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fichamento Maquiavel o Principe

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Fichamento “O Príncipe” MAQUIAVEL, Nicolau. 
O príncipe. 
Primeira edição na Coleção L&PM POCKET: 1998. 
 O autor Nicolau Maquiavel nasceu em Florença, na Itália, em 3 de maio de 1469, e morreu em 22 de junho de 1527, também em Florença. Serviu a corte de Cesare Borgia, governante inescrupuloso e enérgico, até os Médicis derrubarem a República, em 1512, quando Maquiavel foi deposto e exilado. Em 1519, anistiado, voltou a Florença, onde exerceu funções político -militares. Em 1527 foi restaurada a República, e Maquiavel, excluído da política. Sua doutrina, imortalizada neste “O Príncipe”, demonstra uma maneira cética de encarar o ser humano; sua concepção de poder pregava a prática acima da ética, pois tudo é válido contanto que o objetivo seja manter -se no poder. O Príncipe Nicolau Maquiavel escreve esta obra para o Magnífico Lourenço de Méd icis. “Destarte, receba, Vossa Magnif icência, este singelo do m com o espírito que me anima a enviá-lo. Lendo-o e considerando-o atentamente, nele notará meu grande anseio de que Ela leve-se à majestade que a fortuna e que os seus outros atributos lhe prometem” [...] 
I – Quantos são os tipos de principados e como conquistá-los - Repú blicas o u Principados são todos os Estados e governos que exerceram/exercem certo poder social. Podendo ser hereditários ou nascentes. - Os domínios conquistado s o u submetem-se ao jugo de um príncipe ou conservam-se afeitos à liberdade. - Virtude: termo chave do vocabulário maquiavelino. (Virtú: Princípio ativo; energia humana. Fortuna: limites externos e intrínsecos que se opõem a virtú). 
 II – Dos principados hereditários - É mais fácil conservar os Estados hereditários que os novos Estados. - Qua lquer p ríncipe permanecerá soberano a menos que h aja f orça extraordinária e sobressalente.
III – Dos principados mistos - Surge como parte de um principado maior. - Principados novos: acreditando em melhorias os homens facilmente substituem o governante. - Maquiavel adverte a melindragem dos novos príncipes: Presença das tropas de ocupação e outras injúrias. Como exemplo, o Rei Luís XII de França que rapidamente tomou Milão e rapidamente a perdeu. - O autor acon selha ao príncipe que more nas terras con quistadas, pois isso faria mais segura e d uradoura a sua posse, a lém de ser visível o nascimento das desordens e estar o príncipe de f ácil acesso aos seus funcionários. 
- É aconselhável o envio de colonos, assentando-os em zonas do principado e desaconselhável a manutenção de milicianos, pois dessa maneira afrontariam com rudeza os súditos locais. - O príncipe que se instala num principado de origem estrangeira deve fazer-se chef e e d efensor dos vizinhos menos poderosos, lançar esforços para enfraquecer os fortes e estar a tento para que não en tre nenhum forasteiro tão poderoso quanto ele. - Sucesso romano na expansão: Províncias – Colonizaram -nas; sustentaram os mais fracos sem permitir que o poder deles se ampliasse; submeteram os p oderosos locais e impediram que os poderosos estrangeiros tivessem bo a rep utação. Além d e cuidarem não só das desordens presentes como precaverem-se das fu turas. - Maquiavel relata cinco erros cometidos pelo Rei Luís em sua conquista: destruiu os aliados mais fracos; deu a um forte ainda mais força tornando a Igreja m ais poderosa; introduziu um estrangeiro extremamente fo rte (Fernando, o católico, Rei da Espanha); não fe z da te rra conquistada sua morada e nela não assentou co lônias. Foi cometido ainda um sexto e rro fatal: o de desapossar os venezianos do Estado que lhes pertencia.
IV – Por que o Reino de Dario, ocupado por Alexandre, não se re velou contra os seus sucessores após a morte deste - Segundo Maquiavel há d uas m aneiras de um principado ser governado: por um príncipe cu jos servos ajudam -no a governar o seu rei no, ou por um príncipe e pelos representantes de um baronato por direito hereditário. - Um governo feito por um p ríncipe e seus servos tem n esta pessoa autoridade suprema, reconhecido como soberano em todo o território. - Impé rio Grão-Turco: Dificuldade de conquistá-los (protegido por fo rças coesas); facilidade em mantê -lo. Reino da França: facilidade de conquistá-lo (introdução através dos barões); dificuldade em mantê-lo. - Governo de Dario assemelhava-se à do Reino do Grão- Turco .
- Uma vez eliminada a de scendência dos antigos senhores, somente os romanos tiveram o seu direito de mando reconhecido. V – De que modo deve-se governar as cidades ou os principados que anteriormente á sua ocupação viviam no respeito às próprias leis - Neste caso há três modos de impor-lhes o jugo (submissão): · Destruindo-os; · Que neles o novo príncipe fixe sua morada; · Consentindo que vivam conforme as suas leis, recolhendo um tributo e criando em seu interior um governo oligárquico. 
VI – Dos novos prin cipados conquistados merc ê das próprias armas ou da virtude - Um príncipe torna -se príncipe po r seus méritos (virtú) ou por muita sorte (fortuna). - É recomendável que se dependa menos da fortuna. - Exemplos de homens que tornaram -se príncipes pela virtude: Moisés, Ciro, Rômulo, T eseu. A eles a fortuna lhes parece u materialidade para poderem nela introduzir a forma que lhes parecia justa. VII – Dos novos principados conquistados pelas armas de outrem e pela fortuna - Maquiavel destaca sua op inião quanto àqueles que conseguiram um principado através da so rte. Segundo ele, apenas por boa vontade a condição (fortuna), duas coisas volubilíssimas e instáveis. - Dá e xemplos: Francesco qu e tem como qualidade pessoal a virtú e Césa r Bórgia, possuidor da fortuna.
VIII – Dos que se fizeram príncipes mercê das suas atrocidades - O auto r destaca aqui outras vias de tornar -se príncipe: via crimino sa e atroz ou ap oio dos compatriotas. Agátocles, como exemplo do primeiro caso; Oliverotto, do segundo. - Crueldades proveitosas aquelas as quais faz-se uso uma única vez. - Crueldades contraproducentes aquelas que avolumam-se com o passar do tempo. 
IX – Do principado Civil - Maquiavel adverte quando a necessidade de o p ríncipe ter o povo a o seu lado. Principados que se fixam median te apoio popular p erduram mais facilmente. Além disso, o príncipe deve fazer com o que o povo tenha convicção de que o ele e o Estado lhes são indispensáveis. 
 X – De que modo devemos medir as forças de todos os principados - A força de um principado mede -se pela possibilid ade de proteger-se sozinho. Ou seja, conforme fortificação da cidade. 
XI - Dos principados eclesiásticos - Segundo Maquiavel, somente esse s principados que tem como alicerce as tradicionais instituições religiosas tem uma existência segura e feliz. 
XII – Dos vários tipos de exército e dos soldados mercenários - Alicerces de qualquer Estado: Boas leis e bons exércitos. 
 O autor é contra as fo rças mercenárias e as au xiliares, po is segundo ele, são inúteis e p erigosas e governos que as tenham como sustentaç ão n unca terão estabilidade, visto que são por si só, indisciplinadas e infiéis. - Exemplo: Itália. 
 XIII – Das milícias auxiliares, mistas e do próprio país - Segundo Maquiavel, um príncipe prudente recorre sempre às suas próprias forças, p ois nas milícias mercenárias o p rejudicial é a ind olência; e nas au xiliares a intrepidez. E conclui que, sem exército próprio o p rincipado jamais se verá livre de ameaças,ficando inteiramente a mercê da sorte. 
 XIV – Das atribuições do príncipe em matéria militar - Maquiavel expressa, aqui, de uma fo rma excessivamente categórica, o seu conceito de que o príncipe poderia (e, mesmo, deveria) confiar na administração civil aos m agistrados por ele escolhidos, mas concentrar absolutamente em suas mãos todos os negócios da guerra. 
XV – Das coisas pelas quais os homens e sobretudo os príncipes são louvados ou injuriados [Nota-comentário da edição italiana] Aqui inicia -se a parte do tratado mais particularmente teórica, onde o e studo psicológico -moral d os sentimentos e dos traços característicos do “príncipe -modelo” leva Maquiavel a revelar o fundamento especulativo d a su a o bra e aprofundar uma d as maiores descobertas f ilosóficas do Renascimento (ao lado da Ética e da Lógica): o valor te orético d a Prática. Cônscio da novidade e da audácia das suas afirmações (e, talvez, d e to do o seu alcance no campo intelectual), ele prevê as violentas reações que suscitarão. 
- Os meios dos quais se vale um príncipe não são justificados pelos fins (que é a interpretação vulgar e inexata d o pe nsamento maquiavelino): e les são imposto s, tornados necessários pelo m odo da experiência, p elo ambiente no interior do qual o homem deve agir. 
 XVI – Da liberalidade e da parcimônia - Segundo Maquiavel é mais prudente o príncipe que opta p or carregar a reputação de miserável, por conceder p ouco ou nada a muito s, do que, de liberal, ao conceder m uito a m aioria adquirindo assim fama de ladrão, e tornando-se odiado por seus súditos. 
XVII – Da crueldade e da piedade, e se é melhor ser amado que temido ou o contrário - O autor adverte que o melhor é que haja um equilíbrio entre temor e am or ao príncipe por parte dos seus súd itos. Mas destaca, que quando não fo r possível, é melhor que prevaleça o temor. E conclui que o governante deverá agir de modo que o povo não o odeie. 
XVIII – Como deve o príncipe honrar a sua palavra - Nesta passagem, Maquiavel expõe a necessidade de que o príncipe saiba aproveitar de seus valores d e animal (natural ao ser humano) e de homem. Concede-se como modelo a raposa e o leão, pois a p rimeira é indefesa quanto às armadilhas dos lobos e o segundo contra as armadilhas dos homens. Além disso, frisa a possibilidade d e não co nseguir cum prir -se todas as promessas, quando essas se voltarem contra o próprio reino. Destaca-se também, as caracte rísticas imprescindíveis de u m príncipe que devem ao menos parecer que existem: p iedade, fidelidade, humanidade, integridade e religiosidade. 
XIX – Subtraindo-se ao desprezo e ao ódio - Neste capítulo, o autor ressalta no vamente que um príncipe deve ag ir de modo a nã o tornar-se odiado e desprezível por se u povo. Destaca -se ainda que um governante não pode ceder as conspirações, atentando -se para não levarão grandes e para co ntentar o povo. Finaliza, trazendo e xemplos de Imperadores e aconselha que não s e queira imitar as ações de Marco, nem que se siga os passos de Severo. 
 XX – Se as fortalezas e as tantas outras coisas produzidas pela ação quotidiana do príncipe são úteis ou não - Para Maquiavel, fortalezas se fazem necessárias quando da existência de inimigos e strangeiros. Caso o povo não queira bem ao príncipe, inúteis são as fortalezas. Portanto, não censura ou condena nem aqueles que as constrói ou o s que não as constroem, visto que deve levar -se em consideração o sentimento dos súditos para com o seu p ríncipe. 
 XXI – Como deve portar-se um príncipe para fazer-se benquisto - Segundo o autor, o que f az um príncipe ser tão estimad o são as suas grandes açõe s (ações militares, a dministrativas, diplomá ticas, etc.); além disso, aquele que se faz um verdadeiro aliado ou um verdadeiro inim igo; e também o que mostrar -se um a preciador das virtud es do povo, acolhendo os homens que tiverem talento.
XXIII – Como escapar aos aduladores - É difícil esca par dos ad uladores quando se tem o poder de um reino. O príncipe precisa selecionar que em seu Estado os homens digam a verdade e respondam apenas ao que lhes for perguntado. Maquiavel conclu i dizendo que o s bons conselhos devem emanar da sensatez do príncipe, e não a sensatez dos bons conselhos. 
 XXIV – Porque os príncipes da Itália perderam os seus Estados [Nota-comentário da ed ição italiana] Este é o primeiro dos três ca pítulos finais, nos quais Maquiavel, alterand o progressivamente o tom do seu discurso passa a expor com uma inf lamada eloquência as suas esperanças numa ainda possível libertação italiana. A fim de justifica-la, ele, naturalmente, trata de esquecer o verdadeiro quadro das forças políticas da Itália na Europa (que, n o en tanto, bem conhecia) e de exagerar, por outro lado, como causas p rimeiras da decadência, os vícios e os defeitos dos príncipes de e ntão, os quais a julgar -se recentes (ed. De 1954 – n. d o t.) análises históricas, mas também pelas observações de Guicciardini em sua Storia d ’Italia, não f oram de fato tão ineptos nem tão culpados por e la quanto os descreve Maquiavel. 
XXV – O quanto influi a fortuna nas c oisas humanas e como reagir a elas - Este é o segundo dos três cap ítulos finais. Nesta passagem Maquiavel trata a respeito da so rte, comparando -a a uma mulher. De aco rdo com ele, é melhor não ser tão caute loso quando se ref ere à f or tuna, que é preciso maltratá-la para m antê-la submissa e que ela é sempre am iga d os jovens, pois são eles mais audazes. 
XXVI – Exortação à tomada da Itália e à sua libertação dos bárbaros - Para concluir a sua obra, Maquiavel escreve a respeito da tomada da Itália e traça um paralelo en tre a sorte gloriosa da casa dos Médicis e os prodigiosos f enômenos narrados pe la Bíblia ace rca da viagem do s hebreus rumo à terra prometida.

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