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EMPUXO DE TERRA Os problemas de empuxo de terra são tratados imaginando que o maciço atinja um estado de equilíbrio limite. Isto requer que ocorram as deformações necessárias para mobilizar toda a resistência do solo. Um maciço a partir da condição em repouso (sem deformação lateral) pode atingir as condições de equilíbrio plástico ativo (ocorre distensão lateral do solo) ou equilíbrio plástico passivo (ocorre compressão lateral do solo) A grandeza dos esforços laterais sobre estrutura de arrimo depende, fundamentalmente, das deformações. Resultados experimentais indicam que pequenas deformações (da ordem de 0,002 H) não suficientes para mobilizar o estado ativo, enquanto para o caso passivo são necessárias maiores deformações (acima de 0,02 H) A relação entre esforços efetivos horizontais e verticais recebe o nome de coeficiente de empuxo. Pode ser 𝐾0 ; 𝐾𝑎; 𝐾𝑝, respectivamente, coeficiente de empuxo em repouso, ativo e passivo. Condição em repouso: Condição Ativa 𝑘0 = 𝜎ℎ0 ′ 𝜎𝑣′ Formulas empíricas da Tabela 1 𝑘𝑎 = 𝜎ℎ𝑎 ′ 𝜎𝑣′ 𝑘𝑎 = 𝑡𝑔² (45° − ∅′ 2 ) Condição Passiva: A Teoria de Rankine considera o muro vertical e sem atrito. A determinação dos esforços por Rankine pode ser feita graficamente num plano de Mohr. Conhecida a tensão vertical efetiva (𝜎𝑣), o maciço é levado à ruptura por alívio de tensão lateral (caso ativo) ou acréscimo de tensão (caso passivo). Quando toda a resistência é mobilizada círculos de Mohr tangenciando a envoltória de resistência têm se as tensões laterais mínimas (ativa) e máximas (passiva). As tensões horizontais efetivas ou totais para condição ativa e passiva considerando vários cenários, pode ser vista nos itens abaixo: SOLO SEM COESÃO (c’ = 0) Condição Ativa 𝜎ℎ𝑎 ′ = 𝐾𝑎𝛾ℎ (kN/m²) 𝐸𝑎 = 𝐾𝑎𝛾ℎ 2 2 (kN/1m) 𝑘𝑝 = 𝜎ℎ𝑝 ′ 𝜎𝑣′ 𝑘𝑝 = 𝑡𝑔² (45° + ∅′ 2 ) Condição Passiva SOLO COESIVO (c’ > 0) Condição Ativa 𝜎ℎ𝑎 ′ = 𝐾𝑎𝛾ℎ − 2 𝑐′√𝐾𝑎 (kN/m²) 𝐸𝑎 = 𝐾𝑝𝛾ℎ 2 2 (kN/1m) Peculiaridade: Nessa situação pode ocorrer as trincas de tração. Os esforços laterais negativos (𝜎ℎ𝑎 ′ ) não devem ser considerados no computo do empuxo, essa região contribui apenas como sobrecarga. A profundidade da trinca para solo sem carregamento pode ser calculada por: 𝑧0 = 2𝑐 , 𝛾√𝑘𝑎 Para solo com carregamento utilizar semelhança de triângulos para calcular a profundidade da trinca. 𝜎ℎ𝑝 ′ = 𝐾𝑝𝛾ℎ (kN/m²) 𝐸𝑝 = 𝐾𝑝𝛾ℎ 2 2 (kN/1m) z0 é a profundidade da trinca Condição Passiva: 𝜎ℎ𝑝 ′ = 𝐾𝑝𝛾ℎ + 2 𝑐′√𝐾𝑝 (kN/m²) 𝐸𝑝 = (4𝑐 ′√𝐾𝑝 + 𝛾𝐻𝐾𝑝) ℎ 2 (kN/1m) SOLO PARCIALMENTE SUBMERSO γsat = 𝛾 ′ + 𝛾𝑤 𝜎ℎ = 𝜎ℎ ′ + 𝑢𝑤 𝜎ℎ = 𝑘0(𝛾ℎ1 + 𝛾′ℎ2) + 𝛾𝑤ℎ2 (kN/m²) 𝐸0 = 1 2 𝑘0𝛾ℎ1 2 + 𝛾ℎ1ℎ2𝑘0 + 1 2 𝛾′ℎ2 2𝑘0 + 1 2 𝛾𝑤ℎ2 2𝑘0 (kN/1m) Substitua o 𝑘0 por 𝑘𝑎 ou 𝑘𝑝 quando for necessário determinar o empuxo ativo ou passivo, respectivamente. SOLO CARREGADO (q) 𝜎′ℎ = 𝑘0𝑞 + 𝑘0𝛾ℎ (kN/m²) 𝐸0 = 𝑘0𝑞ℎ + 𝑘0𝛾ℎ 2 (kN/1m) Substitua o 𝑘0 por 𝑘𝑎 ou 𝑘𝑝 quando for necessário determinar o empuxo ativo ou passivo, respectivamente. SOLO COM SUPERFÍCIE INCLINADA Condição ativa: β é o ângulo entre o terreno inclinado e a horizontal ka = cos 𝛽 − √𝑐𝑜𝑠2𝛽−𝑐𝑜𝑠2𝜙 ′ cos 𝛽 + √𝑐𝑜𝑠2𝛽−𝑐𝑜𝑠2𝜙′ 𝜎ℎ𝑎 ′ = 𝐾𝑎 cos 𝛽 𝛾ℎ 𝐸𝑎 = 𝐾𝑎 cos 𝛽𝛾ℎ 2 2 (kN/1m) Condição Passiva: ka = cos 𝛽 + √𝑐𝑜𝑠2𝛽−𝑐𝑜𝑠2𝜙 ′ cos 𝛽 − √𝑐𝑜𝑠2𝛽−𝑐𝑜𝑠2𝜙′ 𝜎ℎ𝑝 ′ = 𝐾𝑝 cos 𝛽 𝛾ℎ 𝐸𝑝 = 𝐾𝑝 cos 𝛽𝛾ℎ 2 2 (kN/1m) Tabela 1 – Equações empíricas para estimar 𝐾0
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