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Arboviroses VISÃO GERAL DAS ARBOVIROSES Mais de 210 espécies de arbovírus foram isoladas no Brasil 36 espécies causam doenças em humanos de forma esporádica, endêmica e/ou epidêmica Família Flaviviridae: Ex: Vírus de dengue, febre amarela, Nilo Ocidental, Zika, Rocio, vírus da encefalite de St. Louis Família Família Bunyaviridae: Ex: Vírus Oropouche, La Crosse, vírus da encefalite da Califórnia Família Togaviridae: Ex: Vírus Mayaro, Chikungunya, vírus de encefalites equinas venezuelana, do leste, e do oeste; PATOGENESE: Infecção após picada Replicação epitelial e/ou macrófagos e monócitos Flu-like (vírus RNA, interferon) Viremia •Tropismo secundário •Órgão alvo RECUPERAÇÃO Imunidade inata – Interferon Imunidade celular e humoral Anticorpos ajudam o controle da viremia Diagnóstico das arboviroses Dificuldade, Métodos imunoenzimáticos (ELISA), PCR (reação em cadeia da polimerase), Laboratórios de Referência: IAL, FIOCRUZ, IEC, CDC DENGUE Doença febril viral aguda; A maioria dos pacientes se recupera após evolução clínica leve e autolimitada; Pequena parte progride para doença grave; a mais importante arbovirose que afeta o ser humano; Sério problema de saúde pública no mundo. É a mais frequente arbovirose Infecção pode ser: Assintomática Febre do dengue Dengue hemorrágica/choque do dengue Dengue vírus (DENV) Família Flaviviridae Gênero Flavivirus RNA, fita simples +; Envelopado Contém uma única open reading frame (ORF), flanqueada por duas regiões não traduzíveis (UTR); Genoma com ~ 10700 nucleotídeos; 4 sorotipos: DENV 1-4 Variação gênica entre os sorotipos Genótipos DENV 1 e 2 ( 5 genótipos) DENV 3 (4 genótipos) DENV 4 ( 2 genótipos) 2,5 bilhões de pessoas vivem sob risco de dengue - 50 milhões de infecções/ano Mosquito Gênero Aedes, espécie A. aegypti e A. albopictus Américas, Ásia e Pacífico Diurno e doméstico Reprodução: recipientes naturais/artificiais; Dentro/ peridomicílio, água limpa ou não Capacidade adaptativa ovos resistentes à dessecação 1 ANO E 2 MESES e ação de inseticidas DENGUE E IMUNIDADE HUMORAL A imunidade gerada para um sorotipo de DENV é protetora contra o sorotipo homólogo; Não é protetora contra infecção por sorotipos heterólogos; presença de anticorpos não neutralizantes opsonizantes é deletéria. A Vacina Precisa ser tetravalente para ser completamente segura contra dengue hemorrágica; Vacina da Sanofi-Pasteur vírusvacinaldafebreamarelaquimérico;expressando glicoproteínas do envelope de dengue NS1 FEBRE AMARELA Doença febril aguda; curta duração (no Máximo 12 dias); gravidade variável; Apresenta-se como infecções subclínicas e/ou leves, até formas graves, fatais; Formas graves com complicação hepática e renal. VÍRUS AMARÍLICO - FEBRE AMARELA Família: Flaviviridae, Gênero: Flavivirus Envelopado,RNAss+ vetor artrópode - Haemagogus janthinomis e Aedes aegypti Silvestre - macacos; Urbano – homem 2 ciclos epidemiológicos da febre amarela - Febre amarela urbana (A. aegypti) - Febre amarela silvestre (Aedes, Haemagogus e Sabethes) Quadro clínico febre alta, mal estar, dor de cabeça, dor muscular, cansaço e calafrios; náuseas, vômitos e diarréia; Após três ou quatro dias, a maioria dos doentes (85%) recupera-se completamente e fica permanentemente imunizado contra a doença. Complicações Período toxêmico (fenômenos hemorrágicos): 15% dos doentes infectados apresentam sintomas graves, que podem levar à morte em 50% dos casos. Febre, dores abdominais, diarréia e vômitos; Manifestações hemorrágicas (equimoses, sangramentos no nariz e gengivas); Complicações hepática (icterícia) e renal (anúria) As pessoas que sobrevivem recuperam-se totalmente. VACINA – FEBRE AMARELA 17DD Vírus atenuado produzidos em ovos embrionados monovalente; A partir de 09 meses Dose única CUIDADO - VER CONTRA INDICAÇÕES VIAJANTES: Administrar a vacina 10 dias antes da viagem; Doação de sangue: pode ser realizada 30 dias após vacinação; ZIKA Família Flaviviridae Vírus RNA linear Envelopados Polaridade positiva Doença febril aguda, autolimitada; Com duração de três a sete dias; Geralmente sem complicações graves; Porém há registro de mortes e manifestações neurológicas, além de causar a microcefalia (Fonte: Ministério da Saúde, 2018); MODO DE TRANSMISSÃO-ZIKV Vetorial (Aedes) Transmissão vertical (mãe-filho) - vírus no líquido amniótico Sexual (vírus no sêmen) Transfusão sanguínea (viremia?) Tropismo: Citotrofoblasto e Células Hofbauer (macrófagos da placenta) Patogênese do Zika Flavivírus Replicação nas células dendríticas e citoplasma dos fibroblastos e queratinócitos da epiderme e derme; dispersão para os linfonodos e a corrente sanguínea O vírus tem tropismo pelo sistema nervoso Infecção congênita pelo vírus Zika – especialmente no primeiro trimestre de gestação pode resultar em alterações cerebrais graves no recém- nascido, dentre as quais se destaca a microcefalia. infecção pelo Zika prejudica a interação entre os neurônios e as células da glia, considerada essencial para o desenvolvimento do córtex cerebral. QUADRO CLÍNICO – ZIKV Infecção não fetal pelo Zika vírus Duração de 4 a 7 dias Exantema maculopapular de início precoce Febre (65- 72%; com duração média de 2,9 dias; Hiperemia ocular não purulenta Artralgia ou artrite Edema de extremidades, mialgia, astenia e dor de cabeça; Estima-se que 80% dos pacientes infectados sejam assintomáticos. Em relação aos recém-nascidos, serão notificados e investigados como microcefalia: - Os recém-nascidos à termo do sexo feminino que apresentarem perímetro cefálico (PC) menor ou igual à 31,5 cm; - Os recém-nascidos à termo do sexo masculino que apresentarem perímetro cefálico (PC) menor ou igual à 31,9 cm CHIKUNGUNYA (CHIKV) doença febril; A característica clínica mais importante e debilitante é a artralgia. Família: Togaviridae, Gênero: Alphavirus Vírus envelopado RNAss de fita simples + 4 proteínas não estruturais e 5 proteínas estruturais Importante alfavírus brasileiro que causa febre com poliartrite Através da picada de fêmeas dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus infectadas Período de incubação: 2 a 10 dias após a picada. PATOGÊNESE – (CHIKV) Tropismo pelos fibroblastos ;células endoteliais; Macrófagos. FASE AGUDA OU FEBRIL febre de início súbito; Surgimento de intensa poliartralgia (90% dos casos); Debilitante - Bilateral – simétrica Punhos, mãos e pés Edema rash cutâneo - exantema (presente em mais de 50% dos casos). Outros sintomas – cefaléia, conjutivite, fadiga, mialgia, naúsea e vômito. •com duração média de sete dias. FASE SUBAGUDA Desaparecimento da febre Persistência da artralgia (poliartrite) Múltiplas articulações Tenossinovite (síndrome do túnel do carpo) Edema persistente Lesões cutâneas (bolhas e vesículas) Púrpuras Prurido Exantema mãos e pés FASE CRÔNICA Artropátias crônico-degenerativas •musculoesquelética e neuropática Duração: três a seis anos Fase crônica - mais da metade dos pacientes. Fatores de risco para a cronificação são: idade acima de 45 anos,Significativamente maior no sexo feminino, Desordem articular preexistente e maior intensidade das lesões articulares na fase aguda.
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