 
18.1.5 Materiais ___________________________________________________________ 75 
18.1.6 Equipamentos _______________________________________________________ 76 
18.1.7 Ensaio _____________________________________________________________ 76 
18.1.8 Inspeção das peças ___________________________________________________ 76 
18.1.9 Determinação da resistência característicos à compressão ____________________ 78 
18.1.10 Método de ensaio ____________________________________________________ 78 
18.1.11 Equipamentos ______________________________________________________ 79 
18.1.12 Resultados da resistência características à compressão (FPK) ________________ 79 
18.1.13 Resistência à compressão estimada _____________________________________ 79 
18.1.14 índice de forma (IF) das peças _________________________________________ 80 
18.1.15 Considerações finais da amostra analisada _______________________________ 80 
18.2 PAVERS COM ADIÇÃO DE BRONZE TM 23 _______________________________ 81 
18.2.1 Procedimento ________________________________________________________ 81 
18.2.2 Traço do Concreto ____________________________________________________ 82 
18.2.3 Volume de concreto para amostras _______________________________________ 82 
18.2.4 Dosagem experimental ________________________________________________ 83 
18.2.5 Ensaio _____________________________________________________________ 83 
18.2.6 Inspeção das peças ___________________________________________________83 
18.2.7 Determinação da resistência característicos à compressão ____________________ 85 
18.2.8 Método de ensaio _____________________________________________________ 85 
18.2.9 Equipamentos _______________________________________________________ 85 
18.2.10 Resultados da resistência características à compressão (fpk) _________________ 86 
18.2.11 Índice de forma (IF) das peças _________________________________________ 87 
18.2.12 Considerações finais da amostra analisada _______________________________ 87 
18.2.13 Comparação entre as amostras _________________________________________ 88 
18.3 PAVERS COM ADIÇÃO DE AÇO SAE 1045 ________________________________ 89 
18.3.1 Procedimento ________________________________________________________ 89 
18.3.2 Traço do Concreto ____________________________________________________ 90 
18.3.3 Volume de concreto para amostras _______________________________________ 90 
18.3.4 Dosagem experimental ________________________________________________ 91 
18.3.5 Ensaio _____________________________________________________________ 91 
 
18.3.6 Inspeção das peças ___________________________________________________ 92 
18.3.7 Determinação da resistência característicos à compressão ____________________ 94 
18.3.8 Método de ensaio _____________________________________________________ 94 
18.3.9 Equipamentos _______________________________________________________ 94 
18.3.10 Resultados da resistência características à compressão (fpk) _________________ 94 
18.3.11 Índice de forma (IF) das peças _________________________________________ 96 
18.3.12 Considerações finais da amostra analisada _______________________________ 96 
18.3.13 Comparação entre as amostras _________________________________________ 97 
18.4 Pavers com adição de resíduos da construção civil ___________________________ 98 
18.4.1 Procedimento ________________________________________________________ 98 
18.4.2 Traço do Concreto ____________________________________________________ 98 
18.4.3 Volume de concreto para amostras _______________________________________ 99 
18.4.4 Dosagem experimental ________________________________________________ 99 
18.4.5 Ensaio ____________________________________________________________ 100 
18.4.6 Inspeção das peças __________________________________________________ 100 
18.4.7 Determinação da resistência característicos à compressão ___________________ 102 
18.4.8 Método de ensaio ____________________________________________________ 103 
18.4.9 Equipamentos ______________________________________________________ 103 
18.4.10 Resultados da resistência características à compressão (fpk) ________________ 103 
18.4.11 Índice de forma (IF) das peças ________________________________________ 104 
18.4.12 Considerações finais da amostra analisada ______________________________ 105 
18.4.13 Comparação entre as amostras ________________________________________ 105 
19 CONSIDERAÇÕES FINAIS _____________________________________________ 107 
20 CONCLUSÃO _________________________________________________________ 108 
21 REFERÊNCIAS _______________________________________________________ 109 
 
 
 
 18 
1 JUSTIFICATIVA 
 
Como é possível observar no nosso cotidiano, assuntos sobre resíduos sólidos está cada 
vez mais em pautas, devido à industrialização e o excessivo consumo, tanto de bens e serviços, 
em parte devida ao crescimento populacional. Com esse salto na produção de materiais e 
produtos, podemos destacar a geração de resíduos de pequenas e grandes obras na construção 
civil, com consequente impacto ambiental. Em busca de uma solução prática, os resíduos 
sólidos podem ser reutilizados como matéria-prima para outras destinações. 
A implantação de resíduos na fabricação de peças pré — moldadas de concreto 
pavers, que pode ser utilizadas em pavimentação de vias urbanas, estacionamentos ou em 
calçadas, isso trará reflexos positivos no âmbito social, ambiental e econômico. Pois, 
proporciona a abertura de novos mercados, gera trabalho, emprego e renda, também preserva 
recursos naturais, economia de energia, redução de volume de aterro, conduz à inclusão social 
e diminui os impactos ambientais provocados pela disposição inadequada dos resíduos. 
 19 
2 PROBLEMATIZAÇÃO 
 
A preocupação com questões ambientais junto a um novo modelo econômico tem 
levado grandes empresas repensarem a forma de utilização dos recursos naturais. Cada produto 
hoje que é fabricado utiliza grandes quantidades de matérias-primas e geram imensos volumes 
de resíduos, por serem fabricados em massa, para suprimir o consumo desenfreado da 
população, causando diversos fatores negativos ao meio ambiente como impactos a atmosfera, 
aos lençóis freáticos e saúde pública, etc. Um dos grandes problemas da reciclagem de lixo é a 
dificuldade enfrentada pelos cidadãos em descartar o material corretamente. 
A escassez de coleta seletiva prejudica a reciclagem, diversos resíduos secos são 
misturados aos úmidos, diminuindo assim o percentual de aproveitamento. Com as dificuldades 
de criar um aterro sanitário que atenda as licenças ambientais, muitos resíduos são descartados 
de maneira incorreta e em locais não autorizados. São muitos os problemas gerados pelo lixo, 
produzimos diariamente uma quantidade imensa de resíduos. 
Costuma-se dizer que os transtornos do lixo podem ser solucionados a partir da 
regra dos quatro Rs: reduzir, reutilizar, reciclar e repensar. Soluções práticas que podem 
minimizar a quantidade de resíduos que são descartados aos aterros. Diante ao exposto à 
pesquisa pretende analisar a viabilidade técnica da substituição de alguns resíduos sólidos na 
fabricação de blocos pré — moldados pavers, visando reduzir danos ao meio ambiente. 
 20 
3 OBJETIVO DE ESTUDO 
 
Estudar formulações com resíduos sólidos para a confecção de diversos pavers. De 
modo que se obtenha uma mistura homogênea e dentro das normas técnicas. 
 
 21 
4 PROBLEMA DE PESQUISA 
 
• Pavers em concreto utilizando resíduos sólidos iram atender as normas técnicas? 
• Qual o comportamento mecânico das peças produzidas quando acrescentado agregado 
reciclado? 
• Qual a relação de consumo de cimento para cada agregado utilizado? 
• Qual será o melhor resíduo, dentre os estudados, para se fabricar um bloco paver? 
• Os corpos de provas estarão de acordo com os requisitos exigidos pela norma? 
 
 22 
5 OBJETIVOS 
 
5.1 OBJETIVO GERAL 
Análise de viabilidade da fabricação de blocos pré — moldados pavers para 
pavimentação urbana, utilizando-se de materiais de reuso de obras, entre outros, mais 
especificamente agregados miúdos triturados, assim reduzindo a degradação e o impacto 
ambiental. 
 
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
• Identificar tipos de resíduos que podem ser viáveis para a fabricação de pavers; 
• Criar traços de concreto com resíduos para analise em laboratório; 
• Confeccionar e testar pavers dentro das normas técnicas; 
• Analisar o desempenho dos corpos de prova. 
 
 23 
6 HIPÓTESE 
 
É possível incorporar na fabricação de pavers resíduos sólidos tais como: bronze TM 
23, aço SAE 1045, resíduos da construção civil (RCC), alumínio, pó de vidro, pó de borracha 
e areia descartada de fundição, dentro das normas técnicas. 
 24 
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
7.1 RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
7.1.1 Introdução 
 
A geração dos Resíduos da Construção Civil — RCC tem de se, na grande maioria, às 
perdas de materiais em obras da construção civil, durante a execução parte dos materiais 
utilizados em obra, são desperdiçados tanto por danos no recebimento, manuseio, transporte ou 
até mesmo no armazenamento.A indústria da construção civil é marcada como o setor de serviços humanos que mais 
sucumbe dos recursos naturais e usufrui de energia, gerando vastos impactos ambientais. Tais 
impactos não estão relacionados apenas ao consumo de matéria e energia, mas, também a 
geração de resíduos. Ampliações, reformas e demolições são outras atividades que também 
contribuí na geração de resíduos da construção civil. 
Dentre os inúmeros fatores que contribuem para a geração dos RCC estão: 
Os problemas relacionados ao projeto, seja pela falta de definições e/ou detalhamentos 
satisfatórios, falta de precisão nos memoriais descritivos, baixa qualidade dos 
materiais adotados, baixa qualificação da mão-de-obra, o manejo, transporte ou 
armazenamento inadequado dos materiais, a falta ou ineficiência dos mecanismos de 
controle durante a execução da obra, ao tipo de técnica escolhida para a construção 
ou demolição, aos tipos de materiais que existem na região da obra e finalmente à falta 
de processos de reutilização e reciclagem no canteiro. (CREA – PR, 2012) 
 
7.1.2 Desperdício 
 
O desperdício está intensamente, voltado na nossa cultura, podemos verificar tal fato 
quando observando os grandes volumes de lixos que são recolhidos todos os dias nas nossas 
cidades. Dessa mesma forma, também acontece na nossa legislação civil, em que um conjunto 
de fatores danosos agrava a situação com uma cifra de 30% a 35% de desperdícios. 
Este desperdício vem se prolongando ao longo dos anos, em consequência a falta de 
qualidade dos projetos, as perdas ocorrem tanto na entrega dos produtos, no armazenamento 
inadequado, na execução da obra ou até mesmo, nas quantidades de materiais. No Quadro nº 2 
 25 
expõe taxas de desperdício de materiais onde apresentam números significativos entre os 
valores máximos e mínimos, diferenças as quais se dão entre a organização de projeto, execução 
e controle de qualidade das obras. 
 
Quadro 1 - Taxas de desperdício de materiais 
 
Materiais Taxa de Desperdício (%) 
 Média Mínimo Máximo 
Concreto usinado 9 2 23 
Aço 11 4 16 
Blocos e tijolos 12 3 48 
Placas cerâmicas 14 2 50 
Revestimento têxtil 14 14 14 
Eletrodutos 15 13 18 
Tubos sistemas prediais 15 8 56 
Tintas 17 8 24 
Condutores 27 14 35 
Gesso 30 14 120 
Fonte: Espinelli (2005) 
 
 
7.1.3 A Resolução do CONAMA 307/2002 
 
A Resolução 307/2002 determinou a realização de um PLANO INTEGRADO DE 
GERENCIAMENTO DE RCC, cabendo aos Municípios e Distrito Federal, buscar soluções 
imediatas para o gerenciamento dos pequenos volumes de resíduos, bem como com o 
cumprimento da ação dos agentes envolvidos com os grandes volumes. 
 
Em sua resolução nº 307, de 5 de julho, de 2002, determina diretrizes, critérios e 
procedimentos para a gestão de resíduos da construção civil (RCC), e em seu Artigo 2º define: 
I - Resíduos da construção civil: são os provenientes de construções, reformas, reparos 
e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da 
escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, 
rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, 
gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc, 
comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha; (RESOLUÇÃO 
CONAMA nº 307, 2002) 
O Artigo 3º, da mesma resolução, classifica os resíduos da construção civil como 
classe A, B, C e D, apresentados no Quadro nº 2: 
 
 26 
 
Quadro 2 - Classificação das classes dos resíduos da construção civil 
 
Classificação 
Definição Destinação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classe A 
 
 
 
Resíduos reutilizáveis ou 
recicláveis como agregados: 
De construção, demolição, 
reformas e reparos de 
pavimentação e de outras obras 
de infraestrutura, inclusive solos 
provenientes de terraplanagem; 
De construção, demolição, 
reformas e reparos de 
edificações: componentes 
cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, 
placas de revestimento etc.) 
argamassa e concreto; 
De processo de fabricação ou 
demolição de peças pré-
moldadas em concreto (blocos, 
tubos, meios-fios entre outros) 
produzidas no canteiro de obras. 
 
 
 
 
 
 
 
Deverão ser reutilizados ou 
reciclados na forma de 
agregados, ou encaminhados a 
áreas de aterro de resíduos da 
construção civil, sendo dispostos 
de modo a permitir a sua 
utilização ou reciclagem futura. 
 
 
 
 
Classe B 
 
Resíduos recicláveis para outras 
destinações, tais como plástico, 
papel/papelão, metais, vidros, 
madeiras e outros tais como os 
produtos oriundos do gesso. 
 
 
Deverão ser reutilizados, 
reciclados ou encaminhados a 
áreas de armazenamento 
temporário, sendo disposto de 
modo a permitir a sua utilização 
ou reciclagem futura. 
 
 
 
 
Classe C 
 
Resíduos para os quais não foram 
desenvolvidas tecnologias ou 
aplicações economicamente 
viáveis que permitam a sua 
reciclagem/ recuperação. 
 
 
 
Deverão ser armazenados, 
transportados e destinados em 
conformidade com as normas 
técnicas específicas. 
 
 
 
 
Classe D 
 
Resíduos perigosos oriundos do 
processo de construção, tais 
como tintas, solventes, óleos e 
outros, ou aqueles contaminados 
oriundos de demolição, reformas 
e reparos de clínicas 
radiológicas, instalações 
industriais e outros. 
 
 
Deverão ser armazenados, 
transportados, reutilizados e 
destinados em conformidade com 
as normas técnicas específicas. 
Fonte: Resolução CONAMA 307 (2002) 
 
 
 
 27 
7.2 DEFINIÇÕES DOS RESÍDUOS ORIUDOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
7.2.1 Componentes cerâmicos 
 
7.2.2 Definição 
Os produtos cerâmicos, sob o ponto de vista dos materiais de construção civil, são 
obtidos pela moldagem, secagem e queima de argila ou de misturas contendo argila 
[...]. Os produtos cerâmicos são utilizados como elementos construtivos, seja como 
elementos estruturais, de vedação, cobertura, revestimento e equipamentos utilitários. 
(RIBEIRO; PINTO; STARLING, 2011) 
 
7.2.3 Argila 
A argila é a matéria-prima básica da cerâmica, sendo um conjunto de minerais, 
composta por grande quantidade de material amorfo, predominando o material cristalizado, que 
possuem a propriedade de formarem com a água uma pasta plástica moldável. 
(AMBROZEWICZ, 2012) 
Os produtos cerâmicos são obtidos através de diferentes tipos de argilas, ilustrados no 
Quadro nº 3. 
Quadro 3 - Tipos de argilas 
 
Tipos de argilas Produto 
Argilas vermelhas e amarelas Blocos, tijolos, telhas 
Argilas refratárias Tijolos refratários 
Argilas para produto de grés Materiais sanitários, pastilhas e azulejos 
Argilas brancas Porcelanas 
Fonte: Materiais de construção civil (2011) 
 
 
7.3 TIJOLOS MACIÇOS E BLOCOS PARA ALVENARIA 
 
As alvenarias que empregam produtos cerâmicos são compostas pelos chamados 
tijolos maciços ou por blocos. Os blocos cerâmicos apresentam vazios internos, 
comumente chamados de furos, que podem variar em número e formato, 
proporcionando maior leveza e rapidez construtiva [...]. (RIBEIRO; PINTO; 
STARLING, 2011) 
 28 
 
Figura 1 - - Bloco cerâmico de vedação com furos na horizontal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: ABNT NBR 15270-1 (2005) 
 
 
7.4 TELHAS 
É um elemento na construção civil usado na cobertura de casas e outras edificações, 
apresentam vantagens tanto no conforto térmico, estético e de custos. 
Segundo Ambrozewicz (2012), [...] na fabricaçãodas telhas é indispensável minimizar 
os efeitos de retração na secagem, reduzindo, os problemas de porosidade e tolerância nas 
dimensões, utiliza — se argilas mais secas, finas e homogêneas [...]. 
São encontradas em várias formas e dimensões, é tipicamente feita em cerâmica, mas 
pode ser fabricada com uma variedade de matérias, como, por exemplo, cimento, vidro, 
amianto, metal e madeira. A telha mais difundida é a telha francesa. De acordo com a Figura nº 
2. 
 
Figura 2 - Telha francesa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: ABNT NBR 15310 (2005) 
 
 29 
 
 
7.5 BLOCOS DE CONCRETO 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT NBR 6136: 
Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – Requisitos (2007), o bloco se define como 
um elemento de alvenaria cuja área líquida é igual ou inferior a 75% da área bruta. 
Quanto a sua classificação podemos ver no Quadro nº 4. 
 
Quadro 4 - Classificação das classes de blocos de concreto 
 
Classificação Função 
Classe A Com função estrutural, uso em elementos de 
alvenaria acima ou abaixo do nível do solo; 
Classe B Com função estrutural, uso em elementos de 
alvenaria acima do nível do solo; 
Classe C Com função estrutural, uso em elementos de 
alvenaria acima do nível do solo; (especificações) 
Classe D Sem função estrutural, uso em elementos de 
alvenaria acima do nível do solo. 
Fonte: ABNT NBR 6136 (2007) 
 
 
O bloco de concreto permite agilidade nas obras de construção civil, devido ao seu 
tamanho que é maior em relação aos outros tipos. Possui maior resistência, tem a função de 
sustentar toda a edificação, assim não necessitando de vigas e pilares. Suas dimensões e 
formatos são padronizados, permitindo um sistema construtivo limpo, rápido e prático, 
tornando uma edificação de qualidade e econômica. Ilustrado conforme a Figura n° 3. 
 
Figura 3 - Bloco de concreto estrutural 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Alternativas tecnológicas para edificações (2008) 
 30 
 
 
7.6 GRÊS CERÂMICOS 
 
São materiais cerâmicos de revestimento, contém argila de grãos finos, plástica e 
refratária e suportam altas temperaturas. 
Existem dois tipos: a louça e o grês cerâmicos: 
 
Louça: também chamados de faiança, embora impermeáveis na superfície, são mais 
porosos no interior. Entre eles estão os azulejos, pastilhas e louças sanitárias. Grês 
cerâmicos: têm textura quase compacta. São tubulações sanitárias (em desuso) e os 
pisos. (AMBROZEWICZ, 2012) 
 
7.7 AZULEJO 
 
Para Petrucci (2003), o azulejo é composto de duas camadas: uma de argila 
selecionada, de espessura grande, e outra camada fina de esmalte que recobre um das faces e 
lhe torna impermeável e com alta durabilidade. Tem por função revestir superfícies, dando 
proteção e um ótimo acabamento. Ilustrada na Figura nº 4. 
 
Figura 4 - Azulejos 
 
 
Fonte: NBR 8214 (1983) 
 
7.8 PLÁSTICOS 
 
Segundo Ambrozewicz (2012), [...] plásticos são os materiais artificiais feitos pela 
combinação do carbono com o oxigênio, hidrogênio e outros elementos orgânicos ou 
inorgânicos, em que seu estado final pode ser moldado da forma desejada [...]. 
Os plásticos são ideais para aplicações como encaixes e vedações de janelas e 
tubulações, com longa durabilidade e alta resistência. 
 31 
 
7.8.1 Termoplásticos 
 
Amolecem quando aquecidos, sendo então moldados e posteriormente resfriados, não 
perdendo suas propriedades neste processo, podendo ser novamente aquecidos e 
moldados. Os mais conhecidos são o polietileno, o orlon (acrilonitrila), o náilon, o 
politubeno, o PVC (cloreto de polivinila), o PVA (acetato de polivinila), cloreto de 
vinila, o acetato de vinila, o propileno isostático e os acrílicos. (AMBROZEWICZ, 
2012) 
 
 
7.8.2 Termofixos 
 
Para Ambrozewicz (2012), no processo de moldagem resulta em uma reação química 
irreversível, tornando-o duro e quebradiço, não podendo ser moldado outra vez. Os mais 
conhecidos são a baquelite, a uréia – formaldeído, dracon (poliéster), resina alquídica [...]. 
 
7.8.3 Elastômeros 
 
Apresentam grande elasticidade e, por isso, recebem também o nome de borracha 
sintética. Os mais utilizados são o neoprene (policloropreno), o butyl (isobutileno-
isopreno), o teflon e o viton (politetrafluoretileno), o tiokol (polissulfeto), o SBR 
(estireno-butadieno), o adiprene (poliuretana), os silicones (polisiloxano) e o hypalon 
(polietileno clorossulfanado). (AMBROZEWICZ, 2012). 
 
 
7.9 ARGAMASSA 
Para Ambrozewicz (2012), “a argamassa é uma mistura de agregados e aglomerantes 
com água. Normalmente a argamassa utilizada em obras é feita de areia natural lavada, 
misturada com cimento Portland e cal, ou com apenas um desses elementos[...].” 
As argamassas são empregadas com as seguintes finalidades: 
[...] Na construção civil, as argamassas são utilizadas para assentamento de alvenarias, 
revestimento de alvenaria (chapisco, emboço e reboco), revestimento de pisos, 
assentamento de revestimentos diversos (cerâmicas, rochas), além de vários outros 
usos. (RIBEIRO; PINTO; STARLING, 2011) 
 
 
 
 
 32 
7.10 CONCRETO 
O concreto é um material da construção civil resultante de uma mistura de aglomerante 
(cimento), agregados (areias e pedras britadas) e água, além de outros materiais como, os 
aditivos, para modificar suas características. Deve-se observar: 
 
[...] Logo após a mistura o concreto fresco deve possuir plasticidade suficiente para 
as operações de manuseio, transporte e lançamento em fôrmas. As propriedades 
definidas para este momento são: consistência, textura, trabalhabilidade, integridade 
da massa, poder de retenção de água e massa específica [...]. (AMBROZEWICZ, 
2012) 
 
7.10.1 Produção do concreto 
 
Para os autores Ribeiro; Pinto; Starling (2011), “a produção do concreto pode ser feita de forma 
manual ou mecânica. A produção mecânica é feita em betoneiras. O tempo de produção é variável, sendo 
determinado pela homogeneização do concreto [...]. A produção manual é indica apenas para obras de pequeno 
porte, não se permitindo realizar, de uma só vez [...]” 
7.10.2 Concreto convencional 
a) Utilizado na maioria das obras civis, deve ser lançado nas fôrmas por método 
convencional (carrinhos de mão, gericas, gruas etc.). O concreto convencional é de 
consistência seca, e a sua resistência varia de 10,0 até 40,0 MPa. È aplicado em obras 
civis, industriais e em peças pré-moldadas. As vantagens são o aumento da 
durabilidade e qualidade final da obra, redução dos custos da obra e redução no tempo 
de execução. (AMBROZEWICZ, 2012) 
 
7.10.3 Aglomerantes 
 
“Aglomerantes é um material ativo, ligante, cuja principal função é formar uma pasta 
que promove a união entre grãos do agregado. São utilizados na obtenção das argamassas e 
concretos, na forma da própria pasta e também na confecção de natas.” (AMBROZEWCZ, 
2012) 
 
7.10.4 Cimento 
 
É um pó fino com propriedades aglomerantes muito empregado na construção civil, 
utilizado para diversos fins como na composição de argamassa: chapisco, emboço, reboco e 
 33 
concreto. O cimento possui variações e tipos diferentes, eles se distinguem por sua 
nomenclatura se diferem por suas características, que podemos verificar na Figura nº 5. 
 
[...] E um pó fino acinzentado, constituído de silicatos e aluminatos de cálcio, com 
inúmeras propriedades e características, dentre as quais ser moldável quando 
misturado com água e ser capaz de desenvolver elevada resistência mecânica ao longo 
do tempo [...]. (RIBEIRO; PINTO; STARLING,2011). 
 
 
 
Figura 5 - Características 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://cimentomaua.com.br/blog/cimento-como-feito-composicao-e-nomenclatura/ 
 
Para fins de entendimento, as definições dos componentes estão apresentadas no Quadro nº 
5. 
Nome do completo do material: iniciais do cimento; 
 
Quadro 5 - Definições dos componentes 
 
A) Tipo de 
cimento 
 
I 
 
Portland 
Comum 
 
II 
 
Portland 
Composto 
 
III 
 
Alto – 
Forno 
 
IV 
 
Pozolânico 
 
V 
 
Alta 
Resistência 
Inicial 
 
B) Adição: São 
feitas para 
aprimorar a 
propriedade 
específica do 
material. 
 
 
E 
 
Escória de Alto - 
Forno 
 
 
F 
 
Fíler 
 
 
Z 
 
Material 
Pozolânico 
 
 
C) Resistência: 
de compressão 
mínima que o 
cimento deve ter 
aos 28 dias. 
 
 
 
25 Mpa 
 
 
32 Mpa 
 
 
40 Mpa 
 
 
Fonte: https://cimentomaua.com.br/blog/cimento-como-feito-composicao-e-nomenclatura/ 
 
 
 
 34 
7.10.5 Agregados 
 
Materiais granulares, sem formato e volume estabelecido. 
“[...] Os agregados apresentam–se em forma de grãos, tais como as areias e britas, e 
devem ser inertes, ou seja, não devem provocar reações indesejáveis [...].” (RIBEIRO; PINTO; 
STARLING, 2011) 
 
 
7.10.6 Classificação dos agregados 
 
Podem ser tanto naturais como artificiais. 
 
• Naturais: são encontrados na natureza livre passam processo simples de lavação ou 
seleção podemos citar: areia e pedregulho ou cascalho. 
 
• Artificiais: são produzidos por processos industriais e depois britados alguns exemplos 
são: areia artificias, argila expandida, pedras britadas, escória de alto – forno, cinza 
volante e concreto reciclado de demolições etc. 
 35 
8 GRANULOMETRIA 
 
8.1 AGREGADOS MIÚDOS 
“Areia de origem natural ou resultante do britamento de rochas estáveis, ou a mistura de 
ambas, cujos grãos de maior tamanho passam no mínimo 85% as malhas da peneira ABNT 4,8 
mm e ficam retidos na peneira ABNT 0,075 µm.” (AMBROZEWICZ, 2012) 
“De acordo com o módulo de finura, os agregados miúdos classificam-se em:” 
(AMBROZEWICZ, 2012) 
Areia grossas: MF > que 3,90; 
Areia médias: 3,90 > que MF > que 2,40; 
Areias finas: MF < que 2,40. 
8.2 AGREGADOS GRAÚDOS 
“Pedregulho ou brita proveniente de rochas estáveis, ou a mistura de ambos, cujos grãos 
passam pela peneira de malha quadrada com abertura nominal de 152 mm e ficam retidos na 
peneira ABNT 4,8 mm (85%).” (AMBROZEWICZ, 2012). 
 
 36 
9 ADENSAMENTO 
É um processo que pode ser tanto mecânico ou manual, ocorre compactação de uma 
mistura ao qual deve estar no estado fresco, no processo elimina os as bolhas de ar (vazios) ou 
facilita a acomodação de uma mistura em fôrmas. 
O adensamento do concreto lançado tem por objetivo deslocar com esforço, os 
elementos que o compõem e orientá-los para se obter maior capacidade, obrigando as 
partículas a ocupar os vazios e a desalojar o ar do material. Os processos de 
adensamento podem ser manuais, socamento ou apiloamento, e mecânicos, por meio 
de vibrações ou centrifugas. (AZEREDO, 1997) 
 37 
10 CURA 
É um processo técnico que consistem na hidratação do cimento, o concreto perde água 
por meio da evaporação. Segundo a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS 
- ABNT NBR 14931: Execução de estruturas de concreto - Procedimento (2004) ressalta: 
 
Enquanto não atingir endurecimento satisfatório, o concreto deve ser curado e 
protegido contra agentes prejudiciais para: 
• evitar a perda de água pela superfície exposta; 
• assegurar uma superfície com resistência adequada; 
• assegurar a formação de uma capa superficial durável. 
 
 
 38 
11 RESÍDUOS SÓLIDOS NA SOCIEDADE 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT NBR 10004: 
Resíduos sólidos – Classificação (2004) define: 
Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de origem 
industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam 
incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, 
aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como 
determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na 
rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e 
economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível. 
Segundo Mota (2003), um dos maiores problemas da gestão de resíduos, nos dias 
atuais, e sua destinação. O aumento da quantidade de resíduos sólidos e líquidos tem criado 
grandes dificuldades quanto ao que fazer com os mesmos. 
O reaproveitamento dos resíduos sólidos é uma medida tanto estratégica, ocasionado 
a diminuição dos recursos naturais e reduz-se a poluição nas grandes cidades. 
 
11.1 TIPOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS 
Alguns resíduos sólidos são extremamente perigosos para o meio ambiente, tendo em 
vista que alguns demoram milhares de anos para se decompor, assim merecendo uma atenção 
especial para sua destinação final. De acordo com a metodologia de origem e produção, o lixo 
pode ser relacionado em: 
11.2 RESÍDUOS DOMICILIARES 
São compostos por três divisões especificas os recicláveis, e orgânicos biodegradáveis 
e os rejeitos. Nessa categoria se inclui as sobras de comida e varrição. 
 
11.3 RESÍDUOS ORGÂNICOS 
Os resíduos orgânicos são constituídos por alimentos e outro materiais que se 
decompõem pela natureza, tais como (cascas e bagaços de frutas, legumes, galhos e folhas, 
entre outros. 
 
 39 
11.4 RESÍDUOS INORGÂNICOS 
Os resíduos inorgânicos são compostos por produtos fabricados em grandes 
quantidades, tais como produtos eletrônicos, peças automobilísticas, metais, e tecidos. 
 
11.5 RESÍDUOS DE LIMPEZA URBANA 
Oriundos da varredura pública, poda e capinação de espaços e vias públicas como ruas, 
praças, calçadas e sarjetas. 
 
11.6 RESÍDUOS ESPECIAIS 
São aqueles resíduos categorizados pelos riscos que demonstram para o meio ambiente 
e a saúde pública, podendo ser provenientes de atividades industriais, hospitalares e agrícolas. 
 
 
 40 
12 BENEFÍCIOS DA REDUÇÃO E REAPROVEITAMENTO DE RESÍDUOS 
SÓLIDOS 
Conscientização da comunidade sobre a não renovação dos recursos naturais e da 
necessidade de proteção do meio ambiente; 
Menor exploração de recursos naturais e economia na importação de matéria prima; 
Geração de emprego e renda; 
Menor consumo de energia e de água nos processos de fabricação; 
Custos de produção de materiais mais baixos na usinas de transformação; 
Diminuição de poluição do ar e das águas; 
Redução da quantidade de resíduos destinados aos aterros sanitários, resultando no 
aumento de vida útil; 
Menor ocorrência de problemas ambientais decorrentes da destinação dos resíduos 
sólidos. (MOTA, 2003) 
 
 
 41 
13 FERRO 
 
13.1 A HISTÓRIA DO FERRO 
 
Alguns registros mostram que o aço já era utilizado muito antes de cristo. Povos antigos 
utilizam para a confecção de instrumentos de guerra, como facas e espadas. Segundo relatos 
arqueológicos os primeiros a utilizar o ferro foram os Hititas por volta de 1500 a.C. 
Na era cristã houve um aumento na utilização do Ferro no Oriente Médio porém não 
substituindo o bronze. O ferro na metalúrgica iniciou na Ásia 1300 a.C. e passou a se difundir 
na Europa por volta de 1100 a.C, quando iniciou se a chamada Idade do Ferro época histórica 
em que a produção de armas e utensílios domésticos eram fabricados em grande escala. 
O ferro é o metal mais utilizadodesde então, empregado especialmente da fabricação 
de barcos, automóveis, elaboração de concreto armado e em pontes. 
 
13.2 DEFINIÇÃO 
 
O ferro é elemento químico com símbolo Fe detectado no universo no estado sólido não 
de forma livre ou simples, mas em composto, como por, exemplo na perita (FeS) ou hematita 
(Fe2O3), quando elevado a uma certa temperatura, sendo obtida pela redução dessa mistura. 
Segundo o Autor: 
 
Trata-se de um metal que possui pouca utilidade prática quando puro. Mas, misturado 
com determinados elementos químicos como carbono, manganês, cromo, níquel, 
vanádio, molibdênio ou titânio, obtêm-se ligas com propriedades extremamente úteis, 
que fazem do ferro o metal mais empregado pela nossa civilização. [...] (CANTO, 
2010) 
 
O ferro é obtido pela redução de dos seus óxidos[...] Seus principais minérios são: a 
magnetita (Fe3O4,) contendo 72,4% de Fe, a hematita (Fe2S3), que contém 70% de 
Fe, a limonita (2Fe203 3H2O), que contém 59,9% de Fe e a siderita, ou siderose 
(FeCO3), que contém 48,3% de Fe. (ABREU, 1973) 
 
 
A liga mais importante e conhecida é o aço, formada pelo ferro e carbono em proporções 
apropriadas. Extremamente resistente à tração, utilizado em cabos de elevadores e teleféricos. 
(CANTO, 2010) 
 
 
 
 42 
13.3 FABRICAÇÃO DO AÇO 
 
Este processo ocorre na colocação de minérios em ferro, carvão e oxigênio que com a 
queima do carvão entram em combustão em fornos devidamente apropriados. 
 
Após a escolha do minério é feito a sua moagem, seguida pelo aquecimento das pelotas, 
resultado da moagem, é executado a reação química de carbono (CO). Onde é feita a queima 
do carvão na presença do minério em um forno apropriado. Ambos são introduzidos pelo topo 
do forno. A combustão do carvão tem dupla finalidade: fornecer o calor necessário e produzir 
o monóxido de carbono que provoca a redução do minério. (CANTO, 2010) 
 
Oxigênio é introduzido por bombas ao longo do alto-forno. Com temperaturas maiores 
que o ponto de fusão, é produzido no estado líquido. Em intervalos regulares é retirado e 
conduzido a moldes dentro dos quais se resfriam, moldando lingotes sólidos. Neste processo 
ele é transformado em ferro-gusa, de consistência dura, porém, quebradiça. (CANTO, 2010) 
 
13.4 FERRO – GUSA 
 
Produto resultante da redução do minério de ferro. Segundo a autor: 
 
“O ferro – gusa contem impurezas indesejáveis, tipicamente constituídas de 1,5 a 4,5% 
de carbono, 0,7 a 3,0% de silício e 0,1 a 0,3% de fósforo. É um material de elevada dureza*, 
mas bastante quebradiço.” (CANTO, 2010) 
 
“O aço é obtido por purificação do ferro gusa ainda líquido, logo após sua saída do alto-
forno. Esse líquido é derramado em um enorme recipiente denominado conversor de oxigênio, 
onde há um tubo que lhe injeta gás oxigênio.” (CANTO, 2010) 
 
“O aço, em processo de solidificação, é deformado mecanicamente e transformado em 
produtos siderúrgicos utilizados pela indústria de transformação, como chapas grossas e finas, 
bobinas, vergalhões, arames, perfilados, barras etc.” (BRASIL, 2015) 
 
 
 43 
 
 
13.5 CARACTERÍSTICAS DO AÇO 
Suas características podem variar de acordo com a composição química e quantidade de 
carbono, podendo ter várias aplicações. O aço possui grande maleabilidade, elasticidade, e 
resistência e boa condutividade térmica. 
De modo geral, os aços possuem excelentes propriedades mecânicas: resistem bem à 
tração, à compressão, à flexão, e como é um material homogêneo, pode ser laminado, forjado, 
estampado, estriado e suas propriedades podem ainda ser modificadas por tratamentos térmicos 
ou químicos. (FERRAZ, 2003) 
 
13.6 TIPOS DE AÇO 
São disponíveis em vários tipos e formatos diferentes, apesar de partirem da mesma 
base, possuem composições diferentes, de acordo com a finalidade a que se destinam. 
 
13.6.1 Aços carbono 
 
O aço é uma associação metálica produzida essencialmente por ferro e carbono, sendo este 
último com um teor abaixo de que varia de 0,008 e 2,11%. Não existindo nenhum outro material 
significativo distingue-se, aço carbono. O carbono varia com outros elementos como: 
manganês, cromo, vanádio, silício, níquel e tungstênio. Assim sendo muito útil em diversas 
aplicações. 
Nos aços-carbono, podem ser especificados um teor máximo de alumínio igual a 
0,100%, um teor mínimo de boro igual a 0,005% ou, ainda, um teor máximo de 
chumbo até 0,35%. A adição de outros elementos, tais como selênio, telúrio e bismuto, 
com o fim específico de melhorar as características de usinabilidade, não 
descaracteriza o aço-carbono. (ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas - 
Critérios de classificação dos aços NBR NM 172, 2000) 
13.6.2 Aços liga 
 
Os aços liga possuem adição de um elemento químico, além do ferro e do carbono, 
elementos com proporções significativas, que alteram as propriedades químicas ou mecânicas 
 44 
dos aços. Na sua produção é necessário alguns, desses elementos químicos tais como manganês, 
níquel, cromo, molibdênio, vanádio, tungstênio e silício. Aumentando a dureza, resistência 
mecânica, resistência ao impacto, as altas temperaturas ou mudando a química do aço. Isso é 
determinado conforme a aplicação do aço. 
“Aços em que são especificados, além dos teores de carbono, silício manganês, fósforo 
e enxofre, teores de outros elementos, ditos elementos de liga, que são adicionados com a 
finalidade de conferir ao aço determinadas características físico-mecânicas.” (ABNT-
Associação Brasileira de Normas Técnicas - Critérios de classificação dos aços NBR NM 172, 
2000) 
Vejamos dois tipos que se destacam na indústria brasileira: 
13.7 AÇO DE ALTA RESISTÊNCIA A CORROSÃO ATMOSFÉRICA 
 
Possui uma combinação química diferenciada, que resistem altos níveis de resistência à 
corrosão. Sendo muito utilizado na estrutura metálicas da construção civil e contêineres. 
Aços destinados a vigas, colunas ou outras peças empregadas em estruturas, ou seja, 
resistentes aos esforços que a estrutura deve suportar. Combinam resistência 
mecânica, soldabilidade, tenacidade, "trabalhabilidade” a baixo custo, e têm aplicação 
em todos os campos da engenharia, nas estruturas fixas, como edifícios e pontes, nas 
estruturas móveis, na indústria ferroviária, na indústria automobilística, etc. (ABNT-
Associação Brasileira de Normas Técnicas - Critérios de classificação dos aços NBR 
NM 172, 2000) 
13.8 AÇO INOXIDÁVEL 
 
Resistentes a corrosão atmosférica, quando ligados com cromo e ou níquel promove 
resistência a oxidação. 
“A característica predominante destes aços é apresentar elevada resistência à corrosão. 
Estes aços abrangem as características descritas em 4.1.3.1. a 4.1.3.5.” (ABNT-Associação 
Brasileira de Normas Técnicas - Critérios de classificação dos aços NBR NM 172, 2000) 
 
 
 45 
13.9 CLASSIFICAÇÃO DO AÇO 
 
A Society of Automotive Engineers – EUA, criou uma classificação normativa SAE para 
o aço carbono, dada a variedade de aços encontrados no mercado. Onde os 2 dígitos finais XX 
mostram a porcentual de carbono C contida no material. Veremos alguns exemplos no Quadro 
nº 6. 
 
Quadro 6 - Sistema SAE de classificação dos aços 
 
Designação 
AISI-SAE 
Tipos de Aço 
 
10XX Aços-carbono comuns 
11XX Aços de usinagem fácil, com alto S 
12XX Aços de usinagem fácil, com alto P e S 
15XX Aços-Mn com manganês acima de 1% 
13XX Aços-Mn com 1,75% de Mn médio 
40XX Aços-Mo com 0,25% de Mo médio 
41XX Aços-Cr-Mo com 0,4 a 1,1% de Cr e 0,08 a 0,35% de Mo 
Fonte: http://www.infomet.com.br/site/acos-e-ligas-conteudo-ler.php?codConteudo=4 
 
 
13.9.1 Aço SAE 1045É um aço comum, fácil de ser usinado, boa resistência mecânica, média soldabilidade e 
alta forjabilidade. Usado na fabricação de componentes estruturais e peças de máquinas, 
parafusos, cilindros, virabrequim, braçadeiras, eixos e pinos, etc. Composição: 
Carbono (0,43% - 0,50%), Silício (0,15% - 0,35%), Magnésio (0,30% - 0,60%), Fósforo 
(0,03% máx) e Enxofre (0,05% máx.) 
 
 
 46 
14 BRONZE 
 
14.1 A HISTÓRIA DA BRONZE 
 
Originou — se tanto na Grécia e na China cerca de 3000 a.C., iniciava a idade do bronze, 
período onde se desenvolveu diversas ferramentas tais como armas, estátuas, máscaras e 
utensílios feitos com esse metal. Quando descoberto pelos ferreiros essa liga entre estanho e 
cobre, que originou — se o bronze notou ser mais vantajoso por sua flexibilidade em moldar 
peças, e também por dar as peças mais brilho e resistência. 
 
Descoberto o bronze, ele passou a ser mais usado do que o cobre porque apresentava 
vantagens. Era mais fácil de modelar (quando fundido e jogado em moldes feitos de 
pedra), possuía resistência superior á do cobre e, quando utilizado em objetos 
cortantes, como facas e espadas, retinha o fio por mais tempo. Folhas de bronze eram 
marteladas até adquirir a forma desejada, confeccionando-se, assim, armaduras e 
escudos. (CANTO, 2010) 
 
Desde então o bronze é encontrado em grandes variedades de instrumentos como: parafusos, 
tubos, objetos decorativos, estátuas, moedas, joias, armas e medalhas, etc. 
11.1.2 Definição 
É uma liga metálica que contém elementos de cobre e estanho, podendo ter variações finitas 
em sua composição e utilidades adicionando outros componentes. 
 
14.2 ESTANHO 
É um metal conhecido pelo elemento químico Sn, é um sólido inerte ao oxigênio, 
apresenta boa resistência a corrosão. Tem-se grande utilização na galvanoplastia, 
componentes de ligas metálicas e soldas entre outros. 
“Embora não seja um metal abundante, o estanho (que corresponde a 0,001% da massa 
da crosta terrestre) é relativamente simples de se obter a partir do seu minério principal, a 
cassiterita (SnO2). [...] a cassiterita sobre redução* ao ser aquecida com o carbono.” 
(CANTO, 2010) 
 
 47 
Trata-se de um metal branco, séctil, dúctil e facilmente maleável [...]. Por causa da 
sua resistência á corrosão é utilizado amplamente como revestimento em chapas finas 
de aço [...]. Entra na constituição de uma grande variedade de ligas ( bronze, latão, 
metal babbit, ligas de baixo ponto de fusão e soldas). (ABREU, 1973) 
14.3 COBRE 
É um metal com símbolo químico Cu, de coloração avermelhada e brilhante, um dos 
primeiros metais a ser utilizado pela civilização. 
“Trata- se de um elemento relativamente raro na crosta, sendo responsável por apenas 
0,0068% de sua massa. Além da sua ocorrência no estado nativo*, mais de 360 minerais de 
cobre são conhecidos, mas apenas alguns são explorados como minérios.” (CANTO, 2010) 
“É um metal dúctil, séctil e facilmente maleável [...] O cobre é utilizado tanto sob a forma 
pura quanto combina (liga e sais de cobre) em quase todos os campos da atividade humana e, 
em especial, nas industrias elétrica e automobilísticas [...]” (ABREU, 1973) 
 
14.4 CARACTERÍSTICAS DO BRONZE 
O bronze possui uma coloração dourada, maleável, boa resistência mecânica e a 
corrosão, bom condutor de calor e eletricidade. Ao incluir outros elementos, o bronze adquire 
outras características como aumento de resistência mecânica e dureza. 
 
14.4.1 Classificações do bronze 
 
Existem muitas ligas de bronze, podendo ser combinado com outros elementos como 
zinco, níquel, alumínios, etc., porém, o bronze sempre terá em sua composição o cobre. Essa 
adição de outros elementos rendem características superiores. Podemos ver algumas 
combinações do Quadro nº 7. 
 
 
 
 
 
 
 48 
 
 
Quadro 7 - Ligas do bronze 
Ligas do 
Bronze 
Características e aplicações 
Cu + Sn 
+ Zn 
Contem cerca de 2% de zinco e seu uso é na fabricação de parafusos, porcas e 
válvulas, após ser submetido a tratamento térmico adquirem resistência 
elevada. São soldáveis com eletrodos de bronze fosfatizado. 
Cu + Sn 
+ Pb 
Essas ligas variam na composição de chumbo possuindo 7%, 8%, 12% e 15% 
recebe também o nome de bronze vermelho, possui características bastante 
peculiares como resistência mecânica, térmica e química sendo amplamente 
utilizada na fabricação de peças industriais artesanais entre outros usos que 
exijam as propriedades concernentes a liga. 
Cu + Sn 
+ Al 
Contêm em média 6 %, 12% e 20% de alumínio sendo utilizadas na fabricação 
de equipamentos e válvulas que exigem alta dureza, resistência mecânica e 
química sendo utilizados para fabricação de peças resistentes ao atrito como 
canhões de irrigação agrícola, hélices, bombas d’água e equipamentos para 
aplicação de agrotóxicos. 
Cu + Sn 
+ Mn 
Contém em média 15% de manganês apresenta alta resistência química sendo 
utilizado na fabricação de tubulações para esgoto, indústrias químicas e 
equipamentos utilizados no tratamento de água. 
Cu + Sn 
+ P 
Contem cerca de 16% de fósforo em equipamentos que exijam lubrificação por 
tempo prolongados, apresenta propriedades superiores as do bronze com 
chumbo, é utilizado na fabricação de eletrodos para soldagem e reparo de peças 
de bronze. 
Fonte: http://www.sometais.com.br/bronze 
 
14.5 BRONZE TM 23 
É uma liga que se tornou referência no mercado, criada e patenteada pela indústria 
privada brasileira termomecânica, principais características dessa liga: boa resistência a 
corrosão, fácil de ser usinada, ótima qualidade antifricção. 
 49 
É utilizado na fabricação de materiais hidráulicos e matéria-prima para usinagem e 
laminação. Propriedades Químicas: Cu (70,0%) Sn (4,0%) Pb 920,0%) 
 50 
15 PAVERS 
 
15.1 HISTÓRICO 
O pavimento intertravado vem sendo utilizado pela humanidade há milhares de 
anos. Durante o Império Romano, utilizou-se um conceito semelhante para a 
pavimentação de vias. 
As pedras brutas deram origem aos primeiros pavimentos desse tipo, com estrutura 
irregular, que dificultava a passagem de pedestres e, principalmente, o tráfego de 
veículos de tração animal. 
De forma a facilitar o passeio e tornar mais transitáveis as vias movimentadas, os 
romanos passaram, assim, a se utilizar de pedras talhadas manualmente, moldadas 
para que houvesse melhor ajuste entre elas. 
O pavimento intertravado contribui para a realização de obras mais limpas e 
racionais, além favorecer a permeabilidade no local onde é instalado, permitindo a 
drenagem de águas pluviais. 
As vantagens da pavimentação com blocos intertravados de concreto garantem a 
esse material cada vez mais espaço no setor da construção civil. (TETRACON, 
2015) 
 
15.2 PAVIMENTO INTERTRAVADO 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT NBR 9781: peças 
de concreto para pavimentação - Especificações e métodos de ensaio. (2013), “estabelece os 
requisitos e métodos de ensaio exigíveis para aceitação de peças de concreto para pavimentação 
intertravada sujeita ao tráfego de pedestres, de veículos dotados de pneumáticos e áreas de 
armazenamento de produtos”. 
Segundo a (Associação Brasileira de Cimento Portland, 2009): 
 
Os pavimentos intertravados são compostos por peças pré-moldadas de concreto e 
constituem uma brilhante e eficaz solução para uso em ruas, calçadas, calçadões e 
praças, sendo largamente difundida no Brasil – tanto na construção como na 
reconstrução e reabilitação desse tipo de instalação urbana. Terminais de carga em 
portos, aeroclubes e estradas vicinais também constituem locais recomendados a essa 
tecnologia.Os pavimentos intertravados de concreto também refletem melhor a luz do que outros 
tipos de superfície e proporcionam ao usuário e ao meio ambiente excepcional 
conforto térmico. Mesmo sob chuva, os pavimentos intertravados de concreto não são 
escorregadios. 
 
15.2.1 Intertravamento 
 
 “É a capacidade que os blocos adquirem de resistir a movimentos de deslocamentos 
individuais, seja ele vertical, horizontal ou de rotação em relação aos seus vizinhos.” 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND - ABCP, 2010) 
 51 
 
 
15.3 PEÇA DE CONCRETO 
Componente pré — moldado de concreto, utilizado como material de revestimento em 
pavimento intercalado. 
 
15.4 CARACTERÍSTICAS 
 
15.4.1 Formatos 
As peças de concreto podem ser produzidas em diversos formatos: 
 
15.4.2 Tipo I 
 
Constituído por peças com formatos retangulares, apresenta simplicidade de produção 
e assentamento em obra. As suas dimensões são, geralmente, 20 cm de comprimento por 10 cm 
de largura e as suas faces laterais podem ser retas, curvilíneas ou poliédricas. Podem ser 
assentadas em fileiras ou em espinha de peixe, conforme ilustrado na Figura nº 6; 
 
Figura 6 - Exemplo de blocos de concreto tipo I 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: ABNT NBR 9781 (2013) 
 
15.4.3 Tipo II 
 
Peças de concreto com formato único, diferente do retangular e que só podem ser 
assentadas em fileiras. As suas dimensões são, geralmente, 20 cm de comprimento por 10 cm 
de largura, de acordo na Figura nº 7; 
 
 
 
 
 52 
 
 
 
 
 
 
Figura 7 - Exemplo de blocos de concreto tipo II 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: ABNT NBR 9781 (2013) 
 
 
15.4.4 Tipo III 
 
Bloco de concreto com formatos geométricos, exemplos: trapézios, hexágonos, 
triedros etc., pesos superiores a 4 kg, ilustrados conforme a Figura nº 8; 
 
Figura 8 - Exemplo de blocos de concreto tipo III 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: ABNT NBR 9781 (2013) 
 
15.4.5 Tipo IV 
 
São peças de concreto de tamanhos desiguais, ou uma única peça com juntas falsas, 
que podem ser usadas com um ou mais padrões de assentamento. Ilustrados na Figura nº 9; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 53 
 
 
 
 
Figura 9 - Exemplo de blocos de concreto tipo IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: ABNT NBR 9781 (2013) 
 
15.5 FABRICAÇÃO 
 
As peças de concreto são produzidas industrialmente em vibroprensas que 
proporcionam elevada compactação às peças, aumentando sua resistência mecânica e 
durabilidade. Após a moldagem nas vibroprensas, as peças são curadas em câmaras 
que mantém constante a umidade relativa acima dos 95%. Isto garante a hidratação 
do cimento e proporciona menor absorção de água da peça, que deve ser menor ou 
igual a 6%. 
O período de cura na câmara gira em torno de 24 horas e a cura final no pátio depende 
de algumas condições industriais, ficando entre 7 e 28 dias. 
Portanto, as peças já chegam prontas à obra e o processo industrializado garante ainda 
a uniformidade de cor, textura e das dimensões das peças. (Manual de Pavimento 
Intertravado, 2010) 
 
15.5.1 MATERIAIS 
 
De acordo com a norma ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS ABNT NBR 9781: peças de concreto para pavimentação (2013), os componentes 
devem ter as seguintes requisitos: 
 
 
 
 
 
 54 
O concreto utilizado nas peças deve ser constituído de cimento Portland, agregados e 
água, sendo permitido o uso de aditivos e pigmentos. O cimento Portland pode ser de 
qualquer tipo e classe, devendo obedecer às ABNT NBR 5732, ABNT NBR 5733, 
ABNT NBR 5735, ABNT NBR 5736, ABNT NBR 11578 e ABNT NBR 12989; 
Os agregados podem ser naturais, industriais ou reciclados, obedecendo à ABNT NBR 
7211 ou outras Normas Brasileiras pertinentes; 
A água de amassamento deve atender à ABNT NBR 15900-1; 
Os aditivos devem atender à ABNT NBR 11768; 
Os pigmentos devem ser de base inorgânica e atender à ASTM C 979/C 979M; 
 
 
15.6 DIMENSÕES E TOLERÂNCIAS 
As dimensões e tolerâncias das peças de concreto devem atender aos seguintes especificações: 
 
a) medida nominal do comprimento de no máximo 250 mm; 
b) medida real da largura de no mínimo 97 mm na área da peça destinada à aplicação 
de carga no ensaio de resistência à compressão, conforme especificado no Anexo A; 
c) medida nominal da espessura de no mínimo 60 mm, especificada em múltiplos de 
20 mm; 
d) tolerâncias dimensionais conforme especificado na Tabela 1; 
e) o índice de forma (IF) para peças de concreto utilizadas em vias com tráfego de 
veículos ou áreas de armazenamento deve ser menor ou igual a 4, ASSOCIAÇÃO 
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9781: peças de concreto para 
pavimentação (2013). 
 
Quadro 8 - Tolerâncias dimensionais das peças de concreto 
 
Comprimento (mm) Largura (mm) Espessura (mm) 
±3 ±3 ±3 
Fonte: ABNT NRB 9781 2013 
 
 
15.7 RESISTÊNCIA CARACTERÍSTICA À COMPRESSÃO 
 
A resistência característica à compressão deve obedecer às especificações da Tabela 
nº 9. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 55 
 
Quadro 9 - Resistência característica à compressão 
 
Solicitação Resistência característica à 
solicitação compressão (fpk) aos 28 dias 
MPa 
Tráfego de pedestres, veículos leves e veículos 
comerciais de linha 
≥ 35 
Tráfego de veículos especiais e solicitações 
capazes de produzir efeitos de abrasão 
acentuados 
≥ 50 
Fonte: ABNT NBR 9781 2013 
 
15.8 ABSORÇÃO DE ÀGUA 
 
A amostra de peças de concreto deve estabelecer absorção de água com valor médio 
menor ou igual a 6 %, não sendo reconhecido nenhum valor individual maior do que 7 %. 
 
15.9 RESISTÊNCIA À ABRASÃO 
 
A determinação da resistência à abrasão da amostra é facultativa, devendo atender às 
especificações do Quadro nº 10. 
 
Quadro 10 - Resistência à abrasão 
Solicitação Cavidade máxima (mm) 
Tráfego de pedestres, veículos leves e veículos 
comerciais de linha 
≤ 23 
Tráfego de veículos especiais e solicitações 
capazes de produzir s 20 efeitos de abrasão 
acentuados 
≤ 20 
Fonte: ABNT NBR 9781 2013 
 
 
 56 
16 METODOLOGIA 
 
As amostras foram realizadas no laboratório de agregados, concreto, etc. Universidade 
do Planalto Catarinense – Uniplac, situada no município de Lages - SC. 
Os resíduos utilizados para a fabricação do pavimento intertravado de tipo I, foram 
coletados numa empresa de tornearia mecânica no município de Lages — SC, especializada em 
mecânica industrial (mecânica e metalúrgica), onde são fabricadas peças a partir de elementos 
metálicos e plásticos. Esses elementos passam por um processo de usinagem, a matéria-prima 
é cortada através de uma pastilha de metal duro, que é possível confeccionar peças tais como: 
roscas, polias, esferas, cilindros, etc. 
Nesse processo de usinagem, “cavacos” são removidos conforme a peça é usinada 
Figura nº 10, provenientes do formato, dimensão e acabamento, nota – se que conforme a 
produção é gerado um acumulo de cavaco no chão que chega formar ninhos Figura nº 11, os 
quais não tem destinação fixa. 
 
Figura 10 - Cavaco de aço 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Própria autora, 2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 57 
 
 
 
 
Figura 11 - Ninhos de cavacos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Própria autora, 2018 
 
Outro resíduo

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